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5. malária

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1 @nutristudies.loren 
→ Um dos principais problemas de saúde pública no 
mundo 
 
→ Afeta cerca de 300 milhões de pessoas – áreas 
subtropicais e tropicais 
 
→ Também conhecida como: paludismo, febre palustre, 
impaludismo, maleita ou sezão 
 
→ Hipócrates – descreveu as características de 
ocorrência sazonal e de febre com padrão 
paroxístico e intermitente 
 
→ Início séc. XIX – origem do termo “malária” 
 
→ 1880 – Médico francês, Charles Louis A. L, observou 
organismos em movimento ao examinar o sangue de 
um paciente infectado 
 
→ 1884 – Gerhardt confirmou que a malária é uma 
hemoparasitose e conseguiu reproduzir a doença a 
partir de transfusão de sangue infectado 
 
→ 1885 – Golgi e cols. Descreveram o ciclo assexuado 
 
→ 1891 – Demonstrou-se sua morfologia através do 
esfregaço corado 
 
→ 1898 e 1899 – Grasse, Bastianelli e Bignami – 
descobriram o desenvolvimento completo de 3 
espécies de plasmódio humano em anofelinos 
(mosquito) 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
→ 228 milhões de casos 
 
→ 405,000 mortes 
 
→ Brasil é dividido em 2 áreas de ocorrência 
- Endêmica: região amazônica 
 
- Não endêmica: os demais 18 estados, se 
concentrando no ES, SP e Piauí 
- 40% dos casos no ES 
 
→ Repercussão 
- Endêmica – redução de 71,8% do n de óbitos 
- Não endêmica – aumento de 35,7% no n de óbitos 
Isso deve-se que na área não endêmica, pensam que a 
pessoa possui outra doença e não malária 
→ Regiões de Mata Atlântica, são os vetores: 
- Anopheles (Kerteszia) cruzi e o Anopheles (Kerteszia) 
Bellator 
- Bromélias 
- No ES: Santa Teresa, Domingos Martins 
 
→ Maioria dos casos ocorrem em regiões de 
desflorestamento ou de fragmentação da 
vegetação 
 
→ Infecção por plasmódios na região Sudeste possui 
algumas características: 
- Baixa Parasitemia 
- Pacientes oligossintomáticos ou assintomáticos 
 
AGENTE ETIOLÓGICO 
→ Filo apicomplexa 
 
→ Família Plasmodiidae 
 
→ Gênero Plasmodium 
 
→ São conhecidas cerda de 150 espécies e diferentes 
hospedeiros vertebrados 
 
→ Apenas 4 espécies parasitam o homem 
- Plasmodium falciparum – maior causador e mais 
grave 
- P. vivax – prevalente no continente americano e 
menos grave 
- P. malariae 
- P. ovale – restrito do continente africano 
- Plasmodium knowlesi – envolvido zoonose 
 
Em 2017, no Brasil, houveram 173.291 casos causados 
pelo P. vivax e 19.855, pelo P. falciparum 
 
→ Vetor: anófeles 
 
→ Humanos e macacos – hospedeiros e reservatórios 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
HOSPEDEIRO VERTEBRADOS – HUMANOS 
1ª FASE – CICLO PRÉ-ERITROCÍTICO 
→ Inicia-se quando esporozoítos infectantes são 
inoculados nos humanos durante o repasto 
sanguíneo 
 
 
2 @nutristudies.loren 
→ 15-200 esporozoítos são inoculados sob a pele, 
permanecendo cerca de 15 min. Antes de 
alcançarem a corrente sanguínea 
 
→ Estes são móveis mesmo não tendo cílios ou flagelos 
- Reorientação de proteínas na superfície do parasito 
 
→ Processo de passagem por células é bastante rápido 
e não depende de reconhecimento específico 
 
→ Esporozoítos podem entrar nas células hospedeiras 
sem nelas se desenvolverem – migração por 
diferentes células antes de infectar um hepatócito 
 
→ Desenvolvimento parasitário ocorre somente nos 
hepatócitos – 30 min. após infecção 
 
→ Após invadir os hepatócitos, esporozoítos se 
diferenciam em trofozoítos pré-eritrocíticos 
 
→ Trofozoítos pré-eritrocíticos se multiplicam por 
reprodução assexuada de tipo esquizogonia, 
formando esquizontes teciduais e em seguida, 
milhares de merozoítos 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO ERITROCÍTICO 
→ Merozoítos tissulares invadem os eritrócitos, a partir do 
reconhecimento de receptores específicos 
 
→ P. falciparum – glicoforinas 
- Glicoproteínas presentes nos eritrócitos 
- Invade hemácias de todas as idades 
 
→ P. vivax – glicoproteína do grupo sanguíneo Duffy 
- Invade apenas reticulócitos 
 
→ P. malariae – invade hemácias maduras 
 
→ Desenvolvimento intra-eritrocítico se dá por 
esquizogonia com formação de novos merozoítos 
que invadirão novos eritrócitos 
 
→ Merozoítos sanguíneos se diferenciam em estágios 
sexuados, para gametócitos 
 
→ Estes não se dividem mais e seguem se 
desenvolvimento no mosquito veto, dando origem 
aos esporozoítos 
 
→ Este ciclo se repete sucessivas vezes 
- A cada 48h infecções pelos P. falciparum, P. vivax e 
P. ovale 
- A cada 72h pelos P. Malariae 
 
→ Fonte de nutrição para trofozoítos e esquizontes 
sanguíneos 
- Hemoglobina 
- Precedentes do plasma: glicose, metionina, biotina, 
certas purinas e pirimidinas, fosfato e PABA 
 
→ Digestão – ocorre no vacúolo digestivo com 
formação do pigmento malárico 
 
→ Após término da esquizogonia e rompimento das 
hemácias parasitadas: 
- Pigmento malárico é liberado no plasma 
 
- Fagocitado pelos cél. De Kupffer no fígado ou por 
macrófagos do baço e de outros órgãos 
 
 
HOSPEDEIRO INVERTEBRADO – INSETO 
→ Durante repasto sanguíneo, a fêmea do anofelino 
ingere as formas sanguíneas do parasita 
 
- Somente os gametócitos serão capazes de evoluir 
no inseto, dando origem ao ciclo sexuado 
NO INTESTINO MÉDIO 
→ Inicia-se processo de gametogênese 
 
→ Gametócito feminino macrogameta 
 
→ Gametócito masculino 8 microgametas 
 
→ Fecundação de um microgameta + um 
macrogameta = zigoto 
 
→ Após 24h – zigoto se movimenta por contrações do 
corpo – oocineto 
 
→ Oocineto atinge a parede do intestino médio, 
formando um oocisto 
 
→ Inicia divisão esporogônica 
 
→ Após 9-14 dias – parede do oocisto se rompe, 
liberando esporozoítos formados na esporogonia 
 
→ Esporozoítos se disseminam através da hemolinfa até 
as glândulas salivares e ductos salivares 
 
Infeções por P. vivax e P. ovale 
Mosquito vetor inocula populações distintas de 
esporozoítos: algumas se desenvolvem rápido e outras 
ficam em estado de latência nos hepatócitos (hipnozoítos) 
Estes são responsáveis por recaídas tardias da doença (6 
meses) – ciclos pré-eritrocíticos 
 
3 @nutristudies.loren 
→ Estes são injetados no hospedeiro vertebrado durante 
o repasto sanguíneo 
 
 
HABITAT 
→ Varia para cada fase do ciclo 
No homem 
→ Esporozoítos circulam brevemente no sangue 
→ Se desenvolvem nos hepatócitos e depois 
→ Eritrócitos 
 
Inseto vetor 
→ Epitélio do intestino médio 
→ Hemolinfa 
→ Glândulas salivares 
 
 
TRANSMISSÃO 
→ Transmissão natural 
- Picada da fêmea de mosquitos anofelinos 
 
→ Fontes de infecção humana para os mosquitos – 
pessoas doentes ou indivíduos assintomáticos 
 
→ Primatas não-humanos – reservatórios para P. 
malariae 
 
→ Transmissão acidental 
- Transfusão de sangue 
- Compartilhamento de seringas contaminadas 
- Acidentes laboratoriais 
 
→ Infecção congênita – raramente descrita 
 
 
MORLOFOGIA 
 
→ Formas evolutivas extracelulares – esporozoítos, 
merozoítos e oocineto 
- Capazes de invadir as células hospedeiras 
- Complexo apical 
 
→ Formas intracelulares – trofozoítos, esquizontes e 
gametócitos 
- Não possuem complexo apical 
 
→ Esporozoíto – alongado 
 
→ Forma pré-eritrocítica – após penetração do 
esporozoítos no hepatócito 
 
- Perda do complexo apical 
 
- Parasito se torna arredondado – trofozoítos 
 
- Após várias divisões – esquizonte tissular 
 
- Prova aumento de tamanho no hepatócito 
infectado 
 
→ Merozoíto – capazes de invadir apenas hemácias 
- Menores que esporozoítos 
- Arredondados 
 
→ Forma eritrocítica – trofozoítos jovem e maduro, 
esquizonte e gametócitos 
 
→ Microgameta – célula flagelada 
 
→ Macrogameta – estrutura proeminente na superfície, 
onde ocorre a penetração do microgameta 
 
→ Oocineto – alongado de aspecto vermiforme e 
móvel 
 
→ Oocisto – esférico com grânulos pigmentados no 
interior, envolto por uma cápsula- Aderido no epitélio do intestino médio 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
SINTOMAS 
→ Febre alta 
→ Dor de cabeça latejante 
→ Dor no corpo 
→ Fadiga 
→ Náusea e vômito 
→ Suores e arrepios 
Sintomas vão surgindo de acordo com os parasitas 
entram e rompem mais glóbulos vermelhos a cada 2 a 3 
dias 
 
4 @nutristudies.loren 
→ Em casos mais graves: 
- Crises convulsivas 
- Desmaios por causa da anemia e pela diminuição 
da taxa de glicose 
 
→ Só é confirmada através do exame laboratorial 
 
 
DIAGNÓSTICO 
→ Dever ser feito um diagnóstico diferencial entre as 
espécies 
 
→ Existe um tipo de tratamento específico para cada 
tipo de Plasmodium 
 
DIAGNÓTICO LABORATORIAL 
Esfregaço Sanguíneo 
→ Esfregaço sanguíneo sob a lâmina para identificar os 
parasitos ou a hemozoína através do microscópio 
 
→ Deixa a lâmina seca e fazer a fixação utilizando 
álcool, e em seguida corar 
 
TRATAMENTO 
VACINA 
→ Não há vacina eficaz ainda, porém existe uma que é 
estudada para criação de uma 
 
→ Foi criada por Ruth Nussenzweig 
 
→ Em 1920 viu que era possível enfraquecer o agente 
causador da malária em aves 
- Exposição de esporozoítos a raio-x 
 
→ A técnica foi repetida em ratos 
- Exposição de esporozoítos do Plasmodium 
falciparum a radiação 
 
- Vacinação dos animais com versão enfraquecida 
do causar da malária 
 
→ Na década de 1980, descobriu que a proteína CSP 
que recobre o parasita poderia gerar resposta 
imunológica 
 
→ Atualmente metade das cerca de 30 vacinas em 
desenvolvimento utilizam a CSP 
 
→ Imunização não foi completa 
- Protegeu entre 30-50% dos vacinados por um 
período de 18 meses 
 
→ Demonstrou avanço para busca de uma vacina 
eficaz 
 
PROFILAXIA 
→ Combate do mosquito 
- Biolarvicída – lagos de peixes 
- Uso de mosquiteiro com inseticida 
 
→ Diagnóstico rápido 
- Visitas domiciliares 
 
→ Tratamento adequado 
- Remédios: 7 a 14 dias seguidos 
 
Quem não toma o remédio adequadamente pode 
haver recaída, principalmente pela infecção pelo P. 
vivax 
 
→ Uso de roupas comprimidas e uso de repelentes 
trofozoíto

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