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Introdução ao Sistema Cardiovascular - Tutoria

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TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
Tutoria 1 
MÓDULO 1 
Termos Desconhecidos: 
▪ Hígida: pessoa saudável; 
Problema: 
Introdução ao Sistema Cardiovascular 
Objetivos: 
1. Descrever a anatomia macroscópica do coração; 
2. Definir e conceituar os principais termos na fisiologia cardíaca (frequência cardíaca, ciclo 
cardíaco, sístole, diástole, débito cardíaco, índice cardíaco, retorno cardíaco, fração de 
ejeção, pré - carga e pós – carga cardíaca); 
3. Descrever as funções das válvulas cardíacas; 
4. Compreender a regulação do bombeamento cardíaco intrínseca; 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO 
▪ O coração é relativamente pequeno, 
aproximadamente do tamanho da mão 
fechada. 
 
▪ O coração repousa sobre o diafragma, próximo 
da linha mediana da cavidade torácica. 
 
▪ O coração encontra-se no mediastino – 
região anatômica que vai do esterno até a 
coluna vertebral, da primeira costela ao 
diafragma e entre os pulmões. 
 
▪ Pode-se visualizar o coração como cone 
deitado de lado: 
 
o Ápice: é a parte pontiagudo, é formado 
pela ponta do ventrículo esquerdo (a 
câmara inferior do coração), e está situado 
sobre o diafragma. 
 
o Base: está do lado oposto ao ápice e 
constitui sua face posterior. É formada 
pelos átrios (câmaras superiores) do 
coração. 
 
 
FACES DO CORAÇÃO 
▪ Face esternocostal é profunda ao esterno e às 
costelas. 
 
▪ Face diafragmática: é a parte do coração entre 
o ápice e a margem direita e se apoia no 
diafragma; 
 
▪ Margem Direita: está voltada para o pulmão 
direito e se estende da face inferior à base; 
 
▪ Margem Esquerda: está voltada para o pulmão 
esquerdo e se estende da base ao ápice. 
 
PERICÁRDIO 
▪ É uma membrana que envolve e protege o 
coração. 
 
▪ Ele deixa firme o coração à sua posição no 
mediastino, mas possibilita a liberdade 
suficiente de movimento para a contração; 
 
▪ Consiste em duas partes principais: pericárdio 
fibroso e seroso; 
 
 
 
 
Objetivo 1 
1. Descrever a Anatomia Macroscópica do 
coração. 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
PERICÁRDIO FIBROSO 
▪ É superficial; 
 
▪ Composto por tecido conjuntivo inelástico, 
resistente, denso e irregular. 
 
▪ Parece como uma bolsa que repousa sobre o 
diafragma e se fixa a ele; 
 
▪ Impede a hiperdistensão do coração; 
 
▪ Fornece proteção e ancora o coração ao 
mediastino. 
 
▪ O pericárdio fibroso perto do ápice está 
parcialmente fundido ao tendão central do 
diafragma. 
 
PERICÁRDIO SEROSO 
▪ É mais profundo. 
 
▪ É uma membrana mais fina e delicada que 
forma uma dupla camada em torno do 
coração. 
 
▪ A lâmina parietal do pericárdio seroso mais 
externa está fundida ao pericárdio fibroso. 
 
▪ A lâmina visceral do pericárdio seroso mais 
interna – chamada de EPICÁRDIO. 
 
o É umas das camadas da parede do 
coração e adere firmemente à sua 
superfície. 
 
▪ Entre a lâmina parietal e visceral do pericárdio 
seroso há uma fina película de líquido seroso 
lubrificante; 
 
o A secreção das células pericárdicas é 
conhecida como LÍQUIDO 
PERICÁRDICO; 
 
o Esse líquido reduz o atrito entre as 
camadas do pericárdio seroso conforme o 
coração se move. 
 
o O espaço que contém o líquido pericárdico 
é conhecido como CAVIDADE DO 
PERICÁRDIO. 
 
 
 
CAMADAS DA PAREDE DO CORAÇÃO 
▪ A parede do coração é constituída por 3 
camadas: 
o Epicárdio (camada externa); 
o Miocárdio (camada intermediária); 
o Endocárdio (camada interna); 
 
EPICÁRDIO 
▪ É a camada mais externa; 
 
▪ Composto por duas camadas de tecido, a mais 
externa é a lâmina visceral. 
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▪ Esta camada exterior é fina e transparente e é 
composta por mesotélio. 
 
▪ Abaixo do mesotélio há uma camada variável 
de tecido fibroelástico delicado e tecido 
adiposo. 
 
▪ Possui uma textura lisa e escorregadia à face 
mais externa do coração. 
 
MIOCÁRDIO 
▪ É a camada média; 
 
▪ Responsável pela ação de bombeamento do 
coração. 
 
▪ Composto por tecido muscular cardíaco. 
 
▪ Compõe aproximadamente 95% da parede do 
coração; 
 
▪ As fibras musculares (células) são envolvidas 
e separadas em feixes por bainhas de tecido 
conjuntivo compostas por endomísio e 
perimísio. 
 
▪ As fibras musculares que circundam o coração 
produzem as ações de bombeamento do 
coração; 
 
▪ É um musculo estriado e involuntário. 
 
ESPESSURA E FUNÇÃO DO MIOCÁRDIO 
▪ A espessura do miocárdio nas 4 câmaras varia 
de acordo com a função de cada uma das 
câmaras. 
 
▪ Os átrios possuem paredes mais finas pois o 
sangue passa para os ventrículos sob menos 
pressão. 
 
▪ Os ventrículos possuem parede mais grossas 
pois bombeiam sangue sob maior pressão. 
 
o Apesar disso, o ventrículo direito tem uma 
carga de trabalho menor pois bombeia 
sangue para os pulmões (curta distância e 
pouca pressão). 
 
ENDOCÁRDIO 
▪ É a camada mais interna; 
 
▪ É uma fina camada fina de endotélio que 
recobre uma fina camada de tecido conjuntivo. 
 
▪ Fornece um revestimento liso para as câmaras 
do coração e abrange as valvas cardíacas. 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Esse revestimento endotelial liso minimiza o 
atrito de superfície conforme o sangue passa 
pelo coração. 
 
▪ É contínuo ao revestimento endotelial dos 
vasos sanguíneos. 
 
 
 
ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO 
▪ A parede do coração contém tecido conjuntivo 
denso que forma o esqueleto fibroso do 
coração. 
 
 
▪ Esse esqueleto é constituído por 4 anéis de 
tecido conjuntivo denso que circundam as 
valvas cardíacas e se fundem ao septo 
interventricular. 
 
▪ Forma a base estrutural para as valvas 
cardíacas; 
 
▪ Evita o estiramento excessivo das valvas 
quando o sangue passa por elas. 
 
▪ Serve como um isolante elétrico entre os átrios 
e ventrículos 
 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
CÂMARAS DO CORAÇÃO 
▪ O coração tem 4 câmaras; 
 
▪ As duas câmaras superiores são os átrios, e 
as duas câmaras de bombeamento inferiores 
são os ventrículos. 
 
▪ Os átrios recebem sangue das veias, enquanto 
os ventrículos ejetam sangue para as artérias; 
 
▪ Em cada átrio há uma estrutura saculiforme 
enrugada, a aurícula – tem função de conter 
maior volume de sangue. 
 
 
▪ Na superfície do coração há vários sulcos que 
contêm vasos sanguíneos e uma quantidade 
variável de gordura. 
 
o Sulco Coronário: é profundo e circunda a 
maior parte do coração. Marca a fronteira 
externa entre os átrios acima e os 
ventrículos abaixo. 
 
o Sulco Interventricular Anterior: é raso e 
marca a fronteira externa entre os 
ventrículos direito e esquerdo. 
 
o Sulco Interventricular Posterior: marca a 
fronteira externa entre os ventrículos na 
face posterior do coração. 
 
ÁTRIO DIREITO 
▪ Forma uma margem direita do coração e 
recebe sangue de três veias: 
o Veia cava superior; 
o Veia cava inferior; 
o Seio coronário; 
 
▪ As paredes anterior e posterior são diferentes: 
o O interior da parede posterior é liso. 
 
o O interior da parede anterior é áspero por 
causa dos músculos pectíneos (cristas 
musculares). 
 
▪ Entre o átrio direito e esquerdo existe uma 
partição fina, é o septo interatrial. 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
o Há uma proeminência nesse septo, a 
fossa oval. 
 
▪ O sangue passa do átrio direito para o 
ventrículo direito através da valva 
atrioventricular direita, que é composta por 3 
válvulas (valva tricúspide). 
 
▪ As valvas cardíacas são compostas por tecido 
conjuntivo denso recoberto por endocárdio. 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
▪ Forma a maior parte da face esternocostal do 
coração. 
 
▪ O interior contém cristas formadas por feixes 
elevados de fibras musculares cardíacas: 
trabéculas cárneas. 
o Algumas transmitem parte do sistema de 
condução do coração. 
 
▪ As válvulas da valva tricúspideestão 
conectadas às cordas tendíneas que estão 
ligadas aos músculos papilares. 
 
 
▪ Internamente, o ventrículo direito é separado 
do ventrículo esquerdo pelo SEPTO 
INTERVENTRICULAR. 
 
 
▪ O sangue passa do ventrículo direito através 
da valva tronco pulmonar para uma grande 
artéria, tronco pulmonar, que leva o sangue até 
os pulmões. 
 
▪ As artérias SEMPRE levam o sangue para 
longe do coração. 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
▪ Forma a maior parte da base do coração; 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Recebe sangue dos pulmões pelas veias 
pulmonares. 
 
▪ O interior do átrio tem uma parede posterior 
lisa e a anterior também, os músculos 
pectíneos são restritos a aurícula do átrio 
esquerdo. 
 
▪ O sangue passa do átrio esquerdo para o 
ventrículo esquerdo através da valva 
atrioventricular esquerda (valva bicúspide 
ou mitral), que possui duas valvas. 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
▪ É a câmara mais espessa. 
 
▪ Forma o ápice do coração. 
 
▪ Contém trabéculas cárneas e tem cordas 
tendíneas que ancoram as válvulas da valva 
mitral ou bicúspide aos músculos papilares. 
 
▪ O sangue passa do ventrículo esquerdo 
através da valva da aorta. 
 
 
 
 
▪ um pouco de sangue flui para artérias 
coronárias que se ramificam e transportam 
sangue para a parede do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
▪ A frequência cardíaca é o número de pulsação 
do coração pela unidade de tempo. 
 
▪ É expressada como batidas pela Acta (BPM). 
 
▪ Os batimentos cardíacos fornecem sangue 
limpo do ventrículo esquerdo aos vasos 
sanguíneos através da aorta. 
 
▪ Quando a necessidade de oxigênio muda em 
várias situações, a frequência cardíaca muda 
junto. 
 
POR QUE MEDIR A FREQUÊNCIA CARDÍACA? 
▪ A medida da frequência cardíaca é usada para 
ajudar no diagnóstico, vários problemas 
médicos incluem doenças cardíacas; 
 
▪ É medida encontrando o pulso no corpo, o 
pulso é sentido pelos dedos médios do 
examinador. 
 
▪ Em cada batida o coração bombeia sangue 
nos vasos sanguíneos. A circulação 
sanguínea faz os vasos se expandirem e este 
é sentido como um pulso. 
 
CICLO CARDÍACO 
▪ Um único ciclo cardíaco inclui todos os eventos 
associados a um batimento cardíaco. 
 
▪ Um ciclo cardíaco consiste em uma sístole e 
uma diástole dos átrios mais uma sístole e 
uma diástole dos ventrículos. 
 
▪ Em cada ciclo cardíaco, os átrios e ventrículos 
e se contraem e relaxam alternadamente, 
forçando o sangue das áreas de alta pressão 
às áreas de baixa pressão. 
 
▪ Enquanto uma câmara do coração se contrai, 
a pressão arterial dentro dela aumenta. 
 
 
 
 
Objetivo 2 
2. Definir e conceituar os principais termos 
na fisiologia cardíaca (frequência 
cardíaca, ciclo cardíaco, sístole, 
diástole, débito cardíaco, índice 
cardíaco, retorno cardíaco, fração de 
ejeção, pré - carga e pós – carga 
cardíaca); 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍSTOLE E DIÁSTOLE 
 
▪ Diástole – período de relaxamento, durante o 
qual o coração se enche de sangue; 
 
▪ Sístole – período de contração. 
 
▪ No ciclo cardíaco normal os dois átrios se 
contraem, enquanto os dois ventrículos 
relaxam e vice versa. 
 
▪ O termo sístole designa a fase de contração; a 
fase de relaxamento é designada como 
diástole. 
 
▪ Quando o coração bate, os átrios contraem-se 
primeiramente (sístole atrial), forçando o 
sangue para os ventrículos. 
 
▪ Uma vez preenchidos, os dois ventrículos 
contraem-se (sístole ventricular) e forçam o 
sangue para fora do coração. 
 
▪ A contração dos ventrículos produz um 
movimento de torção devido à orientação 
helicoidal dupla das fibras musculares 
cardíacas. 
 
▪ Inicialmente, esse movimento ejeta o sangue 
dos ventrículos enquanto a camada espiral 
externa (basal) contrai, primeiro estreitando e 
depois encurtando o coração, reduzindo o 
volume das câmaras ventriculares. 
 
▪ A contração sequencial contínua da camada 
espiral interna (apical) alonga o coração, 
seguida por alargamento enquanto o 
miocárdio relaxa rapidamente, aumentando o 
volume das câmaras para receber sangue dos 
átrios. 
 
▪ Para que o coração seja eficiente na sua ação 
de bombeamento, é necessário mais que a 
contração rítmica de suas fibras musculares. 
 
▪ A direção do fluxo sanguíneo deve ser 
orientada e controlada, o que é obtido por 
quatro valvas já citadas anteriormente: duas 
localizadas entre o átrio e o ventrículo – 
atrioventriculares (valva tricúspide e 
bicúspide); e duas localizadas entre os 
ventrículos e as grandes artérias que 
transportam sangue para fora do coração – 
semilunares (valva pulmonar e aórtica). 
 
▪ Complemento: As valvas e válvulas são para 
impedir este comportamento anormal do 
sangue, para impedir que ocorra o refluxo elas 
fecham após a passagem do sangue. 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Sístole é a contração do músculo cardíaco, 
temos a sístole atrial que impulsiona sangue 
para os ventrículos. 
 
▪ Assim as valvas atrioventriculares estão 
abertas à passagem de sangue e a pulmonar 
e a aórtica estão fechadas. Na sístole 
ventricular as valvas atrioventriculares estão 
fechadas e as semilunares abertas a 
passagem de sangue. 
 
▪ Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo 
cardíaco compreende: 
o Sístole atrial; 
o Sístole ventricular; 
o Diástole ventricular. 
 
 
 
DÉBITO CARDÍACO 
▪ É o volume de sangue ejetado pelo ventrículo 
esquerdo ou direito na aorta ou tronco 
pulmonar a cada minuto. 
 
▪ O debito cardíaco é igual ao volume sistólico 
(VS), o volume de sangue ejetado pelo 
ventrículo a cada contração, multiplicado pela 
frequência cardíaca. 
 
 
ÍNDICE CARDÍACO 
▪ Débito cardíaco por metro quadrado da área 
da superfície corporal. 
 
▪ Um humano normal que pesa 70 quilogramas 
tem área de superfície corporal de cerca de 1,7 
m2, o que significa que a média normal do 
índice cardíaco para adultos é de 
aproximadamente 3 L/min/m2 da área da 
superfície corporal. 
 
RETORNO CARDÍACO 
▪ Quantidade de sangue que flui das veias para 
o átrio direito a cada minuto. 
 
 
▪ O retorno venoso e o débito cardíaco devem 
ser iguais um ao outro, exceto por poucos 
batimentos cardíacos nos momentos em que o 
sangue é temporariamente armazenado ou 
removido do coração e dos pulmões. 
 
FRAÇÃO DE EJEÇÃO 
▪ Fração do volume final diastólico que é 
impulsionada (ejetada) – normalmente 
equivale a 60%. 
 
PRÉ - CARGA 
▪ Grau de tensão do músculo quando ele 
começa a se contrair. 
 
▪ Para a contração cardíaca, a pré-carga é 
geralmente considerada como a pressão 
diastólica final quando o ventrículo está cheio. 
 
PÓS-CARGA 
▪ Carga contra a qual o músculo exerce sua 
força contrátil. 
 
▪ A pós-carga do ventrículo é a pressão na aorta 
à saída do ventrículo. 
 
▪ Às vezes, a pós-carga é praticamente 
considerada como a resistência da circulação, 
em lugar da pressão. 
 
▪ A importância dos conceitos de pré-carga e 
pós-carga é atribuída principalmente ao fato de 
que, em muitas condições funcionais anormais 
do coração ou da circulação, a pressão 
durante o enchimento do ventrículo (pré-
carga), a pressão arterial contra a qual o 
ventrículo deve exercer a contração (a pós-
carga), ou ambas, podem estar seriamente 
alteradas em relação ao normal. 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Quando uma das câmaras do coração se 
contrai, empurra sangue para um ventrículo ou 
para fora do coração por uma artéria. 
 
▪ As valvas se abrem e fecham em respostas às 
mudanças de pressão conforme o coração se 
contrai e relaxa. 
 
 
▪ Cada uma das 4 valvas ajuda a assegurar o 
fluxo unidirecional de sangue através da 
abertura ao possibilitar que o sangue passa e, 
depois se fecha para impedir que volte. 
 
 
VALVASATRIOVENTRICULARES 
▪ Estão localizadas entre um átrio e um 
ventrículo: atrioventriculares (AV) direita e 
esquerda. 
 
▪ Quando uma valva AV está aberta, as 
extremidades arredondadas das válvulas se 
projetam para o ventrículo. 
 
▪ Quando os ventrículos estão relaxados, os 
músculos papilares também estão relaxados e 
as cordas tendíneas estão frouxas: 
 
o O sangue se move de uma área de maior 
pressão no átrio para uma de menor 
pressão nos ventrículos através das valvas 
AV abertas. 
 
▪ Quando os ventrículos se contraem, a pressão 
do sangue aciona as válvulas para cima até 
que suas extremidades se encontrem e 
fechem a abertura. 
▪ Ao mesmo tempo, os músculos papilares 
contraem, isso traciona e deixa as cordas 
tendíneas tensas. 
 
o Isso impede que as válvulas das valvas 
evertam em resposta à alta pressão 
ventricular. 
 
Objetivo 3 
3. Descrever as funções das válvulas 
cardíacas; 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
VÁLVULAS SEMILUNARES 
▪ As valvas da aorta e do tronco pulmonar são 
compostas por 3 válvulas semilunares. 
▪ As valvas do tronco pulmonar e da aorta 
possibilitam e ejeção de sangue do coração 
para as artérias, mas evitam que o sangue 
volte para os ventrículos. 
 
▪ As margens se projetam para dentro do lúmen 
da artéria. 
 
▪ Quando os ventrículos se contraem, a pressão 
se acumula nas câmaras. 
 
▪ As valvas do tronco pulmonar e da aorta se 
abrem quando a pressão do ventrículo é 
superior à pressão nas artérias, isso possibilita 
a ejeção do sangue dos ventrículos para o 
tronco pulmonar e aorta. 
▪ Conforme os ventrículos relaxam, o sangue 
começa a voltar para o coração. 
 
▪ Esse fluxo sanguíneo que volta, enche as 
válvulas da valva, o que faz com que as 
margens das valvas do tronco pulmonar e 
aorta se contraiam firmemente uma contra a 
outra e fechem a abertura entre o ventrículo e 
artéria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Quando a pessoa se encontra em repouso, o 
coração bombeia apenas 4 a 6 litros de sangue 
por minuto. 
 
▪ Durante o exercício intenso, pode ser 
necessário que esse coração bombeie de 
quatro a sete vezes essa quantidade. 
 
▪ Os meios básicos de regulação do volume 
bombeado são: 
 
1. regulação cardíaca intrínseca, em resposta 
às variações no aporte do volume 
sanguíneo em direção ao coração; 
 
2. controle da frequência cardíaca e da força 
de bombeamento pelo sistema nervoso 
autonômico. 
 
REGULAÇÃO INTRÍNSECA DO 
BOMBEAMENTO CARDÍACO –
MECANISMO DE FRANK-STARLING 
▪ Na maioria das condições, a quantidade de 
sangue bombeada pelo coração a cada minuto 
em geral é determinada pelo volume de 
sangue que chega ao coração pelas veias, o 
chamado retorno venoso. 
 
▪ Cada tecido periférico do corpo controla seu 
fluxo local de sangue, e todos os fluxos locais 
se combinam e retornam pelas veias para o 
átrio direito, compondo o retorno venoso. 
 
▪ O coração, por sua vez automaticamente 
bombeia esse sangue que chegou até ele para 
as artérias, para que volte a circular ao longo 
do circuito. 
 
▪ Essa capacidade intrínseca do coração de se 
adaptar a volumes crescentes de afluxo 
sanguíneo é conhecida como mecanismo 
cardíaco de Frank-Starling. 
 
▪ O mecanismo de Frank-Starling afirma que 
quanto mais o miocárdio for distendido durante 
o enchimento, maior será a força da contração 
e maior será a quantidade de sangue 
bombeada para a aorta. Ou, em outras 
palavras: Dentro de limites fisiológicos, o 
coração bombeia todo o sangue que a ele 
retorna pelas veias. 
 
QUAL A EXPLICAÇÃO DO MECANISMO DE 
FRANK-STARLING? 
▪ Quando quantidade adicional de sangue 
chega aos ventrículos, o músculo cardíaco é 
mais distendido. 
 
▪ Isso por sua vez leva o músculo a se contrair 
com força aumentada, pois os filamentos de 
miosina e actina ficam dispostos em ponto 
mais próximo do grau ideal de superposição 
para a geração de força. 
 
▪ Assim, o ventrículo em função de seu 
enchimento otimizado automaticamente 
bombeia mais sangue para as artérias. 
 
▪ Essa capacidade do músculo distendido de se 
contrair com maior produção de trabalho até 
seu comprimento ideal é característica de 
todos os músculos estriados e não somente do 
miocárdio. 
 
▪ Quando ocorre aumento do volume de 
sangue, existe ainda mais um mecanismo que 
amplifica o bombeamento, além do efeito 
extremamente importante do aumento de 
volume do miocárdio. 
 
▪ A distensão das paredes do átrio esquerdo 
aumenta diretamente a frequência cardíaca 
por 10% a 20%; isso também ajuda a 
aumentar a quantidade de sangue bombeada 
a cada minuto, apesar dessa contribuição ser 
bem mais modesta que a do mecanismo de 
Frank-Starling. 
 
 
 
Objetivo 4 
4. Compreender a regulação do 
bombeamento cardíaco intrínseca; 
 
TUTORIA 1 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
CONTROLE DO CORAÇÃO PELA 
INERVAÇÃO SIMPÁTICA E 
PARASSIMPÁTICA 
▪ A eficácia do bombeamento cardíaco é 
também controlada pelos nervos simpáticos e 
parassimpáticos (vagos) que inervam de forma 
abundante o coração. 
 
▪ Para determinados níveis de pressão atrial, a 
quantidade de sangue bombeada a cada 
minuto (o débito cardíaco) com frequência 
pode ser aumentada por mais de 100% pelo 
estímulo simpático. 
 
▪ E, por outro lado, o débito pode ser diminuído 
até zero, ou quase zero, por estímulo vagal 
(parassimpático). 
 
MECANISMOS DE EXCITAÇÃO CARDÍACA 
PELOS NERVOS SIMPÁTICOS 
▪ Estímulos simpáticos potentes podem 
aumentar a frequência cardíaca em pessoas 
adultas jovens, desde seu valor normal de 70 
batimentos/min até 180 a 200 e raramente até 
250 batimentos/min. 
 
▪ Além disso, estímulos simpáticos aumentam a 
força da contração cardíaca até o dobro da 
normal, aumentando desse modo o volume 
bombeado de sangue e aumentando sua 
pressão de ejeção. 
 
▪ Portanto, a estimulação simpática com 
frequência é capaz de aumentar o débito 
cardíaco até seu dobro ou triplo, além do 
aumento do débito, originado pelo mecanismo 
de Frank-Starling, como já discutido. 
 
▪ Por outro lado, a inibição dos nervos 
simpáticos pode diminuir moderadamente o 
bombeamento cardíaco da seguinte maneira: 
sob circunstâncias normais, as fibras nervosas 
simpáticas do coração têm descarga contínua, 
mas em baixa frequência suficiente para 
manter o bombeamento cerca de 30% acima 
do que seria sem a presença de estímulo 
simpático. 
 
▪ Assim, quando a atividade do sistema nervoso 
simpático é deprimida até valores abaixo do 
normal, ocorre a diminuição da frequência 
cardíaca e da força de contração muscular 
ventricular, diminuindo dessa forma o 
bombeamento cardíaco por até 30% abaixo do 
normal. 
 
ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA (VAGAL) 
DO MIOCÁRDIO 
▪ A forte estimulação das fibras nervosas 
parassimpáticas dos nervos vagos do coração 
pode chegar a parar os batimentos por alguns 
segundos, mas então o coração usualmente 
"escapa" e volta a bater entre 20 e 40 vezes 
por minuto, enquanto o estímulo 
parassimpático continuar. 
 
▪ Ainda mais, um estímulo vagal forte pode 
diminuir a força de contração miocárdica por 
20% a 30%. 
 
▪ As fibras vagais estão dispersas, em grande 
parte, pelos átrios e muito pouco nos 
ventrículos, onde realmente ocorre a geração 
da força de contração. Isso explica o fato de a 
estimulação vagal reduzir principalmente a 
frequência cardíaca e não diminuir de modo 
acentuado a força de contração. 
 
▪ Mesmo assim, a combinação dos efeitos da 
redução importante da frequência, com leve 
diminuição da força de contração, pode 
diminuir o bombeamento ventricular em 50% 
ou mais.

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