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Práticas Integradas de Farmácia 1 Práticas Integradas de Farmácia • Esta disciplina explicará o que um medicamento ou vacina precisa percorrer para ser lançado no mercado para ser lançado no mercado. • Tudo isso ocorre com a escolha da molécula ou fármaco a ser estudado. Podendo haver moléculas sintéticas ou naturais • Molé sintética: Obtida em laboratório podendo ser produzida usando diversas técnicas diferentes. Podendo seguir uma linha de pesquisa ou ser baseada em um fármaco já existente criando um derivado. Essas moléculas podem ser obtidas de estudos de seus modelos 3D. • Obtenção por via sintética de moléculas que são obtidas na natureza: Há alguns caminhos a serem seguidos como a síntese completa, parcial ( semissíntese ) • Uma vantagem das moléculas naturais que são apenas replicadas em lab é que temos certeza de que ela tem maior chance de se ligar ao sítio correto • Nos exames in vitro é possível detectar se a molé tem ou não relação com a atividade farmacológica, se não tiver é possível fazer uma prospecção com diversas moléculas ( mecanismos proteicos ou enzimáticos por ex ) • Teste de Ames serve para saber se a molécula é citotóxica ( genotóxica ) ou não, este modelo é feito com bac com genes alterados que a partir de sua alteração a bac não conseguirá crescer normalmente. O teste de Ames também pode ser feito ao se administrar o medicamento a longo prazo e observar se há alguma mutação • Outro fator a ser observado é imunotoxicidade podendo deixa-lo mais ativo ou deprimido. Dose NOAEL é aquela em que não há efeitos a serem observados. Esses estudos são feitos comparando em animais os efeitos de drogas imunossupressoras com a da droga em questão Legislação relativa ao uso de animais em lab • Os estudos em animais e humanos são importantes para o desenvolvimento de novos fármacos, para isso existem diversas condutas para realizar estes ensaios • Após a 2 guerra houve a criação do Código de Nuremberg em que foi estabelecido que o participante da pesquisa deve concordar com o que está sendo feito. Práticas Integradas de Farmácia 2 • Lei Arouca se refere a conduta em experimentos com animais • Os estudos relativos a farmaco e toxicocinética dos fármacos são feitos em animais experimentais para se saber justamente sua ADME. E esses experimentos serão novamente feitos só que desta vez em humanos na fase 1 da fase clínica, para se confirmar os dados obtidos com os animais • Os animais geralmente escolhidos são roedores, cães, porcos e macacos. Sendo que o modelo animal deve atender aos seguintes requerimentos: Permitir o estudo de fenômenos biológicos, possibilitar estudo de um processo patológico espontâneo ou induzido e apresentar um ou mais aspectos do fenômenos que são semelhantes aos humanos Experimentos em animais de lab ( pré-clínico ) • Induzidos = o próprio pesquisador causa a doença, p testar o tratamento \ fármaco em potencial • Espontâneos = São aqueles em que os animais de lab já podem ter naturalmente, como por exemplo o cruzamento de ratos de mesma espécie sem variação pode causar o aparecimento de mutações. • Negativos = É pouco usado, realizado quando a espécie não consegue desenvolver a determinada doença ( comparar um animal em que a doença aparece e em um em que ela não aparece ) • Órfãos = Relacionado a doenças não humanas que só ocorre em animais Ética no desenvolvimento de fármacos • Analgésicos e anti-inflamatórios: Cuidado ao causar dor, levando em conta o conceito de nocicepção que diz respeito ao fato do animal não conseguir exprimir claramente a dor e sua intensidade. Tipos de dor como central ou periférica ( SNC ou SNP ), neurotransmissores • Ansiolíticos e antidepressivos: Estudos comportamentais, sinais vitais, dose usada • Anti virais, microbianos e parasitários: Quantidade de agente patológico inoculada, via de administração e posologia • Antitumorais: São agentes tóxicos em geral, é necessário inocular o tumor no animal e monitorar os efeitos indesejados Práticas Integradas de Farmácia 3 • Além de proteger o animal os ensaios toxicológicos realizados em animais dão dicas de como serão os efeitos indesejados para o humano • Os modelos de toxicidade começam com os de toxicidade aguda que são pela administração de uma única dose ( geralmente elevada VO, { geralmente 2g } ), serve p ver as reações iniciais ( até 14 dias ). P ver a dl50 reduz os 2g até achar a dose não letal • Toxicidade de dose repetitiva é feito após a aguda e serve p determinar justamente a toxicidade cumulativa da subst, além de determinar o nível sem efeito tóxico • Toxicidade subcrônica ocorre em um período de 30 a 90 dias e fornece informações sobre os órgãos-alvo e efeitos cumulativos. A toxicidade subcrônica se dá quando há efeito negativo resultante de uma administração repetida ( diária ) • Toxicidade crônica ocorre em um período superior a 90 dias podendo se estender a vida toda do animal, avalia os riscos a saúde de uma exposição prolongada ( efeitos tóxicos cumulativos ) • Toxicidade reprodutiva e embrionária avaliam os efeitos negativos durante período específico da gestação • Toxicidade com combinação de fármacos, é o uso de 2 fármacos diferentes para a mesma finalidade Unidade 2 • A informações obtidas nos ensaios pré-clínicos são fundamentais para começar a entender como será a execução dos ensaios em humanos • A concentração plasmática de fármacos nos animais prediz a que será usada em humanos. Deve-se levar em conta a via de administração, cada etapa da farmacocinética é importante • Em cada etapa ADME a precisão dos dados ( metabólitos ) é fundamental. Quanto maior a janela terapêutica melhor é pois significa que a dose efetiva está longe da dose que causa efeitos colaterais Principais fases no desenvolvimento de fármacos: • Fase 1 = Voluntários saudáveis ( número pequeno ), segurança inicial, efeitos biológicos causados, metabolismo. A exceção são os antitumorais em que não há Práticas Integradas de Farmácia 4 uso em voluntários saudáveis • Fase 2 = Participantes selecionados ( número maior ), eficácia terapêutica, limite de dosagem, cinética e metabolismo • Fase 3 = Grande amostra de participantes, segurança e eficácia • Fase 4 = Medicamento no mercado • Será que a dose usada com o animal de lab pode ser a mesma usada em humanos? A resposta é não, deve-se levar em consideração diversos fatores como a exposição prévia a compostos quimicamente relacionados, a estrutura química do medicamento, toxicidade, alvo, intensidade dos efeitos adversos ou seja usará muitos dados dos ensaios pré-clínicos, outros são também o NOAEL e MABEL ( nível mínimo de efeito biológico esperado ) • Fase 0 ( antes da fase ) pode ocorrer em medicamentos em que não há medicamentos referência ( medicamentos inovadores ) para se tomar de base • Outro estudo importante a ser feito no começo da fase 1 ou mesmo antes dela é o estudo de tolerância local que é relacionado ao local de administração ( tecido ), é observado se houve alguma reação como: fotossensibilidade, hematomas, alergias, pH do fármaco etc. • Estudos podem ser primários onde a investigação é original ( inédito ) ou secundário que são revisões sistemáticas de estudos primários. • Estudos também podem ser classificados de acordo com o período podendo ser longitudinal que é ao longo do tempo ou transversal que é no exato momento ( mesmo momento ).
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