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História do Pensamento Econômico / Stanley L. Brue 
 
Capítulo 7 – A Escola Clássica – David Ricardo 
Embora Smith tenha sido o fundador da escola clássica e tenha lhe dado sua forma 
dominante, David Ricardo (1772-1823), um contemporâneo de Malthus, foi a figura 
principal na promoção do maior desenvolvimento das ideias da escola. Ricardo 
demonstrou as possibilidades de utilizar o método abstrato de raciocínio para formular as 
teorias econômicas. Ele ampliou o escopo da investigação econômica para a distribuição 
de renda. 
 
Detalhes Bibliográficos 
 Ricardo foi o terceiro de 17 filhos de imigrantes judeus que se mudaram da 
Holanda para a Inglaterra. Ele foi educado para os negócios de corretagem de ações de 
seu pai, em que ingressou aos 14 anos de idade. Aos 21 anos, casou-se com uma mulher 
quacre e abandonou as crenças judaicas para se tornar um unitário. 
 Os princípios de Ricardo para ganhar dinheiro na bolsa de valores podem ser para 
muitos tão interessantes quanto o desenvolvimento de sua teoria da economia abstrata. 
Ele disse que havia conseguido todo o seu dinheiro por observar que as pessoas, 
geralmente, exageravam a importância de determinadas ocorrências. 
Entretanto, Ricardo também creditou seu sucesso financeiro ao fato de se 
satisfazer com os pequenos lucros, nunca retendo mercadorias ou títulos por muito tempo 
quando pequenos lucros poderiam ser auferidos rapidamente. 
Como uma pessoa de firme convicção e de grandes princípios, Ricardo 
frequentemente defendia as políticas que entravam em conflito com seu próprio interesse 
pessoal. Ele argumentou contra os gastos excessivos do Banco da Inglaterra, embora fosse 
um acionista daquela instituição. 
A questão da moeda 
 Em 1797, mais de duas décadas depois da guerra entre a Inglaterra e a França, um 
pânico e uma corrida ao ouro esgotaram perigosamente as reservas no Banco da 
Inglaterra. Quando o governo suspendeu o pagamento em dinheiro, a Inglaterra se 
encontrou em uma situação irreversível, no que diz respeito ao papel-moeda. Em outras 
palavras, as pessoas que acumulavam o papel-moeda não poderiam trocá-lo por ouro. 
 Os cidadãos preocupados se perguntavam por que o preço de mercado do ouro 
estava aumentando e como poderia ser brecado. Por ter transações com o Banco da 
Inglaterra envolvendo grande soma de dinheiro, Ricardo começou a refletir e a escrever 
sobre esse assunto. Sua conclusão sobre a assim chamada “questão da moeda" reafirmou 
a teoria quantitativa da moeda' apontada anteriormente por Locke, Hume e Smith. 
 O problema, de acordo com Ricardo, não era o alto preço do ouro, mas 
particularmente o baixo valor da libra esterlina. Agora era necessário, simplesmente, 
oferecer mais libras para comprar uma onça de ouro. A solução que Ricardo propôs foi 
um retorno ao padrão ouro. 
Ricardo contestou que havia evidencias de que fora o papel, e não o ouro, que 
tinha mudado de valor. Uma onça de ouro compraria tantas mercadorias como 
anteriormente. Entretanto, o papel a que o ouro correspondia, em razão da paridade, 
compraria muito menos, porque a inflação dos preços se dava em termos de moeda. 
A teoria dos rendimentos decrescentes e da renda 
Segundo Stanley, Ricardo, Malthus, West e Torrens reformularam o princípio e o 
aplicaram ao aluguel da terra. Ricardo modestamente creditou a descoberta a Malthus e 
West. Entretanto, foi Ricardo que desenvolveu a noção de forma mais clara e completa. 
Ao utilizar esse conceito para desenvolver sua teoria da renda, Ricardo tornou-se o 
primeiro economista a formular um princípio marginal na analise econômica. Sua teoria 
da renda, portanto, é produtiva para a posterior promoção da escola marginalista. 
Logo, Malthus identificou dois tipos de controle do crescimento da população: os 
que ele chamava de "controles preventivos" e os que ele chamava de "controles 
positivos". 
Segundo Ricardo, a renda "é aquela porção da produção da terra que é paga aos 
seus proprietários pelo uso dos poderes originais e indestrutíveis do solo". Ele modificou 
essa definição ao incluir como renda os investimentos de capital no longo prazo que foram 
vinculados à terra e sua produtividade. De acordo com Ricardo, a renda surge das margens 
intensiva e extensiva de cultivo. 
Renda na margem extensiva de cultivo 
 Quando, no progresso da sociedade, a terra do segundo tipo de fertilidade e 
cultivada, a renda imediatamente começa sobre aquela de primeiro tipo, e o valor dessa 
renda dependerá da diferença na qualidade dessas duas porções de terra. 
 Segundo o autor, quando a terra de terceiro tipo é cultivada, a renda imediatamente 
começa sobre o segundo tipo e ela é regulada como antes, pela diferença nos seus poderes 
produtivos. Ao mesmo tempo, a renda do primeiro tipo aumentará, para isso a renda do 
segundo tipo deve sempre estar acima, pela diferença entre a produção que elas têm com 
uma determinada quantidade de capital e m' o-de-obra. A renda sobre todas as terras mais 
férteis aumentará, pois com o progresso da população o um pais será obrigado a ter o 
recurso para a terra de pior qualidade, para permitir que ela aumente sua oferta de 
alimento. 
A renda na margem intensiva de cultivo 
 Devido a lei dos rendimentos decrescentes, a renda também surge do cultivo 
intensivo da terra. Se as unidades sucessivas de mão-de-obra e capital são acrescentadas 
a um pedaço de terra enquanto a tecnologia permanece constante, cada unidade de 
investimento acrescentada agregara menos ao resultado do que as unidades anteriores. 
A teoria do valor de troca e os preços relativos 
Valor de troca 
 De acordo com o autor, Ricardo estava preocupado com os valores relativos, não 
com o valor absoluto. Ele quis descobrir a base para a relação de troca entre as 
mercadorias. Isso permitiria que ele determinasse as causas das trocas nesses valores 
relativos sobre o tempo. 
Ricardo escreveu que para uma mercadoria ter valor de troca, ela deveria ter o 
valor de uso. A utilidade (satisfação subjetiva de uma necessidade) não é a medida de 
valor de permuta, embora seja essencial para ela. 
Para Ricardo, o valor de troca de uma mercadoria depende do tempo de trabalho 
necessário para produzi-la. O tempo de trabalho inclui não apenas o esforço empreendido 
na fabricação da própria mercadoria, mas também o trabalho incluído na matéria-prima e 
nos bens de capital consumidos no processo de produção. 
 O problema com essa simples teoria de valor é que, entre outras coisas, ela 
aparentemente não se responsabiliza por fatores como as diferenças nas relações capital-
trabalho entre as indústrias, as diferenças na combinação de trabalhadores eficientes e 
ineficientes entre as várias indústrias e a variação dos salários, das taxas de lucros e da 
renda entre os produtores. Ricardo reconheceu todas essas complicações potenciais e 
tentou analisar cada uma delas. 
O desemprego segundo Ricardo 
 O excesso de oferta resultante forcara os produtores a reduzir sua produção e a 
dispensar trabalhadores. Ricardo concordou que um excesso de oferta temporário poderia 
ocorrer, mas argumentou que a produção total e o emprego geralmente prevalecem. Ele 
apelou para a lei que hoje é conhecida como a lei dos mercados de Say para defender sua 
posição. Essa lei diz que "a oferta cria sua própria demanda". De acordo com essa 
perspectiva, o processo de produção de bens gera o salário de eficiência, o lucro e a renda 
de arrendamentos para comprar os bens.

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