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1. Tributos Está inserido no art. 24, I da CRFB/88, sendo de competência legislativa concorrente. Ou seja, a União estabelece as normas gerais, os Estados e DF atuam de forma suplementar e, caso não exista norma geral, podem legislar plenamente para atender às suas necessidades. Nesse último caso, na superveniência de legislação federal, esta suspenderá a estadual/distrital no que lhe for contrária. O art. 61, §1º, II, b estabelece que a matéria tributária privativa do Presidente é a dos territórios, não a federal. 2. Sistema Tributário Nacional Compõe-se de tributos que, de acordo com a Constituição, em seu art. 145, são os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria. A definição de tributo está no art. 3º do CTN, sendo que fato gerador é a situação que faz nascer a obrigação de pagar a importância pecuniária correspondente. Imposto: Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, incide só pela atuação do contribuinte. Arts. 153, 155 e 156. Taxa: Tem por fato gerador uma situação do exercício do poder de polícia do estado ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Contribuição de melhoria: Tem por fato gerador a valorização de imóveis do contribuinte em decorrência da realização de obras públicas. Art. 61 § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: –II disponham sobre: b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Pelo art. 150, IV, da CRFB/88, é vedado utilizar tributo com efeito de confisco. Já no artigo 151 estão contidas as vedações ao poder de tributar da União, no artigo 152 as vedações impostas aos Estados. Alguns impostos especiais que podem ser instituídos pela União estão contidos no art. 154 da CRFB/88. 3. Princípios Constitucionais da Tributação Princípio da reserva de lei ou da legalidade estrita – Necessidade de lei para exigir ou aumentar tributos (Art. 150, I) Princípio da igualdade ou isonomia tributária – Art. 150, II Princípio da personalização dos impostos e da capacidade contributiva – Art. 145, §1º Art. 151. É vedado à União: –I instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; –II tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; –III instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Art. 154. A União poderá instituir: –I mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; –II na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Princípio da prévia definição legal do fato gerador/Irretroatividade tributária – Não se permite que se cobre tributos referentes a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei (Art. 150, III, a) Princípio da anualidade – do lançamento do tributo Art. 150, III, b, é considerado cláusula pétrea pelo STF na forma do Art. 60, §4º, IV, o contribuinte não será surpreendido Princípio da carência – Art. 150, III, c Princípios da imunidade tributária recíproca – Art. 150, VI, é considerado cláusula pétrea pelo STF na forma do Art. 60, §4º, I 4. Orçamento O art. 165, III, da CRFB/88 estabelece que é competência do Poder Executivo a iniciativa das leis que estabelecem os orçamentos anuais. Orçamento é o instrumento de planejamento do Estado, o Poder Público analisa as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica do país, a arrecadação de receitas, etc. Considera aspectos do passado, a realidade do presente e as projeções para o futuro. O art. 167, especialmente os incisos I e IV, estabelece algumas vedações que objetivam o cumprimento do orçamento proposto. É possível definir o destino do dinheiro público por meio de uma medida provisória, desde que na forma do art. 167, §3º, visando atender a despesas imprevisíveis e urgentes. Art. 167. São vedados: –I o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; –IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
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