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23 - Tributos e Orçamento

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1. Tributos
Está inserido no art. 24, I da CRFB/88, sendo de competência legislativa concorrente. Ou seja,
a União estabelece as normas gerais, os Estados e DF atuam de forma suplementar e, caso não
exista norma geral, podem legislar plenamente para atender às suas necessidades. Nesse último
caso, na superveniência de legislação federal, esta suspenderá a estadual/distrital no que lhe for
contrária.
O art. 61, §1º, II, b estabelece que a matéria tributária privativa do Presidente é a dos
territórios, não a federal.
2. Sistema Tributário Nacional
Compõe-se de tributos que, de acordo com a Constituição, em seu art. 145, são os impostos,
as taxas e a contribuição de melhoria. A definição de tributo está no art. 3º do CTN, sendo que
fato gerador é a situação que faz nascer a obrigação de pagar a importância pecuniária
correspondente.
Imposto: Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, incide só pela atuação do contribuinte. Arts. 153, 155 e 156.
Taxa: Tem por fato gerador uma situação do exercício do poder de polícia do estado ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição.
Contribuição de melhoria: Tem por fato gerador a valorização de imóveis do contribuinte em
decorrência da realização de obras públicas.
Art. 61
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
–II disponham sobre:
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e 
pessoal da administração dos Territórios;
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.
Pelo art. 150, IV, da CRFB/88, é vedado utilizar tributo com efeito de confisco. Já no artigo
151 estão contidas as vedações ao poder de tributar da União, no artigo 152 as vedações
impostas aos Estados. 
Alguns impostos especiais que podem ser instituídos pela União estão contidos no art. 154 da
CRFB/88.
3. Princípios Constitucionais da Tributação
Princípio da reserva de lei ou da legalidade estrita – Necessidade de lei para exigir ou
aumentar tributos (Art. 150, I)
Princípio da igualdade ou isonomia tributária – Art. 150, II
Princípio da personalização dos impostos e da capacidade contributiva – Art. 145, §1º
Art. 151. É vedado à União:
–I instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção 
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de 
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
–II tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em 
níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
–III instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios.
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou 
destino.
Art. 154. A União poderá instituir:
–I mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição;
–II na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não 
em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas 
de sua criação.
Princípio da prévia definição legal do fato gerador/Irretroatividade tributária – Não se
permite que se cobre tributos referentes a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei (Art. 150, III, a)
Princípio da anualidade – do lançamento do tributo Art. 150, III, b, é considerado cláusula
pétrea pelo STF na forma do Art. 60, §4º, IV, o contribuinte não será surpreendido
Princípio da carência – Art. 150, III, c
Princípios da imunidade tributária recíproca – Art. 150, VI, é considerado cláusula pétrea pelo
STF na forma do Art. 60, §4º, I
4. Orçamento
O art. 165, III, da CRFB/88 estabelece que é competência do Poder Executivo a iniciativa das
leis que estabelecem os orçamentos anuais.
Orçamento é o instrumento de planejamento do Estado, o Poder Público analisa as despesas
destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica
do país, a arrecadação de receitas, etc. Considera aspectos do passado, a realidade do presente e
as projeções para o futuro.
O art. 167, especialmente os incisos I e IV, estabelece algumas vedações que objetivam o
cumprimento do orçamento proposto. É possível definir o destino do dinheiro público por meio de
uma medida provisória, desde que na forma do art. 167, §3º, visando atender a despesas
imprevisíveis e urgentes.
Art. 167. São vedados:
–I o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
–IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste artigo; 
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, observado o disposto no art. 62.

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