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REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

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UNIVERSIDADE DE RONDONÓPOLIS
FACULDADES DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS SOBRAL PINTO
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Matéria: Ensino da Natureza e da Sociedade na Educação Infantil
Professora: Carolina de Ribamar e Silva
Aluna: Larissa Duarte Bernardi 	
Curso: Pedagogia 
Matricula:295386514105
Rondonópolis-MT
2019
 
 Primeiro ano de vida 
 
 O dialogo afetivo que se estabelece com o adulto, caracterizado pelo toque corporal, pelas modulações da voz, por expressões cada vez mais cheias de sentido, constitui-se espaço privilegiado de aprendizagem. A criança imita o parceiro e cria suas próprias reações: balança o corpo, bate palmas, vira ou levanta a cabeça etc.
 Quando se observa um bebe, pode-se constatar que é grande o tempo que ele dedica a explorações do próprio corpo, fica olhando as mãos paradas ou mexendo-as diante dos olhos, pega os pés e diverte-se em mantê-los sob o controle das mãos, como que descobrindo aquilo que faz parte do seu corpo e o que vem do mundo exterior. 
 As ações em que procura descobrir o efeito de sus gestos sobre os objetos propiciam a coordenação sensório motora, a partir de quando seus atos se tornam instrumentos para atingir fins situados no mundo exterior.
 Crianças de um a três anos 
 
 Quando aprende a andar, a criança parece tão encantada com sua nova capacidade que se diverte em locomover-se de um lado para o outro, sem uma finalidade especifica. O exercício dessa capacidade, comado ao progressivo amadurecimento do sistema nervoso, propicia o aperfeiçoamento do andar, que se torna cada vez mais seguro e estável, desdobrando-se nos atos de correr, pular e outras coisas. A grande independência que andar propicia na exploração do espaço é acompanhada também por uma maior disponibilidade das mãos: a criança dessa idade é aquela que não para, mexe em tudo, explora, pesquisa.
 No mesmo tempo que a criança explora, aprende gradualmente a adequar seus gestos e movimentos às suas intenções e às demandas da realidade. Gestos como o de segurar uma colher para comer ou uma xicara para beber e o de pegar um lápis para marcar um papel, embora ainda não muito seguros, são exemplos dos progressos no plano da gestualidade instrumental.
 Crianças de quatro a seis anos 
 Nesse período da idade constata-se uma ampliação do repertório de gestos instrumentais, os quais contam com progressiva precisão. Atos que exigem coordenação de vários segmentos motores e o ajuste a objetos específicos, como recortar, colar encaixar pequenas peças etc. Ao lado disso, permanece a tendência lúdica da motricidade, sendo muito comum que as crianças durante a realização de uma atividade, desviem a direção de seu gesto: é o caso, por exemplo, da criança que está recortando e que de repente põe-se a brincar com a tesoura, transformando-a num avião, numa espada etc.
 A possibilidade de planejar seu próprio movimento mostra-se presente, por exemplo, nas conversas entre crianças em que uma narra para a outra o que e como fará para realizar determinada ação: “eu vou lá, vou pular assim e vou pegar tal coisa...”.
 As brincadeiras que compõem o repertório infantil e que variam conforme a cultura regional apresentam-se como oportunidades privilegiadas para desenvolver habilidades no plano motor, como empinar pipas, jogar bolinhas de gude, atirar com estilingue, pular amarelinha e outras brincadeiras. 
 
 A criança e a musica 
 
 O ambiente sonoro, assim como a presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que o bebes e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Adultos cantam melodias curtas, cantigas de ninar, fazem brincadeiras cantadas, reconhecendo o fascínio que tais jogos exercem. Encantados com o que ouvem, os bebes tentam imitar e responder, criando momentos significativos no desenvolvimento afetivo e cognitivo, responsáveis pela criação de vínculos tanto com os adultos quanto com a música. 
 O que caracteriza a produção musical das crianças nesse estágio é a exploração do som e duas qualidades, que são altera, duração, intensidade e timbre, e não a criação de temas ou melodias definidos precisamente, ou seja, diante de um teclado, por exemplo, importa explorar livremente os registros grave ou agudo, tocando forte ou fraco, produzindo sons curtos ou longos, imitando gestos motores que observou e que reconhece como responsáveis pela produção do som, sem a preocupação de localizar as notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) ou reproduzir exatamente qualquer melodia conhecida.
 A audição pode detalhar mais, e o interesse por muitos e variados estilos tende a se ampliar. Se a produção musical veiculada pela mídia lhe interessa, também mostra-se receptiva a diferentes gêneros e estilos musicais, quando tem a possibilidade de conhece-los. 
 Crianças de quatro a seis anos nessa faixa etária, brincara com audição mais detalhado, acompanhando a ampliação da capacidade de atenção e concentração das crianças. A apreciação musical poderá propiciar o enriquecimento e ampliação de conhecimento de diversos aspectos referentes a produção musical. 
 Jogos e brincadeiras
 
 A música na educação infantil mantém forte ligação com a brincadeira. Em algumas línguas, como inglês e no francês, por exemplo, usa-se o mesmo verbo para indicar tanto as ações de brincar quanto as de tocar música. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Jogos e brinquedos musicais são transmitidos por tradição oral, persistindo nas sociedades urbanas nas quais a força da cultura de massas é muito intensa, pois são fonte de vivencias e desenvolvimento expressivo musical. Envolvendo o festo, o movimento. O canto, a dança e o faz-de-conta, esses jogos e brincadeiras são expressão da infância. 
 Brincar de estátuas é um exemplo de jogo em que, por meio do contraste entre som e silencio, se desenvolve a expressão corporal, a concentração a disciplina e a atenção. A tradicional brincadeira das cadeiras é um outro exemplo de jogo que pode ser realizado com as crianças. 
 
 Fontes sonoras 
 
 Trabalhando com a música deve reunir toda e qualquer fonte sonora: brinquedos, objetos do cotidiano e instrumentos musicais de boa qualidade. É preciso lembrar que a voz é o primeiro instrumento e o corpo humano é fonte de produção sonora. 
 Os brinquedos sonoros e os instrumentos de efeito sonoro são materiais bastante adequados ao trabalho com bebes e crianças pequenas. 
 É aconselhável que se possa contar com um aparelho de som para ouvir música e, também, para gravar e reproduzir a produção musical das crianças.
 Artes visuais
 A presença das Artes visuais na educação infantil, ao longo da história, tem demonstrado um descompasso entre os caminhos apontados pela produção teórica e a pratica pedagógica existente. Em muitas propostas as práticas de artes visuais são entendidas apenas como meros passatempos em que atividades de desenhar, colar pintar e modelar com argila ou massinha são destituídas de significados. 
 A arte da criança desde cedo sofre influência da cultura, seja por meio de materiais e suportes com que faz seus trabalhos, seja pelas imagens e atos de produção artística que observa na TV, em revistas, em gibis, rótulos, estampas, obras de arte, trabalhos artísticos de outras crianças.
 Embora seja possível identificar espontaneidade e autonomia na exploração e no fazer artístico das crianças, seus trabalhos revelam: o local e a época histórica em que vivem; suas oportunidades de aprendizagem; suas ideias ou representações sobre o trabalho artístico que realiza e sobre a produção de arte à qual tem acesso, assim como seu potencial para refletir sobre ela. 
 As crianças e as artes visuais 
 
 O trabalho com as artes visuais na educação infantil requer profunda atenção no que se refere ao respeito das peculiaridades e esquemas de conhecimento próprios à cada faixa etária e nível de desenvolvimento. Isso significa que o pensamento, a sensibilidade, a imaginação,a percepção, a intuição e a cognição da criança devem ser trabalhadas de forma integrada, visando a favorecer o desenvolvimento das capacidades criativas das crianças. 
 No processo de aprendizagem em artes Visuais a criança traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais, aprendizagens relação com a natureza, motivação interna e/ou externa.
 Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de, ocasionalmente, manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, considerados muito mais como movimentos do que como representações. É a conhecida fase dos rabiscos, das garatujas A repetida exploração e experimentações do movimento amplia o conhecimento de si próprio do mundo e das ações gráficas. 
 Enquanto desenham ou criam objetos também brincam de “faz-de-conta” e verbalizam narrativas que exprimem suas capacidades imaginativas, ampliando sua forma de sentir e pensar sobre o mundo no qual estão inseridas. 
 Linguagem oral e escrita 
 A linguagem oral está presente no cotidiano e na pratica das instituições de educação infantil à medida que todos que dela participam: crianças e adultos, falam, se comunicam entre si, expressando sentimentos e ideias. As diversas instituições concebem a linguagem e a maneira como as crianças aprendem de modos bastante diferentes. 
 Em muitas situações, também, o adulto costuma imitar a maneira de falar das crianças, acreditando que assim s estabelece uma maior aproximação com elas, utilizando o que se supõe seja a mesma língua, havendo u uso excessivo de diminutivos e/ou uma tentativa de infantilizar o mundo real para as crianças. 
 Para apreender a ler e a escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem. Isso significa que a alfabetização não é o desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção, memorização e treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras. É, antes, um processo no qual as crianças precisam resolver problemas de natureza logica até chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas. 
 Desenvolvimento da linguagem escrita
 
 Sabe-se que para aprender a escrever a criança terá de lidar com dois processos de aprendizagem paralelos: o da natureza do sistema de escrita da língua o que a escrita representa e como e o das características da linguagem que se usa para escrever. A aprendizagem da linguagem escrita está intrinsicamente associada ao contato com textos diversos, para que as crianças possam construir sua capacidade de ler, e as práticas de escrita, para que possam desenvolver a capacidade de escrever autonomamente. A crianças elaboram uma série de ideias e hipóteses provisórias antes de compreender o sistema escrito em toda sua complexidade. 
 No processo de construção dessa aprendizagem as crianças cometem “erros”, os erros nessa perspectiva, não são vistos como faltas ou equívocos, eles são esperados, pois se referem a um momento evolutivo no processo de aprendizagem das crianças. Eles têm um importante papel no processo de ensino, porque informam o adulto sobre o modo propor de as crianças pensarem naquele momento. 
 Natureza e Sociedade
 Algumas práticas valorizam atividades com festas do calendário nacional: o Dia do Soldado, dia das Mães, o dia do Índio, o Dia da Primavera. Nessas ocasiões, as crianças são solicitadas a colorir desenhos mimeografados pelos professores, como coelhinhos, soldados, bandeirinhas, cocares etc.
 Algumas práticas também se baseiam em atividades voltadas para uma formação moralizante, como no caso do reforço a certas atitudes relacionadas à saúde e à higiene. 
 A criança, a natureza e a sociedade
 As crianças refletem e gradativamente tomam consciência do mundo de diferentes maneiras em casa etapa do seu desenvolvimento. As transformações que ocorrem em seu pensamento se dão simultaneamente ao desenvolvimento da linguagem e de suas capacidades de expressão. À medida que crescem, se deparam com fenômenos, fatos e objetos do mundo; perguntam, reúnem informações, organizam explicações e arriscam respostas; ocorrem mudanças fundamentais no seu modo de conceber a natureza e a cultura. 
 Na medida em que se desenvolve e sistematiza conhecimentos relativos à cultura, a criança constrói e reconstrói noções que favorecem mudanças no seu modo de compreender o mundo, permitindo que ocorra um processo de confrontação entre suas hipóteses e explicações com os conhecimentos culturalmente difundidos nas interações com os outros, com os objetos e fenômenos e por intermédio da atividade interna e individual. 
 Observação, registro e avaliação formativa 
 A avaliação representa, neste caso, um esforço do professor em observar e compreender o que as crianças fazem, os significados atribuídos por elas aos elementos trabalhados nas situações vivenciadas. Esse é um processo relacionado com a observação da criança nos jogos e atividades e de seu entendimento sobre diferentes domínios que vão além da própria Matemática. 
 Os significados e pontos de vista infantis são dinâmicos e pedem se modificar em função das perguntas dos adultos, do modo de propor as atividades e do contexto na quais ocorrem. A partir do que observa, o professor deverá propor atividades para que as crianças avancem nos seus conhecimentos. 
 A localização de pessoas e objetos e sua comunicação pode ser observada nas situações cotidianas nas quais esses conhecimentos se façam necessários. Pode-se observar se as crianças usam e comunicam posições relativas entre objetos e se denominam as posições de localização.
 
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