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Gravidez e Lactação - Fisiologia

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Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
1 
 
 
 
 
-Alterações fisiológicas hormonais da 
gravidez e da lactação, aula do dia 04/11/20 
Objetivos da aula: 
- Determinar a importância da gonadotrofina 
coriônica humana na gestação e a variação 
de sua concentração sanguínea; 
- Descrever o papel vascular e hormonal da 
placenta; 
- Discutir a participação fisiológica da 
ocitocina durante a gravidez e a lactação e 
os fatores que determinam sua liberação 
neuro-hipofisária; 
- Explicar a influência da prolactina durante 
a gravidez e no período pós-natal e 
descrever os fatores que alteram sua 
secreção adeno-hipofisária. 
 
 Os anos reprodutivos da mulher se caracterizam por 
variações rítmicas mensais da secreção dos hormônios 
sexuais femininos; 
Essas variações ocasionam alterações estruturais nos 
ovários e nos outros órgãos sexuais femininos; 
Padrão rítmico: ciclo ovariano (ou ciclo menstrual); 
-Com a não fecundação do ovulo, há, pela redução das 
gonadotrofinas hipofisárias, a involução do corpo lúteo 
(com consequente redução da concentração de 
estrogênio e progesterona), resultando no processo 
menstrual, 
O óvulo é lançado na cavidade peritoneal, ele é captado 
pelas fimbrias, que conduzem o ovócito II até a ampola 
da tuba uterina para realizar a fecundação, 
-Depois disso, o zigoto é direcionado ao útero, e alcança 
o útero aproximadamente de 4-5 dias após a 
fecundação, 
-No estagio de blastocisto, se implanta no endométrio 
(cerca de 5 a 7 dias após a fecundação) 19º - 21º do 
ciclo 
 
 
 
-Simultaneamente, a camada interna (sinciciotrofoblasto) 
começa a produzir e liberar a HCG 
Gonadotrofina coriônica humana (HCG) 
-Possui natureza glicopoteíca (semelhante ao LH), 
-O mecanismo de ação é evidenciado pela ligação à 
receptores de membrana presentes no corpo lúteo, 
ativa a proteína GS, adenilciclase, aumentado a 
formação do AMPc, 
-o AMPc funciona como segundo mensageiro, ou seja o 
mecanismo é similar às gonadotrofinas 
 
-Tal imagem evidencia a variação da concentração 
sanguínea do HCG ao longo da gravidez; 
-Sua produção é iniciada logo após a implantação do 
blastocisto e aumenta rapidamente no sangue, atingindo 
uma concentração máxima, por volta, da 12° semana de 
gravidez; 
A partir do 3° mês, a placenta assume o papel 
hormonal, secretando estrogênios e progesterona 
suficientes para manter a gravidez; 
- A produção de HCG diminui, atingindo valores mais 
baixos por volta da 16° a 20° semana 
(4°/5° mês), continuando essa concentração até o final 
da gravidez; 
- O corpo lúteo involui lentamente com a redução do 
HCG; 
- É importante observar na figura a variação da 
concentração sanguínea de progesterona e estrogênios 
durante a gravidez; 
Gravidez e Lactação 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
2 
-Até, mais ou menos, o 6° mês (24° semana), há um 
predomínio na secreção de progesterona e sua 
influência no organismo da mulher grávida; 
- A partir do 6°mês, há uma inversão da influência 
hormonal: aumento mais acentuada de estrogênios; 
- Essa inversão da influência hormonal é importante 
tanto para o trabalho de parto como para a ação da 
prolactina (durante a lactação). 
 
 
 
-Impedir a involução do corpo lúteo, ou seja, estimula 
mais intensamente esse corpo (ele cresce, sendo 
chamado de corpo lúteo gravídico); 
-Ao estimular, faz com que o corpo lúteo secrete 
quantidades ainda maiores de progesterona 
(principalmente) e estrogênios; 
-Estes, ao se elevarem no sangue, reduzem a atividade 
do eixo hipotálamo-hipofisário da grávida; 
-Consequentemente, há redução da secreção do GnRH 
e, com isso, de LH e FSH durante a gravidez; 
- Consequências dessa função: 
-Impedir a menstruação; 
-Reduz a atividade motora uterina; 
-Estimula o crescimento do endométrio e a produção de 
nutrientes (células deciduais), tornando essa camada 
cada vez mais secretora 
-Células volumosas, densas, armazenando mais 
nutrientes, glicogênios, lipídios, proteínas e 
sais minerais. 
-Se o sexo do feto for masculino, o HCG estimula as 
células de Leydig no testículo fetal, aumentando a 
produção de testosterona, resultando assim o 
crescimento dos órgãos sexuais masculinos e pela 
descia dos testículos para a bolsa escrotal 
, 
 
 
-A placenta é a estrutura fundamental para o 
desenvolvimento feral, 
-Ela proporciona a difusão de nutrientes e oxigênio para 
o feto, porque o feto não apresenta participativo o 
aparelho digestório, respiratório e o sistema renal, 
necessitando da função materna, 
-Importante também falamos que é disponibilizado 
glicose (difusão facilitada, principal substrato), 
Aminoácidos (costransporte com sódio), Ácidos graxos 
(por difusão simples), eletrólitos (como o sódio, potássio, 
cálcio, magnésio e ferro), vitaminas ( como B12 e ácido 
fólico) e água. 
 -Impedir a involução do corpo lúteo, ou seja, estimula 
mais intensamente esse corpo (ele cresce, sendo 
chamado de corpo lúteo gravídico); 
-Ao estimular, faz com que o corpo lúteo secrete 
quantidades ainda maiores de 
progesterona (principalmente) e estrogênios; 
-Estes, ao se elevarem no sangue, reduzem a atividade 
do eixo hipotálamo-hipofisário da 
grávida; 
-Consequentemente, há redução da secreção do GnRH 
e, com isso, de LH e FSH durante a gravidez; 
 
 
-Impede a menstruação; 
-Reduz a atividade motora uterina; 
-Estimula o crescimento do endométrio e a produção de 
nutrientes (células deciduais), tornando essa camada 
cada vez mais secretora, 
-As células volumosas, densas, armazenando mais 
nutrientes, glicogênios, lipídios, proteínas e sais minerais. 
Concentração da hemoglobina no sangue fetal é 50% 
maior do que a hemoglobina materna (hemoglobina: 
principal meio de transporte de O2 aos tecidos); 
-Aumento da captação de O2 pela hemoglobina à medida 
que a concentração de CO2 para o sangue fetal diminui 
(ou seja, passa para o sangue materno por gradiente de 
pressão) 
 
(quanto mais o O2 é captado pela 
hemoglobina, menos livre ele fica), 
sendo esse livre responsável por gerar pressão e, 
assim, uma maior difusão. 
-Função: proporcionar a remoção de resíduos 
metabólicos formados no feto e de gás CO2 do sangue 
fetal para o sangue materno; 
-A difusão de CO2 é determinada pelo gradiente de 
pressão materno-fetal, sendo essa favorecida pelo fato 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
3 
do CO2 apresentar um coeficiente de solubilidade na 
membrana 20x maior do que o O2 (isso faz a rápida 
difusão de CO2); 
- Excreção de produtos metabólitos: principalmente 
produtos oriundos do metabolismo das proteínas. 
 Uréia, creatinina e ácido úrico se difundem para a 
circulação materna e para posterior eliminação; 
 
 
-Hormônios secretados pelas células trofoblásticas 
sinciciais; 
-Além da gonadotrofina coriônica, a placenta secreta 
estrogênios, cujo a concentração aumenta no sangue, 
principalmente, no último trimestre da gravidez (pode 
atingir um valor 30x maior que o normal); 
-A síntese é feita a partir de androgênios secretados 
pelas glândulas adrenais da mãe e do feto (córtex 
adrenal: zona reticulada); 
-Principalmente, a desidroepiandrosterona (DHEA) e a 16 
hidroxidesidroepiandrosterona (dois androgênios 
secretados pelo córtex adrenal materno e fetal, 
 
: 
 
-Aumento do útero materno e de sua atividade 
(miométrio); 
-Aumento das mamas e crescimento dos ductos 
mamários (aumento do volume da mama); 
-Aumento da genitália externa feminina; 
-Relaxamento dos ligamentos pélvicos da mãe, tornando 
a sínfise púbica elástica, as articulações sacro ilíacas (o 
que facilita a passagem do feto durante o trabalho de 
parto), principalmente no ultimo trimestra . 
-A placenta também produz progesterona (essencial 
para a progressão normal da gravidez), que tende a 
aumentar durante a gravidez. 
- Funções da progesterona: 
-Aumenta o desenvolvimento das células deciduais 
(ficam + volumosase armazenam mais nutrientes 
(glicogênios, ácidos graxos, água) no endométrio: 
importante na nutrição inicial do embrião); 
-Reduz a atividade motora uterina; 
 
-Aumenta a secreção das tubas uterinas, 
proporcionando material nutritivo para o 
desenvolvimento do ovulo fecundado até o útero; 
-Estimula o desenvolvimento dos lobos dos alvéolos 
mamários, proporcionando preparo da mama para o 
processo de lactação. 
OBS.: Estrogênios e progesterona são hormônios 
esteroides, cujo mecanismo de ação é a ligação à 
receptores presentes no citoplasma da célula alvo. O 
complexo, então, vai ao núcleo, se liga ao DNA e 
interfere com a transcrição do DNA (formação do 
RNAm, que se desloca ao citoplasma e comanda a 
síntese de proteínas). 
 
 
 
- Somatomamotrofina coriônica (ou hormônio lactogênico 
placentário): 
-Mecanismo de ação: semelhante à prolactina e GH. 
-É um hormônio de natureza proteica, produzido à 
partir da 5° semana de gravidez; 
-Possui sua secreção aumentada durante todo o 
processo gravídico. 
-Estimula o desenvolvimento das mamas (efeito 
semelhante à prolactina); 
-Estimula a formação de proteínas, induzindo o 
crescimento (bem menos potente que o GH, mas com 
função parecida); 
-Reduz a sensibilidade à insulina e a utilização periférica 
de glicose pela mãe, aumentando a disponibilidade de 
glicose ao feto (glicemia maior); 
-Importante: Durante a gravidez, o acompanhamento da 
glicemia. Alguns hormônios, ao se elevarem no sangue, 
têm a característica de elevar a glicemia durante a 
gravidez (sendo um desses somatomamotrofina). 
-Atividade lipolítica semelhante ao GH, aumentando a 
liberação de ácidos graxos a partir da gordura materna. 
Consequentemente, há maior disponibilidade de ácidos 
graxos ao feto. 
 
-Durante a gravidez, há aumento da hipófise anterior. 
Como consequência, há aumento da produção e 
secreção de vários hormônios (GH, ACTH, TSH e 
prolactina); 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
4 
-Há uma redução acentuada da secreção de 
gonadotrofinas (pelo fato da elevação de estrogênio e 
progesterona, produzidos, inicialmente, pelo corpo lúteo 
gravídico e, posteriormente, pela placenta: feedback 
inibitório de alça longa); 
-Aumento da secreção corticoadrenal (em resposta ao 
aumento do ACTH): 
- Aumento do nível de cortisol, que causa maior 
disponibilidade de aminoácidos da mãe para o feto e 
aumenta a mobilização de glicose (cortisol reduz a 
captação e utilização periférica de glicose: antagonismo 
à insulina); 
-A variação do ACTH está relacionada com a 
pigmentação em certos locais na mãe, 
- Aumento da aldosterona, aumentando a reabsorção de 
sódio e, consequentemente, de água. Com isso, há 
aumento da volemia. 
-No pré-natal é importante acompanhar a presença de 
edemas, peso corporal, PA, concentração de sódio e 
potássio plasmáticos. 
-Aumento da secreção tireoidiana: T3 e T4 ,(em 
resposta ao aumento do TRH), eles tem papeis 
importantes como função metabólica, por isso é 
importante acompanhar a concentração de tais 
hormônios no sangue durante o pré-natal. 
-Aumento da secreção do paratormônio (em resposta à 
redução da calcemia na mãe) 
-Calcemia pode reduzir por um aumento da 
disponibilidade de cálcio ao feto (não deve reduzir). 
-Deve-se evitar realizando suplementação de cálcio 
(+ fosfato) durante a gestação na dieta ou sob o ponto 
de vista de suplementos terapêuticos. 
-Deve-se fazer suplemento de ferro, ácido fólico, 
proteínas, vitamina D (essenciais durante a gravidez, 
podendo também reduzir pela maior disponibilidade ao 
feto). 
-Secreção de relaxina pelo corpo lúteo e pela placenta: 
- É um hormônio de natureza peptídica, que causa 
relaxamento da sínfise púbica (amolece o colo uterino, 
favorecendo o trabalho de parto); 
-Possui efeito similar ao estrogênio, porém bem mais 
fraco que o determinado por ele. 
 
 
 
 
-É um hormônio de natureza peptídica, produzido 
pelo núcleo paraventricular (principalmente); 
-Possui meia vida curta; 
-É metabolizada por um sistema enzimático 
chamado sistema ocitocinase, encontrado no fígado, 
rins, placenta; 
- ocitocina se liga à 
receptores 
de membrana (cuja concentração parece ser elevada 
pelos estrogênios); 
-Ao interagir com tais receptores, estimula a proteína 
GQ, ativa a fosfolipase C, 
aumentando a formação de DAG E IP3 (segundos 
mensageiros). 
- DAG: estimula a proteína quinase C; - IP3: aumenta a 
liberação endógena de cálcio. 
-Tais eventos são importantes para a efetiva função da 
ocitocina. 
- : 
-Durante a lactação, ela estimula a contração do 
mioepitélio alveolar mamário, ocasionando a ejeção láctea 
-Tal processo é chamado galactocinese , tendo como 
principal mecanismo de controle a amamentação 
(aleitamento) 
: A sucção dos mamilos (ricos em 
receptores sensoriais) gera impulsos nervosos locais, 
que são propagados pelo componente sensorial à medula 
espinhal, tronco cerebral, núcleo paraventricular 
(estimulando-o à liberar ocitocina neuro-hipofisária). 
-A ocitocina liberada determina rapidamente a ejeção 
láctea (1 a 2 minutos após); 
-Ao final da gravidez, principalmente, à partir do último 
trimestre, a ocitocina aumenta a atividade motora do 
músculo liso uterino; 
-Aumenta o automatismo do músculo liso, gerando 
aumento da frequência das contrações; 
-Aumenta a amplitude e duração das contrações, sem 
impedir o relaxamento entre duas 
contrações sucessivas, sendo esse vital para a 
passagem de oxigênio para o feto; 
-Aumenta a velocidade da propagação do impulso do 
potencial de ação fibra a fibra (pelo aumento do número 
de junções GAP) 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
5 
-Proporciona maior amplitude global do útero (ele contrai 
sincronicamente, como um todo). Esse processo é muito 
importante para o trabalho de parto 
-Importante no período pós-natal para o processo de 
involução uterina, reduzindo o sangramento uterino. 
-O estado funcional do útero é muito importante para a 
atividade da ocitocina, ou seja, tal estado pode variar a 
sensibilidade ao hormônio, provocando variações em 
seu efeito. 
Por exemplo: o útero pré-puberal (imaturo: da criança) é 
insensível à ocitocina Durante o ciclo ovariano (no qual já 
há influência hormonal), a variação da sensibilidade 
do útero à ocitocina depende da fase do ciclo: 
- Na 1° fase: domínio estrogênico (sensibilidade da 
ocitocina é maior). Podem ocorrer contrações; 
- Na 2° fase: domínio da progesterona (sensibilidade do 
útero à ocitocina é bem reduzida). 
- Durante a gravidez, tais alterações são mais 
evidentes. Nos dois primeiros trimestres 
(domínio da ação da progesterona), o útero é 
praticamente insensível à ocitocina; 
- Já no ultimo trimestre (inversão da influência 
hormonal), a sensibilidade do útero à ocitocina aumenta 
até tornar-se máxima (quando a gestação chega à 
termo). Isso ocorre principalmente no fundo uterino, que 
se propaga ao colo, levando à sua dilatação; 
- Essa variação da sensibilidade está intimamente 
relacionada à variação do número de receptores para a 
ação da ocitocina; 
- Tal número aumenta pela influência do estrogênio; 
- Dados experimentais sugerem que os estrogênios e a 
ocitocina exerçam sua função excitatória sobre o útero, 
em parte, por meio de um aumento da produção e 
liberação local de prostaglandinas (principalmente, as 
prostaglandinas E2 e F2 alfa); 
-Aumenta o automatismo, frequência de contrações 
aumentadas, 
- Os estrogênios estimulariam uma enzima chamada 
fosfolipase A2, levando ao aumento da concentração do 
precursor das prostaglandinas: o ácido araquidônico; 
- Já a ocitocina estimularia a ciclo-oxigenase, 
aumentando a produção de prostaglandinas, a partir 
desse precursor; 
- O nível de prostaglandinas aumenta durante o trabalho 
de parto: no fluido amniótico, no sangue materno, 
cordão umbilical. 
- Outras funções da ocitocina: 
-Aumento do apego materno ao recém-nato; 
-Aumento da libido (desejo sexual); 
-Aumento da mobilização do espermatozoide durante o 
coito emdireção às tubas uterinas. Ou seja, a ocitocina 
teria um papel importante no processo de fertilização; 
- 
-Estimula a contração das vesículas seminais, túbulos 
seminíferos, epidídimo e próstata, ou seja, participaria 
do processo de ejaculação. 
- 
 
-Além da sucção do mamilo (amamentação), estímulos 
nervosos liberados no colo uterino em decorrência de 
sua dilatação (associada à contração do fundo uterino ou 
pela presença do feto) 
-Determina, através de receptores sensoriais locais, a 
geração de potenciais (impulsos), sendo esses 
propagados pelo componente sensitivo à medula 
espinhal, tronco encefálico, núcleo paraventricular, 
propagado à neuro-hipófise, aumentando a liberação de 
ocitocina; 
- A ocitocina intensifica as contrações uterinas 
(freqüência de contrações); 
- Maior freqüência/intensidade de contrações: maior a 
dilatação do colo uterino, maior o estimulo de tais 
receptores sendo gerados e propagados e maior 
liberação de ocitocina; 
-Mecanismo de feedback positivo (mecanismo 
reflexo):Reflexo de Ferguson 
-Tais estímulos também podem ser gerados pelo coito 
(atividade sexual): estímulo vaginal. 
-Condições de estresse; 
-Álcool. 
 
 
-A prolactina é um hormônio de natureza proteica 
(estrutura química semelhante ao GH); 
-Produzida por células chamadas lactotrofos (ou 
mamotrofos), que são acidófilas (10 a 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
6 
20% da massa cromófila) presentes no lobo anterior da 
adeno-hipófise; 
-Tal quantidade tende a aumentar durante o evoluir da 
gravidez; 
-Suponha-se que os estrogênios aumentam a quantidade 
de tais células e estimulem a produção de hormônio por 
elas; 
-Mecanismo de ação: apresenta mecanismo de ação 
semelhante ao GH e à somatomamotrofina coriônica; 
-A prolactina se liga à receptores de membrana com 
atividade enzimática (catalítica), interagindo com o 
domínio extracelular da estrutura receptora, 
provocando aumento da atividade do domínio intracelular 
(sitio de recrutamento de tirosina quinase 
citoplasmáticas), que, ao se ligarem à esses sitio interno, 
são ativadas; 
-Tais tirosinas quinases ativadas vão fosforilar e ativar 
proteínas de transcrição, que vão ao núcleo modular a 
expressão gênica (ou seja, a transcrição: formação de 
RNAm) 
-RNAm deixa o núcleo e, no citoplasma, comanda síntese 
de importantes proteínas na mama: 
- Proteínas estruturais (intra e extracelulares): vitais 
para o crescimento; 
- Proteínas enzimas (envolvidas na síntese de gordura): 
triglicerídeos, fosfolipídios; 
- Proteínas envolvidas na síntese de açúcares: lactose 
(principalmente); 
- Proteínas constituintes do leite: caseína, lactoalbumina, 
lactoferrina, IgA; 
-Leite que também contém: água (maior percentual) e 
sais minerais (sódio, potássio, cloreto, cálcio, magnésio e 
etc); 
 
 
- Durante o período pré-puberal e até dura durante o 
desenvolvimento da mama (que é muito pequeno na vida 
intrauterina), a prolactina não exerce influência; 
- PUBERDADE (com início dos ciclos ovarianos): 
-Estimula o desenvolvimento estrutural das mamas; 
-Os estrogênios participam, principalmente, promovendo 
o crescimento e desenvolvimentos dos ductos e alvéolos 
mamários (+ prolactina); 
-Estrogênios também aumentam o depósito de gordura 
na mama (aumenta o volume); 
-A progesterona estimula o crescimento e 
desenvolvimentos dos lobos alveolares, 
determinando o surgimento de características 
secretoras aos alvéolos dos lobos mamários; 
-Há ação sinérgica de outros hormônios em relação a tal 
função: GH, insulina, 
cortisol (+ hormônio tireoidiano também é citado em 
algumas literaturas). 
: 
-Acentua-se o desenvolvimento, crescimento e 
proliferação do sistema lóbulo-alveolar, intensificando 
sua conversão à órgão secretor de leite (estrogênios + 
progesterona + 
prolactina); 
-A concentração de prolactina costuma se elevar a 
partir do 2° mês (aumentando até o nascimento); 
-Há também influência da somatomamotrofina coriônica, 
cuja produção ocorre a partir da 
5° semana. 
-Entretanto, apresar de todo o desenvolvimento de tal 
sistema correlacionado à produção do leite, a produção 
e secreção láctea é mantida inibida 
 
 pela alta concentração de hormônios 
esteróides. 
Acredita-se mais que o efeito inibitório esteja ligado à 
progesterona; 
-A secreção de leite é pequena (baixo volume): baixos ml 
ao final da gestação; 
-Apresenta pouca proteína, lactose, quase sem 
gordura, sendo chamado de 
colostro (secreção láctea inicial). 
 
-Dá-se a lactogênese (propriamente dita) 36 a 48h 
após, com a queda dos estrogênios e progesterona; 
-A produção de leite ocorre: início de uma secreção 
copiosa 
-Efeito lactogênico da prolactina com a coparticipação 
de vários hormônios: GH, cortisol, paratormônio, insulina 
(importantes para fornecer elementos fundamentais: 
ácidos graxos, aminoácidos, glicose, cálcio, etc); 
 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
7 
- °
: 
- Os níveis de prolactina começam a declinar; 
-Entretanto, com estimulo da sucção do mamilo (rico em 
receptores sensoriais), sinais neurais sensitivos são 
localmente gerados, propagados à medula espinhal, 
tronco encefálico, núcleo paraventricular, 
-Daí inibem vias dopaminérgicas que regulam inibindo a 
secreção de prolactina. 
-A inibição da inibição ocasiona a maior liberação de 
prolactina (estimulação) 
-Ou seja, a prolactina tende a se manter elevada em 
decorrência de tal processo importante: amamentação; 
-Tal processo é chamado de lactopoiese 
-Simultaneamente, os sinais neurais sensitivos gerados 
também são propagados ao núcleo paraventricular, 
ocasionando a maior liberação neuro-hipofisária de 
ocitocina; 
-Também são propagados aos núcleos ligados à 
produção do hormônio GnRH, 
inibindo-os; 
-Consequentemente, há menor liberação de GnRH, e 
assim, de gonadotrofinas; 
Ou seja: ciclos anovulatórios são observados. 
 
 
- Graficamente, tem-se a variação da concentração 
sanguínea de prolactina durante a gravidez e no período 
pós-parto: 
-Durante a gravidez: grande elevação dos níveis de 
prolactina (principalmente a 
partir do último trimestre) 
-Se inicia (bem pouco) após o 2° mês de gravidez. Mas a 
grande variação ocorre a partir do último trimestre 
(coincidindo com aumento dos níveis de estrogênios, o 
que fortalece a ideia da ligação de tais 
hormônios com a produção de prolactina) 
-Pode aumentar de 10 a 20x ao final da gestação. 
-No período pós-natal, observa-se , no gráfico, um 
estudo comparativo do nível sanguíneo da prolactina em 
presença ou ausência da amamentação; 
-É muito importante o processo de amamentação a fim 
de manter os níveis elevados de prolactina (lactopoiese); 
-A queda da concentração de estrogênios e 
progesterona leva à secreção copiosa de leite 
(lactogênse) pela prolactina; 
-Mas ela tende a diminuir no sangue; 
-Se não ocorrer o processo de amamentação, observa-
se que os níveis diminuem acentuadamente; de leite; 
-À direita, observa-se a relação dos estímulos (sucção) 
com a concentração de prolactina 
-A concentração de prolactina no sangue acelera 
rapidamente após o estímulo local dos mamilos (sucção 
dos mesmos). 
-O principal mecanismo de controle adeno-hipofisário de 
prolactina é um fator de inibição 
de liberação; Hormônio hipotalâmico produzido no núcleo 
arqueado pré-óptico lateral: dopamina; 
-A dopamina é liberada na eminência média, 
transportada pelo sistema vascular porta-hipofisário; 
-No lobo anterior se liga à receptores D2 presentes 
nos mamotrofos; 
-Via redução do AMPc dos níveis intracelulares de cálcio, 
há inibição da liberação de prolactina; 
-Ou seja, o principal controle da secreção de tais 
hormônios adeno-hipofisários (prolactina) 
é um mecanismo inibitório de liberação; 
Hormônio hipotalâmico envolvido: dopamina 
-Qualquer fator que altere a secreção de dopamina vai, 
consequentemente, influenciar a liberação de prolactina; 
-Caso haja estímulo das vias dopaminérgicas 
Por exemplo: elevação de prolactina (feedback de alçacurta) ou NT (acetilcolina ou glutamato) vão estimular a 
liberação de dopamina; 
-Consequentemente, irão reduzir a secreção de 
prolactina (ou seja, prolactina via dopamina controlando 
sua própria secreção: alça curta): feedback positivo 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
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-Fatores que inibem essas vias dopaminérgicas como, 
por exemplo, amamentação e elevação dos estrogênios 
observada durante a gravidez 
-Ao inibir as vias dopaminérgicas, causam aumento da 
liberação de prolactina. 
 
: 
Candidatos à hormônios liberadores de prolactina: 
(muitos são citados, porém, até hoje, não houve 
confirmação efetiva) 
-TRH; 
-Opióides endógenos (endorfinas); 
-Ocitocina; 
-Angiotensina II; 
-Melatonina. 
 
 
-Influência da amamentação sobre a secreção de 
prolactina e ocitocina; 
-Estímulos gerados nos mamilos pela sucção são 
propagados pelo componente sensitivo à medula 
espinhal, indo ao tronco encefálico e ao hipotálamo; 
-Assim, irão atingir o núcleo paraventricular com o 
estímulo, que irá gerar aumento da liberação neuro-
hipofisária de ocitocina; 
-Atingindo as vias dopaminérgicas, observa-se inibição da 
dopamina e, por sua vez, aumento da liberação de 
prolactina.

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