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Introdução O sistema endócrino e o sistema nervoso são sistemas que possuem funções envolvendo a homeostase corporal, porém, apesar de regularem o corpo, eles possuem algumas diferenças → Sistema Endócrino Sistema Nervoso Velocidade Lento Rápido Comunicação Hormônios Impulsos nervosos e sinapses Durabilidade dos efeitos Longa Curta O sistema endócrino é um sistema que atua por intermédio de mediadores químicos secretados no sangue que regulam várias funções. Esses mediadores químicos são chamados de hormônios, que são substâncias químicas feitas por glândulas ou um conjunto de células e que, por meio do sangue, atua em células que possuem seu receptor (células alvo) → Funções dos hormônios Controle hídrico• Manutenção da pressão arterial• Crescimento linear do corpo• Controle do metabolismo celular e energético• Reprodução• Modulação do comportamento ("um comportamento dependente de um determinado hormônio deve desaparecer quando o hormônio é retirado ou seus efeitos bloqueados") Um exemplo dessa modulação do comportamento é o ADH e a aldosterona promovendo a busca por água, que é uma mudança de comportamento - • → Hormônios podem ser produzidos pelas glândulas típicas ou por órgãos não endócrinos As glândulas típicas (glândulas endócrinas), diferentemente das glândulas exócrinas, não possuem ducto e são pequenas. Porém, devido ao fato de não possuírem ducto, as glândulas endócrinas são muito vascularizadas • Órgãos não endócrinos: Hipotálamo - Coração Peptídeo natriurético atrial Esse hormônio diminui a pressão arterial pois promove a diurese de sódio ▫ ▪ - Rins Eritropoietina Estimula a produção de hemácias▫ ▪ - Estômago e intestino Hormônios gastrointestinais▪ - Fígado Igf-1▪ - Placenta Estrógeno e progesterona▪ - Tecido adiposo Adipocinas Leptina É o hormônio da satisfação (promove a homeostase energética e o controle da ingestão de alimentos); é um anorexígeno É secretado proporcionalmente à massa adiposa presente no corpo (quando a leptina é secretada, ela estimula o hipotálamo a informar o corpo que você deve comer menos e metabolizar mais) ▫ ▪ Supõe-se que uma pessoa obesa tem pouca leptina e muita adiponectina. Porém, obesos podem criar uma resistência à leptina e então o tecido adiposo fica crescendo e produzindo cada vez mais leptina (pois quanto mais tecido adiposo, maior é a produção do hormônio) só que ela não faz efeito "Obesidade é uma inflamação pequena", pois quando se é obeso, a quantidade de mediador químico aumenta um pouquinho (não sei o que isso tem a ver) A leptina também é um hormônio que estimula a puberdade e fertilidade (a leptina estimula a kiss-leptina, a qual estimula o hipotálamo a produzir óvulos, e então ocorre a menarca). Em casos de amenorreia induzida por esporte: aumenta-se muito a massa magra corporal e diminui a quantidade de gordura, então, menos leptina é produzida, então, entende-se que falta energia no corpo, então, a mulher para de menstruar TNFalfa e IL-6 Fator inflamatório▫ ▪ - • → Os hormônios podem ser classificados de acordo com sua natureza bioquímica Hormônios esteroides São derivados do colesterol- Secretados pelo córtex adrenal (corticoides, aldosterona) e gônadas (testosterona e estrógeno) - • → Derivados de aminoácidos Hormônios tireoidianos (vêm da tirosina)- Catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, dopa, dopamina)- Serotonina e melatonina (vêm do triptofano)- • Proteínas e peptídeos Secretados pelo pâncreas, hipófise e hipotálamo- • Também podem ser classificados de acordo com o mecanismo de ação nas células-alvo Ação endócrina O hormônio é secretado e atua em um local bem longe do qual foi secretado, porém, chega nesse local via corrente sanguínea - • Ação parácrina O hormônio difunde-se no interstício, atuando em células adjacentes à glândula secretora (atua no sistema local) - Exemplo: mediadores químicos, como as prostaglandinas- • Ação autócrina O hormônio atua na célula que o secretou- • Exceto os hormônios (que vão para o sangue), o meio de ação autócrina e parácrina permanece apenas no fluido intersticial • → Classificação de acordo com o transporte dos hormônios no sangue Hidrossolúveis Proteicos e catecolaminas - Transportados no sangue de forma livre, podendo também circular ligado a proteínas carregadoras (como é o caso do GH e do IGF, que são exceções) - O hormônio não precisa se dissociar do seu carregador para se ligar ao receptor - • Lipossolúveis Esteroides e tireoidianos - Transportados por proteínas carregadoras, o transporte só ocorre se ocorrer essa associação com as proteínas - Proteínas: globulinas (binding globulin) (as globulinas são proteínas transportadoras específicas) e albumina (as albuminas são transportadoras gerais) - O hormônio precisa se dissociar do seu carreador para se ligar ao receptor, ou seja, precisa ficar livre Ou seja, "hormônios tireoidianos livres" são os hormônios tireoidianos quando não estão ligados à proteína ▪ - Esses hormônios podem se armazenar dentro da célula por serem lipossolúveis - Os hormônios lipossolúveis são produzidos e caem no sangue, então, quando se ligam com a proteína carregadora, eles têm sua meia vida aumentada, deixando o hormônio "vivo" por mais tempo no sangue (T4 livre tem meia-vida de segundos, enquanto o T4 associado, tem meia-vida de 8 dias) - • → Tipos de receptores hormonais Localizados na membrana celular Nesses receptores, se ligam hormônios hidrossolúveis- • Localizados no interior da célula/receptor citosólico ou presente no núcleo celular Nesses receptores, se ligam hormônios lipossolúveis, pois apenas eles conseguem atravessar a bicamada fosfolipídica da célula - • → Regulação dos receptores Sensibilização (Up Regulation) Aumenta-se o número de receptores ou aumenta-se sua afinidade ao hormônio, logo, a célula fica mais sensível ao hormônio, produzindo uma resposta mais intensa - Célula mais sensível e responsível- Uma criança normal e uma criança com baixa estatura, as duas com o mesmo nível de glicose, só que a criança normal tem mais insulina no sangue e a de baixa estatura tem menos insulina, isso acontece porque a de baixa estatura provavelmente sofreu um up regulation (ou seja, com menos hormônio você tem o mesmo número de glicose no sangue do que uma pessoa com a quantidade normal de hormônio) - • Dessensibilização (Down Regulation) Diminui-se o número de receptores ou diminui-se sua afinidade ao hormônio, promovendo uma resposta mais fraca - Célula menos sensível e responsível- • → Maria Eduarda Silva Dias Fisiologia Endócrina quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020 15:37 Página 1 de P2 gordura, então, menos leptina é produzida, então, entende-se que falta energia no corpo, então, a mulher para de menstruar TNFalfa e IL-6 Fator inflamatório▫ ▪ Adiponectina Melhora a sensibilidade da insulina; logo, mais adiponectina significa um melhor funcionamento da insulina ▫ ▪ Regulação da secreção hormonal O principal mecanismo regulador da secreção hormonal é a retroalimentação (feedback) • Muitas das células endócrinas funcionam como sensores que continuamente monitoram a concentração sanguínea, elas podem monitorar variáveis metabólicas (glicemia, calcemia...) ou a concentração de um hormônio • A detecção dessas variáveis pelas células endócrinas induz a um resultado que é a modulação da secreção dessas células • → quantidade normal de hormônio) Dessensibilização (Down Regulation) Diminui-se o número de receptores ou diminui-se sua afinidade ao hormônio, promovendo uma resposta mais fraca - Célula menos sensível e responsível- Exemplo: na diabetes tipo 2, a célula fica menos sensível à insulina, ou seja, há muita glicose no sangue apesar de a quantidade de insulina estar normal - • Mecanismos de ação hormonal Receptores acoplados à proteína G Presentes na membrana plasmática - TSH, FSH, LH, ocitocina, ADH, catecolaminas e PTH-• → Receptores nucleares Liga o complexo receptor-hormônio ao DNA, pois o DNA possui regiões que são responsivas a hormônios - Cortisol, aldosterona - • Receptores com atividade tirosina-quinase Hormônios envolvidos com o fator de crescimento (GH, PRL, IGF e insulina)- • Eixo hipotálamo-hipófise O hipotálamo concentra muitos corpos celulares neuronais que são agrupados em vários núcleos, responsáveis pelo controle da homeostase hidromineral, da temperatura corporal, do metabolismo energético, dos ritmos biológicos, da atividade do SNA, da memória, da função endócrina e do comportamento sexual... → Núcleos hipotalâmicos (produtores de hormônios) Supra-óptico• Paraventricular• Parviventricular• Arqueado • → Possui relação com quase todo o SN, por ele passam várias informações, diretas ou indiretas, e então após receber essas informações, dispara-se uma resposta para promover homeostasia → Recebe informações sobre sede, estresse, fome, etc. → É dividido em 4 partes: rostral, caudal, dorsal e ventral (é na parte ventral em que se localiza a haste hipofisária, ou seja, é na região ventral (tuberal) que estão localizados os neurônios que produzem hormônios) → É uma estrutura nervosa que produz hormônios, os hormônios são produzidos por dois tipos de neurônios: Neurônios magnocelulares São parte do núcleo supraóptico e do paraventricular- Projetam seus axônios na neurohipófise - • → Neurônios parvicelulares Secretam hormônios na rede de capilares primários do sistema porta- hipofisário, e então esses capilares levam os hormônios até a adenohipófise - • A hipófise controla 4 glândulas→ No ser humano, é dividida em 2 lobos, o anterior (adeno-hipófise) e o posterior (neuro- hipófise), que possuem origem embriológica dupla (a adeno-hipófise vem do ectoderma e a neuro-hipófise do tecido nervoso) → Se comunica com o hipotálamo pela haste hipofisária A haste hipofisária é dividida em 3 partes: Parte glandular (parte tuberal)- Parte vascular (artérias que levam o suprimento sanguíneo pelo sistema porta - hipofisário até a hipófise) - Parte neural (tratos supraóptico e paraventricular -hipofisário)- • → Neurohipófise: comunicação neural com o hipotálamo (por meio da parte tuberal (pars tuberalis)) É na pars tuberalis do hipotálamo que estão presentes neurônios que secretam substâncias (neuro-hormônios), as quais, via sistema porta- hipotálamo-hipofisário, modificam a síntese e a secreção dos hormônios da adeno-hipófise e controlam as funções neuro-hipofisárias - • Adenohipófise: comunicação vascular com o hipotálamo• A vascularização da hipófise se dá pelo sistema porta-hipofisário, que é extremamente importante para a adeno-hipófise O sistema porta-hipofisário é feito por uma rede de capilares sinusoides que entram em contato íntimo com as terminações nervosas e formam os vasos porta longos (que trafegam ao longo da superfície da haste hipofisária, conduzindo o sangue do hipotálamo até a adeno-hipófise). Então, os vasos porta longo atingem a adeno- hipófise, onde formam a rede capilar secundária, local onde são liberados hormônios que atuaram nas células da adeno-hipófise • → Neuro-hipófise A neuro-hipófise recebe axônios dos núcleos supra-óptico e paraventricular, que abrigam os corpos celulares dos neurônios magnocelulares, responsáveis pela produção de ADH e ocitocina • Quem produz os hormônios da neuro-hipófise é o hipotálamo• O hipotálamo, após produzir os hormônios, os envia para a neuro-hipófise via axônios • A função da neuro-hipófise é só armazenar e secretar os hormônios do hipotálamo • A secreção ocorre à medida que se dispara o potencial de ação dos neurônios • → Hormônios (que são proteicos) Ocitocina É feita pelo núcleo paraventricular (o núcleo paraventricular também produz ADH, só que em menor quantidade) ▪ Efeitos Ejeção láctea (o bebê, ao succionar o peito da mãe, ativa receptores sensoriais, os quais promovem a liberação de ocitocina, promovendo a contração dos músculos mioepiteliais que envolvem os ácinos da glândula e a ejeção do leite) ▫ É o hormônio do bem estar e do amor▫ Contração uterina durante o parto (regulação via feedback positivo: quanto mais contrai o útero, mais hormônio é liberado) ▫ ▪ - ADH (Anti-diurético)/Vasopressina É feito pelo núcleo supra-óptico (o núcleo supra-óptico também produz ocitocina, só que em menor quantidade) ▪ Efeito Promove uma maior reabsorção de água no néfron (nos túbulos distais), diminuindo a diurese ▫ Álcool inibe o ADH, ao inibir o ADH, você impede a reabsorção de água no néfron, e aí você libera muita água (quando você bebe, você não se hidrata, você desidrata, pois, você libera 1L de cerveja que você bebeu + alguma água do corpo) ▫ O álcool é termogênico ▫ Muito sódio ou muita glicose = aumenta a osmolaridade, o que aumenta a concentração de soluto, o que vai te promover sede ▫ Fatores que estimulam a secreção do ADH Aumento da osmolalidade dos líquidos corporais (percebida por osmorreceptores) ADH é ativado durante as atividades físicas pois você perde água pelo suor e aí ativa o ADH pra conservar água Diminuição do volume sanguíneo (percebida pelos receptores de volume cardiopulmonares) Queda da pressão arterial (percebida pelos barorreceptores carotídeos, sinoáorticos e renais) Estresse, náuseas e vômitos ▫ Fatores que inibem a secreção do ADH Diminuição da osmolalidade dos líquidos corporais Aumento do volume sanguíneo Etanol ▫ ▪ - • Adeno-hipófise Os hormônios produzidos no hipotálamo controlam os hormônios da adeno-hipófise (hormônio controla hormônio) • Hormônios da liberação (feitos no hipotálamo) TRH: hormônio liberador da tireotrofina- CRH: hormônio liberador da corticotrofina- GnRH: hormônio liberador da gonadotrofina- GHRH: hormônio liberador do GH (hormônio do crescimento)- SS ou GHIH: somatostatina- PIH (dopamina): hormônio inibidor da secreção de prolactina (PRL) A prolactina é feita na adeno-hipófise▪ - • Se tomarmos como exemplo o TRH, ele é liberado pelos neurônios hipotalâmicos, e então, alcançam o sistema porta-hipofisário e chegam na adeno-hipófise, estimulando a liberação dos hormônios hipofisários (TSH, nesse caso), que • → O crescimento é um processo complexo influenciado pela herança genética, função endócrina (hormônios que influenciam o crescimento: GH, T3/T4, insulina, glicocorticoides, androgênios e estrogênios) e uma variedade de fatores ambientais, incluindo a nutrição → Página 2 de P2 PIH (dopamina): hormônio inibidor da secreção de prolactina (PRL) A prolactina é feita na adeno-hipófise▪ - Se tomarmos como exemplo o TRH, ele é liberado pelos neurônios hipotalâmicos, e então, alcançam o sistema porta-hipofisário e chegam na adeno-hipófise, estimulando a liberação dos hormônios hipofisários (TSH, nesse caso), que estimulam a tireoide a liberar T3 e T4 • Os hormônios secundários são chamados hormônios tróficos e são produzidos pela adeno-hipófise • Como mencionado, a adeno-hipófise tem origem do ectoderma, e nesse ectoderma, temos células cromófobas, basófilas e acidófilas Células acidófilas: secretam prolactina, GH (hormônio do crescimento)- Células basófilas: secretam hormônios gonadotróficos, tireotróficos - Células cromófobas: secretam hormônios corticotróficos- • Gônadas (eixo hipotálamo-hipófise-gonadal) GnRH - hormônios gonadotróficos (LH e FSH) - hormônios esteroides- O LH e o FSH são responsáveis pelo aparecimento e desenvolvimento das características sexuais, pelo amadurecimento puberal e pelos processos envolvidos na reprodução - No homem, o LH e o FSH estimulam a produção de testosterona e espermatozoides - Na mulher, estimulam a produção de estrógeno e progesterona- • Prolactina Estimula a produção de leite pela glândula mamária - Sua secreção é estimulada pela sucção mamilar, som do choro do bebê, estresse e aumento das concentrações de hormônios esteroides (por isso a secreção de prolactina aumenta gradativamentedurante a gravidez, por causa dos estrógenos) - A dopamina é o seu principal inibidor (a dopamina é feita pelo hipotálamo, mas a prolactina é feita na adeno-hipófise, por isso, em transplante de adeno- hipófise, há um aumento na secreção de prolactina) - Estimula a mamogênese (que é o desenvolvimento das glândulas mamárias)- • Tireoide (eixo hipotálamo-hipófise-tireoide) TRH - TSH - T3/T4- A secreção de TSH varia com a temperatura ambiente, idade e estado nutricional - • GH (eixo somatotrófico) GHRH - GH - IGF-1- A somatostatina inibe a liberação de GH, porém, a liberação de GH é estimulada pelo GHRH - A secreção de GH é alta durante a noite e é reduzida conforme a idade aumenta - • Adrenal (eixo hipotálamo-hipófise-adrenal) CRH - ACTH - cortisol- A secreção de ACTH é maior durante o dia, em um horário um pouco antes de acordar - A secreção também é maior durante situações de estresse- • O crescimento é um processo complexo influenciado pela herança genética, função endócrina (hormônios que influenciam o crescimento: GH, T3/T4, insulina, glicocorticoides, androgênios e estrogênios) e uma variedade de fatores ambientais, incluindo a nutrição O crescimento ósseo ocorre por meio de um processo chamado ossificação endocondral, na qual a cartilagem proliferativa é substituída por osso • → É um hormônio proteico e é o hormônio mais importante, isoladamente, para o crescimento normal, ele atua como principal facilitador da expressão do potencial genético, influenciando a estatura humana final em torno de 30% do seu potencial genético → É anabólico, principalmente de proteínas; logo, por ser anabólico, promove um aumento do tamanho das células e promove mitose → GH também pode ser chamado de hormônio somatotrópico ou somatrotopina→ Ele atua em todos os tecidos → Efeito no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas Altera a captação de glicose pelas células, sendo um hiperglicemiante• Ele diminui a captação de glicose pelas células e aumenta a produção hepática de glicose, o que faz a glicemia aumentar muito • Efeito diabetogênico (devido à glicemia alta)• Promove lipólise para atender às necessidades basais de energia para promover o crescimento, além disso, o uso de lipídios poupa o uso de proteínas na geração de energia • Nas proteínas, o GH possui efeito anabólico, ou seja, estimula a síntese proteica para tecidos e órgãos aumentarem de tamanho • → Estimula as células beta do pâncreas Logo, o GH pode causar um estresse celular/sobrecarregar as células beta pois ele as estimula de forma direta e de forma indireta (como aumenta a glicemia, esse alto nível de glicose no sangue estimula as células beta) • Esse estresse celular pode fazer a célula parar de funcionar e eventualmente gerar um quadro de diabetes mellitus tipo II • → O GH atua no tecido adiposo promovendo menor captação de glicose e maior lipólise, a fim de se disponibilizar energia; nos músculos, promove menor captação de glicose, maior captação de aminoácidos e maior síntese proteica (logo, é anti-proteólico) (o que faz um aumento da massa magra corporal); por fim, no fígado, estimula o IGF-1, que é o "fator de crescimento semelhante à insulina" (estimula efeitos parecidos com o do GH), estimula a síntese de RNA, de proteínas e a gliconeogênese IGF-1/Somatomedina C: presente no corpo no pós-natal, sendo responsável pelo crescimento depois de nascermos Durante o crescimento pós-natal, a influência do hormônio do crescimento é proeminente, mas as secreções apropriadas de insulina e hormônio tireoidiano continuam a ser essenciais para o desenvolvimento normal - A testosterona e o estrógeno têm funções muito importante durante o crescimento na puberdade - • IGF-2/Somatomedina A: presente no corpo no período intra-uterino, sendo responsável pelo crescimento antes de nascermos O IGF-2 é secretado diante a presença da insulina fetal (a qual pode ser estimulada pela elevação da glicose plasmática materna) - O GH e os hormônios tireoidianos têm pouca importância na regulação do crescimento fetal devido à imaturidade de seus receptores - • → GH é considerado doping, justamente por aumentar a quantidade de proteínas → Para que o indivíduo cresça, é preciso que vários hormônios atuem em conjunto, não apenas o GH sozinho ou a insulina sozinha Crianças subnutridas podem ter o GH aumentado pois não é só o GH que faz a pessoa crescer, quem faz a pessoa crescer é o IGF-1, que é estimulado tanto pelo GH quanto pela presença de nutrientes (o IGF-1 é muito sensível à variação de proteínas, então, quanto mais proteínas tiver no corpo, mais IGF-1 será produzido) • A importância do IGF-1 como mediador principal do crescimento é que o nanismo não ocorre apenas por falta de GH mas também pela diminuição da secreção de IGF-1 • → O hipotálamo produz GHRH, e o GHRH estimula a adeno-hipófise, a qual produz GH, o GH se liga a uma proteína carreadora (GHBP), e depois, se liga no fígado, promovendo produção de IGF-1, o qual utiliza proteínas carreadoras (IGFBP) e se liga ao seu receptor IGF-R. Porém, o GH também pode ser parácrino, podendo haver produção de IGF-1 em locais que não são o fígado, porém, o nível de IGF-1 produzido é baixíssimo É importante salientar que o GH não atua diretamente na célula alvo para promover o crescimento, mas estimula o fígado e localmente o osso a produzir e liberar uma substância mitogênica que é transportada no sangue, que são os IGFs • → O GH possui a sua secreção controlada pela somatostatina, pelo GHRH e pelo próprio IGF-1 → O ritmo circadiano também estimula o GH, pois à noite a secreção de GH é maior→ Exercícios físicos estimulam o GH, pois o GH aumenta a glicemia e então, ajuda a manter a glicemia para os exercícios físicos → A idade estimula muito a produção de GH, então, quanto mais velhos, menor a produção de GH, então, é difícil manter um peso quando ficamos idosos → Subnutrição de Kwashiokor Até os 6 meses de idade, todos os nutrientes vêm da mãe, porém, depois dos 6 meses, o bebê precisa comer comida normal, só que não há comida disponível devido à situação de pobreza, e quando há comida, geralmente são carboidratos • Com isso, apesar de o GH ficar alto, não há a produção de IGF-1, logo, o GH está alto mas o IGF-1 está baixo • → O GH atua no núcleo arqueado, que é o núcleo hipotalâmico responsável por sinalizar o aspecto energético do corpo → Os ossos longos só crescem se possuir disco epifisário, porém, em casos de tumor na adeno-hipófise, a secreção de GH aumenta tanto que mesmo se não houver disco epifisário, há o crescimento, que são os casos de gigantismo (excesso de GH na infância) e acromegalia (crescimento excessivo de órgãos). A pouca quantidade de GH promove o nanismo → Página 3 de P2 Tireoide A tireoide apresenta folículos/vesículas, que são estruturas revestidas por células foliculares → Os folículos são preenchidos por coloide, cujo principal componente é a tireoglobulina→ Hormônios (iodotironinas) Tiroxina (T4 - tetraiodotironina) É produzido em maior quantidade, 90% - • Triiodotironina (T3) 10%- • São hormônios importantes para a faixa metabólica basal (são termogênicos), além de participarem no crescimento e desenvolvimento • A única diferença entre os dois hormônios é que o T3 possui um iodo a menos que o T4 • Porém, quem tem mais efeito biológico, apesar de ser produzido em menor quantidade, é o T3; por isso o T4 é chamado de pró-hormônio • T3R (T3 reverso) é um composto feito pela alteração dos iodos de lugar, porém, é um composto que não possui atividade biológica • → Duas substâncias são essenciais para a síntese e secreção dos hormônios tireodianos: iodo e tireoglobulina Iodo: é importante pois os hormônios possuem iodo em sua composição, logo, uma dieta pobre em iodo limita a síntese desses hormônios (hipotireoidismo). Nossa principal fonte de iodo são os produtos de origem marinha, porém, há iodo no sal de cozinha (sal iodado)Em populações nas quais a ingestão diária de iodo é insuficiente, observa-se o aumento do volume da tireoide, que é bócio endêmico - • Tireoglobulina: proteína que apresenta resíduos do aminoácido tirosina, o qual é muito importante para a síntese dos hormônios • → A tireoide é uma glândula endócrina vesicular, e dentro das vesículas, temos coloides ricos em tireoglobulina. Essas vesículas são envolvidas por células foliculares → A biossíntese ocorre nos coloides, porém, é necessário auxílio das células foliculares, pois elas produzem a tireoglobulina em resposta ao TSH. Após a produção da tireoglobulina, ela é lançada para dentro do coloide → A primeira etapa da biossíntese é a captação de iodeto O iodo ingerido na alimentação, por ação de bactérias, é reduzido a iodeto no trato digestório • O iodeto chega na tireoide via vasos sanguíneos, então, via cotransporte pelo cotransportador Na+/I- (NIS), o iodeto entra nas células foliculares • → A segunda etapa é o transporte do iodeto para o coloide Esse processo é mediado pela proteína pendrina, que faz o iodeto ser transportado da célula folicular até o coloide • → A terceira etapa é a oxidação do iodeto Já no interior do coloide, o iodeto é oxidado pela enzima tireoperoxidase (é uma enzima chave, envolvida em quase todos os processos de síntese do hormônio) • Porém, além disso, a tireoperoxidase também oxida alguns sítios de algumas tirosinas presentes na tireoglobulina, criando condições para que o iodo oxidado aí se encorpore • → A quarta etapa é a organificação do iodo/iodação da tireoglobulina É quando uma molécula de iodo é incorporada à tirosina, gerando a monoiodotirosina (MIT) • Quando dois iodos se incorporam, temos a di-iodotirosina (DIT)• Algumas MITs e DITs formadas, ainda inseridas na molécula de tireoglobulina, sofrem acoplamento, assim, uma MIT com uma DIT geram uma tirosina com 3 iodos, que é a triiodotironina (T3), enquanto, o acoplamento de duas DITs, forma a tetraiodotironina (T4) • → A quinta etapa é a endocitose do coloide Todos esses processos anteriores ocorrem ligados fisicamente à tireoglobulina no coloide (T3 e T4 estão ligados à tireoglobulina), porém, a tireoglobulina é uma molécula de alto peso molecular, então, ela não consegue passar por canais, então, ela precisa ser endocitada, logo, consequentemente, ocorre a endocitose de coloide pelas células foliculares • → A sexta etapa é a proteólise da tireoglobulina Nessa etapa há proteólise/clivagem da molécula, T3 e T4 são clivadas da tireoglobulina e são liberados no capilar mais próximo • A tireoglobulina não é liberada no plasma sanguíneo, ela volta para a vesícula e é reciclada • → A sétima etapa é a secreção hormonal T3 e T4 saem da célula tireoidiana por difusão facilitada por meio de transportadores de hormônios tireoidianos (transportadores de monocarboxilatos (MCT)) e caem na corrente sanguínea • Porém, grande parte da T4 circulante sofre ação em tecidos alvos pela enzima • → A função tireoidiana é regulada fundamentalmente pelo TSH, produzido pela adeno- hipófise. O TSH estimula todas as etapas de síntese e secreção dos hormônios da tireoide, bem como a proliferação das células foliculares tireoidianas → Porém, a síntese e a secreção de TSH encontra-se sobre o controle de dois hormônios hipotalâmicos, o hormônio liberador de TSH (TRH) e a somatostatina (SS ou GHIH), os quais estimulam ou inibem, respectivamente, a secreção de TSH → A função tireoidiana também é controlada pela concentração plasmática dos hormônios da tireoide por via do feedback negativo Concentrações altas de T3 e T4 promovem inibição da secreção de TRH e TSH além de estimularem a secreção de somatostatina • Concentrações baixas de T3 e T4 promovem estímulo da secreção de TRH e TSH• → O principal hormônio responsável pelo efeito de feedback sobre o eixo hipotálamo- hipófise-tireoide é o T4 → Porém, a tireoide também sofre modificações na sua função em decorrência da oferta de iodo pela dieta: redução da ingestão de iodo leva à diminuição da síntese de T3 e T4, promovendo elevação da secreção de TSH e TRH. O TSH, ao exercer efeitos estimulantes sobre a tireoide, faz ela se proliferar, promovendo um aumento do peso e do volume, que é o bócio endêmico (o bócio é sempre um hipotireoidismo por carência de iodo, mas pode haver hipotireoidismo sem ser por falta de iodo) → O aumento da quantidade de iodo, em curto tempo, leva inicialmente a um aumento da síntese de T3 e T4, porém, em doses excessivas e duradouras, há a inibição da atividade tireoidiana → Logo, a ingestão de iodo deve ser monitorada pois tanto a deficiência quanto o excesso na ingestão desse micronutriente levam ao aparecimento de hipotireoidismo → Hipotireoidismo subclínico (subclínico pois não há sintomas) TSH alto e T4/T3 normais • → Hipotireoidismo normal TSH alto e T4/T3 baixos• → A principal causa de hipertireoidismo (tireotoxicose) é a doença de Basedow- Graves, uma doença autoimune na qual ocorre uma produção exacerbada de anticorpos contra o receptor de TSH, os quais se ligam a esse receptor, promovendo sua ativação (ou seja, o TSH está baixo porém o T4/T3 estão altos, o feedback negativo está inibindo o TSH porém a tireoide continua fazendo T4/T3; logo, a pessoa possui uma sensibilidade alta ao TSH ou é o caso da doença de Graves) Promove a exoftalmia (projeção do globo ocular)• → Outros fatores que alteram o T3 e o T4 Gravidez Aumento da concentração de estrógenos circulantes causa redução da taxa de metabolização das proteínas transportadoras de T3 e T4, o que gera mais hormônios na forma livre, aumentando a meia-vida deles - Os estrógenos também aumentam a secreção de TSH em resposta ao TRH- • Glicocorticoides Diminuem a resposta do TSH ao TRH- • → Metabólicas Os hormônios da tireoide são um dos principais reguladores da taxa metabólica basal (taxa metabólica basal é o mínimo de energia utilizada para manter o funcionamento dos tecidos; que não é o mesmo que taxa metabólica de repouso, que é a quantidade de energia utilizada por um indivíduo deitado e sem pensar em nada) • São imprescindíveis para a manutenção da temperatura corporal Ativam a síntese e a hidrólise de ATP, processos que levam à produção de calor, pois transformar energia produz calor (dos alimentos que comemos, apenas 30% vira energia pro nosso metabolismo, o resto vira calor) - Ativam ciclos fúteis (aumentar a permeabilidade da membrana plasmática a íons apenas para que haja a mobilização de bombas de íons, o que gasta mais energia e consequentemente gera calor) - Estímulo da síntese de proteínas desacopladoras - • O aumento de T3 e T4 tende a aumentar a taxa metabólica basal Indivíduos com hipertireoidismo produzem muito calor, por isso não toleram ambientes quentes, porém, indivíduos hipotireoideos toleram ambientes quentes - • → No metabolismo lipídico Estimula lipólise no fígado e no tecido adiposo• Hipertireoidismo: diminuição do peso• Hipotireoidismo: aumento do peso• → No metabolismo de carboidratos Estimula vias que aumentam a glicemia e a utilização da glicose (estimulam o • → Página 4 de P2 A sétima etapa é a secreção hormonal T3 e T4 saem da célula tireoidiana por difusão facilitada por meio de transportadores de hormônios tireoidianos (transportadores de monocarboxilatos (MCT)) e caem na corrente sanguínea • Porém, grande parte da T4 circulante sofre ação em tecidos alvos pela enzima deiodinase/desiodase, a qual remove um iodo da molécula de T4, podendo transformá-la em T3 ou T3R Se virar o T3, é algo bom, pois ele tem mais efeito biológico do que T4- • → Em função da sua baixa hidrossolubilidade, o transporte dos hormônios ocorre via proteínas transportadoras plasmáticas (globulina (TBG, thryoid hormone binding globulin) e albumina), ou seja, no sangue, os hormônios são transportados por albumina e globulina (TBG), porém, para entrar na células-alvo, entram pelos transportadoresde monocarboxilatos T3 e T4 apesar de terem características de um hormônio lipossolúvel (atuar no núcleo da célula; transporte no sangue dado por proteína) eles não são hormônios de fato lipossolúveis pois atravessam a célula por ajuda de transportadores • → TBG com mais afinidade a T4 porém a albumina se liga tanto a T4 quanto a T3→ Quando eles se dissociam de suas proteínas transportadoras, ficam na forma livre, tornando-se disponíveis, por um curto período de tempo, para os tecidos-alvo → Estimula lipólise no fígado e no tecido adiposo• Hipertireoidismo: diminuição do peso• Hipotireoidismo: aumento do peso• No metabolismo de carboidratos Estimula vias que aumentam a glicemia e a utilização da glicose (estimulam o catabolismo de macronutrientes) • Estimulam a absorção intestinal dos carboidratos e a produção hepática de glicose • → Sobre proteínas Estimula o turnover proteico, que é a renovação das proteínas corporais, logo, estimulam a síntese e o catabolismo proteico • → No crescimento e desenvolvimento Estimula a transcrição do gene do GH e aumentam a produção de IGFs• Assim, crianças hipotireoideas apresentam déficit de crescimento • → Nos sistemas corporais Sistema nervoso Estimula o crescimento e a maturação do sistema nervoso pelo estímulo da síntese de fatores de crescimento neuronais - Importante para sinaptogênese e multiplicação celular- Deficiência desses hormônios causa repercussões graves para o desenvolvimento do SN, levando ao quadro de cretinismo, que é um quadro de extremo retardo mental - Teste do pezinho avalia o hipotireoidismo congênito, ou seja, caso seja diagnosticado um caso de cretinismo, o tratamento inicia-se logo nos primeiros dias de vida - • Sistema cardiovascular Estimulam a síntese de uma isoforma de miosina do músculo cardíaco com maior atividade ATPásica; promovendo uma maior velocidade de contração ao músculo cardíaco, aumentando a frequência cardíaca e um aumento do débito cardíaco Entretanto a PA não varia muito devido à vasodilatação periférica em virtude do efeito termogênico dos hormônios ▪ - Sensibiliza o coração para a ação da adrenalina- • Músculo esquelético Estimulam a síntese de uma isoforma de miosina do músculo esquelético com maior atividade ATPásica; aumentando a velocidade de contração - • → Paratireoide O cálcio é um mineral que desempenha funções vitais nos organismos; além de ser um componente estrutural essencial do esqueleto, o cálcio participa de eventos que controlam diversos processos importantes para a vida, que vão desde a fertilização até a morte celular Participa da coagulação sanguínea• Participa da adesão celular• Mantém a integridade do esqueleto• Contração muscular• Mensageiro intracelular (diferenciação celular, proliferação, exocitose...)• → Devido à grande importância do cálcio, é imprescindível que a concentração extracelular de Ca2+ seja finamente regulada → Três hormônios calciotrópicos, o paratormônio, a calcitonina e a vitamina D (calcitriol) são os principais reguladores da calcemia Principais alvos: ossos, rins e o epitélio do TGI (são os locais em que pode-se intervir para controlar as concentrações de cálcio e fosfato) • → Ossos Células Osteoblasto- Osteócito- Osteoclasto - • Matriz óssea Orgânica: fibras colágenas do tipo I, glicoproteínas- Inorgânica: cristais de hidroxiapatita (íons inorgânicos, Mg2+, K+, Na+, bicarbonato), a porção inorgânica possui cálcio e fosfato - Essas duas matrizes em conjunto garantem dureza e resistência aos ossos- • → Funções do fosfato no organismo Formação de ATP• Formação de intermediários da glicose• Tamponamento• Constituição das membranas celulares e ácidos nucleicos• → Como o fosfato e o cálcio possuem cargas opostas, esses íons tendem a se unir e formar o fosfato de cálcio, o que é ruim, pois esses íons precisam estar livres para realizar suas funções. Então, o ideal é que ao mesmo tempo em que se controle a concentração de cálcio, também controle a de fosfato → Sua produção é estimulada pelo PTH→ A vitamina D é vitamina ou hormônio? Vitaminas são substâncias que nosso corpo não é capaz de produzir, então, precisamos adquirir via alimentação, porém, incrivelmente a vitamina D é produzida pelo nosso corpo (sua síntese é estimulada pela luz) • Transportada no sangue ligada à proteína; receptor no núcleo da célula e entra na célula-alvo por difusão (características de um hormônio lipossolúvel) • É lipossolúvel pois parece um esteroide • → Síntese da vitamina D (composta por 2 processos de hidroxilação) 7-Desidrocolesterol (pró-vitamina presente na pele) vira pré-vitamina D3, que se isomeriza espontaneamente em vitamina D3 (processo ocorre na epiderme via a luz ultravioleta solar) • Vitamina D3 vira 25-di-hidroxi-vitamina D3 por meio de uma enzima chamada 25- hidroxilase (processo ocorre no fígado (a vitamina D3 chega ao fígado via proteína transportadora)) • 25-di-hidroxi-vitamina D3 vira 1,25-di-hidroxivitamina D3 por meio da 1-alfa- hidroxilase (processo ocorre no rim), que é a vitamina D, que se liga ao seu receptor nuclear de vitamina D (VDR) • Se a vitamina D sofrer uma terceira hidroxilação, ela se inativa• → Efeitos da vitamina D A vitamina D aumenta a concentração plasmática de cálcio diante de três mecanismos distintos O transporte intestinal de cálcio A mucosa intestinal é o principal tecido alvo da vitamina D▪ A vitamina D é importante pois só vai ter cálcio para ir para o osso se o cálcio for inicialmente absorvido no intestino ▪ - A reabsorção renal de cálcio- A mobilização óssea do íon Facilita a absorção osteoclástica▪ - • → A calcitonina é um hormônio sintetizado e secretado por células da tireoide que são distintas das células foliculares; são as células parafoliculares/células C, as células parafoliculares podem fazer parte do epitélio folicular, intercaladas entre as células foliculares na parede dos folículos ou podem formar pequenos grupamentos isolados entre os folículos tireoidianos → Diferentemente das células foliculares, as células parafoliculares não estão em contato direto com o coloide → A calcitonina é secretada diante o aumento da concentração extracelular de cálcio (a calcitonina é secretada continuamente pelas células C, mesmo em condições de → Página 5 de P2 formar o fosfato de cálcio, o que é ruim, pois esses íons precisam estar livres para realizar suas funções. Então, o ideal é que ao mesmo tempo em que se controle a concentração de cálcio, também controle a de fosfato O paratormônio (PTH) é o principal regulador sistêmico das concentrações de cálcio e fosfato → Ele é secretado em 4 pequenas glândulas, as paratireoides, localizadas na face posterior da tireoide → O paratormônio é produzido na forma de pré-pró-hormônio, então, ele perde aminoácidos e vai para a sua forma de pró-hormônio (ainda inativa), então, perde mais aminoácidos e vira a sua forma a ativa, que é o hormônio → O paratormônio não circula ligado à proteína plasmática, logo, ele tem uma meia vida muito curta (é rapidamente degradado) → Secreção do PTH O principal estímulo para a secreção de PTH é a redução da concentração plasmática da forma ionizada do cálcio extracelular (Ca2+) e o aumento do fosfato do sangue (hiperfosfatemia) • Quanto mais Ca2+ extracelular, menos PTH é secretado• Quando o cálcio se liga ao receptor do cálcio na paratireoide (receptor acoplado à proteína Gi), há a inibição da liberação do PTH • → Efeitos do PTH Aumentar a concentração plasmática de Ca2+ • Diminuir a concentração plasmática de PO42-• → Tais efeitos são feitos através da ação direta do PTH nos ossos e rins e através da ação indireta no TGI • Rins Aumento da excreção urinária de fosfato pela diminuição da reabsorção celular - Aumento da reabsorção tubular (túbulo contorcido distal) de Ca2+ e consequente redução da perda de Ca2+ pela urina - Estimula a síntese de vitamina D por meio da estimulação da 1 -alfa-hidroxilase-• Ossos Aumento da taxa de reabsorção e remodelamento ósseo - Aumento do número de osteoclastos na superfície óssea (mas para isso, o PTH estimula o osteoblasto, pois ao estimular o osteoblasto, ele faz com que o osteoblasto pare de fazer suas ações para que ele dê espaço para o osteoclasto funcionar; ou seja, o receptor está no osteoblasto, o qual se contrai e expõe a camada mineral aos osteoclastos) - • Intestino O PTH não atua no intestino diretamente- • Regulação do PTH O PTH não depende do eixo hipotálamo-hipófise pois a sua regulação ocorre diretamente pela concentração de cálcio e indiretamente pela de fosfato • Pouco cálcio no sangue faz com que aumente o nível de PTH, então, ele age no osso promovendo a reabsorção do osso, o que aumenta a calcemia e a fosfatemia • Posteriormente, ele age nos rins, promovendo a reabsorção de cálcio e a liberação do fosfato • Por fim, ele estimula a síntese de vitamina D, a qual atua no intestino, nos rins e nos ossos • A vitamina D promove a absorção intestinal de cálcio e fosfato, além da remodelação óssea e a reabsorção de cálcio nos rins, então, esse aumento da absorção de cálcio promove a diminuição da liberação de PTH; só que, como o PTH não vai ser secretado, vai sair mais cálcio na urina e menos fosfato na urina (promovendo uma alta fosfatemia), e aí, com o cálcio indo embora na urina e o fosfato muito presente no sangue, ativa-se o PTH novamente pipipi popopo o ciclo continua... • → entre os folículos tireoidianos Diferentemente das células foliculares, as células parafoliculares não estão em contato direto com o coloide → A calcitonina é secretada diante o aumento da concentração extracelular de cálcio (a calcitonina é secretada continuamente pelas células C, mesmo em condições de normocalcemia, entretanto, sua taxa de secreção é drasticamente aumentada quando ocorre aumento da calcemia) → Atua como antagonista das ações do PTH sobre o metabolismo de cálcio, logo, tem efeito geral de diminuir a concentração plasmática de cálcio Inibe a reabsorção óssea (inibe a ação dos osteoclastos por meio da perda do contato dos osteoclastos com a superfície absortiva do osso) • Estimula a liberação de cálcio pela urina • → Todavia atua de forma semelhante ao PTH no quesito de regular o fosfato, pois ambos promovem a redução da fosfatemia Diminuem a reabsorção tubular de fosfato (fosfatúria)• → Quando se diminui a concentração de cálcio no citoplasma, modifica-se o equilíbrio iônico e os neurônios começam a disparar com um estímulo muito pequeno, promovendo o aumento da permeabilidade ao sódio e consequentemente promovendo muitas despolarizações, o que pode promover tetania, abalos musculares, contrações musculares, convulsões... → Raquitismo e osteomalácia São doenças ósseas metabólicas caracterizadas pela deficiência na mineralização da matriz do esqueleto, ou seja, há pouco cálcio e fosfato no osso • Raquitismo: deficiência de vitamina D em crianças (raquitismo não significa a mesma coisa que magreza, pois a pessoa pode ser magra mas mesmo assim ter vitamina D) As pernas arqueiam para tentar distribuir o peso do corpo já que não há vitamina D para formar um osso de boa qualidade - • Osteomalácia: é um raquitismo só que em adultos • → Osteoporose Osso se torna frágil, o que aumenta o risco de fratura• → Pâncreas endócrino O cérebro utiliza a glicose como fonte de energia, por isso, é muito importante que a glicemia seja controlada e mantida em um nível adequado para o funcionamento do corpo → O pâncreas possui uma porção exócrina (produz os sucos digestivos) e uma porção endócrina (envolvida com a homeostase glicêmica e metabólica), logo, é uma glândula mista. A porção endócrina é representada pelas ilhotas pancreáticas → Ilhotas de Langerhans, ou simplesmente ilhotas pancreáticas Células alfa Síntese e secreção de glucagon- • Células beta Síntese e secreção de insulina- • Células delta Síntese e secreção de somatostatina - • Células F ou PP Síntese e secreção do polipeptídeo pancreático - • → O pâncreas possui como alvo o fígado, o tecido adiposo e o músculo estriado esquelético → Esse órgão é estimulado pelo parassimpático→ Feita na forma de pré-pró-insulina, que são duas cadeias de resíduos de aminoácidos unidas por ligações dissulfeto e unidos a um peptídeo pelo peptídeo conector. A insulina é composta por duas cadeias de resíduos de aminoácidos unidas por ligações dissulfeto (ou seja, há a perda do peptídeo conector) → Secreção da insulina Diversos fatores estimulam a liberação da insulina, porém, o principal estímulo para a sua secreção pelas células beta é o aumento da concentração de glicose no sangue • A glicose é transportada através das células beta pelo transportador GLUT2; uma vez no interior das células beta, a glicose passa pela via glicolítica, ciclo de Krebs, cadeia transportadora de elétrons... Com a finalidade de gerar ATP • Após a produção de ATP, esse ATP se liga a um canal de K+ dependente de ATP, ocasionando na inativação deste, o que mantém o K+ dentro da célula. Com o acúmulo de K+ no meio intracelular, temos uma despolarização, o que ativa canais de cálcio dependentes de voltagem, o que eventualmente ocasionará a secreção da insulina GLUT1: placenta- GLUT2: célula beta pancreática, fígado, rins e intestino- GLUT3: placenta, cérebro e rins- GLUT4: músculo esquelético e tecido adiposo- • Outros fatores modulam a secreção de insulina Aumento da quantidade de aminoácidos (lisina e arginina) no sangue- Ácidos graxos- Hormônios (colecistoquinina por exemplo, que estimula a liberação de insulina - • → Página 6 de P2 O pâncreas possui como alvo o fígado, o tecido adiposo e o músculo estriado esquelético → Esse órgão é estimulado pelo parassimpático→ É o contrarregulador da insulina, logo, é um hormônio hiperglicemiante→ Ao contrário do que ocorre com a insulina, o aumento da concentração de glicose no sangue inibe a secreção do glucagon → Efeitos Fígado (local principal de atuação) Induz a glicogenólise (ou seja, a degradação hepática de glicogênio) A glicogenólise nos músculos esqueléticos só ocorre por ação da adrenalina, o glucagon não atua no músculo esquelético ▪ O glicogênio hepático pode virar glicose e ir para outros tecidos; já o glicogênio muscular, pode virar glicose mas essa glicose não sai do músculo, pois é como se o músculo fosse egoísta; ele é reservatório de si mesmo, e isso é importante pois em caso de luta ou fuga, quem precisa de energia rápido é o músculo. ▪ - Estimula lipólise- Induz a gliconeogênese- Objetivo: aumentar a liberação de glicose para o sangue- • Tecido adiposo Em taxas muito altas, o glucagon acaba atuando também no tecido adiposo- Promove a degradação de triglicerídeos por ativação da LTHS (lipase tecidual sensível a hormônios), logo, estimula a lipólise (o que, em grande quantidade, pode produzir muitos corpos cetônicos) - • → Estado alimentado Insulina predomina (hormônio anabólico) Síntese de glicogênio- Síntese de proteínas- Síntese de gorduras- • → Estado de jejum Glucagon predomina (hormônio catabólico)• → Hormônios hipoglicemiantes (hipoglicemia resulta em consequências agudas) Insulina• → Hormônios hiperglicemiantes (hiperglicemia resulta em consequências a longo prazo) Glucagon• Adrenalina• GH• Cortisol • → Inibe a secreção de insulina e glucagon→ A secreção de somatostatina é estimulada pela glicose, glucagon e alguns aminoácidos e é inibida pela adrenalina, dopamina e acetilcolina → Sua principal função é aumentar o período de disponibilidade da glicose → GLUT4: músculo esquelético e tecido adiposo- Outros fatores modulam a secreção de insulina Aumento da quantidade de aminoácidos (lisina e arginina) no sangue- Ácidos graxos- Hormônios (colecistoquinina por exemplo, que estimula a liberação de insulina via proteína Gq) - Glucagon, GH, cortisol - GLP-1 (peptídeo semelhante a glucagon)- Obesidade (resistência à insulina)Indivíduos obesos tendem a armazenar gordura no tecido adiposo e em outros locais, tipo os músculos. Essa gordura nos músculos prejudica a captação de glicose, então, a glicemia fica alta, o que vai promover a liberação de insulina em doses altas ▪ - SNA parassimpático (nervo vago: acetilcolina, via Gq)- • Alguns inibidores da secreção de insulina Baixa glicemia, jejum- Somatostatina- Galanina- SNA simpático (adrenalina e noradrenalina, Gi) Em casos de ativação simpática, a insulina não é liberada e então a glicose não é armazenada no fígado na forma de glicogênio, deixando a glicose livre para o uso dos músculos e do sistema nervoso ▪ - • A secreção da insulina é bifásica Primeira fase: fase cefálica; secreta insulina mesmo sem ter alimento na boca É a secreção de uma insulina que estava armazenada nas células beta▪ - Segunda fase: secreta insulina pelo aumento da glicemia de fato É a secreção de uma insulina que foi produzida na hora▪ - • A insulina secretada pelas células beta das ilhotas vai diretamente para o fígado, pois o fígado é o primeiro órgão a receber os nutrientes absorvidos no intestino. No fígado, 50% da insulina é degradada e em torno de 40% da quantidade total de insulina é degradado nos rins → Efeitos da insulina A insulina é o único hormônio hipoglicemiante • Além disso, deve-se pensar a insulina como um hormônio anabólico• Efeitos sobre o transporte de glicose Hipoglicemiante - Após a liberação de insulina, ela atua no GLUT4, que é o transportador de glicose insulinodependente O GLUT4 está presente no músculo esquelético e no tecido adiposo▪ Quando a insulina se liga ao seu receptor (receptor com atividade tirosina quinase) na membrana plasmática, há uma transdução de sinal, o que faz o GLUT4, presente em vesículas citoplasmáticas, ir para a membrana celular e assim permitir a entrada da glicose nas células musculares e no tecido adiposo ▪ - Logo, a insulina faz a glicose entrar nas células e essa glicose pode ser estocada na forma de compostos complexos, como o glicogênio, então, ao transformar a glicose em glicogênio, há uma estimulação à entrada de glicose na célula - • → Em uma situação de exercício físico, há estímulo simpático, então, não libera insulina, então, na teoria não teria como promover a entrada da glicose nas células musculares. Porém, a contração muscular durante o exercício físico tem capacidade de estimular o GLUT4 (do músculo esquelético), então a glicose entra no músculo mesmo sem insulina mas não entra no tecido adiposo. Por isso, durante o exercício físico, não é preciso insulina, e é até melhor que não tenha, pois se tiver insulina, a glicose vai para o tecido adiposo também Mas não necessariamente é preciso fazer exercício em jejum, porque você precisa de combustível ▪ Deve-se consumir alimentos com baixo índice glicêmico (índice glicêmico: a facilidade em se absorver um carboidrato), pois alimentos com alto índice glicêmico tipo um caldo de cana fazem com que se tenha um pico de glicose, o que acarreta em um pico de insulina. Essa insulina muito alta inibe a lipólise e faz com que a glicose seja distribuída para o tecido adiposo também. Além disso, caso a glicose seja absorvida muito rapidamente, grande parte dela vai ser convertida em glicogênio. ▪ Carga glicêmica: quantidade de alimentos presentes em um alimento▪ - A diabetes pode promover quadros do tipo neuropatia diabética ou retinopatia diabética, pois como a glicemia é alta, a glicose entra com facilidade em células que possuem o GLUT (exceto o GLUT4), e carboidratos, quando entram na célula, promove alterações, como por exemplo, diminuir a sensibilidade dos neurônios - Efeitos hepáticos Ativa a glicogênio sintase, que promove a formação de glicogênio a partir da glicose - Impede a gliconeogênese - Estimula a glicólise e lipogênese- • Efeitos nas células musculares A insulina aumenta a captação da glicose pelas células musculares por recrutamento de transportadores GLUT4 - Ativa as vias metabólicas que levam à formação de glicogênio - • Efeitos nas células adiposas Aumenta a captação de glicose pelos adipócitos - Estimula a lipogênese Síntese de triacilglicerol (pois a via glicolítica fornece glicerofosfato), inibido a metabolização dos triacilgliceróis ▪ Aumento da síntese de ácidos graxos a partir da glicose (lipogênese de novo por meio do aumento da lipase lipoproteica), é a síntese de lipídios a partir de compostos que não são lipídios ▪ - Estimulação da formação de adipócitos (via diferenciação dos pré-adipócitos em adipócitos) - Estimula a captação de glicose e ácidos graxos (os ácidos graxos, no tecido adiposo, é armazenado na forma de triglicerídio) Com isso, a insulina tem efeito hipolipemiante (diminui a quantidade de lipídios no sangue) ▪ - Inibe a beta-oxidação Beta-oxidação é lipólise, transformando ácido graxo em acetil-CoA▪ A insulina inibe a lipase tecidual sensível a hormônios (LTHS)/lipase ▪ - • Página 7 de P2 A insulina inibe a lipase tecidual sensível a hormônios (LTHS)/lipase hormônio sensível (LHS) ▪ Esse processo é inibido pois não faz sentido querer quebrar lipídios se há muita glicose no sangue ▪ Em indivíduos diabéticos, não há insulina ou ela não funciona, então, ocorre a beta-oxidação, acarretando a formação de acetil-CoA, a acetil- CoA faz com que se forme corpos cetônicos (acetona, acetoacetato e beta-hidroxibutirato), os quais são ácidos e eventualmente causam cetoacidose (nesse caso, cetoacidose diabética) ▪ Efeitos sobre as proteínas/sobre o crescimento e desenvolvimento Estimula a síntese proteica e inibe a proteólise- Além disso, estimula a captação de aminoácidos- Ou seja, a insulina é fundamental para a manutenção do crescimento e o desenvolvimento do organismo - Por isso em casos de diabetes gestacional a criança nasce grande pois a alta glicemia na mãe acaba fazendo com que haja muita produção de insulina (só que os receptores de insulina não estão funcionando) e essa insulina é enviada para o filho - • Efeitos sobre os carboidratos num geral Ativa a glicogênio sintase (ou seja, estimula a glicogênese) (o glicogênio só é feito em casos de excesso de glicose) A glicogênese corre no fígado e no músculo esquelético▪ - Diminui a gliconeogênese Diminui a atividade da 6-fosfatase (presente no fígado e rins) e da PEPCK ▪ A gliconeogênese é inibida pois como há glicose vindo da alimentação, não é preciso formar glicose por meio de glicerol, lactato ou proteínas ▪ - • A insulina reduz a ingestão alimentar• Glândula adrenal As duas glândulas adrenais localizam-se acima dos rins, uma de cada lado→ Essa glândula é formada por dois tecidos endócrinos distintos Porção externa: córtex adrenal que sintetiza hormônios esteroides• Porção interna: medula adrenal que produz catecolaminas, adrenalina e noradrenalina • → Córtex adrenal O córtex constitui cerca de 85% da glândula e é formado por 3 zonas• Região externa: zona glomerulosa, sintetiza mineralocorticoides (aldosterona)• Região média: zona fasciculada, sintetiza glicocorticoides (cortisol)• Região interna: zona reticular, sintetiza hormônios sexuais (andrógenos)• → Medula adrenal Produz adrenalina (que possui relação cm o SNA simpático) • → Síntese dos hormônios Os hormônios produzidos pelo córtex são formados a partir do colesterol, o qual é percursor de todos os hormônios esteroides • As células que produzem os hormônios esteroides podem fazer colesterol a partir do acetato, mas a principal fonte de colesterol é aquela proveniente das lipoproteínas circulantes, principalmente as de baixa densidade (LDLs) • Quem dá o gatilho para a ação da 20,22-desmolase é o ACTH, logo, o ACTH estimula a produção de aldosterona, cortisol e hormônios andrógenos • → Os glicocorticoides entram na célula alvo por meio de difusão passiva e ativam, no citoplasma, receptores específicos para hormônios esteroides → Praticamente todas as células do organismo possuem receptorespara glicocorticoides (GR), os quais se localizam, inicialmente, no citoplasma, complexados a proteínas de choque térmico → O acoplamento ao glicocorticoide causa a dissociação dessas proteínas de choque térmico do GR, fazendo com que o complexo hormônio-receptor fique ativado e se desloque para o núcleo da célula → Regulação da secreção A secreção do cortisol é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal• Hipotálamo libera CRH, o qual se liga à adeno-hipófise e então promove a liberação do ACTH, o qual é transportado pelo sangue até as células adrenocorticais, onde é estimulada a síntese e a liberação do cortisol • Ritmo circadiano Existe um ritmo circadiano das concentrações plasmáticas de cortisol- O cortisol é mais secretado durante a manhã (pois acordar é um stress), antes de acordamos e com o passar do dia, sua secreção vai diminuindo - Por isso, para fazer exame de cortisol, deve-se coletar o sangue de manhã- Núcleo supraquiasmático é responsável pelo ritmo circadiano- • Estresse O cortisol é produzido em resposta a situações de estresse- A hipoglicemia, por exemplo, é um tipo de estresse que estimula a secreção do CRH e do ACTH, resultando em um aumento das concentrações plasmáticas de cortisol - Outros exemplos são: hipóxia, cirurgias, infecções, febre, ansiedade, exercício prolongado... - No stress crônico, não há um feedback negativo que diminua a secreção de cortisol; o aumento da secreção de cortisol não inibe o CRH e o ACTH Síndrome de Kusch: é o excesso da produção de cortisol▪ - • → Efeitos Carboidratos O cortisol em excesso exerce ação antagônica à da insulina- No fígado, estimula a gliconeogênese - Inibe o transporte de glicose para o interior das células - Objetivo: aumento da glicemia plasmática além de prevenir a hipoglicemia do jejum - • Proteínas Catabólico para proteínas - Estimula a degradação de proteínas e inibe a síntese proteica no músculo, principalmente quando a insulina está baixa - Objetivo: aumentar a quantidade de glicose disponível - Todavia, no fígado, há a estimulação para produzir proteínas essenciais- • → Lipídios Estimula a lipólise no tecido adiposo, principalmente quando a insulina esta baixa - Pois dessa forma, o glicerol é transformado em glicose pelas células hepáticas, formando glicose para os neurônios enquanto os ácidos graxos servem de energia para os tecidos periféricos - Apesar de o excesso de cortisol promover a lipólise, também promove o apetite, promovendo a procura por alimentos gordurosos, o que promove a lipogênese - • Efeitos anti-inflamatórios O cortisol diminui as respostas celulares e vasculares do processo inflamatório• → Página 8 de P2 Para produzir testosterona a via preferencial é pregnenolona - 17alfa- hidroxipregnenolona - DHEA • Para produzir estrógeno a via preferencial é progesterona - 17alfa- hidroxipregnenolona - androstenediona Esse mesmo processo é realizado nas gônadas, pois apenas quantidades mínimas de testosterona e estrógeno são secretadas pela adrenal - • Hiperplasia adrenal congênita É uma deficiência da enzima 21alfa-hidroxilase, então, não vai produzir aldosterona, então, acumula-se o substrato (progesterona), o que faz a reação deslocar para a produção de cortisol, porém, precisa da 21alfa-hidroxilase também, então, desloca para a produção de androstenediona • Em meninas isso pode levar ao aparecimento de caracteres sexuais masculinos (pêlos, aumento do clitóris), que é o "pseudo-hemafrodita" • Além disso, promove desidratação e hipoglicemia• → Transporte no plasma Os esteroides adrenais não são armazenados nas células corticais, então, sua velocidade de secreção é regulada pelo processo de síntese • Por serem moléculas solúveis em lipídios, atravessam facilmente a membrana plasmática e assim alcançam a circulação • No plasma, circulam livres ou ligados a proteínas plasmáticas (ao se ligarem com proteínas, possuem sua meia-vida aumentada mas apenas a forma livre é a forma ativa e capaz de exercer seus efeitos nas células-alvo) • Proteínas transportadoras: CBG (corticoesteroid binding globulin (globulina fixadora de corticoesteroide) e albumina O cortisol tem mais afinidade pela CBG- A aldosterona tem alta afinidade na forma livre e com CBG e albumina- DHEA tem alta afinidade com albumina- • → Apesar de o excesso de cortisol promover a lipólise, também promove o apetite, promovendo a procura por alimentos gordurosos, o que promove a lipogênese - Efeitos anti-inflamatórios O cortisol diminui as respostas celulares e vasculares do processo inflamatório• O cortisol inibe a atividade da fosfolipase A2, que é a enzima responsável pela formação do ácido araquidônico e consequentemente responsável pela formação de mediadores da resposta inflamatória (prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos) • → Ativação e inativação A cortisona é o cortisol inativo Para ativar: enzima 11-beta-HSD1- Para inativar: enzima 11-beta-HSD2- • No cordão umbilical, temos HSD2, então, quando a quantidade de cortisol na mãe é alto, esse cortisol é enviado para a criança; porém, a quantidade de cortisol que passa para o filho é tão alta que a HSD2 não consegue inativar • Esse excesso de cortisol na criança é perigoso pois pode causar efeitos deletérios • Todavia, é necessário que haja uma quantidade mínima de cortisol para ocorrer o desenvolvimento fetal • Em grandes quantidades, o cortisol se liga a receptores MR (receptor para mineralocorticoide), e com isso, promove os efeitos da aldosterona. Logo, apesar de ter HSD2 nos rins, grandes quantidades de cortisol por muito tempo pode causar retenção de líquidos. Além do aumento da suscetibilidade a infecções, retardo de cicatrização, hipertensão, osteoporose, depressão, resistência à insulina, obesidade central... • Cortisol em longo prazo promove efeitos deletérios• → Marasmo x Kwashiorkor Marasmo A pessoa não tem o que comer, então, possui baixa insulina, logo, faz proteólise e lipólise - • Kwashiorkor A criança come mas não come proteínas, come apenas carboidratos, logo, há muita insulina, então não faz proteólise nem lipólise, então, como não temos proteínas no corpo, a pressão coloidosmótica aumenta, facilitando a entrada de água nas células, promovendo edemas e inchaço - Essa criança não possui aspecto de magra- • → Sistema reprodutor masculino As diferenças sexuais entre machos e fêmeas dependem, basicamente, das diferenças de seus cromossomos → Em humanos, as gônadas são indiferenciadas em ambos os sexos até a sexta semana de vida fetal, quando se inicia o processo de diferenciação → O sexo genético (genótipo) depende da presença do gene SRY localizado no cromossoma Y. O produto da expressão desse gene é o fator determinante testicular (TDF), que promove a diferenciação testicular → Na sexta semana, o feto tem ductos genitais para ambos os sexos Ductos de Wolff para o macho• Ductos de Muller para a fêmea • → O testículo em desenvolvimento apresenta as células de Leydig (secretam testosterona, que induz a diferenciação dos ductos de Wolff na genitália interna masculina, que é o epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais e próstata)) e as de Sertoli (sintetizam e secretam o hormônio antimulleriano/hormônio inibidor mulleriano, o qual inibe o desenvolvimento dos ductos de Muller, que se diferenciariam na genitália interna feminina (tubas uterinas, útero e terço superior da vagina) → O TDF produz o desenvolvimento do testículo mas quem estimula as células de Leydig a produzir testosterona são o LH e o HCG, logo, os testículos não dependem da testosterona para se desenvolver, mas sim do TDF → Ou seja, no homem, a testosterona promove o desenvolvimento dos ductos de Wolff e o hormônio antimulleriano atrofia os ductos de Muller; na mulher, a ausência de testosterona atrofia os ductos de Wolff e a ausência do hormônio antimulleriano promove o desenvolvimento dos ductos de Muller → Os hormônios androgênicos produzidospelos testículos promovem o desenvolvimento da genitália externa masculina (saco escrotal e pênis), ao passo que a ausência desses hormônios induz o desenvolvimento da genitália externa feminina → Feminização testicular O macho genético apresenta fenótipo feminino, pois apesar de ter desenvolvido os testículos, não há receptor para a testosterona, então, há um fenótipo feminino • → A testosterona promove a transferência dos testículos até o saco escrotal Criptorquidismo A falha em completar a descida testicular para o saco escrotal- Há a produção de testosterona- Não há a espermatogênese pois esse processo depende de uma temperatura mais baixa do que a corporal - • → Síntese da testosterona No testículo a progesterona vira androstenediona• A testosterona vira diidrotestoterona (DHT) por meio da 5 -alfa-redutase, pois alguns tecidos fetais masculinos requerem testosterona para sua diferenciação enquanto outros requerem DHT (como a próstata e pênis) • → Funções Produzir e secretar hormônios androgênicos Diferenciação embrionária interna e externa- Desenvolvimento e manutenção das características sexuais secundárias Pelos ▪ Voz grossa▪ Crescimento linear▪ Aumento da massa muscular▪ etc. - • Produzir, armazenar e transportar espermatozoides e o fluido seminal• Descarregar sêmen no trato sexual feminino (ato sexual)• → Principais hormônios envolvidos no desenvolvimento e na manutenção do sistema reprodutor masculino FSH• LH• TESTOSTERONA E DHT• → Escroto e testículos Escroto Bolsa de pele/tecido subcutâneo que engloba os testículos- Possui a túnica dartos, que promove o controle da temperatura dos testículos, tentando manter a temperatura em média a 35° - • → Testículos Túbulos seminíferos: local de produção dos espermatozoides - Células de Sertoli: estimulam a espermatogênese O FSH atua sobre as células de Sertoli, não sobre as células germinativas ▪ As células germinativas não possuem receptores para testosterona e para TSH, quem possui são as células de Sertoli ▪ Função Nutrição das células germinativas ▫ Espermiação/espermiogênese: transformação espermatócitos em espermatozoides ▫ Barreira hematotesticular para proteger os espermatozoides▫ Secreção de hormônios AMH (hormônio antimulleriano) Estradiol (estimula a espermatogênese pois é preciso um pouco de estrógeno para gerar os espermatozoides; e estimula o processo de masculinização do cérebro) Inibina (é o hormônio que faz a alça de regulação do FSH) ABP ▫ ▪ - Células de Leydig Produzem testosterona ▪ - • Espermatogênese Fertilidade masculina• → Página 9 de P2 Síntese da testosterona No testículo a progesterona vira androstenediona• A testosterona vira diidrotestoterona (DHT) por meio da 5 -alfa-redutase, pois alguns tecidos fetais masculinos requerem testosterona para sua diferenciação enquanto outros requerem DHT (como a próstata e pênis) • Em casos de câncer de próstata, utiliza-se inibidores da 5-alfa-redutase• A testosterona também pode virar estradiol (pela enzima aromatase), que é o que causa ginecomastia nos homens • → Transporte O transporte ocorre via proteínas transportadoras, pois são hormônios lipossolúveis • O hormônio testosterona tem que entrar na célula para ser transformado em DHT e então finalmente atuar no núcleo da célula (os receptores são nucleares) • → Produção durante o período intrauterino A produção de testosterona começa no período intrauterino• Virilização dos ductos de Wolff (epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal)• DHT: diferenciação da próstata e pênis (mesmo que a pessoa produza testosterona não quer dizer que ela vai ter o pênis desenvolvido) • → Puberdade A puberdade é disparada pelo aumento da secreção pulsátil do GnRH pelo hipotálamo e consequentemente pelo aumento do LH e do FSH no sangue • O sistema está ativo durante o período neonatal porém entra em estado de dormência no período juvenil pré-puberdade • Maturidade sexual: marcada pela primeira ejaculação (estadiamento puberal de Tanner) • Início da puberdade: 11-12 anos• → Maturidade e senescência A maturidade sexual é alcançada quando a concentração de testosterona está alta, durante esse estágio, a produção de espermatozoides é ótima e a maioria das mudanças anatômicas já ocorreu • Iniciando os 40 anos, há gradual declínio de testosterona• Aos 50 aos há redução da produção de espermatozoides • "Andropausa": redução do desejo sexual e da capacidade de ereção, além da queda de cabelo, depressão, fadiga, obesidade, alterações na pele • → Regulação da secreção de testosterona O GnRH estimula FSH e LH• O FSH então, estimula as células de Sertoli, as quais produzem inibina para regular o FSH As células de Sertoli também produzem o ABP (proteína ligadora de andrógenos), que se liga à testosterona e impede que ela se difunda para fora do lúmen tubular - • O LH, por sua vez, estimula as células de Leydig a produzir testosterona Os hormônios andrógenos são sintetizados nas células de Leydig embora uma pequena quantidade seja produzida no córtex adrenal - A testosterona também pode estimular as células de Sertoli- Tomar testosterona pode promover a atrofia dos testículos devido à inibição do eixo hipotálamo-hipófise-gônada Caso de hipogônada, pois o LH e o FSH são hormônios tróficos, e sem ele há a diminuição da gônada ▪ - • → ABP Células de Leydig Produzem testosterona ▪ - Espermatogênese Fertilidade masculina• Ocorre nos túbulos seminíferos • Há uma produção diária de espermatozoides (se eles não forem liberados, para evitar que fiquem velhos, os espermatozoides mais antigos são absorvidos para produzir novos) • Há necessidade do estrógeno para produção dos espermatozoides • Depende do funcionamento adequado do eixo hipotálamo-hipófise-gônada• Polução noturna: homens que não se masturbam podem ter ejaculação noturna para jogar fora os espermatozoides velhos • → Epidídimo Função de maturar e transportar os espermatozoides • → Vesícula seminal e próstata Liberação de fluido alcalino (mais ou menos pH 7) para proteger os espermatozoides do pH ácido da vagina • Liberação de fluido rico em frutose para fornecer energia aos espermatozoides• Sêmen = fluidos + espermatozoides• → Reflexo para ereção O estímulo sexual para homens é diferente do das mulheres; para o homem, estímulos visuais, pensamentos e toques estimulam a ereção • Ereção: enchimento dos corpos cavernosos com sangue• A ereção é advinda de um estímulo parassimpático, porém, a ejaculação é advinda de um estímulo simpático Paraplégicos podem ter ereção mas talvez não tenham a sensibilidade- • Sildenafil (viagra) É um remédio para insuficiência cardíaca e disfunção erétil- Inibe a fosfodiesterase, o que mantém o GMPc ativo por mais tempo e consequentemente, promove a ereção - • → Sistema reprodutor feminino Na mulher, até a sexta semana de vida fetal, temos os ductos de Muller e os ductos de Wolff; porém, como não há a produção de testosterona, não é possível promover o desenvolvimento dos ductos de Wolff. Ademais, como não há células de Sertoli para produzir o hormônio antimulleriano, também não é possível atrofiar os ductos de Muller, o que promove o desenvolvimento desses ductos, os quais se diferenciarião na genitália interna feminina (tubas uterinas, útero e terço superior da vagina) → Assim como nos meninos, para a puberdade ocorrer, é preciso que a secreção de GnRH pare de ser contínua e linear e comece a ser pulsátil, estimulando a adeno-hipófise a secretar LH e FSH (também de maneira pulsátil). Com isso, dispara-se a secreção de FSH e LH pela adeno-hipófise, culminando no início dos ciclos menstruais Entretanto, alguns estudos relacionando peso corporal e início da puberdade constataram que meninas muito magras entravam na puberdade tardiamente, isso por causa da leptina, uma adipocina (hormônio produzido pelo tecido adiposo) • A leptina atua sobre o hipotálamo, estimulando-o a liberar GnRH em quantidades suficientespara ativar o eixo adeno-hipófise-gônadas, iniciando a puberdade • → No sexo feminino, primeiramente desenvolvem-se mamas, que é um fenômeno conhecido como telarca. E é o aparecimento inicial das mamas que coincide com o primeiro aumento detectável de estradiol, então, com o aumento progressivo na secreção dos hormônios gonadais, as mamas se desenvolvem. → Acompanhando a telarca, porém com um início um pouco mais tardio, desenvolvem-se os pelos púbicos e axilares (pubarca) → Por último, ocorre a menarca, que é a primeira menstruação da menina, que se inicia cerca de 2 anos após o início da telarca → Possui duas fases: fase folicular e fase lútea A fase lútea obrigatoriamente precisa ter 14 dias (o que, num ciclo menstrual de 28 dias seria considerado metade do ciclo; porém, em mulheres com ciclos curtos, como por exemplo, de 20 dias, a fase folicular dura 6 dias e a lútea, 14) • A ovulação obrigatoriamente ocorre 14 dias antes da menstruação• → Fase folicular (predominância da ação do estradiol) Ao atingir a puberdade, o eixo hipotálamo-hipófise-ovário "se desperta" e começa a secretar GnRH em forma pulsátil, estimulando a secreção de FSH e LH, sob a ação do FSH, vários folículos primários se desenvolvem desde o estágio de folículo primário até o estágio de antro, porém, apenas um desses folículos atinge o estado maduro de desenvolvimento, estando apto à ovulação • Além disso, o FSH estimula a produção de estradiol pelas células granulosas do folículo (quanto mais estradiol for produzido por esse folículo, mais sensível ao FSH ele ficará, fazendo com que ele cresça mais e produza mais estradiol e inibina) Essas quantidades de estradiol e inibina farão feedback negativo no eixo hipotálamo-hipófise, diminuindo a secreção do FSH, o que faz com que os folículos que não se desenvolveram completamente nem continuem a desenvolver - Já o folículo mais desenvolvido continua a se desenvolver por causa da sua maior sensibilidade ao FSH - • Esse FSH em junção com o estradiol aumentam a sensibilidade da teca ao LH (ou seja, é um caso de up regulation, pois se aumenta o número de receptores para o LH nas células de teca) • OBS: em uma fase inicial da vida, o FSH é maior do que o LH, porém, na puberdade, o LH passa a ser maior do que o FSH, para no final da vida, o FSH voltar a ser maior que o LH • → Ovulação→ Página 10 de P2 hormônios gonadais, as mamas se desenvolvem. Acompanhando a telarca, porém com um início um pouco mais tardio, desenvolvem-se os pelos púbicos e axilares (pubarca) → Por último, ocorre a menarca, que é a primeira menstruação da menina, que se inicia cerca de 2 anos após o início da telarca → No parênquima ovariano, encontram-se estruturas conhecidas como folículos ovarianos, que são constituídos por um gameta (ovócito primário) envolto por uma camada de células granulosas → Os ovários são órgãos que possuem folículos ovarianos em várias fases do desenvolvimento folicular (desde o estado de ovócito primário até o estágio maduro pronto para virar óvulo) → Folículos ovarianos Funções Manter e nutrir o ovócito- Expelir o ovócito (ovulação)- Preparar a vagina para o ato sexual e o útero para a implantação do zigoto- Após a implantação do zigoto, manter o suporte hormonal até a formação da placenta - • → Ciclo menstrual O ciclo menstrual são alterações cíclicas regulares da secreção hormonal que envolvem também alterações físicas no útero e ovários. Essas alterações são importantes para possibilitar a fertilização e o desenvolvimento da gravidez • Objetivos Promover, mensalmente, a maturação de um folículo, resultando na liberação de um ovócito secundário (ciclo ovariano) - Promover, mensalmente, alterações morfológicas no endométrio, tornando-o apto à implantação do zigoto (ciclo endometrial) - • → A menopausa é o período da vida da mulher em que a função dos ovários começa a diminuir Menor responsividade dos ovários às gonadotrofinas (nas mulheres, o desenvolvimento dos folículos é cessado com a idade; nos homens, pode haver redução da produção de espermatozoides, mas nunca para) • Ciclos menstruais passam a ser irregulares Ausência da menstruação e ovulação- • Na pós menopausa, a principal fonte de estrógenos é a estrona• Ondas de calor• Redução da libido • Osteoporose/osteopenia (osteopenia é perda de massa óssea porém não ao ponto de se ter osteoporose) Nas mulheres, a queda de massa óssea é muito acentuada perto da menopausa - • Com o declínio e a cessação da produção hormonal, não há mais inibina, estrógeno e progesterona para fazer o feedback negativo sobre a hipófise, então, secreta -se muito FSH e LH • → Os ovários produzem duas famílias de hormônios esteroides, os estrógenos (E) e a progesterona → Progesterona São secretados pelo corpo lúteo e pela placenta • Função Sua principal função é preparar o endométrio (angiogênese endometrial via secreção de glicoproteínas, glicolipídios e glicogênio) - Além disso, promove o desenvolvimento das mamas Durante a gravidez, a progesterona fica muito alta, o que acaba inibindo a prolactina (logo, não produz leite durante a gravidez), mas, com a saída da placenta durante o parto, há enfim a produção de leite ▪ - Age no centro termorregulador do hipotálamo Aumenta a temperatura basal em 0,5°C na fase lútea do ciclo menstrual ▪ - Aumenta a libido- Intensifica a deposição de gordura - • → Estrógenos Estradiol (mais importante) Vem da testosterona (via enzima aromatase)- • Estrona Vem da androstenediona na zona reticulada da glândula adrenal (via enzima aromatase), por isso mulheres na menopausa produzem estrógeno porém em uma quantidade muito baixa e insuficiente - • Estriol • → São secretados pelas células granulosas dos folículos ovarianos, pelo corpo lúteo e pela placenta • Função Desenvolvimento das características sexuais secundárias- Responsável pela fase folicular do ciclo menstrual Reconstrução do endométrio▪ Aumenta a sensibilidade à progesterona▪ - Preparação da vagina (reepitelização do canal vaginal)- Desenvolvimento da glândula mamária- Estimula os osteoblastos e a síntese de colágeno I Estimula o fechamento das placas epífisárias (também estimula no homem), ou seja, estimula a deposição de cálcio no osso ▪ Após a gravidez, ou na menopausa, como não há a produção desses hormônios, a mulher tende a ter osteoporose ▪ - Aumenta o HDL e diminui o LDL (mulheres tendem a ter menos problemas cardiovasculares até a menopausa) - Deposição de gordura subcutânea em mamas, nádegas, coxas...- • para o LH nas células de teca) OBS: em uma fase inicial da vida, o FSH é maior do que o LH, porém, na puberdade, o LH passa a ser maior do que o FSH, para no final da vida, o FSH voltar a ser maior que o LH • Ovulação O LH é muito importante para o crescimento final do folículo e a ovulação• Os estrógenos, cuja secreção aumenta no final da fase folicular, estimulam a secreção de GnRH (é um caso de feedback positivo), assim, a hipófise secreta uma grande quantidade de FSH e LH, gerando um aumento acentuado na liberação de LH (e também de FSH, mas o aumento do FSH não é tão significativo porque ele está sofrendo ação do feedback negativo feito pela inibina) • Esse pico de LH é o que promove a ovulação, que é expelir o ovócito secundário para fora do folículo • LH Estimula a ovulação- Estimula a luteinização do folículo - • → Anticoncepcional: doses constantes de hormônio, o que impede que haja o pico de estrógeno para promover a ovulação • Fase lútea (predominância da ação da progesterona) Após a ovulação, o ovócito secundário foi para as tubas uterinas e o resto do folículo ficou no ovário. Esse resto de folículo, sob ação principalmente do LH, sofre um processo de luteinização (as suas células aumentam de tamanho e são preenchidas com lipídios, garantindo uma coloração amarelada, que é o corpo lúteo, uma nova estrutura endócrina) • O corpo lúteo secreta estrógeno e progesterona,
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