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Rodada 13 (Direito
Administrativo, Direito
Penal e Contabilidade)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
Autor:
Rodada 13 (Direito
Administrativo, Direito Penal e
Contabilidade)
31 de Julho de 2020
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
[Nome da empresa] 
[Título do documento] 
[Subtítulo do documento] 
Ricardo Torques 
[Data] 
 
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Sumário 
LISTA DE QUESTÕES ........................................................................................................................................................... 3 
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................................ 3 
DIREITO PENAL .................................................................................................................................................................. 6 
CONTABILIDADE ............................................................................................................................................................. 10 
QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................................................... 14 
DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................................................... 14 
DIREITO PENAL ............................................................................................................................................................... 35 
CONTABILIDADE ............................................................................................................................................................ 54 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Essa é a 13ª Rodada do “Projeto Rodadas Avançadas PCDF”. São 45 questões inéditas das 
disciplinas Direitos Administrativo, Direito Penal e Contabilidade. 
Esse curso destina-se a você aluno intermediário ou avançado e que pretende fazer uma 
preparação de alto nível nessa reta final da PCDF. 
Os cadernos de questões serão disponibilizados todos os dias em nosso Sistema de Questões, 
às 08:00h da manhã. Gostaríamos de sugerir que faça as questões em nosso SQ e que participe 
do nosso Ranking. 
Iremos sempre disponibilizar aqui na área do aluno um arquivo em PDF com as questões 
comentadas, bem como a correção em vídeo pelos professores. 
Nas videoaulas, além de corrigir as questões, os professores também irão aproveitar para 
abordar pontos relevantes de suas disciplinas. 
Esse arquivo em PDF é dividido em 2 (duas) partes: 
• Lista de Questões: nessa parte, vocês encontrarão as questões sem os comentários. 
• Questões comentadas: nessa parte, vocês encontrarão os comentários feitos pelos 
professores a cada uma das questões. 
Esperamos que esse projeto “Rodadas Avançadas PCDF” seja o grande divisor de águas na sua 
aprovação!!! 
Conte conosco nessa jornada!!! 
Abraços e bons estudos, 
Ricardo Vale 
 
 
Acesse a Rodada 13 no Estratégia Questões: 
https://bit.ly/Rodada-PCDF-13 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Herbert Almeida 
 
Em relação às licitações públicas, julgue os itens seguintes. 
1. A obrigatoriedade da realização de procedimento licitatório pela administração 
pública decorre de previsão constitucional, que estabelece como sendo da União a 
competência para elaboração de normas gerais de licitação e contratação públicas. 
 
2. Todos os três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - submetem-se às regras 
de licitação para contratação de obras e serviços. 
 
3. A licitação garante, de forma absoluta, a observância do princípio da isonomia. 
 
4. O conteúdo das propostas deverá ser mantido em sigilo, até a data marcada para a 
abertura das propostas, a despeito da necessidade de observância do princípio da 
publicidade. 
 
5. É vedada a indicação, em qualquer caso, de marca na aquisição de bens pela 
administração, assim como do estabelecimento de preferências entre os licitantes, em 
decorrência da vedação ao tratamento diferenciado entre empresas brasileiras e 
estrangeiras. 
 
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6. Caso não resolvido o empate na licitação, após a aplicação dos critérios estabelecidos 
em lei para desempate das propostas apresentadas, a legislação prevê a escolha do licitante 
vencedor através de um sorteio. 
 
7. A apresentação prévia do projeto executivo é condição essencial para a realização do 
procedimento licitatório. 
 
8. A licitação para contratação de serviços técnicos especializados deve 
obrigatoriamente ser realizada pela modalidade concurso, e ser remunerada através de 
prêmio ou remuneração previamente estabelecidos. 
 
9. É causa de nulidade do procedimento a realização de compras sem a indicação dos 
recursos orçamentários para seu pagamento. 
 
10. Suponha que a autoridade competente de determinada autarquia pretenda alienar o 
edifício sede da entidade para outra entidade pública do mesmo ente. Nesse caso, a venda 
dependerá de autorização legislativa, avaliação prévia e licitação, na modalidade 
concorrência. 
 
11. Os imóveis recebidos pela administração como forma de pagamento de dívidas dos 
administrados (dação em pagamento) podem ser alienados através das modalidades 
concorrência ou leilão. 
 
12. A autarquia X iniciou procedimento licitatório para a execução de obras para 
expansão do seu edifício sede. A obra envolverá etapas complexas, razão pela qual estima-
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se que o valor da contratação fique acima de R$ 4 milhões. Nessa situação, a modalidade 
licitatória cabível será a concorrência. 
 
13. Diante da situação de calamidade enfrentada pelo Estado X, após a passagem de um 
ciclone tropical, foi necessária a contratação emergencial de diversos serviços de 
manutenção das vias públicas. Nesse caso, a administração poderá dispensar o 
procedimento licitatório, desde que os serviços possam ser concluídos no prazo máximo de 
cento e oitenta dias, contados da ocorrência da calamidade. 
 
14. A administração está vinculada às regras do edital de licitação, de forma que, em caso 
de descumprimento das regras do instrumento convocatório, na fase de habilitação, 
qualquer licitante poderá impugnar o edital, quando encontradas irregularidades. 
 
15. São modalidades de licitação o menor preço, o maior lance ou oferta, a técnica e 
preço e a melhor técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
Renan Araújo 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
16. O crime de peculato-apropriação se caracteriza independentemente da natureza 
pública do dinheiro, valor ou bem móvel, desde que o funcionário público tenhaa posse 
em razão do cargo e dele venha a se apropriar. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
17. O crime funcional de inserção de dados falsos em sistema de informações se 
caracteriza quando o funcionário público autorizado insere ou facilita a inserção de dados 
falsos, altera ou exclui indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou 
bancos de dados da administração pública, não sendo necessário dolo específico para a 
configuração de tal delito. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
18. O conceito de funcionário público para fins penais é bastante amplo, englobando 
aqueles que exercem cargo, emprego ou função pública, como os jurados, mesários, tutores 
e curadores. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
19. Situação hipotética: José, funcionário público lotado no TJDFT, ao organizar sua mesa 
de trabalho em determinada segunda-feira, acabou por jogar no lixo alguns papéis inúteis, 
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bem como jogou no lixo, por descuido, um alvará judicial que havia sido expedido na 
semana anterior e aguardava retirada pela parte interessada. 
Assertiva: nesse caso, a conduta de José configura fato atípico. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
20. Embora não haja previsão legal, é aplicável aos dirigentes de autarquias a causa de 
aumento de pena de um terço em caso da prática de crimes funcionais, segundo 
entendimento consolidado do STJ, pelo princípio da proporcionalidade. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
21. A conduta do agente público que utiliza bens pertencentes à administração pública 
para fins particulares deve ser tipificada como peculato-desvio, eis que o desvio de 
finalidade é suficiente para a configuração da conduta típica. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
22. O crime de peculato-furto se configura quando o agente público, embora não tendo 
a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, sendo indispensável que se valha de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
23. O crime de peculato culposo se verifica quando o agente público concorre 
culposamente para o crime alheio, mas será extinta a punibilidade caso o agente repare 
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integralmente o dano causado à administração pública até o recebimento da denúncia; caso 
a reparação do dano seja posterior, haverá redução de pena pela metade. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
24. Situação hipotética: José, oficial de Justiça, dirigiu-se à casa de Bruna para cumprir 
mandado de busca e apreensão. Lá chegando, recebeu de Bruna a proposta indecorosa de 
não cumprir o mandado judicial, em troca de R$ 20.000,00, a serem pagos na semana 
seguinte. José aceitou a oferta e não cumpriu o mandado. Bruna, porém, se mudou nos 
dias que se sucederam e não deixou seu novo paradeiro, não chegando a pagar a quantia 
acordada com José. 
Assertiva: José deverá responder pelo crime de corrupção passiva consumada, com causa 
de aumento de pena de um terço. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
25. A diferença fundamental entre os crimes de concussão e corrupção passiva reside na 
conduta do funcionário público, que na concussão exige vantagem indevida, para si ou para 
outrem, enquanto na corrupção passiva apenas solicita, recebe ou aceita promessa de 
vantagem indevida. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
26. O crime de facilitação de contrabando ou descaminho é crime próprio, exigindo do 
agente a qualidade de funcionário público, ainda que não tenha o específico dever de agir 
para evitar a prática de contrabando ou descaminho. 
 
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==18bd6c==
 
 
 
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No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
27. O crime de prevaricação se configura quando o funcionário público retarda ou deixa 
de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica contra disposição expressa de lei, 
ainda que não haja algum interesse específico a nortear a conduta do agente. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
28. Situação hipotética: José, fiscal de posturas do Município de Santos-SP, abordou 
Maria, uma pedestre que caminhava pela orla sem o uso de máscara no rosto, contrariando 
as normas municipais de combate à pandemia de COVID-19 e sujeitando o infrator ao 
pagamento de multa. Abordada, Maria se recusou a colocar a máscara, alegando não 
possuir, e pediu a José que não lavrasse a multa, por ser pessoa de baixa renda. José, então, 
cedeu ao pedido de Maria e não lavrou a respectiva multa. 
Assertiva: nesse caso, José praticou o crime de corrupção passiva privilegiada. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
29. O crime de advocacia administrativa se configura quando o funcionário público 
patrocina interesse privado perante a administração pública, valendo-se de sua qualidade 
de funcionário público, ainda que o interesse patrocinado seja legítimo. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
30. Para a configuração do crime de condescendência criminosa é necessário que o 
agente público tenha atribuição legal para aplicar a penalidade ao subordinado faltoso. 
 
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CONTABILIDADE 
Júlio Sande 
 
31. Com relação aos critérios estabelecidos pela legislação societária em relação à 
classificação de itens no balanço patrimonial de uma sociedade anônima, julgue o próximo 
item. 
A parcela não subscrita do capital social é apresentada no patrimônio líquido, de modo a 
retificar o saldo do capital já subscrito pela empresa. 
 
32. Em relação a demonstrações contábeis, seus grupos componentes e avaliação de 
investimentos, julgue o próximo item. 
Do total do capital subscrito na constituição de uma sociedade, pelo menos 20% devem ser 
integralizados em dinheiro; e o restante, em bens que possam ser avaliados em dinheiro. 
 
33. Acerca das sociedades anônimas, julgue o item seguinte. 
A reserva legal da companhia poderá ser utilizada para a compensação de prejuízos e para 
a distribuição de dividendos. 
 
34. Suponha‐se que, ao final do exercício,uma companhia apresenta as seguintes 
informações no seu patrimônio líquido(em R$ 1,00): 
‐ Capital Social: 100.000; 
‐ Reserva Legal: 19.000; 
Tendo em vista que a empresa apurou um lucro de 50.000,00 ela deverá constituir uma 
reserva legal de R$ 1.000,00. 
 
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35. Considerando as disposições aplicáveis ao patrimônio líquido de companhias abertas, 
julgue o item subsequente. 
Um dos requisitos para a criação de reservas estatutárias é o estabelecimento de um limite 
mínimo de valor. 
 
36. Considerando as disposições aplicáveis ao patrimônio líquido de companhias abertas, 
julgue o item subsequente. 
As reservas para contingências são constituídas com a finalidade de compensar, em 
exercício futuro, diminuições do lucro decorrentes de perdas consideradas prováveis cujo 
valor possa ser estimado. 
 
37. Julgue o item, relativo a os impactos no patrimônio de uma companhia aberta. 
A reversão de uma reserva para contingências, que ocorre no exercício em que deixem de 
existir as razões que justificaram sua constituição ou em que se verifique a perda, é um 
evento que altera o patrimônio líquido da empresa envolvida na transação. 
 
38. A respeito das reservas que compõem o patrimônio líquido e do método das partidas 
dobradas, julgue o item a seguir. 
A reserva de lucros a realizar pode ser constituída toda vez que a empresa não tiver recursos 
para pagar os dividendos obrigatórios. 
 
39. A respeito dos conceitos avançados de contabilidade geral, julgue o item 
subsequente. 
Para que uma empresa possa distribuir dividendos, obrigatoriamente ela deve ter auferidos 
lucros no período. 
 
40. Com base no que dispõe a legislação sobre sociedades por ações, julgue o item 
subsequente. 
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O saldo das reservas legal, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, pode ultrapassar o 
saldo da conta capital social. 
 
41. As ações em tesouraria representam ações da empresa que ela mesmo adquire. Os 
ganhos e perdas nas transações com operações em tesouraria não alteram o resultado da 
empresa. 
 
42. Julgue o item seguinte, relativo as reservas de cpaital 
A reserva de capital é representada por valores recebidos pela empresa que não transitaram 
no resultado do exercício. São reservas de capital composta o ágio na emissão de ações, o 
produto de alienação de partes beneficiárias e o produto de alienação de bônus de 
subscrição, 
 
43. Com relação a apuração e destinação do resultado, julgue o item a seguir 
Caso uma empresa apure prejuízo em determinado exercício, esse prejuízo deve ser 
absorvido obrigatoriamente, e nessa ordem, pelos lucros acumulados, reservas de lucro, 
reserva legal e reservas de capital. 
 
44. Suponha que uma empresa apresenta o patrimônio líquido abaixo: 
Capital – 100.000,00 
Reservas de contingência – 20.000,00 
Reserva Legal – 15.000,00 
Reserva de Capital – 10.000,00 
Em determinado exercício a companhia apura um prejuízo de R $ 30.000,00. 
Após a compensação do prejuízo, a empresa irá apresentar o seguinte patrimônio líquido: 
Capital – 100.000,00 
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Reserva Legal – 15.000,00 
 
45. A respeito de legislação contábil e contabilidade econômico‐financeira, julgue o item. 
Os valores dos ajustes de avaliação patrimonial compõem o patrimônio líquido da entidade 
e podem ter saldo devedor ou credor. 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Herbert Almeida 
 
Em relação às licitações públicas, julgue os itens seguintes. 
1. A obrigatoriedade da realização de procedimento licitatório pela administração 
pública decorre de previsão constitucional, que estabelece como sendo da União a 
competência para elaboração de normas gerais de licitação e contratação públicas. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: a regra da necessidade de contratação de serviços e obras através de 
procedimento licitatório decorre da previsão do art. 37, XXI da CF/88, que diz que: 
art. 37 [...] XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que 
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, 
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
Ademais, a CF/88 também prevê como sendo da União a competência para o estabelecimento 
de normas gerais de licitação e contratação, nos termos do art. 22, XXVII: 
art. 22 [...] XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
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Portanto, está correto o item. 
Sobre esse tema, é importante destacar que a competência da União, estabelecida pela 
Constituição, diz respeito à edição de “normas gerais”. Por isso, os estados, DF e municípios 
podem dispor sobre normas específicas, independentemente da delegação prevista no art. 22, 
parágrafo único da CF. Nesse caso, a única exigência é que os estados, o DF e os municípios 
observem o disposto nas normas gerais da União. Vale destacar que a União também pode 
legislar sobre normas específicas de licitações, mas estas disposições apenas serão aplicáveis à 
própria União. 
 
2. Todos os três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - submetem-se às regras 
de licitação para contratação de obras e serviços. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: nos termos do art. 1º da Lei 8.666/93: 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos 
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da 
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as 
empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Nesse sentido, podemos perceber que a Lei de Licitações aplica-se sim aos três poderes, que 
devem licitar quando desejarem firmar contratos com terceiros. 
Acerca da abrangência da Lei de Licitações, é importante destacar a situação relativa às empresas 
públicas e sociedades de economia mista. Nos termos do art. 173, § 1º, III, da CF, compete à 
União elaborar o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de 
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suas subsidiáriasque explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens 
ou de prestação de serviços. Tal estatuto consta na Lei 13.303/2016, que dispõe, entre outras 
coisas, sobre o regime de “licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 
observados os princípios da administração pública” específico para as empresas estatais. 
Contudo, expressamente, a Lei de Licitações prevê a sua aplicação para toda a administração 
direta e indireta, incluindo “as empresas públicas, as sociedades de economia mista”. No entanto, 
tecnicamente, ela não se aplica mais integralmente às empresas estatais, pois estas estão sujeitas 
ao regime da Lei 13.303/2016. 
Assim, podemos resumir da seguinte forma as normas gerais de licitações: 
administração direta, autárquica e fundacional: aplicação integral da Lei 8.666/1993; 
empresas públicas e sociedades de economia mista: 
Lei 13.303/2016: como norma principal (primária) 
Lei 8.666/1993: 
nos casos expressamente determinados pela Lei 13.303: (i) critério de desempate 
previsto no art. 3º, § 2º; (ii) disposições penais previstas nos arts. 89 a 99. 
subsidiariamente (entendimento doutrinário). 
Em resumo, a questão está correta, já que todos os Poderes se submetem às regras sobre 
licitações públicas 
 
3. A licitação garante, de forma absoluta, a observância do princípio da isonomia. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: a licitação objetiva sim realizar as contratações públicas através de um 
procedimento mais isonômico entre os participantes, como forma de aumentar a competição e 
melhor atender ao interesse público. Contudo, o princípio da isonomia não é absoluto. 
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O art. 3º da Lei de Licitações dispõe sobre as finalidades e os princípios aplicáveis ao 
procedimento licitatório: 
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção 
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação 
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
Podemos notar que há destaque quanto à necessidade de se garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia. Nesse sentido, o procedimento deve proporcionar igualdade entre 
os participantes no procedimento licitatório. O princípio da isonomia é decorrência do princípio 
da impessoalidade e significa que a administração deve assegurar a todos igualdade de 
condições para que possam comprovar que atendem às exigências do poder público, estando 
aptos a fornecer o bem, prestar o serviço, realizar a obra, etc. 
No entanto, esse princípio sofreu flexibilização a partir da Lei 12.349/2010, uma vez que essa Lei 
incluiu possibilidades de se instituir margem de preferência para determinados candidatos. 
Portanto, não se pode afirmar que é um princípio absoluto (aliás, vale destacar que nenhum 
princípio é absoluto). 
Além dessa exceção, a lei ainda traz outras situações em que referido princípio é flexibilizado, 
vejamos no resumo a seguir: 
 
Resumidamente, os §§ 3º e 5º ao 14 do art. 3º da Lei de Licitações tratam de exceções ao 
princípio da isonomia, pois estabelecem critérios que buscam privilegiar empresas que 
estejam em situações jurídicas específicas. Esses casos são, basicamente, os seguintes: 
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§ 3º -> critério de desempate 
§§ 5º ao 10 -> margem de preferência 
§ 11 -> medidas de compensação 
§ 12 -> licitação restrita à tecnologia desenvolvida no país e produzidas de acordo c/ o 
PPB 
§ 14 -> tratamento diferenciado e favorecido para ME e EPP 
Por fim, para encerrar o assunto, é importante relembrar as demais finalidades da licitação, que 
são: 
• seleção da proposta mais vantajosa: a proposta mais vantajosa é aquela que atende da 
melhor maneira às necessidades da entidade e do interesse público, o que nem sempre 
será o menor preço; 
• promoção do desenvolvimento nacional sustentável: devido ao grande impacto que as 
compras governamentais têm na economia. As licitações públicas devem buscar o 
desenvolvimento econômico e o fortalecimento de cadeias produtivas de bens e serviços 
domésticos, com vistas à instituição de incentivos à pesquisa e à inovação. 
 
 
4. O conteúdo das propostas deverá ser mantido em sigilo, até a data marcada para a 
abertura das propostas, a despeito da necessidade de observância do princípio da 
publicidade. 
Gabarito: Certo. 
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Comentários: conforme art. 3º, § 3º, a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis 
ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a 
respectiva abertura. 
Então, temos a publicidade como regra, e o sigilo como exceção. O procedimento, como um 
todo, deverá ser público, mas o conteúdo das propostas, até a data da abertura, será mantido 
em sigilo. Daí decorre a aplicação de mais um princípio, que é o do sigilo das propostas. A partir 
da abertura das propostas, na sessão pública de classificação e julgamento, o conteúdo das 
propostas também será tornado público. 
Portanto, está correto o item. 
 
5. É vedada a indicação, em qualquer caso, de marca na aquisição de bens pela 
administração, assim como do estabelecimento de preferências entre os licitantes, em 
decorrência da vedação ao tratamento diferenciado entre empresas brasileiras e 
estrangeiras. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: de fato, o art. 3º, § 1º, veda que o agente público estabeleça tratamento 
diferenciado e que admita, preveja, inclua ou tolere cláusulas ou condições que comprometam, 
restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do procedimento licitatório. 
Ademais, nos termos do art. 7º, § 5º da Lei de Licitações e Contratos - LLC, é vedada a realização 
de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características 
e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda 
quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração 
contratada, previsto e discriminado no ato convocatório. 
O art. 15, § 7º, também reforça que, em regra, é vedada a indicação de marca: 
Art. 15 [...] § 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda: I - a especificação 
completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; 
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Assim, como regra, é vedada a indicação de marca nas licitações. 
No entanto, tal indicação será possível em casos específicos. Seja quando houver uma 
padronização (exemplo: padronizar a utilização de carros de mesma marca, para facilitar a 
realização da manutenção dos veículos de um órgão que realiza muitos deslocamentos pelo 
Brasil). Ou ainda quando somente uma marca atender ao que a administração necessita 
(exemplo: determinado órgão opera um sistema específico, que só roda em computadores da 
Apple). Por fim, a indicação de marca também pode servir como referência, para auxiliar na 
explicação do produto. Nesse último caso, haverá a necessidade de indicar que poderá ser 
ofertadoproduto similar ou de melhor qualidade (exemplo: caneta esferográfica azul, estilo 
"Bic"); 
Dessa forma, a indicação de marca é admitida em três situações: 
(i). em decorrência da necessidade de padronização do objeto; 
(ii). quando determinada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor for a 
única capaz de atender às necessidades da entidade contratante; ou 
(iii). quando a descrição do objeto a ser licitado puder ser melhor compreendida pela 
identificação de determinada marca ou modelo aptos a servir como referência, situação em 
que será obrigatório o acréscimo da expressão “ou similar ou de melhor qualidade”. 
Por fim, não se admite, em regra, o estabelecimento de preferências entre empresas brasileiras 
e estrangeiras. Porém, nos casos previstos em lei, será possível estabelecer preferências, sendo 
que os critérios de desempate e a margem de preferência são exemplos disso (art. 3º, §§ 2º e 
5º ao 10). 
Portanto, está errado o item. 
 
6. Caso não resolvido o empate na licitação, após a aplicação dos critérios estabelecidos 
em lei para desempate das propostas apresentadas, a legislação prevê a escolha do licitante 
vencedor através de um sorteio. 
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Gabarito: Certo. 
Comentários: a legislação prevê que, em igualdade de condições, como critério de desempate, 
será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços (art. 3º, §2º): 
II – produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras; 
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País; 
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva 
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da 
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. 
Vale lembrar que os critérios serão aplicados exatamente na ordem acima, de forma sucessiva 
(um de cada vez, iniciando pelo primeiro critério se seguindo para os demais quando o anterior 
não resolver o empate). 
No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto acima, a 
classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os 
licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo (art. 45, §2º). 
Portanto, correto o item. 
Mnemônico: “produzidos – por empresas – que invistam – e reservem acessibilidade”. 
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7. A apresentação prévia do projeto executivo é condição essencial para a realização do 
procedimento licitatório. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão 
ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência: 
I - projeto básico; 
II - projeto executivo; 
III - execução das obras e serviços. 
Ademais, o § 1º determina que a execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da 
conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, 
à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a 
execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração. 
Devemos ter em mente, então, que a elaboração de projeto executivo não é requisito para a 
realização da licitação, uma vez que pode ser executado em conjunto com a execução da obra 
ou serviço. O projeto executivo define “como será executado”. 
Critérios de 
desempate
1) produzidos no País
2) empresas brasileiras
3) invistam em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no País
4) reserva de vagas (pessoa c/ deficiência ou reabilitado
previdência social) + acessibilidade
5) sorteio (art. 45, § 2º)
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Já o projeto básico é o instrumento que basicamente define o que será licitado. Por isso é 
indispensável, já que serve de instrumento mínimo para o planejamento e elaboração das 
propostas. O projeto básico é sempre exigido (no âmbito da Lei 8.666/93) para obras e serviços, 
mas não constitui exigência para as compras. 
Portanto, está errado o item. 
 
8. A licitação para contratação de serviços técnicos especializados deve 
obrigatoriamente ser realizada pela modalidade concurso, e ser remunerada através de 
prêmio ou remuneração previamente estabelecidos. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: nos termos do art. 13, §1º, ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, 
os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, 
preferencialmente (e não obrigatoriamente) ser celebrados mediante a realização de concurso, 
com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. 
A contratação de serviços técnicos profissionais especializados pode ocorrer por várias formas, 
conforme exemplos a seguir: 
▪ inexigibilidade: nesse caso, além de ser um serviço técnico, deverá ser de natureza 
singular e terá que ser prestado por empresa de notória especialização, nos termos do 
art. 25, II e § 1º, da Lei 8.666/93; 
▪ modalidade concurso: é a modalidade de licitação preferencial, mas não obrigatória, 
para a contratação de serviços técnicos (art. 13, § 1º; c/c art. 22. § 4º); 
▪ outras modalidades: é possível também adotar a concorrência, tomada de preços ou 
convite, desde que observados os limites de valores. Nesse caso, admite-se o emprego 
dos tipos de licitação de melhor técnica ou de técnica e preço, nos termos do art. 46, 
caput, da Lei de Licitações. 
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A inexigibilidade ocorre quando há inviabilidade de competição, ou seja, não é possível realizar 
um procedimento competitivo em virtude das condições da situação (por exemplo: só houver 
apenas um fornecedor). 
Sobre a inexigibilidade, a lei dispõe que será inexigível a licitação quando houver inviabilidade 
de competição, em especial nas situações exemplificativamente mencionadas nos incisos do art. 
25: 
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser 
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a 
preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de 
atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria 
a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, 
ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de 
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a 
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; 
III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou 
através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou 
pela opinião pública. 
 
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9. É causa de nulidade do procedimento a realização de compras sem a indicação dos 
recursos orçamentários para seu pagamento. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: nos termos do art. 14, nenhuma compra será feita sem a adequada 
caracterização de seu objetoe indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, 
sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. 
Para as compras, a lei estabelece uma série de diretrizes, destacando que, sempre que possível, 
deverão: 
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I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de 
especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as 
condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; 
II - ser processadas através de sistema de registro de preços; 
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor 
privado; 
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as 
peculiaridades do mercado, visando economicidade; 
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da 
Administração Pública. 
Destaca-se, nesse ponto, o sistema de registro de preços - SRP. O SRP é conjunto de 
procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de 
bens, para contratações futuras (Decreto 7.892/2013, art. 2º, I). Dessa forma, o SRP funciona 
como uma "lista", que terá a indicação: (i) fornecedor; (ii) do preço; (iii) das quantidades. 
Imagine, por exemplo, que você compra canetas marca-texto com frequência. Ao invés de fazer 
orçamento todo mês para a aquisição, você poderia "firmar", com a sua papelaria predileta, um 
"registro de preços". Assim, toda vez que você precisasse da caneta marca-texto, bastaria ligar 
para o seu fornecedor (a papelaria). A administração também faz isso, especialmente quando 
precisa realizar contratações frequentes (além de outras situações). 
No caso de licitação para SRP, a administração não precisa indicar previamente os recursos 
orçamentários, mas será obrigada a fazê-lo para firmar o contrato decorrente do SRP. Assim, na 
prática, na hora de realizar a compra (por intermédio do contrato), a administração terá também 
a necessidade de indicar a dotação orçamentária. 
Por fim, é importante saber que o SRP deve observar como condição que: a seleção deve ser 
feita mediante concorrência ou pregão; e a validade do registro não pode ser superior a um 
ano. 
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10. Suponha que a autoridade competente de determinada autarquia pretenda alienar o 
edifício sede da entidade para outra entidade pública do mesmo ente. Nesse caso, a venda 
dependerá de autorização legislativa, avaliação prévia e licitação, na modalidade 
concorrência. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: nesse caso, a licitação será dispensada, nos termos do art. 17, I, ‘e’ (venda a outro 
órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo). Esse artigo prevê 
casos em que, apesar de ser viável a competição, a Lei determina que não se realize licitação. 
Ademais, todas as situações de licitação dispensada se referem à alienação de bens imóveis 
ou móveis, previstas respectivamente nos incisos I e II do artigo 17. Não quer dizer que todas 
as situações de alienação são de licitação dispensada, mas que todos os casos de licitação 
dispensada são de alienação de bens. 
A licitação dispensada possui as seguintes características: 
a) uma forma de contratação direta, ou seja, é uma exceção ao dever de licitar; 
b) a decisão é vinculada, isto é, a autoridade terá que dispensar (não tem outra opção) 
c) o rol enumerado no art. 17 da Lei de Licitações é exaustivo (taxativo), ou seja, todas as 
situações de licitação dispensada estão enumeradas nesse artigo; 
d) o inciso I do art. 17 trata de alienação de bens imóveis, já o inciso II trata de alienação de 
bens móveis. 
Agora, vamos falar um pouco sobre a alienação (venda) de bens. Quando se tratar de bens 
imóveis, para a administração direta, autárquica e fundacional, exige-se: 
1. autorização legislativa; 
2. existência de interesse público devidamente justificado; 
3. avaliação prévia; 
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4. licitação na modalidade de concorrência, admitindo-se o leilão nos casos previstos no 
artigo 19 da Lei (bens oriundos de dação em pagamento ou procedimentos judiciais); 
Para as empresas públicas e sociedades de economia mista não se exige autorização legislativa, 
sendo ainda que a Lei 13.303/2016 prevê regras específicas para a alienação das empresas 
estatais. 
Tratando-se de bens móveis, exige-se: 
1. existência de interesse público devidamente justificado; 
2. avaliação prévia; 
3. licitação – neste caso a Lei não especifica a modalidade. Mas é possível utilizar o leilão 
para móveis cuja avaliação não ultrapasse R$ 1,43 milhão. Acima desse valor, a modalidade 
será a concorrência. 
 
 
11. Os imóveis recebidos pela administração como forma de pagamento de dívidas dos 
administrados (dação em pagamento) podem ser alienados através das modalidades 
concorrência ou leilão. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: isso mesmo. O artigo 19 da LLC dispõe que os bens imóveis da Administração 
Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, 
poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: 
1. avaliação dos bens alienáveis; 
2. comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; 
3. adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. 
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Assim, a alienação de bens imóveis, quando a aquisição decorrer de dação em pagamento ou 
procedimento judicial, não exige autorização legislativa. Além disso, é possível utilizar a 
concorrência ou o leilão. 
Sobre a dação em pagamento, também é prevista como hipótese de licitação dispensada para 
alienação de bens imóveis. Contudo, os arts. 17, I, “a” e 19, III, são essencialmente distintos. 
No caso do art. 17, é a Administração quem “faz” a dação em pagamento, dando um imóvel 
público para quitar uma dívida. Nesse caso, a licitação é dispensada. 
Já no caso do art. 19, a Administração é quem “recebe” a dação em pagamento, pois um 
particular que lhe deve quita uma dívida com um imóvel. 
Quando for vender o bem depois de ter recebido do particular, a administração deve fazer por 
meio de concorrência ou leilão, na forma do art. 19, III. 
 
12. A autarquia X iniciou procedimento licitatório para a execução de obras para 
expansão do seu edifício sede. A obra envolverá etapas complexas, razão pela qual estima-
se que o valor da contratação fique acima de R$ 4 milhões. Nessa situação, a modalidade 
licitatória cabível será a concorrência. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: a concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na 
fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto (art. 22, § 1º). 
Acerca dos valores, é aplicada para obras e serviços de engenharia acima de R$ 3,3 milhões ou 
compras e demais serviços acima de R$ 1,43 milhão. 
Está correto o item, portanto. 
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Quanto aos valores das modalidades, devemos lembrar que houveatualização por intermédio 
do Decreto 9.412, de 18 de junho de 2018, do Presidente da República, com fundamento no 
art. 120 da Lei de Licitações: 
Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder 
Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como 
limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período. 
Dessa forma, apesar de a Lei de Licitações não ter sofrido alteração textual, os valores nela 
mencionados não são mais adotados. Vale dizer: textualmente, a Lei de Licitações ainda 
menciona os valores antigos, uma vez que um Decreto não altera uma Lei. Porém, ainda assim, 
os valores “reais” foram atualizados. 
Os valores instituídos pelo Decreto 9.412/2018 são os seguintes (já mencionando os valores 
para os casos de dispensa de licitação por baixo valor, previstos no art. 24, I e II): 
Modalidades conforme o valor (Decreto 9.412/2018) 
 Obras / serviços de engenharia Compras e demais serviços 
Concorrência + R$ 3,3 milhões + R$ 1,43 milhão 
Tomada de preços Até R$ 3,3 milhões Até R$ 1,43 milhão 
Convite Até R$ 330 mil Até R$ 176 mil 
Dispensa por baixo 
valor 
Até R$ 33 mil Até R$ 17,6 mil 
Lembre-se, ainda, que vale a regra do "quem pode mais pode menos", ou seja, onde couber 
convite, cabe a TP, e em qualquer caso cabe a concorrência. Por isso que, na prática, a 
concorrência serve para qualquer valor estimado de contratação. 
 
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13. Diante da situação de calamidade enfrentada pelo Estado X, após a passagem de um 
ciclone tropical, foi necessária a contratação emergencial de diversos serviços de 
manutenção das vias públicas. Nesse caso, a administração poderá dispensar o 
procedimento licitatório, desde que os serviços possam ser concluídos no prazo máximo de 
cento e oitenta dias, contados da ocorrência da calamidade. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: isso mesmo. A administração pode dispensar a licitação nas situações enumeradas 
no art. 24 da Lei de Licitações. 
A licitação dispensável é aquela em que o legislador permite que o administrador opte entre 
licitar ou contratar diretamente. Trata-se, portanto, de decisão discricionária da autoridade 
competente, com base nas situações taxativamente previstas no art. 24. 
A situação da questão está prevista no inciso IV: 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada 
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer 
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou 
particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação 
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser 
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e 
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a 
prorrogação dos respectivos contratos; 
Está correto, portanto, o item. 
 
14. A administração está vinculada às regras do edital de licitação, de forma que, em caso 
de descumprimento das regras do instrumento convocatório, na fase de habilitação, 
qualquer licitante poderá impugnar o edital, quando encontradas irregularidades. 
Gabarito: Errado. 
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Comentários: essa é uma pegadinha das mais maldosas. Talvez você não encontre uma questão 
nesses termos na prova, mas certamente ela vai servir para você ficar atento à diferença entre 
o recurso e a impugnação. Vamos lá! 
De fato, a administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha 
estritamente vinculada, com base no princípio da vinculação ao instrumento convocatório 
(art. 41). Se, em algum momento, a administração descumprir as regras do edital, caberá a 
interposição de recurso, na forma do art. 109 da Lei de Licitações. 
Por outro lado, a impugnação (que não é um recurso), ocorre quando um licitante ou um 
cidadão não concorda com os termos do edital. Por exemplo: se a administração coloca uma 
cláusula restritiva indevida no edital. 
Fazendo um paralelo ao "mundo dos concursos", você poderia impugnar um edital se ele 
estivesse exigindo uma lei revogada. Por outro lado, você iria interpor um recurso se, na prova 
objetiva, a banca cobrasse um item que não estava no edital. Percebe como são momentos 
distintos? 
Ademais, sobre a impugnação do edital, a lei prevê duas situações distintas: quando o cidadão 
pode impugnar, e quando o licitante pode impugnar. 
A lei diz que qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por 
irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até cinco dias úteis antes 
da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a administração julgar e 
responder à impugnação em até três dias úteis. 
Quanto ao licitante, a previsão é de que decairá do direito de impugnar os termos do edital 
de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que 
anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes 
com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão. Nessa 
hipótese, tal comunicação não terá efeito de recurso (art. 41, § 2º). 
Assim, uma vez publicado, o edital pode ser impugnado por qualquer cidadão ou 
especificamente pelos licitantes. 
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Além dessas hipóteses, o art. 113, § 1º, trata da possibilidade de apresentar representação ao 
Tribunal de Contas e ao controle interno: 
Art. 113. [...] § 1º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá 
representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle 
interno contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste 
artigo. 
Podemos notar, dessa forma, que a questão está errada, já que não se trata de impugnação, 
mas de recurso, sendo ainda que o direito de impugnar já teria decaído, nesse caso. 
 
15. São modalidades de licitação o menor preço, o maior lance ou oferta, a técnica e 
preço e a melhor técnica. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: não devemos confundir modalidades licitatórias com tipos licitatórios. Tipo de 
licitação é o critério de julgamento adotado para definir a proposta mais vantajosa. Por outro 
lado, modalidade é o procedimento adotado na licitação. 
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A tabela a seguir faz a comparação dos tipos com as modalidades. 
 
 
Tipo vs. Modalidade (considerando apenas a Lei 8.666/93) 
Tipo: critério de julgamento Modalidade: procedimento adotado 
▪ Menor preço 
▪ Melhor técnica 
▪ Técnica e preço 
▪ Maior lance ou oferta 
▪ Concorrência 
▪ Tomada de preços 
▪ Convite 
▪ Concurso 
▪ Leilão 
Logo, o menor preço, o maior lance ou oferta, a técnica e preço e a melhor técnica são tipos, 
motivo pelo qual o item está errado. 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
Renan Araújo 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgueo item seguinte. 
16. O crime de peculato-apropriação se caracteriza independentemente da natureza 
pública do dinheiro, valor ou bem móvel, desde que o funcionário público tenha a posse 
em razão do cargo e dele venha a se apropriar. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
Item correto. 
O peculato pode ser praticado de diversas maneiras: a) peculato-apropriação e peculato-desvio 
(art. 312 do CP); b) peculato-furto (art. 312, § 1° do CP); c) peculato culposo (art. 312, § 2° do 
CP); d) peculato mediante erro de outrem (art. 313 do CP); 
O peculato-apropriação e o peculato-desvio são faces do crime de peculato comum, 
estabelecido no art. 312 do CP: 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem 
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
É necessário que o agente seja funcionário público, tratando-se de crime próprio. Nada impede, 
porém, que haja concurso de pessoas com um particular, desde que este particular saiba da 
condição de funcionário público do seu comparsa. 
Todavia, e aqui está o ponto nodal da questão, não é necessário que o dinheiro ou outro bem 
móvel apropriado ou desviado seja público, podendo ser particular, desde que o funcionário 
público tenha a posse em razão do cargo e dele venha a se apropriar. 
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O sujeito passivo em relação ao delito de peculato será sempre o Estado, embora 
subsidiariamente possa ser também um particular que sofra prejuízo patrimonial em razão da 
conduta do funcionário público. 
Logo, correta a questão. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
17. O crime funcional de inserção de dados falsos em sistema de informações se 
caracteriza quando o funcionário público autorizado insere ou facilita a inserção de dados 
falsos, altera ou exclui indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou 
bancos de dados da administração pública, não sendo necessário dolo específico para a 
configuração de tal delito. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Item errado. 
A Doutrina, em sua maioria, chama o delito do art. 313-A de “peculato eletrônico”, embora este 
não seja o nome dado ao tipo penal pela Lei. 
O art. 313-A foi acrescentado no CP pela Lei 9.983/00: 
Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar 
ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados 
da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem 
ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Trata-se aqui de crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público. Mais: a lei 
exige, ainda, que seja o funcionário público autorizado a promover alterações no sistema. No 
entanto, é plenamente possível o concurso de pessoas, respondendo também o particular pelo 
crime, desde que este particular tenha conhecimento da condição de funcionário público do 
agente. 
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A conduta é a de inserir ou facilitar a inserção de informações falsas, alterar ou excluir, 
indevidamente, dados corretos, com o fim de obter vantagem ou causar dano. Percebam que 
no caso de o funcionário promover, ele próprio, a alteração indevida, o crime é monossubjetivo, 
ou seja, não depende de duas ou mais pessoas para sua caracterização. No entanto, se a conduta 
for a de facilitar a alteração por outra pessoa (particular ou não), o crime será necessariamente 
plurissubjetivo, pois necessariamente haverá de ter mais de um sujeito ativo. 
Como se vê, há a exigência de um DOLO ESPECÍFICO, um elemento subjetivo específico do tipo, 
consistente na intenção de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou causar dano. 
Portanto, errada a questão, na medida em que afirma “não sendo necessário dolo específico 
para a configuração de tal delito”. 
Vale ressaltar, ainda, a presença de um elemento normativo do tipo no caso de se tratar de 
exclusão de dados corretos, pois esta exclusão deve ser INDEVIDA. Desta forma, se o funcionário 
autorizado exclui dados corretos porque era esta sua obrigação (estes dados não eram 
considerados mais necessários, por exemplo), não há fato típico. 
Por fim, mas não menos importante, esse crime não deve ser confundido com o crime de 
“Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações”, previsto no art. 313-
B do CP: 
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de 
informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
As diferenças são inúmeras, com destaque para o fato de que aqui não são incluídos, excluídos 
ou alterados dados em sistema, mas há modificação ou alteração do PRÓPRIO SISTEMA. 
Ademais, não se exige que a conduta seja praticada pelo funcionário autorizado, bastando que 
seja funcionário público. Por fim, o art. 313-B não exige dolo específico para sua configuração, 
como ocorre com o crime do art. 313-A do CP. 
 
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No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
18. O conceito de funcionário público para fins penais é bastante amplo, englobando 
aqueles que exercem cargo, emprego ou função pública, como os jurados, mesários, tutores 
e curadores. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Item errado. 
O conceito de funcionário público para fins penais está previsto no art. 327 do CP. Vejamos: 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
 
Veja que o conceito de funcionário público utilizado pelo CP é bastante diferente do conceito 
que se tem no Direito Administrativo, por exemplo. Aqui, o conceito é bastante amplo e abrange, 
inclusive, os empregados públicos e aqueles que exercem mera função pública (estagiários, 
mesários da Justiça Eleitoral, Jurados, etc.). 
Porém, não se deve “função pública” com múnus público. Aqueles que exercem um múnus 
público (encargo ou obrigação atribuída a um particular, para que o exerça em colaboração 
com o poder público) não são considerados funcionários públicos. Assim, os tutores, os 
curadores, os inventariantes judiciais não são considerados funcionários públicos para fins penais 
pela maioria esmagadora da Doutrina. 
Logo, errada a questão. 
Vale ressaltar que o STJ, mais recentemente, vem entendo que os defensores dativos (ou 
advogados dativos), que são aqueles advogados nomeados pelo Juiz da causa para a defesa do 
acusado quando não há possibilidade de atuação da Defensoria Pública, são considerados 
funcionários públicos para fins penais. 
Por fim, é importante destacar que o § 1° do art. 327 traz a figura do funcionário público por 
equiparação, estabelecendo que se considera funcionáriopúblico por equiparação aquele que 
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exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal ou trabalha para empresa contratada 
para execução de atividade típica da administração pública: 
Art. 327 (...) § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função 
em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada 
ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Assim, exemplificativamente, um médico de clínica particular que atenda pacientes por convênio 
com o SUS será considerado equiparado a funcionário público para fins penais. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
19. Situação hipotética: José, funcionário público lotado no TJDFT, ao organizar sua mesa 
de trabalho em determinada segunda-feira, acabou por jogar no lixo alguns papéis inúteis, 
bem como jogou no lixo, por descuido, um alvará judicial que havia sido expedido na 
semana anterior e aguardava retirada pela parte interessada. 
Assertiva: nesse caso, a conduta de José configura fato atípico. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
Item correto. 
A questão induz o aluno a acreditar que se trata do crime previsto no art. 314 do CP: 
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento 
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do 
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
Todavia, o elemento subjetivo exigido pelo tipo penal é o dolo. Não se exige qualquer dolo 
específico. Porém, não se admite o crime na forma culposa. 
No caso da questão fica claro que o agente público não teve a intenção de extraviar o 
documento oficial (alvará judicial), tendo-o encaminhado para a lixeira por engano, por descuido, 
ou seja, em razão da violação ao seu dever de cuidado. Em resumo: por culpa. 
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Como não há tipificação para tal conduta na forma culposa, trata-se de fato atípico. 
Mas, por qual razão não se pune a forma culposa nesse crime se o tipo penal não diz nada 
sobre dolo ou culpa? Por isso mesmo. Em razão da teoria da excepcionalidade do crime culposo, 
uma conduta só é punível a título de culpa se houver expressa previsão legal nesse sentido. 
Caso não haja, não haverá punição na forma culposa. Essa é a previsão do art. 18, § único do 
CP: 
Art. 18 (...) 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato 
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Logo, correta. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
20. Embora não haja previsão legal, é aplicável aos dirigentes de autarquias a causa de 
aumento de pena de um terço em caso da prática de crimes funcionais, segundo 
entendimento consolidado do STJ, pelo princípio da proporcionalidade. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Item errado. 
Vejamos a redação do art. 327, §2º do CP: 
Art. 327 (...) 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste 
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou 
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa 
pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) 
 
Como se vê, o §2° do art. 327 do CP prevê uma majorante (causa de aumento de pena), caso o 
funcionário público seja ocupante de cargo em comissão ou Função de Direção e 
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Assessoramento na administração púbica. Contudo, o legislador não incluiu as autarquias no §2º 
do art. 327, de forma que tal majorante não se aplica aos funcionários destas entidades. 
Embora haja discussão doutrinária a respeito disso (alguns sustentam que deve ser aplicada, por 
uma questão de proporcionalidade), o STJ já se manifestou, através de sua Corte Especial, pela 
inaplicabilidade aos dirigentes de autarquias: 
“(...) 2. A legalidade estrita é regra fundante do estado de direito e constitui o mais 
importante freio à atuação do poder público em matéria penal, motivo pelo qual, não 
havendo previsão legal com relação aos dirigentes de autarquias, é inaplicável ao caso 
a majorante do § 2º do art. 327. 
 (APn 746/MT, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA 
THEREZA DE ASSIS MOURA, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/12/2016, DJe 15/02/2017)” 
Logo, errada a questão. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
21. A conduta do agente público que utiliza bens pertencentes à administração pública 
para fins particulares deve ser tipificada como peculato-desvio, eis que o desvio de 
finalidade é suficiente para a configuração da conduta típica. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Item errado. 
O art. 312 do CP assim dispõe: 
Peculato 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem 
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
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O conceito de “desvio”, porém, é polêmico na Doutrina, não havendo unanimidade. 
Uma primeira corrente sustenta que é necessário que o bem, valor, ou coisa seja desviado para 
o PATRIMÔNIO de alguém (do agente ou de terceiros). Seria o chamado animus rem sibi 
habendi. 
Uma segunda corrente entende que o termo “desviar” deve ser compreendido no sentido de 
“dar destinação diversa da que deveria” e, neste caso, o mero USO INDEVIDO do bem, valor ou 
coisa, já caracterizaria o delito. 
O STJ adota a primeira corrente, ou seja, a conduta de apenas USAR bens públicos para fins 
particulares configura o chamado “peculato de uso”, de forma que o “desvio de finalidade” não 
é suficiente para a configuração do peculato-desvio: 
1. O trancamento de uma ação penal exige que a ausência de justa causa, a atipicidade da 
conduta ou uma causa extintiva da punibilidade estejam evidentes, independente de 
investigação probatória, incompatível com a estreita via do habeas corpus. 
2. Analogamente ao furto de uso, o peculato de uso também não configura ilícito 
penal, tão-somente administrativo. Todavia, o peculato desvio é modalidade típica, 
submetendo o autor do fato à pena do artigo 312 do Código Penal. Cabe à instrução 
probatória delimitar qual conduta praticou o paciente. 
(...) 
(HC 94.168/MG, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/MG), 
SEXTA TURMA, julgado em 01/04/2008, DJe 22/04/2008) 
 
O STF, embora tenha posições em ambos os sentidos, também segue a primeira corrente. 
Frise-se que para que seja possível falar em peculato de uso é necessário que estejamos diante 
de bem infungível (que não pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e 
quantidade) e não consumível (cujo uso importa em destruição IMEDIATA da sua própria 
substância). Desta maneira,por exemplo, não será possível falar em “peculato de uso” de 
dinheiro (ex.: funcionário público usa dinheiro público e uma semana depois devolve a quantia). 
Por fim, se o agente público em questão for um prefeito, a conduta será típica, configurando o 
crime previsto no art. 1º, II e §1º do DL 201/67. 
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Assim, é incorreto afirmar que “o desvio de finalidade é suficiente para a configuração da 
conduta típica”. 
Logo, errada a questão. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
22. O crime de peculato-furto se configura quando o agente público, embora não tendo 
a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, sendo indispensável que se valha de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
Item correto. 
Vejamos a redação do art. 312, §1º do CP: 
Art. 312 (...) § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a 
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário. 
Desta maneira, o peculato-furto (também chamado de peculato impróprio) se caracteriza não 
pela apropriação ou desvio de um bem que fora confiado ao agente em razão do cargo, mas 
pela subtração de um bem que estava sob guarda da administração, embora dele o agente não 
tivesse a posse. 
Nesse crime o agente não possui a guarda do bem, praticando verdadeiro furto, que, em razão 
das circunstâncias (ser o agente funcionário público e valer-se desta condição para subtrair o 
bem), irá configurar o crime de peculato-furto. 
Trata-se, portanto, de crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público, que 
deve praticar a conduta tirando proveito das facilidades do cargo. Isso é absolutamente 
indispensável. 
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Caso o funcionário público subtraia um bem, mas sem que o cargo público tenha, de alguma 
forma, contribuído para tal, não haverá peculato-furto, mas furto (art. 155 do CP). 
Logo, correta a questão. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
23. O crime de peculato culposo se verifica quando o agente público concorre 
culposamente para o crime alheio, mas será extinta a punibilidade caso o agente repare 
integralmente o dano causado à administração pública até o recebimento da denúncia; caso 
a reparação do dano seja posterior, haverá redução de pena pela metade. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Item errado. 
O peculato culposo está previsto no art. 312, § 2° do CP: 
Art. 312 (...) 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Essa modalidade culposa de peculato se verifica quando o agente, sem ter a intenção de 
participar do crime funcional praticado por outro funcionário, acaba, em razão do seu descuido, 
colaborando para isso. 
Mas, e se o funcionário público contribui culposamente para a prática de um crime praticado 
por um estranho, alguém que não é funcionário público? Neste caso, há divergência 
doutrinária. Parte da Doutrina entende que o funcionário público não responde por peculato 
culposo (que só se configuraria quando o agente contribuísse culposamente para o peculato 
praticado por outro funcionário). Outra parcela da Doutrina sustenta que mesmo neste caso 
haverá peculato culposo. 
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O CP estabelece ainda que, em relação ao peculato culposo, se o agente reparar o dano antes 
da sentença irrecorrível, estará extinta a punibilidade. Caso o agente repare o dano após a 
sentença irrecorrível, a pena será reduzida pela metade: 
Art. 312 (...) 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença 
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
Assim, e aí está o erro da questão, a reparação do dano no peculato culposo, para gerar 
extinção da punibilidade, pode ocorrer até a sentença irrecorrível (e não somente até o 
recebimento da denúncia). 
Frise-se que a reparação do dano só gera estes efeitos no peculato culposo, não nas 
modalidades dolosas de peculato. 
Logo, errada a questão. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral, julgue o item seguinte. 
24. Situação hipotética: José, oficial de Justiça, dirigiu-se à casa de Bruna para cumprir 
mandado de busca e apreensão. Lá chegando, recebeu de Bruna a proposta indecorosa de 
não cumprir o mandado judicial, em troca de R$ 20.000,00, a serem pagos na semana 
seguinte. José aceitou a oferta e não cumpriu o mandado. Bruna, porém, se mudou nos 
dias que se sucederam e não deixou seu novo paradeiro, não chegando a pagar a quantia 
acordada com José. 
Assertiva: José deverá responder pelo crime de corrupção passiva consumada, com causa 
de aumento de pena de um terço. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
Item correto. 
O crime de corrupção passiva está tipificado no art. 317 do CP: 
Corrupção passiva 
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Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar 
promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, 
de 12.11.2003) 
 
Trata-se de crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público, ainda que antes 
mesmo de assumir a função. Todavia, é possível o concurso de pessoas com um particular, 
respondendo também o particular pelo crime, desde que este particular tenha conhecimento da 
condição de funcionário público do seu comparsa. 
A conduta tipificada é a de solicitar, receber vantagem ou aceitar promessa de recebimento de 
vantagem futura. 
Nas modalidades de aceitar e solicitar promessa de vantagem, trata-se de crime formal, não se 
exigindo o efetivo recebimento da vantagem indevida para que o crime venha a se consumar. 
No caso da questão, portanto, temos crime consumado (no momento em que o agente 
aceitou a promessa de vantagem indevida, ainda que não tenha chegado a receber). 
Não se exige que o funcionário público efetivamente infrinja seu dever funcional em razão da 
vantagem ou promessa de vantagem. Porém, caso isso ocorrerá, haverá a incidência de causa 
de aumento de pena prevista no § 1° do art. 317, aumentando-se a pena em 1/3: 
Art. 317 (...) § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou 
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional. 
No caso da questão, o agente, de fato, deixou de cumprir seu dever funcional por conta da 
promessa de vantagem indevida, de forma que, mesmo não tendo recebido a vantagem, será 
aplicável a causa de aumento de pena prevista no art. 317, §1º do CP. 
Logo, correta a questão. 
 
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em 
geral,

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