Buscar

curso-146585-rodada-26-direito-administrativo-direitos-humanos-e-estatistica-v2

Prévia do material em texto

Rodada 26 (Direito
Administrativo,
Direitos Humanos e
Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
Autor:
Rodada 26 (Direito
Administrativo, Direitos
Humanos e Estatística)
29 de Agosto de 2020
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
[Nome da empresa] 
[Título do documento] 
[Subtítulo do documento] 
Ricardo Torques 
[Data] 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 1 
47 
Sumário 
LISTA DE QUESTÕES ........................................................................................................................................... 3 
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................................. 3 
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................................................... 6 
ESTATÍSTICA .................................................................................................................................................... 9 
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 11 
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................... 11 
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................................................... 25 
ESTATÍSTICA .................................................................................................................................................. 39 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 2 
47 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Essa é a 26ª Rodada do “Projeto Rodadas Avançadas PCDF”. São 45 questões inéditas das disciplinas Direito 
Administrativo, Direitos Humanos e Estatística. 
Esse curso destina-se a você aluno intermediário ou avançado e que pretende fazer uma preparação de alto 
nível nessa reta final da PCDF. 
Os cadernos de questões serão disponibilizados todos os dias em nosso Sistema de Questões, às 08:00h da 
manhã. Gostaríamos de sugerir que faça as questões em nosso SQ e que participe do nosso Ranking. 
Iremos sempre disponibilizar aqui na área do aluno um arquivo em PDF com as questões comentadas, bem 
como a correção em vídeo pelos professores. 
Nas videoaulas, além de corrigir as questões, os professores também irão aproveitar para abordar pontos 
relevantes de suas disciplinas. 
Esse arquivo em PDF é dividido em 2 (duas) partes: 
• Lista de Questões: nessa parte, vocês encontrarão as questões sem os comentários. 
• Questões comentadas: nessa parte, vocês encontrarão os comentários feitos pelos professores a 
cada uma das questões. 
Esperamos que esse projeto “Rodadas Avançadas PCDF” seja o grande divisor de águas na sua aprovação!!! 
Conte conosco nessa jornada!!! 
Abraços e bons estudos, 
Ricardo Vale 
 
 
Acesse a Rodada 26 no Estratégia Questões: 
https://bit.ly/Rodada-PCDF-26 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 3 
47 
LISTA DE QUESTÕES 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Herbert Almeida 
 
Julgue os itens a seguir, considerando as disposições da Lei nº 8.112/1990. 
1. A remuneração do servidor público federal é composta do valor básico estabelecido em lei, 
acrescida das vantagens permanentes, relacionadas ao exercício do cargo. 
 
2. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor indenizações, gratificações e adicionais, que 
se incorporam ao vencimento do servidor para todos os efeitos. 
 
3. João requereu licença por motivo de doença de sua mãe, que mora na sua casa e necessita de seus 
cuidados exclusivos. Nessa situação, João receberá normalmente a sua remuneração, caso sua licença não 
ultrapasse o prazo de sessenta dias, consecutivos ou não, durante um período de doze meses. 
 
4. As férias dos servidores públicos federais, em regra, correspondem a trinta dias por ano, que 
podem ser parceladas em até três etapas. 
 
5. Joana é servidora de autarquia federal e pretende se casar esse ano e viajar logo após a cerimônia. 
Nesse caso, em virtude do casamento, a servidora poderá ausentar-se do serviço por oito dias 
consecutivos, sem qualquer desconto na sua remuneração. 
 
6. José é servidor federal e foi eleito para desempenhar mandato eletivo também federal. Nesse caso, 
ele poderá exercer ambas as funções, desde que haja compatibilidade de horários. 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 4 
47 
7. Joana é servidora pública federal e, no exercício de suas funções, foi flagrada recebendo presentes 
e valores em dinheiro para agilizar um processo em andamento na sua repartição. Nesse caso, incorreu 
em proibição passível de ser penalizada com demissão do serviço público. 
 
8. Nos casos em que um servidor praticar conduta que também for tipificada como crime, o resultado 
da ação penal influenciará nas demais esferas, como ocorre quando há absolvição do réu por ausência de 
provas, que impede a condenação no âmbito administrativo. 
 
9. Joana é servidora pública federal e está respondendo a processo administrativo disciplinar pela 
prática de conduta vedada na Lei nº 8.112/1990. Nesse caso, é possível afirmar que, necessariamente, a 
servidora deverá ter sido intimada para responder em sindicância prévia, como etapa preliminar ao 
processo administrativo disciplinar. 
 
10. Diante do surgimento de fatos novos, não conhecidos na apuração original, um servidor 
anteriormente penalizado administrativamente poderá ter a sua condenação revista, a qualquer tempo, 
sendo que a decisão poderá resultar inclusive na sua inocência. 
 
11. José é servidor federal e tem o costume de ausentar-se do serviço sem solicitar autorização de sua 
chefia imediata. Nesse caso, poderá sofrer penalidade de advertência, que necessariamente deve ser 
aplicada por escrito. 
 
12. Jorge cometeu uma série de irregularidades no exercício de suas funções como servidor ocupante 
de cargo público federal. Caso ele cometa uma infração punível com advertência, o prazo prescricional da 
ação disciplinar será de cento e oitenta dias, contados da data em que o fato se tornou conhecido. 
 
13. Na hipótese de Maria, servidora federal efetiva, necessitar sair de licença para tratar da própria 
saúde, a Lei nº 8.112/1990 autoriza o seu afastamento sem prejuízo de sua remuneração, desde que passe 
por perícia médica, em qualquer hipótese. 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 5 
47 
14. A servidora federal lactante poderá amamentar seu filho de até seis meses enquanto estiver 
trabalhando, sendo assegurado um período de uma hora de descanso, que pode ser parcelado em dois 
períodos de meia hora. 
 
15. José era servidor federal e faleceu, deixando como única dependente sua ex-esposa Maria, de 
quem era separado e a quem pagava pensão alimentícia. Nesse caso, Maria faz jus ao recebimento da 
pensão por morte deixada por José e poderá requerê-la a qualquer tempo. 
 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107- Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 6 
47 
DIREITOS HUMANOS 
Ricardo Torques 
 
 
A Política Nacional de Direitos Humanos refere-se à adoção de uma política pautada pela concepção de 
direitos básicos das pessoas, alinhada às organizações internacionais de direitos humanos. Sobre o tema, 
julgue as assertivas: 
16. O PNDH-1 conferiu ênfase aos direitos civis e foi estruturado em propostas a serem implementadas 
pelos órgãos governamentais definindo metas de curto, médio e longo prazos. 
 
17. O PNDH-2, publicado em 2002, em complemento ao Programa anterior, apresentou ênfase nos 
direitos políticos. 
 
18. O PNDH-3, seguindo a mesma linha adotada pelos planos anteriores, voltou a atenção aos direitos 
humanos de terceira dimensão. 
 
19. O Programa Nacional de Direitos Humanos foi aprovado por uma lei de iniciativa do Presidente da 
República e encontra-se estruturado em eixos orientadores, diretrizes, objetivos estratégicos e ações 
programáticas. 
 
20. O PNDH-3 apresenta como um de seus eixos orientadores a interação democrática entre Estado e 
sociedade civil, objetivando o fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das 
políticas públicas e de interação democrática. Ademais, na busca pelo desenvolvimento em harmonia com 
os direitos humanos, deve-se promover e proteger os direitos ambientais, incluindo as gerações futuras 
como sujeitos de direitos. 
 
21. Visando universalizar direitos em um contexto de desigualdades, o PNDH-3 prevê o combate às 
desigualdades estruturais, além da garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 7 
47 
interdependente. Ao tratar da segurança pública, do acesso à justiça e do combate à violência, o Programa 
estabelece a transparência do sistema de segurança pública e justiça criminal, o combate à violência 
institucional, exclusivamente quanto à erradicação da tortura. 
 
22. O PNDH-3, ao tratar da educação e cultura em direitos humanos, prevê a promoção da educação 
em direitos humanos no serviço público, mas não admite a educação não formal como espaço de defesa 
e promoção de tais direitos, restringindo à educação formal. Buscando resguardar o direito à memória e à 
verdade, o PNDH-3 reconhece-as como direito humano da cidadania e como dever de Estado, mas não 
admite que seja feita uma construção pública da verdade, cabendo tal tarefa aos setores responsáveis. 
 
23. As metas, prazos e recursos necessários à implementação do PNDH-3 serão definidos em aprovados 
em plano bianual, sendo permitida a realização de parcerias com outros órgãos federais relacionados com 
os temas dos eixos orientadores e de suas diretrizes. Além disso, o Programa Nacional prevê que outros 
entes políticos e órgãos dos demais poderes serão convidados a aderir ao PNDH. 
 
Os tratados e convenções internacionais são os documentos utilizados para a positivação, no âmbito 
internacional, dos direitos humanos. Com base no posicionamento doutrinário e legislativo envolvendo o 
tema, julgue as assertivas. 
24. Os tratados internacionais são firmados para reger situações pretéritas e futuras e deverão ser 
aplicados sempre no território do Estado signatário. 
 
25. A interpretação de um tratado internacional deverá ser realizada à luz da boa-fé, devendo-se 
atentar, além do próprio texto, ao preâmbulo e seus anexos. 
 
26. Quando da interpretação dos tratados internacionais, o princípio pro homine estabelece que o 
intérprete deve optar pela norma que, no caso concreto, mais proteja o ser humano sujeito de direitos. 
 
27. Um tratado internacional passa por quatro fases até que seja incorporado à ordem jurídica interna. 
A assinatura do tratado, primeira das fases, é ato privativo do Presidente da República e poderá ser 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 8 
47 
delegada ao Ministro das Relações Exteriores, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da 
União. Após a assinatura, o tratado estará sujeito a referendo pelo Congresso Nacional, denotando o 
Modelo da Duplicidade de Vontades. 
 
28. A Tese Dualista, adotada pelo Brasil, prevê que somente com a promulgação do tratado 
internacional na ordem interna há que se falar em vinculação interna. 
 
29. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais. 
 
O controle de convencionalidade, de forma análoga ao controle de constitucionalidade, trata da 
compatibilidade das normas internas com os tratados internacionais firmados pelo Estado brasileiro. 
Sobre o tema, julgue o item: 
30. O controle de convencionalidade pode ser efetuado internacionalmente e internamente de modo 
difuso ou concentrado. No entanto, o controle concentrado se dá tão somente em relação aos tratados 
internacionais de direitos humanos equivalentes às emendas constitucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 9 
47 
ESTATÍSTICA 
Guilherme Neves 
 
31. Para avaliar se a proporção p de questões anuladas por uma banca organizadora de concursos 
estava acima do valor pactuado de 0,025, um analista, a partir de uma amostra aleatória de itens enviada 
por esse fornecedor, testou a hipótese nula 𝑯𝟎: 𝒑 ≤ 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 contra a hipótese alternativa 𝑯𝟏: 𝒑 > 𝟎, 𝟎𝟐𝟓, 
utilizando nível de significância 𝜶 = 𝟏%. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o seguinte item. 
Caso o P-valor do teste efetuado pelo analista seja igual a 0,005, é correto concluir que a afirmação 
proposta na hipótese nula seja verdadeira. 
 
32. Em um teste de hipóteses, comete-se o erro do tipo II caso a hipótese 𝑯𝟎 seja rejeitada, quando, 
na verdade, 𝑯𝟎 não deveria ser rejeitada. 
 
33. A potência de um teste de hipóteses corresponde à probabilidade de se rejeitar a hipótese nula, 
dado que a hipótese nula é correta. 
 
Um pesquisador testa uma hipótese sobre o valor de um parâmetro da distribuição de probabilidades 
que descreve a população da qual extraiu uma amostra. O pesquisador define uma estatística S a ser 
usada no teste, bem como as hipóteses nula 𝑯𝟎 e alternativa 𝑯𝟏. Nesse contexto de teste estatístico, 
julgue os itens a seguir. 
34. O erro do tipo I consiste em aceitar 𝑯𝟎 quando 𝑯𝟎 for falsa. 
 
35. O erro do tipo II consiste em rejeitar 𝑯𝟎 quando 𝑯𝟎 for verdadeira. 
 
36. O nível de significância estatística do teste é a probabilidade de cometer o erro do tipo II. 
 
37. A região crítica ou de rejeição é o conjunto de valores de S cuja ocorrência levaria à rejeição de 𝑯𝟎. 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 10 
47 
38. Soma da probabilidade do erro do tipo I com a probabilidade do erro do tipo II é igual a 1. 
 
A respeito de uma variável aleatória contínua 𝑼, uniformemente distribuída no intervalo [𝟎,𝟏], julgue os 
seguintes itens. 
39. A variância de U é inferior a 1/10. 
 
40. 𝑷(𝑼 > 𝟏/𝟏𝟎) = 𝟎, 𝟗 
 
Em determinada delegacia, a data em que cada boletim de ocorrência é protocolado marca a data inicial 
deste, a partir da qual é contada a quantidade de meses que se passam até que o inquérito policial seja 
instaurado. Essa quantidade de meses é uma variável aleatória X cuja funçãodensidade de probabilidade 
é dada por 𝒇(𝒙) =
𝒙𝟐
𝟏𝟎𝟖
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟎 < 𝒙 ≤ 𝟔 e 𝒇(𝒙) =
𝟏
𝟑
𝒆−(𝒙−𝟔), para 𝒙 > 𝟔, em que 𝒆 é o número de Euler, 
base dos logaritmos neperianos. 
A partir dessas informações, julgue os itens a seguir. 
41. Na situação apresentada, a área da região entre o gráfico da função 𝒇(𝒙) e o eixo das abscissas, 
para 𝒙 > 𝟎, é igual a 𝟏. 
 
42. A probabilidade de que o juiz leve três meses para apresentar sua decisão final a respeito de 
determinado processo é inferior a 10%. 
 
43. Conforme a situação apresentada, 𝑷(𝑿 = 𝟔) > 𝑷(𝑿 = 𝟓). 
 
44. A probabilidade de que o juiz responsável por certo processo leve mais de seis meses para 
apresentar sua decisão final é inferior a 30%. 
 
45. A probabilidade de que o juiz responsável por certo processo leve entre três e sete meses para 
apresentar sua decisão final é igual a 
𝟏𝟏
𝟏𝟐
−
𝟏
𝟑𝒆
. 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
==18bd6c==
 
 
 
 11 
47 
QUESTÕES COMENTADAS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Herbert Almeida 
 
Julgue os itens a seguir, considerando as disposições da Lei nº 8.112/1990. 
1. A remuneração do servidor público federal é composta do valor básico estabelecido em lei, 
acrescida das vantagens permanentes, relacionadas ao exercício do cargo. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: segundo o Estatuto (art. 40), vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo 
público, com valor fixado em lei. Já a remuneração (art. 41) é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
Assim, enquanto o vencimento é o “valor base”, a remuneração é a soma do vencimento + as vantagens 
pecuniárias de caráter permanente. 
Por isso, está correta a assertiva. 
 
 
2. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor indenizações, gratificações e adicionais, que 
se incorporam ao vencimento do servidor para todos os efeitos. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: a previsão da Lei 8112/1990 é de que as indenizações não se incorporam ao vencimento ou 
provento para qualquer efeito (art. 49, §1º). 
Remuneração
Vencimento
Valor básico 
estabelecido em 
lei
Vantagens de 
caráter 
permanente
Relacionadas ao 
exercício ordinário 
do cargo
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 12 
47 
Já as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados 
em lei (art. 49, § 2º). 
Dessa forma, nunca uma indenização poderá ser incorporada, ao passo que, no caso de gratificações e de 
adicionais, a incorporação é possível, na forma da lei. 
Segue esqueminha com as vantagens previstas no Estatuto: 
 
Lembrando que essas vantagens são listadas em um rol “exemplificativo”, ou seja, outras leis podem instituir 
outras vantagens para os servidores públicos. 
 
3. João requereu licença por motivo de doença de sua mãe, que mora na sua casa e necessita de seus 
cuidados exclusivos. Nessa situação, João receberá normalmente a sua remuneração, caso sua licença não 
ultrapasse o prazo de sessenta dias, consecutivos ou não, durante um período de doze meses. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: a licença por motivo de doença em pessoa da família, disciplinada no art. 83 da Lei 8.112/1990, 
poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do 
padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento 
funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. 
O § 2º do art. 83 estabelece que a licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período 
de doze meses nas seguintes condições: 
a) por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e 
b) por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. 
Vantagens
Indenizações
- Ajuda de custo
- Diárias
- Indenização de transporte
- Auxílio-moradia
Gratificações e 
Adicionais
- Função de confiança
- Gratificação natalina
- Adicional de insalubridade
- Adicional de serviço extraordinário
- Adicional noturno
- Adicional de férias
- Gratificação por encargo de curso ou concurso
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 13 
47 
Então, a assertiva está correta, já que no período de até 60 dias ele recebe a remuneração “normalmente”. 
 
4. As férias dos servidores públicos federais, em regra, correspondem a trinta dias por ano, que 
podem ser parceladas em até três etapas. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: nos termos do art. 77 do Estatuto, o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser 
acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em 
que haja legislação específica. 
Ademais, as férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, 
e no interesse da administração pública (§ 3º). 
Portanto, está correta a assertiva. 
O direito às férias encontra-se previsto no art. 7º, XVII, da CF, representando o período anual de descanso 
do servidor. Na Lei 8.112/1990, esse direito encontra-se previsto nos arts. 77 a 80. 
As férias podem ser interrompidas, em situações excepcionais. Nesse sentido, o art. 80 estabelece que a 
interrupção só poderá ocorrer por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, 
serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou 
entidade. Se forem interrompidas, o restante do período das férias será gozado de uma só vez (art. 80, 
parágrafo único). 
Enquanto estiver de férias, o servidor ficará afastado do exercício de suas atribuições, mas receberá sua 
remuneração, somada do adicional de férias, contando o seu prazo como de efetivo exercício do cargo para 
todos os efeitos. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início do 
respectivo período (art. 78). 
O primeiro período aquisitivo de férias ocorre depois de doze meses de exercício (art. 77, parágrafo único), 
enquanto os demais períodos serão adquiridos anualmente a cada dia 1º de janeiro. 
Além disso, o §2º do art. 77 veda que se leve à conta de férias qualquer falta ao serviço. Isso significa que, se 
o servidor faltar ao serviço injustificadamente, deverá ser descontada à sua remuneração correspondente 
aos dias de ausência, não se podendo descontar esses dias do período de férias. 
Como dissemos acima, o Estatuto permite que as férias sejam parceladas em até três etapas. Nesse caso, o 
requerimento deverá partir do servidor, mas a concessão do parcelamento ocorre no interesse da 
administração pública, ou seja, a administração decidirá de forma discricionária. Caso ocorra o 
parcelamento, o pagamento do adicional de férias deverá ocorrer quando da utilização do primeiro período 
(art. 78, §5º). 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 14 
47 
Vale ressaltar que, caso o servidor seja exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, ele deverá receber 
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos 
por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias (art. 78, §3º). Essa indenização será calculada 
com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório (art. 78, §4º). 
Por fim, o Estatuto traz uma regra específica quanto aos servidores que operem direta e permanentementecom Raios X ou substâncias radioativas. Nesses casos, eles gozarão de vinte dias consecutivos de férias, por 
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação. 
Enfim, por tudo o que vimos, a assertiva está correta, já que cabe o parcelamento das férias, sendo que o 
seu prazo, em regra, é de trinta dias por ano. 
 
5. Joana é servidora de autarquia federal e pretende se casar esse ano e viajar logo após a cerimônia. 
Nesse caso, em virtude do casamento, a servidora poderá ausentar-se do serviço por oito dias 
consecutivos, sem qualquer desconto na sua remuneração. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: a Lei 8.112/1990 prevê algumas situações em que o servidor tem direito de se ausentar do 
serviço, sem qualquer prejuízo. São elas: 
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, 
limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; 
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob 
guarda ou tutela e irmãos. 
Portanto, está correta a assertiva. 
Segue um quadrinho com o resumo das ausências permitidas: 
Período Motivo 
1 dia Doação de sangue 
Prazo necessário, até o 
limite de dois dias 
Alistamento ou recadastramento eleitoral 
8 dias 
a) casamento; 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 15 
47 
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, 
filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. 
 
6. José é servidor federal e foi eleito para desempenhar mandato eletivo também federal. Nesse caso, 
ele poderá exercer ambas as funções, desde que haja compatibilidade de horários. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: os servidores públicos podem exercer mandatos eletivos. Nesse sentido, o Estatuto prevê 
hipóteses de afastamento para exercício do mandato eletivo, ou seja, a situação em que o servidor foi eleito, 
passando a exercer o mandato eletivo. 
As regras para esse afastamento constam da Constituição Federal (art. 38), e a Lei 8.112/90 praticamente 
repetiu seu texto. 
Nos termos do art. 94, ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração; 
III - investido no mandato de vereador: 
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo; 
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela 
sua remuneração. 
Portanto, quando o servidor quiser exercer mandato federal, deverá ficar afastado do cargo. Assim, está 
errada a assertiva. 
Vale ressaltar que, nas hipóteses do inciso I, não existirá opção para o servidor: sendo eleito para mandato 
federal, estadual ou distrital (Presidente, Governador, Senador, Deputado, etc.), o servidor será afastado do 
cargo e obrigatoriamente receberá o subsídio do cargo eletivo. 
Na situação do inciso II, o servidor investido no cargo de Prefeito, também será afastado obrigatoriamente 
do cargo. Contudo, poderá optar pela remuneração do cargo ou pelo subsídio referente ao mandato de 
Prefeito. 
Por fim, no caso de mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, o servidor deverá acumular 
o cargo, recebendo a remuneração e o subsídio simultaneamente. Não existindo compatibilidade de 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 16 
47 
horários, o servidor será afastado do cargo, podendo optar pela remuneração deste ou então pelo subsídio 
de vereador. 
Regras para servidor investido em mandato eletivo. 
Mandato: federal 
estadual, ou distrital 
Ex.: deputado 
Afastado do cargo 
Prefeito Afastado do cargo, mas escolhe a remuneração (de prefeito ou do cargo). 
Vereador 
a) se houver compatibilidade de horário: acumula as remunerações (cargo e 
vereador); 
b) se não houver compatibilidade de horário: será afastado do cargo, mas 
escolhe a remuneração (cargo ou vereador). 
 
7. Joana é servidora pública federal e, no exercício de suas funções, foi flagrada recebendo presentes 
e valores em dinheiro para agilizar um processo em andamento na sua repartição. Nesse caso, incorreu 
em proibição passível de ser penalizada com demissão do serviço público. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: o art. 117 do Estatuto traz uma série de condutas que são proibidas aos servidores. Para cada 
conduta, a lei prevê penalidades distintas. No caso da questão, “receber propina, comissão, presente ou 
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições” consta do art. 117, XII. Quanto a essa conduta, 
o art. 132, XIII prevê que a transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117 é causa para aplicação da penalidade 
de demissão. 
Isso tudo ocorrerá sem prejuízo de outras sanções, nas demais esferas de responsabilização (civil e penal). 
Então, está correto o item. 
 
8. Nos casos em que um servidor praticar conduta que também for tipificada como crime, o resultado 
da ação penal influenciará nas demais esferas, como ocorre quando há absolvição do réu por ausência de 
provas, que impede a condenação no âmbito administrativo. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: segundo o art. 125 da Lei 8.112/1990, as sanções civis, penais e administrativas poderão 
cumular-se, sendo independentes entre si. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 17 
47 
Contudo, a esfera penal poderá, em alguns casos, influenciar as demais órbitas de responsabilidade, a 
depender do conteúdo da sentença penal. 
Mas, no caso de absolvição por ausência de provas, isso não impede a condenação do servidor na esfera 
administrativa. 
Esse tema é relevante. Sobre o assunto, dispõe expressamente o art. 126 da Lei 8.112/1990 que a 
responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria. 
Assim, se ao final do processo penal restar comprovado que o fato não existiu ou então que o servidor não 
é o autor da conduta investigada, não há por que condená-lo nas demais esferas. 
Por outro lado, se o servidor for absolvido simplesmente pela falta de provas, ou por ausência de tipicidade 
ou de culpabilidade penal, ou por qualquer outro motivo que não sejam os dois mencionados acima, a esfera 
penal não influenciará nas demais. 
Portanto, um servidor pode ser absolvido penalmente por falta de provas, mas acabar sendo condenado civil 
e administrativamente, pois essas últimas não exigem um rigor probatório tão grande. Da mesma forma, um 
servidor pode ser absolvido penalmente por falta de tipicidade de sua conduta, ou seja, aquilo que ele 
cometeu não se enquadra perfeitamente com a conduta prevista na Lei Penal (tipo penal), porém a mesma 
conduta poderá ser enquadrada em alguma falta funcional, acarretando a responsabilidade administrativa. 
Portanto, está errado o item. 
 
9. Joana é servidora pública federal e está respondendo a processo administrativo disciplinar pela 
prática de conduta vedada na Lei nº 8.112/1990. Nesse caso, é possível afirmar que, necessariamente, a 
servidora deverá ter sido intimada para responder em sindicância prévia, como etapa preliminar ao 
processo administrativo disciplinar. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: a sindicância não é etapa do PAD, já que é possível instaurar o processo administrativo 
diretamente,caso entenda que as irregularidades apuradas possuam natureza grave. 
A sindicância pode ser utilizada na apuração de infrações mais leves, que possam resultar na imposição das 
penas de advertência e suspensão de até 30 dias. Contudo, se concluir-se que a pena deverá ser mais grave, 
deverá ser instaurado o processo administrativo disciplinar. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 18 
47 
 
 
10. Diante do surgimento de fatos novos, não conhecidos na apuração original, um servidor 
anteriormente penalizado administrativamente poderá ter a sua condenação revista, a qualquer tempo, 
sendo que a decisão poderá resultar inclusive na sua inocência. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: nos termos do art. 174 do Estatuto, o processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a 
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. 
Não há prazo para solicitar a revisão, que poderá ser feita a qualquer tempo. 
Contudo, o pedido depende da apresentação de “fatos novos”, ou seja, que não foram apurados no processo 
originário, e que demonstrem: 
a) a inocência do punido; ou 
b) a inadequação da penalidade aplicada. 
Assim, está correto o item. 
Em qualquer caso, porém, é relevante destacar que da revisão não poderá resultar agravamento de 
penalidade. Portanto, na revisão do processo administrativo não poderá ocorrer a chamada reformatio in 
pejus. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 19 
47 
 
11. José é servidor federal e tem o costume de ausentar-se do serviço sem solicitar autorização de sua 
chefia imediata. Nesse caso, poderá sofrer penalidade de advertência, que necessariamente deve ser 
aplicada por escrito. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: a advertência deve ser aplicada por escrito, no caso de (art. 129): 
a) violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX; e 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 20 
47 
b) inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique a 
imposição de penalidade mais grave. 
As proibições constantes do art. 117 que ensejam a aplicação dessa penalidade são as seguintes: 
Pena de advertência (deve ser aplicada por escrito) 
▪ Violação dos deveres funcionais previsto em normas (entre eles os previstos no art. 116) 
▪ Violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX: 
 ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
 retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto 
da repartição; 
 recusar fé a documentos públicos; 
 opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de 
serviço; 
 promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho 
de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou 
sindical, ou a partido político; 
 manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro 
ou parente até o segundo grau civil; 
 recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
Assim, é certo que a conduta de José ensejou a aplicação da advertência, que, de fato, deve ser aplicada por 
escrito, nos termos do art. 129. 
 
12. Jorge cometeu uma série de irregularidades no exercício de suas funções como servidor ocupante 
de cargo público federal. Caso ele cometa uma infração punível com advertência, o prazo prescricional da 
ação disciplinar será de cento e oitenta dias, contados da data em que o fato se tornou conhecido. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: quanto ao prazo de prescrição da ação disciplinar, a Lei 8112 dispõe que ele será contado a 
partir da data em que o fato se tornou conhecido, e ocorrerá (art. 142): 
a) em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
b) em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 21 
47 
c) em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
Vale lembrar que, se a infração disciplinar também for capitulada como crime ou contravenção, o prazo de 
prescrição será o mesmo previsto na legislação penal (art. 142, §2º). 
 
Por fim, vale lembrar que a expressão “data em que o fato se tornou conhecido” configura-se quando o fato 
se tornar conhecido pela autoridade competente para instaurar o procedimento administrativo. Nessa linha, 
o STJ formulou a Súmula 635, que dispõe que “os prazos prescricionais previstos no art. 142 da lei 8.112/90 
iniciam-se na data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo toma 
conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido – sindicância de caráter 
punitivo ou processo disciplinar – e voltam a fluir por inteiro, após decorridos 140 dias desde a interrupção”. 
 
13. Na hipótese de Maria, servidora federal efetiva, necessitar sair de licença para tratar da própria 
saúde, a Lei nº 8.112/1990 autoriza o seu afastamento sem prejuízo de sua remuneração, desde que passe 
por perícia médica, em qualquer hipótese. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: o Estatuto prevê que será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido 
ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus (art. 202). 
Nos casos de licença inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia 
oficial, na forma definida em regulamento. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 22 
47 
Portanto, não é correto que em qualquer hipótese haverá perícia, razão pela qual está errado o item. 
Ademais, sempre que for necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no 
estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado. Outrossim, se não existir médico no órgão ou 
entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, e não se 
configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230 (realização da perícia através de convênio 
com o INSS), será aceito atestado passado por médico particular. 
Ainda sobre essa licença, é importante ressaltar que a regra é a realização de perícia oficial (art. 203). 
Segue um resumo sobre a realização da perícia: 
 Menos de 15 dias, dentro de um ano: poderá ser dispensada a perícia oficial (na forma de regulamento); 
 Até 120 dias, no período de um ano: perícia médica (pode ser um médico só, por exemplo). 
• Inexistindo médico no órgão ou entidade no local; e não celebração de convênio ou contrato para este 
fim, será aceito atestado passado por médico particular. 
 Mais de 120 dias, no período de um ano: junta médica oficial. 
 
14. A servidora federal lactante poderá amamentar seu filho de até seis meses enquanto estiver 
trabalhando, sendo assegurado um período de uma hora de descanso, que pode ser parcelado em dois 
períodos de meia hora. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: o Estatutodispõe que, para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora 
lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 
dois períodos de meia hora. 
Portanto, está correta a assertiva. 
Acerca dos direitos relativos aos servidores que tenham filhos, vamos ressaltar alguns pontos. 
Expressamente, o Estatuto diz que será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias 
consecutivos, sem prejuízo da remuneração (art. 207). Contudo, o Decreto 6.690/2008 prevê a prorrogação 
da licença maternidade por mais 60 dias, totalizando o prazo de 180 dias. 
Além disso, apesar de o art. 210 da Lei 8.112/1990 estabelecer prazos distintos em caso de adoção, o STF 
considerou, no julgamento do RE 778.889, com repercussão geral, que “os prazos da licença adotante não 
podem ser inferiores ao prazo da licença gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em 
relação à licença adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada”. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 23 
47 
Com isso, pode-se concluir que tanto a licença à gestante como a licença à adotante, independentemente 
da idade da criança, possuem o prazo de 120 dias, assegurado o direito à prorrogação por mais 60 dias. 
Por fim, quanto à licença paternidade, concedida pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito 
à licença-paternidade que, conforme texto expresso do Estatuto, seria de 5 (cinco) dias consecutivos. Porém, 
o Decreto 8.737/2016 instituiu o Programa de Prorrogação da Licença Paternidade, que concede o direito à 
prorrogação à licença paternidade por mais 15 dias (totalizando 20 dias). 
 
15. José era servidor federal e faleceu, deixando como única dependente sua ex-esposa Maria, de 
quem era separado e a quem pagava pensão alimentícia. Nesse caso, Maria faz jus ao recebimento da 
pensão por morte deixada por José e poderá requerê-la a qualquer tempo. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: o art. 217 do Estatuto prevê que o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, 
com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente é beneficiário da pensão. 
A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais 
de 5 (cinco) anos, nos termos do art. 219. 
A assertiva está correta, portanto. 
Quanto aos beneficiários da pensão, segue um resumo da previsão do Estatuto: 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 24 
47 
 
Vale lembrar que, ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor será distribuído em partes 
iguais entre os beneficiários habilitados. 
Ademais, concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de 
beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida. 
Ainda, vale destacar que, em relação ao cônjuge, ao cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de 
fato e ao companheiro ou companheira com união estável, a Lei fixou prazos para a concessão da pensão, 
considerando o período de contribuição (mais ou menos que 18 meses), a duração do casamento ou união 
estável (mais ou menos que 2 anos) e a idade do beneficiário. 
Por fim, o art. 225 diz que, ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão deixada 
por mais de um cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensões. Portanto, um 
beneficiário somente pode perceber pensão de um cônjuge ou companheiro(a); além disso, é possível 
perceber até duas pensões simultâneas (seja do mesmo cônjuge/companheiro(a), ou de outros familiares). 
 
 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 25 
47 
DIREITOS HUMANOS 
Ricardo Torques 
 
A Política Nacional de Direitos Humanos refere-se à adoção de uma política pautada pela concepção de 
direitos básicos das pessoas, alinhada às organizações internacionais de direitos humanos. Sobre o tema, 
julgue as assertivas: 
16. O PNDH-1 conferiu ênfase aos direitos civis e foi estruturado em propostas a serem implementadas 
pelos órgãos governamentais definindo metas de curto, médio e longo prazos. 
Gabarito: Certo. 
Comentários 
A assertiva está correta. O PNDH-1 foi publicado pelo Decreto Executivo nº 1.904/96 e foi objeto de debate 
da 1ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, três anos após a Conferência de Viena de 1993 recomendar 
aos Estados-parte elaborar Programas Nacionais de Direitos Humanos. 
O PNDH-1 conferiu maior ênfase na promoção e defesa dos direitos civis, prevendo centenas de propostas 
de ações governamentais prioritariamente voltadas para: 
⇨ integridade física; 
⇨ liberdade; 
⇨ garantia dos direitos das pessoas submetidas a vulnerabilidade e/ou discriminação. 
Fique atento: o PNDH-1 não apresentou mecanismos de incorporação das propostas de ação previstas e de 
instrumentos de planejamento e de orçamento do Estado brasileiro. Em outras palavras: o PNDH-1 
apresentou regras protetivas de caráter programático, mas não apresentou como ou o que executará para 
a defesa dos direitos mencionados acima. 
Além disso, o PNDH-1 continha regras e propostas genéricas que apoiavam, estimulavam, incentivavam, mas 
apresentavam pouca efetividade. 
 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 26 
47 
17. O PNDH-2, publicado em 2002, em complemento ao Programa anterior, apresentou ênfase nos 
direitos políticos. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. O PNDH-2 foi publicado pelo Decreto nº 4.229/2002 e enfatizou os direitos 
humanos de segunda dimensão, ou seja, focou nos direitos sociais, econômicos e culturais. A doutrina 
destaca que o PNDH-2 teve por objetivo a "construção e consolidação de uma cultura de respeito aos direitos 
humanos." Dentre os direitos protegidos pelo PNDH-2, merecem destaque: 
⇨ educação; 
⇨ previdência e assistência social; 
⇨ trabalho; 
⇨ moradia; 
⇨ meio ambiente; 
⇨ alimentação; 
⇨ cultura; 
⇨ lazer. 
Merece destaque a implantação de formas de acompanhamento e monitoramento das ações contempladas 
no Plano Nacional de Direitos Humanos (integrando o 1 e o 2), prevendo a disposição de políticas e 
programas dentro dos orçamentos a nível federal, estadual e municipal. 
Além disso, o PNDH-2 buscava influenciar a discussão em torno da elaboração do Plano Plurianual de 2004-
2007. Trata-se de um avanço em relação ao plano anterior, na medida em que se procurou dar consistência 
e concretude à proteção dos direitos básico do cidadão, com a formulação de políticas públicas e destinação 
de recursos para sua execução. Entretanto, o PNDH 2 foi publicado apenas no último ano do governo de 
Fernando Henrique Cardoso, o que dificultou a consecução das políticas. 
 
18. O PNDH-3, seguindo a mesma linha adotada pelos planos anteriores, voltou a atenção aos direitos 
humanos de terceira dimensão. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. O PNDH-3, instituído pelo Decreto nº 7.037/2009, é o mais amplo dos programas 
nacionais e abrange um extenso rol de direitos e de medidas a serem implementadas a partir de uma visão 
de transversalidade. O principal desafio político do PNDH 3 foi o de construir um programa que considerasse 
a indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos em todas as suas dimensões: direitos civis, 
políticos, sociais, econômicos eculturais. 
A visão de transversalidade, por sua vez, refere-se à adoção de políticas públicas que passem / atravessem 
por diversos órgãos e poderes estatais com o objetivo de, conjuntamente, elaborar e monitorar políticas e 
ações voltadas para a realização dos propósitos do PNDH-3. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 27 
47 
19. O Programa Nacional de Direitos Humanos foi aprovado por uma lei de iniciativa do Presidente da 
República e encontra-se estruturado em eixos orientadores, diretrizes, objetivos estratégicos e ações 
programáticas. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. O PNDH-3 foi instituído por intermédio de um decreto autônomo cuja 
competência é privativa do Presidente da República. Recorde-se que os decretos autônomos, ao contrário 
dos regulamentares, constituem uma espécie normativa primária na ordem jurídica brasileira, posto que não 
se destinam à regulamentação de uma lei existente. Vejamos a previsão constitucional desses decretos: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa 
nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (...). 
O PNDH-3 apresenta seis eixos orientadores, os quais são divididos em diretrizes, objetivos estratégicos e 
ações programáticas. 
Os eixos orientadores do PNDH-3 são conjuntos de temas de direitos humanos considerados fundamentais 
para a adoção das políticas públicas de governo em matéria humanística. As diretrizes, por sua vez, são linhas 
de atuação que devem ser observadas dentro de cada eixo orientador. 
 
20. O PNDH-3 apresenta como um de seus eixos orientadores a interação democrática entre Estado e 
sociedade civil, objetivando o fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das 
políticas públicas e de interação democrática. Ademais, na busca pelo desenvolvimento em harmonia com 
os direitos humanos, deve-se promover e proteger os direitos ambientais, incluindo as gerações futuras 
como sujeitos de direitos. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
A assertiva está correta. A assertiva aborda os dois primeiros eixos orientadores do PNDH-3: "Interação 
democrática entre Estado e sociedade civil" e "Desenvolvimento e Direitos Humanos". Note que o primeiro 
eixo orientador apresenta a visão de transversalidade que comentamos anteriormente e o segundo eixo 
demonstra a conciliação dos direitos de terceira dimensão com o desenvolvimento por meio da 
sustentabilidade. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 28 
47 
Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil: 
Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento 
da democracia participativa; 
Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas 
e de interação democrática; e 
Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Direitos Humanos e construção 
de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação; 
Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: 
Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, 
ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, 
participativo e não discriminatório; 
Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento; e 
Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações 
futuras como sujeitos de direitos. 
 
21. Visando universalizar direitos em um contexto de desigualdades, o PNDH-3 prevê o combate às 
desigualdades estruturais, além da garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e 
interdependente. Ao tratar da segurança pública, do acesso à justiça e do combate à violência, o Programa 
estabelece a transparência do sistema de segurança pública e justiça criminal, o combate à violência 
institucional, exclusivamente quanto à erradicação da tortura. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. O PNDH-3 apresenta a universalização de direitos em um contexto de 
desigualdades no Eixo III e trata da segurança pública, acesso à justiça e combate à violência no Eixo IV. 
Vejamos as diretrizes desses importantes eixos: 
Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades: 
Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, 
assegurando a cidadania plena; 
Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de 
forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação; 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 29 
47 
Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e 
Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade; 
Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: 
Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública; 
Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; 
Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos 
criminosos; 
Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da 
letalidade policial e carcerária; 
Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas; 
Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas 
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e 
Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a 
garantia e a defesa de direitos. 
Vamos fazer alguns destaques para melhorar sua fixação: 
⇨ Eixo III: 
o apresenta características dos direitos humanos: universalidade, indivisibilidade e 
interdependência; 
o destaca de modo especial a promoção dos direitos de crianças e adolescentes, prevendo o 
seu desenvolvimento integral (não abrange mulheres, idosos e pessoas com deficiência - 
que também são abordados em questões de prova); 
o explicita o combate às desigualdades estruturais e garante a igualdade na diversidade; 
⇨ Eixo IV: 
o apresenta 7 diretrizes - é o eixo com maior número de previsões; 
o dá destaque à erradicação da tortura e a redução da letalidade policial e carcerária; 
o priorização a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade; 
o visa um sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo. 
o 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 30 
47 
22. O PNDH-3, ao tratar da educação e cultura em direitos humanos, prevê a promoção da educação 
em direitos humanos no serviço público, mas não admite a educação não formal como espaço de defesa 
e promoção de tais direitos, restringindo à educação formal. Buscando resguardar o direito à memória e à 
verdade, o PNDH-3 reconhece-as como direito humano da cidadania e como dever de Estado, mas não 
admite que seja feita uma construção pública da verdade, cabendo tal tarefa aos setores responsáveis. 
Gabarito: Errado.Comentários: 
A assertiva está incorreta. O Eixo V (Educação e Cultura em Direitos Humanos) busca, em linhas gerais, 
promover a divulgação e o conhecimento desses direitos nos mais diversos espaços, principalmente nos 
sistemas de educação. O Eixo VI merece destaque ao focar no "Direito à Memória e à Verdade" como direitos 
humanos, visando a preservação da memória histórica e a construção pública da verdade, além da 
modernização da legislação relacionada com o tema. Vejamos: 
Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos: 
Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos 
Humanos para fortalecer uma cultura de direitos; 
Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de 
educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras; 
Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos 
Humanos; 
Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e 
Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para 
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e 
Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade: 
Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da cidadania e dever do 
Estado; 
Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade; e 
Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com a promoção do direito à memória e à 
verdade, fortalecendo a democracia. 
23. As metas, prazos e recursos necessários à implementação do PNDH-3 serão definidos em aprovados 
em plano bianual, sendo permitida a realização de parcerias com outros órgãos federais relacionados com 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 31 
47 
os temas dos eixos orientadores e de suas diretrizes. Além disso, o Programa Nacional prevê que outros 
entes políticos e órgãos dos demais poderes serão convidados a aderir ao PNDH. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
A assertiva está correta. Nós não poderíamos encerrar essa abordagem do Programa Nacional de Direitos 
Humanos (PNDH-3) sem tratar de três dispositivos importantes. Vamos a eles: 
Art. 2º Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos responsáveis nele indicados, envolve 
parcerias com outros órgãos federais relacionados com os temas tratados nos eixos orientadores e 
suas diretrizes. 
Art. 3º As metas, prazos e recursos necessários para a implementação do PNDH-3 serão definidos e 
aprovados em Planos de Ação de Direitos Humanos bianuais. 
Art. 5º Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os órgãos do Poder Legislativo, do Poder 
Judiciário e do Ministério Público, serão convidados a aderir ao PNDH-3. 
Pela simples leitura dos dispositivos notamos como o PNDH-3 é abrangente e envolve outros órgãos e 
poderes, concretizando, mais uma vez, a visão de transversalidade. 
 
Os tratados e convenções internacionais são os documentos utilizados para a positivação, no âmbito 
internacional, dos direitos humanos. Com base no posicionamento doutrinário e legislativo envolvendo o 
tema, julgue as assertivas. 
24. Os tratados internacionais são firmados para reger situações pretéritas e futuras e deverão ser 
aplicados sempre no território do Estado signatário. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. Inicialmente, vamos revisar o conceito de tratado internacional e, em seguida, 
veremos os erros quanto à aplicação no tempo e no espaço. 
Ao estudar sobre os tratados devemos nos recordar da Convenção de Viena sobre os Direitos dos Tratados 
de 1969, que traz regras gerais referentes aos tratados internacionais, abrangendo o modo como são 
elaborados, a entrada em vigor, a aplicação e interpretação, bem como regras sobre nulidade, extinção e 
suspensão de tratado internacional. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 32 
47 
No art. 1º da Convenção de Viena, os tratados são conceituados como: "Um acordo internacional concluído 
por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de 
dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica." 
Para facilitar sua memorização, um tratado internacional é... 
⇨ acordo com efeitos jurídicos; 
⇨ realizado entre duas ou mais pessoas de direito internacional; 
⇨ apresentando uma finalidade específica. 
Quanto à aplicação dos tratados internacionais, a Convenção de Viena de 1969 divide o assunto em aplicação 
no tempo e no espaço. 
O art. 28 da Convenção trata da aplicação dos tratados internacionais no tempo e fixa a regra da 
irretroatividade dos tratados. 
Artigo 28 
A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, 
suas disposições não obrigam uma parte em relação a um ato ou fato anterior ou a uma situação que 
deixou de existir antes da entrada em vigor do tratado, em relação a essa parte. 
Pela leitura do dispositivo, notamos que os tratados internacionais, em regra, são criados para reger 
situações futuras, ou seja, situações ocorridas após a sua vigência, apresentando efeito ex nunc. No entanto, 
o art. 28 permite a retroatividade caso haja menção expressa no texto do tratado. Para facilitar sua 
compreensão: 
⇨ regra: os tratados devem ser aplicados a situações futuras, observando a irretroatividade (efeito ex 
nunc). 
⇨ exceção: os tratados poderão ser aplicados a situações passadas caso (1) haja previsão expressa ou 
(2) se evidencie intenção diferente no tratado, possuindo retroatividade (efeito ex tunc). 
Em relação à aplicação dos tratados internacionais no espaço (ou aplicação territorial) vale a regra prevista 
no art. 29, da Convenção de Viena de 1969. 
Artigo 29 
A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, 
um tratado obriga cada uma das partes em relação a todo o seu território. 
Assim, um Estado que tenha assinado determinado tratado internacional deverá executá-lo dentro do seu 
território, a não ser que o próprio tratado internacional disponha de forma diferente. Além disso, em Estados 
Federais, como o Brasil, o órgão central (no nosso caso a União), será responsável por garantir o 
cumprimento dos tratados internacionais do qual o Brasil faça parte. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 33 
47 
25. A interpretação de um tratado internacional deverá ser realizada à luz da boa-fé, devendo-se 
atentar, além do próprio texto, ao preâmbulo e seus anexos. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
A assertiva está correta. A Convenção de Viena trata sobre a interpretação dos tratados internacionais no 
art. 31. Veremos primeiro o dispositivo e faremos considerações em seguida: 
1. Um tratado deve ser interpretado de boa-fé segundo o sentido comum atribuível aos termos do 
tratado em seu contexto e à luz de seu objetivo e finalidade. 
2. Para os fins de interpretação de um tratado, o contexto compreenderá, além do texto, seu 
preâmbulo e anexos: 
a) qualquer acordo relativo ao tratado e feito entre todas as partes em conexão com a conclusão do 
tratado; 
b) qualquer instrumento estabelecido por uma ou várias partes em conexão com a conclusão do 
tratado e aceito pelas outras partes como instrumento relativo ao tratado. 
3. Serão levados em consideração, juntamente com o contexto: 
a) qualquer acordo posterior entre as partes relativo à interpretação do tratado ou à aplicação de 
suas disposições; 
b) qualquerprática seguida posteriormente na aplicação do tratado, pela qual se estabeleça o acordo 
das partes relativo à sua interpretação; 
c) quaisquer regras pertinentes de Direito Internacional aplicáveis às relações entre as partes. 
4. Um termo será entendido em sentido especial se estiver estabelecido que essa era a intenção das 
partes. 
O primeiro ponto de destaque: o tratado deve ser interpretado à luz da boa-fé, do seu objeto e da sua 
finalidade. O objeto de um tratado internacional refere-se aos direitos e obrigações que foram pactuados no 
tratado internacional. A finalidade, por sua vez, remete ao objetivo, à intenção das partes quando decidiram 
compor o tratado internacional. 
Além disso, devemos considerar também o contexto em que foi firmado, seu preâmbulo e anexos. Trata-se 
do recurso da interpretação contextual, pelo qual se busca interpretar o texto em conjunto, levando em 
consideração as várias partes que integram o tratado internacional. Desta forma, ao se interpretar um 
tratado internacional, o hermeneuta deverá observar não apenas os artigos e parágrafos do tratado 
internacional, mas também, seu preâmbulo e anexos. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 34 
47 
Ainda quanto às regras gerais de interpretação, sem adentrarmos nas especificidades, a Convenção de Viena 
de 1969 que na interpretação dos tratados internacionais deverão ser levados em consideração também 
acordos e instrumentos relativos ao tratado feitos em conexão pelas partes signatárias. Esses acordos e 
instrumentos em conexão, nada mais seriam do que documentos que as partes firmam para tratar ou 
explicitar as regras do tratado internacional. 
 
26. Quando da interpretação dos tratados internacionais, o princípio pro homine estabelece que o 
intérprete deve optar pela norma que, no caso concreto, mais proteja o ser humano sujeito de direitos. 
Gabarito: Certo. 
Comentários: 
A assertiva está correta. Em Direitos Humanos que as normas não se excluem, mas se complementam. 
Assim, diante do conflito de normas, ao invés de aplicarmos as regras jurídicas de solução de antinomias 
(critério cronológico, hierárquico ou da especialidade) ambas as normas devem ser aplicadas de forma 
complementar, buscando-se a melhor forma de se proteger a dignidade da pessoa. Essa é a essência de 
aplicação do princípio "pro homine". 
Segundo doutrina de Luís Garcia, ao nos depararmos com o concurso simultâneo de normas, sejam elas 
internacionais ou internas, devemos escolher para aplicar a norma que: 
a) garantir mais amplamente o gozo do direito; 
b) que admitir menos restrições ao exercício do direito humano; ou 
c) a que impor maiores condições a eventuais restrições aos direitos humanos. 
Importante destacar que, em se tratando de direitos humanos, admite-se a aplicação da Teoria do 
Conglobamento por Institutos, ou seja, deve-se optar pela norma mais favorável dentro do conjunto de 
normas relativos a determinada matéria ou instituto jurídico, de modo não desvirtuar o sistema jurídico. 
No entanto, a aplicação desse princípio não é unânime e encontra resistência principalmente no que tange 
à hierarquia. A doutrina majoritária entende que não é possível, por exemplo, que tratado internacional de 
Direitos Humanos com caráter supralegal nos termos da jurisprudência do STF tenha preferência, em 
eventual conflito, sobre a Constituição. Argumenta-se, em síntese, que esse entendimento retira a 
supremacia do Texto Constitucional. 
 
27. Um tratado internacional passa por quatro fases até que seja incorporado à ordem jurídica interna. 
A assinatura do tratado, primeira das fases, é ato privativo do Presidente da República e poderá ser 
delegada ao Ministro das Relações Exteriores, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 35 
47 
União. Após a assinatura, o tratado estará sujeito a referendo pelo Congresso Nacional, denotando o 
Modelo da Duplicidade de Vontades. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. Para que um tratado internacional obrigue o Brasil internamente, ele deverá 
passar por quatro fases: assinatura internacional, aprovação pelo Congresso Nacional, ratificação e depósito, 
promulgação interna. 
A assinatura de um tratado internacional é de competência privativa do Presidente da República, enquanto 
Chefe de Estado. Importante destacar que se trata de uma competência que só poderá ser exercida pelo 
próprio Presidente, não estando sujeita à delegação a outros sujeitos. Vejamos o art. 84, VIII da Constituição 
que trata do tema: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; 
Note que a competência para celebrar tratados, convenções e atos internacionais (inciso VIII) não está 
abarcada pelo parágrafo único do art. 84, que estabelece competências delegáveis do Presidente da 
República: 
Art. 84. Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos 
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
Como visto no inciso VIII, os tratados, convenções e atos internacionais estão sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional, ou seja, o Parlamento também precisará manifestar sua aquiescência ao diploma 
internacional, denotando o Modelo da Duplicidade de Vontades. 
Vamos aprofundar um pouco... De acordo com a doutrina, existem dois modelos para que determinado 
tratado internacional passe a vincular interna e juridicamente o Estado. Pelo Modelo de Unicidade de 
Vontade entende-se que somente a manifestação de vontade do Chefe de Estado seria suficiente para que 
este Estado fique obrigado internamente a observar o tratado internacional. Já pelo Modelo de Duplicidade 
de Vontade existem duas vontades distintas que devem ser cumuladas para que o tratado passe a gerar 
efeitos jurídicos vinculantes internamente. Além da assinatura do Chefe de Estado (1ª manifestação de 
vontade) é necessário que o tratado seja aprovado pelo Poder Legislativo (2ª manifestação de vontade). 
 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 36 
47 
28. A Tese Dualista, adotada pelo Brasil, prevê que somente com a promulgação do tratado 
internacional na ordem interna há que se falar em vinculação interna. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
A assertiva está incorreta. O Brasil não adotou nem a Tese Monista, nem a Tese Dualista. Vamos aproveitar 
e revisá-las? 
Após a aprovação pelo Congresso Nacional, é feito o depósito do tratado internacional assinado pelo 
Presidente da República, que será anexado ao tratado firmado, junto ao órgão responsável. A partir da 
ratificação e do depósito, o tratado internacional passa a vincular o Estado no cenário internacional. 
Contudo, internamente, é necessária uma última fase: a promulgação do tratado internacional na ordem 
interna. A respeito dessa fase, a doutrina desenvolveu a Tese Monista e Dualista. 
Pela Tese Monista, a partir da ratificação e do depósito do tratado no órgão internacional o Estado já estaria 
vinculado internacional e internamente, sendo desnecessária a promulgação do tratado internacional na 
ordem interna. Esse é o entendimento de parte importante da doutrina, a exemplo de Flávia Piovesan. 
Pela Tese Dualista, somente com a promulgação do tratado internacional na ordem interna seria possível 
falar emvinculação interna. Para os dualistas há dissociação entre o ordenamento jurídico internacional e 
interno. Desse modo, para que o tratado internacional possa valer internamente deverá ser internalizado, 
deverá ser transformado em lei interna. 
O Brasil não adotou nenhuma das duas teses. De acordo com Rafael Barretto, no Brasil os tratados precisam 
ser publicados na ordem interna (o que afasta o monismo), mas não são transformados em lei interna (o que 
afasta o dualismo). 
No Brasil, há a promulgação de um decreto executivo autorizando a execução do tratado na ordem interna. 
Não há transformação em lei desse tratado internacional, mas apenas autorização por decreto para que seja 
executado no Brasil, conforme entendimento perfilhado pelo STF. 
 
29. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 37 
47 
A assertiva está incorreta. A previsão do art. 5º, §3º da Constituição Federal estabelece o quórum de três 
quintos dos votos dos respectivos membros. Note que é um quórum qualificado, mas que não é sinônimo 
de maioria absoluta. 
Art. 5º, §3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
O dispositivo acima foi incluído pela Emenda Constitucional nº 45/2004 e intensificou as discussões a 
respeito da posição hierárquica dos tratados internacionais de direitos humanos. Em razão dessa emenda 
constitucional, o STF, reconhecendo a importância que o legislador conferiu aos tratados internacionais de 
direitos humanos, decidiu diferençar definitivamente os tratados internacionais de direitos humanos dos 
demais tratados internacionais. 
Nesse contexto, o STF proferiu decisão indicando uma mudança na jurisprudência, para reconhecer a 
supralegalidade dos tratados internacionais de Direitos Humanos, quando internalizados pelo quórum 
ordinário. Não houve afirmação de que todos os tratados internacionais de Direitos Humanos possuem 
natureza constitucional, mas tão somente aqueles tratados de Direitos Humanos aprovados com o quórum 
de lei ordinária. 
Desta forma, considerando que os tratados internacionais podem ser internalizados com o quórum de 
emenda constitucional ou com o quórum de lei ordinária, conforme atual posicionamento do STF, podemos 
concluir: 
⇨ tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de emenda constitucional: 
possuem status de emenda constitucional; 
⇨ tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de norma 
infraconstitucionais: possuem status de norma supralegal, em ponto intermediário, acima das leis, 
abaixo da Constituição Federal. 
⇨ demais tratados internacionais, independentemente do quórum de aprovação: possuem status de 
norma infraconstitucional. 
⇨ 
O controle de convencionalidade, de forma análoga ao controle de constitucionalidade, trata da 
compatibilidade das normas internas com os tratados internacionais firmados pelo Estado brasileiro. 
Sobre o tema, julgue o item: 
30. O controle de convencionalidade pode ser efetuado internacionalmente e internamente de modo 
difuso ou concentrado. No entanto, o controle concentrado se dá tão somente em relação aos tratados 
internacionais de direitos humanos equivalentes às emendas constitucionais. 
Gabarito: Certo. 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 38 
47 
Comentários: 
A assertiva está correta. Para a doutrina, o controle de convencionalidade consiste no processo de 
compatibilização vertical, principalmente material, das normas domésticas / internas com os comandos 
encontrados nas convenções internacionais de direitos humanos. Entende a doutrina que "à medida que os 
tratados internacionais de direitos humanos ou são materialmente constitucionais (art. 5º, §2º) ou material 
e formalmente constitucionais (art. 5º, §3º), é lícito entender que o clássico controle de constitucionalidade 
deve agora dividir espaço com esse novo controle (“de convencionalidade”) da produção e aplicação da 
normatividade interna." 
O controle de convencionalidade quando realizado pelas Cortes Internacionais busca analisar a das normas 
de cada país, segundo a regrativa internacional. No caso do Brasil, que integra o Sistema Global da ONU e 
Regional da OEA, podemos vislumbrar a submissão do ordenamento jurídico brasileiro ao controle de 
convencionalidade perante a Corte Internacional de Justiça (no âmbito da ONU) e perante a Corte 
Interamericana de Justiça (no âmbito da OEA). É importante destacar, ainda, que esse controle deve ser 
exercido de forma subsidiária ou complementar. Desse modo, apenas se os mecanismos judiciais internos 
não forem suficientes abre-se caminho para tal análise e, consequentemente, para eventual 
responsabilização internacional do Brasil. 
O controle concentrado interno de convencionalidade, segundo doutrina de Valério de Oliveira Mazzuoli, 
segue as mesmas normas do controle concentrado de constitucionalidade. Assim, no que diz respeito às 
ações (ADI, ADC, ADO, ADPF), procedimento, regras de competência são adotadas as mesmas regras. 
A diferença é que, ao invés de se utilizar o texto da Constituição como parâmetro para o controle, o julgador 
utilizará os tratados internacionais de direitos humanos constitucionalizados perante o nosso ordenamento 
jurídico. 
A doutrina sustenta que o controle concentrado interno de convencionalidade se dá tão somente em relação 
aos tratados internacionais de direitos humanos equivalentes às emendas constitucionais (art. 5º, §3º). 
O controle difuso, por sua vez, poderá ser iniciado a partir de provocação das partes ou até mesmo por 
atuação de ofício pelo Juiz ou Tribunal. É importante registrar que esse controle pode dar em primeira 
instância, perante tribunais e, inclusive, nos tribunais de superposição, com destaque para o STF, que poderá 
compatibilizar, no caso concreto, um tratado internacional de direitos humanos com a legislação 
infraconstitucional pátria. 
Ademais, ao contrário do controle concentrado de convencionalidade, tanto as normas internalizadas com 
fundamento no art. 5º, §3º, como os demais tratados internacionais, podem ser considerados como 
parâmetro para o controle difuso de constitucionalidade. 
 
 
 
Rodada 26 (Direito Administrativo, Direitos Humanos e Estatística)
 Rodadas Avançadas Agente PC-DF
www.estrategiaconcursos.com.br
1621356
05183440107 - Wagter Douglas Bezerra Calixto
 
 
 
 39 
47 
ESTATÍSTICA 
Guilherme Neves 
 
31. Para avaliar se a proporção p de questões anuladas por uma banca organizadora de concursos 
estava acima do valor pactuado de 0,025, um analista, a partir de uma amostra aleatória de itens enviada 
por esse fornecedor, testou a hipótese nula 𝑯𝟎: 𝒑 ≤ 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 contra a hipótese alternativa 𝑯𝟏: 𝒑 > 𝟎, 𝟎𝟐𝟓, 
utilizando nível de significância 𝜶 = 𝟏%. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o seguinte item. 
Caso o P-valor do teste efetuado pelo analista seja igual a 0,005, é correto concluir que a afirmação 
proposta na hipótese nula seja verdadeira. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: 
Quando o p-valor é menor do que o nível de significância, ou seja, 𝒑 − 𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 < 𝜶, isso significa que a 
estatística teste delimitou uma área menor do que a região crítica, ou seja, a estatística teste é mais 
extrema do que o valor crítico. Quando

Continue navegando

Outros materiais