Buscar

Sinusites de repetição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sinusites de repetição 
 
Paciente com 33 anos, feminina, branca, solteira, manicure, procurou o 
ambulatório do Serviço de Otorrinolaringologia , com história de sinusites de 
repetição. Associava o início dos sintomas à extração dentária do pré-molar 
superior esquerdo há 12 anos. Tabagista de 10 cigarros por dia há 10 anos. 
Sem outras doenças. 
Os episódios caracterizavam-se por dor facial esquerda, secreção nasal 
amarelada, principalmente na narina esquerda, gota pós-nasal, febre e 
halitose. Referia ainda saída eventual de secreção purulenta no leito do dente 
extraído. Já havia realizado diversos tratamentos com antibióticos sem 
melhora dos sintomas após o término da medicação. 
Trouxe na consulta raio-x de incidência panorâmica demonstrando corpo 
estranho na cavidade do seio maxilar esquerdo. 
Ao exame otorrinolaringológico constatou-se ausência do pré-molar superior 
esquerdo. Apresentava desvio de septo nasal na fossa nasal esquerda e 
secreção nasal esbranquiçada bilateral. 
 
Tomografia computadorizada de seios paranasais: opacificação de seio 
maxilar esquerdo, com obliteração ostial. Fratura do recesso alveolar com 
presença de imagem óssea em seu interior. Espessamento do revestimento 
mucoperiosteal dos demais seios da face (Fig. 1 e 2). 
Paciente foi submetida a sinusotomia maxilar esquerda com acesso de 
Caldwell-Luc. Após abertura do seio e limpeza da cavidade, foi encontrado e 
removido fragmento dentário de aproximadamente 1,3 cm. Mantido 
antibioticoterapia sistêmica por 14 dias. 
A paciente apresentou evolução pós-operatória satisfatória, com remissão 
completa dos sintomas. 
 
1. Descreva os ossos do viscerocrânio que compõem a cavidade nasal. Quais 
destes ossos são pneumáticos? Relacione estes ossos com os seios 
paranasais, descrevendo seus locais de drenagem. 
 
 
A cavidade nasal superiormente é formada pelo osso nasal e a lâmina cribriforme do 
osso etmóide. 
A parede inferior é formada pelo processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal 
do palatino. 
A parede lateral é formada pelo osso lacrimal e concha inferior, o processo frontal da 
maxila e a lâmina perpendicular do palatino. 
 
 
A parede medial é formada pelo septo nasal (cartilagem do septo nasal, vômer e 
lâmina perpendicular do etmóide). 
O osso maxilar e etmóide são ossos pneumáticos. 
Os seios maxilares são os maiores seios paranasais, ocupam os corpos maxilares. 
O seio maxilar drena através de aberturas para o meato nasal médio por meio do hiato 
semilunar. 
As células etmoidais são pequenas invaginações da túnica mucosa dos meatos 
nasais médio e inferior (sob a concha nasal média e superior do etmóide). As células 
etmoidais anteriores drenam para o meato nasal médio através do infundíbulo etmoidal. 
As células etmoidais posteriores drenam diretamente para o meato nasal superior. 
 
 
2. Identifique no exame radiológico os ossos do viscerocrânio que são identificáveis e os 
seios paranasais visíveis. 
 
 
3. QuaI (is) osso(s) é (são) comun(s) a cavidade nasal e oral? Descreva qual a relação 
destes ossos com os seios paranasais. 
O osso palatino e o maxilar são os ossos comuns da cavidade nasal e oral, o processo 
palatino da maxila e a linha horizontal do palatino formam o palato duro que separa a 
cavidade nasal da oral. Esses ossos participam da parede lateral da cavidade nasal e formam a 
parede medial do seio maxilar. 
 
4. Baseado em seu conhecimento anatômico, explique de que forma a extração dentária 
poderia estar associada a processo infeccioso na no seio maxilar. Explique, baseado na 
anatomia da região, porque a paciente referia halitose (mau hálito). 
Os dentes molares estão próximos do assoalho do seio maxilar, assim durante a 
retirada de um dente molar pode haver fratura de uma raiz do dente e esse fragmento entrar no 
seio maxilar. Assim, pode ser criada uma comunicação entre a cavidade oral e o seio maxilar e 
gerar uma infecção. A extração dentária propicia um processo infeccioso local seja pelas 
condições do dente extraído ou da própria boca do paciente cujo microbiota contém bactérias 
aeróbicas e anaeróbicas que liberam substâncias que causam o mau hálito (halitose), além 
disso pode ocorrer a formação de abscessos dentoalveolares (acúmulo de pus resultantes da 
morte de tecidos inflamados).

Continue navegando