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PARASITO - TODO CONTEÚDO P2

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fPARASITOLOGIA 
INTRODUÇÃO AO FILO ARTHROPODA (patas articuladas) (14 de agosto) 
 Maior filo do reino animal (80%) 
 Adaptada á diferentes ambientes 
 Maior riqueza de espécies entre todos os seres vivos 
 Maior número de indivíduos (bem sucedidos) 
 
Existem vários grupos (classes) dentro do filo arthropoda, dentre eles: 
 Insetos (formigas, abelhas, moscas, baratas, pulgas) 
 Crustáceos (siris, camarões) 
 Aracnídeos (aranhas, carrapatos, ácaros da sarna e da poeira) 
 Diplópodes (piolho de cobra) 
 Quilópodes (centopeias, lacraias) 
 
Classificação 
FILO CLASSE ORDEM 
 Arachnida 
Acari 
 
ARTHROPODA Hemiptera 
 Insecta Siphonaptera 
 Diptera 
Blattodea 
Phthiraptera 
 
Características morfológicas 
 Simetria bilateral 
 Esqueleto externo (exosqueleto de quitina) 
A quitina é um polissacarídeo nitrogenado secretado pela epiderme 
Reduz perdas de água, pois é impermeável 
Protege contra a predação 
Dá sustentação 
Previne infecções 
É rígido e não acompanha o crescimento (mudas ou ecdises) 
 
 Corpo segmentado 
 Apêndices segmentados (pernas, palpus, antenas e mandíbula) 
 
Características metabólicas 
 Sistema digestório completo 
 Sistema circulatório aberto (coração dorsal e hemolinfa) 
 Respiração traqueal e cutânea 
 Sexos separados com fecundação interna 
 Sistema excretor – tubos de malpighi (ácido úrico) 
 Sistema nervoso ganglionar 
 Sistema sensorial – órgãos sensoriais (olhos, antenas, cerdas táteis, 
quimiorreceptores) 
 
Inseto tem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, contendo 3 pares de patas (6 
patas). 
Acari contem 4 pares de patas e são divididos em gnatossoma (cabeça) onde 
encontramos as quelíceras usadas para mastigação, perfuração, dilaceração e sucção e 
também encontramos os palpos (antenas) que são receptores sensoriais. Outra parte do 
corpo dos acari é o idiossoma que compreende a região posterior do corpo (abdômen e 
tórax). 
 
Características biológicas 
 
1. Hemimetabólicos (incompleto) 
Formas jovens similares aos adultos (ninfas) 
Ovo  ninfa (s)  adulto (ex. piolhos, hemípteros) 
 
2. Holometabólicos (completo) 
Cada estágio é diferente dos demais na forma e função. 
Ovo  larva (voraz)  pupa  adulto 
 
Importância dos artrópodes 
 Irritação, perturbação 
 Ferimento (ao tentar se livrar, coçar) 
 Perda de sangue (esfoliação) 
 Reações de hipersensibilidade á picada (saliva) 
 Inoculação de toxinas 
 Miíases que causam destruição dos tecidos 
 Infecções bacterianas secundárias nos locais das picadas 
 
CAUSA QUEDA NOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE E REPRODUÇÃO ANIMAL !!! 
 
 
Ordem Hemíptera (classe insecta) 
 
Fitófagas: probóscide longa em forma de canudo 
Predadoras: probóscide maior que a cabeça e em forma de gancho 
Hematófagas: probóscide reta do tamanho da cabeça 
 Tem hábitos noturnos 
 Família reduviidae (barbeiros, chupões, bichos de parede, bicudos)  
transmissores de Trypanosoma cruzi (mal de chagas) 
 
 
Taxonomia 
Reino: animal 
Filo: Arthropoda 
Classe: Insecta 
Ordem: Hemiptera 
Família: Reduviidae 
Subfamília: Triatominae 
Gêneros: Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius 
 
Morfologia dos gêneros 
 
Panstrongylus: antenas inseridas próximo aos olhos. 
Triatoma: antenas inseridas entre os olhos e a extremidade anterior da cabeça. 
Rhodnius: antes inseridas na extremidade anterior da cabeça 
Morfologia geral 
 Achatamento dorso-ventral 
 1,8 a 3,3 cm 
 Probóscide reta e curta 
 Antenas 
 Tubérculos anteníferos 
 Olhos 
 Asas 
 Conexivo 
 
Características biológicas 
 3 a 5 estágios ninfais 
 Ciclo total de 7 meses á 1 ano 
 A fêmea vive em torno de 1 ano e meio e botam mais ou menos 300 ovos (as 
fêmeas tem uma protuberância no fim do conexivo que ajuda a expelir os ovos) 
 Fototaxia negativa 
 Prefere mamíferos e aves (na falta, anfíbios e répteis) 
 Hospedeiros (animais e homem) 
 Vivem em habitat silvestre, peri-domiciliar e domiciliar 
 Alimentação  dejeção  coça  contamina 
 
Condições de uma espécie com potencial para vetor de T. cruzi Triatoma infestans 
 Alto grau de antropofilia 
 Ampla distribuição geográfica 
 
 Adaptação á habitação humana 
 Curto espaço de tempo entre hematofagia e defecação 
Controle 
 Garantir que não existam condições de vida adequadas aos barbeiros nos 
ambientes humanos. 
 Vigilância sanitária – notificação obrigatória 
 Educação da população 
 Aplicação de inseticidas (casa e peridomicílio) 
 Melhoria das habitações – higiene 
 Impedir a colonização e/ou recolonização domiciliar (melhorias, higiene e 
proteção) 
 Cuidados com o peridomícilio (melhorias, descobrir e destruir nichos) 
 Preservar ambientes e hospedeiros silvestres 
 
 
Ordem Siphonaptera (pulgas) 
 
 Tamanho das patas são crescentes 
 São cosmopolitas 
 Aparelho bucal picador-sugador 
 Ausência de asas 
 Tem importância sanitária pois tem efeito parasitismos e é um transmissor de 
patógenos. 
 
 
 
 
Transmissão de patógenos 
 Multiplicação do agente no interior do inseto (Yersinia pestis – peste bubônica; 
Rickettsia mooseri – tifo murinho) 
 Complementação do ciclo biológico do endoparasito (Dipylidium caninum) 
 
Taxonomia 
Reino: animal 
Filo: arthropoda 
Classe: insecta 
Ordem: siphonaptera 
Família: pulicidae 
Gêneros: pulex, ctenocephalides, tungidae e tunga 
 
O parasitismo causa ação 
irritativa (DAP), ação espoliadora 
(estresse e hematofagia), ação 
inflamatória (penetrantes). 
 
 
 
Diferenciação entre sexos 
 
 
 A sua capacidade de salto é de mais de 100 vezes o tamanho do seu corpo e 
atingem alturas superiores a 30 cm. 
 
Morfologia 
 Achatado latero-lateralmente 
 A fêmea tem o trem posterior caído e possui a espermateca (armazena esperma) 
 O macho tem o trem posterior arrebitado e pênis enrradilhado 
 
Caracterização dos gêneros 
 Ctenocephalides (C. canis e C. felis) 
Hospedeiros é o cão e o gato. 
O C. canis sobrevive mais no frio (sul do Brasil) 
O C. felis sobrevive ao verão. 
 Ctenídeos na cabeça (várias cerdas na região dorsal e cerda ocular na frente 
do olho. 
 
 
 
 Pulex (P. irritans) 
Tem ausência de ctenídeos 
A cerda ocular é inserida abaixo do olho 
Cabeça arredondada anteriormente 
Só uma ... na região dorsal 
Tem como hospedeiros o homem, cão e gato. 
 
 
 Tunga (T. irritans – bicho de pé) 
Cabeça com ângulo para penetrar no hospedeiro 
Segmento torácico curto 
 
 
Ciclo biológico (holometabólicos) 
1. Ovo 
2. Larvas (2 mudas) 
3. Pupa 
4. Adulto (macho e fêmea) 
 
 
Ciclo total – 3 semanas a 1 ano (pupas) 
 
 
 
 Adultos vivem cerca de 200 dias 
 Grande sobrevivência sem alimento 
 Vários hospedeiros 
 Cada fêmea põe 20-30 ovos/dia 
 Oviposição – ambiente – Pulex 
 - hospedeiro – Cternocephalides 
 Apenas 5% das pulgas são visíveis no hospedeiro ou no ambiente, 95% estão 
distribuídas no ambiente nas suas outras formas. 
 Seu hospedeiro preferencial são os humanos, mas também infectam cães e gatos. 
 
 Penetra geralmente na sola plantar e canto dos dedos 
 Habitam jardinas, hortas e solos arenosos 
 Disseminação através de adubo orgânico e terra 
 Animais errantes parasitados por fêmeas grávidas também disseminam 
 Tem riscos de contaminações secundárias 
 
Complicações da tungíase 
 Deformação e perda de unhas 
 Deformação e perda de dígitos 
 Transmissão de tétano e gangrena 
 Septicemia 
 Morte 
 
Principais hospedeiros de T. penetrans 
 Suínos 
 Humanos 
 Cães 
 Roedores 
 Gatos 
 Outros 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
1. Clínico 
 Desconforto 
 Prurido 
 Reações alérgicas 
 Visualização 
 No local atacado ocorre prurido, dor, contaminações (tétano e 
gangrena) 
2. Laboratorial 
 Coleta e identificação 
 
CONTROLE 
 Higiene de habitações e abrigos 
 Inseticidas no ambiente para matar larvas e adultos Ovos e pupas (intervalo de 1 semana de inseticida ou sal) 
 Inseticidas nos animais domésticos (shampoo, pulverização, coleiras, 
spot-on, injetável ou comprimidos) 
 
 
 
CONTROLE DA TUNGA PENETRANS 
 Usar calçados 
 Usar luvas ao trabalhar em jardins 
 Tratar os locais afetados 
 Cuidados na remoção 
 Controle da tungíase nos animais 
 Pulverizar inseticida no ambiente (intervalo) 
 
 
INTRODUÇÃO A NEMATOCERA (20 de agosto) 
 
Nesta subordem estão os vetores mais importantes para sanidade humana e dos animais. 
São quatro famílias neste grupo que são vetores de patógenos: Psychodidae, 
Ceratopogonidae, Simuliidae e Culicidae. 
Os nematocéros são insetos holometabólicos (desenvolvimento completo – ovo, larva, 
pupa e adulto) 
 
 
 
As larvas se desenvolvem nos ambientes aquáticos ou subaquáticos 
Os adultos são hematófagos. 
Os mosquitos são vetores dos agentes patogênicos causadores da: malária humana, 
filariose linfática, oncocercose e leishmaniose. 
 Pelo menos 3,5 bilhões de pessoas estão em áreas de alto risco para infecção. 
 Os insetos não conseguem se reproduzir no frio, pois não tem autorregulação 
térmica. 
 
Phlebotominae (causador da leishmaniose) 
 Estão associados com áreas úmidas e florestada 
Sintomas em cães: emagrecimento, perda pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, 
crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, anemia. 
O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário que combinará 
hemograma com exame cínico. 
 A maioria é assintomáticos, mas com muitos parasitos na derme. 
 
 
CICLO DE VIDA 
Ovo (6-17 dias) 
Larva (4 mudas de 4-6 semanas) 
Pupa (10-14 dias) 
Adulto (mais ou menos 27 dias) 
A larva é um estágio 
completamente diferente do adulto 
 
 O intervalo geracional (de ovo á ovo) – 7 á 10 semanas 
 Podem se deslocar em um dia 1,5 km e em toda a vida até 25 km, não voando 
com ventos superiores a 15 km/h 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
 Drenagem de áreas ricas em matéria orgânica em decomposição 
 Repelentes de insetos 
 Mosquiteiros 
 Telas em residências e estábulos 
 Talvez os brincos contra moscas dos chifres previnam contra picadas 
 
Família Ceratopogonidae 
Os ceratopogonídeos são pequenos com 1 a 4 mm de comprimento conhecidos 
popularmente no Brasil por maruins, mosquitinho do mangue, mosquitinho palha ou 
mosquitinho pólvora. 
 
COMPORTAMENTO 
 Autógenas, mas precisam de uma hematofagia para maturação dos ovos 
 Vivem próximos aos criadouros (4 km) 
 Maior atividade em dias nublados e úmidos 
 Algumas espécies são específicas por área do corpo do hospedeiro 
 
Ciclo Biológico 
 
 
Causa dermatites alérgicas (hipersensibilidade imediata em ovinos e equinos) conhecida 
como dermatite de verão. A dermatite alérgica em ovinos vem acompanhada de edema 
palpebral e presença de crostas na região periocular. 
 
Controle da dermatite alérgica no verão 
 Afastar ovinos e equinos de criadouros ceratopogonídeos 
 Drenagem de criadouros 
 Proteger os animais contra o ataque de ceratopogonídeos 
 Inseticidas “pour on” 
Ovo: 2-9 dias 
Larva: 4 estágios, até mais de 7 meses 
Pupa 
Adulto: postura de 100-500 ovos 
 
 Testar brincos 
 
 
Família Culicidae 
 
 Gênero Culex (na região sul não causa nenhuma doença, é o mosquito 
doméstico) 
 A preferência de desenvolvimento são em áreas de esgoto. 
 A fêmea coloca os ovos em formato de jangada. 
 
 
 Gênero Aedes (transmite a dengue e a febre amarela) 
 
 
 Anopheles (transmite a malária) 
 A fêmea tem preferência pela água de esgotos 
 
 
CRIADOUROS DE CULICIDAE (coleções de água) 
 Criadouros naturais (no solo): lagoas, pantanais, banhados e alagadiços, poças 
d’agua. 
 Criadouros naturais (recipientes): bromélias, buracos de árvores. 
 Criadouros artificiais (no solo): piscinas, lagos ornamentais. 
 Criadouro artificiais (em recipientes): tanques e caixa d’gua. 
 
ENCEFALOMIELITE 
Vírus da encefalomielite equina do leste (EEE) é transmitida pelo culex, febre do Nilo e 
encefalites. 
 Fonte: aves silvestres infectadas 
 Via de eliminação: sangue 
 Via de transmissão: indireta através de vetores mosquitos (culex spp., aedes spp.) 
 Porta de entrada: pele através da picada 
 Susceptível: principalmente aves. Os humanos e os equinos são hospedeiros 
acidentais (a viremia é baixa nestas espécies, por isso não tem grande 
importância para a manutenção do agente). 
 
Gênero Haemagogus e Sabethes (manutenção do ciclo silvestre da febre amarela) 
 
Gênero Culex quinquefasciatus 
 Distribuição geográfica: cosmopolita, restrito ao peridomicílio e domicílio. 
 Criadouros: depósitos artificiais no solo ou em recipientes ricos em matéria 
orgânica. 
A fêmea coloca apenas 
um ovo na água limpa 
parada. 
 Biologia: espécie altamente sinantrópica. 
 Comportamento (adultos): grande plasticidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HOMEM 
 (hospedeiro definitivo) 
 
 Penetração das larvas através da picada 
 
MOSQUITO CULEX 
 
 
 
 
Anopheles albitarsis (causador da malária) 
 Distribuição geográfica: ocorre em todo Brasil 
 Criadouros: alagados (temporários) em planícies e planaltos 
 Biologia: ecléticos quantos aos criadouros, não tem preferência 
 Comportamento (adultos): picam o homem no interior e fora do domicílio 
 
Anopheles cruzii 
 Distribuição geográfica:litoral brasileiro (do RS ao Sergipe) 
 Criadouros: cria-se apenas em gravatás e broméilas (Mata Atlântica) 
 Biologia: considerados exófilos 
 Comportamento (adultos): ataca indiscriminadamente homem, outros 
mamíferos e aves 
 
Anopheles bellator 
 Distribuição geográfica: no litoral brasileiro do RS até a Paraíba 
 Criadouros: bromélias e epífitas expostas ao sol 
 Biologia:só transmite malária em alta densidade 
 Comportamento (adultos): exófilo e acrodendrófilo (crepuscular) 
 
INTRODUÇÃO A TABANIDAE 
 
 Conhecidos como mutucas, botucas ou moscas dos cavalos. 
 São cosmopolitas, não ocorrendo apenas nas latitudes mais altas em regiões de 
neve eterna. 
Vermes 
adultos Microfilárias 
Evolução das larvas infectantes 
Vermes no sistema linfático 
CONT. DO MOSQUITO 
 São mais facilmente encontrados em ambientes perto de lagos, córregos, rios e 
mangues. 
 São dípteros robustos e os adultos variam de 5 a 25 mm. 
 A picada é dolorosa, pois causa lesão. 
 Os machos são holópticos e florícolas, enquanto que as fêmeas são dicópticas, 
alimentam-se de néctar e sangue, necessário para maturação dos ovócitos e 
oviposição. 
 
Ovos 
 A fêmea coloca de 200 á 1000 ovos. 
 Os ovos são colocados em ambientes aquáticos (banhado ou bromélia). 
Os ovos são depositados sob a forma de massa em plantas ou em terra 
lamacenta. Há ainda registros de oviposição em troncos, rochas e laterais de 
pontes. 
Após cerca de 2 a 3 dias, ocorre a eclosão das larvas de 1º instar. 
 Os adultos vivem cerca de 2 meses, completando 
 
Larvas 
 As larvas são predadoras e vivem em condições lamacentas (de hábitats 
completamente aquáticos a solos lamaçentos e de correntezas lóticas à poças de 
água parada). As larvas de poucas espécies vivem em solos mais secos e outras 
em madeira em decomposição. 
 
Pupas 
 As pupas são do tipo obtecta, variando de 10 a 30mm, de acordo com a espécie. 
 O estágio pupal varia de 1 a 3 semanas, dependendo da espécie e da 
temperatura. 
 
Adultos 
 Os adultos vivem cerca de 2 meses, completando apenas cerca de 2 ciclos 
gonotróficos. 
 A cópula ocorre logo após a emergência e as fêmeas ovipõem após o repasto 
sangüíneo, podendo ovipor de 100 a 1000 ovos por repasto. 
 Quando atingem o repasto completo, voltam a se alimentar num intervalo de 6 
a 10 horas após a oviposição. 
 A ‘manutenção’ anual das populações requer a oviposição bem sucedida deapenas 2% dos espécimes. 
 Mais ativos nos dias quentes, ensolarados, sem ventos e com baixa U.R. 
 O ciclo evolutivo dos tabanídeos leva de 4 a 5 meses nos trópicos e de 1 a 3 
anos nas regiões temperadas 
 
Ciclo biológico 
 Ovo (mais ou menos 4 dias, de 200 á 1000 ovos) 
 Larva (de 7 a 11 mudas em 1 ou 2 anos) 
 Pupa (1 a 3 semanas) 
 Adulto (3 a 4 semanas) 
 
 Os tabanídeos possuem importância médico-veterinária, devido á 
hematofagia realizada pelas fêmeas que ocasiona a espoliação sanguínea e transmissão 
de agentes causadores de doenças. 
 A ferida aberta pela picada permite a invasão bacteriana e o 
surgimento de miíases. 
 Transmissor do vírus causador da anemia infecciosa equina. 
 
Características dos tabanídeos que auxiliam a transmissão de patógenos: 
 Anautogenia: as fêmeas necessitam de um repasto sanguíneo para a maturação 
dos ovos. 
 Telmofagia: os tabanídeos cortam a pele e se alimentam do sangue extravasado. 
Micro-organismos dos tecidos superficiais da pele podem ser ingeridos pelas 
moscas. 
 Grande ingestão de sangue 
 Tempo longo de ingurgitamento (20 minutos á 1h 30 minutos) 
 Interrupção da alimentação devido a picada dolorosa: procura por outro 
hospedeiro para terminar o repasto sanguíneo  transmissão de patógenos entre 
hospedeiros. 
 
Comportamento dos adultos 
 Fêmeas anautógenas (hematófagas) 
 Não invadem edificações e áreas urbanas 
 Causam incômodo em áreas de recreação 
 Comportamento voraz 
 Maior atividade nas horas de maior luminosidade 
 Especificidade relativa 
 
 
MIÍASES (21 de agosto) 
Toda e qualquer infestação do homem e animais vertebrados por lavas de dípteros, por 
um certo período, alimentando-se de tecidos vivos ou necrosados, líquidos, substâncias 
do corpo ou sangue. 
 
 
 
Classificação das miíases 
 
 
 
Família Calliphoridae (moca varejeira) 
 Os califorídeos são dípteros de tamanho médio a grande, geralmente com 
coloração verde, azul ou cinza com brilho metálico. 
 Miíase obrigatória (só em 
tecidos vivos) 
 Miíase facultativa (pode ou 
não infiltrar tecidos vivos ou 
necrosados) 
 Pseudomiíases (se alimentam 
de restos de fezes ainda no 
animal) 
 
 22 espécies na região sul do Brasil 
 
Cochliomyia Hominivorax 
 Associadas a ambientes bem úmidos antigamente 
 Sente cheiro de sangue até 6 km de distância 
 
A técnica de esterilização funciona para o Aedes Aegypt e não para a bicheira? Porque 
ele é essencialmente urbano. 
 
Ciclo Biológico C. hominivorax 
Se desenvolve rapidamente, porque tem um potencial reprodutivo altíssimo, liberando 
de 88 a 330 ovos de 12 a 16h, levando de 6 a 9 dias sendo pupa consumindo 
vorazmente o tecido vivo. As mosca adultas põem ovos sobre feridas e abandonam a 
lesão. As larvas caem e penetram no solo, no solo as larvas mudam para pupas e as 
moscas adultas emergem do pupário (20-60 dias) 
 Quanto mais quente maior a capacidade reprodutiva. 
 
 
 
Comportamento de adultos de C. hominivorax 
 Propagação diária de 20 km 
 Propagação total de 480 km 
 Maior atividade = 24,5ºC 
 Atividade diminui com ventos de 8 á 10 km/h 
 Não voam com ventos de 24 km/h 
 1,3 a 1,6 km dos riachos 
 Uma postura a cada 3 dias (12 total) 
 Postura de mais ou menos 3000 ovos 
 
Técnica de soltura de machos esteréis: Fêmeas copulam só uma vez, mas os ovos são 
inférteis. 
 
Dermatobia hominis (mosca do berne) 
 Toda a américa central exceto chile e nordeste brasileiro a partir do norte da 
bahia 
 
Principais hospedeiros 
 Causa miíase furunculosa 
 Ocorre em mamíferos em geral, mas principalmente em bovinos, cães e homem. 
Raramente em equinos. 
 Menor larva que podemos encontrar contendo espinhos nos seguimentos 
anteriores. 
 Na fêmea adulta os ovócitos já estão prontos, apenas esperando a fecundação 
com o esperma do macho. 
 
 
Características 
 As peças bucais da dermatobia são atrofiadas. 
 O adulto captura outra mosca menor (sobretudo hematófaga) e coloca os ovos, 
em pleno voo, na porção ventral dessa mosca e solta. Não suporta temperaturas 
alta 
 Após uma semana quando o inseto vetor pousar ou for se alimentar sobre um 
animal ou uma pessoa, as larvas levantam o opérculo do ovo e passam para a 
pele onde penetram em 1 hora e 15 minutos. 
 Não deixa lesão prévia 
 
Características dos vetores 
 Hábitos zoófilos (amigo dos animais) 
 Período de voo diurno 
 Tamanho moderado 
 Hábito moderadamente ativo 
 Os principais vetores são: stomoxys calcitrans, musca doméstica. 
 
Patologia 
 As larvas podem produzir sensação de picada ou prurido ao penetrar 
 Em torno delas surge uma inflamação e a formação de uma cápsula fibrosa 
 Externamente a lesão parece um furúnculo, em cujo vértice há pequeno orifício 
onde pode-se ver a placa espiracular. 
 Cada lesão corresponde a uma larva, podendo o paciente apresentar uma ou 
mais, localizando-se frequentemente no dorso; menos vezes, nas pernas, braços 
ou na cabeça. 
 Além do tumor local, os pacientes se queixam de dores agudas, como ferroadas 
e sentem os movimentos das larvas. 
 O diagnóstico é clínico e não oferece dificuldades. 
 O tratamento é feito pela retirada da larva. 
 Um método prático consiste em aplicar uma faixa de esparadrapo sobre a 
região. 
 Em alguns casos, pode ser necessária a extração cirúrgica, mediante prévia. 
anestesia local. 
 
Importância econômica 
 Incomodo 
 Lesões no couro 
 Custos com controle 
 Sáude publica 
 Redução de crescimento e redução de leite 
 Em ovinos causa miíase cutânea 
 
Controle de Dermatobia 
 Ovo: inseticida para matar os vetores 
 Larva: inseticida bernicida 
 Adulto: época do ano, intervalo entre tratamentos (período de parasitismo + 
poder residual), vantagem do carrapaticida inseticida. 
 
Gênero Gasterophilinae 
 As larvas vão se desenvolver no sistema digestório, onde tenha ação de suco 
gástrico. 
 Dá um rasante embaixo do equino e o ovo se prende na pelagem do animal e 
de alguma forma o animal o ingere, colonizando o TGI. 
 Tem espíraculos com membranas que é por onde a larva respira (quando o 
equino tem aerofagia, a larva abre o espíraculo e respira) 
 
Ciclo biológico 
 Ingere o ovo e vira larva (10-11 meses) colonizando o TGI, sendo liberada nas 
fezes. 
 Gasterophilus nasalis – oviposição nos pelos acima do lábio superior 
 Gasterophilus intestinalis – pode ovipositar em todo o corpo, mas 
preferencialmente nos membros anteriores. 
 
 
Patogenia 
 Presença de muitas larvas parasitando o estômago do animal 
 
Importância 
 Úlceras 
 Abcesso gástrico 
 Ruptura estomacal 
 Prolapso retal 
 Custos com controle 
 Saúde pública 
 
Controle 
 Espécie univoltina 
 População de adultos (período de verão) 
 População de larvas (período de inverno) 
 Tratamento anual é feito no período de inverno 
 Triclorfon e Diclorvos (95 a 100%) 
 
 
Gênero Oestrinae (bicho da cabeça) 
 
Características 
 Não tem espinhos 
 Os espiráculos são abertos parecidos com uma esponja, já que ela fica todo o 
tempo respirando, pois está na cavidade nasal dos animais 
 Fêmea joga as larvas prontas (o ovo se desenvolve dentro da fêmea) próximo a 
cavidade nasal dos animais 
 Acomete mais ovinos e caprinos 
 Causa uma reação inflamatória e se alimenta de muco purulento. 
 Causa miíase nasal, nos seios frontais e nasais. 
 
Ciclo biológico 
 Larva (1 a 9 meses) 
 Pupa (1 a 2 meses em uma temperatura de 12,5 a 35ºC) 
 Adulto (500 larvas) 
 
Importância 
 Incômodo 
 Gastos com controle 
 Infecções secundárias 
 Diminui 4% o ganho de peso nos ovinos 
 Pode invadir o globo ocular do homem 
 
 
Controle 
 Espécie com 2 gerações/ano 
 Período de larva longo (1 a 12 meses) 
 População de adultos (período de verão) 
 Dois tratamentos (final do verão/outono e outono/inverno) 
 Ivermectina(99%) 
 
FAMÍLIA MUSCIDAE (moscas) 
Haematobia irritans (mosca dos chifres) 
 Os ovos tem cerca de 1 mm de comprimento e são depositados só nas fezes 
frescas de bovinos 
 Tem 1 a 3 estágios de larva que utilizam bolos fecais para desenvolvimento e 
alimentação. 
As larvas maduras migram para a superfície do solo. A puparização ocorre 
dentro, embaixo ou próximo ao bolo fecal. 
 As pupas tem 3-4 mm de comprimento e cor castanha. O período de 
desenvolvimento é de 6 a 26 dias, dependendo da temperatura do ambiente. 
 O nome “horn-fly” originou-se da tendência destas moscas a agruparem-se a 
redor dos chifres, especialmente antes das chuvas. 
 Tem cor cinza com algumas marcas no tórax, e com a probóscide larga 
apicalmente, como uma espada. 
 Os adultos da mosca dos chifres parecem muito com os da mosca dos estábulos, 
mas tem 50% do seu tamanho. 
 Quando pousada no animal, a mosca sempre dirige sua cabeça para baixo. 
 Adultos permanecem dia e noite no animal (não se afasta do hospedeiro) 
 Te aparelho bucal pequeno 
 Os adultos emergem do pupário em 6-8 dias 
 Moscas de ambos os sexos permanecem no gado e se alimentam de 20 a 35 
vezes por dia. 
 Se desenvolve nas fezes dos bovinos. 
 É comum haver de 1000 a 4000 moscas por animal, o que representa uma perda 
significante de sangue. 
 
H. irritans e os touros 
Os bovinos machos são os mais atacados pelas moscas (até 20.000 moscas), porque: 
 As moscas são atraidas pelo nível de testosterona; 
 Seus pescoços grossos não lhes permitem desalojar as moscas. 
 Normalmente os adultos da H. irritans preferem os animais escuros, mas podem 
ser encontrados em qualquer raça ou pelagem. 
 
Foi observado que as moscas dos chifres se alimentam nas marcas do ferro quente, e 
quando as populações são elevadas elas descansam, sem se alimentar, em outras espécies 
de animais. 
 
Importância econômica 
 Importância econômica e nível de dano ainda são discutíveis. 
 Maior impacto é na produção de leite, e por consequência no peso dos bezerros 
desmamados. 
 H. irritans é vetor do nematódeo Stephanofilaria stilesi. 
 
Controle químico 
 Bolo de reguladores de crescimento de insetos (contém sal e mata ovos e larvas 
nas fezes) 
 Liquido pulverizado 
 Pour on 
 Brincos 
O melhor controle químico das moscas dos chifres começou com a introdução dos 
brincos com inseticidas tópicos dentro de uma base plástica, distribuindo-se pela 
superfície do corpo dos animais. 
Nos últimos anos o maior problema foi o desenvolvimento e expansão da resistência 
aos brincos nas moscas dos chifres, especialmente os brincos feitos com piretróides. 
 
Recomendações para retardar a resistência aos brincos 
 Atrasar o tratamento até a população das moscas dos chifres exceder 200 moscas 
por animal. 
 Usar só o número de brincos/animal recomendado, normalmente 
 Colocar brincos em todos os bovinos adultos do rebanho. 
 Tirar os brincos velhos, quando estes não estão ativos. 
 Se a ineficácia for óbvia, usar outra forma de controle. 
 
Controle físico das moscas dos chifres 
 Armadilhas tipo túnel 
 É usado comercialmente na produção leiteira 
 
Controle biológico da mosca dos chifres 
 Besouros coprófagos (onthophagus gazela) foram recomendados como controle 
biológico nas pastagens, para destruir os bolos fecais. 
 Existe preocupação com o impacto das lactonas macrocíclicas (especialmente 
avermectinas) nas larvas abaixo do solo. 
 
 
 
Musca domestica 
 Díptero lambedor, não hematófago dos humanos e animais 
 Distribuição cosmopolita (em todos os continentes, menos na antártica) 
 Causa epidemias de doenças entéricas 
 Associados a habitação e locais onde se encontram animais domésticos 
 
Aparelho bucal da Musca domestica 
 As moscas domésticas tem aparelhos bucais usados para se alimentar em líquidos 
e substânciassemi-sólidas, inclusive esterco, rações, açúcar ou pratos com comida. 
 Patógenos levados no corpo ou regurgitados em vômito salivar podem ser as 
causas das doenças como antraz, mastite, Shigella e outras bactérias entéricas. 
 
Habitats larvais da M. domestica 
 As larvas da M. domestica não são encontradas nas fezes frescas porque elas são 
muito ricas em materiais orgânicos. 
 
Stomoxys calcitrans (mosca dos estábulos) 
 Na era em que os cavalos eram extensivamente usados para agricultura e 
transporte, o habitat mais comum para larvas do S. calcitrans era o esterco do 
cavalo, acumulado perto dos estábulos, por isso o nome “mosca dos estábulos”. 
 Com o decréscimo do número de cavalos usados na agricultura moderna, S. 
calcitrans se adaptou a outros habitats. 
 O aparelho bucal do S. calcitrans contém grandes dentes prestômios no fim da 
probóscide usados para penetrar a pele. 
 A picada desse animal é extremamente dolorosa 
 Alimentação: Ambos os sexos são hematófagos (as fêmeas precisam de sangue 
antes da oviposição e ingerem sangue várias vezes ao dia, causando muita dor 
aos hospedeiros) 
 Comportamento do rebanho: a alimentação das moscas causa muita dor aos 
animais e provoca agrupamento. 
 Larvas: outros habitats de desenvolvimento das larvas são: algas fermentadas nas 
praias, bagaço de cana-de-açucar ou amendoim e até grama cortada e 
compostos acumulados. 
 
 
Importância econômica 
 Importância econômica e o nível de dano ainda são discutíveis 
 A picada das moscas é muito dolorosa e perturba e estressa muito os animais 
 O resultado é a redução no ganho de peso, na eficiência da conversão da 
comida e na produção do leite. 
Os ovos das duas espécies tem cerca de 1 mm de comprimento. Eles são 
depositados em grupos irregulares de 1 a 50 ovos, em lixo orgânico que 
tem bastante umidade para sustentar a fermentação microbial aeróbica. 
Como em odos os muscídeos, existem três estágios larvais. As 3ª larvas 
maduras tem coloração creme e 8-15 mm de comprimento. 
O tempo de desenvolvimento das larvas do S. calcitrans é de 10 a 20 dias 
e da M. domestica é de 3 a 8 dias. 
 
Espiráculos posteriores das larvas 
Muitas vezes as larvas das duas espécies são encontradas nos mesmos habitats e locais 
onde se encontram animais. Por isso é necessário distinguir as duas espécies. 
 
 
 
Estágios larvais e pupal 
É possível distinguir as duas espécies pelas diferenças em tamanho: todos os estágios 
imaturos das moscas domésticas são maiores. 
 
Pupas de S. calcitrans e M. domestica 
 As larvas maduras de ambas espécies migram para zonas secas, para pupação. 
 As pupas das duas especies tem 3-4mm de comprimento e cor castanha. 
 O estágio pupal depende da temperatura ambiental. É de 6 a 26 dias para a S. 
calcitrans, e de 3 a 10 dias para M. domestica. 
 
Os adultos do S. calcitrans e M. domestica 
 É fácil distinguir os adultos da M. domestica e S. calcitrans. A probóscide, 
adaptada para perfurar a pele, está projetada para frente na S. calcitrans. 
 M. domestica é maior, e tem diferentes desenhos no tórax. 
 
Controle 
 Controle das moscas de estábulos e moscas domésticas tem mais sucesso com o 
manejo do saneamento ou redução dos lugares de origem das larvas. 
 
Controle biológico da mosca dos estábulos e da mosca doméstica 
 Vespas microhymenopteras: coloca seus ovos dentro do pupário e quando se 
desenvolve devora a mosca. 
 Ácaros macroquelídeos 
 
 
Controle físico das moscas dos estábulos 
 Ninguem sabe porque as armadilhas de Alsynite atraem S. calcitrans. 
Independente da forma, a fibra de vidro atrai. A cola fixa as moscas. 
 
Controle químico das moscas de estábulos 
 Quando o manejo das populações de S. calcitrans depende somente dos 
pesticidas, os resultados são insatisfatórios e muito caro. 
 Inseticidas de forma líquida pulverizada controlam as moscas só por pouco 
tempo. 
 Existe a possibilidade de usar atrativos (exemplo Rabon Larvicida Oral) 
 
Controle químico das moscas domésticas 
 Quando o manejo das populações da M. domestica depende somente dos 
pesticidas, osresultados são insatisfatórios e muito caro. 
 Inseticidas na forma líquida pulverizada controlam as moscas só por pouco 
tempo. 
 Existe a possibilidade de usar isca com inseticida. 
 
 
ORDEM PHTHIRAPTERA – PIOLHOS (27 de agosto) 
 São ectoparasitos obrigatórios permanentes (precisam do hospedeiro para seu 
desenvolvimento) 
 Alta especificidade parasitário (hospedeiro e área do corpo – piolho escolhe 
apenas um tipo de hospedeiro e área parasitária) 
 Tem piolhos hematófagos ou mastigadores (se alimentam de células de 
descamação- causam irritação mecânica e pelos dejetos) 
 Atacam aves e mamíferos 
 Grande irritação no hospedeiro (prurido) 
 Queda de produção 
 Transmissão de patógenos (cestódeos, rickettsias) 
 Mais de 3000 espécies descritas 
Morfologia geral 
 São ápteros (não tem asas, não pulam) 
 Achatados dorso-ventralmente 
 É dividido em cabeça, tórax e abdômen 
 Se a cabeça for maior que o tórax (hematófago) 
 Se a cabeça for mais larga que o tórax (mastigador) 
 Peças bucais (mastigadoras parte ventral da cabeça e hematófagos capazes de 
penetrar o tecido) 
 Tem 3 pares de patas contendo garras ou unhas. 
 Contém placa torácica 
 O macho tem a extremidade posterior arredondado onde aparece o pênis e a 
fêmea tem a extremidade posterior bífida. 
 
Subordem Anoplura (sugadores, antenas livres) 
 São picadores, sugadores que não atacam aves (piolho de aves são 
mastigadores) 
 Cabeça mais estreita que o tórax 
 Antenas livres com 5 segmentos 
 Porção anterior da cabeça em cone com ápice arredondado 
 Patas robustas 
 Grande garra + espinho na tíbia = fixação nos pelos 
 Pequeno dismorfismo sexual (distinguida pela extremidade posterior) 
 
1. Haematopinus (H. suis, H. quadripertusus) 
 Em bovinos é chamado de piolho do focinho longo. 
 Muito grandes 
 Cabeça estreita e alongada 
 Antenas com 5 artículos 
 Placa esternal preta e bem desenvolvida 
 Abdomen mais largo que o tórax 
 Sem olhos, com tubérculos ocelares 
 
2. Linognathus 
 Em bovinos é chamado de piolho do focinho curto 
 Primeiro par de patas menor 
 Sem olhos e sem tubérculos ocelares 
 Sem placas quitinizadas 
 Extremamente piloso (vários pelos pelo corpo) 
 Aberturas respiratórias bem visíveis 
 Abdomen abaulado (Linognathus setosus – cães) 
 
Subordem Ischinocera 
 Mastigadores 
 Atacam aves e mamíferos 
 Cabeça mais larga que o tórax 
 Antenas livres com 3 ou 5 segmentos 
 Cabeça quadrada 
 
1. Trichodectes (T. canis) 
 Ataca cães 
 
 
 
 
♂ 
♀ 
 Piolho pequeno 
 Cabeça retangular, mais larga que longa 
 Fronte arredondada 
 Pilo – cerdas longas 
 Antena com 3 segmentos iguais (fêmea) ou com primeiro bem maior 
(macho) 
 Sem placas abdominais 
 Hospedeiros intermediários do dipylidium 
 Parasitam cabeça, pescoço e cauda, ficando preso a base do pelo. 
 Causa irritação intensa com descamação da pele, muito pruriginosa 
 
2. Bovicola (B. ovis, B. bovis, B. caprae) 
 Cabeça quadrada, tão larga quanto longa 
 Cerdas abdominais curtas 
 A antena com o segundo segmento maior que os demais em machos e 
fêmeas 
 
Biologia/epidemiologia 
Hospedeiros 
 Especificidade (ataca uma única espécie e preferência por partes do corpo) 
 Atacam animais jovens ou debilitados 
 Monoxenos 
 Parasitos permanentes 
Alimentação 
 É dependente da espécie 
Distribuição geográfica 
 São cosmopolitas 
 Atacam nos meses mais frios 
 
Stress térmico e nutricional + aumento da umidade e diminui a incidência solar + 
pelagem mais alta + menor controle de ectoparasitos 
Ciclo evolutivo 
 São hemimetabólicos (ovos, 3 estágios de ninfa e adulto) 
Transmissão 
 Direta: no frio, os animais se mantém juntos decorrente da temperatura 
 Indireta: o animal se coça e deixa os piolhos no ambiente, parasitando outros 
animais. 
Tem uma curta sobrevida fora do seu hospedeiro normal 
 
Patogenia 
 Picada (saliva) prurido 
Movimento sobre a pele animal se coça e morde 
Menor ingestão de alimento 
 escarificações da pele 
 Dermatites 
Bacterianas 
 Queda na produção 
 
Prejuízos 
 Qualidade do couro 
 Ganho de peso 
 Produção de leite 
 Produção de ovos 
Diagnóstico 
 Apresentação 
 Sinais (prurido) 
 Detecção de adultos e lêndeas 
Diagnóstico laboratorial 
 Retira o piolho, coloca no álcool e traz para a detecção da espécie. 
Controle 
 Revisões periódicas (infestação inicial) 
 Se encontrar piolho em um animal, todos deverão ser tratados 
 Entrada de animais (quarentena) 
 Imersão, pour-on ou aspersão de piolhicidas no outono (fosforados, piretróides) 
em um intervalo de 10 a 15 dias 
 Ivermectinas para sugadores 
 
 
CARRAPATOS (28 de agosto) 
Familia ixodidae (no sul, só temos essa família) 
 Carrapatos duros 
 Escudo quitinoso dorsal 
 Ataca mamíferos, aves, répteis 
 Maioria de interesse 
 Três pares de patas 
 
 
 
Família Argasidae 
 Carrapatos moles 
 Ausência de escudo 
 Mais frequente em aves e é chamado de “chão” 
 Poucos com importância 
 
São ectoparasitas obrigatórios (hematófagos) 
Aracnídeos da ordem Acari (próximo aos ácaros) 
Parasitos temporários 
Dependentes de umidade e temperatura ambiental 
 
São ectoparasitas que causam as maiores perdas econômicas no mundo, devido a: 
 Transmissão de doenças e toxicoses (saliva  paralisia) 
 Queda de produção de carne e leite (irritação + hematofagia) 
 Desvalorização dos couros (lesões e miíases) 
 Queda de fertilidade 
 Problemas na comercialização de animais 
 Altos custos do controle: produtos, instalações, mão de obra 
 
 
Família Ixodidae 
Características 
 Capítulo situado anteriormente e visível quando observado de cima 
 Escudo presente (se cobrir todo o dorso é macho e só a porção anterior nas 
fêmeas) 
 Dimorfismo sexual aparente (se o escudo cobrir todo o dorso é macho e só a 
porção anterior nas fêmeas) 
 Machos bem menores que as fêmeas 
 Espiráculos grandes localizados posteriormente ás coxas IV 
 Ciclos com 1 a 3 hospedeiro 
 
Morfologia geral 
Dividido em Gnatossoma (capítulo e peças bucais) e idiossoma (patas, estigmas 
respiratórios, orifício genital, orifício anal ... 
 Quelíceras (facas serrilhadas para penetrar na pele) 
 Hipostômico (“fisga de anzol”) 
 Palpus (sensor) 
 
Quando o carrapato fisga o hospedeiro, o palpus fica fora e as quelíceras e hipostômio 
ficam dentro da pele. 
Os carrapatos expelem um cemento para ajudar na adesão ao animal. 
 
Aspectos biológicos 
O carrapato fêmea deposita os ovos  larva de seis patas  ninfa de oito patas  
carrapato adulto 
 
Características biológicas gerais 
 Postura única, com grande número de ovos (mais ou menos 3000) 
 Após a postura 
Órgão de guenê secreta uma secreção pegajosa para hidratação dos ovos 
 
Ciclo de vida de um ixodídeo trioxeno (3 hospedeiros) 
 
 
Ciclo de vida de um ixodídeo monóxeno (1 hospedeiro) 
 
 
Gênero Boophilus microplus (carrapato do boi) 
 Bovídeos e mais raramente hospedeiros domésticos e silvestres 
 Só excepcionalmente ataca o homem (raro se fixar) 
 Carrapato monóxeno (um só hospedeiro) 
 Ciclo: uma fase parasitária (no hospedeiro, 21 a 25 dias) e uma fase no ambiente 
(30 dias). 
 
Morfologia 
 Peças bucais curtas (do tamanho da base do capítulo) 
 Escudo não ornamentado (de uma cor só) 
 Sem festões (reentrâncias) 
 Abertura respiratória circular 
 Coxa do primeiro par de patas contém duas projeções triangulares 
 Macho com dois pares adanais e apêndice caudal (rabinho) 
 
Controle de R. (boophilus) microplus 
 Carrapaticidas 
 Criação de bovinos mais resistentes 
 Manejo de pastagens Vacinas (cubana e australiana – são feitas com uma proteína do intestino do 
carrapato, mas só reduz 50% dos carrapatos) 
 
Controle fora do hospedeiro (fase de vida livre) 
 Descanso dos potreiras mais infestadas 
 Roçar campo sujo (desfaz clima favorável) 
 Alternar o pastoreio com ovinos e equinos 
 Implantação de lavouras 
Controle no hospedeiro (fase parasitária) 
 Carrapaticidas (organofosforados, amitraz, piretróides, avermectinas) 
Pulverização 
Banho de imersão 
Aplicação dorsal (pour on) 
Injetável - endectocidas 
 
Amitraz não tem poder residual (mata o que está no animal, mas não impede de novas 
larvas se desenvolverem no animal) 
Deve-se aplicar três banhos em 20 dias para impedir reinfestação nos animais 
 
Dinâmica populacional de Boophilus micropolus no RS 
 
 
 
 
 
Rhipicephalus sanguineus (carrapato marrom do cão) 
 Trioxeno (ataca cães e mamíferos) 
 Mudas realizadas fora do hospedeiro 
 Cosmopolita 
 Escala paredes, muros e abriga-se em frestas e forros 
 Espalha-se pelas habitações, com alta multiplicação (difícil controle) 
 Longa sobrevivência no ambiente (adultos – até 19 meses) 
O CONTROLE DEVE SER 
FEITO NA F1, ONDE ESTÃO 
OS CARRAPATOS QUE 
SOBREVIVERAM AO 
INVERNO 
 Maior parasitismo nas orelhas e membros anteriores dos cães 
 
Morfologia 
 Peças bucais curtas 
 Base do capítulo hexagonal 
 Escudo não ornamentado 
 Contém festões (em fêmeas ingurgitadas os festões somem) 
 Abertura respiratória em forma de vírgula 
 Coxa da primeira pata com fenda profunda 
 Macho tem 1 par de placas adanais e sem apêndice caudal 
 
Controle de Rhipicephalus sanguineus 
 Carrapaticidas no cão 
 Carrapaticida no ambiente (piso, parede e teto) 
 Higiene do ambiente 
 Inspeção rigorosa frequente 
 
Amblyomma spp. 
 Ataca animais domésticos e silvestres 
 Pode parasitar o homem 
 Trioxeno 
 Mudar realizadas fora do hospedeiro 
 Ciclo longo 
 Longa sobrevivência fora dos hospedeiros 
 Cães do meio rural 
Fica no hospedeiro de 15 a 18 dias. Já no ambiente fica aproximadamente 2 anos. 
 
Morfologia 
 Escudo ornamentado 
 Peças bucais longas 
 Com festoes 
 Abertura respiratória em forma variável 
 Coxa da primeira pata com espinhos de tamanho variável 
 Sem apêndice caudal e placas adanais 
Boophilus Rhipicephalus Amblyomma 
 
 
 
ÁCAROS CAUSADORES DE SARNAS (03 de setembro) 
Definição de sarna: termo utilizado para designar as doenças crônicas de pele causadas 
por ácaros parasitas, caracterizadas por dermatite pruriginosa e perda de pelos. 
 
Importância diminui a produção de lã, leite e 
carne 
PEÇAS BUCAIS 
ESCUDO 
FESTÕES 
PLACAS ADANAIS 
COXA 1 
APÊNDICE CAUDAL 
 Perdas econômicas diminui fertilidade 
Sarna nos animais Custos com sarnicidas e mão de 
obra 
 Fator emocional estética e sofrimento 
 
 Potencial enzoótico 
 
 
Etiologia 
Ordem: acari 
Subordem: Sarcoptiformes (astigmata) e Trombidiformes (prostigmata) 
 
Família Sarcoptidae Psoroptidae Demodecidae 
 
Gênero Sarcoptes, Psoroptes Demodex 
 Notoedres e Chorioptes 
 Cnemidocoptes Otodectes 
 
 
 
SARCOPTIFORMES 
Diferenças morfológicas básicas entre a família sarcoptidae e família psoroptidae 
 
 Sarcoptidae Psoroptidae 
Formato do idiossoma globoso elíptico 
Formato do gnatossoma arredondado forma de cone 
Comprimento das patas bem curtas longas 
 
 3 e 4 não ultrapassam a borda do corpo todas ultrapassam a 
borda 
Dimorfismo sexual muito pouco M: posterior 
bilobado 
 
 Macho parecido com a fêmea F: posterior 
arredondado 
 
 
 
 
 
 
 
Características dos gêneros 
1. Sarcoptes 
 
 
 
 
2. Notoedres 
 
 
3. Cnemidocoptes 
 
 
 
 
4. Psoroptes 
 
 
 
 
 
5. Chorioptes 
 S. escabiei (hominis, canis, suis, cuniculli, equi, bovis, 
caprae, ovis) 
 Única espécie com várias subespécies (conforme o 
hospedeiro a que se adapta) 
 Se não está no seu hospedeiro original, faz um ciclo 
e depois fica estéril. 
IMPORTANTES: Sarna humana, canina e suína 
 Tegumento é cheio de escamas, espinhas, estrias 
 
 
 
 
 N. canis 
 Sarna notoédrica: focinho e orelhas de gatos e 
coelhos 
 Sarna crostosa 
 
 C. pilae - crostas na base do bico de periquitos 
 C. mutans – sarna escamosa das patas de galiformes 
 C. jamaicensis – patas de canários 
 C. leavis - base da pena de pombos 
 C. gallinae – base da pena de galináceos 
 Única sarna que ataca somente aves 
 Sarna crostosa ao redor dos olhos, bico e patas 
 
 P. communis (cuniculli, ovis, equi, bovis, caprae) 
 É a que causa sarna ovina 
 Tem o corpo elíptico, patas longas, gnatossoma em forma de 
cone. 
 A fêmea sempre vai ter o posterior arredondado e os dois 
últimos pares de patas do mesmo tamanho. 
 O macho tem o posterior bilobado e a pata quatro 
praticamente atrofiada 
 Em coelhos forma crosas, tampões no pavilhão auricular 
 C. bovis (base da cauda e regiões ventrais) e C. equi (patas) 
 Ocorre principalmente em bovinos de confinamento 
 
 
6. Otodectes 
 
 
 
Biologia 
 Ovo 
 Larva (3 pares de patas) 
 Ninfa (4 pares de patas) 
 Adulto (4 pares de patas) 
 São parasitos permanenes 
 Sarcoptídeos em galerias 
 Psoroptídeos superficiais 
 Contágio direto ou indireto 
 Ciclo total : Sarcoptídeos (14-20 dias) e psoroptídeos (10 dias) 
 Se alimentam de células de descamação 
 Cnemidocoptes vivem agregados 
 
 
 
 
Epidemiologia 
 Cosmopolitas (parasitos permanentes) 
 
 Psoroptídeos são mais frequentes 
 
 
 Animais de produção ovinos e suínos 
 
 Clima temperado  problema no inverno 
 
Patogenia 
 C. cynotis 
 Causa sarna no pavilhão auricular (otite) 
 Problema em cães e gatos 
 Forma cerume escuro 
Ciclo mais curto 
Superficiais (contato direto ou indireto) 
Mais fácil 
Maior sobrevivência no ambiente 
Stress térmico 
Menor oferta de alimentos 
Maior agrupamento 
 Prurido intenso 
- hipersensibilidade 
- irritação mecânica 
- produtos de secreção e excreção 
- resposta inflamatória local 
 Alopecia 
- morte do folículo piloso 
 - escarificação  inflamação 
 Crostas 
- lesão de tecidos (+ coçadas)  exsudato hemorrágico  coagula (crostas) 
 
Diagnóstico 
 Clínico – anamnese e sinais 
 Laboratorial 
Raspado de pele - clarificação 
 - microscopia 
 
Profilaxia 
 Isolar e tratar os animais doentes 
 Diagnóstico e tratamento precoces em humanos 
 Orientar proprietários  médico 
 Cães e gatos: tratar todos da casa 
 Repetir o tratamento 2 a 3 vezes (semanal) 
 Higienizar o ambiente, roupas e roupas de cama 
 Propriedades enzoóticas: tratamento preventivo 
 
 
 
DEMODEX 
 Prostigmata (tem um par de aberturas respiratórias entre gnatossoma e 
idiossoma) 
 Ocorre normalmente em animais jovens por alterações imunológicas, porém 
cães de raças definida e de pelo curto também são alvos. 
 Causa a chamada “sarna negra” ou sarna demodécica 
 
Definição de sarna demodécica 
 Processo inflamatório da pele de cães (sobretudo jovens), associado a 
alterações imunológicas, caracterizado por número anormal de ácaros em relação 
aos animais normais (faz parte da microbiota acariana natural da pele dos cães). 
 É a dermatopatia de terapia mais difícil (não neoplásica), com resultados 
desalentadores para clínicose proprietários. 
 
Espécie do gênero 
 Demodex canis 
Faz parte da microbiota cutânea natural dos animais (52% dos animais normais). 
Estão presentes em folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. 
Se alimentam da secreção sebácea e células dos folículos pilosos. 
 
Morfologia 
 
 
 
 
Biologia 
 Ovo  larva  ninfa  adulto 
 Ficam na base dos folículos pilosos 
 Geralmente comensais (50 a 55% dos cães são portadores) 
 Vivem no interior dos folículos pilosos e glândulas sebáceas 
 Gnatossoma sempre voltado para dentro 
 Curta sobrevivência fora do hospedeiro (poucos minutos) 
 
Epidemiologia 
 Contágio – queda de resistência (linfócitos T) 
 Neonatos – amamentação 
 Sem transmissão transplacentária 
 Sem transmissão por contato 
 Predisposição 
- raça definida 
- pelo curto 
- jovens (até 18 meses de idade) 
- famílias (genética) 
- estados fisiológicos (cio, parto) 
- estados patológicos (dirofilaríase, ancilostomíase, cinomose) 
 
Imunologia 
 Demodicose é mais uma imunopatia do que uma dermatite parasitária. 
 Cães clinicamente saudáveis – imunodepressão experimental – demodicose em 
60%. 
 
Diagnóstico 
1. Anamnese 
- família 
- faixa etária 
- local das lesões iniciais (1/3 anterior) 
2. Clínico 
- Alopecia 
 Corpo bem alongado (“crocodilo”) 
 2 quelíceras e 2 palpus 
 Patas atrofiadas, triarticuladas, anteriores 
 Um par de aberturas respiratórias próximas ao capítulo 
 Ausência de cerdas e espinhos 
 Pequeno dimorfismo sexual 
 
- Discreto prurido 
- Exsudação mau cheiro 
- Cor da pele tendendo ao cinza 
- Espessamento da pele 
- Crostas hemorrágicas 
- Linfonodos aumentados 
3. Laboratorial 
- Raspado de pele 
- Potassa a 10% ou Lactofenol 
- Microscopia 
 
 
Prognóstico 
 Reservado – cura de , no máximo, 60% 
dos casos 
 Quadro mais grave, com prognóstico mais reservado: 
- grande número de ovos e formas jovens encontrados 
- diagnóstico tardio 
- raças de pelo longo (raro curar Sheep Dog) 
- Dálmata – não responde a tratamento 
 
Controle 
 Tratar os animais afetados  não separá-los dos demais  retirá-los da 
reprodução 
 
 
 
 
PROTOZOÁRIOS (04 de setembro) 
Uma parte da vida deve ser intracelularmente e são microscópicos. 
Protos = primeiro zoarium = animal 
 São seres unicelulares 
 Microscópicos (1-150 um) 
 Simbiontes (ex. protozoários do rúmen) e parasitos (afetam o hospedeiro) 
 Ciclo biológico/poder reprodutivo (ciclo reprodutivo rápido, produzindo vários 
em pouco tempo) 
 Imunidade do hospedeiro/mecanismos de escape (muito dos protozoários são 
atacados pelo sistema imune) 
Ex. Toxoplasma: os protozoários se instalam em locais onde geralmente não tem 
resposta imune (retina, cérebro) 
 Todos os animais superiores são infectados por uma ou mais espécies de 
protozoários 
 A infecção geralmente se dá de forma assintomática, podendo evoluir para uma 
forma fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos. Para que a doença 
evolua depende da espécie do protozoário, da cepa e da resistência do 
hospedeiro. 
 Única célula realiza todas as funções mantenedoras da vida (alimentação, 
respiração, reprodução, excreção e locomoção) 
 
Formas variadas 
 É o diagnóstico de certeza 
 Comprimir 
 Raspado profundo 
Bordas de lesões mais recentes (PROVA) 
 Achado fácil de adultos, ninfas e ovos 
 Complementar com antibiograma - 
dermatite 
 
 
Localização 
 Intracelular (ex. babesia) 
 Extracelular (geralmente precisam de uma organela) 
 
Estrutura básica 
 Membrana 
 Organelas: ajudam na locomoção, nutrição, proteção e sustentação. As principais 
organelas são os flagelos (parasita se locomovem sempre na direção do flagelo), 
membrana ondulante, cílios e pseudópodes. 
*O balantideo contém abertura para alimentação chamado de citóstoma 
 Organelas de nutrição: os pseudópodes capturam o alimento que vai parar nos 
vacúolos digestivos 
 Organelas de proteção são a membrana citoplasmática e parede cística 
 Organelas de sustentação (axóstilo) 
 Organelas de fixação são os discos suctoriais (colam na parede do órgão) 
 Núcleo 
 
 
GIARDIA LAMBLIA (G. intestinalis = G. duodenalis) 
Ataca humanos e animais domésticos de todas as idades, porém o quadro mais severo se 
dá em filhotes. 
A maior ocorrência se dá em animais agrupados em canis e gatis, práticas sanitárias 
deficientes, população de animais de rua e animais jovens. 
Tem altas prevalências (16% dos cães clinicamente saudáveis e 10% dos gatos infectados 
que não apresentam sinais clínicos). Os cães com diarreia atendidos no HCV 40-50% 
estão infectados. 
A infecção nos cães se dá por ingestão de cistos fecais presentes em água, alimento e 
pelagem. Geralmente a infecção ocorre em parques, praças, passeios pela rua, banho e 
tosa e em hotéis. 
 
 
 
 
 
 
Potencial zoonótico – genotipagem por PCR 
 Genótipo Hospedeiro 
 A Homem, cão, gato, bovino, ovino, suíno, cobaia, gorila, foca 
 B Homem, cão, gato, bovino e outros mamíferos 
 C,D Cão, gato, coiote, lobo, camundongo 
 E Bovino, ovino, caprino, alpaca e suíno 
 F Gato 
 G Rato doméstico 
*Sendo os genótipos A e B de caráter zoonótico 
 
ZOONOSE 
Morfologia do Trofozoíto 
 Possui uma fase para se alimentar (Trofozoíto) 
 Piriforme, simetrial bilateral, disco suctorial, nucleado, com axóstilos e 4 pares de 
flagelos. 
 
Morfologia do cisto 
 Forma de infecção (cisto): trofozoíto enrolado em si mesmo, o qual secretou 
proteínas para formar uma nova membrana para proteger o protozoário. 
 É ovalado, possui de 2 a 4 núcleos, axóstilos e parede celular 
 
 
 
Biologia 
 Habitat: duodeno e início do jejuno 
 Ciclo: cisto  trofozoíto  cisto 
 Forma infectante: cisto 
 Reprodução: assexuada (fissão binária longitudinal) 
 PPP: 1 a 2 semanas 
 
 
A divisão ocorre na sequência: núcleos, flagelos, disco suctorial e citoplasma. 
 
Ação sobre o hospedeiro 
 Forração da mucosa intestinal por trofozoítos 
 
A irritação que a locomoção do tropozoíto causa reduz a área de absorção, 
aumentando a motilidade intestinal, causando diarreia. 
 
Podemos ter portadores assintomáticos até sintomáticos, dependendo da resposta 
imune do hospedeiro, da idade, da virulência da cepa e da dose infectante. 
 
 O animal apresenta diarreia persistente ou intermitente 
 Fezes com odor fétido e raias de gordura 
 Vômito 
 Distensão (gases) e dor abdominal 
 Perda de peso 
 Redução no desenvolvimento de filhotes 
 Redução da absorção de gorduras, vitaminas lipossolúveis, vitamina B12, ferro e 
lactose. 
 
Infecção nos gatos 
 Fezes pastosas ou diarreicas 
 Raramente vômito 
METRONIDAZOL E 
ALBENDAZOL FUNCIONA 
BEM EM CÃES 
FEZES DIARREICAS: TROPOZOÍTO 
FEZES FEITAS: CISTOS 
 Perda de peso 
 Redução no desenvolvimento de filhotes 
 Comum fezes pastosas, com porção final com sangue vivo 
 Muitas vezes o diagnóstico tem que ser terapêutico (tinidazol por 8 dias) 
 
Dose mínima infectante é de cerca de 10 cistos 
Um hospedeiro contaminado pode eliminar mais de 900 milhões de cistos/dia (mesmo 
assintomático), causando grande contaminação ambiental. A eliminação dos cistos é 
intermitente (tem intervalo de dias) 
 
Diagnóstico 
 Maioria assintomático 
 Exame de fezes 
Formadas (cistos) – Faust (flutuação em sulfato de zinco) 
Diarreicas (trofozoitos) – direto (solução salina ou lugol) 
*Repetir três vezes em dias alternados ou seguidos (período negativo) 
 ELISA (kits comerciais de alta sensibilidade com ácidos monoclonais que 
detectam coproantígenos). 
 
Controle 
Desinfecção dos animais 
 Tratar 
 Banho com xampu no início e no fim do tratamento (cistos ficam no pelo) 
 Um positivo, tratar todos da casa, canil ou gatil 
Desinfecção do meio ambiente 
 Remoção diária das fezes (não jogar água sobre) Limpeza rigorosa 
 Gatos deve-se trocar a areia e desinfetar a caixa diariamente 
 Desinfecção (deixar 30 a 40 segundos antes do enxague) 
 Secar bem ao sol (mata a giárdia) 
 Se defecar na rua, deve-se recolher 
Prevenção de reinfecção 
 Sempre ter agua limpa a disposição (evita que procure na rua) 
 Exames parasitológicos periódicos 
 Recém chegados devem ser separados, banhados e tratados 
 
 
 
 
 
LEISHMANIA 
 É um protozoário flagelado, afetando o homem e cães 
 É transmitido pelo mosquito do gênero lutzmyia 
 Ocorre em regiões tropicais e subtropicais (dos 5 continentes) 
 Formas tegumentar e visceral 
 Em cães ocorre no mundo inteiro, tendo a forma visceral e tegumentar (são 
parecidas). Cães mais jovens e idosos são mais acometidas devido à baixa 
imunidade. 
 Considerada uma doença tropical negligenciada 
 
A leishmaniose tegumentar é indolor, pois a leishmania libera toxinas que afeta a 
sensibilidade do hospedeiro. 
A leishmaniose visceral ocorre em crianças desnutridas, em pessoas 
imunodeprimidas e o cão é reservatório. 
É um quadro mundial grave devido à expansão das áreas atingidas, aumento do 
número de casos, pouco conhecimento da população, desinformação dos 
profissionais da saúde, negligência da indústria 
Está entre as seis endemias mais importantes do mundo, pois tem alta incidência 
da enfermidade, mutilações pela forma cutâneo-mucosa, mortalidade pela forma 
visceral e expansão geográfica nas últimas décadas. 
 
 
 
A espécie L. braziliensis causam a forma cutânea e cutâneo-mucosa grave. 
A espécie L. guyanensis causa a forma cutânea 
A espécie L. amazonenses causa a forma cutânea difusa. 
Somente a espécie L. chagasi causa a forma visceral da doença. 
 
Morfologia 
1. Amastigotas (no hospedeiro vertebrado) 
Vivem nos macrófagos da pele dos hospedeiros (tegumentar) e nos macrófagos 
dos órgãos linfoides e fígado (visceral)  o cão tem muito mais macrófagos nas 
regiões periféricas, por isso é muito mais fácil infectar o cão do que o humano 
primariamente. 
 
 
2. Promastigota 
No hospedeiro invertebrado (mosquito palha) é lutzomyia spp. A lutzomyia não 
faz a postura na água e sim em matéria orgânica em decomposição. 
 
 
 
LEISHMANIOSE 
VISCERAL MATA MAIS 
QUE A DENGUE 
Tem formato ovóide, com núcleo 
arredondado (excêntrico) 
Tem formato fusiforme, tendo o 
flagelo maior que o corpo celular. 
Tem núcleo arredondado, mediano 
 
Curso da infecção 
Irá depender da espécie de leishmania, características genéticas do hospedeiro e resposta 
imune do hospedeiro. 
 
Epidemiologia 
Viviam no ambiente silvestre  as matas foram destruídas, retirando o abrigo e 
alimentação do mosquito  migraram para o meio rural  área urbana (o 
alastramento da doença está intimamente ligado ao desequilíbrio ambiental). 
As áreas do corpo mais atingidas em ordem crescente: tórax, cabeça, braços e pernas. 
 
 Leishmaniose teve urbanização mais precoce que a leishmaniose tegumentar. 
 
 Morre muita gente devido ao diagnóstico e tratamento tardios, incapacidade 
dos serviços de saúde e pela doença ter um início lento e indefinido. 
 
Reservatórios silvestres e domésticos 
Canídeos, roedores, marsupiais (gambá), primatas, etc. 
 
Principal reservatório doméstico da leishmaniose visceral  CÃO 
 Alvo de vetor peridomiciliar 
 Alvo de vetor silvestre 
 Atrativo para o vetor 
 Maior concentração de parasitos na circulação na circulação periférica 
 
 
Sinais clínicos 
1. Forma tegumentar típica (mede o diâmetro da lesão e é administrado via IM o 
medicamento) 
CÃES: São úlceras cutâneas superficiais, de recuperação espontânea, geralmente 
aparecem nas pálpebras e lábios. Tem baixos níveis de anticorpos. 
2. Forma visceral (febre baixa, esplenomegalia, hepatomegalia, edemas, ascite e 
enfraquecimento  HUMANOS) 
 
 
 
Sinais Clínicos da Leishmaniose Visceral em Cães 
Promastigota 
Amastigota 
GRANDE FONTE DE 
INFECÇÃO DO VETOR 
 A maioria (60 a 70%) não desenvolve a doença, mas tem muitos 
parasitos na derme 
 O período de incubação pode ser: 2 a 3 semanas, meses, alguns anos 
 Sinais clínicos variados (febre irregular, dermatite seborreica, 
hepatomegalia, esplenomegalia e linfoadenopatia generalizada) 
 Altos níveis de anticorpos 
 Geralmente crônica 
 Pode melhorar e após longos períodos reagudizar 
 Os cães podem apresentar alopecias, descamações (orelhas e focinho), 
pelo opaco, emagrecimento, conjuntivite, úlceras rasas, onicogrifose, 
paresia dos membros posteriores, caquexia e morte. 
 
Diagnóstico da forma tegumentar 
1. Diagnóstico epidemiológico 
 Ocorrencia de casos na região 
 Procedência 
 Cães ou equinos com lesões cutâneas 
 Entrada nas matas 
2. Diagnóstico clínico 
 Lesões características 
3. Diagnóstico laboratorial 
 Parasitológico 
 Direto 
Cultivo in vivo 
Cultivo in vitro 
PCR 
 Imunológico 
 Intradermo-reação de Montenegro (positivo: nódulo maior ou igual a 5 
mm de diâmetro; o resultado falso negativo vem de infecções recentes 
ou de uma forma difusa da doença). 
 Sorológicos – ELISA e RIFI (chagas e leishmaniose visceral) 
 
 
Diagnóstico da forma visceral 
1. Diagnóstico clínico 
 É difícil, pois os sinais são comuns à outras doenças, porém deve-se 
considerar em áreas endêmicas. 
 Em crianças tem-se esplenomegalia, febre, anemia e leucopenia. 
 Em cães tem-se emagrecimento, alopecia periorbital, linfadenopatia e 
lesões cutâneas. 
2. Diagnóstico laboratorial 
 Parasitológico 
 Aspirado da medula óssea ou linfonodos (esfregaço, cultivo in vivo, 
cultivo in vitro e PCR) 
 Imunológico 
 Sorológicos: ELISA e RIFI (chagas e LTA) 
 
 
Controle 
1. Detectar os casos 
 Orientação para procura de unidades de saúde 
 Busca ativa nas áreas de foco 
 Treinamento do pessoal da saúde – detecção e encaminhamento rápidos 
 Em casos de lesões suspeitas em animais, procurar o centro de zoonoses. 
2. Tratar os humanos enfermos 
 Glucantime e anfotericina B 
 Tratamentos longos (meses) 
3. Combater os vetores 
 Pulverizações periódicas – piretróides 
 Limpeza de peridomicílio 
 Limpeza de abrigos de animais 
 Evitar criações de animais junto às casas 
 Capinar quintais e fazer poda periódica de árvores 
 Enterrar resíduos de podas, folhas, frutos e fezes de animais 
 Não jogar lixo doméstico em terrenos baldios 
4. Evitar o contato homem-vetor 
 Repelentes 
 Mosquiteiros 
 Telas finas 
 Camisas e calças compridas 
5. Controle de reservatórios 
 A forma tegumentar (a maioria é silvestre) 
Para não atrair roedores e gambás deve-se destinar adequadamente o 
lixo e manter os domicílios e peridomicílios limpos. 
 
Forma visceral – cães 
 Controle de cães errantes 
 Doação de cães soronegativos 
 Telas em canis 
 Não deixar cães na rua no final da tarde e 
 Início da noite (maior atividade do mosquito) 
 Coleiras impregnadas de piretróides 
 Citronela, neem 
 Vacinar 
 Eutanásia de soropositivos???? 
 
Desde a década de 50, a OMS ordenou a eutanásia de cães positivos e que o 
diagnóstico dos casos deveria ser precoce + tratamento com antimoniais. Porém não 
funcionou, aumentando o número de casos e aumento das áreas de ocorrência. 
 
Milhares de cães foram eutanasiados nos últimos anos, sem efeito sobre o avanço da 
doença no Brasil 
 
 
 
 
Ineficácia se deve a: 
 Rápida recomposição da população de cães infectados (filhotes suscetíveis + 
mosquitos infectados) 
 Sensibilidade e especificidade limitadas dos testes sorológicos usados para 
detectar cães portadores 
 Proprietários escondem seus cães 
 Muitos entram em pânico → abandonam cães nas ruas → se infectam e se 
reproduzem → ↑ casos humanos 
 Outros animais domésticos e silvestres continuam como fonte de infecção dos 
mosquitos 
 
É proibido tratar com produtos de uso humano 
 80% recidiva em menos de um ano 
 Remissão temporária dos sinais clínicos 
 Pouco efeito sobre a infectividade ao mosquito Risco de selecionar parasitos resistentes às poucas drogas disponíveis para o 
tratamento humano. 
 
6. Medidas educativas 
 Divulgação à população, sobre ocorrência na região 
 Meios de comunicação orientarem a buscar diagnóstico 
 Informar que diagnóstico e tratamento são gratuitos 
 Ampla divulgação sobre onde procura-los 
 Esclarecer o papel do cão como reservatório da LV 
7. Vacinas 
 Leishmune e Leishtec (não existem 100% eficazes) 
 
 
TRYPANOSOMA (10 de setembro) 
 Mais de 150 espécies 
 Parasitam todas as classes de vertebrados 
 Transmissão - mecânica (rápida, através da picada) ou biológica (quando ocorre 
a evolução do protozoário nos tecidos do barbeiro ou mosquito) 
 Importância na saúde humana e animal 
 
 
 
 
 
 
Importância 
 Invalidez e mortalidade humanas 
 Gastos com controle 
 Queda de produção de carne e leite 
 Descarte de animais para trabalho 
 Descarte de animais para reprodução (pode ser sexualmente transmissível) 
 Limitação de comércio de animais 
 
 
Biologia 
T. cruzi (Na américa, transm. pelo barbeiro) 
T. gambiensi (Na Africa, transm. pela mosca) 
T. rhodesiensi 
T. evansi (Atacam equinos) 
T. equiperdum 
T. vivax (Atacam várias espécies, + bovinos) 
 
 
 Digenéticos 
 Transmissão (mecânica ou biológica) 
 
Trypanosoma Cruzi 
 Tripanosomíase americana ou Mal de Chagas 
 Não infecta aves nem répteis 
 Importância médica (causa megaesôfago, megacolon, megacoração) e social 
(aposentadorias precoces); 
 Americana – México ao sul da Argentina 
 
Morfologia 
 
 
Formas típicas 
 
Amastigota Epimastigota Tripomastigota 
 
 
 
Formas evolutivas 
 Amastigota 
 Intracelular (Vertebrados, células nervosas ou musculares); 
 Sem flagelo 
 No coração são ninhos de amastigotas, várias em uma 
mesma célula. 
 Epimastigota 
 Extracelular (no tubo digestivo do barbeiro) 
 Pequena membrana ambulante e flagelo. 
 Tripomastigota 
 Extracelular (sangue dos vertebrados e reto do barbeiro); 
 Tripomastigota metacíclica - Forma infectante para o 
vertebrado; 
 
Principais células invadidas no homem 
 Células do sistema fagocítico mononuclear 
 Fibras musculares 
 Células nervosas 
 
Ciclo inicial 
 O barbeiro suga o sangue de um homem ou animal com parasiteia, com 
tripomastigota circulando na corrente sanguínea, o barbeiro ingere junto com o 
sangue os parasitas e no tubo digestivo, na primeira divisão ela se transforma em 
 
 
Forma 
Núcleo 
Blefaroplasto 
Cinetoplasto 
Flagelo 
Membrana ondulante 
epimastigota e segue se multiplicando e colonizando o tubo digestivo do mosquito, 
as epimastigotas sofrem divisão por ficção binaria e quando chegam no reto se 
transformam e 2 tripomastigotas pouco menores que as do sangue mas 
extremamente ágeis, que são a forma infectante, elas são eliminadas nas fezes. 
Quando mais curto for o tempo entre a sucção e a defecação, maior vai ser o 
potencial como vetor, pois a pessoa cossa o local da picada e leva os 
tripomastigotas para dentro da pele. Após a entrada na pele os macrófagos 
fagocitam o agente, ele se transforma em amastigotas, e se divide por ficção binaria 
até rebentar o macrófago, algumas são fagocitadas e outras se transformam em 
tripomastigotas e vão para a corrente sanguínea, se for uma mulher gravidas as 
tripomastigotas podem passar para o feto. 
 A Transmissão ocorreu muito por transfusão de sangue, por não fazer teste em 
portadores assintomáticos; 
 Parasitam macrófagos até encontrarem células nervosas ou células musculares lisas 
onde se dividem lentamente e formam os ninhos de amastigotas, que provocam a 
dilatação desses órgãos. 
 
Epidemiologia 
Hospedeiros Vertebrados 
 Homem 
 Animais domésticos 
 Animais silvestres 
*aves, anfíbios e répteis são refratários ou seja, possuem um fator que não permite a 
sobrevivência do tripanossomo, no sangue, é importante na criação de hemípteros para 
não ficarem contaminados se alimenta eles com aves. 
 
Hospedeiros Invertebrados 
 Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius (PTR) 
 Hábitos noturno (onde possuem frestas e locais onde podem ser esconder) 
 
Tripaniossoma americana porque existe do México ao sul da Argentina: 
 Duas condições diferentes, EX: Nos estados unidos existe hemípteros e latinos 
que migram e são portadores, e ainda os casos são esporádicos por causa do tipo 
de colonização, geralmente são casas de material que não facilitam o 
estabelecimento dos barbeiros, diferente da américa latina. E na Amazônia que 
está tendo muitos casos, os vetores não tiveram a necessidade de se domiciliar 
porque as casas são próximas as matas onde eles se abrigam durante o dia e a 
noite saem para se alimentar. 
 Na Amazônia ocorre o maior número de surtos e não ocorre pela picada 
do vetor e sim pela ingestão de alimentos contaminados. Gamba sai da 
mata e pode contaminar os alimentos. 
 
Domiciliação do Vetor 
 Por sobrevivência - maioria das espécies (Os barbeiros que viviam na mata se 
alimentavam dos animais silvestres, mas com o desmatamento a urbanização 
faltou alimento para o barbeiro, e ele passou a se domiciliar próximo as 
propriedades rurais, ondem existiam animais de várias espécies para se alimentar 
(galinha, porco, cavalo), e outros se alojaram dentro das casas.) 
 Por preferência por sangue humano - Triatoma infestans foi o maior 
disseminador do Mal de Chagas no Brasil. 
 
 
Características de um hemíptero bom transmissor (PROVA) 
 Capacidade de domiciliação; 
 Boa reprodução em ambientes artificiais para eles (nossas casas); 
 Susceptibilidade à infecção por tripanossoma. 
 Capacidade de gerar grande número de tripomastigotas metacíclicas 
 Alto grau de antropofilia (gosta do sangue humano); 
 Curto espaço de tempo entre o repasto e a defecação (quando mais próximo 
defecar da lesão maior a transmissão). 
 
Urbanização recente 
 Êxodo rural das décadas de 70 e 80, pessoas contaminadas da área rural para 
cidade (assintomáticas); 
 Bancos de sangue sem diagnóstico; 
 Alteração ambiental, desmatamentos; 
 Laranjal e Capão do Leão (barbeiros) 
60% dos chagásicos vivem nas cidades 
 
Transmissão 
 Vetorial (Principal) 
 Tranfusão de sangue (provas sorológicas para ver se o doador é negativo para 
chagas) 
 Congênita (abortos por tripanossoma, é subestimado, ocorre mas não são feitos 
testes para diagnostico); 
 Ingestão de alimentos contaminados 
 Amamentação (principalmente no colostro) 
 Transplantes (receber órgão infectado) 
 Acidentes de laboratório 
 
Surtos recentes no Brasil Ingestão de alimentos contaminados 
(barbeiros e/ou suas fezes)  Caldo-de-cana e Suco de açaí. 
 
Tripomastigotas metacíclicas resistem à acidez gástrica 
 
Invadem células da mucosa gástrica 
 
Corrente sanguínea 
 
 As cepas silvestres são mais capazes de realizar essa infecção 
 
 No cacho do açaí pode viver barbeiros ou conter as fezes deles, quando é retirada a 
polpa, o alimento fica contaminado, esse alimento pode ser enviado congelado a 
outros estados e ainda pode ficar contaminado, porque o tripanossoma pode 
sobreviver a temperaturas de até -20°C. 
 Doença negligenciada como a leishmania, é de difícil diagnostico, e como é uma 
doença de populações pobres não há investimento. 
 Mesmo que a gente não contamine a picada, ainda podem ficar tripomastigotas nos 
dedos e ao coçar mucosas ela entra mesmo estando integra. 
 
 
 
 
 
Patogenia 
 Fase aguda 
 Maioria assintomática (90%) 
 Similar a gripe (dor no corpo) 
 Formação de ninhos de amastigotas nos músculos; 
 Chagoma (local da picada) 
 Sinal de Romaña (edema bipalpebral, inchaço pela entrada de tripomastigotas na 
mucosa ocular). 
 Fase crônica 
 Latente ou assintomática (70%) 
 Formação dos megas, megaesôfago, megacolon, megacoração; 
 Destruição de nervos e tecidos musculares, no coração ocorre hipertrofia 
compensatória,ocorre a dilatação do coração. 
 
REATIVAÇÃO DAS FORMAS CRÔNICAS 
Quando ocorre Imunodepressão  quadro agudo mais grave, altas parasitemias 
 
Transplantados 
Pacientes com AIDS* encefalites ou miocardites severas (geralmente levam a 
morte) 
 
*Em pacientes com AIDS, a uma diminuição no número de linfócitos T, que são os 
principais defensores contra tripanosoma. 
 
Diagnostico 
 Clínico – difícil 
 Fase aguda – confunde com gripe, conjuntivite 
 Fase crônica – insuficiência cardíaca, digestivos 
 
 Anamnese 
 Procedência / origem residente de regiões endêmicas 
 Viagens 
 Transfusões sanguíneas antes da década de 80 
 
 Laboratorial 
 
 Aguda 
 
Parasitológico 
 
 Crônica 
 
 
Xenodiagnostico – criam barbeiros se alimentado de codornas ou galinha, para se ter 
certeza de que não fiquem contaminados e se coloca o barbeiro a se alimentar em 
Exame de sangue 
Coloração de giemsa 
Concentração pós-microhematócrito 
Biópsia de linfonodos 
Xenodiagnóstico 
Hemocultura 
PCR 
pessoas suspeitas e após 20 a 25 dias se fazia o exame para tentar encontrar 
tripomastigotas no intestino dele. 
 * Baixa sensibilidade, pela baixa parasitemia 
Positivo – absoluto Negativo - ? 
 
 
 Aguda 
 
Imunológico 
 
 Crônica 
 
 
Controle 
 NÃO EXISTE VACINA 
 FASE AGUDA – benzonidazol (mínimo 60 dias) 
 Na fase crônica são tratados pacientes que ainda não possuem os megas, para 
evitar o crescimento dos parasitas, e se já possuem os megas se trata os sintomas. 
 
Controle da Transmissão Vetorial 
Combate químico (pulverização) 
 Casa e peridomicílio 
 Mata ninfas e adultos 
 
Melhoria das habitações 
 Reboco 
 Tapar rachaduras e frestas 
 Telas em portas e janelas 
 Manter a casa e arredores limpos: varrer chão, limpar atrás de quadros, de 
móveis, etc. 
 Expor colchões e cobertores ao sol 
 Construir galinheiros, chiqueiros, paiol, longe da casa e mantê-los limpos 
 Evitar montes de lenha, telhas, entulhos, ao redor e dentro de casa 
 Remover ninhos de pássaros do telhado da casa 
 Lavagem cuidadosa da cana e do açaí antes da moagem 
 Conhecer o barbeiro e detectar focos 
 Encaminhar insetos suspeitos ao Serviço de Saúde 
 Divulgar as informações para os vizinhos 
 Ensinar crianças nas escolas 
 Apoio da mídia em zonas endêmicas 
 
Controle da Transmissão Transfusional 
(Desde década de 80 - AIDS) 
 Doadores soronegativos (2 técnicas) 
 Hemocentros 
Controle da contaminação via oral (ingestão de alimentos contaminados) 
 Educação dos batedores e coletores do açaí; 
 Fazer o branqueamento 
RIFI 
ELISA 
 
RIFI 
ELISA 
Hemaglutinação indireta 
 
 Controle sanitário rigoroso dos pontos de venda 
 
Controle da Transmissão Congênita 
 Acompanhamento pré-natal 
 Diagnóstico precoce e tratamento do bebê 
Controle de Transmissão em Acidentes e Transplantes 
 Quimioterapia preventiva após acidente laboratorial 
 Diagnóstico e tratamento preventivos de doadores infectados (transplante de 
rim, medula) 
 Tratamento de receptor suscetível, logo após transplante. 
 
T. evansi 
 Causa o mal das cadeiras nos equinos, pode atacar também cães, e capivaras e 
quatis são os grandes reservatórios. 
 No pantanal, é a principal doença parasitarias em cavalos entre animais 
silvestres, cavalos crioulos levados ao pantanal morrem por não possuírem 
imunidade. 
 Transmissão se dá por insetos hematófagos, morcegos e sanguessugas. 
 Égua se tiver parasitemia durante amamentação pode transmitir pelo leite ou 
ainda antes por via transplacentaria, causando abortos. 
 Causa o enrijecimento do posterior e incordenaçao motora. 
 
T. equiperdum 
 Dispensa vetor; 
 Causa a sífilis equina ou mal do coito; 
 É sexualmente transmissível; 
 Se aloja em capilares da mucosa genital (Edema); 
 Durante o ato sexual passam de uma mucosa para outra; 
 É muito raro no Brasil, não se tem a muito tempo, Argentina tem; 
 
T. vivax 
 Ataca principalmente ruminantes na região do pantanal; 
 Oportunista, se aloja no animal, e se aproveita em casos de desnutrição, 
ou intoxicação por plantas. 
 Causa fraqueza, infertilidade; 
 Transmissão mecânica por insetos hematófagos 
 Cervídeos são reservatórios. 
 
Diagnóstico 
 Clínico 
 Epidemiológico 
 Confirmação laboratorial 
*Para diagnostico, se coleta sangue capilar (cauda ou orelha) e faz esfregaço e fixa. 
Outra técnica é centrifugar o tubo do microhematócrito e retirar a camada de 
leucócitos, que é onde se tem a maior concentração de tripanossomas. 
Controle 
 T. evansi 
 Diagnóstico e tratamento precoces 
 Controlar vetores (armadilhas, telas, tiras de piretroides) 
 Cuidado com animais recém-chegados em áreas enzoóticas (Crioulos no pantanal) 
 Não usar mesma agulha em diferentes animais 
 
T. equiperdum 
 Sorologia em reprodutores; 
 Castração dos positivos; 
 Recém-chegados - exame rigoroso. 
 
T. vivax 
 Manter o status sanitário do rebanho ; 
 Quimioprofilaxia (Em propriedades com problemas, se trata o rebanho antes de 
chegar épocas de menor oferta alimentar) ; 
 Controle de vetores com produtos pour-on ; 
 Armadilhas impregnadas com inseticidas . 
 
 
FILO APICOMPLEXA 
 Piroplasmida – 4 parasitos característicos de hemácias. 
 
 Grande grupo – mais de 5000 espécies 
 Todos são de vida parasitária 
 monoxenos ou heteroxenos EX: Eimerias são monóxenos, aves eliminam oocistos e 
outras aves ingerem alimentos ou agua contaminada, ciclo direto. 
 Grande impacto em saúde humana e animal 
 Um núcleo (exceto merontes) 
 Reprodução assexuada e sexuada 
 Geralmente forma cistos 
 Locomoção por flexão ou deslizamento (sem flagelos*, pseudópodes nem cílios) 
 Complexo apical 
Complexo apical – são várias estruturas que ajudam o protozoário a invadir uma célula 
sem danificar a mesma. 
Estruturas são: 
 Conoide – estrutura que dá a sustentação para que o parasito posso 
empurrar a membrana das células (possuem anéis polares). 
 Micronemas e roptrias – o complexo apical reconhece receptores 
específicos e micronemas e roptrias secretam enzimas que sinalizam a 
chegada do parasito, permitindo a entrada no interior da célula. 
 Microtubulos contrateis – serve para locomoção. 
 
Coccidia Sub-classe 
Tem como característica fazer reprodução sexuada no intestino do 
hospedeiro definitivo dando origem a estrutura chamada ... 
 Maior grupo do Filo Apicomplexa 
 Reprodução assexuada e sexuada 
 Maioria se reproduz em células do epitélio intestinal 
 Formam oocistos 
 Toxoplasma, Neospora, Eimeria, Cryptosporidium, Sarcocystis, Isospora, etc. 
 
Reprodução da Coccidia 
1. Meroginia – o parasito entra na célula hospedeira, o 
núcleo começa a se dividir, junto com divisões 
citoplasmáticas e ele rompe a célula hospedeira liberando 
merozoitos 
Quando possui múltiplos núcleos, parasita multinucleado é MERONTE 
 Podem fazer várias gerações de merontes 
2. Gametogonia – Formação de gamestas, reprodução sexuada. 
Merozoitos penetram na célula hospedeira e dão origem a gamontes que podem 
ser microgamontes que dão origem a centenas de de microgametas que rompem 
a células, única fase com organelas de locomoção. As Macrogametas ficam 
dentro da celula, as microgamentas penetram em células com macrogametas, 
ocorre a fecundação forma um zigoto que evolui em oocisto. 
 
3. Esporogonia (assexuada) – Sempre acontece depois de uma fase sexuada, forma 
oocisto e ele precisa sofrer esporogonia ou esporulação para se tornar infectante. 
A maioria libera oocistos não infectante e eles necessitam ficar de 24 a 48 hora 
sno ambiente para se tornar infectante. 
 
*No estomago ocorre a destruição da membrana dos esporocistos

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