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fPARASITOLOGIA INTRODUÇÃO AO FILO ARTHROPODA (patas articuladas) (14 de agosto) Maior filo do reino animal (80%) Adaptada á diferentes ambientes Maior riqueza de espécies entre todos os seres vivos Maior número de indivíduos (bem sucedidos) Existem vários grupos (classes) dentro do filo arthropoda, dentre eles: Insetos (formigas, abelhas, moscas, baratas, pulgas) Crustáceos (siris, camarões) Aracnídeos (aranhas, carrapatos, ácaros da sarna e da poeira) Diplópodes (piolho de cobra) Quilópodes (centopeias, lacraias) Classificação FILO CLASSE ORDEM Arachnida Acari ARTHROPODA Hemiptera Insecta Siphonaptera Diptera Blattodea Phthiraptera Características morfológicas Simetria bilateral Esqueleto externo (exosqueleto de quitina) A quitina é um polissacarídeo nitrogenado secretado pela epiderme Reduz perdas de água, pois é impermeável Protege contra a predação Dá sustentação Previne infecções É rígido e não acompanha o crescimento (mudas ou ecdises) Corpo segmentado Apêndices segmentados (pernas, palpus, antenas e mandíbula) Características metabólicas Sistema digestório completo Sistema circulatório aberto (coração dorsal e hemolinfa) Respiração traqueal e cutânea Sexos separados com fecundação interna Sistema excretor – tubos de malpighi (ácido úrico) Sistema nervoso ganglionar Sistema sensorial – órgãos sensoriais (olhos, antenas, cerdas táteis, quimiorreceptores) Inseto tem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, contendo 3 pares de patas (6 patas). Acari contem 4 pares de patas e são divididos em gnatossoma (cabeça) onde encontramos as quelíceras usadas para mastigação, perfuração, dilaceração e sucção e também encontramos os palpos (antenas) que são receptores sensoriais. Outra parte do corpo dos acari é o idiossoma que compreende a região posterior do corpo (abdômen e tórax). Características biológicas 1. Hemimetabólicos (incompleto) Formas jovens similares aos adultos (ninfas) Ovo ninfa (s) adulto (ex. piolhos, hemípteros) 2. Holometabólicos (completo) Cada estágio é diferente dos demais na forma e função. Ovo larva (voraz) pupa adulto Importância dos artrópodes Irritação, perturbação Ferimento (ao tentar se livrar, coçar) Perda de sangue (esfoliação) Reações de hipersensibilidade á picada (saliva) Inoculação de toxinas Miíases que causam destruição dos tecidos Infecções bacterianas secundárias nos locais das picadas CAUSA QUEDA NOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE E REPRODUÇÃO ANIMAL !!! Ordem Hemíptera (classe insecta) Fitófagas: probóscide longa em forma de canudo Predadoras: probóscide maior que a cabeça e em forma de gancho Hematófagas: probóscide reta do tamanho da cabeça Tem hábitos noturnos Família reduviidae (barbeiros, chupões, bichos de parede, bicudos) transmissores de Trypanosoma cruzi (mal de chagas) Taxonomia Reino: animal Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: Hemiptera Família: Reduviidae Subfamília: Triatominae Gêneros: Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius Morfologia dos gêneros Panstrongylus: antenas inseridas próximo aos olhos. Triatoma: antenas inseridas entre os olhos e a extremidade anterior da cabeça. Rhodnius: antes inseridas na extremidade anterior da cabeça Morfologia geral Achatamento dorso-ventral 1,8 a 3,3 cm Probóscide reta e curta Antenas Tubérculos anteníferos Olhos Asas Conexivo Características biológicas 3 a 5 estágios ninfais Ciclo total de 7 meses á 1 ano A fêmea vive em torno de 1 ano e meio e botam mais ou menos 300 ovos (as fêmeas tem uma protuberância no fim do conexivo que ajuda a expelir os ovos) Fototaxia negativa Prefere mamíferos e aves (na falta, anfíbios e répteis) Hospedeiros (animais e homem) Vivem em habitat silvestre, peri-domiciliar e domiciliar Alimentação dejeção coça contamina Condições de uma espécie com potencial para vetor de T. cruzi Triatoma infestans Alto grau de antropofilia Ampla distribuição geográfica Adaptação á habitação humana Curto espaço de tempo entre hematofagia e defecação Controle Garantir que não existam condições de vida adequadas aos barbeiros nos ambientes humanos. Vigilância sanitária – notificação obrigatória Educação da população Aplicação de inseticidas (casa e peridomicílio) Melhoria das habitações – higiene Impedir a colonização e/ou recolonização domiciliar (melhorias, higiene e proteção) Cuidados com o peridomícilio (melhorias, descobrir e destruir nichos) Preservar ambientes e hospedeiros silvestres Ordem Siphonaptera (pulgas) Tamanho das patas são crescentes São cosmopolitas Aparelho bucal picador-sugador Ausência de asas Tem importância sanitária pois tem efeito parasitismos e é um transmissor de patógenos. Transmissão de patógenos Multiplicação do agente no interior do inseto (Yersinia pestis – peste bubônica; Rickettsia mooseri – tifo murinho) Complementação do ciclo biológico do endoparasito (Dipylidium caninum) Taxonomia Reino: animal Filo: arthropoda Classe: insecta Ordem: siphonaptera Família: pulicidae Gêneros: pulex, ctenocephalides, tungidae e tunga O parasitismo causa ação irritativa (DAP), ação espoliadora (estresse e hematofagia), ação inflamatória (penetrantes). Diferenciação entre sexos A sua capacidade de salto é de mais de 100 vezes o tamanho do seu corpo e atingem alturas superiores a 30 cm. Morfologia Achatado latero-lateralmente A fêmea tem o trem posterior caído e possui a espermateca (armazena esperma) O macho tem o trem posterior arrebitado e pênis enrradilhado Caracterização dos gêneros Ctenocephalides (C. canis e C. felis) Hospedeiros é o cão e o gato. O C. canis sobrevive mais no frio (sul do Brasil) O C. felis sobrevive ao verão. Ctenídeos na cabeça (várias cerdas na região dorsal e cerda ocular na frente do olho. Pulex (P. irritans) Tem ausência de ctenídeos A cerda ocular é inserida abaixo do olho Cabeça arredondada anteriormente Só uma ... na região dorsal Tem como hospedeiros o homem, cão e gato. Tunga (T. irritans – bicho de pé) Cabeça com ângulo para penetrar no hospedeiro Segmento torácico curto Ciclo biológico (holometabólicos) 1. Ovo 2. Larvas (2 mudas) 3. Pupa 4. Adulto (macho e fêmea) Ciclo total – 3 semanas a 1 ano (pupas) Adultos vivem cerca de 200 dias Grande sobrevivência sem alimento Vários hospedeiros Cada fêmea põe 20-30 ovos/dia Oviposição – ambiente – Pulex - hospedeiro – Cternocephalides Apenas 5% das pulgas são visíveis no hospedeiro ou no ambiente, 95% estão distribuídas no ambiente nas suas outras formas. Seu hospedeiro preferencial são os humanos, mas também infectam cães e gatos. Penetra geralmente na sola plantar e canto dos dedos Habitam jardinas, hortas e solos arenosos Disseminação através de adubo orgânico e terra Animais errantes parasitados por fêmeas grávidas também disseminam Tem riscos de contaminações secundárias Complicações da tungíase Deformação e perda de unhas Deformação e perda de dígitos Transmissão de tétano e gangrena Septicemia Morte Principais hospedeiros de T. penetrans Suínos Humanos Cães Roedores Gatos Outros DIAGNÓSTICO 1. Clínico Desconforto Prurido Reações alérgicas Visualização No local atacado ocorre prurido, dor, contaminações (tétano e gangrena) 2. Laboratorial Coleta e identificação CONTROLE Higiene de habitações e abrigos Inseticidas no ambiente para matar larvas e adultos Ovos e pupas (intervalo de 1 semana de inseticida ou sal) Inseticidas nos animais domésticos (shampoo, pulverização, coleiras, spot-on, injetável ou comprimidos) CONTROLE DA TUNGA PENETRANS Usar calçados Usar luvas ao trabalhar em jardins Tratar os locais afetados Cuidados na remoção Controle da tungíase nos animais Pulverizar inseticida no ambiente (intervalo) INTRODUÇÃO A NEMATOCERA (20 de agosto) Nesta subordem estão os vetores mais importantes para sanidade humana e dos animais. São quatro famílias neste grupo que são vetores de patógenos: Psychodidae, Ceratopogonidae, Simuliidae e Culicidae. Os nematocéros são insetos holometabólicos (desenvolvimento completo – ovo, larva, pupa e adulto) As larvas se desenvolvem nos ambientes aquáticos ou subaquáticos Os adultos são hematófagos. Os mosquitos são vetores dos agentes patogênicos causadores da: malária humana, filariose linfática, oncocercose e leishmaniose. Pelo menos 3,5 bilhões de pessoas estão em áreas de alto risco para infecção. Os insetos não conseguem se reproduzir no frio, pois não tem autorregulação térmica. Phlebotominae (causador da leishmaniose) Estão associados com áreas úmidas e florestada Sintomas em cães: emagrecimento, perda pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, anemia. O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário que combinará hemograma com exame cínico. A maioria é assintomáticos, mas com muitos parasitos na derme. CICLO DE VIDA Ovo (6-17 dias) Larva (4 mudas de 4-6 semanas) Pupa (10-14 dias) Adulto (mais ou menos 27 dias) A larva é um estágio completamente diferente do adulto O intervalo geracional (de ovo á ovo) – 7 á 10 semanas Podem se deslocar em um dia 1,5 km e em toda a vida até 25 km, não voando com ventos superiores a 15 km/h PREVENÇÃO E CONTROLE Drenagem de áreas ricas em matéria orgânica em decomposição Repelentes de insetos Mosquiteiros Telas em residências e estábulos Talvez os brincos contra moscas dos chifres previnam contra picadas Família Ceratopogonidae Os ceratopogonídeos são pequenos com 1 a 4 mm de comprimento conhecidos popularmente no Brasil por maruins, mosquitinho do mangue, mosquitinho palha ou mosquitinho pólvora. COMPORTAMENTO Autógenas, mas precisam de uma hematofagia para maturação dos ovos Vivem próximos aos criadouros (4 km) Maior atividade em dias nublados e úmidos Algumas espécies são específicas por área do corpo do hospedeiro Ciclo Biológico Causa dermatites alérgicas (hipersensibilidade imediata em ovinos e equinos) conhecida como dermatite de verão. A dermatite alérgica em ovinos vem acompanhada de edema palpebral e presença de crostas na região periocular. Controle da dermatite alérgica no verão Afastar ovinos e equinos de criadouros ceratopogonídeos Drenagem de criadouros Proteger os animais contra o ataque de ceratopogonídeos Inseticidas “pour on” Ovo: 2-9 dias Larva: 4 estágios, até mais de 7 meses Pupa Adulto: postura de 100-500 ovos Testar brincos Família Culicidae Gênero Culex (na região sul não causa nenhuma doença, é o mosquito doméstico) A preferência de desenvolvimento são em áreas de esgoto. A fêmea coloca os ovos em formato de jangada. Gênero Aedes (transmite a dengue e a febre amarela) Anopheles (transmite a malária) A fêmea tem preferência pela água de esgotos CRIADOUROS DE CULICIDAE (coleções de água) Criadouros naturais (no solo): lagoas, pantanais, banhados e alagadiços, poças d’agua. Criadouros naturais (recipientes): bromélias, buracos de árvores. Criadouros artificiais (no solo): piscinas, lagos ornamentais. Criadouro artificiais (em recipientes): tanques e caixa d’gua. ENCEFALOMIELITE Vírus da encefalomielite equina do leste (EEE) é transmitida pelo culex, febre do Nilo e encefalites. Fonte: aves silvestres infectadas Via de eliminação: sangue Via de transmissão: indireta através de vetores mosquitos (culex spp., aedes spp.) Porta de entrada: pele através da picada Susceptível: principalmente aves. Os humanos e os equinos são hospedeiros acidentais (a viremia é baixa nestas espécies, por isso não tem grande importância para a manutenção do agente). Gênero Haemagogus e Sabethes (manutenção do ciclo silvestre da febre amarela) Gênero Culex quinquefasciatus Distribuição geográfica: cosmopolita, restrito ao peridomicílio e domicílio. Criadouros: depósitos artificiais no solo ou em recipientes ricos em matéria orgânica. A fêmea coloca apenas um ovo na água limpa parada. Biologia: espécie altamente sinantrópica. Comportamento (adultos): grande plasticidade HOMEM (hospedeiro definitivo) Penetração das larvas através da picada MOSQUITO CULEX Anopheles albitarsis (causador da malária) Distribuição geográfica: ocorre em todo Brasil Criadouros: alagados (temporários) em planícies e planaltos Biologia: ecléticos quantos aos criadouros, não tem preferência Comportamento (adultos): picam o homem no interior e fora do domicílio Anopheles cruzii Distribuição geográfica:litoral brasileiro (do RS ao Sergipe) Criadouros: cria-se apenas em gravatás e broméilas (Mata Atlântica) Biologia: considerados exófilos Comportamento (adultos): ataca indiscriminadamente homem, outros mamíferos e aves Anopheles bellator Distribuição geográfica: no litoral brasileiro do RS até a Paraíba Criadouros: bromélias e epífitas expostas ao sol Biologia:só transmite malária em alta densidade Comportamento (adultos): exófilo e acrodendrófilo (crepuscular) INTRODUÇÃO A TABANIDAE Conhecidos como mutucas, botucas ou moscas dos cavalos. São cosmopolitas, não ocorrendo apenas nas latitudes mais altas em regiões de neve eterna. Vermes adultos Microfilárias Evolução das larvas infectantes Vermes no sistema linfático CONT. DO MOSQUITO São mais facilmente encontrados em ambientes perto de lagos, córregos, rios e mangues. São dípteros robustos e os adultos variam de 5 a 25 mm. A picada é dolorosa, pois causa lesão. Os machos são holópticos e florícolas, enquanto que as fêmeas são dicópticas, alimentam-se de néctar e sangue, necessário para maturação dos ovócitos e oviposição. Ovos A fêmea coloca de 200 á 1000 ovos. Os ovos são colocados em ambientes aquáticos (banhado ou bromélia). Os ovos são depositados sob a forma de massa em plantas ou em terra lamacenta. Há ainda registros de oviposição em troncos, rochas e laterais de pontes. Após cerca de 2 a 3 dias, ocorre a eclosão das larvas de 1º instar. Os adultos vivem cerca de 2 meses, completando Larvas As larvas são predadoras e vivem em condições lamacentas (de hábitats completamente aquáticos a solos lamaçentos e de correntezas lóticas à poças de água parada). As larvas de poucas espécies vivem em solos mais secos e outras em madeira em decomposição. Pupas As pupas são do tipo obtecta, variando de 10 a 30mm, de acordo com a espécie. O estágio pupal varia de 1 a 3 semanas, dependendo da espécie e da temperatura. Adultos Os adultos vivem cerca de 2 meses, completando apenas cerca de 2 ciclos gonotróficos. A cópula ocorre logo após a emergência e as fêmeas ovipõem após o repasto sangüíneo, podendo ovipor de 100 a 1000 ovos por repasto. Quando atingem o repasto completo, voltam a se alimentar num intervalo de 6 a 10 horas após a oviposição. A ‘manutenção’ anual das populações requer a oviposição bem sucedida deapenas 2% dos espécimes. Mais ativos nos dias quentes, ensolarados, sem ventos e com baixa U.R. O ciclo evolutivo dos tabanídeos leva de 4 a 5 meses nos trópicos e de 1 a 3 anos nas regiões temperadas Ciclo biológico Ovo (mais ou menos 4 dias, de 200 á 1000 ovos) Larva (de 7 a 11 mudas em 1 ou 2 anos) Pupa (1 a 3 semanas) Adulto (3 a 4 semanas) Os tabanídeos possuem importância médico-veterinária, devido á hematofagia realizada pelas fêmeas que ocasiona a espoliação sanguínea e transmissão de agentes causadores de doenças. A ferida aberta pela picada permite a invasão bacteriana e o surgimento de miíases. Transmissor do vírus causador da anemia infecciosa equina. Características dos tabanídeos que auxiliam a transmissão de patógenos: Anautogenia: as fêmeas necessitam de um repasto sanguíneo para a maturação dos ovos. Telmofagia: os tabanídeos cortam a pele e se alimentam do sangue extravasado. Micro-organismos dos tecidos superficiais da pele podem ser ingeridos pelas moscas. Grande ingestão de sangue Tempo longo de ingurgitamento (20 minutos á 1h 30 minutos) Interrupção da alimentação devido a picada dolorosa: procura por outro hospedeiro para terminar o repasto sanguíneo transmissão de patógenos entre hospedeiros. Comportamento dos adultos Fêmeas anautógenas (hematófagas) Não invadem edificações e áreas urbanas Causam incômodo em áreas de recreação Comportamento voraz Maior atividade nas horas de maior luminosidade Especificidade relativa MIÍASES (21 de agosto) Toda e qualquer infestação do homem e animais vertebrados por lavas de dípteros, por um certo período, alimentando-se de tecidos vivos ou necrosados, líquidos, substâncias do corpo ou sangue. Classificação das miíases Família Calliphoridae (moca varejeira) Os califorídeos são dípteros de tamanho médio a grande, geralmente com coloração verde, azul ou cinza com brilho metálico. Miíase obrigatória (só em tecidos vivos) Miíase facultativa (pode ou não infiltrar tecidos vivos ou necrosados) Pseudomiíases (se alimentam de restos de fezes ainda no animal) 22 espécies na região sul do Brasil Cochliomyia Hominivorax Associadas a ambientes bem úmidos antigamente Sente cheiro de sangue até 6 km de distância A técnica de esterilização funciona para o Aedes Aegypt e não para a bicheira? Porque ele é essencialmente urbano. Ciclo Biológico C. hominivorax Se desenvolve rapidamente, porque tem um potencial reprodutivo altíssimo, liberando de 88 a 330 ovos de 12 a 16h, levando de 6 a 9 dias sendo pupa consumindo vorazmente o tecido vivo. As mosca adultas põem ovos sobre feridas e abandonam a lesão. As larvas caem e penetram no solo, no solo as larvas mudam para pupas e as moscas adultas emergem do pupário (20-60 dias) Quanto mais quente maior a capacidade reprodutiva. Comportamento de adultos de C. hominivorax Propagação diária de 20 km Propagação total de 480 km Maior atividade = 24,5ºC Atividade diminui com ventos de 8 á 10 km/h Não voam com ventos de 24 km/h 1,3 a 1,6 km dos riachos Uma postura a cada 3 dias (12 total) Postura de mais ou menos 3000 ovos Técnica de soltura de machos esteréis: Fêmeas copulam só uma vez, mas os ovos são inférteis. Dermatobia hominis (mosca do berne) Toda a américa central exceto chile e nordeste brasileiro a partir do norte da bahia Principais hospedeiros Causa miíase furunculosa Ocorre em mamíferos em geral, mas principalmente em bovinos, cães e homem. Raramente em equinos. Menor larva que podemos encontrar contendo espinhos nos seguimentos anteriores. Na fêmea adulta os ovócitos já estão prontos, apenas esperando a fecundação com o esperma do macho. Características As peças bucais da dermatobia são atrofiadas. O adulto captura outra mosca menor (sobretudo hematófaga) e coloca os ovos, em pleno voo, na porção ventral dessa mosca e solta. Não suporta temperaturas alta Após uma semana quando o inseto vetor pousar ou for se alimentar sobre um animal ou uma pessoa, as larvas levantam o opérculo do ovo e passam para a pele onde penetram em 1 hora e 15 minutos. Não deixa lesão prévia Características dos vetores Hábitos zoófilos (amigo dos animais) Período de voo diurno Tamanho moderado Hábito moderadamente ativo Os principais vetores são: stomoxys calcitrans, musca doméstica. Patologia As larvas podem produzir sensação de picada ou prurido ao penetrar Em torno delas surge uma inflamação e a formação de uma cápsula fibrosa Externamente a lesão parece um furúnculo, em cujo vértice há pequeno orifício onde pode-se ver a placa espiracular. Cada lesão corresponde a uma larva, podendo o paciente apresentar uma ou mais, localizando-se frequentemente no dorso; menos vezes, nas pernas, braços ou na cabeça. Além do tumor local, os pacientes se queixam de dores agudas, como ferroadas e sentem os movimentos das larvas. O diagnóstico é clínico e não oferece dificuldades. O tratamento é feito pela retirada da larva. Um método prático consiste em aplicar uma faixa de esparadrapo sobre a região. Em alguns casos, pode ser necessária a extração cirúrgica, mediante prévia. anestesia local. Importância econômica Incomodo Lesões no couro Custos com controle Sáude publica Redução de crescimento e redução de leite Em ovinos causa miíase cutânea Controle de Dermatobia Ovo: inseticida para matar os vetores Larva: inseticida bernicida Adulto: época do ano, intervalo entre tratamentos (período de parasitismo + poder residual), vantagem do carrapaticida inseticida. Gênero Gasterophilinae As larvas vão se desenvolver no sistema digestório, onde tenha ação de suco gástrico. Dá um rasante embaixo do equino e o ovo se prende na pelagem do animal e de alguma forma o animal o ingere, colonizando o TGI. Tem espíraculos com membranas que é por onde a larva respira (quando o equino tem aerofagia, a larva abre o espíraculo e respira) Ciclo biológico Ingere o ovo e vira larva (10-11 meses) colonizando o TGI, sendo liberada nas fezes. Gasterophilus nasalis – oviposição nos pelos acima do lábio superior Gasterophilus intestinalis – pode ovipositar em todo o corpo, mas preferencialmente nos membros anteriores. Patogenia Presença de muitas larvas parasitando o estômago do animal Importância Úlceras Abcesso gástrico Ruptura estomacal Prolapso retal Custos com controle Saúde pública Controle Espécie univoltina População de adultos (período de verão) População de larvas (período de inverno) Tratamento anual é feito no período de inverno Triclorfon e Diclorvos (95 a 100%) Gênero Oestrinae (bicho da cabeça) Características Não tem espinhos Os espiráculos são abertos parecidos com uma esponja, já que ela fica todo o tempo respirando, pois está na cavidade nasal dos animais Fêmea joga as larvas prontas (o ovo se desenvolve dentro da fêmea) próximo a cavidade nasal dos animais Acomete mais ovinos e caprinos Causa uma reação inflamatória e se alimenta de muco purulento. Causa miíase nasal, nos seios frontais e nasais. Ciclo biológico Larva (1 a 9 meses) Pupa (1 a 2 meses em uma temperatura de 12,5 a 35ºC) Adulto (500 larvas) Importância Incômodo Gastos com controle Infecções secundárias Diminui 4% o ganho de peso nos ovinos Pode invadir o globo ocular do homem Controle Espécie com 2 gerações/ano Período de larva longo (1 a 12 meses) População de adultos (período de verão) Dois tratamentos (final do verão/outono e outono/inverno) Ivermectina(99%) FAMÍLIA MUSCIDAE (moscas) Haematobia irritans (mosca dos chifres) Os ovos tem cerca de 1 mm de comprimento e são depositados só nas fezes frescas de bovinos Tem 1 a 3 estágios de larva que utilizam bolos fecais para desenvolvimento e alimentação. As larvas maduras migram para a superfície do solo. A puparização ocorre dentro, embaixo ou próximo ao bolo fecal. As pupas tem 3-4 mm de comprimento e cor castanha. O período de desenvolvimento é de 6 a 26 dias, dependendo da temperatura do ambiente. O nome “horn-fly” originou-se da tendência destas moscas a agruparem-se a redor dos chifres, especialmente antes das chuvas. Tem cor cinza com algumas marcas no tórax, e com a probóscide larga apicalmente, como uma espada. Os adultos da mosca dos chifres parecem muito com os da mosca dos estábulos, mas tem 50% do seu tamanho. Quando pousada no animal, a mosca sempre dirige sua cabeça para baixo. Adultos permanecem dia e noite no animal (não se afasta do hospedeiro) Te aparelho bucal pequeno Os adultos emergem do pupário em 6-8 dias Moscas de ambos os sexos permanecem no gado e se alimentam de 20 a 35 vezes por dia. Se desenvolve nas fezes dos bovinos. É comum haver de 1000 a 4000 moscas por animal, o que representa uma perda significante de sangue. H. irritans e os touros Os bovinos machos são os mais atacados pelas moscas (até 20.000 moscas), porque: As moscas são atraidas pelo nível de testosterona; Seus pescoços grossos não lhes permitem desalojar as moscas. Normalmente os adultos da H. irritans preferem os animais escuros, mas podem ser encontrados em qualquer raça ou pelagem. Foi observado que as moscas dos chifres se alimentam nas marcas do ferro quente, e quando as populações são elevadas elas descansam, sem se alimentar, em outras espécies de animais. Importância econômica Importância econômica e nível de dano ainda são discutíveis. Maior impacto é na produção de leite, e por consequência no peso dos bezerros desmamados. H. irritans é vetor do nematódeo Stephanofilaria stilesi. Controle químico Bolo de reguladores de crescimento de insetos (contém sal e mata ovos e larvas nas fezes) Liquido pulverizado Pour on Brincos O melhor controle químico das moscas dos chifres começou com a introdução dos brincos com inseticidas tópicos dentro de uma base plástica, distribuindo-se pela superfície do corpo dos animais. Nos últimos anos o maior problema foi o desenvolvimento e expansão da resistência aos brincos nas moscas dos chifres, especialmente os brincos feitos com piretróides. Recomendações para retardar a resistência aos brincos Atrasar o tratamento até a população das moscas dos chifres exceder 200 moscas por animal. Usar só o número de brincos/animal recomendado, normalmente Colocar brincos em todos os bovinos adultos do rebanho. Tirar os brincos velhos, quando estes não estão ativos. Se a ineficácia for óbvia, usar outra forma de controle. Controle físico das moscas dos chifres Armadilhas tipo túnel É usado comercialmente na produção leiteira Controle biológico da mosca dos chifres Besouros coprófagos (onthophagus gazela) foram recomendados como controle biológico nas pastagens, para destruir os bolos fecais. Existe preocupação com o impacto das lactonas macrocíclicas (especialmente avermectinas) nas larvas abaixo do solo. Musca domestica Díptero lambedor, não hematófago dos humanos e animais Distribuição cosmopolita (em todos os continentes, menos na antártica) Causa epidemias de doenças entéricas Associados a habitação e locais onde se encontram animais domésticos Aparelho bucal da Musca domestica As moscas domésticas tem aparelhos bucais usados para se alimentar em líquidos e substânciassemi-sólidas, inclusive esterco, rações, açúcar ou pratos com comida. Patógenos levados no corpo ou regurgitados em vômito salivar podem ser as causas das doenças como antraz, mastite, Shigella e outras bactérias entéricas. Habitats larvais da M. domestica As larvas da M. domestica não são encontradas nas fezes frescas porque elas são muito ricas em materiais orgânicos. Stomoxys calcitrans (mosca dos estábulos) Na era em que os cavalos eram extensivamente usados para agricultura e transporte, o habitat mais comum para larvas do S. calcitrans era o esterco do cavalo, acumulado perto dos estábulos, por isso o nome “mosca dos estábulos”. Com o decréscimo do número de cavalos usados na agricultura moderna, S. calcitrans se adaptou a outros habitats. O aparelho bucal do S. calcitrans contém grandes dentes prestômios no fim da probóscide usados para penetrar a pele. A picada desse animal é extremamente dolorosa Alimentação: Ambos os sexos são hematófagos (as fêmeas precisam de sangue antes da oviposição e ingerem sangue várias vezes ao dia, causando muita dor aos hospedeiros) Comportamento do rebanho: a alimentação das moscas causa muita dor aos animais e provoca agrupamento. Larvas: outros habitats de desenvolvimento das larvas são: algas fermentadas nas praias, bagaço de cana-de-açucar ou amendoim e até grama cortada e compostos acumulados. Importância econômica Importância econômica e o nível de dano ainda são discutíveis A picada das moscas é muito dolorosa e perturba e estressa muito os animais O resultado é a redução no ganho de peso, na eficiência da conversão da comida e na produção do leite. Os ovos das duas espécies tem cerca de 1 mm de comprimento. Eles são depositados em grupos irregulares de 1 a 50 ovos, em lixo orgânico que tem bastante umidade para sustentar a fermentação microbial aeróbica. Como em odos os muscídeos, existem três estágios larvais. As 3ª larvas maduras tem coloração creme e 8-15 mm de comprimento. O tempo de desenvolvimento das larvas do S. calcitrans é de 10 a 20 dias e da M. domestica é de 3 a 8 dias. Espiráculos posteriores das larvas Muitas vezes as larvas das duas espécies são encontradas nos mesmos habitats e locais onde se encontram animais. Por isso é necessário distinguir as duas espécies. Estágios larvais e pupal É possível distinguir as duas espécies pelas diferenças em tamanho: todos os estágios imaturos das moscas domésticas são maiores. Pupas de S. calcitrans e M. domestica As larvas maduras de ambas espécies migram para zonas secas, para pupação. As pupas das duas especies tem 3-4mm de comprimento e cor castanha. O estágio pupal depende da temperatura ambiental. É de 6 a 26 dias para a S. calcitrans, e de 3 a 10 dias para M. domestica. Os adultos do S. calcitrans e M. domestica É fácil distinguir os adultos da M. domestica e S. calcitrans. A probóscide, adaptada para perfurar a pele, está projetada para frente na S. calcitrans. M. domestica é maior, e tem diferentes desenhos no tórax. Controle Controle das moscas de estábulos e moscas domésticas tem mais sucesso com o manejo do saneamento ou redução dos lugares de origem das larvas. Controle biológico da mosca dos estábulos e da mosca doméstica Vespas microhymenopteras: coloca seus ovos dentro do pupário e quando se desenvolve devora a mosca. Ácaros macroquelídeos Controle físico das moscas dos estábulos Ninguem sabe porque as armadilhas de Alsynite atraem S. calcitrans. Independente da forma, a fibra de vidro atrai. A cola fixa as moscas. Controle químico das moscas de estábulos Quando o manejo das populações de S. calcitrans depende somente dos pesticidas, os resultados são insatisfatórios e muito caro. Inseticidas de forma líquida pulverizada controlam as moscas só por pouco tempo. Existe a possibilidade de usar atrativos (exemplo Rabon Larvicida Oral) Controle químico das moscas domésticas Quando o manejo das populações da M. domestica depende somente dos pesticidas, osresultados são insatisfatórios e muito caro. Inseticidas na forma líquida pulverizada controlam as moscas só por pouco tempo. Existe a possibilidade de usar isca com inseticida. ORDEM PHTHIRAPTERA – PIOLHOS (27 de agosto) São ectoparasitos obrigatórios permanentes (precisam do hospedeiro para seu desenvolvimento) Alta especificidade parasitário (hospedeiro e área do corpo – piolho escolhe apenas um tipo de hospedeiro e área parasitária) Tem piolhos hematófagos ou mastigadores (se alimentam de células de descamação- causam irritação mecânica e pelos dejetos) Atacam aves e mamíferos Grande irritação no hospedeiro (prurido) Queda de produção Transmissão de patógenos (cestódeos, rickettsias) Mais de 3000 espécies descritas Morfologia geral São ápteros (não tem asas, não pulam) Achatados dorso-ventralmente É dividido em cabeça, tórax e abdômen Se a cabeça for maior que o tórax (hematófago) Se a cabeça for mais larga que o tórax (mastigador) Peças bucais (mastigadoras parte ventral da cabeça e hematófagos capazes de penetrar o tecido) Tem 3 pares de patas contendo garras ou unhas. Contém placa torácica O macho tem a extremidade posterior arredondado onde aparece o pênis e a fêmea tem a extremidade posterior bífida. Subordem Anoplura (sugadores, antenas livres) São picadores, sugadores que não atacam aves (piolho de aves são mastigadores) Cabeça mais estreita que o tórax Antenas livres com 5 segmentos Porção anterior da cabeça em cone com ápice arredondado Patas robustas Grande garra + espinho na tíbia = fixação nos pelos Pequeno dismorfismo sexual (distinguida pela extremidade posterior) 1. Haematopinus (H. suis, H. quadripertusus) Em bovinos é chamado de piolho do focinho longo. Muito grandes Cabeça estreita e alongada Antenas com 5 artículos Placa esternal preta e bem desenvolvida Abdomen mais largo que o tórax Sem olhos, com tubérculos ocelares 2. Linognathus Em bovinos é chamado de piolho do focinho curto Primeiro par de patas menor Sem olhos e sem tubérculos ocelares Sem placas quitinizadas Extremamente piloso (vários pelos pelo corpo) Aberturas respiratórias bem visíveis Abdomen abaulado (Linognathus setosus – cães) Subordem Ischinocera Mastigadores Atacam aves e mamíferos Cabeça mais larga que o tórax Antenas livres com 3 ou 5 segmentos Cabeça quadrada 1. Trichodectes (T. canis) Ataca cães ♂ ♀ Piolho pequeno Cabeça retangular, mais larga que longa Fronte arredondada Pilo – cerdas longas Antena com 3 segmentos iguais (fêmea) ou com primeiro bem maior (macho) Sem placas abdominais Hospedeiros intermediários do dipylidium Parasitam cabeça, pescoço e cauda, ficando preso a base do pelo. Causa irritação intensa com descamação da pele, muito pruriginosa 2. Bovicola (B. ovis, B. bovis, B. caprae) Cabeça quadrada, tão larga quanto longa Cerdas abdominais curtas A antena com o segundo segmento maior que os demais em machos e fêmeas Biologia/epidemiologia Hospedeiros Especificidade (ataca uma única espécie e preferência por partes do corpo) Atacam animais jovens ou debilitados Monoxenos Parasitos permanentes Alimentação É dependente da espécie Distribuição geográfica São cosmopolitas Atacam nos meses mais frios Stress térmico e nutricional + aumento da umidade e diminui a incidência solar + pelagem mais alta + menor controle de ectoparasitos Ciclo evolutivo São hemimetabólicos (ovos, 3 estágios de ninfa e adulto) Transmissão Direta: no frio, os animais se mantém juntos decorrente da temperatura Indireta: o animal se coça e deixa os piolhos no ambiente, parasitando outros animais. Tem uma curta sobrevida fora do seu hospedeiro normal Patogenia Picada (saliva) prurido Movimento sobre a pele animal se coça e morde Menor ingestão de alimento escarificações da pele Dermatites Bacterianas Queda na produção Prejuízos Qualidade do couro Ganho de peso Produção de leite Produção de ovos Diagnóstico Apresentação Sinais (prurido) Detecção de adultos e lêndeas Diagnóstico laboratorial Retira o piolho, coloca no álcool e traz para a detecção da espécie. Controle Revisões periódicas (infestação inicial) Se encontrar piolho em um animal, todos deverão ser tratados Entrada de animais (quarentena) Imersão, pour-on ou aspersão de piolhicidas no outono (fosforados, piretróides) em um intervalo de 10 a 15 dias Ivermectinas para sugadores CARRAPATOS (28 de agosto) Familia ixodidae (no sul, só temos essa família) Carrapatos duros Escudo quitinoso dorsal Ataca mamíferos, aves, répteis Maioria de interesse Três pares de patas Família Argasidae Carrapatos moles Ausência de escudo Mais frequente em aves e é chamado de “chão” Poucos com importância São ectoparasitas obrigatórios (hematófagos) Aracnídeos da ordem Acari (próximo aos ácaros) Parasitos temporários Dependentes de umidade e temperatura ambiental São ectoparasitas que causam as maiores perdas econômicas no mundo, devido a: Transmissão de doenças e toxicoses (saliva paralisia) Queda de produção de carne e leite (irritação + hematofagia) Desvalorização dos couros (lesões e miíases) Queda de fertilidade Problemas na comercialização de animais Altos custos do controle: produtos, instalações, mão de obra Família Ixodidae Características Capítulo situado anteriormente e visível quando observado de cima Escudo presente (se cobrir todo o dorso é macho e só a porção anterior nas fêmeas) Dimorfismo sexual aparente (se o escudo cobrir todo o dorso é macho e só a porção anterior nas fêmeas) Machos bem menores que as fêmeas Espiráculos grandes localizados posteriormente ás coxas IV Ciclos com 1 a 3 hospedeiro Morfologia geral Dividido em Gnatossoma (capítulo e peças bucais) e idiossoma (patas, estigmas respiratórios, orifício genital, orifício anal ... Quelíceras (facas serrilhadas para penetrar na pele) Hipostômico (“fisga de anzol”) Palpus (sensor) Quando o carrapato fisga o hospedeiro, o palpus fica fora e as quelíceras e hipostômio ficam dentro da pele. Os carrapatos expelem um cemento para ajudar na adesão ao animal. Aspectos biológicos O carrapato fêmea deposita os ovos larva de seis patas ninfa de oito patas carrapato adulto Características biológicas gerais Postura única, com grande número de ovos (mais ou menos 3000) Após a postura Órgão de guenê secreta uma secreção pegajosa para hidratação dos ovos Ciclo de vida de um ixodídeo trioxeno (3 hospedeiros) Ciclo de vida de um ixodídeo monóxeno (1 hospedeiro) Gênero Boophilus microplus (carrapato do boi) Bovídeos e mais raramente hospedeiros domésticos e silvestres Só excepcionalmente ataca o homem (raro se fixar) Carrapato monóxeno (um só hospedeiro) Ciclo: uma fase parasitária (no hospedeiro, 21 a 25 dias) e uma fase no ambiente (30 dias). Morfologia Peças bucais curtas (do tamanho da base do capítulo) Escudo não ornamentado (de uma cor só) Sem festões (reentrâncias) Abertura respiratória circular Coxa do primeiro par de patas contém duas projeções triangulares Macho com dois pares adanais e apêndice caudal (rabinho) Controle de R. (boophilus) microplus Carrapaticidas Criação de bovinos mais resistentes Manejo de pastagens Vacinas (cubana e australiana – são feitas com uma proteína do intestino do carrapato, mas só reduz 50% dos carrapatos) Controle fora do hospedeiro (fase de vida livre) Descanso dos potreiras mais infestadas Roçar campo sujo (desfaz clima favorável) Alternar o pastoreio com ovinos e equinos Implantação de lavouras Controle no hospedeiro (fase parasitária) Carrapaticidas (organofosforados, amitraz, piretróides, avermectinas) Pulverização Banho de imersão Aplicação dorsal (pour on) Injetável - endectocidas Amitraz não tem poder residual (mata o que está no animal, mas não impede de novas larvas se desenvolverem no animal) Deve-se aplicar três banhos em 20 dias para impedir reinfestação nos animais Dinâmica populacional de Boophilus micropolus no RS Rhipicephalus sanguineus (carrapato marrom do cão) Trioxeno (ataca cães e mamíferos) Mudas realizadas fora do hospedeiro Cosmopolita Escala paredes, muros e abriga-se em frestas e forros Espalha-se pelas habitações, com alta multiplicação (difícil controle) Longa sobrevivência no ambiente (adultos – até 19 meses) O CONTROLE DEVE SER FEITO NA F1, ONDE ESTÃO OS CARRAPATOS QUE SOBREVIVERAM AO INVERNO Maior parasitismo nas orelhas e membros anteriores dos cães Morfologia Peças bucais curtas Base do capítulo hexagonal Escudo não ornamentado Contém festões (em fêmeas ingurgitadas os festões somem) Abertura respiratória em forma de vírgula Coxa da primeira pata com fenda profunda Macho tem 1 par de placas adanais e sem apêndice caudal Controle de Rhipicephalus sanguineus Carrapaticidas no cão Carrapaticida no ambiente (piso, parede e teto) Higiene do ambiente Inspeção rigorosa frequente Amblyomma spp. Ataca animais domésticos e silvestres Pode parasitar o homem Trioxeno Mudar realizadas fora do hospedeiro Ciclo longo Longa sobrevivência fora dos hospedeiros Cães do meio rural Fica no hospedeiro de 15 a 18 dias. Já no ambiente fica aproximadamente 2 anos. Morfologia Escudo ornamentado Peças bucais longas Com festoes Abertura respiratória em forma variável Coxa da primeira pata com espinhos de tamanho variável Sem apêndice caudal e placas adanais Boophilus Rhipicephalus Amblyomma ÁCAROS CAUSADORES DE SARNAS (03 de setembro) Definição de sarna: termo utilizado para designar as doenças crônicas de pele causadas por ácaros parasitas, caracterizadas por dermatite pruriginosa e perda de pelos. Importância diminui a produção de lã, leite e carne PEÇAS BUCAIS ESCUDO FESTÕES PLACAS ADANAIS COXA 1 APÊNDICE CAUDAL Perdas econômicas diminui fertilidade Sarna nos animais Custos com sarnicidas e mão de obra Fator emocional estética e sofrimento Potencial enzoótico Etiologia Ordem: acari Subordem: Sarcoptiformes (astigmata) e Trombidiformes (prostigmata) Família Sarcoptidae Psoroptidae Demodecidae Gênero Sarcoptes, Psoroptes Demodex Notoedres e Chorioptes Cnemidocoptes Otodectes SARCOPTIFORMES Diferenças morfológicas básicas entre a família sarcoptidae e família psoroptidae Sarcoptidae Psoroptidae Formato do idiossoma globoso elíptico Formato do gnatossoma arredondado forma de cone Comprimento das patas bem curtas longas 3 e 4 não ultrapassam a borda do corpo todas ultrapassam a borda Dimorfismo sexual muito pouco M: posterior bilobado Macho parecido com a fêmea F: posterior arredondado Características dos gêneros 1. Sarcoptes 2. Notoedres 3. Cnemidocoptes 4. Psoroptes 5. Chorioptes S. escabiei (hominis, canis, suis, cuniculli, equi, bovis, caprae, ovis) Única espécie com várias subespécies (conforme o hospedeiro a que se adapta) Se não está no seu hospedeiro original, faz um ciclo e depois fica estéril. IMPORTANTES: Sarna humana, canina e suína Tegumento é cheio de escamas, espinhas, estrias N. canis Sarna notoédrica: focinho e orelhas de gatos e coelhos Sarna crostosa C. pilae - crostas na base do bico de periquitos C. mutans – sarna escamosa das patas de galiformes C. jamaicensis – patas de canários C. leavis - base da pena de pombos C. gallinae – base da pena de galináceos Única sarna que ataca somente aves Sarna crostosa ao redor dos olhos, bico e patas P. communis (cuniculli, ovis, equi, bovis, caprae) É a que causa sarna ovina Tem o corpo elíptico, patas longas, gnatossoma em forma de cone. A fêmea sempre vai ter o posterior arredondado e os dois últimos pares de patas do mesmo tamanho. O macho tem o posterior bilobado e a pata quatro praticamente atrofiada Em coelhos forma crosas, tampões no pavilhão auricular C. bovis (base da cauda e regiões ventrais) e C. equi (patas) Ocorre principalmente em bovinos de confinamento 6. Otodectes Biologia Ovo Larva (3 pares de patas) Ninfa (4 pares de patas) Adulto (4 pares de patas) São parasitos permanenes Sarcoptídeos em galerias Psoroptídeos superficiais Contágio direto ou indireto Ciclo total : Sarcoptídeos (14-20 dias) e psoroptídeos (10 dias) Se alimentam de células de descamação Cnemidocoptes vivem agregados Epidemiologia Cosmopolitas (parasitos permanentes) Psoroptídeos são mais frequentes Animais de produção ovinos e suínos Clima temperado problema no inverno Patogenia C. cynotis Causa sarna no pavilhão auricular (otite) Problema em cães e gatos Forma cerume escuro Ciclo mais curto Superficiais (contato direto ou indireto) Mais fácil Maior sobrevivência no ambiente Stress térmico Menor oferta de alimentos Maior agrupamento Prurido intenso - hipersensibilidade - irritação mecânica - produtos de secreção e excreção - resposta inflamatória local Alopecia - morte do folículo piloso - escarificação inflamação Crostas - lesão de tecidos (+ coçadas) exsudato hemorrágico coagula (crostas) Diagnóstico Clínico – anamnese e sinais Laboratorial Raspado de pele - clarificação - microscopia Profilaxia Isolar e tratar os animais doentes Diagnóstico e tratamento precoces em humanos Orientar proprietários médico Cães e gatos: tratar todos da casa Repetir o tratamento 2 a 3 vezes (semanal) Higienizar o ambiente, roupas e roupas de cama Propriedades enzoóticas: tratamento preventivo DEMODEX Prostigmata (tem um par de aberturas respiratórias entre gnatossoma e idiossoma) Ocorre normalmente em animais jovens por alterações imunológicas, porém cães de raças definida e de pelo curto também são alvos. Causa a chamada “sarna negra” ou sarna demodécica Definição de sarna demodécica Processo inflamatório da pele de cães (sobretudo jovens), associado a alterações imunológicas, caracterizado por número anormal de ácaros em relação aos animais normais (faz parte da microbiota acariana natural da pele dos cães). É a dermatopatia de terapia mais difícil (não neoplásica), com resultados desalentadores para clínicose proprietários. Espécie do gênero Demodex canis Faz parte da microbiota cutânea natural dos animais (52% dos animais normais). Estão presentes em folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. Se alimentam da secreção sebácea e células dos folículos pilosos. Morfologia Biologia Ovo larva ninfa adulto Ficam na base dos folículos pilosos Geralmente comensais (50 a 55% dos cães são portadores) Vivem no interior dos folículos pilosos e glândulas sebáceas Gnatossoma sempre voltado para dentro Curta sobrevivência fora do hospedeiro (poucos minutos) Epidemiologia Contágio – queda de resistência (linfócitos T) Neonatos – amamentação Sem transmissão transplacentária Sem transmissão por contato Predisposição - raça definida - pelo curto - jovens (até 18 meses de idade) - famílias (genética) - estados fisiológicos (cio, parto) - estados patológicos (dirofilaríase, ancilostomíase, cinomose) Imunologia Demodicose é mais uma imunopatia do que uma dermatite parasitária. Cães clinicamente saudáveis – imunodepressão experimental – demodicose em 60%. Diagnóstico 1. Anamnese - família - faixa etária - local das lesões iniciais (1/3 anterior) 2. Clínico - Alopecia Corpo bem alongado (“crocodilo”) 2 quelíceras e 2 palpus Patas atrofiadas, triarticuladas, anteriores Um par de aberturas respiratórias próximas ao capítulo Ausência de cerdas e espinhos Pequeno dimorfismo sexual - Discreto prurido - Exsudação mau cheiro - Cor da pele tendendo ao cinza - Espessamento da pele - Crostas hemorrágicas - Linfonodos aumentados 3. Laboratorial - Raspado de pele - Potassa a 10% ou Lactofenol - Microscopia Prognóstico Reservado – cura de , no máximo, 60% dos casos Quadro mais grave, com prognóstico mais reservado: - grande número de ovos e formas jovens encontrados - diagnóstico tardio - raças de pelo longo (raro curar Sheep Dog) - Dálmata – não responde a tratamento Controle Tratar os animais afetados não separá-los dos demais retirá-los da reprodução PROTOZOÁRIOS (04 de setembro) Uma parte da vida deve ser intracelularmente e são microscópicos. Protos = primeiro zoarium = animal São seres unicelulares Microscópicos (1-150 um) Simbiontes (ex. protozoários do rúmen) e parasitos (afetam o hospedeiro) Ciclo biológico/poder reprodutivo (ciclo reprodutivo rápido, produzindo vários em pouco tempo) Imunidade do hospedeiro/mecanismos de escape (muito dos protozoários são atacados pelo sistema imune) Ex. Toxoplasma: os protozoários se instalam em locais onde geralmente não tem resposta imune (retina, cérebro) Todos os animais superiores são infectados por uma ou mais espécies de protozoários A infecção geralmente se dá de forma assintomática, podendo evoluir para uma forma fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos. Para que a doença evolua depende da espécie do protozoário, da cepa e da resistência do hospedeiro. Única célula realiza todas as funções mantenedoras da vida (alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção) Formas variadas É o diagnóstico de certeza Comprimir Raspado profundo Bordas de lesões mais recentes (PROVA) Achado fácil de adultos, ninfas e ovos Complementar com antibiograma - dermatite Localização Intracelular (ex. babesia) Extracelular (geralmente precisam de uma organela) Estrutura básica Membrana Organelas: ajudam na locomoção, nutrição, proteção e sustentação. As principais organelas são os flagelos (parasita se locomovem sempre na direção do flagelo), membrana ondulante, cílios e pseudópodes. *O balantideo contém abertura para alimentação chamado de citóstoma Organelas de nutrição: os pseudópodes capturam o alimento que vai parar nos vacúolos digestivos Organelas de proteção são a membrana citoplasmática e parede cística Organelas de sustentação (axóstilo) Organelas de fixação são os discos suctoriais (colam na parede do órgão) Núcleo GIARDIA LAMBLIA (G. intestinalis = G. duodenalis) Ataca humanos e animais domésticos de todas as idades, porém o quadro mais severo se dá em filhotes. A maior ocorrência se dá em animais agrupados em canis e gatis, práticas sanitárias deficientes, população de animais de rua e animais jovens. Tem altas prevalências (16% dos cães clinicamente saudáveis e 10% dos gatos infectados que não apresentam sinais clínicos). Os cães com diarreia atendidos no HCV 40-50% estão infectados. A infecção nos cães se dá por ingestão de cistos fecais presentes em água, alimento e pelagem. Geralmente a infecção ocorre em parques, praças, passeios pela rua, banho e tosa e em hotéis. Potencial zoonótico – genotipagem por PCR Genótipo Hospedeiro A Homem, cão, gato, bovino, ovino, suíno, cobaia, gorila, foca B Homem, cão, gato, bovino e outros mamíferos C,D Cão, gato, coiote, lobo, camundongo E Bovino, ovino, caprino, alpaca e suíno F Gato G Rato doméstico *Sendo os genótipos A e B de caráter zoonótico ZOONOSE Morfologia do Trofozoíto Possui uma fase para se alimentar (Trofozoíto) Piriforme, simetrial bilateral, disco suctorial, nucleado, com axóstilos e 4 pares de flagelos. Morfologia do cisto Forma de infecção (cisto): trofozoíto enrolado em si mesmo, o qual secretou proteínas para formar uma nova membrana para proteger o protozoário. É ovalado, possui de 2 a 4 núcleos, axóstilos e parede celular Biologia Habitat: duodeno e início do jejuno Ciclo: cisto trofozoíto cisto Forma infectante: cisto Reprodução: assexuada (fissão binária longitudinal) PPP: 1 a 2 semanas A divisão ocorre na sequência: núcleos, flagelos, disco suctorial e citoplasma. Ação sobre o hospedeiro Forração da mucosa intestinal por trofozoítos A irritação que a locomoção do tropozoíto causa reduz a área de absorção, aumentando a motilidade intestinal, causando diarreia. Podemos ter portadores assintomáticos até sintomáticos, dependendo da resposta imune do hospedeiro, da idade, da virulência da cepa e da dose infectante. O animal apresenta diarreia persistente ou intermitente Fezes com odor fétido e raias de gordura Vômito Distensão (gases) e dor abdominal Perda de peso Redução no desenvolvimento de filhotes Redução da absorção de gorduras, vitaminas lipossolúveis, vitamina B12, ferro e lactose. Infecção nos gatos Fezes pastosas ou diarreicas Raramente vômito METRONIDAZOL E ALBENDAZOL FUNCIONA BEM EM CÃES FEZES DIARREICAS: TROPOZOÍTO FEZES FEITAS: CISTOS Perda de peso Redução no desenvolvimento de filhotes Comum fezes pastosas, com porção final com sangue vivo Muitas vezes o diagnóstico tem que ser terapêutico (tinidazol por 8 dias) Dose mínima infectante é de cerca de 10 cistos Um hospedeiro contaminado pode eliminar mais de 900 milhões de cistos/dia (mesmo assintomático), causando grande contaminação ambiental. A eliminação dos cistos é intermitente (tem intervalo de dias) Diagnóstico Maioria assintomático Exame de fezes Formadas (cistos) – Faust (flutuação em sulfato de zinco) Diarreicas (trofozoitos) – direto (solução salina ou lugol) *Repetir três vezes em dias alternados ou seguidos (período negativo) ELISA (kits comerciais de alta sensibilidade com ácidos monoclonais que detectam coproantígenos). Controle Desinfecção dos animais Tratar Banho com xampu no início e no fim do tratamento (cistos ficam no pelo) Um positivo, tratar todos da casa, canil ou gatil Desinfecção do meio ambiente Remoção diária das fezes (não jogar água sobre) Limpeza rigorosa Gatos deve-se trocar a areia e desinfetar a caixa diariamente Desinfecção (deixar 30 a 40 segundos antes do enxague) Secar bem ao sol (mata a giárdia) Se defecar na rua, deve-se recolher Prevenção de reinfecção Sempre ter agua limpa a disposição (evita que procure na rua) Exames parasitológicos periódicos Recém chegados devem ser separados, banhados e tratados LEISHMANIA É um protozoário flagelado, afetando o homem e cães É transmitido pelo mosquito do gênero lutzmyia Ocorre em regiões tropicais e subtropicais (dos 5 continentes) Formas tegumentar e visceral Em cães ocorre no mundo inteiro, tendo a forma visceral e tegumentar (são parecidas). Cães mais jovens e idosos são mais acometidas devido à baixa imunidade. Considerada uma doença tropical negligenciada A leishmaniose tegumentar é indolor, pois a leishmania libera toxinas que afeta a sensibilidade do hospedeiro. A leishmaniose visceral ocorre em crianças desnutridas, em pessoas imunodeprimidas e o cão é reservatório. É um quadro mundial grave devido à expansão das áreas atingidas, aumento do número de casos, pouco conhecimento da população, desinformação dos profissionais da saúde, negligência da indústria Está entre as seis endemias mais importantes do mundo, pois tem alta incidência da enfermidade, mutilações pela forma cutâneo-mucosa, mortalidade pela forma visceral e expansão geográfica nas últimas décadas. A espécie L. braziliensis causam a forma cutânea e cutâneo-mucosa grave. A espécie L. guyanensis causa a forma cutânea A espécie L. amazonenses causa a forma cutânea difusa. Somente a espécie L. chagasi causa a forma visceral da doença. Morfologia 1. Amastigotas (no hospedeiro vertebrado) Vivem nos macrófagos da pele dos hospedeiros (tegumentar) e nos macrófagos dos órgãos linfoides e fígado (visceral) o cão tem muito mais macrófagos nas regiões periféricas, por isso é muito mais fácil infectar o cão do que o humano primariamente. 2. Promastigota No hospedeiro invertebrado (mosquito palha) é lutzomyia spp. A lutzomyia não faz a postura na água e sim em matéria orgânica em decomposição. LEISHMANIOSE VISCERAL MATA MAIS QUE A DENGUE Tem formato ovóide, com núcleo arredondado (excêntrico) Tem formato fusiforme, tendo o flagelo maior que o corpo celular. Tem núcleo arredondado, mediano Curso da infecção Irá depender da espécie de leishmania, características genéticas do hospedeiro e resposta imune do hospedeiro. Epidemiologia Viviam no ambiente silvestre as matas foram destruídas, retirando o abrigo e alimentação do mosquito migraram para o meio rural área urbana (o alastramento da doença está intimamente ligado ao desequilíbrio ambiental). As áreas do corpo mais atingidas em ordem crescente: tórax, cabeça, braços e pernas. Leishmaniose teve urbanização mais precoce que a leishmaniose tegumentar. Morre muita gente devido ao diagnóstico e tratamento tardios, incapacidade dos serviços de saúde e pela doença ter um início lento e indefinido. Reservatórios silvestres e domésticos Canídeos, roedores, marsupiais (gambá), primatas, etc. Principal reservatório doméstico da leishmaniose visceral CÃO Alvo de vetor peridomiciliar Alvo de vetor silvestre Atrativo para o vetor Maior concentração de parasitos na circulação na circulação periférica Sinais clínicos 1. Forma tegumentar típica (mede o diâmetro da lesão e é administrado via IM o medicamento) CÃES: São úlceras cutâneas superficiais, de recuperação espontânea, geralmente aparecem nas pálpebras e lábios. Tem baixos níveis de anticorpos. 2. Forma visceral (febre baixa, esplenomegalia, hepatomegalia, edemas, ascite e enfraquecimento HUMANOS) Sinais Clínicos da Leishmaniose Visceral em Cães Promastigota Amastigota GRANDE FONTE DE INFECÇÃO DO VETOR A maioria (60 a 70%) não desenvolve a doença, mas tem muitos parasitos na derme O período de incubação pode ser: 2 a 3 semanas, meses, alguns anos Sinais clínicos variados (febre irregular, dermatite seborreica, hepatomegalia, esplenomegalia e linfoadenopatia generalizada) Altos níveis de anticorpos Geralmente crônica Pode melhorar e após longos períodos reagudizar Os cães podem apresentar alopecias, descamações (orelhas e focinho), pelo opaco, emagrecimento, conjuntivite, úlceras rasas, onicogrifose, paresia dos membros posteriores, caquexia e morte. Diagnóstico da forma tegumentar 1. Diagnóstico epidemiológico Ocorrencia de casos na região Procedência Cães ou equinos com lesões cutâneas Entrada nas matas 2. Diagnóstico clínico Lesões características 3. Diagnóstico laboratorial Parasitológico Direto Cultivo in vivo Cultivo in vitro PCR Imunológico Intradermo-reação de Montenegro (positivo: nódulo maior ou igual a 5 mm de diâmetro; o resultado falso negativo vem de infecções recentes ou de uma forma difusa da doença). Sorológicos – ELISA e RIFI (chagas e leishmaniose visceral) Diagnóstico da forma visceral 1. Diagnóstico clínico É difícil, pois os sinais são comuns à outras doenças, porém deve-se considerar em áreas endêmicas. Em crianças tem-se esplenomegalia, febre, anemia e leucopenia. Em cães tem-se emagrecimento, alopecia periorbital, linfadenopatia e lesões cutâneas. 2. Diagnóstico laboratorial Parasitológico Aspirado da medula óssea ou linfonodos (esfregaço, cultivo in vivo, cultivo in vitro e PCR) Imunológico Sorológicos: ELISA e RIFI (chagas e LTA) Controle 1. Detectar os casos Orientação para procura de unidades de saúde Busca ativa nas áreas de foco Treinamento do pessoal da saúde – detecção e encaminhamento rápidos Em casos de lesões suspeitas em animais, procurar o centro de zoonoses. 2. Tratar os humanos enfermos Glucantime e anfotericina B Tratamentos longos (meses) 3. Combater os vetores Pulverizações periódicas – piretróides Limpeza de peridomicílio Limpeza de abrigos de animais Evitar criações de animais junto às casas Capinar quintais e fazer poda periódica de árvores Enterrar resíduos de podas, folhas, frutos e fezes de animais Não jogar lixo doméstico em terrenos baldios 4. Evitar o contato homem-vetor Repelentes Mosquiteiros Telas finas Camisas e calças compridas 5. Controle de reservatórios A forma tegumentar (a maioria é silvestre) Para não atrair roedores e gambás deve-se destinar adequadamente o lixo e manter os domicílios e peridomicílios limpos. Forma visceral – cães Controle de cães errantes Doação de cães soronegativos Telas em canis Não deixar cães na rua no final da tarde e Início da noite (maior atividade do mosquito) Coleiras impregnadas de piretróides Citronela, neem Vacinar Eutanásia de soropositivos???? Desde a década de 50, a OMS ordenou a eutanásia de cães positivos e que o diagnóstico dos casos deveria ser precoce + tratamento com antimoniais. Porém não funcionou, aumentando o número de casos e aumento das áreas de ocorrência. Milhares de cães foram eutanasiados nos últimos anos, sem efeito sobre o avanço da doença no Brasil Ineficácia se deve a: Rápida recomposição da população de cães infectados (filhotes suscetíveis + mosquitos infectados) Sensibilidade e especificidade limitadas dos testes sorológicos usados para detectar cães portadores Proprietários escondem seus cães Muitos entram em pânico → abandonam cães nas ruas → se infectam e se reproduzem → ↑ casos humanos Outros animais domésticos e silvestres continuam como fonte de infecção dos mosquitos É proibido tratar com produtos de uso humano 80% recidiva em menos de um ano Remissão temporária dos sinais clínicos Pouco efeito sobre a infectividade ao mosquito Risco de selecionar parasitos resistentes às poucas drogas disponíveis para o tratamento humano. 6. Medidas educativas Divulgação à população, sobre ocorrência na região Meios de comunicação orientarem a buscar diagnóstico Informar que diagnóstico e tratamento são gratuitos Ampla divulgação sobre onde procura-los Esclarecer o papel do cão como reservatório da LV 7. Vacinas Leishmune e Leishtec (não existem 100% eficazes) TRYPANOSOMA (10 de setembro) Mais de 150 espécies Parasitam todas as classes de vertebrados Transmissão - mecânica (rápida, através da picada) ou biológica (quando ocorre a evolução do protozoário nos tecidos do barbeiro ou mosquito) Importância na saúde humana e animal Importância Invalidez e mortalidade humanas Gastos com controle Queda de produção de carne e leite Descarte de animais para trabalho Descarte de animais para reprodução (pode ser sexualmente transmissível) Limitação de comércio de animais Biologia T. cruzi (Na américa, transm. pelo barbeiro) T. gambiensi (Na Africa, transm. pela mosca) T. rhodesiensi T. evansi (Atacam equinos) T. equiperdum T. vivax (Atacam várias espécies, + bovinos) Digenéticos Transmissão (mecânica ou biológica) Trypanosoma Cruzi Tripanosomíase americana ou Mal de Chagas Não infecta aves nem répteis Importância médica (causa megaesôfago, megacolon, megacoração) e social (aposentadorias precoces); Americana – México ao sul da Argentina Morfologia Formas típicas Amastigota Epimastigota Tripomastigota Formas evolutivas Amastigota Intracelular (Vertebrados, células nervosas ou musculares); Sem flagelo No coração são ninhos de amastigotas, várias em uma mesma célula. Epimastigota Extracelular (no tubo digestivo do barbeiro) Pequena membrana ambulante e flagelo. Tripomastigota Extracelular (sangue dos vertebrados e reto do barbeiro); Tripomastigota metacíclica - Forma infectante para o vertebrado; Principais células invadidas no homem Células do sistema fagocítico mononuclear Fibras musculares Células nervosas Ciclo inicial O barbeiro suga o sangue de um homem ou animal com parasiteia, com tripomastigota circulando na corrente sanguínea, o barbeiro ingere junto com o sangue os parasitas e no tubo digestivo, na primeira divisão ela se transforma em Forma Núcleo Blefaroplasto Cinetoplasto Flagelo Membrana ondulante epimastigota e segue se multiplicando e colonizando o tubo digestivo do mosquito, as epimastigotas sofrem divisão por ficção binaria e quando chegam no reto se transformam e 2 tripomastigotas pouco menores que as do sangue mas extremamente ágeis, que são a forma infectante, elas são eliminadas nas fezes. Quando mais curto for o tempo entre a sucção e a defecação, maior vai ser o potencial como vetor, pois a pessoa cossa o local da picada e leva os tripomastigotas para dentro da pele. Após a entrada na pele os macrófagos fagocitam o agente, ele se transforma em amastigotas, e se divide por ficção binaria até rebentar o macrófago, algumas são fagocitadas e outras se transformam em tripomastigotas e vão para a corrente sanguínea, se for uma mulher gravidas as tripomastigotas podem passar para o feto. A Transmissão ocorreu muito por transfusão de sangue, por não fazer teste em portadores assintomáticos; Parasitam macrófagos até encontrarem células nervosas ou células musculares lisas onde se dividem lentamente e formam os ninhos de amastigotas, que provocam a dilatação desses órgãos. Epidemiologia Hospedeiros Vertebrados Homem Animais domésticos Animais silvestres *aves, anfíbios e répteis são refratários ou seja, possuem um fator que não permite a sobrevivência do tripanossomo, no sangue, é importante na criação de hemípteros para não ficarem contaminados se alimenta eles com aves. Hospedeiros Invertebrados Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius (PTR) Hábitos noturno (onde possuem frestas e locais onde podem ser esconder) Tripaniossoma americana porque existe do México ao sul da Argentina: Duas condições diferentes, EX: Nos estados unidos existe hemípteros e latinos que migram e são portadores, e ainda os casos são esporádicos por causa do tipo de colonização, geralmente são casas de material que não facilitam o estabelecimento dos barbeiros, diferente da américa latina. E na Amazônia que está tendo muitos casos, os vetores não tiveram a necessidade de se domiciliar porque as casas são próximas as matas onde eles se abrigam durante o dia e a noite saem para se alimentar. Na Amazônia ocorre o maior número de surtos e não ocorre pela picada do vetor e sim pela ingestão de alimentos contaminados. Gamba sai da mata e pode contaminar os alimentos. Domiciliação do Vetor Por sobrevivência - maioria das espécies (Os barbeiros que viviam na mata se alimentavam dos animais silvestres, mas com o desmatamento a urbanização faltou alimento para o barbeiro, e ele passou a se domiciliar próximo as propriedades rurais, ondem existiam animais de várias espécies para se alimentar (galinha, porco, cavalo), e outros se alojaram dentro das casas.) Por preferência por sangue humano - Triatoma infestans foi o maior disseminador do Mal de Chagas no Brasil. Características de um hemíptero bom transmissor (PROVA) Capacidade de domiciliação; Boa reprodução em ambientes artificiais para eles (nossas casas); Susceptibilidade à infecção por tripanossoma. Capacidade de gerar grande número de tripomastigotas metacíclicas Alto grau de antropofilia (gosta do sangue humano); Curto espaço de tempo entre o repasto e a defecação (quando mais próximo defecar da lesão maior a transmissão). Urbanização recente Êxodo rural das décadas de 70 e 80, pessoas contaminadas da área rural para cidade (assintomáticas); Bancos de sangue sem diagnóstico; Alteração ambiental, desmatamentos; Laranjal e Capão do Leão (barbeiros) 60% dos chagásicos vivem nas cidades Transmissão Vetorial (Principal) Tranfusão de sangue (provas sorológicas para ver se o doador é negativo para chagas) Congênita (abortos por tripanossoma, é subestimado, ocorre mas não são feitos testes para diagnostico); Ingestão de alimentos contaminados Amamentação (principalmente no colostro) Transplantes (receber órgão infectado) Acidentes de laboratório Surtos recentes no Brasil Ingestão de alimentos contaminados (barbeiros e/ou suas fezes) Caldo-de-cana e Suco de açaí. Tripomastigotas metacíclicas resistem à acidez gástrica Invadem células da mucosa gástrica Corrente sanguínea As cepas silvestres são mais capazes de realizar essa infecção No cacho do açaí pode viver barbeiros ou conter as fezes deles, quando é retirada a polpa, o alimento fica contaminado, esse alimento pode ser enviado congelado a outros estados e ainda pode ficar contaminado, porque o tripanossoma pode sobreviver a temperaturas de até -20°C. Doença negligenciada como a leishmania, é de difícil diagnostico, e como é uma doença de populações pobres não há investimento. Mesmo que a gente não contamine a picada, ainda podem ficar tripomastigotas nos dedos e ao coçar mucosas ela entra mesmo estando integra. Patogenia Fase aguda Maioria assintomática (90%) Similar a gripe (dor no corpo) Formação de ninhos de amastigotas nos músculos; Chagoma (local da picada) Sinal de Romaña (edema bipalpebral, inchaço pela entrada de tripomastigotas na mucosa ocular). Fase crônica Latente ou assintomática (70%) Formação dos megas, megaesôfago, megacolon, megacoração; Destruição de nervos e tecidos musculares, no coração ocorre hipertrofia compensatória,ocorre a dilatação do coração. REATIVAÇÃO DAS FORMAS CRÔNICAS Quando ocorre Imunodepressão quadro agudo mais grave, altas parasitemias Transplantados Pacientes com AIDS* encefalites ou miocardites severas (geralmente levam a morte) *Em pacientes com AIDS, a uma diminuição no número de linfócitos T, que são os principais defensores contra tripanosoma. Diagnostico Clínico – difícil Fase aguda – confunde com gripe, conjuntivite Fase crônica – insuficiência cardíaca, digestivos Anamnese Procedência / origem residente de regiões endêmicas Viagens Transfusões sanguíneas antes da década de 80 Laboratorial Aguda Parasitológico Crônica Xenodiagnostico – criam barbeiros se alimentado de codornas ou galinha, para se ter certeza de que não fiquem contaminados e se coloca o barbeiro a se alimentar em Exame de sangue Coloração de giemsa Concentração pós-microhematócrito Biópsia de linfonodos Xenodiagnóstico Hemocultura PCR pessoas suspeitas e após 20 a 25 dias se fazia o exame para tentar encontrar tripomastigotas no intestino dele. * Baixa sensibilidade, pela baixa parasitemia Positivo – absoluto Negativo - ? Aguda Imunológico Crônica Controle NÃO EXISTE VACINA FASE AGUDA – benzonidazol (mínimo 60 dias) Na fase crônica são tratados pacientes que ainda não possuem os megas, para evitar o crescimento dos parasitas, e se já possuem os megas se trata os sintomas. Controle da Transmissão Vetorial Combate químico (pulverização) Casa e peridomicílio Mata ninfas e adultos Melhoria das habitações Reboco Tapar rachaduras e frestas Telas em portas e janelas Manter a casa e arredores limpos: varrer chão, limpar atrás de quadros, de móveis, etc. Expor colchões e cobertores ao sol Construir galinheiros, chiqueiros, paiol, longe da casa e mantê-los limpos Evitar montes de lenha, telhas, entulhos, ao redor e dentro de casa Remover ninhos de pássaros do telhado da casa Lavagem cuidadosa da cana e do açaí antes da moagem Conhecer o barbeiro e detectar focos Encaminhar insetos suspeitos ao Serviço de Saúde Divulgar as informações para os vizinhos Ensinar crianças nas escolas Apoio da mídia em zonas endêmicas Controle da Transmissão Transfusional (Desde década de 80 - AIDS) Doadores soronegativos (2 técnicas) Hemocentros Controle da contaminação via oral (ingestão de alimentos contaminados) Educação dos batedores e coletores do açaí; Fazer o branqueamento RIFI ELISA RIFI ELISA Hemaglutinação indireta Controle sanitário rigoroso dos pontos de venda Controle da Transmissão Congênita Acompanhamento pré-natal Diagnóstico precoce e tratamento do bebê Controle de Transmissão em Acidentes e Transplantes Quimioterapia preventiva após acidente laboratorial Diagnóstico e tratamento preventivos de doadores infectados (transplante de rim, medula) Tratamento de receptor suscetível, logo após transplante. T. evansi Causa o mal das cadeiras nos equinos, pode atacar também cães, e capivaras e quatis são os grandes reservatórios. No pantanal, é a principal doença parasitarias em cavalos entre animais silvestres, cavalos crioulos levados ao pantanal morrem por não possuírem imunidade. Transmissão se dá por insetos hematófagos, morcegos e sanguessugas. Égua se tiver parasitemia durante amamentação pode transmitir pelo leite ou ainda antes por via transplacentaria, causando abortos. Causa o enrijecimento do posterior e incordenaçao motora. T. equiperdum Dispensa vetor; Causa a sífilis equina ou mal do coito; É sexualmente transmissível; Se aloja em capilares da mucosa genital (Edema); Durante o ato sexual passam de uma mucosa para outra; É muito raro no Brasil, não se tem a muito tempo, Argentina tem; T. vivax Ataca principalmente ruminantes na região do pantanal; Oportunista, se aloja no animal, e se aproveita em casos de desnutrição, ou intoxicação por plantas. Causa fraqueza, infertilidade; Transmissão mecânica por insetos hematófagos Cervídeos são reservatórios. Diagnóstico Clínico Epidemiológico Confirmação laboratorial *Para diagnostico, se coleta sangue capilar (cauda ou orelha) e faz esfregaço e fixa. Outra técnica é centrifugar o tubo do microhematócrito e retirar a camada de leucócitos, que é onde se tem a maior concentração de tripanossomas. Controle T. evansi Diagnóstico e tratamento precoces Controlar vetores (armadilhas, telas, tiras de piretroides) Cuidado com animais recém-chegados em áreas enzoóticas (Crioulos no pantanal) Não usar mesma agulha em diferentes animais T. equiperdum Sorologia em reprodutores; Castração dos positivos; Recém-chegados - exame rigoroso. T. vivax Manter o status sanitário do rebanho ; Quimioprofilaxia (Em propriedades com problemas, se trata o rebanho antes de chegar épocas de menor oferta alimentar) ; Controle de vetores com produtos pour-on ; Armadilhas impregnadas com inseticidas . FILO APICOMPLEXA Piroplasmida – 4 parasitos característicos de hemácias. Grande grupo – mais de 5000 espécies Todos são de vida parasitária monoxenos ou heteroxenos EX: Eimerias são monóxenos, aves eliminam oocistos e outras aves ingerem alimentos ou agua contaminada, ciclo direto. Grande impacto em saúde humana e animal Um núcleo (exceto merontes) Reprodução assexuada e sexuada Geralmente forma cistos Locomoção por flexão ou deslizamento (sem flagelos*, pseudópodes nem cílios) Complexo apical Complexo apical – são várias estruturas que ajudam o protozoário a invadir uma célula sem danificar a mesma. Estruturas são: Conoide – estrutura que dá a sustentação para que o parasito posso empurrar a membrana das células (possuem anéis polares). Micronemas e roptrias – o complexo apical reconhece receptores específicos e micronemas e roptrias secretam enzimas que sinalizam a chegada do parasito, permitindo a entrada no interior da célula. Microtubulos contrateis – serve para locomoção. Coccidia Sub-classe Tem como característica fazer reprodução sexuada no intestino do hospedeiro definitivo dando origem a estrutura chamada ... Maior grupo do Filo Apicomplexa Reprodução assexuada e sexuada Maioria se reproduz em células do epitélio intestinal Formam oocistos Toxoplasma, Neospora, Eimeria, Cryptosporidium, Sarcocystis, Isospora, etc. Reprodução da Coccidia 1. Meroginia – o parasito entra na célula hospedeira, o núcleo começa a se dividir, junto com divisões citoplasmáticas e ele rompe a célula hospedeira liberando merozoitos Quando possui múltiplos núcleos, parasita multinucleado é MERONTE Podem fazer várias gerações de merontes 2. Gametogonia – Formação de gamestas, reprodução sexuada. Merozoitos penetram na célula hospedeira e dão origem a gamontes que podem ser microgamontes que dão origem a centenas de de microgametas que rompem a células, única fase com organelas de locomoção. As Macrogametas ficam dentro da celula, as microgamentas penetram em células com macrogametas, ocorre a fecundação forma um zigoto que evolui em oocisto. 3. Esporogonia (assexuada) – Sempre acontece depois de uma fase sexuada, forma oocisto e ele precisa sofrer esporogonia ou esporulação para se tornar infectante. A maioria libera oocistos não infectante e eles necessitam ficar de 24 a 48 hora sno ambiente para se tornar infectante. *No estomago ocorre a destruição da membrana dos esporocistos
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