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O bicarbonato de sódio é administrado em pacientes que necessitam fazer alcalinização e não podem receber a solução de ringer com lactato, por exemplo, em doença hepática grave (bicarbonato na solução fisiológica). K+ É um íon extremamente importante no metabolismo celular. É abundante no meio intracelular, principalmente em cardiomiócitos, por exemplos. Todo paciente que não estiver hipercalêmico (com excesso de potássio na circulação) deve receber suplementação de potássio no fluido, pois a quantidade de potássio existente nos fluidos ou é nula ou muito abaixo das necessidades fisiológicas do animal. A solução de ringer com lactato supostamente apresenta potássio, mas a concentração está bem aquém das necessidades do paciente: 1 L de solução de ringer com lactato fornece 4 mEq de potássio, ao passo que a necessidade fica em torno de 15 a 30 mEq. Quando tivermos um paciente que não está se alimentando, portanto, não está adquirindo potássio adequadamente da dieta, e esteja perdendo potássio por diurese, fezes, vômito..., é necessário suplementar o potássio no fluido de correção. Isso é feito através do aditivo concentrado de KCl. Ele existe em várias concentrações no mercado, mas a mais comum é na de 19,1% ▪ Cada 1 mL dessa solução fornece ao paciente 2,56 mEq de K+ Exemplo: Ringer com lactato 1 L Ringer com lactato → 4 mEq de K+ X → 20 mEq (adicionar 16 mEq de K+ por litro de RL) 1 mL KCl → 2,56 mEq X mL v → 16 mEq x = 6,25 mL/L de ringer com lactato Sempre homogeneizar a solução antes de acoplar o fluido ao equipo, isto é, antes de iniciar a infusão no paciente. Exemplo: solução fisiológica (NaCl 0,9%) 0 K+ 1 mL KCl → 2,56 mEq (acrescentar os 20) X mL → 20 mEq x = 7,98 mL/ L Respeitar a velocidade de infusão do potássio (0,5 mEq/ kg/ h) HCO3- Utilizado em pacientes acidêmicos, onde não seja possível utilizar a solução de ringer com lactato. Se houver a possibilidade de usar o ringer com lactato, essa é a fluidoterapia de eleição (o ringer com lactato não leva o paciente de acidose para alcalose, pois a conversão do lactato em bicarbonato vai ser feita de acordo com as necessidades do animal). Podemos quantificar a concentração de bicarbonato do paciente. Essa opção oferece resultados mais precisos de reposição demandada pelo animal. Bicarbonato esperado ~ 20 a 29 Se não for possível quantificar o bicarbonato do paciente, temos a alternativa de trabalhar com uma dose empírica de bicarbonato. Se a dose for menor do que a que o paciente necessita, não conseguimos corrigir a acidemia, ao passo que se a dose empírica for maior, transformamos a acidose em um quadro de alcalose. Por isso, trabalhamos com uma dose empírica de segurança: 0,5 a 1 mEq/ kg. Calculamos a dose total, fornecemos metade da dose em bolus lento (t > 5 min), ao longo de vários minutos, e a outra metade, infundir em gotejamento, na fluidoterapia de manutenção. ▪ Bicarbonato de sódio não combina com soluções que contenham cálcio. Não podemos usar fluidos de manutenção ringer com ringer com lactato. Quando diluir esse fluido para administração, deve ser feito em solução fisológica. ▪ A concentração mais comum do bicarbonato é de 8,4%. 1 mL de HCO3- → 1 mEq Exemplo: Cão, 11 anos, 10 kg, hepatopata Bicarbonato do paciente = 8 Fornecido ao paciente = ? Bicarbonato = ½ x 10 x (25 – 8) Bicarbonato a fornecer = 85 mEq Exemplo: sem dosagem Dose de segurança = 0,5 ~ 1 mEq/ kg Bicarbonato a fornecer = 5~10 mEq Bicarbonato necessário = ½ x Peso (kg) x (Bicarbonato esperado – Bicarbonato do paciente) O bicarbonato pode ser dosado pela análise hemogasométrica.
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