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A importância da Creche para o desenvolvimento do indivíduo

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4ª ATIVIDADE DISSERTATIVA TCC 
A importância da Creche para o desenvolvimento do indivíduo
INTRODUÇÃO
Após estar inserida no trabalho em creches e por meio de estudos que defendam a importância da Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, senti necessidade de me aprofundar nessa questão, para com bases teóricas esclarecer essa fase do desenvolvimento que é a estrutura necessária á formação do individuo de maneira integral.
 Através das pesquisas realizadas por Jean Piaget sobre as fases do desenvolvimento, onde segundo sua teoria o aprendizado ocorre de dentro para fora, com fases especificas no desenvolvimento humano, percebi a importância de proporcionar as crianças pequenas de (0 a 3 anos) oportunidades de aprendizados significativos. 
Dentro das nossas leis como a Constituição Federal, LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), dentre outras isso já é assegurado à criança desde o seu nascimento, porém na prática sabemos que há um longo caminho a percorrer, pois ainda estamos enraizados ao aprendizado tradicional e com o assistencialismo ainda muito forte dentro das instituições se privando na maior parte do tempo o cuidar deixando o educar para segundo plano.
 Diversos são os problemas, por comodismo dos profissionais, ou seja, o professor que tem formação, porém não aceita o novo, achando que para haver conhecimento a criança precisa fazer atividade no papel deixando de respeitar as fases de aprendizado com suas características próprias, questões organizacionais onde muitas vezes não se tem um espaço bem estruturado para desenvolver um bom trabalho ou políticas em vários sentidos.
 Porém na questão política o que realmente atrapalha o bom desenvolvimento da educação nas creches é a questão da grande quantidade de crianças por sala, não respeitando alunos e professores. Portanto ainda vejo a creche infelizmente como depósito de crianças, e, dessa maneira como conseguir assegurar uma educação de qualidade? 
Enquanto o foco na Educação Básica estiver voltado apenas para o Ensino Fundamental, onde se tenta alfabetizar as crianças a todo custo e não olharmos para as necessidades da creche e priorizar essa etapa do desenvolvimento para que possamos de maneira bem estruturada desenvolver habilidades e conhecimentos nos alunos antes de chegar ao Ensino Fundamental nossa realidade não mudará.
 Infelizmente muitos professores, instituições escolares, família e sociedade em geral, ainda não compreendem a grande contribuição que a creche propicia para o desenvolvimento físico, mental e social da criança.
 Acrescento ainda que todas essas potencialidades são desenvolvidas de maneira lúdica propiciando através das experiências já conhecidas pelas crianças novas habilidades e conhecimentos num processo denominado segundo Jean Piaget em sua Teoria Epistemológica de assimilação e acomodação, permitindo que as crianças adquiram conhecimentos estruturando e reestruturando seus conhecimentos.
Para tanto falaremos de Jean Piaget e sua Teoria Epistemológica focando nas duas primeiras fases caracterizadas por ele como, primeira: sensório-motora (0 a 2 anos) e segunda: pré-operatória que vai de (2 a 8 anos); da historia da creche no Brasil e as leis que estruturaram essa instituição para chegar ao formato que está hoje e finalizando, qual o perfil que os professores de creche devem ter para que seja realizado um trabalho ideal com crianças dessa faixa etária de (0 a 3 anos).
1.	Contribuições de Jean Piaget para a Educação Infantil.
Para fundamentar a pesquisa uso como base teórica o pensador Jean William Fritz Piaget, um dos mais importantes pesquisadores de educação e pedagogia, onde contribuiu com vários estudos na área. Dedicou sua vida a analisar como o ser humano adquiri o conhecimento dentro de seu processo evolutivo.
Jean Piaget nasceu no dia 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, Suiça, filho de pai professor e mãe socialista, morou em sua cidade natal até a adolescência, onde aos onze anos (1907) fez sua primeira publicação sobre um pardal albino, e desde então começou voltar sua vida para a área de biologia e de pesquisas. Em 1918 foi morar na cidade de Zuriqui, onde trabalhou em um laboratório de psicologia e estudo psicopatologia na Universidade de Sorbonne na França.
Teve formação em biologia, psicologia e epistemologia, e foi dentro de pesquisas e estudos epstemologicos (estudo do conhecimento) que começou a mudar a visão na área da educação onde fez estudos voltados para a epistemologia genética. Para Piaget o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com seu o meio, a partir das estruturas existentes no sujeito. Portanto a aquisição do conhecimento depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito, como de sua relação com os objetos.
Dentro deste contexto teórico vemos que a criança mesmo quando muito pequena está em constante aprendizado, pois a sua interação com o meio e o estimulo a sua cognição faz ocorrer o aprendizado e o conhecimento. Segundo Piaget o professor deve atuar como mediador do conhecimento usando estruturas já adquiridas pelas crianças para buscar novos conhecimentos (construtivismo).
Para o professor atuar como mediador do conhecimento é necessário que ele conheça as fazes do desenvolvimento para saber mediar de forma correta o aprendizado.
Como estamos falando de crianças de 0 a 3 anos, citarei as primeiras fases de desenvolvimento dessa faixa etária segundo Jean Piaget.
• 1.1	Estágio dos reflexos.
No primeiro ano de vida a criança passa gradativamente por processos de maturação e percepção, nos primeiros meses o bebê usa de seus reflexos biológicos para suas necessidades, e aos poucos descobrindo seus sentidos para obter o que precisam, como o choro, a sucção que além de servir para sua alimentação, a via oral serve também para o primeiro contato com novos objetos, pois através de seus reflexos leva os objetos a boca para explorar e conhecer.
Acontece também um desenvolvimento gradativo fisicamente (motor), onde o bebê através de gestos cada vez mais elaborado dentro da sua maturação passa a ter seus primeiros comandos, como movimento de pinça e segurar a mamadeira por exemplo.
Quando trabalhamos ou temos a oportunidade de estar acompanhando essas fases de desenvolvimento observamos que todas as crianças tem o processo de evolução bem parecido, não podemos dizer que acontece de forma igual para todos pois cada criança tem seu tempo para desenvolver seus conhecimentos e habilidades, mas podemos dizer que dentro de um ano, citando como exemplo o primeiro ano de vida, esperamos que os bebê tenham progressos como engatinhar, andar, balbuciar e estabelecer um meio de comunicação.
E observamos que o pensamento vai se criando através de sua maturação e interação com o meio. Quanto mais interação e afetividade eles tem mais se desenvolvem.
• 1.2	Organização das percepções e hábitos
Os movimentos antes involuntários, através de novas percepções começam tomar uma forma mais direcionada, através de estímulos dos adultos.
•1.3	Inteligência prática ou senso motora
A inteligência surge bem antes dos movimentos, porém é uma inteligência voltada a priori para suas necessidades, através de experiências vivenciadas pelos bebês essas inteligências se multiplicam dando vasão a novos conhecimentos.
Segundo Piaget nessa ultima fase a criança passa do estágio egocêntrico para se ver como um ser que compõe o meio no qual está inserido.
Uso toda essa questão teórica para embasar minha pesquisa, embora a educação infantil tenha sua obrigatoriedade a partir da Lei 9394/96, e ser respectivamente nova, nós professores precisamos trabalhar com essas crianças de maneira pedagógica sim, entendendo e respeitando essa fase do desenvolvimento e suas especificidades, pois nessa fase o cuidar e o educar são indissociáveis.
Importante citar que todo planejamento da educação infantil e das creches deve ser embasado no lúdico, já que é através de toda estrutura citada a cima mais o lúdico que fará a criança se desenvolver adequadamente.
E nessa fase que é alicerçada na criançatoda a estrutura para que seu desenvolvimento aconteça de maneira integral nos demais segmentos da educação básica.
Quando falamos da questão lúdica precisamos entender que o lúdico não é o brincar pelo brincar, mas sim um brincar que envolva as crianças, aguçando sua imaginação, permitindo que haja prazer em aprender brincando, e mais uma vez o professor precisa conceber essa informação para poder intermediar o conhecimento através desses momentos que são prazerosos para os alunos, usando do que já conhecem para novas possibilidades e conhecimentos.
"é de natureza construtivista, isto é, sem pré-formação exógena (empirismo) ou endógena (inatismo) por contínuas ultrapassagens das elaborações sucessivas, o que do ponto de vista pedagógico leva incontestavelmente a dar ênfase nas atividades que favoreçam a espontaneidade na criança" (Piaget, 1908 )
Nesse contexto vemos que a educação infantil tem por finalidade desenvolver as potencialidades da criança através de atividades lúdicas.
Porém, a rotina escolar muitas vezes é marcada por práticas ainda tradicionais de ensino- aprendizagem, usando de conceitos que não são significativos para as crianças. Essa prática prejudica a aprendizagem e a formação cognitiva, pois elas não conseguem criar uma conexão com a informação de aprendizado que está sendo imposta pelo professor que se coloca como detentor do conhecimento.
As creches precisam compreender o seu trabalho como uma função educativa de construção de identidade da criança e o exercício de sua cidadania, como também vivenciar a socialização entre elas, desenvolver os aspectos afetivos, cognitivos e emocionais permitindo o acesso e amplitude se seus conhecimentos sobre a realidade social e cultural do contexto no qual estão inseridas.
 Se pensarmos em estudos referentes a essa fase do desenvolvimento veremos que ainda não temos trabalhos específicos para orientar o professor nesse campo de atuação, e para alcançar o objetivo da pesquisa é necessário entender como nos dia de hoje estão organizando as rotinas das creches, nas instituições escolares.
Observamos rotinas de período integral com turno parcial para os professore, onde as crianças passam a maior parte do tempo em salas que geralmente não comportam a quantidade de crianças, com pouquíssimo material pedagógico, e muitas vezes sem orientação pedagógica adequada para os professores, onde por falta de espaço e materiais passam a maior parte de tempo cumprindo o lado assistencialista, por falta de recursos e espaço físico.
Temos leis que abordam a necessidade da educação infantil, porém não exploramos as habilidades e conhecimentos das crianças de maneira integral. Faltando um olhar mais cuidadoso dos governos, gestores, professores e familiares que por sua vez, não se preocupam em qual circunstancia seus filhos passam os dias nas creches, cobrando dos professores apenas os cuidados básicos de higiene, alimentação e descanso.
Dentro de todo esse contexto ressalto a importância do professor conhecer todas essas questões para buscar meios de mudar essa realidade que ainda é muito forte em nosso país.
Quando cito Jean Piaget em minha pesquisa é pelo fato de ser um dos maiores teóricos e pesquisador da educação no qual contribui de maneira muito forte até hoje os embasamentos de desenvolvimento do ser humano.
E pode contribuir com informações que são tão importantes para o aprendizado e conhecimentos dos professores que lidam ou irão escolher a instituição Creche para trabalhar.
2.	A História da Educação e sua importância para um novo olhar.
O atendimento a crianças pequenas começou em nosso país no século XX, com a industrialização, onde as mulheres, muitas delas mães tiveram seu ingresso no mercado industrial, havendo a necessidade de deixar seus filhos com mulheres vizinhas ou em galpões criados para esse fim, durante sua jornada de trabalho.
A princípio essa questão não era dever do Estado, portanto as crianças ficavam sobre o cuidado de pessoas sem formação específica para atender suas necessidades cognitivas, sendo um olhar totalmente assistencialista e sem nenhum cuidado de higiene, alimentar e muitas vezes sem conforto algum.
Segundo Oliveira os empresários, procurando enfraquecer os movimentos operários, foram por sua vez modificando sua política de representação direta aos mesmos, e concedendo certos benefícios sociais como forma de disciplinar, de arrefecer suas oposições controlando as formas de vida dos operários, dentro e fora das fábricas.
Ou seja, por conta do grande crescimento da área industrial em território urbano, muitas pessoas aderiram a esse trabalho, porém de maneira exploratória da parte de seus patrões, onde se trabalhava em longos turnos de produção, sem quaisquer cuidados com a qualidade de vida, dos empregados se refletindo diretamente nos filhos pequenos dos mesmos. E por conta dessas condições os operários começaram a se organizar para algumas reinvindicações, e seus patrões para não perderem o controle da situação começaram a conceder pequenos benefícios. 
Assim criando, por exemplo, espaços dentro das fábricas onde as crianças poderiam permanecer durante a jornada de trabalho de suas mães.
Sob o manto do paternalismo e para atrair e reter a força de trabalho, vão sendo criadas vilas operárias... e também algumas creches e escolas maternais para os filhos de operários.
Sendo de propriedade das empresas, estes equipamentos sociais eram usados por estas no ajuste das relações de trabalho. (Blay, 1975).
Essas creches e maternais criadas dentro das fábricas, eram de caráter assistencial, continuando não tendo os cuidados básicos necessários principalmente se tratando da higiene do lugar, e isso acarretou problemas sérios de saúde nas crianças, levando muitas á óbito.
Havia fora do ambiente industrial poucas creches que eram mantidas por entidades filantrópicas principalmente religiosas.
Essas creches mantiveram esse formato por um bom tempo dentro das décadas de 20 até a década de 50, sempre com lado totalmente assistencialista.
Novo aumento da participação da mulher no mercado de trabalho foi observado na segunda metade do século XX, explicado pelo incremento da industrialização e da urbanização do país. Creches e parques infantis que atendessem crianças em período integral passam a ser cada vez mais procurados por operárias, empregadas domésticas, trabalhadoras do comércio e funcionárias publicas. (Oliveira, 1985)
Com a evolução do país e o crescimento urbano, cada vez mais, a mulher toma seu lugar no mercado de trabalho necessitando de ajuda nos cuidados referentes aos seus filhos.
E como essa demanda só aumentava os governantes pós-ditadura militar precisavam tomar atitudes não só relacionadas à educação, mas em âmbito geral sobre as leis do país.
Então em: 5, de outubro de 1988 foi elabora a Constituição Federal do Brasil, no mandato do então presidente José Sarnei, onde foi promulgada leis no âmbito geral para um país mais democrático e pontuando questões importantes no que se refere a educação no Brasil.
A partir de então de acordo com algumas leis específicas ficou fixado:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção a maternidade e a infância, a assistência aos desamparados.
No Art. 206º também fica claro o direito a educação, porém no Art.208º se define a divisão por segmentos dentro da educação:
Art. 208º O dever do Estado com a educação será efetivada mediante a garantia de:
l- educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17( dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso a idade própria;
lV- educação infantil em creches e pré-escola, as crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
A partir da Constituição Federal de 1988, começamos então desenhar embasados nas leis as questões educacionais do país.
O atendimento de crianças de 0 a 3 anos em creches passa a ser responsabilidade dos municípios e, outras leis são criadas para fortalecer e direcionar este segmento, atravésdas Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/96 em seu Art.11,V , rezam que é do município o dever de proporcionar essa etapa da Educação Básica, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Art. 54, lV) reafirma esse direito a criança, independente da mãe trabalhar ou não.
Ou seja, hoje qualquer criança tem direito a escola em qualquer segmento da Educação Básica.
Observamos muitas conquistas educacionais nas ultimas décadas, porém o que impede hoje, mesmo amparado por leis, o nosso país ter uma educação de qualidade?
Se explanarmos essa questão veremos que há falhas governamentais, onde ao mesmo tempo em que dá o respaldo legal, não investe como deveria, tanto em espaços físicos e estruturais, mas também falta investimento nos profissionais, infelizmente a questão educacional em nosso ainda está muito carente.
Quando falamos da formação de professores, para trabalhar em creches, é preciso que o olhar do professor seja desconstruído, no sentido teórico do aprendizado em sala de aula, na educação infantil, a base do aprendizado é a ludicidade e a observação do professor, agindo assim como mediador do conhecimento.
Ludicidade segundo Luckesi, são aquelas brincadeiras que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis.
Portanto não é o brincar pelo brincar, mas um brincar onde haja um envolvimento das crianças a ponto de construir novos conhecimentos a partir daqueles já adquiridos anteriormente.
Propiciando um encontro consigo mesmo e com o outro, permitindo um desenvolvimento individual e coletivo, instigando no discente a fantasia, criatividade, raciocínio, a coletividade, afetividade, etc.
Para que ocorra a ludicidade em sala de aula é preciso que tenha entrosamento entre alunos com alunos, professor com alunos e alunos com professor, criando entrosamento e afetividade coletiva. E para que isso ocorra o professor precisa ter uma pré-disposição interna entendendo e sendo mediador dentro do processo de maneira totalmente participativa.
Luckesi afirma que “Qualificamos a realidade que nos cerca e que vivenciamos com as determinações das experiências que tivemos no transcorrer de nossas vidas. As experiências nos marcam... Nossos estados emocionais e as circunstancias onde vivenciamos uma determinada experiência possibilitam sua classificação como positiva ou negativa”
Podemos entender então a importância de momentos prazerosos e educacionais a partir da mais tenra idade, quando iniciamos uma educação de qualidade desde os anos iniciais da criança, o aluno tende a crescer saudável física e cognitivamente bem.
Dentro da questão lúdica ressalto que podemos explorar esse viés com brincadeiras dirigidas, desde que atinja o interesse de todas as crianças, para um fim determinado pelo professor alcançando questões pontuais do aprendizado.
Jogos simbólicos também são muito utilizados nas creches, por permitir que as crianças imitem e recriem situações vivenciadas por elas em casa, na escola ou no grupo social no qual estão inseridas. O professor pode ajudar no jogo simbólico disponibilizando brinquedos que permitam a reprodução de situações vivenciadas pelas crianças, como, bonecas, carrinhos, espaços representativos como casinhas, espaço do construtor, autorama, mercadinho, etc.
Permitindo que as crianças recriem situações, criem novas individualmente ou em grupos.
 Num ambiente onde a avaliação acontece de forma contínua através de observação e registro; o docente se orienta em suas práticas educacionais, oferecendo fontes diferenciadas de aprendizado, permitindo que a criança tenha contato e explore materiais e recursos variados para ampliar assim seu leque de conhecimento.
Falando de instrumentos, recursos e técnicas variadas de aprendizagem podemos observar que, nas creches não há outra forma de trabalhar a não ser a interacionista, método que possibilita o aprendizado significativo segundo Jean Piaget, o autor diz que o aprendizado ocorre de dentro para fora, através de conflitos internos que permitem a construção de novos conhecimentos, quanto mais intensas essas relações mais haverá aprendizado e consequentemente a criança se tornará mais inteligente.
As crianças pequenas são egocêntricas, portanto seu pensamento fica limitado ao que ela conhece, suprindo apenas suas necessidades e expectativas, sendo incapaz de manejar ideias abstratas, portanto não conseguem raciocinar por dedução, mas o faz buscando semelhanças devido a sua capacidade adaptativa, em ralação ao social, emocional, físico e mental.
E através do lúdico todas essas questões são trabalhadas, pois a capacidade de imaginação e criação está bem aflorada neste período. Ocorrendo o que Piaget denominou de assimilação e acomodação.
Piaget define assimilação como:
 ...uma integração á estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se a nova situação.
									(Piaget, 1996, p13)
 
Ou seja, o que já citamos anteriormente, a criança se desenvolve através do meio no qual está inserida e de acordo com estímulos proporcionados a ela, quanto mais abrirmos o leque de conhecimento, mais ela aprenderá cada uma em sua maturação de conhecimento, respeitando as fases de desenvolvimento do indivíduo.
A Assimilação ocorre através de uma informação nova em conflito com outra já obtida pela criança, por exemplo: a criança já conhece um cachorro, já interiorizou essa informação, então apresentamos a figura de um cavalo, a principio a criança dirá que é um cachorro pela associação mental que fará da figura já conhecida, porém, quando ela perceber as diferenças observadas por ela mesma e com ajuda do professor, a criança sofrerá o que é chamado por Piaget da criação de um novo esquema, ou seja, ela terá um esquema para cachorro e outro para cavalo.
Falaremos agora da operação cognitiva de acomodação.
 Segundo Piaget:
Chamaremos acomodação (por analogia com os “acomodatos” biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se implicam.
								(Piaget p. 18, 1996)
Portanto a acomodação ocorre quando não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação, devido ás particularidades do novo apresentado, assim nesse processo a criança cria um novo esquema ou muda o já existente.
Quando pontuamos aqui essa fase de desenvolvimento e suas peculiaridades inerentes a essa faixa etária, vemos a importância do professor ter conhecimento para trabalhar com os pequenos e conseguimos perceber que a creche vai muito além do assistencialismo e quão enriquecedora deve ser essa fase do desenvolvimento da criança.
A creche é a raiz, a estrutura para todas as outras fazes do desenvolvimento do ser humano, e pular essa fase de maneira brusca, como ainda acontece infelizmente em grande parte das escolas, não possibilita que alcancemos os objetivos gerais propostos para a educação Básica em nosso país.
Portanto a creche primeira etapa da educação deve ser olhada com mais seriedade por toda sociedade, podemos formar adultos brilhantes se desde sua raiz, mostrarmos sua capacidade de criar, de ser e de estar inserido na sociedade, mas para que isso ocorra o governo deve fazer sua parte, assim como a escola, professores e família.
Considerações finais
 Diante das pesquisas realizadas e estudos aprofundados relacionados a creches, observei o quanto o caminho ainda é longo para o reconhecimento deste segmento da Educação, o numero de crianças nessas instituições só tendem a aumentar, porém sem um planejamento estrutural e pedagógico ainda muito falho.
Espero que mais estudos como este sejam feitos nessa área para concretizar ações que ainda se encontram só em papeis.
Porém vendo a história da educação infantil vemos um avanço ainda pequeno na qualidade do ensino, estamos caminhando a passos de formiga, almejando alcançar um ensino realmente de qualidade paraa base de toda nossa trajetória escolar, que é a educação infantil.
Como professora creio que conseguiremos chegar aonde nossas crianças merecem realmente estar.
Referências Bibliográficas 
- Ava.uninove.br
- Dinterrondonia2010.pbworks.com/f/O+nascimento+da+inteligência+na+criança
- Novaescola, Jean Piaget o biólogo que colocou a aprendizagem no microscopio
- Portal Educação; artigos pedagogia vida e obra de Jean Piaget/32865
- Wikipedia; Jean Piaget
- Jusbrasil; artigos-educação infantil o que diz a legislação
- Tempo de creche; espaço de coordenar; base nacional comum curricular a criança como protagonista da educação
- Portal educação artigos psicologia o desenvolvimento dos bebes segundo Piaget
- Revistas USP
- Presidentes do brasil.info presidentes da republica/jose-sarney
- Portal educação; artigos direito a educação analise da constituição federal de 1988
- Soft-livre-edu; pedagogia do brincar o que é ludicidade
- Cerebromente.org.br; construtivismo

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