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Física - Carga horária mensal 06 horas Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos (EM13CNT204) As leis de Newton e de Kepler Lei da Gravitação Universal de Newton; Fases da Lua; Professor(a): Solange Silva Costa Soares Nome do estudante:_______________________________________________________________ As leis de Newton e de Kepler A fundamental formulação da lei da gravitação universal foi precedida por três notáveis descobertas feitas pelo astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630) nos primeiros anos do século XVII. Hoje referidas como “leis de Kepler”, suas descobertas descrevem as principais características do movimento planetário e explicam com sucesso os fenômenos astronômicos relacionados ao movimento dos planetas no Sistema Solar. As leis de Kepler contribuíram ainda, de forma decisiva, para a consolidação do modelo cosmológico heliocêntrico, sistematizado pela revolução copernicana do século XVI. O estudo de Kepler foi de extrema importância para a ciência pois deixou trabalhos que, meio século depois, influenciariam as descobertas de Isaac Newton. Primeira Lei de Kepler - Lei das órbitas (1609) O trabalho de Kepler apoiou-se nas observações meticulosas de Tycho Brahe (1546-1601), renomado astrônomo dinamarquês que dirigiu o primeiro grande observatório astronômico, décadas antes do advento dos telescópios, e que teve Kepler como seu assistente durante os últimos meses de sua vida. Brahe havia coletado dados detalhados sobre as posições dos planetas por mais de vinte anos, determinando a posição de cada planeta ao longo de suas órbitas com precisão assombrosa para sua época, e legou tal catálogo à Kepler quando de sua morte. Munido da base de dados observacionais mais precisa de seu tempo, Kepler trabalhou arduamente na tentativa de ajustar os registros de Tycho Brahe a um formato definitivo das órbitas planetárias. Suas primeiras tentativas foram as circunferências, uma vez que órbitas circulares eram premissas da astronomia de então. E, de fato, traçando a órbita da Terra a partir dos dados, Kepler verificou que a trajetória se ajustava muito bem a uma circunferência excêntrica, ou seja, com o centro ligeiramente deslocado em relação ao Sol. Tentando ajuste similar para a órbita de Marte, no entanto, Kepler não obteve sucesso. Marte era o planeta para o qual havia maior abundância de dados nas anotações de Tycho Brahe, com nível de precisão cerca de três vezes superior às melhores medidas registradas anteriormente. Diante de tamanha qualidade observacional, o desajuste indicava que o equívoco estava na representação circular do movimento planetário. Após seis anos de um exaustivo processo de tentativa e erro, Kepler finalmente chegou a um formato oval para a órbita marciana, que reconheceu como uma elipse. Formulava-se, assim, a primeira lei de Kepler para o movimento planetário, também conhecida como “lei das órbitas”: A trajetória de cada planeta ao redor do Sol é uma elipse com o Sol em um dos focos. Órbita elíptica no Sistema Solar. Representação artística, não em escala. Ilustração: Emir Kaan / Shutterstock.com Aprendizagem Conectada Atividades Escolares de Outubro 1º Ano do Ensino Médio https://www.infoescola.com/fisica/lei-da-gravitacao-universal/ https://www.infoescola.com/profissoes/astronomo/ https://www.infoescola.com/astronomia/johannes-kepler/ https://www.infoescola.com/astronomia/sistema-solar/ https://www.infoescola.com/astronomia/leis-de-kepler/ https://www.infoescola.com/astronomia/revolucao-copernicana/ https://www.infoescola.com/biografias/isaac-newton/ https://www.infoescola.com/telescopios/ https://www.infoescola.com/sistema-solar/terra/ https://www.infoescola.com/sol/ https://www.infoescola.com/marte/ https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/primeira-lei-de-kepler-orbitas-1471105877.jpg A elipse é uma figura geométrica construída em torno de dois focos, que lembra uma circunferência achatada em uma dada direção. A distância entre seus focos, uma medida do seu grau de “achatamento”, define uma quantidade conhecida como excentricidade, que varia entre 0 e 1 e é tanto mais próxima de zero quanto mais próxima de um círculo for a elipse. Segunda Lei de Kepler - Lei das áreas (1609) Essa lei, conhecida como Lei das Áreas, afirma que um planeta varre áreas iguais (A) de sua órbita em tempos iguais (t). Ou seja, se A1=A2, então as variações do tempo Δt são iguais. A figura exemplifica a Lei das Áreas (Segunda Lei de Kepler). Ilustração: Emir Kaan / Shutterstock.com Isso mostra que a velocidade do planeta varia ao longo da órbita. Quando o planeta está próximo do periélio (ponto da órbita em que o planeta se encontra mais próximo do Sol), ele se move mais rápido do que quando está próximo ao afélio (ponto da órbita em que o planeta se encontra mais afastado do Sol). Terceira lei de Kepler: lei dos períodos ou lei da harmonia A terceira lei de Kepler afirma que o quadrado do período orbital (T²) de um planeta é diretamente proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol (R³). Além disso, a razão entre T² e R³ tem exatamente a mesma magnitude para todos os astros que orbitam essa estrela. “A razão entre o quadrado do período e o cubo do raio médio da órbita de um planeta é constante.” A expressão usada para o cálculo da terceira lei de Kepler é mostrada a seguir, confira: T – período orbital R – raio médio da órbita Observe a próxima figura, nela mostramos os semieixos maior e menor de uma órbita planetária em torno do Sol: Exercícios 1 - (Udesc-2018) Analise as proposições com relação às leis de Kepler sobre o movimento planetário. I. A velocidade de um planeta é maior no periélio. II. Os planetas movem-se em órbitas circulares, estando o Sol no centro da órbita. III. O período orbital de um planeta aumenta com o raio médio de sua órbita. IV. Os planetas movem-se em órbitas elípticas, estando o Sol em um dos focos. V. A velocidade de um planeta é maior no afélio. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras. https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2019/12/lei-kepler-areas-1471105877.jpg c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. 2 - (Uem) Sobre as leis de Kleper e a lei da Gravitação Universal, assinale o que for correto. 01) A Terra exerce uma força de atração sobre a Lua. 02) Existe sempre um par de forças de ação e reação entre dois corpos materiais quaisquer. 04) O período de tempo que um planeta leva para dar uma volta completa em torno do Sol é inversamente proporcional à distância do planeta até o Sol. 08) O segmento de reta traçado de um planeta ao Sol varrerá áreas iguais, em tempos iguais, durante a revolução do planeta em torno do Sol. 16) As órbitas dos planetas em torno do Sol são elípticas, e o Sol ocupa um dos focos da elipse correspondente à órbita de cada planeta. Soma das questões corretas:_________________________________________________ Lei da Gravitação Universal Estudando o movimento dos planetas com base nas leis de Kepler, Newton observou que como eles descrevem órbitas em tornodo sol, devem estar sujeitos a uma força centrípeta, pois, do contrário, suas trajetórias não seriam curvas Segundo Newton, ao observar a queda de uma maçã, concebeu a ideia que ela seria causada pela atração exercida pela terra. A natureza desta força atrativa é a mesma que deve existir entre a Terra e a Lua ou entre o Sol e os planetas; portanto, a atração entre as massas é, com certeza, um fenômeno universal. Todos os objetos que são abandonados de determinada altura próxima à superfície da Terra caem em direção a ela. Pode-se dizer que a Terra atrai os corpos, independentemente do ponto do planeta em que se está. Isso se deve à força da gravidade exercida pela Terra sobre todos os corpos que estejam relativamente próximos de sua superfície. Os corpos também se atraem com essa força da gravidade, ou seja, se são atraídos pela Terra, eles também têm gravidade e atraem outros corpos, que, por sua vez, também os atraem (Terceira Lei de Newton). Surgiu, assim, a ideia de gravitação universal. Pelo princípio da inércia, sabe-se que um objeto em movimento, sobre o qual não esteja aplicada nenhuma força, continua a se mover em linha reta com velocidade constante. O fato de os planetas não se moverem em linha reta, mas percorrerem uma órbita fechada ao redor do Sol, indica que sobre eles age uma força. A mesma afirmação pode ser feita sobre os satélites que giram em torno dos planetas, como é o caso da Lua. Sobre ela deve agir uma força que encurva continuamente sua trajetória. Reconhecer que a Lua se mantém em sua órbita, graças à mesma força que faz uma pedra cair na superfície da Terra, representou um passo enorme na história do pensamento científico. Foi por meio desse reconhecimento intuitivo que Newton pôde encontrar os caminhos para descobrir a lei da gravitação universal. https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/inercia https://www.coladaweb.com/astronomia/sol https://www.coladaweb.com/astronomia/lua Em essência, essa lei afirma que dois corpos quaisquer (por exemplo, o Sol e a Terra, ou uma maçã e a Terra) se atraem com uma força que depende de suas massas e da distância que os separa. A força é tanto mais intensa quanto maiores forem as massas em jogo e diminui quando os dois corpos se afastam. Formulação da lei da gravitação universal Sejam duas massas m1 e m2, em que d é a distância entre seus centros. Segundo Newton, a força F de atração entre as massas tem sua intensidade dada por: G é denominado constante da gravitação universal, sendo seu valor expresso, no Sistema Internacional, por: G = 6,67.10-11 N.m2.Kg2. m1 e m2 são as massas dos dois corpos (por exemplo, a Terra e a Lua). d² é o quadrado da distância que os separa. Podemos, ainda, enunciar a lei da gravitação universal do seguinte modo: Dois corpos se atraem gravitacionalmente com força cuja intensidade é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre seus centros de massa. Observações: 1. A força gravitacional é sempre de atração 2. A força gravitacional não depende do meio onde os corpos se encontram imersos. 3. A constante da gravitação universal G teve seu valor comprovado experimentalmente por Henry Cavendish por meio de um instrumento denominado balança de torção. Cavendish equilibrou duas esferas de massa m1 e m2 fixadas nas extremidades de uma barra horizontal a qual foi suspensa por um fio. Ao aproximar das esferas dois outros corpos de massa M1 e M2, também conhecidas, a barra horizontal girou devido à interação entre as massas, torcendo o fio de sustentação. Com os dados obtidos, Cavendish confirmou o valor da constante da gravitação universal. Exercícios 1 - A respeito da lei da gravitação universal, marque a alternativa verdadeira: a) A equação da lei da gravitação universal prevê tanto uma força de atração como uma de repulsão. b) Se a distância entre dois objetos for triplicada, a força gravitacional entre eles será seis vezes menor. c) Se as massas dos planetas do sistema solar sofressem variações consideráveis, nada mudaria, pois a força gravitacional depende apenas da massa do Sol. d) A força gravitacional é diretamente proporcional ao quadrado da distância que separa dois corpos. e) A força de atração gravitacional é inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa os dois corpos. 2 - Marque a alternativa correta a respeito da Lei da Gravitação Universal de Newton. a) A constante de gravitação universal assume valores distintos para cada tipo de planeta envolvido na determinação da força de atração gravitacional. b) A força de atração gravitacional entre dois corpos quaisquer é inversamente proporcional à distância entre os corpos. https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/centro-de-massa c) Se a distância entre dois corpos for triplicada, a força de atração gravitacional entre eles será nove vezes menor. d) A única forma de reduzir a força de atração gravitacional entre dois corpos é alterando a distância entre eles. e) Se a distância entre dois corpos for triplicada, a força de atração gravitacional entre eles será seis vezes menor. 3 – a) Sabendo que os planetas descrevem órbitas em torno do sol, você poderia concluir, como fez newton que deve existir uma força atuando sobre ele? Explique. b) Newton percebeu que deveria existir um agente responsável por essa força. Qual é esse agente? 4 - A força centrípeta, que mantém um planeta em órbita, deve- se a quê? Fases da Lua- Triunfo da gravitação Universal A ocorrência do fenômeno das marés Um dos fenômenos naturais mais conhecidos é o das marés oceânicas,que influenciam diretamente a vida de pescadores, surfistas e banhistas. O fenômeno das marés consiste na flutuação periódica do nível da água do mar, produzindo o que denomina maré alta e maré baixa. Este fenômeno é estudado desde a antiguidade e também o foi por Newton. Resultante da força de atração do Sol e da Lua sobre a Terra. A força gravitacional da Lua é a principal responsável, pois, apesar de ter massa menor a Lua está mais próxima da Terra do que o Sol. Dependendo da posição da Lua e do Sol em relação à Terra, as marés terão diferentes com comportamentos. LUA NOVA Quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham, a atração gravitacional exercida pelos dois astros sobre os oceanos se soma, gerando correntes marítimas que causam uma elevação máxima do nível do mar na direção dessa linha. É época das maiores marés altas, chamadas de marés de sizígia ou máximas. Nesta fase, não conseguimos observar a Lua pois ela está posicionada entre o Sol e a Terra e, por isso, não a vemos neste momento. Nesta fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo por volta das 6 horas e se pondo por volta das 18 horas. LUA CRESCENTE Agora, a Lua e o Sol formam um ângulo reto de 90º. Nessa situação, a gravitação lunar se opõe à solar – elas só não se anulam porque a Lua, mais perto da Terra, exerce maior poder de atração. Mesmo assim, as diferenças de nível entre as marés alta e baixa são muito menores e recebem o nome de marés de quadratura ou mínimas A Lua crescente ou quarto crescente recebe esta denominação pois neste momento só conseguimos observar ¼ de sua totalidade. Seu formato é de um semicírculo e, nesta fase, a Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. LUA CHEIA Cerca de duas semanas depois da Lua Nova, nosso satélite viaja de novo para uma posição em que se alinha com o Sol e a Terra. Essa combinação traz uma nova leva de marés máximas. Nas praias de Santos, o nível do mar pode subir em torno de 1 metro nesse período. Na fase da Lua cheia, a Terra está entre o Sol e a Lua e, portanto, conseguimos observar a totalidade do satélite iluminado integralmente pelo Sol. Nesta fase, a Lua nasce aproximadamente às 18 horas e se põe aproximadamente às 6 horas do dia seguinte. LUA MINGUANTE Nessa fase lunar, diminui a influência do Sol e da Lua nas marés oceânicas. Na noite em que metade da Lua está visível, a atração atinge seu menor valor. Em Santos, no litoral paulista, por exemplo,a diferença entre a maré alta e a baixa não ultrapassa os 5 centímetros . A Lua minguante ou quarto minguante é o último estágio das fases da Lua. Neste período, ela encontra-se no formato de um semicírculo e assim, novamente conseguimos observar ¼ de sua totalidade no sentido oposto da fase crescente. Nesta fase, a Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Exercícios 1 - Suponha que sobre um planeta atuasse apenas a força de atração do Sol. Qual seria a trajetória desse planeta? 2 – Pesquisa: Quais eram além da Terra, os planetas conhecidos até a época de Galileu e Newton? 3 - Você seria capaz de dizer porque esses planetas já eram conhecidos em épocas muito anteriores a essas? 4 – Considere a Terra em seu movimento de translação. Muitas pessoas acham que, se em um ponto da Terra observa-se uma maré alta, naquele momento será observada maré baixa no ponto diametral oposto. Você concorda com essa pessoa? Referências: PIRES, A. S. T. Evolução das ideias da Física. 2. ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2008. p. 102-111 https://www.infoescola.com/fisica/primeira-lei-de-kepler/ https://www.infoescola.com/astronomia/leis-de-kepler/ LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da. Física: contexto & aplicações: Ensino Médio. 2º ed. São Paulo: Scipione, 2016. https://www.infoescola.com/fisica/primeira-lei-de-kepler/ https://www.infoescola.com/astronomia/leis-de-kepler/