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TRICURÍASE Agente etiológico: Trichuris trichiura Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Família: Trichuridae Gênero: Trichuris Doença: Tricuríase, Tricurose, Tricocefalíase ou Tricocefalose Ciclo: Monoxeno Habitat: Intestino Grosso (ceco e cólon ascendente) Morfologia · Vermes adultos: (dióicos) 3 a 4 anos; · Comprimento: pequenos ou médios 3 a 5 cm; · Porção anterior: delgada e afilada (cefalus) (2/3); · Porção posterior: mais larga, fusiforme (1/3); · Macho: menor com extremidade posterior curvada ventralmente e com espículo; · Ovos: 50 μm x 23 μm, elípticos com 2 opérculos nas extremidades. Os ovos de Trichuris trichiura · Tamanho: 50 m x 25 m. · Formato: elíptico (bandeja) ou de um barril alongado, com duas saliências polares transparentes de material lipídico. · Os ovos revelam 3 camadas visíveis à microscopia óptica: (a)uma externa: lipídica, espessa de cor castanha, sendo interrompida nos dois polos, (área de saída da larva; a ser formada no mínimo após 3 semanas); (b) uma quitinosa intermediária; (c) uma camada vitelínica interna. Ciclo biológico No Solo (2 a 3 semanas) Hosp. Definitivo (infectado) Libera nas fezes humanas ovos não embrionados (férteis) Ovo larvado (larva filarioide) (infectante) No Homem (60 a 90 dias) Após ingestão do ovo larvado Eclosão no fim do Intestino Delgado a larva infectante Migra para o Intestino Grosso (ceco) verme adulto. · A fêmea elimina aproximadamente 20.000 ovos/dia Patogenia: · A ação infecciosa e traumática; decorre da introdução da extremidade anterior do verme na mucosa do intestino, produzindo lesões que variam desde erosões simples até ulcerações múltiplas que facilitam infecções bacterianas secundárias; · Explicam a origem do prolapso retal em crianças maciçamente parasitadas, o relaxamento do esfíncter e a hipotonia muscular (causada pela diarreia); · No local (intestino): Mecanismos irritativos sobre as terminações nervosas da parede intestinal podem: a) produzir reflexos que alteram a motilidade (peristaltismo); b) alterar a reabsorção de líquidos; c) hipersensibilidade a produtos metabólicos do helminto. · Carga parasitária menor 100 vermes: Inflamações; · Carga intensa ou moderada: reação inflamatória intensa; · Traumática: ulceração da mucosa intestinal com sangramento e infecção bacteriana secundária. Prolapso retal, em crianças com carga parasitária grave. Patogenia e Sintomatologia · Gravidade depende fatores: Carga parasitária, idade do hospedeiro, estado nutricional e distribuição no intestino. · Infecções: Leves: < 1000 ovos/ g fezes, assintomáticas; Moderadas: entre 1000 e 9999 ovos/g fezes, sintomatologia variada (dores de cabeça, epigástrica, diarreia, náuseas e vômitos); Graves: > 10.000 ovos/g fezes com Síndrome disentérica crônica (diarreia intermitente, abundante muco, dor abdominal, desnutrição, prolapso retal). · Assintomática nas infecções leves. · Sintomas: discretos e inespecíficos: perda de apetite, nervosismo, insônia, eosinofilia sanguínea, diarreia, perda de peso, dor abdominal, vômitos; · A ação infecciosa e traumática: decorre da introdução da extremidade anterior do verme na mucosa do intestino, produzindo lesões que variam desde erosões simples até ulcerações múltiplas que facilitam infecções bacterianas secundárias. Profilaxia: · Promoção à saúde (melhoria de hábitos higiênicos como o devido preparo e manuseio de alimentos, em particular daqueles ingeridos crus e obras de saneamento); · Saneamento básico; · Lavagem de frutas e vegetais crus com água fervida ou clorada; · Lavagem das mãos antes das refeições e após a defecação; · Uso de instalações sanitárias adequadas para a eliminação das fezes; · Tratamento dos parasitados.
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