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04_Atualidades_do_Mercado_Financeiro - Copia

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Banco do Brasil 
Escriturário 
 
 
Sistema financeiro nacional. Dinâmica do mercado. Mercado bancário. .............................................. 1 
Questões prova anterior..................................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
1618111 E-book gerado especialmente para GRAZIELA GUIMARAES DOS ANJOS
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
Sistema financeiro nacional. 
 
O Sistema Financeiro Nacional é formado por um conjunto de instituições (financeiras) onde o principal 
objetivo é propiciar condições satisfatórias para a manutenção dos fluxos dos recursos financeiros entre 
poupadores e investidores do país. O Sistema Financeiro Nacional visa criar condições para que haja 
intermediários financeiros, com o objetivo de realizar a ponte entre dois segmentos. 
É exatamente o Sistema financeiro que permite que um agente econômico qualquer (seja ele indivíduo 
ou empresa) sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupança que é 
capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as 
respectivas disponibilidades de poupança. 
O atual Sistema Financeiro Nacional nasceu através da Lei 4.595/64, que também ficou conhecida 
como Lei da Reforma Bancária. A caracterização legal do Sistema Financeiro Nacional está prevista na 
Lei de Reforma Bancária, em seu art. 17: 
 
Art. 17. Considera-se Instituições Financeiras, para efeitos da legislação em vigor, as pessoas 
jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a 
intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou 
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. 
Parágrafo único: Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam se às instituições 
financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma 
permanente ou eventual. 
 
O Sistema Financeiro Nacional – SFN - pode ser subdivido em entidades normativas, supervisoras 
e operacionais. 
As entidades normativas são responsáveis pela definição das políticas e diretrizes gerais do sistema 
financeiro, sem função executiva. Em geral, são entidades colegiadas, com atribuições específicas e 
utiliza-se de estruturas técnicas de apoio para a tomada das decisões. Atualmente, no Brasil funcionam 
como entidades normativas o Conselho Monetário Nacional – CMN, o Conselho Nacional de Seguros 
Privados - CNSP e o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC. 
As entidades supervisoras, por outro lado, assumem diversas funções executivas, como a fiscalização 
das instituições sob sua responsabilidade, assim como funções normativas, com o intuito de regulamentar 
as decisões tomadas pelas entidades normativas ou atribuições outorgadas a elas diretamente pela Lei. 
O Banco Central do Brasil – BCB, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a Superintendência de 
Seguros Privados – SUSEP e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC são 
as entidades supervisoras do nosso Sistema Financeiro. 
Além destas, há as entidades operadoras, que são todas as demais instituições financeiras, monetárias 
ou não, oficiais ou não, como também demais instituições auxiliares, responsáveis, entre outras 
atribuições, pelas intermediações de recursos entre poupadores e tomadores ou pela prestação de 
serviços. 
Abaixo, breve relação dessas instituições, com descrição das principais atribuições de algumas delas. 
 
Entidades Normativas 
a) Conselho Monetário Nacional - CMN 
É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. O CMN não desempenha função 
executiva, apenas tem funções normativas. Atualmente, o CMN é composto por três membros: 
Sistema financeiro nacional. Dinâmica do mercado. Mercado bancário. 
 
 
1618111 E-book gerado especialmente para GRAZIELA GUIMARAES DOS ANJOS
 
. 2 
- Ministro da Fazenda (Presidente); 
- Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e 
- Presidente do Banco Central. 
Trabalhando em conjunto com o CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), 
que tem como atribuições o assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do 
País. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativos de caráter público, 
sempre divulgadas no Diário Oficial da União e na página de normativos do Banco Central do Brasil. 
 
b) Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP 
O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de fixar as diretrizes e normas da política de 
seguros privados, regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização das Sociedades 
Seguradoras, de Capitalização, Entidades Abertas de Previdência Privada, Resseguradores e Corretores 
de Seguros. 
 
c) Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC 
O CNPC tem a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades 
fechadas de previdência complementar (Fundos de Pensão). 
 
Entidades Supervisoras 
a) Banco Central do Brasil - BCB 
O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a promulgação da Lei da Reforma Bancária (Lei nº 
4.595 de 31.12.64). 
Sua sede é em Brasília, capital do país, e possui representações regionais em Belém, Belo Horizonte, 
Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 
É uma autarquia federal que tem como principal missão institucional assegurar a estabilidade do poder 
de compra da moeda nacional e um sistema financeiro sólido e eficiente. 
A partir da Constituição de 1988, a emissão de moeda ficou a cargo exclusivo do BCB. 
O presidente do BCB e os seus diretores são nomeados pelo Presidente da República após a 
aprovação prévia do Senado Federal, que é feita por uma arguição pública e posterior votação secreta. 
Entre as várias competências do BCB destacam-se: 
- Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e da solidez do Sistema Financeiro 
Nacional; 
- Executar a política monetária mediante utilização de títulos do Tesouro Nacional; 
- Fixar a taxa de referência para as operações compromissadas de um dia, conhecida como taxa 
SELIC; 
- Controlar as operações de crédito das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional; 
- Formular, executar e acompanhar a política cambial e de relações financeiras com o exterior; 
- Fiscalizar as instituições financeiras e as clearings (câmaras de compensação); 
- Emitir papel-moeda; 
- Executar os serviços do meio circulante para atender à demanda de dinheiro necessária às atividades 
econômicas; 
- Manter o nível de preços (inflação) sob controle; 
- Manter sob controle a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros; 
- Operar no mercado aberto,de recolhimento compulsório e de redesconto; 
- Executar o sistema de metas para a inflação; 
- Divulgar as decisões do Conselho Monetário Nacional; 
- Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para atuação nos mercados de câmbio; 
- Administrar as reservas internacionais brasileiras; 
- Tomar as medidas para garantir a liquidez e solvência das instituições financeiras nacionais; 
- Conceder autorização para o funcionamento das instituições financeiras. 
 
b) Comissão de Valores Mobiliários - CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro de 1976 pela Lei 6.385 para 
fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. 
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, porém 
sem subordinação hierárquica. 
Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder fiscalizador, o governo federal editou, em 
31.10.01, a Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei 10.411 de 26.02.02), pela qual a CVM passa a ser 
uma "entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade 
1618111 E-book gerado especialmente para GRAZIELA GUIMARAES DOS ANJOS
 
. 3 
jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de 
subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e 
orçamentária" (art. 5º). 
É administrada por um Presidente e quatro Diretores nomeados pelo Presidente da República e 
aprovados pelo Senado Federal. Eles formam o chamado "colegiado" da CVM. Seus integrantes têm 
mandato de 5 anos e só perdem seus mandatos "em virtude de renúncia, de condenação judicial 
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar" (art. 6º § 2º). O Colegiado define as 
políticas e estabelece as práticas a serem implantadas e desenvolvidas pelas Superintendências, as 
instâncias executivas da CVM. 
Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro com Superintendências Regionais nas cidades de 
São Paulo e Brasília. 
Essas são algumas de suas atribuições: 
- Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários; 
- Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão e das 
bolsas de mercadorias e futuros; 
- Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emissões irregulares 
de valores mobiliários e contra atos ilegais de administradores de companhias abertas ou de carteira de 
valores mobiliários; 
- Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artificiais de 
demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; 
- Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e sobre as 
companhias que os tenham emitido; 
- Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; 
- Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho 
Monetário Nacional; 
- Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, administradores 
de carteiras de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros; 
- Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento; 
- Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas não-equitativas de administradores 
de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários, aplicando as 
penalidades previstas em lei; 
- Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes, consultores e analistas de valores 
mobiliários. 
 
c) Superintendência de Seguros Privados - SUSEP 
A Susep é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência 
privada aberta, capitalização e resseguro. Criada em 1966 pelo Decreto-Lei 73/66, que também instituiu 
o Sistema Nacional de Seguros Privados, de que fazem parte o CNSP, o IRB, as sociedades autorizadas 
a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores 
habilitados. 
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, administrada por um Conselho Diretor, composto 
pelo Superintendente e por quatro Diretores. Essas são algumas de suas atribuições: 
Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de 
Capitalização, Entidades Abertas de Previdência Privada e Resseguradores, na qualidade de executora 
da política traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se 
efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro. 
 
d) Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC 
A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas 
de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar 
operado por essas entidades. É uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social. 
 
Entidades Operadoras 
 
Órgãos Oficiais 
a) Banco do Brasil - BB 
O Banco do Brasil é o mais antigo banco comercial do Brasil e foi criado em 12 de outubro de 1808 
pelo príncipe regente Dom João. É uma sociedade de economia mista de capitais públicos e privados. É 
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também uma empresa aberta que possui ações cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo 
(BM&FBOVESPA). 
O BB opera como agente financeiro do Governo Federal e é o principal executor das políticas de crédito 
rural e industrial e de banco comercial do governo. E a cada dia mais tem se ajustado a um perfil de banco 
múltiplo tradicional. 
 
b) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES 
Criado em 1952 como autarquia federal, hoje é uma empresa pública vinculada ao Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com personalidade jurídica de direito privado e 
patrimônio próprio. É responsável pela política de investimentos a longo prazo do Governo Federal, 
necessários ao fortalecimento da empresa privada nacional. 
Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do 
mercado de capitais, o BNDES conta com linhas de apoio para financiamentos de longo prazo a custos 
competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas 
e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. 
Os financiamentos são feitos com recursos próprios, empréstimos e doações de entidades nacionais 
e estrangeiras e de organismos internacionais, como o BID. Também recebe recursos do PIS e PASEP. 
Conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e a 
BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, respectivamente, de financiar a 
comercialização de máquinas e equipamentos; e de possibilitar a subscrição de valores mobiliários no 
mercado de capitais brasileiro. As três empresas, juntas, compreendem o chamado "Sistema BNDES". 
 
c) Caixa Econômica Federal - CEF 
Criada em 12 de janeiro de 1861 por Dom Pedro II com o propósito de incentivar a poupança e de 
conceder empréstimos sob penhor. É a instituição financeira responsável pela operacionalização das 
políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico. 
A Caixa é uma empresa 100% pública e não possui ações em bolsas. 
Além das atividades comuns de um banco comercial, a CEF também atende aos trabalhadores formais 
por meio do pagamento do FGTS, PIS e seguro-desemprego, e aos beneficiários de programas sociais e 
apostadores das Loterias. 
As ações da Caixa priorizam setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação 
de serviços. 
 
Demais Entidades Operadoras 
- Instituições Financeiras Monetárias 
São as instituições autorizadas a captar depósitosà vista do público. Atualmente, apenas os Bancos 
Comerciais, os Bancos Múltiplos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e as Cooperativas 
de Crédito possuem essa autorização. 
 
Demais Instituições Financeiras 
Incluem as instituições financeiras não autorizadas a receber depósitos à vista. Entre elas, podemos 
citar: 
Agências de Fomento 
Associações de Poupança e Empréstimo 
Bancos de Câmbio 
Bancos de Desenvolvimento 
Bancos de Investimento 
Companhias Hipotecárias 
Cooperativas Centrais de Crédito 
Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento 
Sociedades de Crédito Imobiliário 
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 
Outros Intermediários Financeiros 
São também intermediários do Sistema Financeiro Nacional: 
Administradoras de Consórcio; 
Sociedades de Arrendamento Mercantil; 
Sociedades corretoras de câmbio; 
Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; 
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários. 
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Instituições Auxiliares 
Também compõem o Sistema Financeiro Nacional, como entidades operadoras auxiliares, as 
entidades administradores de mercados organizados de valores mobiliários, como os de Bolsa, de 
Mercadorias e Futuros e de Balcão Organizado. 
Além das entidades relacionadas acima, também integram o SFN as companhias seguradoras, as 
sociedades de capitalização, as entidades abertas de previdência complementar e os fundos de pensão. 
 
Organograma do SFN 
 
 
 
Dinâmica do mercado. 
 
Todos os segmentos do mercado financeiro mantêm relação muito próxima com as políticas 
monetárias, fiscal, de rendas e de câmbio. Os mercados são afetados por elas e refletem diretamente os 
resultados dessas políticas, sejam eles positivos ou negativos. É por isso que se costuma dizer que tudo 
está intimamente ligado, como se fossem elos de uma corrente. 
 
Inflação: é um fenômeno que resulta de um aumento constante nos preços dos produtos e dos 
serviços oferecidos no comércio. A inflação é computada em uma série de produtos adquiridos pelas 
famílias, a cada semana ou a cada mês e de acordo com a renda. Por isso, são conferidos pesos entre 
as diversas categorias de preços para aferir a taxa de inflação. 
 
Taxa de juros: representa o custo do dinheiro no mercado e é o Banco Central que estabelece, 
periodicamente, a taxa de juros básica nacional. Quando essa taxa está alta, é sinônimo de falta de 
dinheiro no mercado ou que o governo quer que as pessoas deixem de comprar produtos. Se a inflação 
é alta, o governo pode aumentar os juros. As pessoas fogem do crediário e começam a comprar menos. 
As fábricas, para não perder clientes, evitam reajustar preços e ate concedem descontos, daí, a inflação 
tende a cair. Ao contrário, quando está baixa, é porque está “sobrando” dinheiro. A taxa de juros é uma 
das mais importantes ferramentas da política monetária. 
 
Política de rendas: é a parte da economia que acompanha o comportamento dos salários e o poder 
aquisitivo. Isto significa o poder de compra do salário da população. Existem duas denominações para os 
salários: o salário nominal, que é o valor total do salário, e o real, que é aquilo que o salário será capaz 
de pagar depois de descontada a inflação do período. 
 
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. 6 
Política fiscal: refere-se ao dinheiro arrecadado para oferecer serviços à população, tais como: saúde, 
educação, transporte, limpeza, iluminação, entre outros. Trata-se de um conjunto de regras utilizadas 
para administrar o dinheiro público. 
 
PIB (Produto Interno Bruto): calcula a soma de tudo o que é produzido no mercado de bens e 
serviços em certo período de tempo. Dessa forma, é possível medir a atividade econômica do país, isto 
é, sua riqueza. Quem faz esse cálculo é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que 
também mede a renda per capita, que é a quantia de dinheiro que “cabe” a cada cidadão naquele período. 
Mas esse cálculo de renda per capita não é totalmente correto, pois desconsidera o fato de que as 
pessoas têm rendas completamente diferentes. 
 
Mercado bancário. 
 
O Sistema Financeiro Brasileiro é segmentado em quatro grandes “mercados”, que são: 
- Mercado monetário: é o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta de 
moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O Banco Central 
do Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária. 
- Mercado de crédito: atuam neste mercado diversas instituições financeiras e não financeiras 
prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que 
necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão 
responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado. 
- Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo para agentes 
deficitários, através das operações de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, efetuadas entre 
empresas, investidores e intermediários. A Comissão de Valores Mobiliários é o principal órgão 
responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado. 
- Mercado de câmbio: mercado onde são negociadas as trocas de moedas estrangeiras por reais. O 
Banco Central do Brasil é o responsável pela administração, fiscalização e controle das operações de 
câmbio e da taxa de câmbio atuando através de sua Política Cambial. 
 
Textos Noticiados no último ano: 
 
Inflação oficial é a menor para fevereiro em 18 anos, diz IBGE1 
 
IPCA ficou em 0,32%, puxada principalmente pela alta das mensalidades escolares; já no 1º bimestre, 
variação foi a menor desde o começo do Plano Real. 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, 
variou 0,32% em fevereiro, o resultado mais baixo para o mês desde o ano 2000, quando ficou em 0,13%. 
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (09/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Em janeiro, o índice subiu 0,29%. 
Nos dois primeiros meses do ano, o IPCA acumula o menor percentual desde o começo do Plano Real, 
em 1994, com variação de 0,61%. Em 2017, o acumulado no 1º bimestre havia sido 0,71%, segundo o 
IBGE. 
 
 
1 SILVEIRA, D. LAPORTA, T. Inflação oficial é a menor para fevereiro em 18 anos, diz IBGE. G1 Economia. Disponível em: < 
https://g1.globo.com/economia/noticia/inflacao-oficial-varia-032-em-fevereiro-diz-ibge.ghtml> 
1618111 E-book gerado especialmente para GRAZIELA GUIMARAES DOS ANJOS
 
. 7 
 
 
O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 2,84%, a menor variação para o período desde 1999, 
quando a inflação ficou em 2,24%, segundo o IBGE. 
O analista da Coordenação de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE, Fernando Gonçalves, 
apontou que desde julho do ano passado o índice acumulado em 12 meses está abaixo de 3%. Nunca 
na série histórica houve um índice tão baixo em sequência tão longa. 
 
Educação sobe, alimentos caem 
 
O grupo que mais subiu em fevereiro foi educação, com alta de 3,89%. Pelo peso de 59% no índice, 
esta categoria teve forte influência no IPCA, mas foi a variação mais baixa para o mês desde 2008, 
quando ficou em 3,47%. 
Segundo o IBGE, a alta na educação reflete os reajustes praticados no início do ano, em especial os 
aumentos nas mensalidades dos cursos. Nesta categoria, os preços subiram 5,23%, o maior impacto 
sobre o índice no mês. 
Por outro lado, alimentação e bebidas caiu 0,33%, ajudando a segurar a alta da inflação. Foi a segunda 
queda seguida para o mês. Em 2017, a queda deste grupo foi ainda mais intensa, de 0,45%. 
Desde o início do Plano Real, o grupo de alimentação e bebidas só havia caído no mês de fevereiro 
em três anos: 1995 (-0,06%), 2000 (-0,25%) e 2006 (-0,28%). 
Veja a variação completados grupos em fevereiro: 
Alimentos e bebidas: -0,33% 
Habitação: 0,22% 
Artidos de residência: 0,03% 
Vestuário: 0,06% 
Transportes: 0,20% 
Saúde e cuidados pessoais: 0,05% 
Despesas pessoais: 0,03% 
Educação: 0,01% 
Comunicação: 0,00% 
 
Anúncios de fusões e aquisições no Brasil crescem 3,6% em 2017 e somam R$ 138 bilhões2 
 
Em 2017, o número de anúncios de fusões e aquisições de empresas cresceram 3,6% e somaram 143 
operações, ante 138 no ano anterior. Em volume financeiro, entretanto, as transações somaram R$ 138,4 
bilhões, queda de 22,8% ante 2016. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (08/03) pela Anbima 
(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). 
 
2 G1. Anúncios de fusões e aquisições no Brasil cerscem 3,6% em 2017 e somam R$138 bilhões. G1 Economia. Disponível em: < 
https://g1.globo.com/economia/noticia/anuncios-de-fusoes-e-aquisicoes-no-brasil-crescem-36-em-2017-e-somam-r-138-bilhoes.ghtml> Acesso em 08 de março de 
2018. 
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Número e volume de anúncios de fusões e aquisições nos últimos anos (Foto: Divulgação/Anbima) 
 
Segundo a Anbima, o aumento do número de anúncios reflete a maior participação das operações 
com volumes médios mais baixos. Em 2017, as transações de até R$ 500 milhões responderam por 
63,5% do total. 
Em 2017, pelo quarto ano consecutivo, a maior parte das operações anunciadas envolveram a compra 
de empresas brasileiras por estrangeiras. As transações movimentaram R$ 63,6 bilhões e responderam 
por 46% do volume do ano. Na sequência, estão as transações entre empresas brasileiras, com 37,5% 
do total. 
 
Destaques do ano 
 
Os dois maiores negócios do ano passado, segundo o levantamento, foram a compra da Eldorado 
Brasil Celulose pela holandesa Paper Excellence por R$ 15 bilhões e a aquisição do Campo Roncador 
da Petrobras pela noruegueda Statoil por R$ 9,5 bilhões. 
O ano foi marcado ainda pela reestruturação da Vale, que movimentou R$ 7,4 bilhões e negócios como 
a compra da participação minoritária da XP pelo Itaú Unibanco, por R$ 6,3 bilhões, e a incorporação da 
Elektro pela Neoenergia, por R$ 6 bilhões. 
Entre os setores que lideraram os anúncios de fusões e aquisições em 2017, destaque para energia 
elétrica, com volume de R$ 24,58 bilhões ou 17,8% do total, em 17 operações. Em 2º lugar ficou o 
segmento de papel e celulose, com 2 negócios que movimentaram R$ 15,31 bilhões ou 11,1% do total. 
Na sequência, ficaram: empresas financeiras (R$ 13,72 bilhões ou 9,9%), alimentos e bebidas (R$12,95 
bilhões ou 9,34%), indústria e comércio (R$ 12,21 bilhões ou 8,8%) e petróleo e gás (R$ 11,91 bilhões ou 
8,6%). 
 
Na 7ª queda seguida, juro básico da economia recua para 9,25% ao ano3 
 
Essa é a 1ª vez desde o final de 2013 que a taxa Selic cai para um patamar abaixo de 10% ao ano. 
Mercado financeiro vê juro básico em 8% ao ano no fim de 2017. 
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (26), por 
unanimidade, baixar os juros básicos da economia brasileira de 10,25% para 9,25% ao ano. Foi o sétimo 
corte seguido na taxa Selic. 
Com a decisão, que confirmou a expectativa dos economistas do mercado financeiro, o BC manteve 
o ritmo de redução de um ponto percentual verificado na última reunião, realizada no fim de maio. 
Em 9,25% ao ano, os juros recuam ao patamar de um dígito, algo que não acontecia desde o final de 
2013, ou seja, em quase quatro anos. 
A previsão dos economistas das instituições financeiras é de que a taxa básica de juros continue a 
recuar nos próximos meses e chegue a 8% ao ano no final de 2017, permanecendo neste patamar até 
2021. 
 
3 MARTELLO, ALEXANDRO. Na 7ª queda seguida, juro básico da economia recua para 9,25% ao ano. G1, Economia. Disponível em: < 
http://g1.globo.com/economia/noticia/na-7-queda-seguida-juro-basico-da-economia-recua-para-925-ao-ano.ghtml> Acesso em 27 de julho de 2017. 
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. 9 
 
Copom reduz Selic para 9,25% ao ano (Foto: Arte/G1) 
 
Como as decisões são tomadas 
 
A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, que é fixada 
todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
A meta central é de 4,5% para 2017 e 2018, podendo a inflação oscilar entre 3% e 6% nestes anos 
sem que o objetivo seja formalmente descumprido. 
Normalmente, quando a inflação está em alta o BC eleva a Selic na expectativa de que o 
encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação caia. Essa medida, porém, afeta a 
economia e gera desemprego. 
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC 
reduz os juros. É o que está acontecendo agora. 
Em razão do fraco nível de atividade, a inflação está bem comportada. No primeiro semestre deste 
ano, segundo o IBGE, a inflação oficial (IPCA) ficou em 1,18%. Para 2017, o mercado financeiro prevê 
que a inflação deve ficar em 3,33%, abaixo da meta de 4,5%. 
 
O que diz o Banco Central 
 
O Banco Central informou nesta quarta-feira que, para a próxima reunião do Copom, marcada para o 
começo de setembro, a manutenção deste ritmo de corte de juros, de um ponto percentual, "dependerá 
da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do 
ciclo." 
"O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de 
riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de 
inflação", acrescentou a autoridade monetária. 
A instituição informou ainda que, no cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas 
da pesquisa Focus, suas projeções de inflação recuaram para em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 
2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se nesse 
patamar até o final de 2018. 
"O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para 
a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de 
flexibilização monetária [corte de juros]", acrescentou, indicando que o processo de redução da taxa Selic 
deverá ter continuidade nos próximos meses. 
 
 
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. 10 
Ranking mundial de juros reais 
 
Com a redução de juros promovida pelo Copom nesta quarta-feira, o Brasil caiu do segundo para o 
terceiro lugar no ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os 
próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. 
Com os juros básicos em 9,25% ao ano, a taxa real do Brasil soma 3,71% ao ano, atrás da Rússia, 
com juros reais de 4,59% ao ano, e da Turquia (3,93%). Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média 
está negativa em 0,2% ao ano. 
 
Rendimento da poupança 
 
De acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e 
Contabilidade (Anefac), com a redução dos juros para 9,25% ao ano, os fundos de renda fixa "começam 
a perder competitividade frente às cadernetas de poupança principalmente nas aplicações de baixo valor." 
Nesses casos, observa a Anefac, os fundos têm taxas de administração mais elevadas. "Assim sendo, 
a caderneta de poupança vai continuar sendo uma excelente opção de investimento, principalmente sobre 
os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano", acrescentou a entidade. 
Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das 
cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% 
ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). 
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programaque permite que pessoas físicas comprem títulos 
públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, 
também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores 
nos últimos anos. 
 
Entenda o que é a meta fiscal e por que o governo revisou o número4 
 
Com receitas abaixo do esperado, governo enfrenta dificuldade para cumprir meta e teve de prever 
um rombo maior nas contas públicas em 2017 e 2018. 
O governo anunciou nesta terça-feira (15) a revisão da meta fiscal para 2017 e 2018. Na prática, o 
governo admitiu que não conseguirá fechar as contas públicas dentro da previsão orçamentária neste 
ano e no ano que vem. 
A nova meta prevê um rombo de R$ 159 bilhões nas contas públicas em 2017 e 2018. É um rombo 
maior do que o previsto anteriormente, de R$ 139 bilhões para 2017 e R$ 129 bilhões em 2018. 
Essa mudança poderá trazer consequências para a dívida pública, a nota de crédito do Brasil e a 
própria credibilidade do governo. 
 
O que é a meta fiscal? 
 
É uma estimativa feita pelo governo da diferença entre a sua expectativa de receitas e de gastos em 
um ano. Se essa diferença for positiva (ou seja, receitas maiores que gastos), a meta prevê um superávit 
primário. Se for negativa (com gastos maiores que receitas), será um déficit primário. 
Ao estabelecer um valor, o governo assume um compromisso público de como vai equilibrar as contas 
públicas e manter a dívida pública sob controle. 
 
Quem define a meta? 
 
O próprio governo através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisa ser aprovada pelo 
Congresso. 
 
Por que o governo teve que reajustar a meta? 
 
O governo enfrenta dificuldades em cumprir a meta fiscal porque a recuperação da economia brasileira 
está mais lenta que o previsto e, com isso, a arrecadação com impostos e contribuições está ficando 
abaixo do esperado. Na prática, a arrecadação cresceu menos de 1% no primeiro semestre. Como os 
gastos públicos continuam a crescer, há um desequilíbrio financeiro. 
 
4 VELASCO, CLARA. Entenda o que é a meta fiscal e por que o governo revisou o número. G1 Economia. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/economia/noticia/entenda-o-que-e-a-meta-fiscal-e-por-que-o-governo-revisou-o-numero.ghtml> Acesso em 16 de agosto de 2017. 
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. 11 
"O grande problema é que o governo acreditou que algumas reformas iam acontecer e já reduziriam 
os gastos agora. Eles acreditavam que a economia ia conseguir se recuperar com mais força e que teriam 
mais receita. Não conseguiram cortar gastos como queriam, e a receita não aumentou", diz a professora 
da Fecap. 
Ela cita a reforma trabalhista, que foi aprovada no Congresso com mudanças, e as expectativas das 
reformas tributária e da Previdência, que ainda não se concretizaram. "Com a reforma tributária, o governo 
esperava ter força para aumentar e ajustar alguns tributos, o que não aconteceu. Já a reforma da 
Previdência não traria redução de gastos hoje, mas sinalizaria ao mercado um comprometimento de 
ajuste fiscal a médio prazo." 
 
Quais são as consequências do reajuste? 
 
O governo terá que cobrir um déficit fiscal maior (despesas maiores que as receitas). Para isso, ele 
precisa captar recursos com a emissão de títulos públicos. Assim, ele consegue financiar os gastos que 
foram liberados. Mas, como efeito, sua dívida pública fica maior em relação ao tamanho da economia, 
assim como os juros a serem pagos. 
"Estamos falando de um acréscimo que não é nada desprezível, R$ 20 bilhões que o governo vai ter 
que tirar de algum lugar. Vai ter um aumento da dívida pública, então o ano que vem deve ter taxas de 
juros mais altas. O investimento se torna mais caro, então deve ser menor em 2018", diz Inhasz. 
 
Como o reajuste afeta a vida das pessoas? 
 
O crescimento da dívida pública tem efeitos negativos na economia. Segundo a professora da Fecap, 
a população deve sentir pouco o reajuste de maneira imediata, mas os efeitos terão mais força no ano 
que vem. "Deve ter um aumento na inflação, que não deve ser um baita aumento, mas a população deve 
sentir". 
 
Como a meta fiscal é calculada? 
 
O governo faz o planejamento do valor que vai gastar em determinado ano (despesas) e o total de 
recursos esperados (receitas). 
Os gastos são todas as despesas da máquina pública, exceto o pagamento de juros. "É tudo aquilo 
que o governo gasta para colocar serviços à disposição das pessoas: educação, saúde, pagamento de 
funcionários públicos, emissão de passaportes", diz Juliana Inhasz, professora de economia da Fundação 
Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). 
Já as receitas vêm da tributação – impostos diretos cobrados sobre o patrimônio e renda e tributos 
indiretos sobre o preço de bens e serviços – e refinanciamentos, como o Refis. 
 
O que acontece se o governo não cumprir a meta? 
 
Ele desrespeita a Lei de Responsabilidade Fiscal e perde credibilidade internacional. Para evitar isso, 
o governo tem a possibilidade de reajustar a meta fiscal. As revisões na meta tornaram-se comuns durante 
o governo de Dilma Rousseff e acabaram vistas pelo mercado como sinônimo da falta de compromisso 
com o orçamento público e com a retomada da economia. 
"[O governo] sinaliza para o mercado que não tem dispositivo econômico suficiente para fazer ajustes 
necessários para colocar as contas em ordem. As pessoas enxergam que, se hoje o governo não ficou 
dentro da meta, ele pode fazer isso de novo, de dizer uma coisa e fazer outra, já que no início do ano, ele 
se comprometeu com uma meta fiscal que depois teve que reajustar", diz Inhasz. 
Segundo especialistas ouvidos pelo G1, porém, no contexto atual, o anúncio não compromete a 
credibilidade da equipe econômica diante dos investidores. 
 
O que o governo fez para tentar cumprir a meta? 
 
Para tentar cumprir a meta deste ano, o governo já bloqueou gastos e aumentou tributos sobre os 
combustíveis, por exemplo. Além disso, o governo já anunciou a adoção de um programa de incentivo 
para demissão de servidores e planeja adiar o reajuste programado para o início do ano que vem. 
 
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Brasil gasta mal e de forma injusta, diz Banco Mundial5 
 
Brasil gasta mais do que arrecada e, além disso, de forma ineficaz, já que as despesas não cumprem 
plenamente seus objetivos, e muitas vezes é injusta, porque beneficiam os ricos em detrimentos dos mais 
pobres. A conclusão é de um relatório do Banco Mundial divulgado nesta terça-feira (21/11). 
O estudo, intitulado "Um ajuste justo: uma análise da eficiência da equidade do gasto público no Brasil", 
foi encomendado pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. 
Ele analisa as raízes dos problemas fiscais brasileiros, os programas sociais existentes e as alocações 
das despesas, centrando-se em oito setores dos gastos públicos, com diagnóstico detalhado de cada um. 
Também aponta possíveis reformas para promover uma gestão de recursos mais eficaz e justa. 
O Banco Mundial afirma que o governo brasileiro terá que enfrentar "escolhas difíceis" para ajustar 
suas contas, com o perigo de "mergulhar novamente na espiral da inflação e do baixo crescimento". 
No entanto, após a análise de uma série de dados, o órgão concluiu que "é possível [no Brasil] 
economizar parte do orçamento sem prejudicar o acesso e a qualidade dos serviços públicos, 
beneficiando os estratos mais pobres da população". 
O relatório alerta, por exemplo, que os gastos públicos brasileiros aumentaram de forma consistente 
nas últimas décadas, colocando em risco a sustentabilidade fiscal do país - o déficit fiscal já atinge 8% do 
PIB, e a dívida subiu de 51,5%, em 2012, para 73% neste ano. 
Nesse sentido, ressalta que será necessário reduzir as despesas em 0,6% em proporção ao PIB do 
país a cada ano, bem como reduzir as despesasdos estados e municípios em 1,29%. 
 
Previdência 
 
Um dos problemas apontados pelo banco é referente aos gastos com previdência, descrita como o 
"motor do desequilíbrio fiscal" do país. Segundo o estudo, sua reforma seria a medida com maior impacto 
para a economia brasileira. 
Se a situação atual for mantida, em treze anos, o gasto com previdência esgotará o limite do teto de 
gastos do governo federal e não haverá dinheiro para salários, manutenção de escolas e hospitais ou 
investimentos. Em 2080, essas despesas corresponderiam a 150% do PIB nacional. 
Além disso, a previdência brasileira é "altamente injusta", aponta o Banco Mundial. Isso porque 35% 
dos subsídios beneficiam aqueles que estão entre os 20% mais ricos, enquanto penas 18% dos subsídios 
vão para os 40% mais pobres. 
 
Serviço público 
 
Na esfera do serviço público, aposentadoria e salários registram uma injustiça ainda maior. Segundo 
o relatório, os servidores públicos federais ganham, em média, 67% a mais do que os trabalhadores da 
iniciativa privada. Já os servidores estaduais recebem salários 30% maiores. 
A remuneração acima da média, afirma o estudo, é o que leva os gastos com funcionalismo no Brasil 
serem tão altos, ultrapassando as despesas de países como Estados Unidos, França e Portugal. 
O Banco Mundial revela que os gastos com servidores, em todas as esferas do governo, chegaram a 
13,1% do PIB em 2015, em comparação com os 11,6% registrados há dez anos. Em outros países 
desenvolvidos, esse percentual é de cerca de 9% do PIB. 
 
Ensino superior gratuito 
 
Em relação à educação, o estudo aponta injustiça também no ensino superior gratuito, onde 65% dos 
estudantes estão entre os 40% mais ricos do país. O governo gasta 0,7% do PIB com as universidades 
federais. 
A fim de cortar gastos sem prejudicar os mais pobres, a sugestão do Banco Mundial é o fim da 
gratuidade na universidade pública, com a criação de bolsas para aqueles que não podem pagar. Já os 
alunos de renda média e alta, que tendem a ter um aumento de renda depois de formados, poderiam 
pagar pelo curso após a graduação. 
Outro alerta do relatório é referente às políticas públicas de incentivo ao setor privado. Segundo o 
banco, elas estão presentes em gastos tributários, créditos subsidiados e gastos diretos com empresas. 
Os gastos nessa área correspondem a duas vezes o custo de todos os programas de assistência social 
e apoio ao mercado de trabalho e mais de dez vezes o custo do programa Bolsa Família, por exemplo. 
 
5 DW. Brasil gasta mal e de forma injusta, diz Banco Mundial. Terra. Disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/brasil/brasil-gasta-mal-e-de-forma-injusta-
diz-banco-mundial,6cbd6958c84c97d4cd77ec17cfef71bb0drvk8o8.html> Acesso em 22 de novembro de 2017. 
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. 13 
 
 
01 - De acordo com a Figura abaixo, observa-se que o mercado financeiro está basicamente 
segmentado em quatro grandes mercados: mercado monetário, mercado de crédito, mercado de câmbio 
e mercado de capitais. 
 
 
 
Caracteriza um mercado de capitais ser o 
 
(A) mercado em que são negociadas as trocas de moedas estrangeiras por moeda nacional, 
participando desse mercado todos os agentes econômicos que realizam transações com o exterior, ou 
seja, têm recebimentos ou pagamentos a realizar em moeda estrangeira. 
(B) segmento do mercado financeiro em que são criadas as condições para que as empresas captem 
recursos diretamente dos investidores, através da emissão de instrumentos financeiros (ações, 
debêntures, bônus de subscrição, etc), com o objetivo principal de financiar suas atividades ou viabilizar 
projetos de investimentos. 
(C) mercado utilizado basicamente para controle da liquidez da economia, no qual o Banco Central 
intervém para condução da Política Monetária. 
(D) mercado para realização, registro e negociação de determinados instrumentos financeiros, 
basicamente divididos em quatro produtos, como: mercado a termo, mercado futuro, opções e swaps, 
com a finalidade de proteção, elevação de rentabilidade (alavancagem), especulação e arbitragem. 
(E) segmento do mercado financeiro em que as instituições financeiras captam recursos dos agentes 
superavitários e os emprestam às famílias ou empresas, sendo remuneradas pela diferença entre seu 
custo de captação e o que cobram dos tomadores. 
 
02 - Semana passada, através da Resolução no 4.410, de 28.05.2015, o Governo Federal, por meio 
do Banco Central, deu os primeiros passos para modificar [...] dois dos melhores investimentos em renda 
fixa atualmente: as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). 
 
Disponível em: <http://www.valoresreais.com/2015/06/01/...>. Acesso em: 17 ago. 2015. Adaptado. 
 
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI), por possuir lastros em créditos imobiliários, representa uma 
importante fonte de financiamento e recursos ao setor. É, ainda, um título muito demandado por pessoas 
físicas por contar com a isenção do Imposto de Renda. Recentemente, foram alteradas as regras para 
aquisição desse produto, dentre as quais a(o) 
 
(A) redução do depósito compulsório no Bacen sobre depósitos de poupança. 
(B) lastro desse ativo não incluir financiamentos habitacionais garantidos por hipoteca. 
(C) possibilidade de efetuar pagamentos relativos à atualização por índice de preços. 
(D) proibição de atualização por índice de preços. 
(E) prazo mínimo para recompra e resgate. 
 
03 - A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou nesta sexta-feira os ratings 
em escala nacional de quatro instituições financeiras no Brasil [...]. As notas de 22 instituições financeiras 
Questões prova anterior 
 
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. 14 
foram afirmadas pela agência. Na visão da agência, as medidas de ajuste fiscal e aperto monetário 
adotadas pelo governo brasileiro “vão pressionar a renda disponível das famílias e resultar em uma 
contração da economia que, na nossa visão, vai enfraquecer a qualidade dos ativos do sistema bancário, 
[acentuar] as perdas de crédito e [reduzir] a rentabilidade”. 
 
MARQUES, Felipe. S&P rebaixa notas de crédito de quatro bancos brasileiros. Valor Econômico, São Paulo, 17 abr. 2015. 
Disponível em: <http://www.valor.com.br/financas/4012780/ sp-rebaixa-notas-de-credito-de-quatro-bancos-brasileiros>. Acesso em: 18 ago. 2015. Adaptado. 
 
No contexto da notícia em pauta, para minorar os impactos previstos pela Standard & Poor’s sobre a 
rentabilidade de determinado banco com atuação em escala nacional, a recomendação adequada da 
diretoria aos gerentes das agências é 
 
(A) renunciar ao uso do chamado cadastro positivo. 
(B) concentrar toda a carteira de crédito na modalidade de crédito consignado. 
(C) conferir maior rigor na seleção da carteira de clientes. 
(D) vetar a renegociação de dívidas com clientes inadimplentes. 
(E) abrir mão de garantias sobre créditos concedidos. 
 
04 - As previsões para o desempenho da economia brasileira neste ano e no próximo continuam se 
deteriorando. As cerca de cem instituições que consultadas para o boletim Focus, divulgado pelo Banco 
Central (BC), projetam uma queda maior para Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 [...] Quanto à inflação, 
os analistas consultados pelo BC aguardam uma alta de 9,23% para o IPCA neste calendário, acima da 
taxa estimada antes, de 9,15%. 
 
CAPRIOLI, G. Mercado vê infl ação de 9,23% em 2015 e economia mais contraída. Valor Econômico, São Paulo, 27 jul. 2015. 
Disponível em: <http://www.valor.com.br/brasil/ 4150608/mercado-ve-inflacao-de-923-em-2015-e-economia- mais-contraida>. Acesso em: 10 ago. 2015. 
Adaptado. 
 
Nesse contexto, representa uma medida efetiva que poderá ser adotada para conter a alta 
inflacionária: 
 
(A) aumentar a taxa de juros básica da economia. 
(B) reduzir drasticamente os principaisimpostos federais, estaduais e municipais. 
(C) aumentar a emissão de papel moeda para honrar a folha de pagamento e os demais gastos do 
governo, visando a diminuir os depósitos à vista nos bancos. 
(D) aumentar a produção de bens na indústria. 
(E) aumentar o nível geral de preços da economia. 
 
05 - Grande parte das nações indica apenas a meta na qual a autoridade monetária do país está 
mirando ao fixar os juros básicos. Outras estabelecem um intervalo de tolerância, [...], ao mesmo tempo 
em que sete países adotam o sistema igual ao do Brasil (meta central e intervalo de tolerância para cima 
e para baixo). 
 
MARTELLO, A. Goveno fixa meta central de inflação... / Globo.com/G1, Brasília, 26 jun. 2015. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/governo-fixa- meta-central-de-inflacao...>. Acesso em: 13 ago. 2015. Adaptado. 
 
O intervalo de tolerância da meta de inflação, adotado pelo governo para 2017, sofreu uma alteração 
em junho de 2015. A alteração foi no 
 
(A) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 6% ao ano. 
(B) piso do intervalo de tolerância, de 2,5% ao ano para 2% ao ano. 
(C) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 4% ao ano. 
(D) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 5% ao ano. 
(E) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 7% ao ano. 
 
 
Gabarito 
 
1 - B; 2 - E; 3 - C; 4 - A; 5 - A 
 
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