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EVASÃO ESCOLAR NA EJA

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EVASÃO ESCOLAR NA EJA 
Priscila Ivanowski 
Professora: Ana Paula Ribeiro 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI 
Pedagogia (1023) 
09/11/2016 
 
RESUMO 
O presente estudo objetiva verificar nas escolas as necessidades dos educando e quais as 
reais causas da evasão escolar na EJA. Fundamentando-se em Rauber (2012); Silva Leite (2013), 
Oliveira (1999), entre outros, a pesquisa problematiza a evasão escolar na EJA. O problema de 
pesquisa orienta-se pela indagação: o que leva a evasão escolar na EJA? 
É um questionamento respondido durante a realização deste trabalho, que trata de buscar 
fazer, por meio da pesquisa bibliográfica no campo da evasão escolar na EJA se faz para recuperar 
o tempo perdido daqueles que não aprenderam a ler e escrever passando pelo resgate da divida 
social. Considerando que os professores não buscam diversificar suas aulas para incentivar os 
alunos, não levando em consideração a bagagem que o aluno possui, o presente estudo aponta a 
melhor maneira de atrair os estudantes indiferentes da sua idade, mas o aluno da EJA requer uma 
atenção ainda mais especial. 
PALAVRA-CHAVE: Evasão escolar, EJA, educando. 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho discorre sobre a evasão escolar na EJA, buscando verificar nas escolas 
as necessidades dos educando e quais as reais causas da evasão escolar na EJA. Objetivando 
investigar os desafios curriculares relacionados à evasão escolar na EJA e tentar adequar a forma de 
ensino conforme a aprendizagem do aluno. 
A analise dos dados que mostram aspectos determinantes, sendo as políticas públicas de 
qualidade com acesso garantido por lei e permanência dos educando nas escolas; as práticas 
curriculares desenvolvidas no cotidiano escolar. E esses políticos públicas que possam constituir o 
ensino com nível que os prepare para o trabalho ou dar continuidade para uma graduação. 
Diante disso, este estudo volta-se para a área evasão escolar na EJA. O que leva a evasão 
escolar na EJA? É uma indagação que nos parece oportuna responder durante a realização desta 
pesquisa. 
Para tal, trataremos de buscar fazer, por meio de literatura atual disponível. Desta forma a 
metodologia é da pesquisa bibliográfica. 
A pesquisa bibliográfica para Rauber (2012), “nesse levantamento inicial foi possível 
constatar que embora ainda prevaleça à visão muito corrente de que a EJA se faz para recuperar o 
tempo perdido daqueles que não aprenderam a ler e escrever passando pelo resgate da divida social, 
chegou-se, nas ultimas décadas a educação um direito para todos” p.11. 
Para Silva Leite (2013), “tais dimensões são cruciais especialmente quando se trata de 
alunos adultos, que já apresentam histórias de exclusão escolar, como é o caso da EJA” p.79. 
2 DESAFIOS CURRICULARES RELACIONADOS À EVASÃO ECOLAR NA EJA 
A evasão escolar na EJA esta se tornando uma atitude comum atualmente, porém porque o 
aluno acaba desistindo de estudar logo após ter tomado a iniciativa de voltar a estudar? 
Os problemas socioeconômicos, falta de qualificação dos profissionais e metodologias 
inadequadas são alguns dos desafios encontrados no nosso sistema educacional. 
No Brasil os Parâmetros Curriculares Nacionais, apontam metas de qualidade para o ensino. 
Cabe a cada Professor direcionar suas metas e escolha da metodologia que irá utilizar nas suas 
aulas. 
Os PCN destacam ainda que: “há urgência em reformular objetos, rever conteúdos e buscar 
metodologias compatíveis com a formação que hoje a sociedade reclama” (BRASIL, 1997, P. 15). 
Os professores não buscam diversificar suas aulas para incentivar os alunos, não levando em 
consideração a bagagem que o aluno possui. 
Os alunos da EJA geralmente são aqueles que por algum motivo estiveram ausentes das 
escolas por um longo tempo. 
[...] Geralmente, o migrante que chega às grandes metrópoles provenientes de 
áreas rurais empobrecidas, filhos de trabalhadores rurais não qualificados e com 
baixo nível de instrução escolar. [...] E o jovem [...] não é aquele com uma historia de 
escolaridade escolar [...] São alunos com perfil de analfabetos funcionais (possuem 
menos de quatro anos de estudo, incapazes de interpretar o que leem); jovens de 
origem urbana e veem na EJA uma oportunidade de concluir seus estudos. 
(OLIVEIRA, 1999, p.59). 
Os sujeitos EJA, são adultos e jovens, que tem como objetivo uma realização pessoal, pode 
ser pelo medo da falta de emprego, para uma melhor formação dos filhos, esses podem ser um dos 
motivos para voltar à escola. 
O parecer nº 23/2008 (BRASIL, 2008 b) apresentou alguns indícios sobre a ocorrência de 
alunos cada vez mais jovens entrando na EJA: 
Tal situação é fruto de uma espécie de migração perversa de jovens entre 
15 (quinze) e 18 (dezoito) anos que não encontram o devido acolhimento nos 
estabelecimentos do ensino sequencial regular da idade própria. Não é incomum 
se perceber que a população escolarizável de jovens com mais de 15 (quinze) anos 
seja vista como “invasora” da modalidade regular da idade própria. E assim é 
induzida a buscar a EJA, não como uma modalidade que tem sua identidade, mas 
como uma espécie de ‘lavagem das mãos’ sem que outras oportunidades lhes 
sejam propiciadas. Tal indução reflete uma visão do tipo: a EJA é uma espécie de 
‘tapa-buraco’ (BRASIL, 2008, b p.9, grifos nossos). 
O Ensino regular não esta conseguindo manter os jovens dentro das escolas, não estão 
atendendo todas as necessidades dos alunos. 
O Professor da EJA precisa ter respeito, saber ouvir, não constranger os alunos, acreditar na 
potência de cada um, jamais deverá tratá-los como crianças. 
Ribeiro (1999, p.185-186) relata sobre o tratamento infantilizador em turmas da EJA: 
[...] visitei um núcleo de educação de jovens e adultos que atuam num bairro periférico de 
São Paulo, realizando um significativo trabalho de alfabetização, pós-alfabetização e preparação 
para exames supletivos. [...] quando chegamos à porta, a professora convidou-nos a entrar e 
apresentou-nos seus alunos dizendo com um sorriso: ‘ Estas são as minhas crianças’. Do assento de 
suas carteiras, homens e mulheres olharam para nós visitantes com um misto de curiosidades e 
profundo constrangimento. [...]. 
Esse modo de tratar os adultos acaba distanciando eles da escola, pois acaba trazendo 
constrangimento, o adulto esta frequentando a escola porque realmente esta interessada em estudar, 
após um dia cansativo de trabalho ir para ser tratado como criança realmente é desanimador. Essas 
atitudes acontecem por má formação dos Professores. 
3 TENTAR ADEQUAR À FORMA DE ENSINO CONFORME A APRENDIZAGEM DO 
ALUNO. 
 Facilitar o acesso ao estudo e sempre a melhor maneira de atrair os estudantes indiferentes 
da sua idade, mas o aluno da EJA requer uma atenção ainda mais especial, pois são alunos que 
interromperam seus estudos para começar a trabalhar. 
Alguns desses alunos acabam desistindo porque não conseguem também conciliar o horário 
de trabalho com o de estudo e assim começa uma luta para se manter na escola, por isso criar 
horários flexíveis de aulas para atender todos os públicos facilitaria muito a vida desses estudantes, 
pois a falta de segurança ainda e um fator muito preocupante para quem estuda a noite. 
Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, 
enfrentar, propor, escolher e assumir as consequências. 
Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizando com desenhos pré-
formulados para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos pontilhados 
para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica de quem 
aprende. (FUCK, p. 14 e 15, 1994) 
Cabe a nós professores buscar constantemente formações para adequar esses alunos, que tem 
um perfil bem diferente ao dos outros, sabemos que muitos vão cansados para a escola e algumas já 
são mães, então atender suas necessidades e muitoimportante. O professor deve estabelecer o 
aprendizado com base a realidade do educando propondo apropriação dos conteúdos a partir das 
histórias relatadas por seus alunos, portanto primeiro passo para uma experiência bem-sucedida 
consiste em conhecer esses alunos, onde e como vivem. 
3.1 ESPAÇOS FÍSICOS PARA EJA 
O ambiente escolar - como um espaço público no qual grande parte de nossas crianças e 
jovens passam seu tempo - é um dos lugares que permitem exercitar tal convívio. A estrutura física 
da escola, assim como sua organização, manutenção e segurança revelam muito sobre a vida que ali 
se desenvolve. Por isso falaremos do espaço que os estudantes da EJA acabam frequentando, alguns 
são inseridos em sala que não são adequadas a sua idade, um cenário voltado completamente a 
educação infantil, e não conseguem acomodar –se na carteira, uma vez que está e pequena e não 
suporta o seu tamanho. 
Os educadores têm pensado na organização desse espaço? O trabalho educativo não se 
limita à sala de aula, mas, se a configuração desse ambiente for acolhedora, poderá contribuir para 
tornar mais prazeroso o trabalho que ali se faz. Serão assim as nossas salas de aula? Pensarão os 
gestores nesses assuntos ou os deixarão em segundo plano. Não importa se a disciplina é Língua 
Portuguesa, Ciências, História ou Arte. Todas elas são ministradas no mesmo local (a sala de aula) e 
com os mesmos recursos. A situação se repete em muitas escolas que oferecem a Educação de 
Jovens e Adultos (EJA). Laboratórios de Ciências e de informática, sala de vídeo e biblioteca 
costumam não estar disponíveis para os alunos dessa modalidade. 
Os problemas não acabam aí. É comum encontrar escolas que não dão merenda para os 
estudantes, não garantem a oferta de aulas de Educação Física nem sequer tratam sobre a 
modalidade no projeto político-pedagógico (PPP). "As dificuldades, decorrentes muitas vezes da 
falta de funcionários e estrutura, mostram como é baixo o investimento das redes públicas nesse 
segmento. Mas isso não quer dizer que os gestores não possam fazer algo para mudar essa 
realidade", diz Catelli. Segundo ele, além de debater o funcionamento da EJA, os conteúdos 
trabalhados, o sistema de avaliação adotado e os objetivos - aspectos que fazem parte do PPP -, é 
possível canalizar algumas verbas para adequar o espaço físico, buscar parcerias para melhorar as 
condições oferecidas a esse público e reivindicar recursos na Secretaria de Educação, que pode se 
inscrever em programas como o Brasil Alfabetizado e o Programa Nacional do Livro Didático para 
a EJA (PNLD-EJA). 
Pela estimativa do MEC, há 21 milhões de jovens acima de 18 anos que perderam o direito ao 
ensino básico regular. Ou seja, passaram da idade própria para se matricular. A política educacional 
procura atender a esse contingente com o Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), 
enquanto não chega à situação ideal para manter os jovens no ensino regular até a conclusão do 
Ensino Médio. A universalização do Ensino Médio implicaria aumento do investimento público, 
mas o dinheiro não é o fator determinante da equação. "O principal desafio não é financeiro, é 
pedagógico. É claro que não se faz uma coisa sem a outra. Mas ter dinheiro sem projeto pedagógico 
não manterá o jovem na escola", alerta André Lázaro, secretário de Educação Continuada, 
Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho vem ressaltando a grande importância de respeitarmos os alunos do 
EJA. Pois os mesmo independentes do passado, do porque deixaram de estudar, acreditaram que 
mesmo depois da certa idade e com mais compromisso para aconselhar com os estudos, perceberam 
o quanto e importante estudar para ter uma qualificação melhor e conquistar uma oferta melhor de 
emprego ou um cargo acima do que está atuando no momento, ou até mesmo para aqueles que 
querem ter o prazer de aprender ler. 
 Nos professores devemos ter o grande respeito por esses educando, buscando formações 
para adequar esses alunos, pois os mesmo trazem consigo bagagens com grandes histórias e 
muitas experiências de vida, onde podemos aprender junto com eles. Devemos lembrar que a escola 
também tem um papel fundamental para acolher esses alunos, tratando do espaço físico, onde pode 
ser acolhedor e mais prazeroso pensando na faixa etária dos educando sempre lembrando que se 
trata de jovens e adultos. Vale ressaltar que ao respeitarmos e acolhermos estamos deixando de 
perdê-los novamente, pois no passado deixaram de estudar e agora que estão tendo outra 
oportunidade devemos acreditar em seus potenciais acreditando que são capazes de um grande 
futuro. 
 
REFERÊNCIA 
acervo.novaescola.org.br-modalidades 
ANZORENA, Denise Izaguivereo, Educação de jovens e adultos: Santa Catarina : Zilma 
Mônica Sansão Benevenutti . Indaial: Uniasselvi, 2013 p. 68-64-85. 
diferençasqueunem.blogspot.com.br/2011forumeja.org.br 
Disponível em: WWW.upplay.com.br/restrito/nepso2013/uploads/projetos-
_EJA/Trabalho/08_03_25_-_ Osdesafios_da_EJA_e_sua_relação_com_a_evasão.pdf 
Acessado em 30/10/2016 ás 12:20 
Gestaoescolar.org.br/espaço-fisico-escolar-espaço-pedagogico-630910shtml 
GRIFFANTE, Adriana. Os desafios da EJA e sua relação com a evasão: RS : 
Universidade de Caxias do Sul, 2013. 
www.planetaeducaçao.com.br/portal/artigo.esp?artigo=2069 
 
 
http://www.upplay.com.br/restrito/nepso2013/uploads/projetos_EJA/Trabalho/08_03_25_-_%20Osdesafios_da_EJA_e_sua_relação_com_a_evasão.pdf
http://www.upplay.com.br/restrito/nepso2013/uploads/projetos_EJA/Trabalho/08_03_25_-_%20Osdesafios_da_EJA_e_sua_relação_com_a_evasão.pdf

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