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Fechamento Textos História do Brasil IV

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BÓRIS FAUSTO: O CORPO E A ALMA DO BRASIL
A revolução de 30
· Na sociedade brasileira da 1ª República predominam os interesses do setor agrário-exportador voltado para a produção de café, representado pela burguesia paulista e parte da burguesia mineira (Café com Leite). O setor é dependente de uma mercadoria sujeita às oscilações de preço no mercado internacional. 
· Durante os primeiros anos da República, a desvalorização cambial, resultante da queda dos preços de café, a expansão creditícia do governo provisório (Deodoro), limitou os efeitos da baixa de produto. O reerguimento financeiro do Estado vêm através de um acordo com os credores estrangeiros, o funding loan.
· Não podendo contar com a desvalorização cambial, o setor cafeeiro elaborou a política de valorização do café que consistia na retirada do mercado de uma parte da produção com o objetivo de reduzir a oferta no mercado internacional e garantir o nível dos preços (Intervenção Estatal).
· A burguesia cafeeira impôs uma hegemonia social e política, visto que as condições da industrialização brasileira impediram a formação de uma burguesia industrial, cujos interesses se chocavam com o grupo cafeeiro, que responsabilizava a indústria pelo alto custo de vida da população urbana. 
· A desvalorização cambial importou em um encarecimento das importações, incentivando a produção interna.
· A soberania popular e a possibilidade de representação de correntes democratizantes eram anuladas pelo voto descoberto, a falsificação eleitoral, o voto por distrito e o terceiro escrutínio.
· A organização social da 1ª República é marcada pela predominância do setor agrário-exportador, pela inexistência de luta de facções entre o setor agrário e o industrial, pela fraca integração nacional, com predominância do eixo São Paulo-Minas, pelo caráter secundário das oposições de classe.
· Só quando Vargas teve a possibilidade de chegar à presidência que o RS surgiu como força oposicionista.
· A Aliança Liberal nasce de um acordo entre Estados cujos interesses estão vinculados ao café e tem reivindicações de vários grupos desvinculados da economia cafeeira, por isso, faz da reforma política o centro de seu programa e instrumento de pressão. Sua grande arma é a defesa da representação popular, através do voto secreto e da designação de magistrados para a presidência das mesas eleitorais. 
· Elementos explicativos revolução de 30: depressão internacional, crise de 1929, dependência externa, disputa de grupos internacionais pela América Latina.
· Um fato oculto na revolução é o papel desempenhado pela classe operária, que aparece mais como um problema do que como personagem. Há indicações que a massa operária simpatizava com os revolucionários. 
· A Aliança apresentava-se como um acolhedor dos descontentes não vinculados ao café, classe média nem ao setor militar. 
· As dificuldades no setor cafeeiro resultaram na busca das pessoas para outros setores agrícolas ou para a produção industrial, que se beneficiou com a desvalorização cambial e das unidades industriais ociosas.
· A nova política de defesa do café consistia na queima de parte da produção (quotas de sacrifício) que impedia a brusca queda da renda do setor.
· A revolução só se tornou possível com a liquidação das tentativas de expressão política heterodoxa, de conteúdos diversos (tenentismo, integralismo), com a nova configuração do Estado e com o estabelecimento de outro tipo de relação entre o Estado e a classe operária. 
· As reivindicações tenentistas passaram a ter caráter mais radical, defendendo a nacionalização de bancos estrangeiros; combate ao latifúndio; reformas na área trabalhista (salário mínimo, jornada de trabalho menor).
· Percebendo que a imediata realização das eleições ia conduzir à sua derrota pela insatisfação de suas reivindicações, decidiram prolongar a ditadura até a consolidação das reformas. 
· São Paulo opta pela luta armada, representando todos os setores da burguesia, tanto por razão econômica quanto por política.
· A partir de 33, Vargas toma medidas para ajudar financeiramente produtores de café, reduzindo suas dívidas. 
· A contradição do tenentismo resulta do fato de que era um movimento destituído de coesão interna: “caráter socialista” por acolher algumas exigências operárias mas também adotava uma política dúbia aliando-se ao café. 
· Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio é criado com objetivo de institucionalizar a pressão da classe operária, transformando-a em um setor controlável, uma força orgânica de cooperação. 
· O Estado que nasceu em 30 deixa de representar qualquer setor da sociedade. A burguesia cafeeira está deslocada do poder devido à crise econômica; as classes médias não têm condições para assumir o controle; os tenentes fracassam como movimento político autônomo; os grupos desvinculados do café não conseguem ajustar o poder à medida de seus interesses.
Palavras chave: revolução, café, Vargas, classe operária, tenentismo
DE DECCA: O SILÊNCIO DOS VENCIDOS
 
A revolução do vencedor
· O passado memorizado como domínio das oligarquias define-se pela ausência da Nação que dorme sob o “canto de sereias dos regulates” e o seu despertar é datado pela revolução de 30. 
· Discurso como exercício efetivo do poder político, além de periodizar a história, define o lugar onde ela deve ser lida - passado memorizado como domínio das oligarquias e o presente como uma revolução sem prazo para acabar, capaz de transformar essa nação num sujeito com uma nova consciência.
· A revolução é apresentada como unitária e monolítica (categoria fundamental do discurso de legitimação).
· A memória histórica da revolução se torna eixo das oposições entre: nação-objeto x nação-sujeito; economia agroexportadora x industrialização/mercado interno; inorganicidade das classes sociais x estado-criador das classes, liberalismo x autoritarismo.
A luta de classes como lugar da história
· O termo revolução representa uma estratégia da dominação para apagar outras propostas políticas que se expressam no interior da luta de classes. A revolução de 30 oculta o percurso das classes sociais em conflito. 
· Processo revolucionário em 1928 porque a prática política das classes sociais orientou-se sob vários registros de revolução devido à possibilidade de existência de uma direção dos acontecimentos cujo suporte estava substantivado numa categoria de revolução - a revolução democrático-burguesa.
· Define-se a revolução democrático-burguesa como um lugar privilegiado onde a história deveria ser produzida, sob o ângulo do partido da classe operária.
· Existia em SP uma classe operária capaz de carregar uma proposta de política de revolução e porque em SP foi jogada a questão democrática no âmbito do capital e do trabalho, isto é, proletário e burguesia industrial.
· Em 1928 todos os grupos políticos que se colocaram na perspectiva da revolução (Partido Democrático, os “tenentes”, e o Bloco Operário e Camponês tornam-se o sujeito político chamado “os revolucionários”) apareceram unidos em um acordo tácito capaz de imprimir uma boa direção política à luta de classes através: da luta contra o fantasma da oligarquia (Partido Republicano) e aceitação de Prestes na liderança do movimento de oposição. 
· Os tenentes são o eixo privilegiado das interpretações da revolução de 30, sem ser questionado. Boris Fausto analisa a atuação política do tenentismo devido sua situação institucional como membros do aparelho militar do Estado, que lhes oferecia certa autonomia, e sua composição social como membros da classe média. 
· O Partido Democrático colocava-se ao lado da revolução e da classe operária, como se esta última estivesse fora do eixo revolucionário, visto que sua presença obrigava a uma abertura das propostas. Por isso, o PD visava criar uma proposta de revolução que não tivesse viabilidade de alterar radicalmente as regras do jogo. 
· Lacerda propunha uma aceitação da classe operária como interlocutor político. O Combate convergia os revolucionários, abrindo um espaço para as notícias sobre amovimentação operária e definia o PD. 
· A luta contra o capital deixava de existir no âmbito da revolução a partir da luta contra o feudalismo e o imperialismo. A partir disso, o BOC realizava sua leitura dentro da história periodizando a revolução democrática desde os movimentos de julho de 1924.
· O BOC, que trabalhava politicamente com o intuito de deprimir a importância de outras tendências do movimento operário mas também tendo que consumir as reivindicações operárias, acabou sendo progressivamente deslocado do acordo das forças políticas de oposição. Deixando a possibilidade de uma outra revolução contra o fantasma da oligarquia, o comunismo (o qual foi combatido em união pelo Partido Republicano e sua oposição). 
O movimento da memorização
· Toda a história transcorrida até 30 é memorizada pelo vencedor como uma luta entre dois agentes sociais, os revolucionários (vitoriosos) e a oligarquia. 
· As análises que julgam as classes sociais, principalmente o proletariado e a burguesia industrial, por não terem produzido a revolução cometem um erro visto que: a revolução é produção de uma memória histórica de um processo político e a idéia central do sistema de poder, houve contribuição do BOC e porque a burguesia industrial não poderia ter produzido. 
Palavras chave: memorização, classe operária, BOC, burguesia industrial, comunismo, oligarquia, tenentismo
BENZAQUEN DE ARAÚJO: TOTALITARISMO E REVOLUÇÃO - O INTEGRALISMO DE PLÍNIO SALGADO
Introdução
· Pensamento integralista, principalmente de Plínio, possuía uma lógica próxima ao conservadorismo europeu na questão da crítica ao capitalismo liberal; entretanto se divergia pois insistia numa completa transformação da vida social, numa mobilização com intenção de incorporar todos os setores da sociedade brasileira. Plínio foi afetado pelo espiritualismo católico, pensamento fascista, positivismo e nacionalismo.
· O integralismo se diferencia do fascismo por causa de sua etnicidade e catolicismo.
· Totalitarismo: concepção absolutizada da ideia de participação (projeto de cidadania e soberania popular através de uma mobilidade radical de mobilização) e identificação da noção de igualdade com a de uniformidade (sociedade desprovida de conflitos, cidadãos ativos e homogêneos)
· A revolução de 30 deve ser entendida como uma peça chave para a compreensão do surgimento e expansão do integralismo devido ao clima de indefinição e imprevisibilidade política. Plínio a considerou um fracasso, para ele era necessário um movimento efetivamente revolucionário, uma revolução espiritual e no interior baseada na doutrina e não interesses pessoais.
· Integralismo promover a defesa de princípios espirituais (igualdade, justiça, piedade, compaixão) contra um oponente silencioso, as leis da natureza. 
· Fundação de uma quarta civilização: humanidade integralista, caracterizada pela ideia de síntese. Um verdadeiro recomeço de história e uma restauração da alma adormecida dos tempos coloniais quando regia preceitos democráticos. 
· Ao contrário da Itália e Alemanha, era necessário criar uma Nação. Retirar a máscara capitalista e liberal, promover uma funda e decisiva transformação de espírito. Era necessário também que o brasileiro superasse a velha confiança que depositara no estado, nos partidos, nas instituições para transferir para si mesmo. 
· Dificuldades: pessimismo liberal e não acreditavam em si próprios, nos seus conterrâneos, na sua prática nem na sua crença (complexo de vira lata). Tinham uma inclinação para imitar modelos estrangeiros. 
· Noção de igualdade étnica e religiosa, defesa de uma raça, uma identidade, uma nação. Uniformes (militarização).
· Absolutização da liberdade positiva: total eliminação das diferenças no interior da sociedade civil e na relação entre os diversos grupos sociais e o Estado. Esta vai implicar na exigência de uma mobilização permanente. 
· Todos os indivíduos devem se tornar militantes e deve-se eliminar a possibilidade de manter uma área na qual as opiniões particulares venham a sofrer interferência (colônias estrangeiras no brasil?)
· O mal do Brasil é a personalização dos movimentos. Por isso, os “camisa-verde”, uma ideia, devem se tornar o chefe. Dá a entender que ele é um anti-líder, mas Plínio continuava a receber homenagens, sendo alvo de um endeusamento, com propagandas dele. 
· Ideocracia: ideologia é a única força capaz de realizar e levar adianta a sociedade. 
· Palavras chave: integralismo, Plínio, nacionalidade, raça, etnicidade, igualdade, compaixão, catolicismo, militarização, complexo vira lata
DULCE E BOMENY: REPENSANDO O ESTADO NOVO
Três decretos e um ministério: a propósito da educação no Estado Novo
· Ministério dos modernistas, mas que perseguiu os comunistas e apoiou a política nacionalizante de repressão às escolas nos núcleos estrangeiros. 
· A reforma do ensino secundário ensinava à juventude em um momento crucial de sua educação e tinha os seguintes debates: educação humanista x técnica, ensino generalizante clássico x profissionalizante. Ao lado da reforma, que prevaleceu a matriz clássica humanista montou-se um sistema de ensino profissional: Sistema S (Sesi, Senai, Senac). A reforma do ensino superior implicava na reordenação da tradição para que as faculdades fossem articuladas. O ensino primário sequer foi tocado. 
· Formar um homem novo para um Estado Novo, conformar mentalidades e criar o sentimento de brasilidade (nacionalidade), fortalecer a identidade e forjar uma identidade positiva no trabalhador. (Totalitarismo)
· Em 1937, formação da Universidade Brasil, com objetivo de implantar um padrão nacional de ensino. (Problema nos anos 90: sistema educativo vai mal porque não há uma sociedade competitiva e diversificada)
Militarizando o pensamento
· Associação entre educação e segurança nacional em momentos de política autoritária quando a educação é enaltecida como instrumento eficaz de controle. Ex: barreira à propagação de doutrinas consideradas perigosas à defesa da nacionalidade (comunismo?)
· Resistência à mobilização diz respeito à reação de educadores contra o “espírito militar (disciplina, hierarquia, cooperação, subordinação, nacionalidade, civismo) que precisa ser enraizado na coletividade”. 
· No Estado Novo não há poder civil (porque envolve militarização) e não há poder militar (o exército é integrado)
· A segurança de uma nação só será quando todo povo estiver infiltrado do espírito militar. 
· Entre a liberalização do sistema educacional e o totalitarismo propõe-se a militarização, que evita o individualismo do liberalismo e controla ameaças da mobilização política da juventude. 
Mobilizando a juventude
· A mobilização política da juventude compromete a autonomia e monopólio da organização militar. 
· Novo Estado é a simbiose entre o povo e o chefe. Cabe a ele a responsabilidade de tutelar a juventude, modelando seu pensamento, ajustando-a ao novo ambiente político e preparando-a para a convivência. 
· Criação da Organização Nacional da Juventude para institucionalizar nacionalmente uma organização paramilitar em moldes fascistas de arregimentação da juventude. 
· A reação no interior da burocracia estatal: Ministério da Guerra denunciava o conflito de competências provocado pelo modo como se propunha atribuir autoridade à Organização Nacional da Juventude. E assim, o governo estimulou e freou progressiva e definitivamente o projeto.
· Elos do Ministério da Educação ao longo do Estado Novo: aproximação com Exército, acolhimento da ala conservadora da Igreja católica e fortalecimento de uma política educacional mais burocrática e cívica. 
· Militarização da juventude: amor ao dever militar, responsabilidades como soldado, cultivo de valores cívicos.
Nacionalizando o ensino
· Estratégias para a formação do Homem Novo consistia na educação. Obstáculos: a sobrevivência de uma prática regionalista (responder com projeto de padronização de ensino e centralização das atividades escolares) e a presença de núcleos estrangeiros (homogeneizar a população: nacionalizaçãodo ensino, vedado exercícios de atividade política, proibida alta concentração de estrangeiros)
· Grupo alemão dava medo pois eram fiéis a sua nação, mas eram admirados por serem ativos no trabalho.
· Complexo de inferioridade enraizado impedindo à formação da nacionalidade
· Perigo em se ter várias nacionalidades. Estratégia de ação: aproveitar o proletariado nacional como elemento colonizador para ser educado no trabalho em troca de contribuir com o estrangeiro para seu abrasileiramento. 
· Urgência em reformular o ensino primário: unificando-o e nacionalizando-o. 
· Sem a aliança da Igreja, os esforços institucionais seriam em vão. Mas a Igreja estava “apoiando” os estrangeiros, pois buscava ampliar seu espaço de atuação resultando em um conflito entre o nacionalismo do governo e o internacionalismo religioso. Mas ambas perdem se travarem esse conflito.
Reformulando a juventude
· Politização da educação, holismo pedagógico e educação integral. Política e cultura imbricam-se em um programa de socialização para uma democracia totalitária. 
LENHARO: SACRALIZAÇÃO DA POLÍTICA
A militarização do corpo
· Consciência social ao aprimoramento físico: consciência do bem-estar coletivo. Para transformar a sociedade, é necessário repensar o trato do corpo como recurso de se alcançar toda integridade do ser humano. 
· Absolutização da política é transformada no centro ordenador da vida humana que tudo abarca. Tudo é politizado e colonizado por interesses de ordem pública. Assim, o Estado Novo começa a ditar vida privada que torna-se de interesse público. 
· Exaltação do corpo: pedagogia dos corpos (cuidado pessoal com o próprio corpo, práticas higiênicas); práticas cotidianas, exercícios físicos e mudança de hábitos; equilíbrio entre desenvolvimento físico e espiritual > cabe ao Estado ordenar os desequilíbrios, que chega a sugerir intervenção sobre a unilateralidade do trabalho (alternância entre ocupação mental e física).
· Existe alma sem corpo? (Integralismo).
· Autor influenciado por Foucault: forte separação entre o Estado e sociedade. 
· Moralização do corpo pelo exercício físico e sua repercussão no trabalho: aumento da produtividade, homens mais equilibrados e auto suficientes.
· Aperfeiçoamento racial: disciplina dos músculos (miscigenação é positiva, mas tem que embranquecer = racismo científico sutil dos pensadores).
· Relação direta entre raça e nação.
· Avanço na produção de corpos fortes e dóceis (que não se rebelem).
· Medidas eugênicas como em outros países (Alemanha nazista) de normalização da raça: segregação e esterilização. (núcleos estrangeiros?). E o papel das delegacias como repressora. 
· O governo nazista empenha-se na massificação do esporte como recurso de melhoria da saúde do povo e também servia de preparação para o cidadão-soldado.
· Militarização espiritual assegura os atributos de uma regeneração antropo-psíquica: sinergia, solidariedade, intrepidez, obediência, código de conduta, ideal de vitória, senso de superioridade, ambição honesta, perseverança, confiança, consciência. Buscava converter a classe de trabalhadores em soldados da Pátria.
· A positividade do ato de trabalhar se apoia no argumento da dimensão humanizante e regeneradora do trabalho. O homem se encontra no trabalho depositário de seu espírito, da sua vida, e sua humanidade. O trabalho torna a vida fácil, acalma as mágoas e ajuda a suportar os males inevitáveis. 
· Influência católica: a riqueza só é admitida como recompensa justa do labor produtivo (culto religioso do trabalho). A Igreja acolhe o espírito cansado, anima a “massa sofredora”. 
· Estudos dos tempos e movimentos: economia de gestos e movimentos supérfluos para evitar desperdícios e aumentar produtividade. Aniquilamento da condição pessoal do trabalhador, que é um mero executor da tarefa. 
· Thompson e o tempo capitalista = tempo utilizado, consumido e comercializado. 
· Vilas operárias: para diminuir tempo de deslocamento, aumenta produtividade, controle e paternalismo. (Não entra o sindicato e dificilmente se rebelam para não perderem suas casas). São exemplos de higienização física e moral, orientam o cotidiano do trabalhador para o ato de produção. 
· Taylorismo: divisão do trabalho, padronização e estímulos produtivistas resultaram no embrutecimento do trabalhador, submetido ao overexertion, e sua incapacidade para exercer outras funções. (Assim como aconteceu com a nacionalização do ensino que impediu a formação de uma sociedade diversificada). Foi aproveitado visto que é um instrumento técnico despolitizado voltado apenas para a racionalização do trabalho. 
· A exploração do trabalhador e apropriação da riqueza dos capitalistas requere ação de uma força neutra superior a ambas: o Estado protetor. 
· É criado o Serviço de Recreação Operária: cultural, escotismo e desportivo para melhorar o rendimento dos trabalhadores nas fábricas. 
· Trabalhador, raça e brasileiros regenerados. A cooperação é a chave enquanto associada ao esquadrinhamento nacional, o molde final do projeto fascista.

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