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RESUMÃO DE DIREITOS HUMANOS COLETÂNEAS DAS AULAS UNIBRASIL- 9 PERÍODO 1. COMITE CONTRA A TORTURA Composição: 10 especialistas/ peritos que exercerão suas funções a título pessoal e serão eleitos pelos Estados Partes. Atribuições: Os Estados Partes devem submeter ao Comitê relatórios sobre as medidas adotadas, o Comitê ainda recebe informes de organizações não governamentais que apresentam o chamado “relatório sombra” (shadow report) que informa a situação dos direitos protegidos naquele país. O Comitê de Direitos Humanos elabora as chamadas “Observações Gerais” ou “Comentários Gerais”, que contêm a interpretação do Comitê sobre como alcançar o fim da tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. Atualmente, há duas observações gerais, sendo a última emitida em 2007, que considera a proibição da tortura norma de jus cogens. Caso o comitê receba informações que indiquem, que a tortura é praticada sistematicamente no território de um Estado Parte, este será chamado para cooperar no exame da informações, o Comitê pode designar membros para procederem a uma investigação confidencial, que poderá incluir visita ao território desde que o Estado parte concorde. A comunicação interestatal: prevista no art. 21, ocorre quando um Estado acusa outro de não cumprir as obrigações da convenção. Petição individual: prevista no art. 22, traz a possibilidade de reconhecimento, pelos Estados, da competência do Comitê para receber petições individuais (comunicações enviadas por pessoas sob sua jurisdição, ou em nome delas, que aleguem ser vítimas de violação, por um Estado Parte, das disposições da Convenção). O Comitê não poderá receber comunicação anônima, ou que constitua abuso de direito, ou que seja incompatível com as disposições da Convenção. As petições individuais serão analisadas pelo Comitê à luz de todas as informações a ele submetidas pela pessoa interessada, ou em nome dela, e pelo Estado Parte interessado. O Protocolo Facultativo: à Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes foi adotado em 18 de dezembro de 2002. aprovado por meio do Decreto Legislativo n. 483/2006, (o Brasil depositou o instrumento de ratificação em 11 de janeiro de 2007que foi promulgado pelo Decreto n. 6.085, de 19 de abril de 2007). Esse Protocolo, por sua vez, teve por objetivo estabelecer um sistema de visitas regulares de órgãos nacionais e internacionais independentes a lugares onde as pessoas são privadas de liberdade, com o intuito de prevenir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Composto por 37 artigos, divididos em 7 partes 1ª Parte: Princípios gerais: prevê que um Subcomitê de Prevenção da Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes deverá ser criado. Trata-se de Subcomitê do Comitê, que deve desempenhar suas funções no marco da Carta das Nações Unidas e deve ser guiado por seus princípios e propósitos, bem como pelas normas das Nações Unidas relativas ao tratamento das pessoas privadas de sua liberdade. Deve ainda ser guiado pelos princípios da confidencialidade, imparcialidade, não seletividade, universalidade e objetividade. Em nível doméstico, os Estados se comprometem a designar ou manter um ou mais mecanismos preventivos nacionais: órgãos de visita encarregados de prevenir a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes . Os Estados Partes devem permitir as visitas dos dois mecanismos a qualquer lugar sob sua jurisdição onde pessoas são ou podem ser privadas de liberdade, por força de ordem dada por autoridade pública. 2ª Parte: O Protocolo estabelece a composição do Subcomitê de Prevenção, a forma de eleição dos membros e da mesa e o tempo de mandato, composto por 25 membros, deverá ser observada a distribuição geográfica e representação de diferentes formas; 3ª Parte: Determina como deverá ser cumprido o mandato do Subcomitê, mandato de quatro anos, podendo ser reeleito uma vez. 4ª Parte: mecanismos preventivos nacionais. O art. 17 estabelece a obrigatoriedade de o Estado manter, designar ou estabelecer, dentro de um ano da entrada em vigor do Protocolo ou de sua ratificação ou adesão, um ou mais mecanismos preventivos nacionais independentes para a prevenção da tortura em nível doméstico. 5ª Parte: Os Estados Partes poderão fazer uma declaração que adie a implementação de suas obrigações, o que será válido pelo máximo de três anos, que poderão ser estendidos pelo Comitê contra Tortura por mais dois anos; 6ª Parte: Dispõe sobre o financiamento do Subcomitê de Prevenção. As despesas realizadas por ele na implementação do Protocolo serão custeadas pela ONU e, paralelamente, deverá ser estabelecido um Fundo Especial, administrado de acordo com o regulamento financeiro e as regras de gestão financeira das Nações Unidas 2. COMITÊ PARA OS DIREITOS DAS CRIANÇAS: Com criação determinada pela Convenção sobre os direitos da criança, que possui a finalidade de examinar os progressos realizados no cumprimento das obrigações assumidas pelos Estados Parte Competência: Monitorar a implementação da convenção e de seus 3 protocolos facultativos. Tem competência para estabelecer suas próprias regras de procedimento e deve eleger a mesa para um período de dois anos. Composição: Integrado por 10 especialistas de reconhecida integridade moral e competência nas áreas cobertas pela Convenção. Exercem sua função a título pessoal. Relatórios: Estados Partes se comprometam a apresentar ao Comitê, por intermédio do Secretário-Geral das Nações Unidas, relatórios sobre as medidas que tenham adotado com vistas a tornar efetivos os direitos reconhecidos na Convenção e sobre os progressos alcançados no desempenho desses direitos, no prazo de dois anos, a partir da data em que entrou em vigor para cada Estado Parte e, a partir de então, a cada cinco anos. Os relatórios devem indicar as circunstâncias e dificuldades que afetam o grau de cumprimento das obrigações derivadas da Convenção. O Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados e o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança referente à venda de crianças, à prostituição infantil e à pornografia infantil determinam a apresentação de relatórios periódicos por cada Estado Parte ao Comitê sobre os Direitos da Criança, no prazo de dois anos a contar da data da entrada em vigor do Protocolo para aquele Estado Parte, o relatório deverá conter informações abrangentes sobre as medidas adotadas para implementar as disposições do Protocolo. Após sua apresentação do relatório abrangente, o Estado Parte deve incluir nos relatórios que submeter ao Comitê sobre os Direitos da Criança quaisquer informações adicionais sobre a implementação do Protocolo e os demais Estados devem fazê-lo a cada cinco anos. 3. COMITÊ SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Criado pela Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, para avaliar sua implementação. Composição: 18 especialistas independentes (12 inicialmente e 18 quando a Convenção alcançar 60 ratificações), mandato de 4 anos com possibilidade de reeleição. Os membros atuam a título pessoal. Competência: Exame dos relatórios periódicos com envio de recomendação. Exame de petições das vítimas – deliberação. Relatórios: Os Estados Partes devem submeter relatório sobre as medidas adotadas em cumprimento de suas obrigações estabelecidas pela Convenção e sobre o progresso alcançado nesse aspecto, dentro do período de dois anos após a entrada em vigor da presente Convenção para o Estado Parte. Depois, devem ser apresentados relatórios periódicos, ao menos a cada quatro anos, ou quando o Comitê solicitar. Na consideração dos relatórios,o Comitê fará sugestões e recomendações que julgar pertinentes, e os Estados Parte poderão responder ao Comitê com as informações que julgarem pertinentes. Os Estados devem tornar seus relatórios amplamente disponíveis ao público em seus países. Protocolo facultativo: Por meio do Protocolo Facultativo à Convenção, os Estados Partes reconhecem a competência do Comitê para receber e considerar comunicações submetidas por pessoas ou grupos de pessoas, ou em nome deles, sujeitos à sua jurisdição, alegando serem vítimas de violação das disposições da Convenção pelo referido Estado Parte. O Comitê não pode receber comunicação referente a qualquer Estado Parte que não seja signatário do Protocolo. Inadmissível comunicação anônima ou incompatível com as disposições da convenção. 4. COMITÊ CONTRA DESAPARECIMENTOS FORÇADOS Criado pela Convenção da ONU para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado. Composição: 10 especialistas de elevado caráter moral e de reconhecida competência em matéria de direitos humanos, que atuam em sua própria capacidade, com independência e imparcialidade. Eleitos pelos Estados Partes para um mandato de quatro anos, permitida uma reeleição, com base em distribuição geográfica equitativa. Competência: cooperar com todos que se dediquem à proteção de todas as pessoas contra desaparecimentos forçados. A • Consultar os órgãos instituídos por relevantes instrumentos internacionais de direitos humanos, particularmente o Comitê de Direitos Humanos estabelecido pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, a fim de assegurar a consistência de suas respectivas observações e recomendações. • Analisar relatórios sobre as medidas tomadas em cumprimento das obrigações assumidas ao amparo da Convenção, dentro de dois anos contados a partir da data de sua entrada em vigor para o Estado Parte. Emitir comentários, observações e recomendações, que serão comunicados ao Estado Parte, que poderá responder por iniciativa própria ou por solicitação do Comitê. O Comitê pode também solicitar informações adicionais. • Possibilidade de submissão ao Comitê de pedido de busca e localização de uma pessoa desaparecida, em regime de urgência, por familiares ou representantes legais. • O Comitê pode transmitir ao Estado parte para que tome medidas necessárias para localizar e proteger a pessoa. • O Estado pode reconhecer a competência do Comitê para receber petições individuais. • Pode ser reconhecida a Competência para receber comunicações interestatais. • Limitação aos desaparecimentos forçados após a entrada em vigor da convenção • Visitas ao Estado parte. 5. RESUMO DA ATIVIDADE DE MONITORAMENTO INTERNACIONAL PELOS COMITÊS (TREATY BODIES) TREATY BODIES: comitês dos principais tratados universais, criados para monitorar os direitos protegidos. Os comitês não são vinculados entre si, por isso muitas vezes as recomendações podem ser contraditórias entre eles Nove tratados possuem esses comitês que admitem petições individuais, são eles: i) Comitê de Direitos Humanos (via Protocolo Facultativo), neste o Brasil reconheceu o mecanismo de petição individual; ii) Comitê pela Eliminação de Toda Forma de Discriminação Racial (via cláusula de adesão facultativa prevista no próprio tratado), neste o Brasil reconheceu o mecanismo de petição individual: iii) Comitê pela Eliminação de Toda Forma de Discriminação contra a Mulher (via Protocolo Facultativo), neste o Brasil reconheceu o mecanismo de petição individual; iv) Comitê dos Direitos das Pessoas com Deficiência, neste o Brasil reconheceu o mecanismo de petição individual; v) Comitê contra a Tortura (via cláusula de adesão facultativa prevista no próprio tratado), neste o Brasil reconheceu o mecanismo de petição individual e adotou o protocolo facultativo; vi) Comitê sobre os Direitos da Criança (3º Protocolo Facultativo), vii) Comitê do PIDESC (via Protocolo Facultativo); viii) Comitê contra o Desaparecimento Forçado (cláusula facultativa) ix) Comitê sobre a Proteção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e dos Membros de suas Famílias (via cláusula facultativa prevista no próprio tratado). 6. ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA DIREITOS HUMANOS Criação: Criado por meio da Resolução 48/141 da Assembleia Geral da ONU em 1993. Sede principal: Genebra (Palais Wilson). Função: Essencial para aperfeiçoar a coordenação e, consequentemente, a eficiência e efetividade dos diversos órgãos onusianos de proteção de direitos humanos. Deve exercer suas funções pautado no respeito à Carta das Nações Unidas, à Declaração Universal dos Direitos Humanos e a instrumentos internacionais, observando a soberania, a integridade territorial e a jurisdição doméstica dos Estados, e promovendo o respeito e a observância universal dos direitos humanos, como uma preocupação legítima da comunidade internacional. Requisitos: Pessoa de elevada idoneidade moral e integridade pessoal, devendo possuir expertise no campo dos direitos humanos, bem como conhecimento e compreensão das diversas culturas, para realizar suas atribuições de forma imparcial, objetiva, não seletiva e efetiva. Indicado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas e aprovado pela Assembleia Geral, tendo em conta uma alternância geográfica, para um mandato de quatro anos, renovável uma vez por mais quatro; Atribuições: tem onze atribuições de acordo com a resolução 48/1993, mas em resumo, o Alto Comissário deveria ser o “Secretário-Geral” dos direitos humanos na ONU, capaz de angariar recursos administrativos para os demais órgãos de direitos humanos. Deve enviar o relatório anual sobre suas atividades para o Conselho de Direitos Humanos e, por meio do Conselho Econômico e Social, para a Assembleia Geral. 7. COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (COMISSÃO IDH) - Procedimento Bifásico: uma etapa perante a perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Comissão IDH) e uma eventual segunda etapa perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH). -Composição: 7 membros (comissários) de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de direitos humanos. -Eleição: Eleitos por quatro anos e só poderão ser reeleitos uma vez, sendo que o mandato é incompatível com o exercício de atividades que possam afetar sua independência e sua imparcialidade, ou a dignidade ou o prestígio do seu cargo na Comissão. Título pessoal pela Assembleia geral da OEA. -Atribuições: Em relação à Convenção Americana de Direitos Humanos, a Comissão pode receber petições individuais e interestatais contendo alegações de violações de direitos humanos. qualquer pessoa – não só a vítima – pode peticionar à Comissão, alegando violação de direitos humanos de terceiros. A Corte Interamericana só pode ser acionada (jus standi) pelos Estados contratantes e pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 8. A COMISSÃO IDH E O TRÂMITE DAS PETIÇÕES INDIVIDUAIS Provocação e condições de admissibilidade • A Comissão é provocada por meio de uma petição escrita, que pode ser: (i) autoria da própria vítima; (ii) de terceiros, incluindo as organizações não governamentais (demandas individuais); (iii) oriunda de outro Estado; • Condições de admissibilidade da petição individual à Comissão IDH: i) o esgotamento dos recursos locais; ii) ausência do decurso do prazo de seis meses, contados do esgotamento dos recuros internos, para a apresentação da petição; iii) ausência de litispendência internacional, o que impede o uso simultâneo de dois mecanismos internacionais de proteção de direitos humanos; iv) ausência de coisa julgada internacional, o que impede o uso sucessivo de dois mecanismos internacionais de proteção de direitos humanos. • Casos de dispensa da necessidade de prévio esgotamento dos recursos: 1)não existir o devido processo legal para a proteção do direito violado; 2) não se houver permitido à vítima o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou houver sido ele impedido de esgotá-los; 3) houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos (artigo 46.2); 4) o recurso disponível for inidôneo (por exemplo, o recurso não é apto a reparar o dano); 5) o recurso for inútil (por exemplo, já há decisão da Suprema Corte local em sentido diverso) 6) faltam defensores ou há barreiras de acesso à justiça. A conciliação perante a Comissão Após a fase de admissibilidade passa-se a fase conciliatória Caso tenha sido obtida a solução amigável entre a vítima e o Estado infrator, a Comissão elabora seu relatório, contendo os fatos e o acordo alcançado, sendo o mesmo remetido ao peticionário, aos Estados e também ao Secretário-Geral da OEA. As medidas cautelares da Comissão Ocorre a oitiva do Estado antes da edição de medidas cautelares pela Comissão, para prevenir danos irreparáveis ou perecimento de direito. Contudo, em casos de gravidade e urgência, a Comissão ainda pode adotar medidas cautelares sem ouvir o Estado para evitar dano irreparável referente a um caso. O Primeiro Informe e possível ação perante a Corte IDH Constatada a violação de direitos humanos, a Comissão elabora o chamado Primeiro Informe ou Primeiro Relatório, encaminhando-o ao Estado infrator. Cabe ao Estado cumprir as recomendações desse primeiro relatório, que é confidencial. Prazo: 3 meses para solucionar, pode ser prorrogado por mais 3 meses, não podendo alegar a decadência do direito. Se não cumprir: Pode ser submetida a Corte, se o Estado não tiver reconhecido ainda a jurisdição da Corte (ou os fatos e repercussões dos fatos forem anteriores ao reconhecimento, deve a Comissão Interamericana de Direitos Humanos elaborar um segundo informe. Segundo Informe -Público -Este informe também contempla recomendações ao Estado violador, com prazo para que as medidas requeridas sejam efetuadas. -Se não cumprir: A Comissão Interamericana de Direitos Humanos encaminha seu relatório anual à Assembleia Geral da OEA, fazendo constar as deliberações não cumpridas pelos Estados para que a OEA adote medidas para convencer o Estado a restaurar os direitos protegidos. 9. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS Instituição judicial autônoma, não sendo órgão da OEA, mas sim da Convenção Americana de Direitos Humanos. Sede: San José da Costa Rica, podendo a Corte realizar sessões em outros países. - Jurisdição contenciosa e consultiva -pode emitir pareceres ou opiniões consultivas, não vinculantes. Composição: sete juízes, cuja escolha é feita pelos Estados Partes da Convenção, em sessão da Assembleia Geral da OEA, de uma lista de candidatos propostos pelos mesmos Estados. Os juízes da Corte serão eleitos para um mandato de seis anos e só poderão ser reeleitos uma vez. - “juiz ad hoc”: na jurisdição contenciosa, caso o Estado Réu não possua um juiz de sua nacionalidade em exercício na Corte. - Legitimidade ativa: Somente Estados que tenham reconhecido a jurisdição da Corte e a Comissão podem processar Estados perante a Corte Interamericana, os indivíduos dependem da Comissão ou de outro Estado (actio popularis) para que seus reclamos cheguem à Corte IDH. - Legitimidade passiva: Sempre do Estado a Corte IDH não é um Tribunal que julga pessoas. -Funcionamento: Sessões ordinárias e extraordinárias, uma vez que a Corte IDH não é um tribunal permanente. Os períodos extraordinários de sessões deverão ser convocados pelo seu presidente ou por solicitação da maioria dos juízes. A petição inicial e o defensor público interamericano -Após 3 meses de não cumprida as determinações da Comissão, pode acionar o Estado perante a Corte, caso tenha reconhecido sua jurisdição. -A ação é iniciada pelo envio do Primeiro Informe da Comissão à Corte. As vítimas ou seus representantes são intimados a apresentar a petição inicial do processo internacional no prazo de dois meses. -Todas as etapas processuais são focadas nas vítimas e no Estado Réu e, secundariamente, na Comissão como fiscal da lei (custos legis). -Defensor Interamericano: deve representar judicialmente às vítimas sem recursos, a Associação Interamericana de Defensorias Públicas, que possui uma lista de defensores públicos nacionais especializados no sistema interamericano Contestação, exceções preliminares e provas Contestação: prazo de 2 meses O Estado demandado pode não impugnar os fatos e as pretensões, deve já indicar as provas (inclusive as periciais), bem como os fundamentos de direito, as observações às reparações e às custas solicitadas, bem como as conclusões pertinentes. - Deve, apresentar suas exceções preliminares. São exceções preliminares toda a matéria que impeça que a Corte se pronuncie sobre o mérito da causa, como, por exemplo, ausência de esgotamento prévio dos recursos internos. A apresentação de exceções preliminares não suspenderá o procedimento em relação ao mérito, nem aos prazos e aos termos respectivos. - Então deverão ser expostos os fatos, os fundamentos de direito, as conclusões e os documentos que as embasem, bem como o oferecimento de provas. - A Comissão, as supostas vítimas ou seus representantes poderão apresentar suas observações às exceções preliminares no prazo de 30 dias, contado a partir do seu recebimento. Quando considerar indispensável, a Corte poderá convocar uma audiência especial para as exceções preliminares. - Após o contraditório, a Corte decidirá sobre as exceções preliminares, podendo arquivar o caso ou ordenar o seu prosseguimento. -Provas: são admitidos todos os modos de produção previstos também no direito brasileiro, como as provas testemunhais, periciais e documentais. A fase probatória encerra-se com a apresentação de alegações finais escritas pelas vítimas, Estado demandado e também a Comissão. - Amici curiae: A petição escrita do amicus curiae na jurisdição contenciosa poderá ser apresentada a qualquer momento do processo até a data limite de 15 dias posteriores à celebração da audiência de coleta de testemunhos. Se não tiver audiência, após as alegações finais. - Medidas provisórias: É possível em casos de extrema gravidade e urgência, evitar danos irreparáveis às pessoas. A Corte, nos casos sob sua análise, pode agir ex officio ou ainda por provocação das vítimas ou representantes. O Estado deve cumprir as medidas provisórias e informar periodicamente a Corte IDH. Desistência, reconhecimento e solução amistosa O processo perante a Corte IDH pode ser abreviado em três situações: • solução amistosa, que consiste no acordo entre as vítimas e o Estado Réu, fiscalizado pela Corte, que pode – ou não – homologá-lo; • desistência por parte das vítimas, mas a Corte, ouvida a opinião de todos os intervenientes no processo, decidirá sobre sua procedência e seus efeitos jurídicos; • reconhecimento do pedido (total ou parcial), pelo qual o Estado Réu acata as pretensões das vítimas, cabendo à Corte decidir sobre os efeitos do reconhecimento. A sentença da Corte Procedência ou improcedência, parcial ou total, da ação de responsabilização internacional do Estado por violação de direitos humanos. A Corte IDH pode determinar toda e qualquer conduta de reparação e garantia do direito violado, abrangendo obrigações de dar, fazer e não fazer. O Estado deve cumprir integralmente, se não cumprir será enviado relatório a OEA. A Corte IDH exige que o Estado condenado apresente relatórios periódicos de cumprimento da sentença. O recurso cabível: A sentença da Corte IDH é definitiva e inapelável. Só cabe recurso ou pedido de interpretação, semelhante aos nossos embargos de declaração, cujo prazo para apresentação é de noventadias a partir da data da notificação da sentença. Jurisdição consultiva da Corte de IDH - Pareceres consultivos, opiniões consultivas, sobre: i) interpretação da Convenção ou de outros tratados concernentes à proteção dos diretos humanos nos Estados americanos (mesmo os tratados universais, como o Pacto Internacional de Direitos Civis Políticos etc.) ii) Compatibilidade entre qualquer de suas leis internas e os mencionados instrumentos internacionais. Podem solicitar pareceres consultivos: (i) Estados-membros da OEA, (ii) Comissão IDH (que possui pertinência temática universal, podendo pedir parecer sobre qualquer dispositivo da Convenção qualquer tratado de direitos humanos incidente nos Estados Americanos), (iii) outros órgãos da OEA com pertinência restrita a temas de direitos humanos de sua atuação. Podem solicitar pareceres consultivos sobre a compatibilidade de lei interna: Estados- membros da OEA. 10. O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E OS DIREITOS HUMANOS Os Tribunais precursores: de Nuremberg a Ruanda - Artigo 227 do Tratado de Versailles: previa um “tribunal especial; - Em 1937, a Liga das Nações elaborou convenção sobre a prevenção e repressão do terrorismo, que contemplava a criação de um Tribunal Penal Internacional, porém com apenas uma ratificação o tratado nunca entrou em vigor - Em 1945, finalmente um tribunal internacional penal foi criado o Tribunal de Nuremberg. Pelo Acordo celebrado em Londres em 8 de agosto de 1945 foi estabelecido o Tribunal Internacional Militar, tendo como partes originais o Reino Unido, Estados Unidos, União Soviética e França, bem como 19 Estados aderentes. Em 1947, a Comissão de Direito Internacional da ONU foi incumbida de codificar os princípios utilizados em Nuremberg, para consolidar o avanço do Direito Internacional Penal. - O segundo Tribunal internacional da história do século XX foi o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, com sede em Tóquio, criado em 1946 por ato unilateral dos Estados Unidos, potência ocupante, por intermédio do Chefe da Ocupação, General MacArthur, que editou suas regras de funcionamento. -Foi criado pela Resolução n. 827 do Conselho de Segurança de 1993, o Tribunal Penal Internacional para os crimes contra o Direito Humanitário cometidos na ex- Iugoslávia, com o objetivo de processar os responsáveis pelas sérias violações ao direito internacional humanitário cometidas no território da antiga Iugoslávia desde 1991. O Estatuto do Tribunal Internacional Penal para a ex-Iugoslávia (TPII, com sede em Haia) fixou sua competência para julgar quatro categorias de crimes, a saber: graves violações às Convenções de Genebra de 1949; violações às leis e costumes da guerra; crimes contra a humanidade e genocídio. -Em 1994, com a Resolução n. 955, o Conselho de Segurança determinou a criação de um segundo tribunal internacional penal ad hoc, com o objetivo de julgar as graves violações de direitos humanos, em especial genocídio, ocorridas em Ruanda e países vizinhos durante o ano de 1994. O Estatuto de Roma Em 1998 durante Conferência Intergovernamental em Roma (Itália), foi adotado o texto do tratado internacional que cria o Tribunal Penal Internacional (TPI), também chamado de “Estatuto de Roma”. Composto por um preambulo e 13 capítulos com 128 artigos que contém as regras referentes aos crimes, à investigação e processo, à cooperação e execução da pena, bem como ao financiamento das atividades. - Tribunal independente da ONU (diferente dos tribunais ad hoc da ex-Iugoslávia e Ruanda, criados pelo Conselho de Segurança da ONU Composição: quatro órgãos: Presidência, Divisão Judicial, Procuradoria (Ministério Público) e Secretariado (Registry). 18 juízes eleitos pelos Estados Parte, para um mandato de 9 anos- não podem ser reeleitos. Devem ser pessoas de elevada idoneidade moral, imparcialidade e integridade, que reúnam os requisitos para o exercício das mais altas funções judiciais nos seus respectivos países. - Os juízes são divididos em três grandes Seções: o Juízo de Instrução (Pre-Trial Chamber), o Juízo de Julgamento em 1ª Instância (Trial Chamber) e ainda o Juízo de Apelação (Appeal Chamber). - Ministério Público do TPI: Procurador, que atua com independência funcional, como órgão autônomo do Tribunal. Cabe ao Procurador receber comunicações e qualquer outro tipo de informação, devidamente fundamentada, sobre crimes da competência do Tribunal, a fim de os examinar e investigar e de exercer a ação penal junto ao Tribunal. Eleito pela Assembleia dos Estados Partes, mandato de 9 anos não pode ser reeleito. Jurisdição do TPI De acordo com a matéria (ratione materiae) -Crimes de jus cogens: crimes que ofendem valores da comunidade internacional. -Competência: • o genocídio; • os crimes contra a humanidade; • os crimes de guerra; • o crime de agressão, cujo tipo penal só foi acordado em 2010, na Conferência de Kampala, Uganda. -No âmbito espacial, a jurisdição do TPI só pode ser exercida em quatro hipóteses: i) Cometido no território de um Estado Parte; ii) Nacional do Estado Parte; iii) Declaração específica do Estado não contratante (caso o crime tiver ocorrido em seu território ou for cometido por seu nacional); iv) Ausência de quaisquer hipóteses anteriores, ter o Conselho de Segurança adotado resolução vinculante adjudicando o caso ao Tribunal Penal Internacional. -No âmbito temporal: após a entrada em vigor do Estatuto, ou seja, após 1º de julho de 2002. O princípio da complementaridade e o regime jurídico: imprescritível e sem imunidades -É dever de cada Estado exercer a respectiva jurisdição penal sobre os responsáveis por crimes internacionais -Princípio da complementaridade: o TPI não exercerá sua jurisdição caso o Estado com jurisdição já houver iniciado ou terminado investigação ou processo penal, salvo se este não tiver “capacidade” ou “vontade” de realizar justiça. - A jurisdição internacional penal é complementar à jurisdição nacional e só poderá ser acionada se o Estado não possuir vontade ou capacidade para realizar justiça e impedir a impunidade. -O TPI deve verificar a existência de uma ou mais das seguintes circunstâncias: a) intenção evidente do Estado de usar o processo nacional para subtrair a pessoa em causa à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal, gerando impunidade; b) delonga injustificada no processo; c) condução tendenciosa e parcial, ou seja, incompatível com a intenção de fazer justiça; d) eventual colapso total ou substancial da respectiva administração da justiça, que, assim, não está em condições de realizar ou concluir o processo. -Quanto ao regime jurídico dos crimes sujeitos à jurisdição do TPI, cabe notar que: i) Os crimes são imprescritíveis (art. 29). ii) Nenhuma imunidade é admitida (art. 27). Os crimes de jus cogens GENOCÍDIO Ato ou atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. O objeto tutelado é a própria existência do grupo, que é constituído pelos “quatro vínculos”: i) Nacionalidade: grupo composto por pessoas que se reconhecem como membros de uma nação, mesmo que na luta pela independência (caso dos palestinos e curdos). ii) Étnico: grupo que compartilha uma identidade histórica e cultural. iii) Racial: percepção social de traços fenotípicos distintivos. Apesar da inexistência da distinção biológica entre humanos, este item persiste como fenômeno social. iv) Religioso: indivíduos unidos pela mesma fé espiritual. Falta de menção da destruição de grupo político e ainda de grupo social (por exemplo, grupo determinado por sua orientação sexual), que podem ser tipificados na categoria de crimes contra a humanidade CRIMES CONTRA A HUMANIDADE O assassinato, o extermínio,a escravização, deportação e outros atos inumanos cometidos contra a população civil antes da guerra ou durante esta, a perseguição de natureza política, racial ou religiosa na execução daqueles crimes que sejam de competência do Tribunal ou em conexão com eles, constituam ou não uma violação do direito interno do país do cometimento do crime. São vários os atos de violação grave de direitos humanos que foram mencionados como exemplos de crime contra a humanidade no Estatuto de Roma, a saber: i) atos de violação do direito à vida, por meio do homicídio e do extermínio; ii) escravidão, deportação ou transferência forçada de população, prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional; iii) tortura; iv) crimes sexuais e agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável; v) perseguição de um grupo ou coletividade por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito internacional (é o caso da perseguição aos homossexuais); vi) desaparecimento forçado de pessoas e crime de apartheid; vii) existência de uma cláusula aberta que permite que sejam um “crime contra a humanidade” quaisquer atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental. CRIMES DE GUERRA A lista de atos é meramente exemplificativa, seguindo a lógica anterior aplicada no crime de genocídio e nos crimes contra a humanidade. Direito Internacional Humanitário proíbe os meios ou instrumentos de guerra que não sejam estritamente necessários para superar o oponente, bem como veda a conduta que não seja proporcional e dirigida ao combatente adversário. CRIME DE AGRESSÃO O planejamento, início ou execução, por uma pessoa em posição de efetivo controle ou direção da ação política ou militar de um Estado, de um ato de agressão que, por suas características, gravidade e escala, constitua uma violação manifesta da Carta das Nações Unidas O trâmite O início da investigação ocorre por: • Iniciativa (motu proprio) do Procurador; • Por remessa de um Estado Parte ou por declaração específica de Estado não Parte • Por decisão do Conselho de Segurança (que atingirá inclusive os crimes ocorridos em Estados não contratantes). - A remessa da informação pelo Estado não vincula o Procurador; - Caso entenda procedente essa notícia do Estado Parte e ainda nos casos de investigação aberta motu proprio, o Procurador deverá notificar todos os Estados Partes e os Estados que, de acordo com a informação disponível, teriam jurisdição sobre esses crimes. -A notificação pode ser feita confidencialmente, e sempre que seja necessário para proteger pessoas, impedir a destruição de provas ou a fuga, poderá ser limitada. - Um mês após a recepção da referida notificação, qualquer Estado poderá informar o Tribunal de que está procedendo, ou já procedeu, a um inquérito sobre nacionais seus ou outras pessoas sob a sua jurisdição. - No caso da abertura de investigação ex officio, o Procurador deve inicialmente pedir autorização ao Juízo de Instrução.se tiver fundamento, o Juízo de instrução autorizará a abertura do inquérito. - No caso da investigação ser determinada por resolução do Conselho de Segurança (por exemplo, nos casos de Darfur e da Líbia), o Procurador é obrigado a iniciar as investigações. - Quanto ao processamento do feito criminal, o Estatuto do Tribunal dispõe sobre o juiz natural, os direitos do acusado no processo, afirmando em especial a sua presunção de inocência. - A sentença é recorrível, fundada em vício processual, erro de fato, erro de direito, ou qualquer outro motivo suscetível de afetar a equidade ou a regularidade do processo ou da sentença (esse só em benefício do condenado) Penas e ordens de prisão processual - O Tribunal pode impor à pessoa condenada pena de prisão por um número determinado de anos, até o limite máximo de 30 anos; ou ainda a pena de prisão perpétua, se o elevado grau de ilicitude do fato e as condições pessoais do condenado o justificarem. -Multa ou perda de produtos, bens, haveres provenientes do crime - Possibilidade de revisão a favor do sentenciado após 2/3 do seu cumprimento. Nas penas de caráter perpétuo, poderá existir revisão após 25 anos de cumprimento. O TPI e o Brasil Votou a favor do Estatuto do Tribunal Penal Internacional na Conferência de Roma de 1998. Assinou o Estatuto de Roma Mas a CF proíbe a extradição de nacionais e também proibir penas de caráter perpétuo, que foram aceitas pelo Estatuto. - O projeto de lei que recebeu o n. 4.638/2008, que “dispõe sobre o crime de genocídio, define os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e o crimes contra a administração da justiça do Tribunal Penal Internacional, institui normas processuais específicas, dispõe sobre a cooperação com o Tribunal Penal Internacional, e dá outras providências”. O projeto também busca cumprir os deveres impostos ao Brasil em relação aos atos de cooperação com o Tribunal Penal Internacional, divididos em 3: os atos de entrega de pessoas à jurisdição do Tribunal, os atos instrutórios diversos e por último os atos de execução das penas. - Emenda Constitucional n. 45/2004: introduziu o novo § 4º do art. 5º, que dispõe que “o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão”. • O ato de entrega de brasileiro nato Dever do Brasil: o dever do Estado de entrega de indivíduos, caso exista uma ordem de detenção e entrega determinada pelo TPI. Objeção Só é possível a entrega do brasileiro naturalizado na hipótese de ocorrência de crime praticado antes da naturalização. Superação: Não há equiparação possível entre extradição a um Estado estrangeiro e entrega ao TPI. A nacionalidade é óbice somente à extradição, podendo o Brasil promover a entrega de todo indivíduo ao TPI. • A imprescritibilidade dos crimes do TPI e o Brasil Dever do Brasil: De acordo com o Estatuto de Roma, os crimes sujeitos a sua jurisdição são imprescritíveis. Objeção: O Brasil não poderia entregar nenhum indivíduo ao TPI caso o crime do qual ele seja acusado já tenha prescrito, de acordo com a lei brasileira. Superação: Na relação entre o Estado e o TPI deve vigorar o princípio da confiança, sendo dispensável a dupla tipicidade e punibilidade. • A pena de prisão perpétua Dever do Brasil: O Estatuto de Roma prevê que as penas podem ser: 1) de prisão até o limite máximo de 30 anos; ou 2) prisão perpétua. Objeção: O Brasil não poderia colaborar com o TPI e entregar um indivíduo, pois há sempre o risco de imposição da pena de “caráter perpétuo” ao final do processo internacional. Superação: Não se aplica à entrega a vedação da pena de caráter perpétuo existente internamente e nos processos extradicionais à entrega de um indivíduo ao TPI.
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