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MERCADO DE CÂMBIO 
 
 
 
 
 
 
 
As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar 
transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo contraparte 
na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade da transação, 
tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na respectiva 
documentação. 
Esta regra aplica-se, também, às compras e às vendas de moeda estrangeira por pessoas físicas ou 
jurídicas, residentes, domiciliadas ou com sede no País, para fins de constituição de disponibilidade no 
exterior e do seu retorno, bem como às operações de "back to back". 
 
É permitido às pessoas físicas e jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País pagar suas 
obrigações com o exterior: 
a) em moeda estrangeira, mediante operação de câmbio; 
b) em moeda nacional, mediante crédito à conta de depósito titulada pela pessoa física ou jurídica 
residente, domiciliada ou com sede no exterior, aberta e movimentada no País nos termos da legislação e 
regulamentação em vigor; 
c) com utilização de disponibilidade própria, no exterior, observadas, quando for o caso, disposições 
específicas contidas na legislação em vigor, 
 
As operações do mercado de câmbio devem ser realizadas exclusivamente por meio de agentes 
autorizados pelo Banco Central do Brasil para tal finalidade, 
 
O agente autorizado a operar no mercado de câmbio é o comprador ou o vendedor, respectivamente. 
 
Nas remessas de recursos ao exterior, a respectiva mensagem eletrônica deve conter, obrigatoriamente, 
o nome, número do documento de identificação, endereço e número da conta bancária ou CPF/CNPJ do 
remetente da ordem, quando a forma de entrega da moeda pelo remetente não for débito em conta. 
 
A instituição autorizada a operar no mercado de câmbio deve comunicar imediatamente ao beneficiário o 
recebimento de ordem de pagamento em moeda estrangeira oriunda do exterior a seu favor, informando-
o de que pode ser negociada de forma integral ou parcelada. 
 
A taxa de câmbio é livremente pactuada entre os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio ou 
entre estes e seus clientes, podendo as operações de câmbio ser contratadas para liquidação pronta ou 
futura e, no caso de operações interbancárias, a termo, observado que: 
a) nas operações para liquidação pronta ou futura, a taxa de câmbio deve refletir exclusivamente o preço 
da moeda negociada para a data da contratação da operação de câmbio, sendo facultada a pactuação de 
prêmio ou bonificação nas operações para liquidação futura; 
b) nas operações para liquidação a termo, a taxa de câmbio é livremente pactuada entre as partes e deve 
espelhar o preço negociado da moeda estrangeira para a data da liquidação da operação de câmbio. 
 
Sujeita-se às penalidades e demais sanções previstas na legislação e regulamentação em vigor, a 
compra ou a venda de moeda estrangeira a taxas que se situem em patamares destoantes daqueles 
praticados pelo mercado ou que possam configurar evasão cambial e formação artificial ou manipulação 
de preços. 
 
Devem os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio observar as regras para a perfeita 
identificação dos seus clientes, bem como verificar as responsabilidades das partes envolvidas e a 
legalidade das operações efetuadas. 
 
Na operação de venda de moeda estrangeira, o contravalor em moeda nacional deve ser recebido pelo 
vendedor por meio de: 
a) débito de conta de depósito titulada pelo comprador; 
b) acolhimento de cheque de emissão do comprador, cruzado, nominativo ao vendedor e não endossável; 
ou 
Primário: implica na entrada/saída efetiva de moeda estrangeira do país (importação, 
exportação, etc...) 
Secundário: a moeda estrangeira migra de um ativo de um Banco para o outro (operações 
interbancárias). 
 
c) Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou qualquer outra ordem de transferência bancária de 
fundos, desde que emitida em nome do comprador e que os recursos sejam debitados de conta de 
depósito de sua titularidade. 
 
Na operação de compra de moeda estrangeira, o contravalor em moeda nacional deve ser entregue ao 
vendedor por meio de: 
a) crédito à conta de depósito titulada pelo vendedor; 
b) TED ou qualquer outra ordem de transferência bancária de fundos emitida pelo comprador para crédito 
em conta de depósito titulada pelo vendedor; 
c) cheque emitido pelo comprador, nominativo ao vendedor, cruzado e não endossável. 
Excetuam-se as compras e as vendas de moeda estrangeira cujo contravalor em moeda nacional não 
ultrapasse R$ 10.000,00 (dez mil reais), por cliente, podendo nessa situação ser aceito o pagamento ou o 
recebimento dos reais por meio de qualquer instrumento de pagamento em uso no mercado financeiro, 
inclusive em espécie. 
 
Cambio manual: Refere-se às operações que envolvem a compra e a venda de moedas estrangeiras em 
espécie, isto é: quando a troca se efetua com moedas metálicas ou cédulas de outros países. É o caso do 
turista que troca uma nota de cem dólares pelo seu equivalente em reais. 
Cambio sacado: Ocorre quando, na troca, existem documentos ou títulos representativos da moeda. 
Neste tipo de operação, as trocas se processam pela movimentação de uma conta bancária em moeda 
estrangeira. Portanto, o câmbio sacado pode ser entendido como operações que se processam através 
de saques, como: as letras de câmbio ou cambiais, as cartas de crédito ou crédito documentários, as 
ordens de pagamento e os cheques. 
É facultativa a interveniência de sociedade corretora quando da contratação de operação de câmbio de 
qualquer natureza, independentemente do valor da operação, sendo livremente pactuado entre as partes 
o valor da corretagem. 
. As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas pelo Banco 
Central do Brasil a bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de investimento, 
bancos de desenvolvimento, bancos de câmbio, agências de fomento, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. 
 
A posição de câmbio é representada pelo saldo das operações de câmbio (compra e venda de moeda 
estrangeira, de títulos e documentos que as representem e de ouro - instrumento cambial), registradas no 
Sistema Câmbio. 
Comprada: quando a posição está comprada é porque houve mais fechamentos de câmbio de compras 
(exportações, transferências do exterior, turismo no País, cobertura interbancária). Em todas essas 
operações, o Banco é o comprador das moedas estrangeiras e o cliente é o vendedor. Assim sendo, 
o Exportador vende moeda estrangeira ao banco e recebe reais, tudo convertido pela taxa de câmbio da 
contratação. 
Vendida: Quando a posição está vendida é porque houve mais fechamentos de câmbio de vendas 
(importações, transferências para o exterior, turismo no exterior, repasse interbancário). Em todas essas 
operações, o Banco é o vendedor das moedas estrangeiras(dólar, euro, iene, etc) e o cliente é o 
comprador. Dessa forma, quando o importador compra uma máquina no exterior, ele precisa de dólares 
para pagar essa máquina. Então o banco faz-lhe a venda respectiva. Tudo convertido pela taxa de 
câmbio. O importador recebe dólares e entrega reais ao Banco. 
Nivelada: Na posição nivelada, não precisa nem comentar. As compras se igualam, ou quase se igualam 
às vendas. Não há risco. Nem na queda da taxa de câmbio. 
 
Não há limite para as posições de câmbio comprada ou vendida dos bancos e caixas econômicas 
autorizados a operar no mercado de câmbio. 
Não há limite para a posição de câmbio comprada das demais instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, sendo a posição de câmbio vendida limitada a zero. 
Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio: bancos múltiplos; bancos 
comerciais;caixas econômicas; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; bancos de câmbio; 
agências de fomento; sociedades de crédito, financiamento e investimento; sociedades corretoras de 
títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades 
corretoras de câmbio. 
Esses agentes podem realizar as seguintes operações: 
 a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as operações 
previstas para o mercado de câmbio; 
 b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e investimento e agências 
de fomento: operações específicas autorizadas pelo Banco Central; 
 c) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio: 
 
o c1.) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100 mil ou o 
seu equivalente em outras moedas; e 
o c2.) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de banco 
autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior. 
Além desses agentes, o Banco Central também concedia autorização para agências de turismo e meios 
de hospedagem de turismo para operarem no mercado de câmbio. Atualmente, não se concede mais 
autorização para esses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas agências de turismo cujos 
proprietários pediram ao Banco Central autorização para constituir instituição autorizada a operar em 
câmbio. Enquanto o Banco Central está analisando tais pedidos, as agências de turismo ainda 
autorizadas podem continuar a realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira em espécie, 
cheques e cheques de viagem, relativamente a viagens internacionais. 
As instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio podem contratar correspondentes (pessoas 
jurídicas em geral) para a realização das seguintes operações de câmbio: 
 a) execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência unilateral (ex: 
manutenção de residentes, transferência de patrimônio, prêmios em eventos culturais e 
esportivos ) do ou para o exterior, limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados 
Unidos, por operação; 
 b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, bem como 
carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil 
dólares dos Estados Unidos, por operação; e 
 c) recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. 
As operações realizadas pelos correspondentes são de total responsabilidade da instituição contratante. 
A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) também é autorizada pelo Banco Central a realizar 
operações com vales postais internacionais, emissivos e receptivos, para liquidação pronta, não sujeitos 
ou vinculados a registro no Banco Central do Brasil e de até o equivalente a US$50 mil, por operação. 
 
SISCOMEX 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior, criado pelo Decreto n° 660, de 25 de setembro de 
1992, é o sistema informatizado que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle de 
comércio exterior, realizadas pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e pelo 
Banco Central do Brasil (BACEN), órgãos "gestores" do sistema. Participam ainda do SISCOMEX, como 
órgãos "anuentes", no caso de algumas operações específicas, o Ministério das Relações Exteriores, o 
Ministério da Defesa, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento, o Ministério da Saúde, o 
Departamento da Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis – IBAMA, e outros. 
Por intermédio do SISCOMEX, as operações de exportação são registradas e, em seguida, 
analisadas "on line" pelos órgãos "gestores" do sistema (SECEX, SFR e BACEN). 
As empresas exportadoras podem ter acesso ao SISCOMEX diretamente, a partir de seu próprio 
estabelecimento, desde que disponham dos necessários equipamentos e condições de acesso, ou por 
meio de a) despachantes aduaneiros; b) rede de computadores colocada à disposição dos usuários pela 
Secretaria da Receita Federal (salas de contribuintes); c) corretoras de câmbio; d) agências bancárias 
que realizem operações de câmbio; e e) outras entidades habilitadas. 
 
CARTÕES DE CRÉDITO 
É um meio de pagamento eletrônico que possibilita ao cliente adquirir bens ou serviços pelo preço à vista 
nos estabelecimentos credenciados e realizar saques de dinheiro em equipamentos eletrônicos 
habilitados. As compras efetuadas em um certo período são consolidadas em uma única fatura e 
cobradas do cliente. Sobre o valor dos saques em dinheiro incidirá cobrança de encargos. 
O emissor do cartão (administradora) estabelece limite de crédito ao cliente para realização de compras 
ou saques. À medida que o cartão é utilizado, o limite vai sendo comprometido. 
Os bancos podem cobrar basicamente cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de 
crédito, considerados serviços essenciais: anuidade, emissão de segunda via do cartão, pelo seu uso no 
saque em espécie, pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de cobranças 
de produtos e serviços) e no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito. 
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contratação de serviços de envio de mensagem automática 
relativa à movimentação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo 
fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personalizado, e ainda pelo fornecimento 
emergencial de segunda via de cartão de crédito. Esses serviços são considerados “diferenciados” pela 
regulamentação. 
Pode-se pagar um valor inferior ao valor total da fatura, observado que o pagamento mínimo é de 15% do 
seu total. É importante saber que ao não realizar o pagamento total da fatura, o portador estará 
contratando uma operação de crédito, sujeita à cobrança de juros sobre o saldo não liquidado. 
O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No entanto, é importante 
salientar que o cancelamento do contrato não quita ou extingue dívidas pendentes. Assim, deve ser 
buscado entendimento com o emissor do cartão sobre a melhor forma de liquidação da dívida. 
As taxas de juros são aquelas praticadas no mercado, variando de instituição para instituição, não 
detendo o Banco Central atribuição legal para fixá-las ou intervir para alterá-las. 
Portador – pessoa física ou jurídica usuária do cartão que tem um limite de crédito estabelecido pela 
administradora; 
Bandeira – instituição que autoriza o emissor a gerar cartões com sua marca; 
Administradora: vinculada a uma instituição financeira autorizada pela bandeira a emitir cartões de 
crédito com seu nome. 
NÃO É INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. 
Quando há o financiamento, a administradora repassa para um IF. 
Na contratação o usuário dá uma procuração para a adm. “vender” o crédito. 
ATENÇÃO: 
O BACEN pode fiscalizar as administradoras de cartão de crédito se estas forem coligadas a uma 
instituição financeira. 
Acquirer – é a instituição que afilia estabelecimentos ao sistema de cartão da bandeira da qual é 
associada. Tem a função de gerenciar, pagar e dar manutenção aos estabelecimentos afiliados da 
bandeira; 
Ex: Cielo e Rede. 
Estabelecimento – empresa que aceita os cartões; 
Instituição financeira – bancos autorizados pelas bandeira a emitir o cartão. No Brasil, a emissão é feita 
por meio de uma administradora de cartão, constituída pelo banco. 
Gastos feitos no exterior são em dólar e convertidos pela taxa do dólar turismo (flutuante) no pagamento 
da fatura. 
Haverá correção caso ocorra alteração do dólar entre a emissão da fatura e o pagamento. 
PRIVATE LABEL (Marca Privada) 
Um cartão private label é um cartão com crédito pré-aprovado que leva a marca da empresa e que pode 
ser utilizadonos estabelecimentos da rede. Funciona como um cartão de crédito qualquer, com a 
diferença de poder ser administrado pela rede. 
CARTÃO AFINIDADE 
O cartão de afinidade é a parceria entre uma instituição ou fundação e a administradora. O cartão possui 
um apelo e enfoque emocional visando a identificação do cliente com a empresa. O cliente é informado 
quanto e como ele está contribuindo com a empresa. 
EX: Santos F.C.; São Paulo F.C.; APAE; Fundação SOS. 
 
CO-BRANDED 
É uma variação do cartão de afinidade. O cartão de marca compartilhada carrega o logotipo da empresa 
associada e a bandeira, trazendo vantagens específicas para seus associados como, por exemplo: milhas 
áreas e descontos progressivos nas compras. Ex: Ipiranga; Pão de Açucar; Extra. 
 
CRÉDITO RURAL 
 
Recursos destinados ao financiamento agropecuário, com condições especiais definidas pela política 
governamental. 
As linhas de custeio financiam as despesas do dia a dia durante a produção, permitindo recursos para 
utilização em qualquer período da atividade. 
As linhas de investimento permitem a aquisição dos bens indispensáveis à produção e modernização 
da agricultura brasileira, como por exemplo, máquinas e tratores. 
Para a comercialização da produção, as linhas de crédito disponíveis permitem melhor controle do 
fluxo de caixa. Com dinheiro no bolso, a negociação de melhores condições de comercialização de sua 
produção ficam facilitadas. 
 
Beneficiados: produtores agrícolas, cooperativas e agroindústrias. 
A produção e comercialização de safras agrícolas, assim como em outros países, desfrutam de 
subsídios no crédito. 
A normatização do crédito rural é do BACEN, através do Manual de Crédito Rural. Principal (o resumo 
deste Manual encontra-se ao final desta apostila). 
Executor da política agrícola do governo mediante do crédito rural: Banco do Brasil. 
Origem dos recursos p/ aplicação nas operações de crédito rural: 
Controlados: 
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de depósito à vista); 
b) os das Operações Oficiais de Crédito sob supervisão do Ministério da Fazenda; 
c) os de qualquer fonte destinados ao crédito rural na forma da regulação aplicável, quando sujeitos à 
subvenção da União, sob a forma de equalização de encargos financeiros, inclusive os recursos 
administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); 
d) os oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as condições definidas para os recursos 
obrigatórios; 
e) os dos fundos constitucionais de financiamento regional; 
f) os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). 
Não controlados: todos os demais. 
 
MODALIDADES DE FINANCIAMENTOS 
Investimento 
Para bens ou serviços que irão beneficiar vários períodos de produção (safras). São máquinas e 
implementos agrícolas, tratores, armazéns e outros. Os recursos, em geral, são do BNDES, através do 
FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). 
 
1 - São financiáveis os seguintes investimentos fixos: (Res 3.137) 
a) construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes; (Res 3.137) 
b) aquisição de máquinas e equipamentos de provável duração útil superior a 5 (cinco) anos; (Res 3.137) 
c) obras de irrigação, açudagem, drenagem, proteção e recuperação do solo; (Res 3.137) 
d) desmatamento, destoca, florestamento e reflorestamento; (Res 3.137) 
e) formação de lavouras permanentes; (Res 3.137) 
f) formação ou recuperação de pastagens; (Res 3.137) 
g) eletrificação e telefonia rural. (Res 3.137) 
 
2 - São financiáveis os seguintes investimentos semifixos: (Res 3.137) 
a) aquisição de animais de pequeno, médio e grande porte, para criação, recriação, engorda ou serviço; 
(Res 3.137) 
b) instalações, máquinas e equipamentos de provável duração útil não superior a 5 (cinco) anos; (Res 
3.137) 
c) aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras, implementos, embarcações e aeronaves; (Res 3.137) 
d) aquisição de equipamentos empregados na medição de lavouras. (Res 3.137) 
 
 3 - O orçamento pode incluir verbas para: (Res 3.137) 
a) despesas com projeto ou plano (custeio e administração); (Res 3.137) 
b) manutenção do beneficiário e de sua família, salvo quando se tratar de grande produtor (aquisição de 
animais destinados à produção necessária à subsistência, compra de medicamentos, agasalhos, roupas e 
utilidades domésticas, construção ou reforma de benfeitorias e outros gastos indispensáveis ao bem-estar 
familiar); (Res 3.137) 
c) recuperação ou reforma de máquinas, tratores, embarcações, veículos e equipamentos, bem como 
aquisição de acessórios ou peças de reposição, salvo se decorrente de sinistro coberto por seguro. (Res 
3.137) 
 4 - As máquinas, tratores, veículos, embarcações, aeronaves, equipamentos e implementos financiados 
devem destinar-se especificamente à agropecuária. (Res 3.137) 
Nas operações de investimento, o limite de crédito é de R$385.000,00 (trezentos e oitenta e cinco 
mil reais), por beneficiário/ano safra, em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), 
independentemente dos créditos obtidos para outras finalidades. Esse limite pode ser elevado 
para até R$1.000.000,00 (um milhão de reais) por beneficiário, observadas condições específicas.. 
 
 
Custeio 
Para preparação do solo, plantio e manutenção das lavouras até a colheita. Inclui aquisição de adubos, 
sementes, defensivos, etc. Os vencimentos dos empréstimos são coincidentes com as épocas de 
comercialização das safras. 
O limite de crédito de custeio rural, por beneficiário, em cada safra e em todo o Sistema Nacional de 
Crédito Rural (SNCR), é de R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), devendo ser considerados, 
na apuração desse limite, os créditos de custeio tomados com recursos controlados, exceto aqueles 
tomados no âmbito dos fundos constitucionais de financiamento regional.

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