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Essas complicações podem ser classificadas em: gastrintestinais, metabólicas, mecânicas, infecciosas, respiratórias, psicológicas. ♥ Gastrintestinais (náuseas, vômitos, estase gástrica, RGE, distensão abdominal, cólica, etc). ♥ Metabólica (hiperidratação, desidratação, hiperglicemia, hipoglicemia, anormalidade de eletrólitos). - A hipoglicemia pode acontecer mesmo quando o paciente está se alimentando quando a oferta de nutrientes é insuficiente, neste caso, baixo aporte de carboidrato ♥ Mecânicas (erosão nasal e necrose, abcesso septonasal, sinusite aguda, rouquidão, otite, faringite, esofagite, ulcera esofágica, ruptura de varizes esofágicas, obstrução da sonda, saída da sonda). - O abcesso septo nasal corre quando a sonda fica posicionada por longas datas (utilização da sonda por 3 a 5 meses, por exemplo). ♥ Infecciosas (gastroenterites por contaminação microbiana no preparo, nos utensílios e na administração da fórmula). - A diarreia é uma complicação gastrointestinal, porém quando há presença de microrganismos nas fezes, ela será considerada uma complicação infecciosa. ♥ Respiratórias (aspiração pulmonar com pneumonia infecciosa), ♥ Psicológicas (ansiedade, depressão, falta de estímulo ao paladar). Muito comum em pacientes em uso de terapia, principalmente em pacientes idosos. Controle de Náuseas e vômitos na vigência de TNE ♥ Verificar se a causa de náuseas e vômitos é de origem da alimentação, se não for, o médico deve ser acionado. ♥ Intolerância a lactose: usar fórmula isenta de lactose. ♥ Excesso de gordura: Lipídio não deve exceder 30% do VCT ♥ Infusão rápida: iniciar com baixo volume e evoluir gradativamente. ♥ Solução hiperosmolarmolar: usar fórmula isotônica. ♥ Estase Gástrica: Reduzir volume, usar drogas gastrocinéticas. ♥ Refluxo Gastroesofágico: Suspender a dieta até que se identifique o problema. Considerar o reposicionamento da sonda. Algumas Observações ♥ Rápida infusão: pode acontecer na administração por bôlus ou intermitente, fazendo com que o volume que entra no trato digestivo seja excessivo e muito rápido. ♥ Estase gástrica: drogas gastrocinéticas são as que estimulam o peristaltismo. ♥ RGE: em caso de presença de vômitos e refluxos, ocorre a suspensão da dieta. - Depois disso, deve reiniciar a dieta com volume mais baixo, dependendo do protocolo do hospital em questão. Etiologia e controle da diarreia na vigência de TNE ♥ A diarreia é extremamente comum nos hospitais, é considerada quando ocorre mais de 3 evacuações de fezes aquosas. ♥ Em casos de diarreia, seguir algumas recomendações: Possíveis Causas: ♥ Infusão rápida da dieta: reduzir a infusão da dieta. ♥ Dietas em baixas temperaturas (como a alimentação vai direto para o estômago, não há todo o processo de conversão da temperatura pelo processo de digestão): seria necessário suspender a dieta e aquecer em temperatura ambiente. - Em caso de sistema aberto: normalmente já chega ao paciente em temperatura ambiente, caso a dieta tenha sido produzida com antecedência, o armazenamento e mantimento da dieta é por meio da refrigeração .- Sistema fechado: mantido em temperatura ambiente. - Dieta parenteral: conservada na geladeira, administração em temperatura ambiente. ♥ Contaminação bacteriana: controlar regularmente a qualidade bacteriológica e substituir por outra dieta. - Se for sistema aberto: identificar em qual etapa a dieta foi contaminada. - Se for sistema fechado: acionar a empresa fornecedora da dieta. ♥ Sonda duodenal ou jejunal (maior ocorrência de diarreia): reposicionar a sonda para nível gástrico para menor probabilidade desta ocorrência. - Caso esta relocação da sonda não seja possível, é necessário reduzir o volume da dieta, modificar a osmolaridade da fórmula, identificar se a fórmula possui excesso de lipídeos, etc. ♥ Dieta sem fibras: modificar para dieta com fibras solúveis. - Se não houver dieta com fibras no hospital, pode-se pensar na administração do módulo de fibras (fibra exógena) por meio do segundo lúmen da sonda. ♥ Solução hiperosmolar: trocar por uma dieta menos osmolar (fórmula isotônica ou hipertônica diluída) e reduzir a velocidade de infusão. ♥ Diarreia intensa e de difícil controle: suspender a dieta por 12h e tentar reiniciar com baixo volume, além da utilização de antidiarreicos. - Não se preconiza mais suspender a dieta em paciente com diarreia não intensa, porque o paciente com diarreia desnutri, então o não oferecimento adequado da dieta pode contribuir para este processo de desnutrição (além de poder estar deixando de ajudar o controle desta diarreia por meio da alimentação). - Redução do volume da dieta: a evolução da dieta é feita com 12h/24h (avaliando sempre as tolerâncias do paciente para identificar se a evolução pode ocorrer ou não). ♥ Checar histórico de ritmo intestinal do paciente: às vezes o paciente pode ter acúmulo de volume fecal por conta de forte obstipação anterior e, com o uso de laxativos, as fezes saíram em grande quantidade, logo, isso não é caracterizado como um quadro de diarreia e não há necessidade de suspensão da dieta. ♥ Checar quais as medicações que o paciente está utilizando para saber se a diarreia está ocorrendo por conta da alimentação ou do medicamento: alguns antibióticos têm mais tendência a causar diarreia, como os antibióticos (ATB), os laxativos e os procinéticos. ♥ No caso dos laxativos, se o paciente está com fezes normais ou liquefeitas, não tem por que continuar o uso (o uso sem necessidade pode evoluir o quadro para uma diarreia). ♥ Em relação a dieta, verificar: volume de infusão, gotejamento, tipo de fórmula (quantidade e tipo de CHO, PTN, LIP, FIB e osmolalidade). Além de verificar se o paciente possui intolerância a lactose, etc. Controle da obstipação e distensão abdominal na vigência de TNE ♥ Onde as defecações são pouco frequentes ou de difícil passagem. Possíveis causas da obstipação: ♥ Diminuição do peristaltismo: muito comum em pacientes acamados (já que uma pessoa quedeambula e pratica atividades físicas diárias possui uma tendência a possuir um melhor ritmo intestinal) e neurológicos (que possuem AVC ou Alzheimer, por exemplo) tendo como solução uso de dietas ricas em fibras ou uso de laxativos. ♥ Desidratação: administração de água após as dietas. - Paciente com infusão contínua: a água pode ser suplementada a partir do segundo lúmen da sonda. - Paciente com método intermitente: entre uma dieta e outra, ofertar um maior aporte de líquidos. ♥ Medicamentos: mudar medicação, se possível, ou utilizar laxativos. - Nem sempre tem como mudar o medicamento, é necessário identificar a tolerância do paciente e as outras questões do paciente (avaliação feita pelo médico). - Possíveis causas em caso de cólicas, empachamento e distensão abdominal: ♥ Grande volume da dieta: promover redução do volume com posterior aumento gradual. - Às vezes acontece redução da oferta nutricional do paciente por consequente redução do volume da dieta, para que ele pare de sentir esse desconforto, que no momento é o mais importante. ♥ Se administração em bôlus for feita de forma rápida infusão: pode-se tentar fazer a administração por meio do gotejamento intermitente, aumentando o espaçamento de tempo da oferta da dieta. ♥ Rápida infusão da dieta (mesmo em dieta intermitente): reduzir o gotejamento. - Em caso de problemas de volume de oferta, pode-se ter como alternativa colocar a administração por bomba de infusão. ♥ Intolerância a lactose: substituir a fórmula por uma fórmula isenta. Monitoramento da TNE A acreditação hospitalar fez com que todos os hospitais estabelecessem padrões de atendimento e monitoramento dos pacientes (controle de indicadores de qualidade). ♥ Monitorar: seguir todos os passos para evitar que certos problemasaconteçam ou, uma vez que o problema aconteça, a definição da solução seja rápida. ♥ Observar se as rotinas de prescrição, liberação, liberação e instalação estão sendo obedecidas. ♥ Observar alcance dos objetivos: definir instrumentos para monitorar o trabalho da equipe (recuperação de peso, melhorar estado fisiológico, recessão da doença, etc.) ♥ Quantificar mudança ponderal. ♥ Avaliar composição corporal. ♥ Normalmente o hospital estabelece um dia para realização da avaliação nutricional e antropométrica dos pacientes, a fim de observar o alcance desses objetivos e quantificar as mudanças. ♥ Acompanhar bioquímicos. ♥ Comparar ofertado com o ingerido (controle de ingestão alimentar). ♥ Observar sinais de intolerância: diarreia, distensão abdominal, obstipação, resíduo gástrico elevado, etc. Controle de indicadores de qualidade ♥ Frequência de jejum em pacientes em TNE: jejum sem necessidade que pode levar o paciente à desnutrição ou exames e atividades que precisem de desligamento da dieta, onde o volume programado de dieta não é inteiramente ofertado no dia. ♥ Sobra de dietas enterais: o paciente não recebe o valor nutricional programado no tempo delimitado (identificar o porquê e ser justificado). ♥ Comparação entre o prescrito e recebido: avaliar se o paciente possuiu alguma perda nutricional por não utilização completa da dieta programada e identificar o porquê que ele não recebeu o total desta dieta. ♥ Frequência da recuperação da ingestão oral em pacientes em TN: quantos pacientes receberam alta se alimentando pela boca (quanto mais, melhor).
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