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03 Gestão de Resíduos

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SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 - BREVE RELATO .................................................................................. 2 
UNIDADE 2 - POLUIÇÃO ........................................................................................... 3 
2.1 TIPOS DE POLUIÇÃO .......................................................................................... 4 
2.1.1 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA ................................................................................... 5 
2.1.2 POLUIÇÃO HÍDRICA .......................................................................................... 11 
2.1.3 POLUIÇÃO DO SOLO ......................................................................................... 13 
2.1.4 POLUIÇÃO SONORA.......................................................................................... 14 
2.1.5 POLUIÇÃO TÉRMICA ......................................................................................... 15 
2.1.6 POLUIÇÃO LUMINOSA ....................................................................................... 15 
2.1.7 POLUIÇÃO RADIOATIVA ..................................................................................... 15 
2.2 A POLUIÇÃO E A LEGISLAÇÃO ...................................................................... 16 
2.3 O DIREITO DE POLUIR ...................................................................................... 19 
UNIDADE 3 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS RESÍDUOS ................................. 22 
3.1 CLASSIFICAÇÃO, ORIGEM E CARACTERÍSTICAS ........................................ 23 
3.1.1 CLASSIFICAÇÃO DO LIXO .................................................................................. 23 
3.1.2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LIXO .................................................................. 25 
3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS......................................................................................... 26 
3.3 RESÍDUOS GASOSOS ....................................................................................... 28 
3.4 RESÍDUOS LÍQUIDOS ....................................................................................... 28 
3.5 RESÍDUOS TÓXICOS......................................................................................... 29 
3.6 RESÍDUOS HOSPITALARES ............................................................................. 32 
UNIDADE 4 - CLASSES DOS RESÍDUOS............................................................... 36 
4.1 RESÍDUOS E DESTINOS ................................................................................... 37 
4.2 RESOLUÇÃO CONAMA N° 275 DE 25 DE ABRIL 2001 ................................... 38 
4.3 MAIS LEGISLAÇÃO APLICADA ....................................................................... 40 
UNIDADE 5 - INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RESÍDUOS ...................................... 42 
5.1 EXEMPLOS DE OPERAÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS ........................... 46 
UNIDADE 6 - COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS .......................... 49 
6.1 ATERROS ........................................................................................................... 49 
6.2 INCINERAÇÃO ................................................................................................... 53 
6.3 COMPOSTAGEM ............................................................................................... 57 
6.4 RECICLAGEM .................................................................................................... 65 
6.4.1 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV) E RECICLAGEM ............................................. 67 
6.4.2 TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS ....................................................... 68 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73 
 
 
 
 
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
UNIDADE 1 - BREVE RELATO 
 
Tem-se escrito à exaustão sobre a preocupação das nações com o meio 
ambiente. Por exemplo, nos dias de hoje estão em pauta assuntos como o Protocolo 
de Kioto sobre a redução de emissões de gases e o debate sobre a modesta 
proposta norte-americana de cumprimento das recomendações daquele protocolo. 
Notícias têm revelado diariamente, também, o alto grau de poluição dos mares, 
grande parte motivada pelas águas dos rios que neles desembocam. 
Muitas fontes de poluição existem e passam despercebidas até de órgãos 
governamentais de defesa ambiental. E, por menores que possam ser essas fontes, 
grandes males podem causar ao meio ambiente ao longo do tempo. Estamos 
falando, por exemplo, de resíduos gerados em laboratórios de pesquisa, laboratórios 
de rotina, hospitais, indústrias e até mesmo em instituições educacionais, resultantes 
de experimentos, análises, subprodutos de reações químicas e microbiológicas e de 
aulas práticas. 
 
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3
 
UNIDADE 2 - POLUIÇÃO 
 
A poluição pode ser considerada a liberação de elementos, radiações, 
vibrações, ruídos e substâncias ou agentes contaminantes em um ambiente, 
prejudicando os ecossistemas biológicos ou os seres humanos. Mesmo produtos 
relativamente benignos da atividade humana podem ser considerados poluentes, se 
eles precipitarem efeitos negativos posteriormente. Os óxidos de nitrogênio (Óxidos 
de azoto) produzidos pela indústria, por exemplo, são frequentemente citados como 
poluidores, embora a própria substância não seja prejudicial. Na verdade, é a 
energia solar (luz do Sol) que converte esses compostos em substâncias poluentes. 
Muitas vezes, depende-se do contexto para classificar um fenômeno como 
poluição ou não. Surtos descontrolados de algas e a resultante asfixia de lagos e 
baías são considerados poluição quando são alimentados por nutrientes vindos de 
dejetos industriais, agrícolas ou residenciais. 
A Lei n.º 6.938/81, art. 3º, III define poluição como “a degradação da 
qualidade ambiental resultante de atividade que direta ou indiretamente: 
 prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população; 
 criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
 afetem desfavoravelmente a biota; 
 afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
 lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos”. 
 
Hely Lopes Meirelles define poluição como “toda alteração das propriedades 
naturais do meio ambiente, causada por agente de qualquer espécie prejudicial à 
saúde, à segurança ou ao bem-estar da população sujeita aos seus efeitos” (Direito 
Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 1990, p.164). 
Define ainda José Afonso da Silva que a poluição “é o modo mais pernicioso 
de degradação do meio ambiente natural. Atinge mais diretamente o ar, a água e o 
solo, mas também prejudica a flora e a fauna (...)” (Direito Ambiental 
Constitucional. Malheiros Editores, 1994, p.10). 
A poluição possui várias fontes, dentre as quais podemos destacar: 
 esgoto; 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
4
 
 resíduos sólidos; 
 resíduose emissões industriais; 
 lixo radioativo; 
 agrotóxicos; 
 extração e tratamento de minerais; 
 veículos automotores. 
 
A perda da biodiversidade está intimamente ligada ao intenso desmatamento 
de florestas e à poluição ocasionada pelas queimadas. As madeireiras, que retiram a 
madeira de forma predatória, sem promover programas de reflorestamento, 
principalmente nos países do hemisfério sul, onde se situam as florestas tropicais e 
os grandes projetos agropecuários baseados na monocultura e na criação de gado 
são os principais causadores do desmatamento. Segundo dados de órgãos ligados 
às Nações Unidas, aproximadamente 50% das florestas tropicais do planeta já foram 
perdidos. A redução dessas áreas, nas mais diversas regiões, apresenta riscos 
significativos para o principal banco genético da Terra. As formas inadequadas de 
aproveitamento econômico das florestas têm levado à esterilização dos solos, 
alterações climáticas, tal como o aparecimento de secas prolongadas, e ao aumento 
de catástrofes naturais, como furacões e enchentes. 
 
2.1 Tipos de Poluição 
O termo poluição também pode se referir a ondas eletromagnéticas ou 
radioatividade. Uma interpretação mais ampla do termo deu origem a ideias como 
poluição sonora, poluição visual e poluição luminosa. No caso da poluição sonora, 
esta é o efeito provocado pela difusão do som em grande quantidade, muito acima 
do tolerável pelos organismos vivos, através do meio ambiente. Dependendo de sua 
intensidade causa danos irreversíveis em seres vivos. A aviação civil é uma das 
maiores fontes de poluição sonora nas grandes cidades. Veremos abaixo, os tipos 
de poluição comumente encontrados na atualidade. 
 
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2.1.1 Poluição Atmosférica 
A poluição atmosférica resulta da emissão crescente de gases poluentes, 
provocam uma degradação dos ecossistemas devido aos depósitos de azoto e 
substâncias ácidas, não respeita fronteiras, por isso se trata de um problema local e 
transfronteiriço. Este tipo de poluição pode dar origem ao efeito estufa, alterações 
climatéricas, diminuição da qualidade do ar, problemas de saúde nos seres vivos 
como diversas doenças respiratórias, diversos tipos de cancros, etc. 
A atmosfera do planeta é uma exceção na medida em que é dos raros 
recursos naturais que é compartilhado pelo mundo inteiro. Pelo que os efeitos 
negativos sobre esta são globalmente sentidos. 
Tendo em vista que os problemas que advêm da atmosfera representam 
perigo para os organismos, têm-se desenvolvido vários estudos sobre o efeito estufa 
e a consequente 
destruição da camada de 
ozônio, a formação das 
chuvas ácidas e outros 
fenômenos que contribuem 
grandemente para a 
poluição atmosférica. 
A poluição do ar é a 
principal responsável pelo 
efeito estufa e está por 
detrás de inúmeros problemas ambientais e de saúde. 
Para se agir adequadamente contra a poluição atmosférica é necessário: 
 Medir e conhecer a concentração dos poluentes no ar; 
 Definir as fontes poluentes; 
 Definir a qualidade do ar; 
 Analisar os valores limite; 
 Observar a evolução da qualidade do ar; 
 Planejar ações que promovam melhor qualidade do ar, tais como: reordenar 
atividades socioeconômicas, localizar fontes poluentes, alterar o percurso rodoviário 
e reduzir as emissões de poluentes atmosféricos. 
 
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6
 
O desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo um 
aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. O acréscimo das 
concentrações atmosféricas destas substâncias, a sua deposição no solo, nos 
vegetais e nos materiais é responsável por danos na saúde, redução da produção 
agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras de arte e, de uma 
forma geral, origina desequilíbrios nos ecossistemas. 
Em geral, os problemas de qualidade do ar não afetam o território de uma 
forma sistemática, encontrando-se localizados em algumas áreas onde é maior a 
concentração urbana e a presença de grandes unidades industriais. 
No entanto, a poluição do ar, devido às características da circulação 
atmosférica e a permanência de alguns poluentes na atmosfera por largos períodos 
de tempo, apresenta um caráter transfronteira e é responsável por alterações no 
planeta, o que obriga à conjugação de esforços em nível internacional. 
São deste modo, exigidas ações para prevenir ou reduzir os efeitos da 
degradação da qualidade do ar o que já foi demonstrado ser compatível com o 
desenvolvimento industrial e social. A gestão da qualidade do ar envolve a definição 
de limites de concentração dos poluentes na atmosfera, a limitação de emissão dos 
mesmos, bem como a intervenção no processo de licenciamento, na criação de 
estruturas de controle da poluição em áreas especiais e apoios na implementação 
de tecnologias menos poluentes. 
Sobre a saúde humana a poluição atmosférica afeta o sistema respiratório 
podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crônicas tais como a asma, 
bronquite crônica, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, doenças do coração 
e cancro do pulmão. 
Os poluentes atmosféricos podem afetar a vegetação por duas vias: via direta 
e via indireta. Os efeitos diretos resultam da destruição de tecidos das folhas das 
plantas provocados pela deposição seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou pelo 
ozônio, refletindo-se na redução da área fotossintética. Os efeitos indiretos são 
provocados pela acidificação dos solos com a consequente redução de nutrientes e 
liberação de substâncias prejudiciais às plantas, resultando numa menor 
produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e doenças. 
 
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Os efeitos negativos dos poluentes nos materiais resultam da abrasão, 
reações químicas diretas ou indiretas, corrosão eletroquímica ou devido à 
necessidade de aumentar a frequência das ações de limpeza. As rochas calcárias 
são as mais afetadas nomeadamente pela acidificação das águas da chuva. 
Os odores são responsáveis por efeitos psicológicos importantes estando 
associados, sobretudo, aos locais de deposição e tratamento de resíduos sólidos e a 
algumas indústrias de que são exemplos as fábricas de pasta de papel e usinas 
sucroalcooleiras. 
 
Fontes Poluidoras 
Em nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades Industriais 
e de Produção de Energia como a geração de energia elétrica, as refinarias, fábricas 
de pasta de papel, siderurgia, cimenteiras e indústria química e de adubos. A 
utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável pela maior 
parte das emissões de SOx e CO2 contribuindo, ainda, de forma significativa para as 
emissões de CO e NOx. O uso de solventes em colas, tintas, produtos de proteção 
de superfícies, aerossóis, limpeza de metais e lavanderias é responsável pela 
emissão de quantidades apreciáveis de compostos orgânicos voláteis (COV). 
Existem outras fontes poluidorasque, em certas condições, podem se revelar 
importantes, tais como: 
 A queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita muitas 
vezes, em situações incontroladas. A queima de resíduos de explosivos, resinas, 
tintas, plásticos, pneus é responsável pela emissão de compostos perigosos; 
 Os incêndios florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões 
significativas de CO2; 
 O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária são os 
principais contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e N2O; 
 As indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e áreas em 
construção, são fontes importantes de emissões de partículas. 
 
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Fontes Móveis 
As fontes móveis, sobretudo os transportes rodoviários, são uma fonte 
importante de poluentes, essencialmente devido às emissões dos gases de escape, 
mas também como resultado da evaporação de combustíveis. São os principais 
emissores de NOx e CO, importantes emissores de CO2 e de COV, além de serem 
responsáveis pela emissão de poluentes específicos como o chumbo. 
 
Acidificação 
Poluentes como o SO2 e o NOx são os principais responsáveis pelo problema 
da acidificação. Em contato com a água transformam-se em ácidos sulfúrico e 
nítrico, os quais dissolvidos na chuva e na neve atingem os solos sob a forma de 
sulfatos (SO4
2-), nitratos (NO3
-) e íons de Hidrogênio (H+) - deposição úmida. No 
entanto o SO2 e os NOx podem ser depositados diretamente no solo ou nas folhas 
das plantas como gases ou associados a poeiras - deposição seca. A acidez é dada 
pela concentração de (H+) liberados pelos ácidos e é normalmente indicada pelos 
valores de pH. 
 
Efeito Estufa 
A temperatura da troposfera é pouco afetada pela radiação solar direta, a que 
é relativamente transparente, aquecendo, sobretudo como resultado da absorção 
das radiações de grande comprimento de onda emitidas pela superfície terrestre. A 
absorção da radiação terrestre é efetuada por diversos compostos de que se 
salienta o CO2, mas também o CH4, Ozônio, N2O e os CFC. Estes funcionam assim 
como os vidros de uma estufa, deixando passar a radiação solar que aquece o solo 
e retendo a radiação terrestre. É por esta razão que o acréscimo na concentração 
destes poluentes poderá ter como reflexo o aumento da temperatura do ar. O 
aumento da temperatura do globo terá como consequências prováveis o aumento 
das áreas desérticas bem como o degelo das calotas polares com a consequente 
subida do nível das águas dos oceanos. 
Foram registrados nos últimos anos aumentos da concentração atmosférica 
de CO2, numa amplitude que ultrapassa as oscilações do último milênio e de que as 
 
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principais causas serão o aumento de uso de combustíveis fósseis e o 
desmatamento. 
O reconhecimento por parte da Comunidade Internacional, da grande 
importância da estabilização dos gases com efeito estufa em níveis que não afetem 
o sistema climático global, levou à adoção da Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre as alterações climáticas, que entrou em vigor a 21 de Março de 1994. 
 
Redução da Camada de Ozônio 
A presença do ozônio na estratosfera (entre 20 e 40 km de altitude) funciona 
como uma barreira para a radiação ultravioleta, tornando-se assim essencial para a 
manutenção da vida na superfície terrestre. Desde os anos 70 que se tem medido a 
redução da concentração de ozônio em locais específicos da atmosfera ("buracos do 
ozônio" nas regiões Antártica e Ártica) e de uma forma geral em todo o planeta. 
É reconhecido que as emissões, à escala mundial de certas substâncias, 
entre as quais se contam os hidrocarbonetos clorofluorados (CFC's) e os 
Halogênios, podem deteriorar a camada de ozônio, de modo a existir risco de efeitos 
nocivos para a saúde do homem e para o ambiente em geral. Atentos a esta 
problemática mais de cem países já ratificaram a Convenção de Viena para a 
proteção da camada de ozônio e o Protocolo de Montreal sobre as substâncias que 
deterioram a camada de ozônio. Este Protocolo estabelece o controle da produção e 
consumo de cerca de 90 substâncias regulamentadas. 
 
Medidas de Controle da Poluição Atmosférica 
Para reduzir a concentração dos poluentes atmosféricos são necessárias 
tanto medidas preventivas como corretivas, assumindo a informação um papel 
fundamental na mobilização dos cidadãos. Entre os principais meios de intervenção 
disponíveis contam-se: 
 Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente; 
 Definição de normas de emissão; 
 Licenciamento das fontes poluidoras; 
 Incentivo à utilização de novas tecnologias; 
 
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 Utilização de equipamento de redução de emissões (por exemplo, os 
catalisadores nos automóveis e a utilização de equipamento de despoluição de 
efluentes gasosos nas indústrias); 
 Controle dos locais de deposição de resíduos sólidos, impedindo os incêndios 
espontâneos e a queima de resíduos perigosos; 
 Utilização de redes de monitoramento da qualidade do ar; 
 Incentivo à permanência de florestas naturais; 
 Estabelecimento de Planos de Emergência para situações de poluição 
atmosférica graves; 
 Criação de serviços de informação e de auxílio às populações sujeitas ou 
afetadas pela poluição atmosférica. 
 
Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente 
Os valores limite de concentração de poluentes atmosféricos definem níveis 
de concentração de poluentes no ar ambiente necessários (com uma determinada 
margem de precaução) para proteger a saúde pública. Atualmente, em vários países 
do mundo, existem limites para SO2, Partículas em Suspensão, NO2, CO, Chumbo e 
Ozônio. 
 
Normas de emissão e licenciamento 
Destinam-se a ser aplicadas pelas fontes pontuais, sobretudo industriais, bem 
como pelas fontes móveis, sobretudo os veículos automotores. Na maior parte dos 
países existem limites de emissão de aplicação geral e específicos para diversos 
tipos de indústrias e para diversos poluentes. 
As normas de emissão estão intimamente relacionadas com o licenciamento 
das atividades produtivas. O processo de licenciamento deverá ter em consideração 
a realização do Estudo de Impacto Ambiental, sendo aconselhável a utilização das 
melhores técnicas disponíveis para minimizar as emissões para a atmosfera. 
 
Incentivo à utilização de novas tecnologias 
Uso de tecnologias limpas envolvendo tanto as fontes pontuais como as 
fontes móveis se dá por meio de: 
 
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 Redução dos consumos de energia através da sua utilizaçãomais 
racional ou de utilização de outras fontes de energia alternativas 
responsáveis por menores emissões de CO2 e de outros poluentes; 
 Utilização de combustíveis que reduzam as quantidades de poluentes 
emitidos (dessulfuração de derivados de petróleo ou utilização de 
gasolina sem chumbo, por exemplo); 
 Substituição de compostos nocivos, tais como os CFC e alguns 
solventes, por outros inócuos ou de menores inconvenientes; 
 Utilização de tecnologias geradoras de menores quantidades 
poluentes. 
 Diminuta utilização de produtos com Clorofluorcarbonetos ou em 
abreviado CFC`s, prejudiciais à camada de ozônio. 
 
2.1.2 Poluição Hídrica 
Quando a quantidade de lixo é maior do que a quantidade de depuração da 
água, dizemos que a água está poluída. 
Poluição das águas é um tipo de poluição causado pelo lançamento de 
esgoto residencial ou industrial não tratado em cursos de água (rios, lagos ou 
mares) ou ainda pelo lançamento de fertilizantes agrícolas, em quantidade 
demasiada alta que o corpo da água não pode absorver naturalmente. A poluição 
altera as características da água enquanto a contaminação pode afetar a saúde do 
consumidor da água. Assim uma água pode estar poluída sem estar contaminada. 
 
Lançamento de Esgoto 
Os materiais orgânicos presentes no esgoto (excrementos, etc.) nutrem as 
bactérias aeróbias decompositoras. Por serem aeróbias, consomem o oxigênio 
diluído na água, podendo matar por asfixia a fauna ali existente (principalmente os 
peixes). Juntamente com essas bactérias, podem existir ou não os agentes 
patogênicos: (vermes, etc.), protozoários (giárdias e amebas, etc.), vírus (hepatite, 
etc.) e outras bactérias (leptospirose, cólera, febre tifóide, etc.). 
 
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12
 
Como as bactérias 
aeróbias continuam a se 
multiplicar, e se a poluição 
continua elevada, a certa altura 
elas próprias morrem asfixiadas 
por esgotamento do oxigênio 
dissolvido na água, sendo 
substituídas então por um novo 
tipo de bactéria: as bactérias 
anaeróbicas, que não necessitam 
de oxigênio, exalando do 
metabolismo substâncias de 
muito mau cheiro, como o gás 
sulfídrico, que possui um odor típico de ovos podres, insuportável em certos rios, 
como o Tietê, o Tamanduateí e o Pinheiros na cidade de São Paulo e o Canal do 
Mangue, no Rio de Janeiro. 
A solução que deve ser tomada a fim de evitar esses transtornos é tratar o 
esgoto produzido antes de lançá-lo nos rios ou mares, se estes não suportarem a 
carga poluidora, diminuindo assim a matéria orgânica, as substâncias tóxicas e os 
agentes patogênicos. Quando o corpo d'água absorve bem a matéria orgânica, 
pode-se fazer, sem maiores problemas, o lançamento dos esgotos através de 
emissários submarinos bem projetados e bem calculados como em Boston e em 
Santa Mônica (EUA), Ipanema e Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, Santos, Maceió, 
etc. 
 
Floração das Águas 
Este fenômeno é causado pelo uso agrícola de adubos e fertilizantes, que 
contêm fósforo e nitrogênio (também denominado azoto) que ao atingir os cursos 
d'água, nutrem as plantas aquáticas, transformando a água em algo semelhante a 
um caldo verde, vindo daí o título Floração das Águas. 
 
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Poluição Com Dejetos Não-Biodegradáveis 
Os compostos citados acima são orgânicos; logo, são biodegradáveis e 
podem ser decompostos por bactérias. Mas há compostos inorgânicos sintéticos, 
que se acumulam nos seres vivos, causando-lhes graves danos em certos casos. 
Exemplos de produtos não-biodegradáveis são: os detergentes, os combustíveis, 
tais como petróleo, gasolina ou a poluição provocada por metais pesados: chumbo, 
alumínio, zinco e mercúrio (provindo da extração dos garimpos). 
 
2.1.3 Poluição do Solo 
A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta 
particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos 
ou indiretos à vida humana, à 
natureza e ao meio ambiente 
em geral. Consiste na 
presença indevida, no solo, de 
elementos químicos estranhos, 
de origem humana, que 
prejudiquem as formas de vida 
e seu desenvolvimento regular. 
A poluição do solo pode 
ser de duas origens: urbana e 
agrícola. 
 
Poluição de origem urbana 
Nas áreas urbanas o lixo e outras formas de resíduos jogado sobre a 
superfície, sem o devido tratamento, são uma das principais causas dessa poluição. 
A presença humana, lançando detritos e substâncias químicas, como os derivados 
do petróleo, constitui-se num dos problemas ambientais que necessitam de atenção 
das autoridades públicas e da sociedade. 
 
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Poluição de origem agrícola 
A contaminação do solo, nas áreas rurais, dá-se, sobretudo pelo uso indevido 
de agrotóxicos, técnicas arcaicas de produção (a exemplo do subproduto da cana-
de-açúcar, o vinhoto; dos curtumes e a criação de suínos). 
 
Aterros Sanitários 
Uma das formas de se lidar com os resíduos urbanos é a destinação de locais 
de depósito para os mesmos, denominados aterros. Nestes lugares todo o lixo 
urbano é depositado, sem qualquer forma de tratamento ou reciclagem. 
 
2.1.4 Poluição Sonora 
 A poluição sonora é o efeito provocado pela difusão do som num tom 
demasiado alto, sendo o mesmo muito acima do tolerável pelos organismos vivos, 
no meio ambiente. Dependendo da sua intensidade, causa danos irreversíveis nos 
seres humanos. Além das fontes de ruídos mais comuns, existe uma grande 
variedade de fontes sonoras nos centros urbanos, como: sirenes e alarmes, 
atividades recreativas, entre outras, que em conjunto denomina-se Poluição Sonora 
Urbana. 
 Este tipo de poluição, apresenta algumas características e peculiaridades. 
São elas: 
 Não deixa resíduo (não tem efeito acumulativo no meio, mas pode ter um 
efeito acumulativo no homem); 
 É um dos contaminantes que requere menor quantidade de energia para ser 
produzido; 
 Tem um raio de ação pequeno; 
 Não é transportado através de fontes naturais, como por exemplo, o ar 
contaminado levado pelo vento, ou um resíduo líquido quando é transportado por um 
rio por grandes distâncias; 
 É percebido somente por um sentido: a audição. Isto faz com que muitas 
pessoas subestimem seu efeito. 
 
 
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2.1.5 Poluição Térmica 
Poluição térmica consiste no aquecimento das águas naturais pela introdução 
da água quente utilizada na refrigeração de centrais elétricas, usinas nucleares, 
refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. A elevação da temperatura afeta a 
solubilidade do O2 na água, fazendo com que esse gás sedifunda mais facilmente 
para a atmosfera; isso acarreta uma diminuição de sua disponibilidade na água, o 
que prejudica diversas formas de vida aeróbicas aquáticas. Além disso, o impacto da 
variação térmica exerce um efeito particularmente nocivo para as formas 
estenotérmicas, isto é, que não toleram grandes variações de temperatura, como o 
salmão e a truta. 
 
2.1.6 Poluição Luminosa 
Uma das mais modernas formas de poluição é a poluição luminosa, 
caracterizada pelo excesso de brilho artificial produzido pelo homem nos centros 
urbanos e que tem prejudicado as condições de visibilidade noturna dos corpos 
celestes. Esse tipo de poluição vem sendo detectada por estudiosos e consta no site 
da Royal Astronomical Society (www.ras.org.uk). A poluição luminosa vem 
prejudicando a paisagem celeste noturna, impedindo o estudo dos astrônomos, tanto 
amadores, quanto profissionais, bem como todos aqueles que querem usufruir da 
visão das estrelas. A paisagem celeste deve, como todo bem ambiental, ser 
preservada. 
Daí a importância dos estudos nesta área para tentar diminuir este prejuízo 
visual que já atinge grande percentual de pessoal em todo o mundo. 
 
2.1.7 Poluição Radioativa 
Para que se fale em poluição radioativa, devemos primeiramente definir 
radiação. 
Radiação é o efeito químico proveniente de ondas e energia calorífera, 
luminosa etc. Existem três tipos de radiação: raios alfa e raios beta, que têm a 
absorção mais fácil, e raios gama, que são muito mais penetrantes que os primeiros, 
já que se tratam de ondas eletromagnéticas. 
 
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O contato contínuo à radiação causa danos aos tecidos vivos, tendo como 
principais efeitos a leucemia, tumores, queda de cabelo, diminuição da expectativa 
de vida, mutações genéticas, lesões a vários órgãos etc. 
Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de radiação por 
meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou artificiais. 
A poluição radioativa tem como fontes: 
 substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no 
subsolo, e que acompanham alguns materiais de interesse econômico, como 
petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio 
ambiente por meio de atividades mineratórias; 
 substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são radioativas, mas 
que nos reatores ou aceleradores de partículas são “provocadas”. 
 
A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição 
natural da Terra é muito grande, decorrente do decaimento radioativo do urânio, do 
tório e outros radionuclídeos naturais. 
Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém 
principalmente de: indústrias, medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, 
petróleo, minerações, energia nuclear, acidentes radiológicos e acidentes nucleares. 
 
2.2 A Poluição e a Legislação 
 Constituição Federal, art. 23, VI, estabelecendo que é competência da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em qualquer de suas formas; 
 
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 Constituição Federal, art. 225, § 3º, considerando passível de sanção penal 
as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, tanto das pessoas físicas quanto 
das pessoas jurídicas; 
 Lei n.º 6.766, de 19/12/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo 
urbano, mais especificamente no art. 3º, V, que diz que não será permitido o 
parcelamento do solo em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a 
poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção; 
 Lei n.º 6.803, de 02/07/1980, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o 
zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição e dá outras providências; 
 Lei n.º 6.938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, mais especificamente 
nos arts. 3º, III, que conceitua poluição e 8º, VI c./c. Resolução do CONAMA n.º 
018/86, que institui o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos 
Automotores; 
 Lei n.º 8.723, de 28/10/1993, que dispõe sobre a redução de emissão de 
poluentes por veículos automotores e dá outras providências; 
 Lei n.º 9.605, de 12/02/1998 (Lei de Crimes Ambientais), arts. 54, 55, 56, 60, 
61. 
 Decreto-Lei n.º 221 , de 28/02/1967, que dispõe sobre a proteção e 
estímulos à pesca e dá outras providências, no art. 37, § 1º define poluição da água. 
Alterado pelos seguintes diplomas legais: Decreto n.º 62.458/68, Lei n.º 5.438/68, 
Decreto-Lei n.º 1.217/72, Lei n.º 6.276/75, Lei n.º 6.585/78, Lei n.º 6.631/79, 
Decreto-Lei n.º 2.057/83, Decreto-Lei n.º 2.467/88 e Lei n.º 9.059/95. 
 Decreto-Lei n.º 227, de 28/02/1967 (Código de Mineração), art. 47, XI, 
estabelecendo como obrigação do titular da concessão de minas que se evite a 
poluição do ar ou da água, que possa resultar dos trabalhos de mineração; 
 Decreto-Lei n.º 1.413, de 14/08/1975, que dispõe sobre o controle da 
poluição do meio ambiente provocada por atividades industriais; 
 Decreto n.º 76.389, de 03/10/1975, que dispõe sobre as medidas de 
prevenção e controle de poluição industrial de que trata o Decreto-Lei n.º 1.413, de 
14/08/1975, e dá outras providências; 
 
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 Decreto n.º 81.107, de 22/12/1977, que define o elenco de atividades 
consideradas de alto interesse para o desenvolvimento e a segurança nacional; 
 Decreto n.º 83.540, de 04/06/1979, que regulamenta a aplicação da 
Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos causados por 
Poluição por Óleo; 
 Decreto n.º 875, de 19/07/1993, que promulga o texto da Convenção sobre o 
Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito; 
 Decreto n.º 1.205, de 01/08/1994, que aprova a estrutura regimental do 
Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, dita no art. 1º, IX, sua finalidade 
de implementar programas de gestão de bacias hidrográficas e de proteção de 
mananciais, inclusive o controle de poluição dos rios; 
 Portaria Normativa IBAMA n.º 348, de 14/03/1990, que dispõe sobre os 
padrões de qualidade do ar e as concentrações de poluentes atmosféricos; 
 Resolução CONAMA n.º 018, de 06/05/1986, que dispõe sobre a emissão de 
poluentes por veículos automotores; 
 Resolução CONAMA n.º 006, de 15/06/1988, que dispõe sobre o controle de 
resíduos industriais; 
 Resolução CONAMA n.º 005, de 15/06/1989, que institui o Programa 
Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR; 
 Resolução CONAMA n.º 001, de 08/03/1990, que dispõe sobre a emissão de 
ruídos, em decorrência de atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, 
inclusive da propaganda política; 
 Resolução CONAMA n.º 002, de 08/03/1990, que dispõe sobre a poluição 
sonora; 
 Resolução CONAMA n.º 003, de 28/06/1990, que dispõe sobre a ampliação 
do monitoramento e controle dos poluentesatmosféricos; 
 Resolução CONAMA n.º 008, de 06/12/1990, que estabelece, em nível 
nacional, limites máximos de emissão de poluentes do ar para processos de 
combustão externa em fontes novas fixas de poluição; 
 Resolução CONAMA n.º 001/92, de 11/02/1993, que estabelece, para os 
veículos automotores nacionais e importados, os limites máximo de ruído- com 
 
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veículos na aceleração e na condição parado- excetuando-se as motocicletas, 
motonetas, ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados; 
 Resolução do CONAMA n.º 016, de 17/12/1993, que ratifica os limites de 
emissão, os prazos e demais exigências contidas na Resolução n.º 018/86, que 
institui o Programa Nacional de Poluição do Ar por Veículos Automotores, e torna 
obrigatório o Licenciamento Ambiental junto ao IBAMA, para as especificações, 
fabricação, comercialização e distribuições de novos combustíveis e sua formulação 
final para uso em todo país; 
 Resolução CONAMA n.º 015, de 29/07/1994, que dispõe sobre o 
desenvolvimento dos Programas de Inspeção e Manutenção para Veículos 
Automotores em Uso; 
 Resolução CONAMA n.º 018, de 13/12/1995, que dispõe sobre a 
implantação de Programas de Inspeção e Manutenção para Veículos Automotores 
em Uso. 
 
Observações: 
 A Lei 9.605/98 que trata dos crimes ambientais, em seu art.54, configura 
crime “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam 
resultar danos à saúde humana...”, o que inclui nesta figura delituosa todas as 
formas de poluição aqui tratadas. 
 Por sua vez a Lei 8.078/90, Código do Consumidor, proíbe o fornecimento de 
produtos e serviços potencialmente nocivos ou prejudiciais à saúde (art.10º). 
 Desse modo, por se tratar de problema social e difuso, a poluição deve ser 
combatida pelo poder público e pela sociedade. Individualmente com ações judiciais 
de cada prejudicado ou coletivamente através da ação civil pública (Lei 7.347/85). 
 Ademais, o meio ambiente equilibrado é um direito de todos (art.225, da 
Constituição Federal). 
 
2.3 O Direito de Poluir 
Devido à crescente tendência mundial socializante, a propriedade tem que se 
adequar às suas funções: social e econômica (artigos 5º e 170, § 3º da Constituição 
Federal). 
 
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Deve também observar as imposições de urbanismo, de segurança sanitária 
e de salubridade pública, entre outras, caracterizando-se assim restrições 
ambientais a seu uso (artigo 180 da Constituição Estadual de São Paulo). 
Deve ainda adequar-se a utilização dos recursos naturais disponíveis 
preservando o meio ambiente (artigo 186, § 2º da Constituição Federal), ocorrendo 
dessa forma uma nova função de propriedade: a função ambiental, que se 
caracteriza por sua adaptabilidade ao meio ambiente. 
O atendimento a essas imposições ambientais implica na proibição do 
proprietário de poluir, considerando-se isto os atos que possam degradar a 
qualidade do ambiente. 
Poluição é a degradação da poluição ambiental resultante das atividades que, 
direta ou indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem 
desfavoravelmente a biota e as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente 
e lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos (artigo 3º, da Lei 6.938 de 31/08/81, Lei da Política Nacional do Meio 
Ambiente). 
Dessa forma, o proprietário tem “limitado” o seu direito de propriedade se sua 
ação é danosa à coletividade ou ao bem comum. 
A ninguém é permitido poluir, mesmo porque a poluição atinge parte ou toda 
uma comunidade e até o próprio poluidor. 
Esse direito não pode ser reconhecido em nosso ordenamento jurídico. 
Modernamente, uma ação poluidora não pode mais ser admitida por 
reconhecimento do direito pleno do proprietário, mesmo que isso implique no 
prejuízo de seu direito de propriedade, porque está em jogo um bem muito maior, 
que é o meio ambiente, reconhecido constitucionalmente como um bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida (artigo 225, caput da 
Constituição Federal). 
Pela ação cominatória (artigo 554 do Código Civil), os vizinhos prejudicados 
podem coibir judicialmente o poluidor, entendendo-se vizinho todo aquele que é 
atingido pela ação predatória, onde quer que esteja em relação a fonte poluidora. 
 
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Também a coletividade e o Ministério Público podem, ainda, ajuizar ações civis 
públicas para barrar atos que degradem o ambiente, nos termos da lei 7.347/85. 
Portanto, a função ambiental da propriedade proíbe atos poluidores, pois, 
como dito, o direito a uma vida saudável de todos se contrapõe ao direito individual 
daquele que polui, não se podendo falar em direito de poluir. 
 
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UNIDADE 3 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS RESÍDUOS 
 
Resíduos são o resultado de processos de diversas atividades da 
comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de 
serviços e ainda da varrição pública. Os resíduos apresentam-se nos estados sólido, 
gasoso e líquido. 
Ficam incluídos nesta definição tudo o que resta dos sistemas de tratamento 
de água, aqueles gerados 
em equipamentos e 
instalações de controle de 
poluição, bem como 
determinados líquidos 
cujas particularidades 
tornem inviável seu 
lançamento na rede 
pública de esgotos ou 
corpos d'água, ou aqueles 
líquidos que exijam para 
isto soluções técnicas e 
economicamente viáveis de acordo com a melhor tecnologia disponível. 
Se observarmos as diversas estatísticas, com relação à disposição dos 
resíduos sólidos, nos deparamos com uma situação alarmante, visto que 75% das 
cidades brasileiras dispõem seus resíduos sólidos em lixões. Esta situação trás 
diversos comprometimentos ao meio ambiente e à saúde da população. Podemos 
citar problemas como: surgimento de focos de vetores transmissores de doenças, 
mau cheiro, possíveis contaminações do solo e corpos d'água, além da inevitável 
destruição da paisagem urbana das cidades, principalmente. Como agravante, deve 
ser mencionada a presença de catadores nestes locais colocando em risco, não 
apenas a sua integridade física e de saúde, mas também se submetendo a uma 
condição de marginalidade social e econômica, que muitas vezes se confunde com 
o próprio conceito de lixo, situação esta que deve ser repudiada e melhor 
administrada pelos governantes. 
 
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direitosautorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
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Diante destes fatos é fundamental que governo e sociedade assumam novas 
atitudes, visando gerenciar de modo mais adequado a grande quantidade e 
diversidade de resíduos que são produzidos diariamente nas empresas e 
residências. Portanto, é preciso inverter a pirâmide, o que significa colocar em 
prática a desejável política dos “3 Rs” (Reduzir, Reusar e Reciclar) e não continuar 
produzindo e gerando mais resíduos, deixando que “alguém” assuma a 
responsabilidade de tratar e dispor adequadamente. Para isso, é preciso modificar 
atitudes, por exemplo: usar o papel dos dois lados; imprimir somente o que é 
necessário; otimizar o tamanho do papel ao real espaço da mensagem; usar 
embalagens recicláveis (papel ou papelão); adotar práticas de reciclagem e reuso 
como levar sacolas para as compras em vez de sempre usar embalagens novas; 
separar resíduos “sujos” de resíduos “limpos” que impedem ou dificultam a 
reciclagem; utilizar frutas e legumes com cascas ou incorporá-las ao solo; separar 
resíduos perigosos, como pilhas, lâmpadas, medicamentos, material de limpeza, 
tinta de cabelo e outros produtos químicos igualmente danosos ao meio ambiente e 
à saúde humana. 
Todas estas práticas não só reduzirão o volume de resíduos gerados 
diariamente, mas também permitirão o exercício de reuso, culminando num melhor 
gerenciamento dos resíduos. São atitudes simples e viáveis que poderemos 
incorporar cada vez mais, a fim de proteger o ar, o solo e a água, trazendo como 
consequência melhores condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde 
ambiental. 
 
3.1 Classificação, Origem e Características 
 
3.1.1 Classificação do Lixo 
Quanto às características físicas: 
 Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, 
guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, 
cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças. 
 Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, 
legumes, alimentos estragados, etc. 
 
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Quanto à composição química: 
 Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, 
cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, 
aparas e podas de jardim. 
 Inorgânico: composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros, 
borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, 
parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc. 
 
Quanto à origem: 
 Domiciliar: originado da vida diária das residências, constituído por restos de 
alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, 
revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma 
grande diversidade de outros itens. Pode conter alguns resíduos tóxicos. 
 Comercial: originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de 
serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, 
restaurantes, etc. 
 Serviços Públicos: originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo 
todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, 
córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc., constituído por 
restos de vegetais diversos, embalagens, etc. 
 Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias 
(algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue 
coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em 
testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Em função de suas 
características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento, 
manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para 
aterro sanitário. 
 Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e Ferroviários: resíduos 
sépticos, ou seja, que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos. 
Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que 
podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países. 
 
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 Industrial: originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais 
como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria 
alimentícia, etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por 
cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, 
borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande 
quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo 
seu potencial de envenenamento. 
 Radioativo: resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de 
atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem ser manuseados 
apenas com equipamentos e técnicos adequados. 
 Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícola e pecuária, como 
embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo 
proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial. 
 Entulho: resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, solos de 
escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de 
reaproveitamento. 
 
3.1.2 Características Físicas do Lixo 
 Composição gravimétrica: traduz o percentual de cada componente em 
relação ao peso total do lixo. 
 Peso específico: é o peso dos resíduos em função do volume por eles 
ocupado, expresso em kg/m³. Sua determinação é fundamental para o 
dimensionamento de equipamentos e instalações. 
 Teor de umidade: esta característica tem influência decisiva, principalmente 
nos processos de tratamento e destinação do lixo. Varia muito em função das 
estações do ano e da incidência de chuvas. 
 Compressividade: também conhecida como grau de compactação, indica a 
redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma 
pressão determinada. A compressividade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma 
pressão equivalente a 4 kg/cm2. Tais valores são utilizados para dimensionamento 
de equipamentos compactadores. 
 
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 Chorume: substância líquida decorrente da decomposição de material 
orgânico. 
 
3.2 Resíduos Sólidos 
Resíduos sólidos são materiais heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos) 
resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente 
utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de 
recursos naturais. Os resíduos sólidos constituem problemas sanitário, ambiental, 
econômico e estético. 
Os Resíduos sólidos podem ser divididos em grupos, como:Lixo Doméstico: é aquele produzido nos domicílios residenciais. 
Compreende papel, jornais velhos, embalagens de plástico e papelão, vidros, latas e 
resíduos orgânicos, como restos de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais 
e outros. 
 
 Lixo Comercial e Industrial: é aquele produzido em estabelecimentos 
comerciais e industriais, variando de acordo com a natureza da atividade. 
o Restaurantes e hotéis produzem, principalmente, restos de comida, enquanto 
supermercados e lojas produzem embalagens. 
o Os escritórios produzem, sobretudo, grandes quantidades de papel. 
o O lixo das indústrias apresenta uma fração que é praticamente comum aos 
demais: o lixo dos escritórios e os resíduos de limpeza de pátios e jardins; a parte 
principal, no entanto, compreende aparas de fabricação, rejeitos, resíduos de 
processamentos e outros que variam para cada tipo de indústria. Há os resíduos 
industriais especiais, como explosivos, inflamáveis e outros que são tóxicos e 
perigosos à saúde, mas estes constituem uma categoria à parte. 
 
 Lixo Público: são os resíduos de varrição, capina, raspagem, entre outros, 
provenientes dos logradouros públicos (ruas e praças), bem como móveis velhos, 
galhos grandes, aparelhos de cerâmica, entulhos de obras e outros materiais inúteis, 
deixados pela população, indevidamente, nas ruas ou retirados das residências 
através de serviço de remoção especial. 
 
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 Lixo de Fontes Especiais: é aquele que, em função de determinadas 
características peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados especiais em 
seu acondicionamento, manipulação e disposição final, como é o caso de alguns 
resíduos industriais antes mencionados, do lixo hospitalar e do radioativo. Com o 
crescimento acelerado das metrópoles, do consumo de produtos industrializados, e 
mais recentemente com o surgimento de produtos descartáveis, o aumento 
excessivo do lixo tornou-se um dos maiores problemas da sociedade moderna. Isso 
é agravado pela escassez de áreas para o destino final do lixo. A sujeira despejada 
no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas, do ar e agravou as condições 
de saúde da população mundial. O volume de lixo tem crescido assustadoramente. 
E uma das soluções imediatas seria reduzir ao máximo o seu volume e o consumo 
de produtos descartáveis, reutilizá-los e reciclá-los. Felizmente, para a Natureza e 
para o homem, os resíduos podem ser em geral, reciclados e parcialmente 
utilizados, o que traz grandes benefícios à comunidade, como a proteção da saúde 
pública e a economia de divisas e de recursos naturais. O aterro sanitário é um 
processo de eliminação de resíduos sólidos bastante utilizado. Consiste na 
deposição controlada de resíduos sólidos no solo e sua posterior cobertura diária. 
Uma vez depositados, os resíduos sólidos se degradam naturalmente por via 
biológica até a mineralização da matéria biodegradável, em condições 
fundamentalmente anaeróbias. O aterro sanitário é uma obra de engenharia que 
deve ser orientada por quatro objetivos: 
o Diminuição dos riscos de poluição provocados por cheiros, fogos, insetos 
o Utilização futura do terreno disponível, através de uma boa compactação e 
cobertura 
o Minimização dos problemas de poluição da água, provocados por lixiviação 
o Controle da emissão de gases (liberados durante os processos de 
degradação) 
Esse processo tem as seguintes vantagens e desvantagens: 
 
Vantagens Desvantagens 
Processo de baixo custo Longa imobilização do terreno 
 
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Recuperação de áreas degradadas Necessidade de grandes áreas 
Flexibilidade de operação 
Necessidade de material de 
cobertura 
Não requer pessoal altamente 
especializado 
Dependência das condições 
climáticas 
 
 
 Um aterro sanitário é um reator biológico em evolução, que produz: 
o resíduos gasosos: CO2, metano, vapor d’água, O2, N2, ácido sulfúrico e 
sulfuretos 
o resíduos sólidos: resíduos mineralizados 
o resíduos líquidos: águas lixiviadas. 
 
3.3 Resíduos Gasosos 
Os resíduos gasosos resultam das reações de fermentação aeróbia 
(desenvolvidos na superfície) e anaeróbia (nas camadas mais profundas); a 
fermentação anaeróbia dá origem a CO2 e a CH4(metano), o qual pode ser 
aproveitado para a produção de biogás. 
 
3.4 Resíduos Líquidos 
Os resíduos líquidos também chamados lixiviados, variam de local para local 
e dependem de: 
 Teor em água dos resíduos; 
 Isolamento dos sistemas de drenagem; 
 Clima (temperatura, pluviosidade, evaporação); 
 Permeabilidade do substrato geológico; 
 Grau de compactação dos resíduos; 
 Idade dos resíduos. 
Os lixiviados têm elevada concentração de matéria orgânica, de azoto e de 
materiais tóxicos, pelo que deve ser feito o seu recolhimento e tratamento, de modo 
a impedir a sua infiltração no solo. 
Devido à grande distância que normalmente os aterros sanitários se 
encontram, tornam muitas vezes inviável o acesso a esse tipo de destino final. A 
 
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prática mais generalizada é o enterramento de resíduos em terrenos adjacentes, 
muitas vezes sem preparação, em solos inadequados e perto de espécies 
faunísticas e florística de elevada fragilidade, o que dá origem a focos de poluição e 
de contaminação localizados. 
Uma forma de minimizar esses efeitos é a seleção cuidadosa do local (tipo de 
solo, cobertura vegetal, regime hidrológico), sua impermeabilização e seu 
recobrimento sistemático com terra. 
A incineração é um processo de combustão controlada (em instalação 
própria), que permite a redução em volume e em peso dos resíduos sólidos, em 
cerca de 90 a 60%. Os resíduos são transformados em gases, calor e materiais 
inertes (cinza e escórias de metal). 
Os grandes inconvenientes desse sistema são a: 
 Poluição do solo por cinzas e escórias; 
 A poluição da água pelas águas de arrefecimento das escórias e de lavagem 
de fumos e pelas escorrências de solos contaminados; 
 Poluição do ar por cinzas voláteis e dioxinas; estas últimas têm um elevado 
teor tóxico e são agentes de doenças, nomeadamente hiperpigmentação da pele, 
danos no fígado, alterações enzimáticas, alterações no metabolismo dos lipídios, 
nos sistemas endócrinos e imunológico e efeitos cancerígenos. 
O reaproveitamento consiste na utilização dos resíduos para subsidiar outras 
atividades: 
 Alimentação de animais domésticos (restos de alimentos) 
 Produção de fertilizantes - compostagem (resíduos sólidos orgânicos) 
 
3.5 Resíduos Tóxicos 
São considerados resíduos tóxicos as pilhas não-alcalinas, baterias, tintas e 
solventes, remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes, inseticidas, embalagens de 
agrotóxicos e produtos químicos, as substâncias não biodegradáveis estão 
presentes nos plásticos, produtos de limpeza, em pesticidas e produtos 
eletroeletrônicos, e na radioatividade desprendida pelo urânio e outros metais 
atômicos, como o césio,utilizados em usinas, armas nucleares e equipamentos 
médicos. O cádmio, níquel, mercúrio e chumbo são os principais contaminantes. 
 
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A separação adequada desses materiais é muito importante para evitar a 
contaminação do solo e dos lençóis freáticos. As pessoas devem tomar alguns 
cuidados básicos para embalar este tipo de resíduo: acondicionar em sacos 
plásticos bem fechados, guardá-los em local arejado e protegido do sol, das crianças 
e dos animais. 
Os materiais que podem ser reciclados são encaminhados a Centrais de 
Tratamento específicas. Os medicamentos vencidos, restos de tinta e verniz, e 
embalagens de inseticidas, que ainda não podem ser reciclados, ficam armazenados 
no aterro industrial em condições adequadas, para evitar a contaminação do meio 
ambiente. Esses resíduos são tratados por meio de encapsulamento. 
Os principais contaminantes que conferem periculosidade aos resíduos são 
os seguintes: 
 Organo-halogenados: A combinação de fenômenos de evaporação e 
adsorção no seio do aterro previne de forma substancial o deslocamento dos 
compostos organo-halogenados para as águas subterrâneas. Na presença de óleos 
no lixo, os solventes halogenados tendem a ser associados a esta fase. 
 
 Cianetos: Foram identificados vários mecanismos de decomposição e 
eliminação. Por exemplo, a conversão para ácido cianídrico volátil, a formação de 
cianetos complexos, hidrólise de formiato de amônia, formação de tiocianatos e 
biodegradação poderão ocorrer. Um pré-tratamento de resíduos com cianetos é 
fortemente recomendado. 
 
 Metais Pesados: Resíduos galvânicos foram co-dispostos em aterros e 
exumados sem modificações após 2 a 3 anos. O cromo, quando presente em forma 
solúvel, hexavalente, cromato ou dicromato, pode também representar um risco 
ambiental. Normalmente, em aterros, estes compostos são reduzidos, na presença 
de matéria orgânica, para a forma trivalente de maneira a precipitar como hidróxido 
em pH neutro, comumente existente nos aterros. O mercúrio poderá ser originário de 
baterias, tubos fluorescentes, entulhos. Há evidências de que o Mercúrio é 
mobilizado como sulfato sob as condições anaeróbicas reinantes no aterro. Havendo 
 
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frações argilosas presentes, o mercúrio poderá ser firmemente ligado por adsorção 
ou por troca iônica. 
 
 Ácidos: Deveria ser prática normal a neutralização de resíduos ácidos, antes 
da sua disposição em trincheiras ou lagoas rasas, no aterro. Será essencial que a 
capacidade de neutralização inerente ao lixo doméstico não seja excedida. Caso 
contrário, os metais pesados serão ressolubilizados e a atividade microbiana será 
inibida. Foi determinado que 1 kg de lixo fresco poderá neutralizar 22g de ácido 
sulfúrico e 1 kg de lixo decomposto será preciso para neutralizar 33g desse mesmo 
ácido. 
 
 Óleos: A adsorção em componentes do lixo é um mecanismo de atenuação 
importante. Estudos demonstraram que não acontecia drenagem livre quando a 
concentração do óleo não superava os 5% em peso. 
 
 PCB's (Policloreto de bifenila): Estas substâncias foram encontradas em 
aterros industriais, provenientes de capacitores, resíduos de destilação e tortas de 
filtro. Em face de sua baixa solubilidade e degradabilidade, admite-se que elas 
sejam retidas nos aterros. Não há evidência de que a presença de outras 
substâncias orgânicas afete a mobilidade dos PCB's, porém, a presença de 
solventes deveria ter efeitos significativos. Alguns ensaios mostraram a presença de 
PCB's no chorume em concentrações entre 0,01 e 0,05 mg/L. 
 
 Fenóis: Pode-se constituir em problema grave, uma vez que o limite da WHO 
- World Health Organization para fenol é de 0,022 mg/L; e muitos resíduos 
industriais contêm este produto em proporção superior a estes valores. 
 
 Solventes: Durante a deposição em aterro, os solventes poderão perder-se 
por evaporação para a atmosfera ou podem ser absorvidos pelo lixo, onde poderão 
ser submetidos à biodegradação. Testes de laboratório mostram a grande 
dificuldade de se prognosticar a extensão de cada um destes processos. 
 
 
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3.6 Resíduos Hospitalares 
Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado 
"lixo hospitalar ou resíduo séptico", sempre se constituiu um problema bastante sério 
para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações 
a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e 
principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros 
sanitários. A atividade hospitalar é por si só uma fantástica geradora de resíduos, 
inerente a diversidade de atividades que se desenvolvem dentro destas empresas. 
O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, 
em muitos casos, os resíduos ou, sejam ignorados, ou recebam um tratamento com 
excesso de cuidado, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições 
hospitalares. Não raro lhe são atribuídas a culpa por casos de infecção hospitalar e 
outros tantos males. 
 
Contaminação 
O maior problema é o chamado “lixo infectante - classe A”, que representa um 
grande risco de contaminação, além de poluir o meio ambiente. A maior parte dos 
estabelecimentos não faz a separação deste material, que acaba indo para os 
aterros junto com o lixo normal ou para a fossa. 
Outro problema é o chamado “lixo perigoso - classe B”, cuja destinação final, 
atualmente, fica sob responsabilidade dos hospitais. 
O material recolhido nos hospitais, acondicionado segundo normas que 
variam em função do grau de periculosidade dos produtos, geralmente é levado a 
um aterro próprio. 
Já o "lixo classe C" dos hospitais – também devidamente separado - fica 
sujeito ao mesmo sistema de recolhimento do restante da cidade, indo parte para 
reciclagem e parte para a coleta normal, que inclui apenas o material orgânico 
destinado ao aterro sanitário. 
 
Separação do Lixo 
O treinamento para a separação desse tipo de resíduo é uma exigência do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e oferecerá subsídios para que os 
 
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hospitais e clínicas elaborem planos de gerenciamento de resíduos do serviço de 
saúde. O objetivo é adequar a estrutura das unidades para o tratamento correto dos 
resíduos. 
Segundo as normas sanitárias, o lixo hospitalar deve ser rigorosamente 
separado e cada classe deve ter um tipo de coleta e destinação. De acordo com as 
normas, devem ser separadas conforme um sistema de classificação que incluios 
resíduos infectantes - lixo classe A, como restos de material de laboratório, seringas, 
agulhas, hemoderivados, entre outros, perigosos - classe B, que são os produtos 
quimioterápicos, radioativos e medicamentos com validade vencida - e o lixo classe 
C, o mesmo produzido nas residências, que pode ser subdividido em material 
orgânico e reciclável. 
O treinamento visa adequar os estabelecimentos às novas normas de 
tratamento do lixo hospitalar, estabelecidas na Lei Federal nº 237, de dezembro de 
2006. Os hospitais têm prazo para apresentar um plano de gerenciamento dos 
resíduos e, com isso, obter um licenciamento ambiental e adaptar-se às exigências 
legais. Caso não consigam o licenciamento, ficam sujeitos à aplicação de multas 
diárias de R$ 140,00 pelo sistema de vigilância sanitária. 
 
Lixos Infectantes 
Resíduos do grupo A (apresentam risco devido à presença de agentes 
biológicos): 
 - Sangue hemoderivados 
 - Excreções, secreções e líquidos orgânicos 
 - Meios de cultura 
 - Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas 
 - Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas 
 - Resíduos advindos de área de isolamento 
 - Resíduos alimentares de área de isolamento 
 - Resíduos de laboratório de análises clínicas 
 - Resíduos de unidade de atendimento ambiental 
 - Resíduos de sanitário de unidades de internação 
 
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 - Objetos perfuro-cortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de 
serviços de saúde. Os estabelecimentos deverão ter um responsável técnico, 
devidamente registrado em conselho profissional, para o gerenciamento de seus 
resíduos. 
 
Processos de Destino 
 Incineração: a incineração do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso 
de cuidados, trata-se da queima o lixo infectante transformando-o em cinzas, uma 
atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como 
dioxinas e metais pesados. 
 
 Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito 
utilizado. Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, 
mas o espaço para todo o lixo produzido ainda é um problema em muitas cidades. A 
maioria dos hospitais toma pouco ou quase nenhuma providência com relação às 
toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades 
desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos se limitam ou a encaminhar a totalidade 
de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza 
Municipais, quando estes existem, ou lançam diretamente em lixões ou 
simplesmente queimam os resíduos. Torna-se importante destacar os muitos casos 
de acidentes com funcionários, envolvendo perfurações com agulhas, lâminas de 
bisturi e outros materiais denominados perfuro-cortantes. O desconhecimento faz 
com que o chamado "lixo hospitalar", cresça e amedronte os colaboradores e 
clientes das instituições de saúde. 
 
Lixos Não-Infectantes 
 Especiais 
Radioativos: compostos por materiais diversos, expostos à radiação; resíduos 
farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos 
perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio). 
 Comuns 
 
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Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de preparo de alimentos, estes 
não poderão ser encaminhados para alimentação de animais. 
 
Algumas Soluções 
Os constantes problemas, o desconhecimento, o medo, mas principalmente o 
desejo de que o assunto fosse tratado de uma forma técnica, profissional, levou-se a 
desenvolver um projeto que resolvesse definitivamente o problema. 
 
Objetivos do projeto: 
 Elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos 
serviços de saúde"; 
 Permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos. A atividade 
hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em dezenas 
de setores com atividades diversas; 
 Estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino 
adequados; 
 Reduzir ou se possível eliminar os riscos a saúde dos funcionários, clientes e 
comunidade; 
 Eliminar o manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte 
geradora; 
 Permitir o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser 
reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários; 
 Reduzir o volume de resíduos para incineração e coleta especial; 
 Colaborar para reduzir a poluição ambiental, gerando , incinerando e 
encaminhando aos órgãos públicos a menor quantidade possível de resíduos. 
 Resíduos sólidos do grupo A deverão ser acondicionados em sacos plásticos 
grossos, brancos leitosos e resistentes com simbologia de substância infectante. 
Devem ser esterilizados ou incinerados. 
 Os restos alimentares in natura não poderão ser encaminhados para a 
alimentação de animais. 
 
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UNIDADE 4 - CLASSES DOS RESÍDUOS 
 
Os resíduos de diferentes tipos podem ser distribuídos nas seguintes classes 
listadas a seguir: 
 Classe 1 - Resíduos Perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde 
pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função 
de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e 
patogenicidade. 
 Classe 2 - Resíduos Não-inertes: são os resíduos que não apresentam 
periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: 
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os 
resíduos com as características do lixo doméstico. 
 Classe 3 - Resíduos Inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos 
testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus 
constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de 
potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em 
contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não 
se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito 
lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, 
pedras e areias retirados de escavações. 
 
Origem Possíveis Classes Responsável 
Domiciliar 2 Prefeitura 
Comercial 2, 3 Prefeitura 
Industrial 1, 2, 3 Gerador do resíduo 
Público 2, 3 Prefeitura 
Serviços de saúde 1, 2, 3 Gerador do resíduo 
Portos, aeroportos e terminais 
ferroviários 
1, 2, 3 Gerador do resíduo 
Agrícola 1, 2, 3 Gerador do resíduo 
 
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Entulho 3 Gerador do resíduo 
 
 
Código de Cores para os Diferentes Tipos de Resíduos 
 
Padrão de Cores 
 AZUL papel/papelão

Outros materiais