Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GEOQUÍMICA GERAL INTRODUÇAO A geoquímica é uma ciência que engloba a geologia e a química fazendo o estudo da composição e dinâmica dos elementos químicos na terra , determinando assim a sua abundancia absoluta e relativa, distribuição, migração etc. Para esse fim concentrasse a atenção em ressaltar a estreita relação existente entre as afinidades dos elementos em sistemas naturais e a sua disposição na tabela periódica, as propriedades dos elementos químicos tais como o tamanho do raio a carga eletrônica e a configuração orbital já que jogam um papel fundamental na estrutura e composição dos minerais formadoras de rochas. Eng. Jose Casimiro Objetivos gerais da cadeira ► Entender o significado e a importância da geoquímica ► Conhecer e manejar os parâmetros e condições que influem sobre a distribuição e abundancia dos elementos químicos na terra. ► Unificar os conceitos químicos e geológicos previamente adquiridos e aplica-os ao analises dos problemas geoquímicos . ► Desenvolver a capacidade para analisar e discutir no campo da geoquímica. Eng. Jose Casimiro Competências a adquirir Depois de ter finalizado este curso o estudante de Geologia será capaz de compreender os conceitos fundamentais da Geoquímica a natureza, formação , distribuição e leis que controlam aos elementos químicos nos diversos materiais que compõe o interior e a superfície da crosta terrestre, desde a sua geração no Cosmos a sua evolução na Terra. Eng. Jose Casimiro Metodologia de aulas ► A metodologia de aulas a propor , seria aulas teóricas , de uma forma intercativa onde os estudante participam, e sempre no fim de cada da aula será distribuído a aula a dar posteriormente de uma forma a acompanhar a explicação e poder expor a sua dúvida com mais facilidade. ► As aulas práticas vão consistir na resolução de problemas específicos , discussão de casos de estudo, debates referidos a problemáticas atuais que fundamentam estudos Geoquímicos. Eng. Jose Casimiro Sistema de avaliação da aprendizagem ► Presença em sala de aula: assiduidade, pontualidade, participação, envolvimento, interação. ► Avaliação individual ( provas parcelares, Exame de Época Normal e Exame de Recurso). Eng. Jose Casimiro “ ” TEMAS A ABORDAR: Eng. Jose Casimiro Cap.1 Cosmoquímica A origem do universo e os elementos nos cosmos, tal como as teorias cósmicas de Big Bang, a teoria da expansão do universo. A abundancia cósmica e solar dos elementos ,a origem do sistema solar ,a evolução geoquímica dos planetas , os meteoritos: Classificação mineralógica ,estrutura etc. Eng. Jose Casimiro Cap.2 Evolução geoquímica e diferenciação da terra. Distribuição dos elementos na crosta; Classificação geoquímica do elementos segundo Goldschmidt, sua relação com a classificação periódica; A composição química do manto e a crosta terrestre, distribuição dos elementos maiores, menores. Eng. Jose Casimiro Cap.3 Geoquímica dos processos endógenos: elementos maiores, Traços e terras raras Magmas, sua origem. Diferenciação magmática, processos de diferenciação. Os elementos maiores na diferenciação magmática. Elementos traços na evolução magmática . As Terras Raras, sua aplicação em determinar a rocha. Eng. Jose Casimiro Cap.4 Geoquímica do intemperismo e solos. Processos de sedimentação Geoquímica do intemperismo e solos; geoquímica da sedimentação e da diagênese. Eng. Jose Casimiro Cap.5 Geoquímica isotópica Os Isótopos na Geologia , isótopos estáveis e instáveis, Método para o calculo das idades e proveniência. Eng. Jose Casimiro Cap.6 Prospecção geoquímica Princípios básicos para a prospecção geoquímica . Anomalias significativas e não significativas. Dispersão primaria. Dispersão secundaria. Conceitos relacionados com a amostragem e os procedimentos analíticos. investigação de solos. Investigação de drenagens. Investigação da vegetação e aguas. Eng. Jose Casimiro “ ” CAP. I COSMOQUIMICA A abundancia cósmica e solar dos elementos ,a origem do sistema solar ,a evolução geoquímica dos planetas, os meteoritos: Classificação mineralógica ,estrutura etc. Eng. Jose Casimiro A abundancia cósmica e solar dos elementos. Do estudo da composição de Meteoritos e matéria estelar , Goldschmidt agrupa a primeira tabela de abundancia cósmica dos elementos .De esta tabela pode-se resumir os seguintes aspectos: Mais do 75% da massa do Universo e H. Mais do 99 % e H + He. A abundancia mostra um decrescimento exponencial dos elementos com números atómicos menores a 40, seguido de uma manutenção de valores quase constantes para os mais pesados. Os elementos com mais de números atômicos pares são mais abundantes que aqueles que mostram numero atômicos impares(Regra Oddo-Harkins) A abundancia relativa dos elementos com números atômicos maiores ao Ni (28) varia menos que aqueles com menor numero atômico. Eng. Jose Casimiro Somente dez (10) elementos (H, He, C, N, O, Ne, Mg, Si, S y Fe), todos com números atômicos menores a 27 , mostram, uma apreciável abundancia. Existe um pronunciado pico de abundancia no numero atómico 26 (Fe) e pequenos picos em outros números atómicos mais pesados. Eng. Jose Casimiro No inicio toda a matéria e a energia que constituía o universo esta contida num ponto como uma esfera hiperdensa , alguma coisa de carecimento de conhecimento provocou que este sistema de alta concentração de matéria e energia explodisse a uma velocidade da luz , dando o inicio a uma expansão que continua hoje em dia , e assim formou se o universo, e nesse contexto a teoria mais conhecida e aceitada sobre a origem do universo e a teoria de Big Bang. Origem do universo Eng. Jose Casimiro Esta teoria sustenta que faz uns 10.000 a 20.000 milhões de anos , uma onda expansiva massiva permitio que toda a energia e matéria conhecida como universo surgisse a partir de algum tipo de energia desconhecida . Toda a matéria do universo estava concentrada numa zona extraordinariamente pequena do espaço num único ponto e explodio, a matéria saiu empurrada com uma grande velocidade em todas as direções. Eng. Jose Casimiro Sobre a Expansão no universo , sustentasse que o universo estaria em expansão e dita expansão produzo nuvens de Hidrogênio e Hélio que se dispensaram no espaço e que se geravam com a expansão do universo. Centos de milhões de anos mais tarde do inicio da expansão iniciou a formação das estrelas dentro destas nuvens e que logo evolucionaram ate converter se em galáxias. A primeira geração de estrelas esta formada somente por Hidrogênio e Hélio , para este momento o universo não tinha nenhum elemento pesado, que são os formadores de planetas do nosso sistema solar. Eng. Jose Casimiro As diversas teorias que tratam de explicar o origem do sistema solar sustentam que o sistema deriva-se de uma estrela ancestral ou uma nébula solar. Teoria planetesimal: Esta teoria e mais aceitada atualmente , que tem os principais testemunhos ou mostras os asteroides e as cometas que sustenta o seguinte: 1. Nebulosa inicial: concentração de pó e gás giratório. 2. Colapso gravitatório: Massa central giratório. 3. Formação do Protosol: Colisão das partículas e fusão nuclear . 4. Formação de planetesimais: Agrupação do pó e gás giratório. 5. Formação de protoplanetas: Colisão ,União e criação de planetasimais(pequenos corpos rochosos que formaram no inicio do sistema solar). Origem do sistema solar Eng. Jose Casimiro Qualquer teoria que trate de explicar a origem do sistema solar deve considerar o seguinte: 1. O sol contem aproximadamente 99,8% da massa do sistema ,mas somente o 2% do momento angular. 2. Os planetas movem-se na mesma direção a volta do sol em orbitas elípticas , e tais orbitas encontram-se praticamente no mesmo plano. 3. Os planetas rotam sobre seus próprios eixos na mesma direção de revolução que a volta do sol (excetoUrano y Vênus que tem uma rotação retrograda (movimentos que os planetas fazem de E a O).Os satélites normalmente rotam na mesma direção. 4. Os planetas mostram um espaçamento regular expressada pela lei de Bode. 5. A maior parte do momento angular do sistema solar encontra se nos planetas. Eng. Jose Casimiro Teoria nebular resumo: Eng. Jose Casimiro Evolução geoquímica comparativa dos planetas. Eng. Jose Casimiro Um planeta é um corpo sólido de formato arredondado que gira em torno da estrela maior (no caso do planeta Terra, essa estrela é o Sol). Para que um corpo celeste seja considerado um planeta, este deve cumprir alguns critérios: o Estar em órbita ao redor de uma estrela. o Ter a sua própria gravidade, fator responsável para que tenha uma forma redonda. o Ter a sua órbita livre, isto é, o caminho que ele faz não pode ser influenciado ou obstruído por nenhum outro planeta. Tendo em conta estas condições , então podemos concluir que a Lua não e um planeta nem o Plutão já que a sua órbita é influenciada por Netuno. Existe dois (2) grupos de Planetas: Planetas terrestres ou telúricos: são os corpos celestes de grande densidade e solidez localizados no sistema solar interior ,formados principalmente por rochas e metais Exemplos: Terra, Marte e Mercúrio. Planetas jovianos: Também chamados de gigantes gasosos afastados, são planetas muito grandes com a atmosfera composta por gases (como o hidrogênio, o hélio e o metano) e se localizam longe de Sol. Exemplos: Júpiter, Saturno e Netuno. Antes de ver evolução de planetas no sistema solar , recordaremos alguns conceitos referentes a planetas. Eng. Jose Casimiro A Terra rapidamente converteu estes gases em vapores de água, metano, amônia, etc que constituíram a atmosfera primitiva da Terra. Mercúrio, devido a sua pequena massa não conseguiu manter estes vapores em sua atmosfera, e resfriou tanto e tão rapidamente que se tornou geologicamente estável. Vênus e Marte, assim como a Terra retiveram mais o calor produzido durante suas formações e mantêm-se geologicamente ativos. Vênus tem uma densa atmosfera, porém constituída por CO2, que provoca elevadas temperaturas e baixa umidade em sua superfície. Os planetas terrestres, e seus satélites, constituem cerca de 0,00006% da massa total do sistema solar ou então 0,44% da massa de todos os planetas. Dos planetas terrestres a Terra representa 50,3% da massa total, seguido por Vênus (40,9%), Marte (5,4%) e Mercúrio (2,8%). Os planetas terrestres foram constituídos todos por planetesimais de diferentes composições: Metálicos e Silicáticos, todos eles passaram por processos de fusão que os levaram a serem estratificados. Eng. Jose Casimiro Planetas: Eng. Jose Casimiro Estrutura interna dos planetas Terrestres e Jovianos Eng. Jose Casimiro Os meteoritos: Classificação Meteoros: são pequenos asteroides que se chocam com a Terra, e ao penetrar na atmosfera geram calor por atrito deixando um rastro brilhante facilmente visível a olho nu. Meteoritos: são meteoros que atravessam a atmosfera sem serem totalmente vaporizados. Os meteoritos são classificados em 3 grandes grupos: Pétreos ou Aerólitos: até 10% Fe-Ni – são subdivididos em acondritos (somente silicatos) e condritos (10% Fe-Ni). Ferro Pétreos ou Siderólitos: Constituídos de 50% de silicatos e Fe-Ni. Metálicos: Sideritos: 98% de Fe-Ni. Eng. Jose Casimiro Sideritos: • Compostos por liga Fe-Ni distribuídas como kamacita (6% Ni) e taenita (30-35% Ni). • Contém como acessórios a cohenita (Fe3C) e a Troilita (FeS) • Apresentam estruturas de resfriamento lento (separação do Fe e Ni). Correspondem à 6% dos meteritos que caem na superfície terrestre. Aerólitos: São semelhantes às rochas terrestres textural e mineralogicamente: olivina, orto-clinopiroxênios e plagioclásio. São divididos em dois grupos: Condritos: caracterizados pela presença de côndrulos – pequenas esferas de 1 mm constituídas por olivina e/ou piroxênio, revelando fusão parcial da fase silicática. A composição mineralógica geral destes meteoritos é: 40% olivina, 30% piroxênio, 10% de plagioclásio, 10% Fe-Ni e 6% troilita (FeS). Representam 84% das quedas. Acondritos: não possuem côndrulos , são de granulação mais grosseira. São semelhantes às rochas ígneas terrestres, apontando sua formação a partir da cristalização de um fundido silicático. Representam apenas 8% das quedas. Eng. Jose Casimiro “ ” Evolução geoquímica e diferenciação da terra. Distribuição dos elementos na crosta; Classificação geoquímica do elementos segundo Goldschmidt, sua relação com a classificação periódica; A composição química do manto e a crosta terrestre, distribuição dos elementos maiores, menores. Eng. Jose Casimiro CAP. II Distribuição dos elementos na crosta. Os elementos químicos que estão globalmente presentes no interior terrestre são os mesmos que constituem os minerais mais comuns. Existem atualmente cerca de 116 elementos químicos, incluindo 6 gases nobres e 28 elementos que não são encontrados naturalmente (ou que não tem isótopos estáveis). Mas, os minerais mais comuns da Terra são compostos por volta de 15 elementos químicos. Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Analisando o gráfico passado chega-se a seguinte conclusão que: A abundancia do oxigênio e silício juntos representam quase 75% da proporção de elementos químicos presentes na crosta terrestre. A crosta terrestre é formada principalmente por rochas. A quantidade de sílica presente nestas rochas é muito grande. Se observarmos a composição química da sílica (SiO2) notamos que ela é composta de um átomo de silício e dois átomos de oxigênio. Observando a Figura percebemos que a quantidade de oxigênio é quase o dobro da de silício. Os elementos que seguem, em ordem decrescente, alumínio, ferro, cálcio, sódio, magnésio e potássio. Distribuição dos elementos químicos na Crosta Dos 88 elementos existentes naturalmente, apenas 8 compõem aproximadamente 99% em peso da crosta terrestre, sendo o oxigênio o mais abundante. Assim, a crosta da Terra consiste quase inteiramente em compostos de oxigênio que são principalmente silicatos, carbonatos, óxidos, hidróxidos, fosfatos e sulfatos. A tabela seguinte mostra a abundância de elementos em Eng. Jose Casimiro Nome do elemento Símbolo Abundancia () Oxigênio O 46,71 Silício Si 27,96 Alumínio Al 8,07 Ferro Fe 5,05 Cálcio Ca 3,65 Sódio Na 2,75 Potássio K 2,58 Magnésio Mg 2,08 Titânio Ti 0,62 Hidrogênio H 0,14 Fosforo P 0,13 Carbono C 0,094 Manganésio Mn 0,09 Enxofre S 0,052 Bário Ba 0,05 Cloro Cl 0,045 Nome do elemento Símbolo Abundancia () Cromo Cr 0,035 Flúor F 0,029 Zircônio Zr 0,025 Níquel Ni 0,019 Eng. Jose Casimiro Outros elementos ocorrem em quantidades muito pequenas e são chamados de ELEMENTOS TRAÇO. Eles são medidos em partes por milhão (ppm) ou partes por bilhão (ppb). Apesar de sua pouca abundância, eles podem fornecer informações sobre processos geológicos. Muitos elementos importantes para a economia tem abundância média muito baixa da crosta. Por exemplo, em uma típica rocha, o Cu tem abundância de 55ppm, o Pb de 13ppm e o Hg de 0,08ppm. Os elementos traço podem ocorrer: Como elementos que formam seus próprios minerais. • Como elementos que estão apenas dispersos em outros minerais Eng. Jose Casimiro Classificação Geoquímica dos Elementos segundo Goldschmidt Mediante o estudo da distribuição dos elementos nas três (3) faces (Metálica ,sulfurada e silicatada)que constituem a maioria dos meteoritos Goldschmidt(1923) propôs a primeira diferenciação geoquímica dos elementos: Siderófilos: Aqueles elementos que mostram afinidade com a face metálica (núcleo). Calcófilos: Aqueles elementos que apresentam afinidade com a face sulfurada (núcleo). Litófilos: Aqueles elementos que apresentam afinidadecom a face silicatada (manto, crosta). Atmófilos: Aqueles elementos que apresentam afinidade com a fases gasosas. (atmosfera, hidrosfera) Eng. Jose Casimiro O carácter geoquímico dos elementos encontra se fundamentalmente controlados pela sua configuração electrónica. Alguns elementos podem mostrar afinidade por mais de uma fase , devido a que esta distribuição encontra se fortemente influenciada pela temperatura, a pressão e o ambiente geoquímico do sistema como tudo. O Cr por exemplo é um elemento que tem um caráter fortemente litófilo na crosta terrestre , mas quando a fuga de oxigênio reduze drasticamente , e adota um caráter fortemente cacófilo O carácter siderófilo do Cu, Ni e Zn reduze quando aumenta a temperatura, enquanto que aumenta para Mn, Cr, Si, Ta, Nb, Ga e Ti. Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Classificação Geoquímica dos Elementos de Goldschmidt Classificação Geoquímica dos Elementos de Goldschmidt Eng. Jose Casimiro Composição química da crosta terrestre ,manto e o núcleo. A crosta terrestre tem espessura média de 36 km nos continentes, mas varia ~ 10 km sob os oceanos a ~ 100 km sob as montanhas. ► Composição da crosta: A parte superior da crosta, consiste nos materiais mais próximos da superfície da Terra, composta por uma grande porcentagem de rochas sedimentares e de material inconsolidado. No entanto, esta cobertura forma apenas uma fina camada sobre o embasamento de rochas ígneas e metamórficas que estão nos cinturões de montanhas e nos fundos oceânicos. Clarke e Washington (1924) estimaram que os 16 km superiores da crosta consistem em 95% de rochas ígneas(ou seus equivalentes metamórficos), 4% de folhelhos, 0,75% de arenitos e 0,25% de calcários. Também estudaram a composição média das rochas ígneas e concluíram que a composição média esta entre o granito e o basalto, que são os dois tipos de rocha ígnea mais comuns. Contudo, estes dados não incluem muitas rochas do fundo os oceanos, o que poderia alterar estes resultados. Eng. Jose Casimiro ► Composição do manto: A separação entre a crosta e o manto superior é associada com uma grande mudança química de composição crustal rica em silício e alumínio para uma composição mais pobre em sílica e mais rica em magnésio e ferro do manto. O manto superior é dominado pelo mineral olivina, seguida pelo piroxênio. (Mg,Fe)2SiO4 - Olivino É possível analisar a composição do manto pelo exame de amostras trazidas até a superfície por erupções vulcânicas e em falhas geológicas. Podem ocorrer em basaltos ou em chaminés de kimberlitos. Kimberlitos são produtos de antigas e violentas erupções vulcânicas que ascendem na superfície em velocidades supersônicas, preservando minerais como o diamante. O manto inferior é constituído pelo mineral Perovskita (óxido de cálcio e titânio, CaTiO3). Estima-se que 80% a 100% do volume desta região seja formada por minerais com estrutura semelhante a ele, tornando-o um dos minerais mais abundantes do planeta, embora seja pouco encontrado na superfície. Eng. Jose Casimiro ► Composição do núcleo: A transição do manto inferior para o núcleo é uma descontinuidade química definida. O núcleo é extremamente denso e representa 30% da massa da Terra, mas somente 1/6 (17% do seu volume); Este volume é maior do que todo o planeta Marte. O núcleo externo líquido, de 2.900 –5.100 km, consiste fundamentalmente de ferro, além de aproximadamente 2% de níquel. Seu peso específico é de 9,9 g/cm3. O núcleo interno sólido, de 5.100 km a 6.371 km, também consiste em uma liga de ferro-níquel, contendo aproximadamente 20% de níquel. O núcleo possui pressões que correspondem a 3 milhões de vezes a pressão atmosférica e temperaturas que atingem 7.600°C. Eng. Jose Casimiro Distribuição dos elementos maiores menores. Elementos maiores: Representam uma concentração maior de 1 em peso. Chama se elementos maiores porque estão presentes em altas concentrações e controlam em grande parte a cristalização dos minerais patogênicas nas rochas partir de fusões . Eles também controlam propriedades como a viscosidade, a densidade etc. em magmas e rochas. Observando a seguinte tabela da abundancia de estes elementos demos conta que os 8 elementos na crosta continental constituem o 99% do total da crosta, e também são os elementos maiores que formam a maior parte das rochas e minerais. Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Elementos menores: São aqueles elementos que representam uma concentração entre 1% e 0,1 em peso. Elementos Traço: O termo elemento-traço tem sido usado para definir metais catiônicos e oxiânions presentes em baixas concentrações (usualmente < 0,1 dg(degramo) kg-1) Elementos dispersos: São elementos que mesmos que apresentem em quantidades consideráveis na crosta ,nunca formam fazes minerais próprias , se não que encontram- se dispersos em minerais comuns. Clarke: término que se refere al porcentagem médio do elemento na crosta. Exemplo: um clarke de oxigeno e 47; um clarke de Ni es 0,075 Clarke de concentração: Fator que mostra a concentração de um elemento dentro de um depósito ou mineral particular. Calcula- se por Xmuestra/Xclarke Eng. Jose Casimiro “ ” Geoquímica dos processos endógenos: elementos maiores, Traços e terras raras Magmas, sua origem; Diferenciação magmática, processos de diferenciação; os elementos maiores na diferenciação magmática; Elementos traços na evolução magmática; As Terras Raras, sua aplicação em determinar a rocha. Eng. Jose Casimiro CAP. III Magmas, origem e processos de diferenciação. O magma e um material de origem da rochas Ígneas que se pode definir como uma mistura de material rochoso fundido , cristais e gases , com amplio rango de composição química predominantemente Silicatada o qual presenta uma alta temperatura entre 500 e 1200 ̊C e característica físicas de mobilidade de líquidos viscosos. TIPOS DE MAGMAS: Existe3 tipos de magmas fundamentais Magma basáltico Magma andesítico Magma riolítico Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Magma: Origem Enquanto que o Mante terrestre e fundamentalmente solido , o magma origina- se principalmente pela fusão parcial do material proveniente do manto superior. De igual maneira mesmo insignificantemente, também pode-se gerar o magma a partir da fusão do material da crosta terrestre inferior. Sítios tectonicamente onde pode se gerar o magma: Eng. Jose Casimiro Diferenciação magmática, Processos A diferenciação magmática é o conjunto de processos mediante os quais um magma original primário , homogêneo que separa-se em frações e que chegam a formar rochas de composições diferentes mas relacionados. Eng. Jose Casimiro Distingue-se dois tipos de diferenciação: DIFERENCIAÇAO MAGMATICA Diferenciação magmática senso estrito Cristalização fraccionada Separação de fases liquidas • Por miscibilidade • Por gravidade • Por difusão e convecção • Por transferências gasosa • Por transferência aquosa Etapas de consolidação magmática Pressão filtrante Ortomagmatica Pegmatíticas Sulfatarica Hidrotermal neumatolítica Eng. Jose Casimiro A DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA SENSU STRICTO que e a separação de uma ou varias Fases liquidas partir do magma mãe , antes da cristalização. As soluções podem separar-se de acordo com vários processos , que estes são os seguintes : Diferenciação magmática .separação de fases liquidas: ☻ Por miscibilidade limitada ☻ Por Gravidade ☻ Por difusão e convecção ☻ Por transferência gasosa ☻ Por transferência aquosa Por Miscibilidade limitada. Vogt (1921) deduziu que ao baixar a temperatura , uma mistura homogénea de sulfúreos líquidos separa-se da fracção silicatada em forma de gotas imiscível que se deposita como fracção fundida. Por Gravidade. Num magma completamente liquido pode se produzir o desabamento dos íons e moléculas liquidasde maior peso, pela ação da gravidade. Eng. Jose Casimiro Por Difusão y convecção. Numa solução em que cuja as partes encontram se na mesma temperatura ,os elemento dissolvidos estão em equilíbrio com os outros ,. Se este equilíbrio quebra , então ditos elementos movem se até as partes mais frias , em quantidade proporcionais a diferencia da temperatura. Por Transferência de voláteis. (Gasosa o aquosa). Ao comprovar se que o vapor de agua é capaz de dissolver a sílice e as sais alcalinas. De esta maneira analógica , uma corrente gasosa ou aquosa que atravessa a câmara magmática poderia atuar como colector e veiculo de transporte dos constituintes mais voláteis do magma. CRISTALIZACIÓN FRACCIONADA são as separações consecutivas de uma ou varias fases solidas a partir dum magma inicial . Certos minerais das rochas ígneas encontram-se associados , devido que cristalizam na mesma temperatura, enquanto que outros raras vezes aparecem juntos. Exemplos: olivino e labradorita, no primeiro caso e quartzo e anortita, no segundo. Etapas de consolidação magmática São etapas sucessivas na consolidação dos magmas. Paul Niggli (1938) considera a Litosfera como um complexo polifacéutico ao qual é possível aplicar-lhe a regra das fases. Para isso construo vários diagramas que tratam de explicar as cinco etapas sucessivas da consolidação dos magmas nas rochas ígneas que as quais as classificou de maneira seguinte: ortomagmática, pegmatítica, neumatolítica, hidrotermal e solfatárica. Eng. Jose Casimiro Diagrama de HIGGLI V= Volátil R = Refratário Eng. Jose Casimiro Etapa ortomagmática. Durante esta etapa cristalizam os silicatos que vão formar a rocha principal do maciço plutónico, desde o olivino ate o quartzo, e minerais de importância económica, como a pentlandita, nicolita, cromita, ilmenita, magnetita e diamante, assim como os metais nativos do grupo do platino. Etapa pegmatítica. Durante esta etapa o líquido residual se infiltra nas fraturas da rocha ígnea e das rochas encaixantes. Os voláteis que levam refratários dão lugar a formação de grandes cristais (maiores de 32mm) que constituem as rochas, que geralmente filonianas, que se denominam “pegmatitos”. Etapa neumatolítica. Na etapa neumatolítica o material intersticial é gasoso e ao circular a través dos poros das rochas se comportará sobre todo como agente destrutor. Etapa hidrotermal. Na etapa hidrotermal o vapor de agua se condensa, dando lugar a líquidos que podem conter diversos minerais solúveis. O enfreamento das soluções produzem a precipitação de ditos minerais, dando origem a jazigos de: Cobre, Ouro, Chumbo, Zinco, Prata, Antimônio, etc. Etapa solfatárica. Finalmente, na etapa solfatárica liberam se gases como o SO3, CO2 y H2BO3. Em alguns lugares chegam se a explorar o bórax e o enxofre nativo, gerados nesta etapa. Eng. Jose Casimiro Cristalização fraccionada por Pressão Filtrante. Uma variante da cristalização fraccionada tem lugar quando um magma que já cristalizou somente parcialmente vê-se sujeito a pressão por defeito de certos processos tectónicos. O líquido residual é expulsado e injetado na porção cristalizada do mesmo magma ou nas rochas encaixantes, em onde gerara rochas muito diferentes das que resultariam da consolidação do magma inicial. Eng. Jose Casimiro Elementos traços na evolução magmática Como a sua definição Elemento-traço termo usado para definir metais catiônicos e oxiânions presentes em baixas concentrações (usualmente < 0,1%.) Todo elemento presente em uma rocha com concentração menor que 1000 partes por milhão ou 0,1% (porcentagem peso) é denominado elemento-traço. Estudos com elementos-traço são de fundamental importância no estudo da gênese dos magmas, pois eles têm capacidade de discriminar os processos petrogenéticos com maior precisão que os elementos maiores e menores. Dessa forma, o comportamento dos elementos-traço é utilizado para confirmação das evoluções indicadas pelo balanço de massa dos óxidos. Eng. Jose Casimiro As Terras Raras, sua aplicação em determinar a rocha Como a sua definição: Os elementos Terras raras são elementos escassos na crosta terrestre que resultam difíceis de encontrar, pois eles são os mais úteis de todos elementos traços e seus estudos têm importantes aplicações na petrologia ígnea, sedimentar e metamórfica. ► A determinação da concentração relativa de ETRs e usada parar determinar a fonte dos magmas que constituem a rochas ígneas e para a datação dos minerais. Exemplos: Espinélio: incorpora ETRs leves, com empobrecimento deste elementos no líquido residual. Augita: incorpora preferencialmente ETRs pesadas, com enriquecimento por vezes acentuado de ETRs leves. Anomalias positivas de Eu são detectadas. Anfibólio (hornblenda): incorpora preferencialmente os ETRs intermediários, provocando enriquecimento maior nos leves e menos acentuado nos pesados Eng. Jose Casimiro Micas: Incorporam todos os ETRs de uma mesma forma e sua presença afeta muito pouco o padrão destes elementos. Feldspato Potássico: incorpora ETRs de forma semelhante aos plagioclásios, porém de forma menos acentuada, com exceção do Eu, que produz uma anomalia muito mais fortemente negativa no líquido residual. Os elementos terras raras (ETRs) ou lantanídeos compreendem uma família de 15 elementos: Usualmente os ETRs são divididos em três grandes grupos: ETRs Leves: Z mais baixos entre 57 e 60- La, Ce, Pr, Nd. ETRs Médias: Z intermediários entre 62 e 65- Sm, Eu, Gd, Tb ETRs Pesadas: Z mais elevados entre 66 e 71- Dy, Ho, Er, Tm, Yb e Lu Nota: ver a tabela a seguir Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro “ ” Cap.IV Geoquímica do intemperismo e solos. Processos de sedimentação Geoquímica do intemperismo e solos; geoquímica da sedimentação e da diagênese. Eng. Jose Casimiro Geoquímica do intemperismo e solos Antes de avançar recordamos a definição de Intemperismo: como Processos físicos, químicos e biológicos que provocam a transformação das rochas na superfície da Terra, sob ação de agentes atmosféricos, hidrosféricos e biosféricos. Tipos de intemperismo: Físico: Que consiste na desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais, antes coesos. Não ocorrem modificações químicas e mineralógicas. Químico: Que é o processo dominante na alteração das rochas. Age por meio de reações entre a água (chuva) e os minerais ocorrem modificações nas composições químicas e mineralógicas Eng. Jose Casimiro REAÇÕES ENVOLVIDAS NO INTEMPERISMO QUÍMICO Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro Eng. Jose Casimiro FATORES QUE CONTROLAM O INTEMPERISMO Rocha: Fator passivo, reage à ação dos outros agentes em função de sua composição química e mineralógica, textura e estrutura. Clima: Fator ativo mais importante, fundamental na formação do saprolito.Condiciona sua distribuição no globo. Age por meio da quantidade qualidade das água (temperatura). Definem o tipo da hidrólise Relevo: Atua sobre as condições hidrodinâmicas do meio (velocidade de fluxo), sobre as condições de transporte (erosão) e sobre as condições climáticas. Organismos: Influenciam a qualidade da água de alteração, seu pH; rochas colonizadas por liquens e algas são mais facilmente alteradas. Tempo: Fator importante para o desenvolvimento do manto de alteração. Sua influência varia de acordo com o tipo de rocha e de clima. Eng. Jose Casimiro • A matéria orgânica colore o solo em tons escuros de cinza, marrom e preto. • O carbonato de cálcio e outros sais solúveis (existentes apenas em condições particulares em que os íons componentes destes minerais não são lixiviados pelas águas de infiltração) colorem os solos de branco. • Os produtos ferruginosos (minerais de ferro livre, ou seja, oxi-hidróxidos de ferro, que somente ocorrem onde os íons deste elemento não participam dos argilominerais 2:1) colorem os solos emvárias cores e tonalidades, dependendo de seu estado, da estrutura formada e da hidratação do meio, principalmente: os compostos de ferro ferroso colorem os solos em cinza e cinza azulado; a goethita colore em amarelo, laranja e marrom; a hematita colore em vermelho, • Os produtos de manganês, elemento que pode substituir pequena parte do ferro em minerais primários e que, tendo comportamento geoquímico próximo ao do ferro, também fica liberado nos solos, formam compostos oxidados com cor preta. Eng. Jose Casimiro Classificação de solos quanto a origem Quanto à sua formação, podemos classificar os solos em três grupos principais: solos residuais, solos sedimentares e solos orgânicos. Solos residuais. São os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe), observando-se uma gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram os solos residuais, é necessário que a velocidade de decomposição de rocha seja maior que a velocidade de remoção pelos agentes externos. Solos sedimentares ou transportados. são os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando transportados pela água), eólicos (vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras). Solos orgânicos Originados da decomposição e posterior apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou animal. Eng. Jose Casimiro Processos de sedimentação Os processos de sedimentação são fenômenos ocorrem na superfície terrestre e agua que dão lugar a formação de rochas. Estes processos começam com a destruição das rochas solidas pela meteorizaçao, a erosão e o transporte já seja através do de agua ,gelo ou vento , e posteriormente a deposição ou precipitação dos sedimentos e por ultimo processo da diagêneses ou formação das rochas solidas. A continuação resumimos cada um de estes processos: Processo da meteorizaçao: A meteorizaçao produze se através de um processo estático pela qual a rocha se desfaz em pequenos fragmentos e se dissolve , se descompõe , formam se novos minerais obtendo se assim a remoção e o transporte de detritos na etapa que viria a erosão. Processo da erosão: A erosão produze se quando a agua , o gelo ou o vento arrastam a terra ou a rocha meteorizada, a rocha mole esta mais submetida a fragmentação e arrastada que a rocha dura. Eng. Jose Casimiro Processo de litificação (diagênese): É último processo que ocorre na formação das rochas sedimentares. Fenômeno que compreende as modificações sofridas pelos sedimentos até a formação da rocha definitiva. Este processo esta dividido em 3 etapas: Cimentação: cristalização de material carreado pela água que percola pelos vazios do sedimento (espaço de vazios deixados pelas partículas sólidas), preenchendo-os e dando coesão ao material. Compactação: compressão dos sedimentos devido ao peso daqueles sobrepostos, havendo gradual diminuição da porosidade (redução de vazios). Autigênese: formação de novos minerais in situ. Eng. Jose Casimiro “ ” Cap.V Geoquímica isotópica Os Isótopos na Geologia, isótopos estáveis e instáveis, Método para o calculo das idades e proveniência. Eng. Jose Casimiro Introdução aos Isótopos Recordando o conceito de isótopos: Denomina se isótopos , os átomos de um mesmo elemento cujo núcleos tem uma quantidade diferente de nêutrons , e portanto diferente em numero mássico. Ou seja com igual numero atômico (numero de prótons no núcleo), mas diferente numero mássico(soma de numero de prótons e o de neutros) A maior parte dos elementos químicos tem mais de um isótopo, somente 8 elementos exemplo berílio ou sódio posem um só isótopo natural. outros elementos tem isótopos naturais mais instáveis , no caso de Uranio , cujo os isótopos podem transformar-se ou decair em outros isótopos mais estáveis. Todos os isótopos tem o mesmo numero de atômico mais diferente números mássicos. Por exemplo na natureza o carbono apresenta se com uma mistura de três (3) isótopos comk números mássicos 2,13 e14:12C,13C e14C. Eng. Jose Casimiro Existem os Isótopos naturais: que são aqueles que se encontram na natureza de forma natural exemplo o hidrogênio (H) que tem três isótopos naturais . Outro elemento e o carbono que esta formado por isótopos por carbono-12 que e a base referencial do peso atômico de qualquer elemento o carbono-13 que e o único carbono com propriedade magnéticas e o carbono-14 radiativo este muito importante já que usa se na arqueologia para determinar a idade dos fosseis orgânico. Isótopos artificiais: Estes tipos de isótopos produzem se nos laboratórios nucleares por bombardeamento de partículas sub atômicas ou nas centrais nucleares para a geração de corrente elétrica no caso do isótopos de urânio (U-233). Os isótopos se subdividem em isótopos estáveis e Instáveis que mais em frente desenvolveremos. Eng. Jose Casimiro Os Isótopos na Geologia Na geologia os isótopos são muito importantes , já que usa se amplamente isótopos radioisótopos ou instáveis e estáveis para determinar as idades das rochas , meteoritos e objetos arqueológicos também como vectores para conhecer os processos geológicos e ambientais . Os radioisótopos permitem calcular a antiguidade dos fosseis , minerais etc. Ex. O carbono-14 determina uma antiguidade de 5000 anos Eng. Jose Casimiro Isótopos estáveis e instáveis Os isótopos podem ser estáveis ou instáveis ou radioisótopos. Os isótopos instáveis ou radioisótopos os seu núcleos são instáveis e tem a propriedade de emitir energia e partículas em forma de radiação ionizante quando mudam de forma a uma mais estável, este processo também é chamado decaimento radiativo. O físico Neozelandês ,Ernest Rutherfor Sufgerio a possibilidade de datar minerais mediante a radiatividade, calculando a porção entre a quantidade de elementos radiativos (chamados elementos Pai ou primários) e as substancias derivadas ( Chamados elementos filhos ou radiogenicos) A energia libertada quando mudam de forma pode ser detectada através de um contador Geiger ou através de um filme fotográfico. Cada radioisótopo tem um período de desintegração ou semivida característica. A energia pode ser libertada, principalmente em forme de raios alfa(núcleo de hélio), beta(elétrons ou pósitrons )ou gama(energia eletromagnética) Eng. Jose Casimiro Exemplo de radioisótopos: Eng. Jose Casimiro Isótopos estáveis: Estes isótopos são nucleotídeo que não e radioativo , que não experimenta de forma espontânea decaimento radioativo. Entre os isótopos estáveis mais estudados nas geociências estão os H, C, N, O, y S, pela sua grande abundância na atmosfera ,agua e minerais formadores de rochas e na sua participação em processos geológicos no interior e na superfície terrestre. As suas principais aplicações encontram se na caracterização isotópica de agua de chuva , oceânica ,magmática , glaciares, jazigos minerais assim como na avaliação de mudanças climáticas ,intemperismo, diagêneses etc. Eng. Jose Casimiro Isótopos estáveis e a sua abundancia Eng. Jose Casimiro Método para o calculo das idades e proveniência. Os estudos de geoquímica isotópica tem como finalidade determinar idades e estudar a evolução de rochas da crosta terrestre utilizando razões isotópicas de elementos. Para que um Radioisótopo seja utilizado na datação é preciso 3 condições: Que a sua vida media não seja demasiado largo nem demasiado curto em relação a o que queremos medir. Que o elemento filho se poda distinguir nas eventuais quantidades do mesmo isótopo já que é presente no mineral desde a sua formação. A idade da rocha é quase sempre a medida de varias determinações em mineral e na tocha total. Neste curso veremos alguns métodos para o calculo das idades de rochas ou proveniência das mesmas. Eng. Jose Casimiro O método Sm-Nd (Samário - Neodímio): Samário e neodímio são elementos terras raras leves, suas concentraçõesem rocha ígneas crescem com o aumento do grau de diferenciação. No entanto a razão Sm/Nd decresce, já que o Nd vai sendo mais concentrado no líquido em relação ao Sm durante o processo da cristalização fracionada. Sm e Nd são ligados em uma relação pai e filho pelo decaimento alfa do 147Sm para ¹ ³Nd estável com uma meia vida de 1,06 x 10¹¹ anos. O decaimento do 147Sm é descrito pela equação: (¹ ³Nd/¹ Nd)m = (¹ ³Nd/¹ Nd)i + (¹ 7Sm/¹ Nd)m (eλt- 1) Onde o 144Nd é usado como isótopo de referência, “t” é o tempo decorrido, “λ”, é a constante de decaimento (6,54 x 10-12 a-1), e “m” e “i” designam, respectivamente, a razão isotópica atual da amostra e a razão inicial. O método Potássio - Argônio): Este método é o mais comum dos métodos já que tem ao seu favor a universalidade do potássio, mesmo que a sua inconveniência é o caráter gasoso do argônio que a tendência é de escape em certas condições o que pode dar idades menores do que as reais. O normal é usar este método em combinação com o método Rubídio – Estrôncio. O rendimento de estes métodos se obtém em rochas vulcânicas mesozoicas e Cenozoicas. Eng. Jose Casimiro “ ” Cap.VI Prospecção geoquímica Princípios básicos para a prospecção geoquímica; Anomalias significativas e não significativas; Dispersão primaria, Dispersão secundaria; Conceitos relacionados com a amostragem e os procedimentos analíticos; investigação de solos; Investigação de drenagens; Investigação da vegetação e agua. . Eng. Jose Casimiro Princípios básicos para a prospecção geoquímica. Eng. Jose Casimiro A prospecção geoquímica pode ser definida como qualquer método sistemático usado para Medir as propriedades químicas de um, ou mais materiais de origem natural. Como por exemplo, a composição de rochas e solos. Através da geoquímica de exploração ou prospecção possível determinar a localização de depósitos minerais de alto valor financeiro. Para isso podemos mencionar alguns princípios básicos da prospecção geoquímica: Associação de elementos com corpos mineralizados. Dispersão dos elementos no ambiente secundário. Contraste geoquímico entre terrenos mineralizados e não mineralizados. Eng. Jose Casimiro Como funciona a exploração geoquímica? A seguir vamos explicar os passos necessários para levar a cabo uma exploração geoquímica: 1. Em primeiro lugar realiza-se a seleção de métodos , elementos , sensibilidade e pressão da amostras. 2. No segundo passo entra em cena a amostragem inicial ou preliminar . Período em que se Realiza a amostragem em superfície, ou em profundidade do subsolo, para definir o nível de Confiabilidade de e avaliar os fatores proeminentes para identificação de um depósito mineral. 3. Na terceira fase faz-se a analise das amostras no laboratório através de vários métodos de analises. 4. Na quarta fase já e possível coletar mesurar as estatísticas e os resultados da avaliação, usando os dados geológicos e geofísicos coletados ate agora. 5. E por ultimo na sequencia , ocorre a confirmação de anomalias e devem ser realizados algumas amostras em áreas menores , também chamado amalha de amostragem com curto espaçamento. E novamente realiza-se a analise destas amostras e a avaliação dos resultados obtidos. Anomalias significativas e não significativas Eng. Jose Casimiro Uma anomalia geoquímica é uma desviação ou teores anormalmente altos ou baixos de um elemento com respeito ao normal ou seja uma distribuição espacial anormal de um elemento ou combinação de elementos (em um tipo de amostra particular, em um ambiente específico, determinado por uma técnica analítica específica) . Esta anomalia expressa-se através de números ou dados que podem separar de um grupo mais amplio de números formando um fundo geoquímico. Para que uma anomalia seja detectada tem que desviar claramente este fundo. O termino fundo refere-se a abundancia ou teor normal de um elemento nos materiais terrestres não mineralizados. Por exemplo: O conteúdo médio em K2O de granitos es 5,46 % em peso, de basaltos é 0,82% em peso (segundo NOCKOLDS, 1954). Eng. Jose Casimiro Tabela de abundancia normal dos elementos químicos na crosta terrestre. Eng. Jose Casimiro Tipos de anomalias •Litogeoquímicas -rocha •Pedogeoquímicas –solos •Hidrogeoquímicas –superficiais e subterrâneas •Biogeoquímicas –seres vivos •Atmogeoquímicas -gases •Relativas aos sedimentos de drenagem Anomalias geoquímicas Relacionadas a mineralização •Depósito mineral é um fenômeno anormal da natureza, sendo considerado uma anomalia geoquímica. Eng. Jose Casimiro Anomalias significativas e não significativas. Anomalia significativa ou positivas: São as anomalias relacionadas com mineralizações e com teores maiores que os teores de fundo. Anomalias não-significativas: São aquelas anomalias não relacionadas com a mineralização.
Compartilhar