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Sistemática vegetal

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Nos últimos anos, o uso de caracteres moleculares (tais como: sequenciamento 
nucleotídico de diversos genes, dados de sequência de DNA e RNA, isoenzimas e perfis 
de flavonóides), para inferir relações evolutivas e filogenéticas entre organismos, no 
contexto da sistemática vegetal, tem sido cada vez mais recorrente. Os motivos para isso 
são que há uma quantidade muito maior de dados moleculares disponíveis e a 
identificação deles é mais fácil de ser feita, não dão margem à ambiguidade, como 
ocorre com alguns caracteres morfológicos. No entanto, é inegável a importância dos 
caracteres estruturais (dentre eles os morfológicos) para a classificação e identificação 
dos vegetais, já que foram os primeiros a serem utilizados e ainda hoje fornecem a 
maior parte da informação usada na construção de hipóteses de relacionamentos 
filogenéticos entre as plantas. A sistemática vegetal é uma ciência ampla e de grande 
importância, pois nos permite compreender o processo evolutivo e vários fenômenos 
biológicos como: diversificação ecológica, relações coevolutivas entre parasitas e 
hospedeiros, biogeografia, adaptação, especiação e taxas de evolução. Já a taxonomia, 
que faz parte da sistemática, é importante porque reúne todas as informações específicas 
de um táxon, identificando-o. Os diversos caracteres morfológicos, tais como: tipos de 
raízes, caules, folhas, flores, frutos e hábito (aparência geral), são de grande utilidade 
em chaves analíticas e descrições botânicas. Principalmente os aspectos da aparência 
externa que são de fácil visualização, eles “alimentam” essas ferramentas. As chaves 
dicotômicas organizam as informações sobre um grupo de uma maneira que facilita 
bastante a identificação dele, sendo a ferramenta mais eficiente. A descrição botânica 
também se favorece muito da morfologia e é essencial à nomenclatura e classificação 
vegetal, ao informar sobre crescimento, reprodução, metabolismo, desenvolvimento e 
evolução da vida das plantas. Em suma, apesar da vigência da biologia molecular, os 
caracteres morfológicos, ao que tudo indica, nunca se tornarão obsoletos. 
 
 
Alexandre V. do Prado 
2º P. CB 
 
> Referência Bibliográfica 
- JUDD, et al. Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. Artmed; 3ª edição, 
2008.

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