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Botanica Sistematica

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Modulo de 
Botânica Sistemática 
 
 
 
Ensino à Distância 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Rua Comandante Augusto Cardoso n˚ 135
 
 
Direitos de autor 
Este Módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Em caso de reprodução, deve ser 
mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos Autores do Módulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
 
Rua Comandante Augusto Cardoso, n.º 135 
Telefone: 21-320860/2 
Telefone: 21 – 306720 
Fax: +258 21-322113 
 
 
 
Agradecimentos 
 
À COMMONWEALTH of LEARNING (COL), pela disponibilização do Template usado na 
produção dos Módulos. 
 Ao Instituto Nacional de Educação à Distância (INED), pela orientação e apoio prestados. 
 Ao Magnífico Reitor, Directores de Faculdade e Chefes de Departamento, pelo apoio prestado em 
todo o processo. 
 
 
 
 
 
Ficha Técnica 
 
Autores: Felisberto Lobo & 
 Cornélio Mucaca 
Desenho Instrucional: Nilza Pondja 
Revisão Linguística: Jeronimo Simão 
Maquetização: Aurélio Armando Pires Ribeiro 
Edição: Valdinácio Florêncio Paulo 
 
 Ensino à Distância i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Bem-vindo ao Módulo de Botânica Sistemática ............................................................... 1 
Objectivos do módulo ....................................................................................................... 2 
Quem deveria estudar este Módulo .................................................................................. 2 
Como está estruturado este Módulo .................................................................................. 3 
Ícones de actividade .......................................................................................................... 4 
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 5 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................. 6 
Avaliação .......................................................................................................................... 6 
Unidade I 9 
Introdução à Botânica Sistemática .................................................................................... 9 
Introdução ................................................................................................................ 9 
Lição nº1 11 
Definição da Botânica, origem das plantas e partes da Botânica ................................... 11 
Introdução .............................................................................................................. 11 
Sumário ........................................................................................................................... 14 
Exercício ......................................................................................................................... 14 
Chave de correcção. ........................................................................................................ 14 
Lição nº 2 15 
Categorias da classificação e nomenclatura Botânica .................................................... 15 
Introdução .............................................................................................................. 15 
Sumário ........................................................................................................................... 32 
Exercicios ........................................................................................................................ 33 
Chave de Correcção ........................................................................................................ 34 
Lição nº 3 35 
Os reinos ......................................................................................................................... 35 
Introdução .............................................................................................................. 35 
Sumário ........................................................................................................................... 37 
Exercícios ........................................................................................................................ 38 
Chave de Correcção ........................................................................................................ 39 
Lição nº4 40 
Diversidade dos organismos vegetais no tempo geológico ............................................ 40 
Introdução .............................................................................................................. 40 
ii Índice 
 
Sumário ........................................................................................................................... 46 
Exercícios ........................................................................................................................ 47 
Chave de correcção ......................................................................................................... 47 
Lição nº 5 49 
História da Botânica Sistemática .................................................................................... 49 
Introdução .............................................................................................................. 49 
Sumário ........................................................................................................................... 53 
Exercícios ........................................................................................................................ 53 
Chave de correcção ......................................................................................................... 53 
Exercícios ........................................................................................................................ 54 
Chave de correcção ......................................................................................................... 55 
Unidade II 56 
Sinópsis do reino vegetal e níveis de organização dos organismos ................................ 56 
Introdução .............................................................................................................. 56 
Lição nº 1 58 
Os Prokaryota: Características morfológicas, ecológicas e modo de vida. .................... 58 
Introdução .............................................................................................................. 58 
Sumário ........................................................................................................................... 64 
Exercícios ........................................................................................................................ 65 
Chave de correcção ......................................................................................................... 65 
Lição nº 2 67 
Eucaryota: Características morfológicas, ecológicas e modo de vida ............................ 67 
Introdução .............................................................................................................. 67 
Sumário ........................................................................................................................... 74 
Exercícios ........................................................................................................................ 74 
Chave de Correção .......................................................................................................... 74 
Lição nº 3 76 
Níveis de desenvolvimento Myxobionta e Mycobionta ................................................. 76 
Introdução .............................................................................................................. 76 
Sumário ...........................................................................................................................89 
Exercícios ........................................................................................................................ 90 
Chave de Correção .......................................................................................................... 90 
Lição nº4 91 
O estudo das Algas ......................................................................................................... 91 
Introdução .............................................................................................................. 91 
 
 Ensino à Distância iii 
 
Sumário ........................................................................................................................... 94 
Exercícios ........................................................................................................................ 95 
Chave de Correção .......................................................................................................... 95 
Unidade III 97 
Embryobionta – Briófitas e plantas vasculares ............................................................... 97 
Introdução .............................................................................................................. 97 
Lição nº 1 98 
Divisão Bryophyta .......................................................................................................... 98 
Introdução .............................................................................................................. 98 
Divisão Pteridopyta ....................................................................................................... 103 
Sumário ......................................................................................................................... 110 
Exercícios ...................................................................................................................... 111 
Chave de Correção ........................................................................................................ 111 
Unidade IV 113 
Sistemática e características das traqueófitas ............................................................... 113 
Introdução ............................................................................................................ 113 
Lição nº 1 114 
Características gerais das traqueófitas .......................................................................... 114 
Introdução ............................................................................................................ 114 
Sumário ......................................................................................................................... 119 
Exercícios ...................................................................................................................... 120 
Chave de Correção ........................................................................................................ 120 
Sistemas de classificação da folha e da flor, características e sistemática das 
Dicotiledóneas. ............................................................................................................. 122 
Introdução ............................................................................................................ 122 
Sumário ......................................................................................................................... 140 
Exercícios ...................................................................................................................... 141 
Chave de Correção ........................................................................................................ 141 
Bibliografia ................................................................................................................... 143 
 
 
 
 Ensino à Distância 1 
 
Visão geral 
Bem-vindo ao Módulo de Botânica 
Sistemática 
A Botânica Sistemática faz a classificação dos organismos vivos 
em séries Hierárquicas de grupos enfatizando as suas relações 
Filogenéticas. 
Parte da ciência que estuda e apresenta os métodos e teorias que 
organizam os seres vivos em grupos promovendo a sua 
Classificação, Identificação e Nomenclatura utilizando vários 
métodos como a Comparação e Chaves de identificação. 
A disciplina de Botânica Sistemática deve fornecer bases sólidas 
para as disciplinas de índole Botânica como a Flora de 
Moçambique, Ecologia Vegetal, Micologia, Ficologia, Fisiologia 
Vegetal, 
O módulo irá lhe facultar uma auto-aprendizagem de modo que ao 
fim do curso esteja com os conhecimentos dentro das metas 
exigidas e definidas segundo os objectivos preconizados para a 
disciplina. 
O módulo é composto por IV unidades e visa fornecer-lhe 
informações úteis para a compreensão da sistemática aplicável para 
a Botânica tendo em conta os aspectos evolutivos das plantas 
incluindo a sua classificação. 
Deste Manual constará bibliografia de cada unidade sobre a qual far-se-
ão comentários com vista a auxiliá-lo a reflectir e consolidar os seus 
conteúdos. Constarão ainda várias actividades didácticas centradas na sua 
auto-aprendizagem. 
2 
 
Objectivos do módulo 
 
Objectivos 
 
Quando terminar o estudo da 
Botânica Sistemática I deve ser 
capaz de: 
• Identificar as plantas e outros organismos; 
• Analisar a sistemática vegetal em termos evolutivos; 
• Denominar as plantas e os outros organismos com base 
nas regras de nomenclatura; 
• Aplicar as plantas na medicina e na indústria; 
• Comparar ciclos de vida de organismos diferentes; 
• Executar técnicas de recolha, preparação, conservação, 
etiquetagem e identificação de plantas de vários taxa; e 
• Distinguir as características dos vários filos do reino 
vegetal. 
 
Quem deveria estudar este 
Módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que estejam a 
frequentar o curso de Biologia ministrado pelo EAD da UP, 
devendo para a sua melhor compreensão o estudante possuir 
noções básicas sobre a Botânica Geral. 
 
 
 Ensino à Distância 3 
 
Como está estruturado este 
Módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos por CEAD – UP 
encontram-se estruturados da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
• Um índice completo. 
• Uma visão geral detalhada do módulo, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar 
o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo. 
Conteúdo do módulo 
O módulo está estruturado em unidades. Cada unidade inclui uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade 
incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da unidade 
e uma ou mais actividades para auto-avaliação com a respectiva 
chave de correção. 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos 
uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos 
incluem livros, artigos ou sites da Internet. 
Tarefas de avaliação 
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de 
cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais 
para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as 
completar. Estes elementos encontram-se no final do modulo. 
 
4 
 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer 
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus 
comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este 
módulo. 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, 
cada um com uma descrição do seu significado e da forma como 
nós interpretámos esse significado para representar as várias 
actividades ao longodeste curso / módulo. 
 
 
Comprometimento/ 
perseverança 
Actividade 
 
Resistência, 
perseverança 
Auto-avaliação 
 
“Qualidade do 
trabalho” 
(excelência/ 
autenticidade) 
Avaliação / 
Teste 
 
“Aprender através 
da experiência” 
Exemplo / 
Estudo de caso 
 
 Ensino à Distância 5 
 
 
Paz/harmonia 
Debate 
 
Unidade/relações 
humanas 
Actividade de 
grupo 
 
Vigilância / 
preocupação 
Tome Nota! 
 
“Eu mudo ou 
transformo a minha 
vida” 
Objectivos 
 
[Ajuda-me] deixa-
me ajudar-te” 
Leitura 
 
“Pronto a enfrentar 
as vicissitudes da 
vida” 
 
(fortitude / 
preparação) 
Reflexão 
 
“Nó da sabedoria” 
Terminologia 
 
Apoio / 
encorajamento 
Dica 
 
Habilidades de estudo 
 
Caro estudante, você poderá encontrar neste módulo textos para 
leitura e exercícios de auto avaliação e uma lista de terminologias 
com o respectivo significado. Depois de ler cuidadosamente os 
textos procure sempre responder as questões colocadas. Procure 
encontrar no meio que lhe rodeia objectos reais que mostram os 
aspectos tratados teoricamente nos textos ex. Plantas, fungos, 
musgos, etc. 
Procure sempre realizar uma excursão (visitar matas com muita 
diversidade de plantas) de forma a encontrar nelas as plantas ou 
fungos mais referidos nos textos. 
6 
 
Precisa de apoio? 
Sempre que precisar alguma informação a mais deve procurar 
outras literaturas dentre as referidas no capítulo sobre a 
bibliografia. Caso haja dúvida ou curiosidade que prevaleça 
contacte o seu centro de forma a entrar em contacto com os autores 
do módulo. 
. 
Sempre que precisar alguma informação a mais deve procurar 
outras literaturas dentre as referidas no capítulo sobre a 
bibliografia. Caso haja dúvida ou curiosidade que prevaleça 
contacte o seu centro de forma a entrar em contacto com os autores 
do módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação) 
As perguntas estão elaboradas de forma simples e clara, deve 
apenas ler cuidadosamente o texto e procurar perceber o que se 
quer com a pergunta e em seguida formular as ideias para dar a 
resposta 
Avaliação 
As avaliações serão feitas segundo as normas e o regulamendo do 
Centro de Ensino a Distância. 
Ao fim do módulo você poderá realizar um exame escrito e 
apresentar um relatório escrito sobre uma tabela taxonómica de 
plantas visitadas durante as suas excursões de estudo na zona onde 
reside. 
 
 Ensino à Distância 7 
 
 
 
 
 
 Ensino à Distância 9 
 
Unidade I 
Introdução à Botânica Sistemática 
Introdução 
Desde cedo o Homem preocupou-se em perceber a sua origem e 
concomitantemente a origem da vida. Com o avanço da técnica o 
Homem inventou instrumentos que o permitiam observar objectos até 
então por ele desconhecidos. Nesta unidade você vai aprender 
aHistória da Botânica Sistemática, a diversidade dos organismos 
versus tempo geológico, os reinos, categorias da classificação, 
nomenclatura Botânica, definição da Botânica, origem das plantas e 
partes da Botânica. 
 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos Gerais 
 
 
 
I. No Âmbito dos conhecimentos: 
Possuir conhecimentos sobre: 
• Regras de taxonomia e nomenclatura; 
• Tendências evolutivas nas plantas; 
• Colheita, herborização e identificação de plantas; 
• Taxonomia vegetal; Introdução aos métodos taxonómicos 
correntes; Alternância de gerações; 
• Botânica Sistemática enfatizando a Filogenia (História 
Evolutiva de um grupo ou linhagem); 
10 
 
• Características, habitat e ciclos de vida das plantas. 
II. No Âmbito das capacidades e habilidades: 
Ser capaz de: 
• Identificar as plantas e outros organismos; 
• Analisar a sistemática vegetal em termos evolutivos; 
• Denominar as plantas e os outros organismos com base nas 
regras de nomenclatura; 
• Indicar a importância das plantas na medicina e na 
indústria; 
• Comparar ciclos de vida de organismos diferentes; 
• Executar técnicas de recolha, preparação, conservação, 
etiquetagem e identificação de plantas de vários taxa; 
• Distinguir as características dos vários filos do reino 
vegetal. 
 
 
 Ensino à Distância 11 
 
Lição nº1 
Definição da Botânica, origem das 
plantas e partes da Botânica 
 
Introdução 
As plantas são organismos vegetais que têm a sua origem a partir de 
outros organismos. Nesta lição você poderá estudar o conceito da 
Botânica como ciência que estuda as plantas, conhecer a sua origem e 
as partes da Botânica que permitem o estudo da sistemática e 
taxonomia das mesmas. 
Ao completar esta Lição você será capaz de: 
 
Objectivos específicos 
 
 
 
• Mencionar as partes da Botânica; 
• Definir o conceito “Botânica”; 
• Descrever os processos naturais que deram origem das 
plantas. 
 
A origem das plantas 
De acordo com MAUSETH (1998), as plantas vasculares surgiram 
bem mais tarde, depois da descoberta dos primeiros procariontes 
(seres com material genético disperso no citoplasma) a cerca de 350 
milhões de anos, na era Paleozóica, Período Devoniano Superior e 450 
milhões de anos, no Período Ordoviciano (PEREIRA, 1999). 
DELEVORYAS (1966) comenta sobre estudos paleobotânicos, 
indicando o surgimento dos vegetais inferiores no Período Pré-
12 
 
cambrico. Sendo a disciplina de botânica bastante ampla, não veremos 
a parte referente à paleobotânica. 
Definição de Botânica 
Botânica, Biologia Vegetal ou Fitologia: é a parte da Biologia que 
estuda as plantas. Etimologicamente duas palavras gregas estão 
relacionadas: botane, que significa erva forrageira ou erva útil e 
phyton, que significa planta. Como é do seu conhecimento a partir da 
8ª classe e 9ª classe respectivamente, as plantas apresenta 
características diferentes as dos animais que passamos a lembrar: 
 
Tabela 1: Diferenças entre animais e plantas 
PLANTAS ANIMAIS 
Autotróficos Heterotróficos 
Absorção Ingestão 
sem estruturas ou órgãos de movimento 
geográfico (possuem raízes ou estruturas 
de fixação ao substrato) 
Com movimentação livre 
presença de cloroplastos Não 
células com parede celular (originária na 
mitose - lamela média)) 
sem paredes (a mitose não 
forma lamela média) 
grande capacidade regenerative Reduzida 
duração de vida pode ser longa Duração de vida é curta 
 
Partes da Botânica 
Embora não existam limites claros podemos citar algumas disciplinas 
que realizam investigações dentro do Reino Vegetal: 
• Bioquímica (estudo das moléculas orgânicas), Genética 
(estudo da hereditariedade), Citologia (estudo das células), 
Histologia (estudo dos tecidos), Morfologia (estudo dos 
órgãos). Estas três últimas estão incluídas dentro da Anatomia 
 
 Ensino à Distância 13 
 
Vegetal, as demais na Fisiologia Vegetal (estudo do 
funcionamento do organismo). 
• Existe ainda, uma disciplina especial dentro da botânica que 
trata da ordenação e classificação chamada Sistemática ou 
Taxonomia. 
• Outras áreas correlacionadas são: Paleobotânica (estudo dos 
fósseis vegetais), Ecologia Vegetal (estuda o ambiente nativo 
dos vegetais, suas relações com outros seres vivos), Economia 
Botânica (estuda o gerenciamento do ambiente das plantas e 
sua utilização econômica, por exemplo: como combustível, 
óleos, resinas, construções, fibras, alimento, medicina, 
religiosidade, etc.), Fitocorologia (estuda a distribuição das 
distintas plantas sobre a terra), Fitocenologia (estuda a 
distribuição das comunidades vegetais), essas duas últimas 
disciplinas estão dentro da Geobotânica e da Fitogeografia, 
estudando a relação entre os vegetais e o espaço geográfico. 
• Outros conjuntos de matérias mais específicas que utilizam a 
botânica são a Quimiotaxonomia que estuda exclusivamente 
sobre a existência de determinadas estruturas químicas em 
alguns táxons botânicos, procurando descobrir novas estruturas 
taxonômicas, Farmacognosia (envolvendo o estudo dos 
fármacos de origem animal e vegetal) ea Fitotecnia que trata 
do estudo de plantas com finalidades agrícolas, envolvendo 
Plantas de Lavouras, Horticultura, Fruticultura, Silvicultura e 
Fitopatologia. 
Alguns pesquisadores consideram para determinados grupos a 
importância de relacionar disciplinas específicas, como acontece com 
as Criptógamas: Ficologia, estudo das algas; Micologia, estudo dos 
fungos; Liquenologia, estudo dos líquenes; Briologia, estudo dos 
musgos e hepáticas (briófitas); Pteridologia, estudo dos fetos, etc. 
14 
 
Sumário 
A Botânica é a parte da Biologia que estuda as plantas. 
Etimologicamente duas palavras gregas estão relacionadas. As plantas 
vasculares surgiram bem mais tarde, depois da descoberta dos 
primeiros procariontes (seres com material genético disperso no 
citoplasma) a cerca de 350 milhões de anos, na era Paleozóica, 
Período Devoniano Superior e 450 milhões de anos, no Período 
Ordoviciano. Algumas partes da Botânica mais conhecidas são: 
Bioquímica, Sistemática ou Taxonomia, Paleobotânica, 
Quimiotaxonomia, Fitotecnia, Farmacognosia. 
Exercício 
 
Auto-avaliação 
 
1. Mencione as partes da Botânica; 
2. Defina o conceito “Botânica”; 
3. Descreva os processos naturais que deram origem às 
plantas. 
 
Chave de correcção. 
 
P1 – Bioquímica, Sistemática ou Taxonomia, Paleobotânica, Ecologia 
Vegetal, Economia Botânica, Fitocorologia, Fitocenologia, 
Geobotânica e da Fitogeografia, 
Quimiotaxonomia, Farmacognosia, Fitotecnia, Lavouras, Horticultura, 
Fruticultura, Silvicultura e Fitopatologia. 
P2 – Parte da Biologia que estuda as plantas 
P3 – A partir dos primeiros procariontes 
 
 Ensino à Distância 15 
 
Lição nº 2 
Categorias da classificação e 
nomenclatura Botânica 
 
Introdução 
Na lição anterior você aprendeu a definir a Botânica, do mesmo modo 
compreendeu a origem das plantas e as partes da Botânica. Nesta lição 
você poderá estudar os diferentes níveis de classificação e 
nomenclatura das plantas e conhecer a história da nomenclatura 
botânica, as diferentes categorias taxonómicas e o organismo 
responsável pela oficialização dos nomes botânicos ora atribuídos para 
novas espécies de plantas descobertas. 
Ao completar esta Lição, você será capaz de: 
 
Objectivos específicos 
 
 
 
• Descrever as diferentes categorias da classificação das 
plantas; 
• Caracterizar os processos de Identificação ou determinação 
das plantas; 
• Aplicar os tipos de classificações Botânicas . 
Categorias da classificação 
Sistemática ou taxonomia - o aumento do número de dados relativos 
ao ambiente florístico e dos seres vivos em geral permitiu observar 
várias características individuais e comuns entre eles. Isto possibilitou 
identificar os vegetais e agrupá-los em determinadas categorias. 
Os termos: sistemática e taxonomia, como dito acima não são 
sinônimos, embora muitos autores considerem e usem os termos dessa 
forma. 
16 
 
A Sistemática – é a parte da Botânica cujo objectivo é criar sistemas 
de classificação que expressem a melhor forma possível os diversos 
graus de semelhança entre os vegetais. Podemos considerar como 
parte da Sistemática a Taxonomia, a Classificação e a Nomenclatura. 
Taxonomia – esse termo foi proposto por DE CANDOLLE em 1813, 
no herbário de Gênova (taxonomie), em referência a teoria da 
classificação das plantas. Irá tratar dos Princípios e Regras da 
Botânica. Dos procedimentos para realizar uma classificação, visto 
que dependendo dos princípios teremos diferentes classificações. 
Contudo, para a Botânica seguimos os Princípios e Regras 
Internacionais da Botânica. 
Classificação – é a ordenação ou o acto de classificar plantas em 
grupos de tamanho crescente, dispostos de maneira hierárquica. 
(sistema ou hierarquia de níveis ou categorias,). 
Tabela 2. Categorias taxonômicas utilizadas na classificação Botânica 
 (STACE, 1989 cit. MOLINA, 1999). 
CATEGORI
A – Latim 
CATEGO
RIA – 
Português 
ABRE
VIAÇ
ÃO 
TERMI
NAÇÃO 
BOTÂN
ICA 
EXEMPLI 
GRATIA (e.g.) 
Regnum 
Vegetabile 
Reino 
Vegetal 
 Plantae 
Subregnum Subreino BIONTA Embryobionta 
Divisios Divisão PHYTA Tracheophyta 
Subdivisios Subdivisão 
PHYTIN
A 
Spermatophytina 
Classis Classe OPSIDA Angiospermopsida 
 
 Ensino à Distância 17 
 
Subclassis Subclasse IDAE Dicotyledonidae 
Superordo Superordem ANAE Rosanae 
Ordo Ordem ALES Rosales 
Subordo Subordem INEAE Rosineae 
Familia Família ACEAE Rosaceae 
Subfamilia Subfamília OIDEAE Rosoideae 
Tribus Tribo EAE Roseae 
Subtribus Subtribo INAE Rosinae 
Genus Género gen. Rosa 
Subgenus Subgénero subgen. Rosa 
Sectio Secção sec. Caninae 
Subsectio Subsecção subsec. Caninae 
Series Série ser. 
Subseries Subsérie subser. 
Species Espécie sp. canina 
Subspecies Subespécie ssp. 
Varieta Variedade var. lutetina 
Subvarieta 
Subvariedad
e 
subvar. 
Forma Forma f. lasiostylis 
Subforma Subforma subf. 
 
18 
 
Identificação ou determinação 
Consiste em reconhecer uma planta ou ser vivo já classificado, ou 
seja, significa a aplicação de um nome conhecido ao espécime 
colectado. 
As classificações são sistemas para armazenar ou transmitir 
informação sobre os seres vivos ou fazer possíveis predições ou 
generalizações. Nas classificações se criam grupos onde estão 
reunidos os organismos com o maior número de possíveis caracteres 
em comum. Isso é possível porque todos os organismos estão 
relacionados entre si (em maior ou menor grau) por vias evolutivas 
descendentes. 
 Conceito de espécie 
Além de ser uma unidade taxonómica fundamental, a espécie deve 
possuir certos atributos. Quando dois ou mais indivíduos estiverem 
reunidos como sendo da mesma espécie, faz-se necessário: 
1. Possuírem um número de caracteres em comum (mesmo 
património genético); 
2. Serem interférteis (formar populações) ; 
3. Em condições naturais não trocarem esses caracteres com 
outras espécies (isolamento reprodutivo). 
As espécies, por sua vez, possuem caracteres comuns que possibilitam 
classificá-las ou agrupá-las em géneros. Esses são agrupados em 
famílias, essas em ordens e assim sucessivamente, até chegar no táxon 
Reino (Regnum vegetabile) de forma hierárquica. 
As categorias básicas foram desenvolvidas por LINNEU, que se 
baseou nos conceitos desenvolvidos na Grécia Antiga por 
ARISTÓTELES através do princípio da "divisão lógica": formação de 
subgrupos baseados em critérios lógicos ("fundamentum divisonis"). 
LINNEU aplicou as categorias taxonómicas para todas as plantas 
conhecidas em sua época, cerca de 7700 espécies. A hierarquia 
 
 Ensino à Distância 19 
 
taxonômica deve reflectir a divergência filogenética, mas existem 
dificuldades que se opõem a isto: 
1. Fenómenos de convergência produzem semelhanças externas 
ao comparar um modo de vida (caso das plantas parasitas), ou 
um tipo de reprodução (a polinização em algumas famílias, 
como as Asclepiadaceae e Orchidaceae). 
2. Constância hereditária dos caracteres diferenciais são 
comprováveis apenas em cultivos experimentais. 
3. Diferenças morfológicas somente são reconhecíveis quando se 
dispõe de material suficiente. 
4. Relações filogenéticas em rede não são representativas para 
um sistema hierárquico, por exemplo, as que se originam por 
hibridação. 
 
Tipos de classificações 
O princípio que rege toda a classificação é o mesmo: os caracteres que 
compartilham as unidades a serem classificadas. As plantas possuem 
uma evolução dos critérios taxonômicos e pode-se estabelecer vários 
tipos de taxonomias: 
• Taxonomia popular: a primeira aplicada as plantas, 
atendendo a princípios úteis (alimento, medicina, veneno, 
madeira de construção, entre outros). Essas classificações 
envolveram um pequeno número de plantas. 
• Taxonomia científica: devido a grande quantidade de plantas 
existentes houve necessidadede precisão, levando a uma 
intervenção para melhorar a identificação, a nomeação, a 
classificação e a comunicação do conhecimento. Com isso, 
diferentes sistemas de classificação surgiram: 
20 
 
a) Sistemas artificiais: elegiam arbitrariamente determinados 
caracteres como principais. Por exemplo, a forma de desenvolvimento, 
o número de peças florais, e outros. Sua vantagem era a de possuir um 
alto valor preditivo. 
O sistema artificial mais conhecido foi o criado por LINNEU em 
1735, Systema Natura, que separou 23 classes de plantas com flores 
(Phanerogamia) de acordo com: a disposição dos sexos das flores e o 
número, concrescência, inserção e relação de comprimento dos 
estames. Criou também a vigésima quarta classe, de plantas sem flores 
(Cryptogamia), incluindo os fetos, musgos, algas, fungos e plantas 
com flores de difícil visualização (Ficus, Lemna), erroneamente 
incluiu os corais e as esponjas. 
b) Sistemas naturais ou formais: seguiam os mesmos princípios 
anteriores, mas, considerava-se um maior número de caracteres. 
Houve melhorias, mas os grupos obtidos correspondiam mais em 
níveis de organização que a grupos de descendência. Os mais 
importantes são os de A. L. DE JUSSIEU (1718), A. P. DE 
CANDOLLE (1819), ST. ENDLICHER (1836), G. BENTHAM & I. 
D. HOOKER (1862-1883), entre outros. Esses sistemas obtinham 
classificações fenéticas: classificações empíricas que expressam 
relações entre os organismos em termos de similaridade de 
propriedades ou caracteres. Não importava qual a metodologia 
adotada para chegar a determinado taxon, pois, qualquer tipo de dado 
era útil, excepto os evolutivos. 
c) Sistemas filogenéticos: apareceram envoltos à publicação de 
DARWIN (1859): A origem das espécies (a teoria da evolução). As 
plantas podem ser ordenadas segundo distintos princípios, mas o 
parentesco filogenético aparece como um princípio de ordenação 
hierárquico independente do observador. São sistemas naturais que 
apresentam o máximo conteúdo de informação. As classificações 
(aproximações) mais importantes foram as de: A. EICHLER (1883), 
 
 Ensino à Distância 21 
 
A. ENGLER, R. von WETTSTEIN (1901-1908), esse último como 
sendo o primeiro sistema realmente filogenético. 
d) Sistemas sintéticos: esse sistema é adotado actualmente e procura 
várias disciplinas para validar suas classificações e suas descobertas 
(citogenética, microanatomia, fitoquímica, etc.), contudo, ainda detém 
um certo grau de subjetivismo. Tal acúmulo de dados, proporcionados 
pelas novas técnicas de investigação, são as vezes difíceis de 
organizar, por isso muitos recorrem a técnicas tais como a Taxonomia 
Numérica. 
 
Nomenclatura botânica 
Parte da Botânica Sistemática que se dedica a dar nome às plantas e 
grupos de plantas. Os primeiros nomes foram vemáculos ou nomes 
comuns, mas esses tem os seguintes inconvenientes: 
• Não são universais, são aplicados somente a determinada 
língua; 
• Somente algumas plantas têm nome vernáculo; 
• Duas ou mais plantas não relacionadas podem ter o mesmo 
nome comum ou uma mesma planta tem diferentes nomes 
comuns; 
• Aplicam-se indistintamente a géneros, espécies ou variedades 
Para evitar esses problemas existem as regras do Código de 
Nomenclatura Botânica: na antiguidade (época pré-linneana) cada 
planta era conhecida nos círculos eruditos por uma larga frase 
descritiva em latim, o sistema polinomial ou polinominal, que crescia 
à medida que se encontravam novas espécies semelhantes. Assim, por 
exemplo, a "carlina sem caule" (Carlina acaulis L.) se mencionava 
como: Carlina acule unifloro florae breviore. 
O primeiro sistema que sugeriu adoptar somente duas palavras 
(sistema binomial) foi GASPAR BAUHIN. Mas não foi adotada até a 
22 
 
publicação de Species Plantarum por LINNEU em 1753 que 
estabeleceu definitivamente o sistema binomial, descrevendo e 
nomeando todo o mundo vivo conhecido até então. 
O nome científico ou nome específico de um organismo vivo é uma 
combinação de duas palavras em latim: o nome genérico ou género 
(muitas vezes associado a um substantivo) e o epíteto específico 
(associado a um adjectivo). Assim, por exemplo, o carvalho é Quercus 
rotundifolia Lam. e o pinheiro-do-norte é Pinus pinea L. Ao nome 
científico sempre acompanha o nome do autor, abreviado ou por 
extenso, depende como foi validada a primeira publicação. Lam. é 
abreviação de Lamarck e L. de Linneu. Nenhum nome científico está 
completo sem estar acompanhado do nome do autor ou da forma 
abreviada deste. Os nomes científicos também podem estar 
acompanhados de sinônimos, que são os nomes diferentes que se 
aplicam ao mesmo táxon, sem confundir com os homônimos que são 
os nomes iguais aplicados a táxons diferentes. 
Todas as normas que controlam a criação de nomes científicos para as 
plantas e categorias taxonômicas estão contidas no ICBN 
(International Code of Botanical Nomenclature) (Códico Internacional 
de Nomenclatura Botânica-CINB). Existem dois outros códigos 
semelhantes, porém independentes: o Código Internacional de 
Nomenclatura Zoológica (ICZN) e o Código Internacional de 
Nomenclatura Bacteriológica (ICNB). 
Nomenclatura Botânica 
Se detém a criar nomes para designar as plantas ou grupos de plantas 
(taxa ou taxons, plural de taxon). A criação dos nomes está regulada 
por um conjunto de normas reunidas no Código Internacional de 
Nomenclatura Botânica, reeditado a cada 5 ou 6 anos em decorrência 
do Congresso Internacional de Botânica. 
 
 
 Ensino à Distância 23 
 
Descrição e Diagnose 
Consiste de uma série de palavras e frases técnicas referentes as suas 
características, de maneira que formem a definição do taxon em 
questão. Os caracteres que contribuem para uma descrição taxonómica 
são conhecidos como caracteres taxonómicos ou sistemáticos. A 
diagnose é uma descrição reduzida que cobre somente os caracteres 
diagnosticados, ou seja, a necessária para distinguir um taxon de 
outros relacionados. 
 A estrutura e a hierarquia taxonómica 
Os princípios e regras da taxonomia levam a uma ordenação das 
plantas, hierarquizando o sistema: hierarquia taxonômica. Os 
diferentes níveis da hierarquia mostram a posição em que o espécime 
ou o grupo de vegetais se encontra. Essa estrutura taxonómica possui 
teoricamente a unidade chamada espécie e trata-se do nível mais 
elementar da estrutura (unidade taxonômica básica ou fundamental). 
Porém, independente da posição dos níveis cada qual é designado 
táxon. As categorias taxonômicas mais importantes são, em ordem 
crescente: espécie, género, família, classe, divisão ou phylum e reino. 
Para estudos mais aprofundados, o Código Internacional de 
Nomenclatura Botânica reconhece doze: reino, divisão, classe, ordem, 
família, tribo, género, secção, série, espécie, variedade e forma. Este 
número pode ser dobrado designando subcategorias com o prefixo 
sub-. Ainda, podemos considerar supercategorias com prefixo super- 
(exemplo: super-ordem). 
Nomes do taxa 
De acordo com o comentado acima, os nomes científicos dos grupos 
taxonômicos são tratados como latim ou sua derivação (quinto 
princípio do CINB). 
24 
 
O nome genérico é um substantivo no singular ou uma palavra tratada 
como tal (nome uninomial). Quando for o nome de uma pessoa, no 
caso de uma comemoração, deverá ser latinizado. 
A latinização de nomes não clássicos se realiza assim: 
terminação vocal: se adiciona -a. Por exemplo: Boutelou (Bouteloua), 
excepto quando acaba em a, então se adiciona -ea, Colla (Collaea). 
Terminação consoante: se adiciona -ia. Por exemplo: Klein (Kleinia), 
Knaut (Knautia), Koelpin (Kolepinia), Laurent (Laurentia), Lagous 
(Lagousia), Lobel (Lobelia), Rothmaler (Rothmaleria), Wahlenberg 
(Wahlenbergia). 
O epíteto específico pode ser: 
Um adjectivo, no caso mais geral, exemplo., Quercus rotundifolia, 
folhas arredondadas. 
um substantivoem aposição (ou justaposição) como no género, 
exemplo., Pyrus malus L., malus = maçã em latim. 
Um nome em comemoração a uma pessoa, exemplo, Centaurea 
boissieri DC. 
Quando o epíteto implica várias palavras, essas se combinam em uma 
só ou se ligam por hífen, e.g., Capsella bursa-pastoris, Hibiscus rosa-
sinensis. 
Para formação de epítetos específicos em latim, deve-se considerar 
sua combinação ao nome genérico. Um mesmo epíteto pode estar 
associado a diferentes nomes genéricos, e.g., Anthemis arvensis, 
Anagallis arvensis. Cada epíteto deve estar no mesmo modo 
gramatical (singular, plural, neutro) que o nome genérico. 
 
 
 
 
 Ensino à Distância 25 
 
Tabela 3: As terminações mais frequentes 
masculino alb-us nig-er brev-is ac-er 
feminino alb-a nig-ra brev-is ac-ris 
nominal alb-um nig-rum brev-e ac-re 
Por exemplo: Lathyrus hirsutus, Lactuca hirsuta, Vaccinium hirsutum. 
Existem outras terminações que servem para qualquer nome genérico: 
eleg-ans, rep-ens, bicol-or, simple-x. Por exemplo: Ranunculus 
repens, Ludwigia repens, Trifolium repens. Nos epítetos, por aposição, 
o género gramatical do epíteto não tem por que coincidir com o nome 
genérico. 
Tipos de epítetos específicos 
Epítetos comemorativos (nomes de pessoas latinizados): 
• terminação em vogal (excepto -a), se adiciona -i, exemplo., 
Asa Gray (Lilium grayi), Joseh Blake (Aster blakei). 
• terminação em vogal -a, se adiciona -e, exemplo, Mr. Balansa 
(balansae), lagasca (lagascae). 
• terminação em consoante diferente de -er, se adiciona -ii, 
exemplo,Tuttin (tuttinii) . Caso trate-se de uma mulher, 
adicionar -iae. 
• terminação em -er, adicionar -i, exemplo, Boissier (boisieri) 
5. se o nome é usado como um adjetivo, a terminação deve 
coincidir com o género, e.g., F. Wallace Card (Rubus 
cardianus), Augustin Bosc (Chenopodium boscianum). 
Epítetos descritivos 
• relacionados à cor: albus, aureus, luteus, niger, virens (verde), 
viridis (verde). 
26 
 
• relacionados à orientação: australis, borealis, meridionalis, 
orientalis. 
• relacionados à geografia: africanus, alpinus, alpestris (Alpes), 
hispanicus, ibericus, cordubensis. 
• relacionados ao hábito: arborescens, caespitosus, procumbens. 
• relacionados ao habitat: arvensis, campestris, lacustris. 
• relacionados às estações: automnalis, vemalis. 
• relacionados ao tamanho: exiguus, minor, major, robustus. 
• Nomes de taxons superiores a posição do género serão 
uninominais, com uma só terminação. São substantivos no 
plural (ou adjectivos usados como substantivos, iniciados por 
letra maiúscula. 
Normas para escrever os nomes científicos 
Todas as letras em latim devem estar em itálico (cursiva), sublinhadas 
ou em negrito. 
A primeira letra do género ou categoria superior, em maiúscula. 
O resto do nome em letras minúsculas (excepção: alguns casos onde 
se comemora nomes importantes, a primeira letra do epíteto era 
maíuscula). 
Nomes de híbridos, precedem o símbolo x, exemplo, x 
Rhaphanobrassica, Mentha x piperita. 
A pronúncia dos nomes científicos é em latim. 
Como pronunciar os nomes científicos 
Método continental desenvolvido na Idade Média pela Igreja Católica 
Romana: (i) os ditongos ae e oe se lêem e, e.g.: laevis, rhoeas; (ii) a 
 
 Ensino à Distância 27 
 
combinação ch se lê k, exemplo: Chenopodium; (iii) a combinação ph 
se lê f, e.g., Phleum phleoides; (iv) a acentuação nunca acontece na 
última sílaba; (v) as palavras de duas sílabas são de uma só tonalidade 
(monótonas); (vi) as palavras de três sílabas podem ser monótonas se a 
penúltima sílaba é longa (se terminar em vogal longa, ditongo ou 
consoante) ou proparoxítona se a penúltima sílaba é breve. 
Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB) 
Serve para padronizar o sistema de nomenclatura botânica a nível 
mundial, facilitando a troca de informações e o acesso a diversos sítios 
botânicos sem que haja confusões entre os nomes populares de cada 
país e o científico. Então, dessa forma cada planta terá apenas um 
nome válido e somente esse poderá ser aplicado. O nome científico é o 
símbolo nominal da planta ou grupo de plantas, indica a sua posição 
no sistema ou sua categoria taxonômica. 
O CINB está dividido em três partes: 
• Princípios básicos do sistema de nomenclatura; 
• Regras para pôr em ordem a nomenclatura antiga; 
• Recomendações para conseguir uniformidade e clareza na 
nomenclatura actual. 
Princípios 
I. A nomenclatura botânica é independente da zoológica e 
bacteriológica. 
I. A aplicação de nomes aos grupos taxonómicos (taxa) de 
categoria de família ou inferior é determinada por meio dos 
tipos de nomenclaturas. 
II. A nomenclatura de um grupo taxonómico se fundamenta na 
prioridade de publicação. 
28 
 
III. Cada grupo taxonómico não pode ter mais do que um nome 
correcto, deverá ser o mais antigo em conformidade às regras, 
salvo as excepções especificadas. 
IV. Os nomes científicos dos grupos taxonómicos se expressam 
em latim, qualquer que seja seu táxon (categoria ou grupo). 
V. As regras de nomenclatura possuem efeito retroactivo, salvo 
indicações contrárias. 
Tipificação 
O processo de indicação ou designação de um tipo nomenclatural, é 
obrigatório pelo CINB e aplica-se aos nomes botânicos. Tem a 
importância de: 
• Assegurar a máxima estabilidade e firmeza a nomenclatura, 
compatível com a natureza mutável e dinâmica do sistema 
taxonómico; 
• Na tipificação um nome é dado permanentemente a seu tipo de 
nomenclatura. Assim, o táxon será definido para incluir o tipo 
de um nome e, esse nome deve aplicar-se ao táxon; 
• Caso se queira, mais tarde, substituir o tipo do nome para outro 
posicionamento taxonómico, então um nome novo deverá ser 
aplicado ao táxon que entra na posição do tipo que saiu; 
• O tipo de um nome é formalmente definido como o elemento 
sobre o qual está baseada a descrição que valida a publicação 
do nome; 
• O termo elemento significa diferentes coisas, de acordo com a 
categoria do táxon concretamente; 
• O tipo do nome de uma espécie, por exemplo, é em geral uma 
simples espécie de herbário, a partir da qual se faz um perfil 
descritivo que valida o nome. 
• Quando de um género, quem valida o nome do tipo é a espécie 
descrita originalmente; 
 
 Ensino à Distância 29 
 
• Quando de uma família ou de um táxon de categoria mais alta, 
quem valida é o género descrito originalmente; 
• Somente os nomes têm tipos. Os taxons não. Nunca se reporta 
ao tipo de um táxon e sim o tipo de um nome específico; 
• Um tipo é simplesmente um espécime aleatoriamente foi 
escolhido para a descrição, validando a publicação de outros 
nomes baseados nele; 
• Quando os espécimes são classificados em espécies, um 
espécime tipo é tratado como qualquer outro. 
Classes de tipos 
Holotipo: o espécime ou outro elemento usado pelo autor ou 
designado por ele como tipo nomenclatural e que portanto regulará a 
aplicação do nome correspondente. 
Isotipo: uma duplicata do holotipo, que forma parte da re-coleção 
original. 
Lectotipo: espécime ou elemento selecionado a partir de material 
original para servir como tipo nomenclatural quando não foi registrado 
um holotipo junto a publicação ou devido a perda da informação. O 
lectotipo deve ser eleito entre os isotipos, mas caso não existam 
isotipos, deve-se eleger entre os sintipos, caso não haja sintipos elege-
se um neotipo. 
Sintipo: é um dos espécimes originalmente citados pelo autor que não 
designou holotipo ou que enumerou vários, simultaneamente, como 
tipos. 
Neotipo: é um espécime ou qualquer outro elemento elegido para 
servir de tipo nomenclatural quando falta todo o material sobre o qual 
está baseado o nome do táxon. 
Tipos de categorias de espécie ou infra específicas 
O tipo (holotipo, lectotipo ouneotipo) do nome de uma espécie, ou de 
um táxon infraespecífico consiste em um espécime único, excepto 
para as plantas herbáceas de pequena estatura e para a maioria das 
30 
 
plantas não vasculares, pois, esses tipos consistem em vários 
indivíduos que devem conservar-se de maneira permanente sobre um 
mesmo registo de herbário ou esxicata. Os especimens tipo, de nomes 
de taxons de plantas actuais (excepto bactérias), devem ser 
conservados de maneira permanente e não podem estar vivos ou em 
cultivo (as vezes podem ser uma figura ou uma descrição). 
Tipos de categorias supra-específicas 
O tipo do nome de um género ou de todo o táxon situado entre o 
género e a espécie, constitui-se por uma espécie; o tipo de uma família 
ou de todo o táxon entre a família e o género, constitui-se do género 
cujo nome actual ou antigo tem servido como base para o nome do 
táxon em questão. Os nomes de táxons de posição superior a família 
não se aplica ao princípio de tipificacão. 
Prioridade de publicação 
A nomenclatura de um grupo taxonómico está baseada na prioridade 
de publicação (princípio de prioridade). A data de 01 de Maio de 
1753, da publicação da obra Species Plantarum por Linneu é 
considerada o início para aceitação como válidas as publicações sobre 
nomes de plantas (Spermatophyta e Pteridophyta). 
Uma publicação se considera como válida quando cumpre esses 
requisitos: (i) ser efectiva, isto é, com o nome publicado em 
publicações oficiais de âmbito botânico; (ii) cumprir as regras de 
nomenclatura específicas de sua categoria taxonómica; (iii) constar de 
uma descrição ou diagnose em língua latina e outra moderna (inglês); 
(iv) ter a indicação do tipo de nomenclatura (esxicata de herbário). 
Exemplos: 
Brachiaria mutica (Forsk)Stanf., Fl. Tropical África 9:526.1919 
Panicum muticum Forsk., Fl Aegypt. Arab. 20. 1775 
Panicum nummidiarum Lam., Tabl. Encycl. 1:172. 1791 
Panicum barbinode Trin., Icon. 3:táb. 318. 1832 
 
 Ensino à Distância 31 
 
Panicum punctulatum Am. ex Steud., Syn. Pl. Gram. 62. 1854 
Panicum equinum Salzm. ex Steud., Syn. Pl. Gram. 62. 1854 
Panicum pictigluma Steud., Syn. Pl. Gram. 73. 1854 
Brachiaria numidiana (Lam.) Henrard, Blumea 3:434. 1940 
Brachiaria purpurascens (Raddi) Henrard, Blumea 8:434. 1940 
 
Conservação de nomes 
Cada grupo taxonômico só pode ter um nome correcto (associado a 
um tipo nomenclatural), excepto em alguns casos considerados como 
nomina conservanda: 
Palmae (Arecaceae tipo Areca L.) 
Gramineae (Poaceae tipo Poa L.) 
Cruciferae (Brassicaceae tipo Brassica L.) 
Leguminosae (Fabaceae tipo Faba Mill.) 
Guttiferae (Clusiaceae tipo Clusia L.) 
Umbelliferae (Apiaceae tipo Apium L.) 
Labiatae (Lamiaceae tipo Lamium L.) 
Compositae (Asteraceae tipo Aster L.) 
Mudança de género 
Quando uma espécie muda de género, o autor do primeiro nome dado 
a espécie deverá ficar entre parêntese (autor do basiônimo), seguido 
do novo autor, fora do parêntese. exemplo.: Tabebuia alba (Cham.) 
Sadw. Basiônimo: Tecoma alba Cham. (ipê-branco); Albizia 
polycephala (Benth.) Killip. Basiônimo: Pithecellobium polycephalum 
Benth. Samanea polycephala (Benth.) Pittier. 
Dois ou mais autores responsáveis pelo nome 
Faz-se uso da designação et ou &. Nesses casos, os autores devem ter 
identificado, classificado e publicado juntos sobre o espécime. e.g: 
Senna multijuga (Rich.) Irwing et Bam. (aleluia, canafístula, pau-
cigarra) 
32 
 
Quando dois autores aparecem no nome, mas apenas um publicou 
Faz-se uso da designação ex. Nesses casos o primeiro autor citado foi 
responsável pela publicação, seguido do segundo autor que pode ter 
escrito o espécime em uma etiqueta de herbário, perdeu as 
informações, não teve tempo de publicar, entre outros problemas, 
exemplo: Persea pyrifolia Nees et Mart. ex Nees (canea-rosa, 
abateiro-do-mato). 
Sumário 
As categorias de classificação são: Sistemática, taxonomia e 
classificação 
A Sistemática – é a parte da Botânica cujo objectivo é criar sistemas 
de classificação que expressem a melhor forma possível dos diversos 
graus de semelhança entre os vegetais. 
Taxonomia – trata dos Princípios e Regras da Botânica, dos 
procedimentos para realizar uma classificação. 
Classificação – é a ordenação ou o acto de classificar plantas em 
grupos de tamanho crescente, dispostos de maneira hierárquica. 
 
 Ensino à Distância 33 
 
Exercicios 
 
Auto-avaliação 
 
1. A Botânica sistemática se ocupa no estudo da organização 
das espécies vegetais segundo um sistema organizado. 
a) Indica a diferença existente entre “Sistemática” e 
“Taxonomia”. 
b) Defina o conceito de “Espécie”. 
2. O sistema binominal foi estabelecido pela primeira vez por 
Gaspar Bauhim e foram adoptados para as espécies 
Plantarum por Lineu em 1753. 
• Como era feita a nomenclatura das plantas antes de 
ser estabelecido o sistema binominal? 
3. O nome Catharanthus roseus L. pertence a uma planta 
medicinal e ornamental vulgarmente conhecida por Beijo-
de-mulata. 
• Qual é o significado de cada palavra que consta 
no nome tendo em conta a taxonomia 
filogenética. 
34 
 
Chave de Correcção 
 
 
P1 – a) A Sistemática é a parte da Botânica cujo objectivo é criar 
sistemas de classificação. Enquanto que aTaxonomia trata dos 
Princípios e Regras da Botânica, dos procedimentos para realizar 
uma classificação. 
 b) Espécie é uma unidade taxonómica fundamental que 
possuem o mesmo património genético. 
P2 – Polinominal 
P3 – Catharanthus – epíteto genérico, roseus – epíteto específico e L 
– inicial do nome do autor nomenclatural 
 
 
Terminologias 
 
Criptógamas - Criptógamas são plantas com estruturas 
produtoras de gametas pouco evidentes. Como por exemplo os 
Musgos (Briófitas) e as Samambáias (Pteridófitas). Basicamente, 
são vegetais que não produzem flores , sementes e nem frutos. 
Interférteis – indivíduos que podem se cruzar entre 
Isolamento reprodutivo - impede que o patrimônio genético de 
espécies diferentes sejam compartilhados. Assim as espécies se 
preservam e continuam a evoluir, seguindo as leis de adaptação ao 
meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 Ensino à Distância 35 
 
Lição nº 3 
Os reinos 
Introdução 
Na lição anterior você aprendeu os diferentes níveis de classificação e 
nomenclatura das plantas, conheceu a história da nomenclatura 
botânica, as diferentes categorias taxonómicas e o organismo 
responsável pela oficialização dos nomes botânicos ora atribuídos para 
novas espécies de plantas descobertas. Nesta lição você vai estudar 
que os grupos de organismos estão organizados em reinos e a partir 
destes pode se encontrar outras categorias taxonómicas dos mesmos. 
Do mesmo modo, a sistemática e o enquadramento das espécies 
vegetais é possível se o estudo para o efeito for feito observando as 
diferentes linhas evolutivas que deram origem as categorias 
taxonómicas identificadas. 
 
Ao completar a lição, você será capaz de: 
 
Objectivos específicos 
 
 
 
• Indicar as características evolutivas de alguns reinos dos 
organismos importantes para a taxonomia botânica. 
 
 
Alguns reinos dos organismos importantes para a taxonomia 
botânica 
Reino Protista - os organismos unicelulares eucariotas, representados 
pelos protozoários e certas algas unicelulares, constituem o reino 
Protista. Sendo eucariotas, os protistas possuem um núcleo 
36 
 
individualizado por uma membrana (carioteca), além de organelos 
membranosos. 
Reino Monera ou Procariota – pertencem ao Reino Monera 
organismos muito simples, de estrutura unicelular procarionte, 
autotróficos ou heterotróficos, isolados, embora algumas espécies 
podem apresentar-se como colónias. As evidências evolutivas 
demonstram que os organismos procariontes primitivos representam 
os ancestrais de todas as formas de vida conhecidas em nosso planeta. 
Além da ausência do envoltórioou invólucro nuclear, condição básica 
de todo procarionte, as células dos Monera não possuem organelos 
membranosos, como o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi, 
as mitocôndrias ou os cloroplastos. 
Apesar de apresentarem uma simplicidade na organização celular, os 
representantes do Reino Monera demonstram um grande potencial 
biológico, podendo ser encontrados em todos os tipos de ambientes do 
planeta, sejam terrestres, aquáticos ou aéreos. 
O Reino Monera é actualmente dividido em dois ramos distintos: a 
divisão Schizomycophyta ou Eubactérias, que compreende as 
bactérias, que são organismos heterotróficos e móveis, e, a divisão 
Cianófitas, que compreende as “algas azuis” ou Cianobactérias que 
são organismos autotróficos e imóveis, isto é, são aflagelados. 
Reino Fungi - os fungos são organismos eucariotas, heterotróficos e, 
em sua maioria, multicelulares. Suas células apresentam reforço 
celulósico externo, como nas algas e vegetais, porém é comum a 
presença de depósitos de quitina, substância característica dos 
animais. Os fungos são seres aclorofilados e possuem o glicogênio, 
típico dos animais, como substância reserva. 
 
 
 Ensino à Distância 37 
 
Sumário 
Os reinos importantes para a taxonomia botânica sâo: 
Reino Protista - os organismos unicelulares eucariotas, representados 
pelos protozoários e certas algas unicelulares, constituem o reino 
Protista. 
Reino Monera – pertencem ao Reino Monera organismos muito 
simples, de estrutura unicelular procarionte, autótrofos ou 
heterotróficos, isolados, embora algumas espécies podem apresentar-
se como colonias. 
Reino Fungi - os fungos são organismos eucariotas, heterotróficos e, 
em sua maioria, multicelulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Exercícios 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
1. Fale de 3 características fundamentais que definem o reino 
Procariota 
2. Diferencie em 2 aspectos as duas (2) divisões dos 
Procariota. 
3. A chave de identificação a seguir está baseada nas 
características mais marcantes dos grupos vegetais: com 
base nas caracteristicas da coluna A, indique a que grupos 
pertencem 
 os vegetais identificados na coluna B. 
 Coluna A Coluna B 
1. Vegetais sem núcleo 
diferenciado 
2. Heterotróficos, autotróficos 
3. Criptogamas apenas com 
talo ou unicelulares 
4. criptogamas com caule e 
folhas 
A. Procaryota 
B. Eucaryota 
C. Fungos 
D. Algas (Cyanobactérias) 
E. Algas 
 
 
 Ensino à Distância 39 
 
Chave de Correcção 
P1 - Estrutura unicelular procarionte, autótrofos ou heterotróficos, 
isolados, embora algumas espécies podem apresentar-se como 
colónias 
P2 – As Eubactérias (heterotróficas e móveis) enquanto que as 
Cianobactérias (autotróficos e imóveis) 
P3 – 1-A; 2-B; 3-E 
 
 
 
Terminologia 
 
GLOSSÁRIO 
Procariotas - (do grego transliterado: pro, anterior, antes, primeiro, 
primitivo + karyon, noz ou amêndoa - núcleo = Nucleo Primitivo) 
são organismos unicelulares que não apresentam seu material 
genético delimitado por uma membrana. Estes seres não possuem 
nenhum tipo de compartimentalização interna por membranas, 
estando ausentes várias outras organelas, como as mitocôndrias, o 
complexo de golgi e o fuso mitótico. 
Monera – é um reino composto pelas bactérias e cianobactérias 
(algas azuis). Elas podem viver em diversos locais, como na água, 
ar, solo, dentro de animais e plantas, ou ainda, como parasitas. A 
maioria dos seus representantes são heterotróficos (não conseguem 
produzir seu próprio alimento), mas existem também algumas 
bactérias autótrofas (produzem sem alimento, via fotossíntese por 
exemplo). 
 
 
40 
 
Lição nº4 
Diversidade dos organismos 
vegetais no tempo geológico 
Introdução 
Na lição anterior você aprendeu que os grupos de organismos estão 
organizados em reinos e a partir destes pode se encontrar outras 
categorias taxonómicas dos mesmos. Nesta lição você irá aprender os 
aspectos históricos relativos a evolução das plantas baseando-se na 
História de evolução da vida. O estudo irá basear-se nas maiores 
divisões do tempo geológico e em alguns dos animais e plantas que 
apareceram nessas épocas tomando em consideração os casos de 
extinção em massa que houve. 
 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
Objectivos específico 
 
• Indicar as fases da evolução e extinção da vida no tempo 
geológico; 
• Descrever a Sequência evolutiva das plantas. 
 
 
História da evolução e extinção da vida no tempo geológico 
O surgimento e a evolução da vida é um fenómeno ainda 
incompreensível e aparentemente foi um processo demorado. Durante 
centenas de milhões de anos após a formação da Terra, as condições 
nela eram extremas em diversos sentidos. O planeta recebeu novos 
materiais por bombardeamentos cósmicos que, junto com o 
 
 Ensino à Distância 41 
 
vulcanismo, originaram a superfície terrestre repetitivamente. A 
atmosfera continha Nitrogénio, vapor da água em alta concentração, 
dióxido de carbono, metano e amónia. As temperaturas da superfície e 
da atmosfera eram altas. 
Simples formas de vida unicelular como bactérias e algas surgiram em 
cerca de um bilhão de anos mas seres multicelulares apareceram 
somente quatro biliões de anos após a formação da Terra, ou menos de 
600 milhões de anos atrás. O primeiro surgimento ocorreu entre 600 e 
530 milhões de anos atrás. Durante esse período houve diversos 
episódios de surgimento de novas vidas mas a maioria não foi bem 
sucedida, sendo as linhas extintas, excepto talvez algumas como água-
viva e o coral. Nestes períodos iniciais todas as formas de vida 
permaneceram somente no mar. Cerca de 530 milhões de anos atrás, 
durante um período de cinquenta milhões de anos, surgiram todas as 
formas básicas de anatomia (no nível de filo) de animais existentes 
actualmente, denominado Explosão Cambriana. 
A extinção de espécies é um processo necessário para a evolução de 
novas e mais avançadas formas de vida e também é inevitável na 
escala geológica de tempo. A vida procura sobrevivência e pequenas 
variações vantajosas levam a evolução de espécies melhor adaptadas. 
Uma espécie enfraquecida, pela mudança de clima por exemplo, pode 
ser substituída lentamente por outras. A Terra é um planeta activo, 
com suas condições físicas, químicas e climáticas em fluxo. Os 
continentes estão em movimento, formando montanhas quando dois 
continentes colidem e oceanos quando um continente quebra. 
Condições climáticas como a precipitação e temperatura variam com a 
posição e orientação do continente. Cerca de 225 milhões de anos 
atrás, todos os continentes se juntaram, formando um super continente 
Pangaea. Este continente fragmentou-se cerca de 200 milhões de anos 
atrás, formando dois blocos, Gondwanaland e Laurasia. As placas 
tectónicas dos dois blocos continuaram se separar, eventualmente 
formando a geografia actual. 
42 
 
O continente Antárctica estava em latitudes mais baixas e tinha 
florestas que deixaram carvão. Actividades vulcânicas criam 
montanhas e ilhas, soltam lavas, cinzas e enxofre que bloqueiam o raio 
solar sobre grandes áreas por longos períodos. Meteoros e asteróides 
caem na Terra e causam fogos e inundações. A actividade solar e a 
inclinação da Terra variam com o tempo e afectam o clima. Até o 
movimento da galáxia pode ter influência. Além destes fenómenos 
inanimados, interacções entre espécies e entre a biosfera e o meio 
geofísico também podem causar extinção. Actualmente em certas ilhas 
e outros lugares espécies introduzidas pelo homem estão diminuindo a 
população de espécies indígenas. 
A Tabela a seguir mostra um sumário da história de evolução da vida. 
O tempo geológico é classificado em quatro eras, sendo cada uma 
dividida em períodos e menores segmentos. Estas divisões são 
classificações de tipos de rochas sedimentares contendo fósseis deanimais e plantas distintos e referem-se também aos períodos nos 
quais as faunas e flora prosperaram. 
 
Tabela 4: História de evolução de vida: divisões maiores do tempo 
geológico e alguns dos animais e plantas que apareceram nelas e casos 
de extinção em massa. 
Eras e períodos 
geológicos 
Tempo 
aproximado * 
Evolução de vida Extinção em 
massa 
** 
Precambriana 4600 – 570 . . 
Arqueano 4600 – 2500 Unicelulares - procariotes 
(bactérias e algas) 
. 
Proterozoico 2500 – 570 Unicelulares - eucariotes (bactérias . 
 
 Ensino à Distância 43 
 
e algas) 
Paleozóica . . . 
Cambriano 570 – 505 Planta - somente algas 
animal - fauna de Ediacaran de 
corpo macio multicelular; 
explosão Cambriana de 
invertebrados como trilobites e 
moluscos 
. 
Ordoviciano 505 – 438 Aparecimento de vertebrados - 
peixes primitivos 
438 (12 %) 
Siluriano 438 – 408 Grandes invertebrados e peixes 
primitivos 
. 
Devoniano 408 – 360 Animal - peixes, anfíbios; 
artrópodes terrestres 
planta - proliferação de plantas 
terrestres 
360 (14 %) 
Carbonífero 360 – 286 Animal - répteis, insetos com asas 
planta - floresta de grandes arvores 
em terras baixas 
. 
Permiano 286 – 245 Animal - evolução de insetos, 
anfíbios, répteis 
planta - floresta de terras altas, eg, 
coníferas 
245 (52 %) 
Mesozóico . . . 
Triásico 245 – 208 Animal - moluscos, anfíbios, 
répteis 
planta - continuação da evolução 
na terra 
208 (12 %) 
44 
 
Jurássico 208 – 144 Animal – dinossauros, 
aparecimento de pássaros e 
mamíferos 
planta – feto 
. 
Cretáceo 144 – 65 Extinção de dinossauros no final 
do período 
65 (11 %) 
Cenozóica . . . 
Terciário 65 - 1,8 Animal - expansão de mamíferos e 
pássaros 
planta - evolução de plantas 
floríferas 
. 
Quaternário 1,8 – 0 Surgimento do homem (< 1) Em 
progresso 
 
* Os períodos mostrados são aproximados e variam entre as 
literaturas; 
** os tempos de cinco casos de extinção em massa são mostrados em 
milhões de anos atrás: o sexto está em progresso: o número em 
parênteses mostra a fracção de número de famílias extintas – também 
variável entre as literaturas. 
Sequência evolutiva das plantas 
Uma prova de que as algas verdes evoluíram a partir do mesmo 
antepassado que as plantas mais complexas encontra-se nos 
cloroplastos: todos contêm ADN (Ácido Desoxi-Ribonucleico) e têm 
uma estrutura semelhante às cianobactérias. Pensa-se que evoluíram a 
partir duma alga mais pequena endossimbiótica. Nesse contexto, a 
tendências evolutivas das algas da ordem Volvocales é marcada pela 
passagem de Unicelularismo (ex: Clamidomonas) para 
 
 Ensino à Distância 45 
 
pluricelularismo (ex: Volvox). Surgimento da especialização celular 
nas Volvox (aparecimento do polo germinativo e polo vegetativo) 
Durante o Paleozóico, começaram a aparecer em terra firme plantas 
complexas, multicelulares, os embriófitos (Embryophyta), nos quais o 
gametófito e o esporófito se apresentavam de forma radicalmente 
diferente das algas, o que está relacionado com a adaptação a 
ambientes secos (já que os gâmetas masculinos estavam antes 
dependentes de meios hhúmidos para se moverem) 
No período Silúrico apareceram novos embriófitos, as plantas 
vasculares, com adaptações que lhes permitiam estar menos 
dependentes da água. Estas plantas tiveram uma radiação adaptativa 
maciça durante o Devónico e começaram a colonizar a terra firme. 
Entre essas adaptações podemos referir uma cutícula resistente à 
dessecação e tecidos vasculares por onde circula a água, por isso são 
chamados plantas vasculares ou Tracheophyta. As espermatófitas ou 
plantas com semente são um grupo de plantas vasculares que se 
diversificou no final do Paleozóico. 
A sequência evolutiva da vida delineia os eventos maiores no 
desenvolvimento da vida no planeta Terra. Para uma explicação 
detalhada do contexto, veja história da Terra e escala de tempo 
geológico. Em biologia, a evolução é um processo pelo qual 
populações de organismos adquirem e transmitem características 
novas de geração para geração. A sua ocorrência ao longo de longos 
períodos de tempo explica a origem de novas espécies e a vasta 
diversidade do mundo biológico. Espécies contemporâneas são 
relacionadas umas às outras por origem comum, produto da evolução 
e especiação ao longo de milhares de milhão de anos. 
46 
 
 
Sumário 
O surgimento e a evolução da vida é um fenómeno ainda 
incompreensível e aparentemente foi um processo demorado. Durante 
centenas de milhões de anos após a formação da Terra, as condições 
nela eram extremas em diversos sentidos. 
Uma prova de que as algas verdes evoluíram a partir do mesmo 
antepassado que as plantas mais complexas encontra-se nos 
cloroplastos: todos contêm ADN (Ácido Desoxi-Ribonucleico) e têm 
uma estrutura semelhante às cianobactérias. Pensa-se que evoluíram a 
partir duma alga mais pequena endossimbiótica. 
Em biologia, a evolução é um processo pelo qual populações de 
organismos adquirem e transmitem características novas de geração 
para geração. A sua ocorrência ao longo de longos períodos de tempo 
explica a origem de novas espécies e a vasta diversidade do mundo 
biológico. Espécies contemporâneas são relacionadas umas às outras 
por origem comum, produto da evolução e especiação ao longo de 
milhares de milhão de anos. 
 
 Ensino à Distância 47 
 
 
Exercícios 
 
Chave de correcção 
 
 P1 – Passagem de Unicelularismo(ex: Clamidomonas) para 
pluricelularismo (ex: Volvox). Surgimento da especialização celular 
nas Volvox (aparecimento do polo germinativo e polo vegetativo) 
P2 – Veja na tabela 4 
P3 – Durante centenas de milhões de anos após a formação da Terra, 
as condições nela eram extremas em diversos sentidos. 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
• Demonstre a tendência evolutiva na ordem das 
Volvocales. 
• Identifique os principais grupos de plantas evidenciados 
em cada era ou período geológico ; 
• O surgimento e a evolução da vida é um fenómeno ainda 
incompreensível. Comente a afirmação. 
 
48 
 
 
Terminologia 
 
Embriófitas - Grupo de plantas que desenvolvem embriões 
durante o processo de reprodução. As embriófitas formam um dos 
dois sub-reinos em que se dividem todos os vegetais. O outro é o 
das talófitas. Os musgos, as Peridófitas. 
Tracheophyta – plantas que apresentam o sistema vascular 
(sistema de transporte de nutrientes através de vasos condutores – 
xilema e floema). 
Espermatófitas – plantas que se reproduzem por flores 
 
 
 
 
 Ensino à Distância 49 
 
Lição nº 5 
História da Botânica Sistemática 
Introdução 
Na lição anterior você aprendeu os aspectos históricos relativos a 
evolução das plantas baseando-se na História de evolução da vida. 
Ao longo desta lição você irá estudar as diferentes fases da 
evolução da sistemática e taxonomia vegetal. Esta evolução é 
determinada pelos diferentes períodos de estudos caracterizados 
por diferentes correntes científicas que tratam a questão evolutiva 
das plantas tais como: Período Clássico, Período Medieval, Período 
Renascentista, Período do Século XVII, Período Linneano, Período 
dos Sistemas naturais, Período dos Sistemas Filogenéticos. 
Ao completar a Lição, você será capaz de: 
 
Objectivos específicos 
 
 
 
• Ao fim desta lição você deverá ser capaz de identificar as 
diferentes fases da evolução histórica sobre a sistemática e 
taxonomia vegetal. 
 
 
Fases da evolução histórica sobre a sistemática e taxonomia 
vegetal 
A busca do conhecimento sobre o mundo vegetal esteve sempre em 
sintonia com questões práticas segundo três enfoques básicos: a 
alimentação, a construção e a saúde. Esse último constata-se 
através dos vários documentos arqueológicos encontrados na China 
(Imperador Shen Nung, com cerca de 4.600 anos) e no Egipto (o 
papiro de Nahun e de Ebers com cerca de 3.500 anos, citados por 
50 
 
RATERA& RATERA (1986). Contudo, o acesso a um número 
cada vez maior de informações sobre plantas e devido a diversidade 
de espécimes, tornou necessário organizar esse conhecimento. Isso 
impulsionou o surgimento dos primeiros sistemas: desde o 
agrupamento de plantas segundo a aparência e uso até o critério 
referente a origem genética. 
Período Clássico 
Hippokrates (460 -377 a.c.) 
Aristóteles (384-322 a.C.) 
Theophrastus de Ereso (c. 371-286 a C.), De Historia Plantarum, 
De Causis Plantarum 
Caius Plininus Secundus, Plinio O Viejo (23-79 d. C.), Naturalis 
Historia 
Pedanios Dioscorides de Anazarba, (64 d. C.), De Materia Médica 
Galenus (129 – 119 d.c.). 
 
Período Medieval 
Albucasis e Maimónides 
Alberto Magno (1200-1280), 
De Vegetabilis Plantis (1250) 
 
Período Renascentista 
Andrés de Laguna (1464-1534) 
Paracelso (1493-1541), Teoría de las signaturas 
Otto Brunfels (1489-1535), Herbarium vivae Eicones (1530-1536) 
 
 Ensino à Distância 51 
 
Matias De L'Obel (Lobelius) (1538-1616), Stirpium adversaria 
nova (1570) 
Euricius Cordus (1486-1535), Botanologicon (1534),su hijo 
Velerius Cordus (1515-1544), Historia stirpium libri IV (1561), 
Historia stirpium libri V (1561), Andrea Cesalpino (1519-1603), 
De plantis libri XVI (1583), Appendix ad libros de plantis (1603), 
Charles de L'Ecluse (Clusius)(1526-1609). 
 
Período do Século XVII 
Gaspar Bauhin (1560-1624), Prodromus theatri botanici (1620), 
Pinax theatri botanici (1623), John Ray (1627-1705), Methodus 
plantarum nova (1682), 
Marcello Malpighi (1628-1694), Anatome plantarum (1675) 
Historia Plantarum (1686-1704, 3 volumenes, Micheli (1679-
1737), 'Nova Plantarum Genera' (1729), Joseph Pitton de 
Toumefort (1656 -1708), Institutiones rei herbariae (1700). 
Período Linneano 
Rudolph Jacob Camerarius (1665-1721), De sexu plantarum 
epistola (1694) 
Carl Von Linné (Linneo o Linnaeus, 1707-1778), Systema 
Naturae (1735), "clavis systematis sexualis", Classes plantarum 
(1738), Genera Plantarum (1737; 2ª ed. 1754), Philosophia 
Botanica (1751), Species Plantarum (1753). 
 Período dos Sistemas naturais 
Adanson (1727-1806), Families des Plantes (1763-64), Bemard de 
Jussieu (1699-1777) 
Ordenes Naturales in Ludovici XV Horto Trianonensis dispositi 
Antoine Laurent de Jussieu (1748-1836), 
52 
 
Genera Plantarum secundum ordines, naturales disposta (1789); 
Augustin Pyrame De Candolle (1778-1841); 
Théorie élémentaire de la Botanique (1813), Alphonse De Candolle 
(1806-1893); 
Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis (1816-1873); 
Robert Brown (1773-1858), Botanicarum facile princeps (1827); 
Stephan Endlicher (1804-1849), Genera Plantarum (1836-1840), 
Schimper (1808-1880), Adolphe Theodore Brongiart, Enumeration 
des genres de plantes (1843), George Bentham (1800-1884) & 
Joseph Dalton Hooker (1817-1911), Genera Plantarum (1862-
1883) 
 
Período dos Sistemas Filogenéticos 
Jean Baptista de Monet (Caballero de Lamarck, 1744-1829), 
Encyclopèdie mèthodique Botanique (1783-1817), Philosophie 
zoologique (1809); 
Charles Darwin (1809-1882) em the origin of species (1859); 
A. W. Eichler (1839-1887), Blütendiagramme (1875-1878); 
A. Engler y Karl Prantl, Die Natürlichen Pflanzenfamilien (1887-
1915); 
F. Wettstein, Handbuch der Systematischen Botanik (1935, 4ª ed.); 
 
 Ensino à Distância 53 
 
 
Sumário 
As fases da evolução histórica sobre a sistemática e taxonomia 
vegetal podem ser estudadas com base nas diferentes pesquisas 
feitas em vários períodos tais como: Período Clássico, Período 
Medieval, Período Renascentista, Período do Século XVII, Período 
Linneano, Período dos Sistemas naturais e o Período dos Sistemas 
Filogenéticos. 
Exercícios 
 
Chave de correcção 
 
 • Período Clássico, Período Medieval, Período Renascentista, 
Período do Século XVII, Período Linneano, Período dos 
Sistemas naturais, Período dos Sistemas Filogenéticos. 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
• Identifique as diferentes fases de evolução histórica da 
sistemática e taxonomia Botânica. 
 
54 
 
 
Terminologia 
 
Sistemas naturais - não se baseia apenas na morfologia e na 
fisiologia dos organismos adultos, mas também no 
desenvolvimento embrionário dos indivíduos, no cariótipo de cada 
espécie, na sua distribuição geográfica e no posicionamento dos 
seres perante seus ancestrais no processo de evolução das espécies 
Sistemas Filogenéticos - proposto por Willi Hennig, é o estudo 
filogenético desses grupos, geralmente com a finalidade de testar a 
validade de grupos e sua taxionomia. De acordo com esta 
abordagem, somente são aceites como naturais os grupos 
comprovadamente monofilético. A Sistemática Filogenética é uma 
base sobre a qual diversos métodos foram desenvolvidos, dos 
quais o dominante atualmente é a cladística. 
Filogenia – (ou filogênese) (grego: phylon = tribo, raça e 
genetikos = relativo à gênese = origem) é o termo comumente 
utilizado para hipóteses de relações evolutivas (ou seja, relações 
filogenéticas) de um grupo de organismos, isto é, determinar as 
relações ancestrais entre espécies conhecidas (ambas as que vivem 
e as extintas). 
 
 
Exercícios 
 
 
Auto-avaliação 
 
 
 
1. Qual é o pressuposto básico da Teoria Contingencial? Concorda com 
ele? Argumente. 
2. A Teoria Contingencial representa um deslocamento da visualização 
de dentro para fora da organização. Desenvolva a afirmação. 
3. Fale sobre os diferentes ambientes em que interage a organização. 
 
 
 Ensino à Distância 55 
 
Chave de correcção 
1. O pressuposto básico da TC é de que não há nada de absoluto nas 
organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Este 
pressuposto explica que há uma relação funcional entre as 
condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas 
para o alcance eficaz dos objectivos. As variáveis ambientais são 
independentes quando as organizacionais são dependentes. 
2. A Teoria Contingencial representa um deslocamento da visualização 
de dentro para fora da organização, uma vez que são as características 
ambientais que condicionam as características organizacionais. É 
no ambiente onde estão as causas, por isso não há uma única forma 
de se organizar, tudo depende do ambiente, as características 
organizacionais surgem em função das características ambientais 
nas quais interage a organização. 
56 
 
Unidade II 
Sinópsis do reino vegetal e 
níveis de organização dos 
organismos 
Introdução 
Antigamente os conceitos de planta e animal se consideravam de 
um modo geral como unidades sistemático-taxonómicas 
fundamentais para a divisão dos organismos. Hoje se sabe que estes 
dois grupos diferem entre si quanto a fisiologia e nutrição, pelo que 
não são autenticos grupos sistemáticos definidos pelo grau de 
parentesco. O ponto de partida filogenético que se observa nos 
seres vivos é a sua divisão em procariotas e eucariotas, dentros 
destes estão os Reinos que estao organizados em Divisões que são 
comunidades de descendências muito amplas derivadas de um 
grupo de antepassados comum e monofilético. Como critério 
superior de ordenação das divisões tem-se os níveis de organização. 
Nesta unidade você vai estudar as Características morfológicas, 
ecológicas e modo de vida dos Eucariotas e dos Procariotas, os 
níveis de desenvolvimento Myxobionta e Mycobionta assim como 
as algas. 
Ao completar esta unidade / Lição, você será capaz de: 
 
 Ensino à Distância 57 
 
 
Objectivos específicos 
 
• Classificar os organismos vegetais segundo a sua sistemática e 
característica evolutivas; 
• Denominar os níveis de organização das plantas e os outros 
organismos com base nas suas características; 
• Comparar os ciclos de vida dos diferentes organismos vegetais. 
 
58 
 
Lição nº 1 
Os Prokaryota: Características 
morfológicas, ecológicas e modo 
de vida. 
 
Introdução

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