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aula Influência social A Influência social O comportamento de alguém é influenciado socialmente quando ele se modifica em presença de outrém (presença real ou simbólica) • O julgamento ou a percepção do indivíduo situam-se na copresença ou em relação com outras pessoas cuja conduta, ego e reportório de respostas vão interferir com as suas (Moscovici, 1972) • Diferentes abordagens: Imitação (Tarde, 1890); sugestão (Le Bon, 1895); conformidade (Asch, 1952) • Influência social e gestão dos conflitos sociais (conformidade e resolução do conflito; normalização e evitamento do conflito e inovação e criação do conflito) Quando é que se pode dizer que existe influência social? • “(...) quando as acções de uma pessoa são condição para as acções de outra” Backman(1964) • Quando os julgamentos, as atitudes, as percepções e os comportamentos de alguém foram influenciados socialmente, i. e., se modificam em presença de outrém • ↓ • real, imaginado (Crutchfield,1955) ou antecipado (Allport, 1954) A I. S. é pode incluir: • tentativas óbvias para alguns indivíduos mudarem as atitudes ou comportamentos de outros: P. ex. persuasão, solicitações, exercício da autoridade. • Processos mais subtis que ocorrem nos grupos e na sociedade: P. ex. seguir os padrões implícitos (normas) da sociedade ou de grupos específicos. • A I. S. é é uma componente importante e é omnipresente da vida quotidiana. Tipos de Influência Social • Condescendência • Normalização • Conformidade • Obediência à autoridade • Inovação Modalidades/processos de I.S. • NORMALIZAÇÃO Processo de influência recíproca quando nenhuma das partes da interacção dispõe de um juízo ou norma prévia; • CONFORMISMO Processo de adaptação de juízos ou normas pré- existentes no sujeito às normas de outros indivíduos ou grupos como consequência da pressão real ou simbólica exercida por este; • OBEDIÊNCIA Processo pelo qual um indivíduo adopta comportamentos sugeridos por outros; • INOVAÇÃO Processo de criação de novas normas com o fim de substituir as normas existentes, mais frequentemente por influência de grupos minoritários. • NORMALIZAÇÃO Normas Sociais • •Reguladores da vida quotidiana • •Orientação do comportamento (informam sobre o modo como o indivíduo se deve comportar em grupo) • •Redução da incerteza ao nível das opiniões, dos sentimentos e dos comportamentos ; fornecem ordem, estabilidade e previsibilidade às interacções sociais • -As normas sociais são construções sociais – associadas aos valores sociais ... • -Funcionam como estruturas de referência através das quais é interpretado o mundo que nos rodeia NORMALIZAÇÃO • Sherif - 1936 • Elaboração da norma colectiva o que faz um indivíduo colocado numa situação ambígua, objectivamente indefinida e em relação à qual não existe um quadro de referência externo? • Efeito auto-cinético: na obscuridade total, uma pequena fonte luminosa parece mover-se • Metodologia experimental Efeito auto-cinético: Fenómeno perceptivo em que uma pequena luz fixa num ambiente escuro parece mover-se. Isto dá-se porque a percepção do movimento é estabelecida por relação a um ponto de referência. No escuro, não existe ponto de referência. Consequentemente, o movimento de um pequeno ponto de luz não é definível. Metodologia experimental • Salas escuras do laboratório de Psicologia da Universidade de Columbia • estudantes universitários do sexo masculino não tinham estudos em psicologia, não conheciam a organização física da experiência nem o seu objectivo • 19 sujeitos participaram em experiências individuais e 40 sujeitos participaram nas experiências de grupo • Estudou-se a amplitude do movimento percebido pelos sujeitos • Duas condições experimentais: individual (sujeito e experimentador) e em grupo (individual/grupo; grupo/individual) Características das condições experimentais • O contexto físico é ambíguo • Não há normas constituídas colectivamente antes da experiência • Não há boas nem más respostas: a resposta é incerta • Compromisso pessoal fraco; o sujeito é pouco afectado pelas suas respostas • Os sujeitos não se conhecem antes da experiência Resultados • Condição indivíduo isolado • Normalização subjectiva individual (cada indivíduo estabelece um desvio de variação e um ponto de referência (ou norma) que lhe permite fazer as sucessivas avaliações • Condição indivíduo em grupo • Indivíduo/grupo – no grupo os desvios de variação e as normas tendem a convergir (norma colectiva) • Grupo/indivíduo – o sujeito conserva a norma e o desvio Resultados: indivíduo-grupo Experiência de Sherif • Apesar dos dados indicarem que a influência esteve presente, os sujeitos negam terem sido influenciados pelos outros. • Quanto mais incertos os sujeitos estão acerca da realidade, mais são influenciados pelos outros. Conclusões • Processo psicológico implicado na elaboração das normas sociais • A norma colectiva não é necessariamente a posição média do grupo • A norma resultante depende do processo de interações próprios de cada grupo • A norma estabelece-se segundo um processo temporal • Existência de qualidades novas e supra-individuais nas situações de grupo • Princípio psicológico comum: tendência para um valor padrão (diferente nas sit. de grupo e individual) I. Conformismo: Quando e porquê Conformismo: Quando e porquê • Conformismo é a mudança no comportamento devida à Influência real ou imaginada dos outros. A CONFORMIDADE • Asch (1951-56) • Estudar as condições sociais e pessoais que levam os indivíduos a resistir ou a conformar-se às pressões de um grupo quando esse grupo tem um ponto de vista contrário à evidência perceptiva Experiência de Asch • Conformidade numa maioria unânime • 123 jovens (17 a 25 anos de idade) • Grupos de 8 sujeitos em que apenas um era testado (sujeito ingénuo e 7 sujeitos comparsas) • Mediu quantitativamente os efeitos do grupo sobre os indivíduos através da análise da frequência do número de erros dos sujeitos que iam na direcção das estimativas erradas da maioria • Cada grupo de 8 sujeitos realizou 18 ensaios Características do procedimento experimental • Existe uma só resposta correcta • O sujeito ingénuo experimenta duas forças contraditórias: a sua experiência perceptiva e o grupo unânime • Essas duas forças fazem parte da situação física imediata do meio • O sujeito ingénuo tem que fazer um julgamento público, tendo que se confrontar com o ponto de vista do grupo • A situação tem um carácter constrangedor: o sujeito ingénuo não pode evitar o dilema quando se refere às condições externas da situação experimental Sujeito ingénuo Resultados • Entrevista pós-experimental: conhecer as bases da independência ou da conformidade • Individualmente os sujeitos não cometiam erros • Em grupo, cerca de um terço dos sujeitos conformavam-se com as respostas erradas da maioria • Com base no número de erros dados por cada sujeito, Asch elaborou uma tipologia de sujeitos críticos, classificando os sujeitos que não cometiam mais do que dois erros como independentes, e os sujeitos que cometiam entre três e doze erros como conformistas. Subcategorias dentro da categoria dos sujeitos independentes: • Verdadeiramente Independentes: Os sujeitos mostravam-se firmes na sua convicção; estes sujeitos não eram imunes à influência da maioria, acreditavam ser mais importante seguir a sua própria opinião. • Falsos Independentes: Estes sujeitos afirmavam estar errados e a maioria estar correcta, se não agiam de acordo com a mesma era porque achavam que deviam seguir rigidamente as instruções do experimentador. três subcategorias dos sujeitos conformistas • Conformistas a nível perceptivo: Estes sujeitos não reconheciam que algo de estranho se passou, afirmavam que apenas tinhamrespondido de acordo com o que tinham visto, subcategoria que registou menos sujeitos. • Conformistas a nível do julgamento: reconheciam que tinham dado respostas que não correspondiam ao que tinham observado. Justificavam afirmando que a maioria tinha dado respostas diferentes à sua e, logo, o erro só podia ser seu. Subcategoria mais frequente. • Conformistas a nível comportamental: afirmavam saber que estavam correctos e a maioria errada contudo, justificavam o seu comportamento com a vontade de não “sobressair”. Resultados • Sujeitos independentes • Independência que se apoia na certeza da sua percepção e experiência • Independentes e fugazes • Grande tensão e numerosas hesitações • Sujeitos conformistas • Distorção da percepção • Distorção do julgamento • Distorção da acção Variações experimentais • Efeito de uma maioria não unânime: diminui a conformidade e aumenta a independência Presença de um parceiro real Retraimento do parceiro Presença de um parceiro que faz um compromisso (os erros do sujeito ingénuo tornam-se também moderados) • Papel do tamanho da maioria O efeito da maioria atinge o seu máximo com 3/4 elementos • Papel da situação estímulo O efeito da maioria aumenta quando a situação é mais ambígua, estando os sujeitos menos embaraçados e menos em conflito Explicações para o fenómeno da conformidade (experiência de Asch) • Deutsch e Gerard (1955) advogam que o nível de influência que um determinado emissor terá sobre o seu alvo, é explicado pela relação de dependência que se estabelece entre o primeiro e o segundo, assim sendo, distinguem-se dois tipos de influência social: Influência normativa e informativa II. Influência social informativa: A necessidade de saber o que está “certo” Influência social informativa • Influência social informativa é a Influência das outras pessoas que nos levam à conformidadade porque as vemos como fonte de Informação para orientar o nosso comportamento; • ocorre quando o indivíduo procura outra pessoa ou grupo para obter informação correcta • Nós conformamo-nos porque acreditamos que os outros tem uma interpretação para uma situação ambígua, mais correcta que a nossa e isso irá ajudar- nos a escolher a acção correcta a tomar. • tendência em aceitar a informação dada pelos outros como prova de realidade objectiva Influência social informativa • Um importante aspecto da Influência social informativa é que pode resultar numa aceitação privada, isto é quando as pessoas se conformam ao comportamento de outros porque acreditam que o que estão a fazer ou a dizer é correcto. Influência social informativa • Um resultado menos frequente da Influência social informativa é a Condescendência pública, Quando as pessoas se conformam ao comportamento publicamente, sem que necessariamente acreditem no que estão a fazer ou a dizer. Influência social informativa • A importância de Ser Exacto Baron (1996) descobriu que quando o resultado da tarefa é muito importante, é mais provável ceder à Influência social informativa do que quando o resultado da tarefa é de importância baixa. Influência social informativa • Quando a Conformidade informativa produz ainda mais consequências Dependendo dos outros para nos ajudar a definir a situação pode ainda ter outras consequências. Por exemplo o Contágio, a rápida transmissão de emoções ou comportamentos numa multidão. Influência social informativa • Quando Conformidade informativa produz ainda mais consequências Outro exemplo da Conformidade informativa produzir outras consequências é o das perturbações psicossomáticas de massas, a ocorrência, no grupo de pessoas, de sintomas fisiológicos semelhantes sem se conhecer uma causa física. Influência social informativa • Quando é que as pessoas se Conformam à Influência social informativa? Quando a situação é ambígua. Quando a situação é de crise. Quando as outras pessoas são especialistas. Influência social informativa • Resistir à Influência social informativa Para resistir à Influência social informativa, é necessário considerar se a visão dos outros da situação é mais legítima do a nossa. Compreender como funciona a Influência social informativa ajuda a saber quando é útil e quando é negativa. III. Influência social Normativa : a necessidade de ser aceite Influência social normativa • as pessoas conformam-se às normas sociais de um grupo, regras implícitas ou explícitas que um grupo tem para os comportamentos, valores, e crenças aceitáveis pelos seus membros. • ocorre quando uma pessoa se conforma, condescende ou obedece no sentido de ganhar recompensas ou evitar punições de outro grupo ou pessoa Influência social normativa • A necessidade fundamental que os Humanos apresentam de filiação social forma a base para a Influência social normativa, Conformismo no sentido de ser “gostado” e aceite pelos outros. Influência social normativa • Um resultado frequente da Influência social Normativa é a Condescendência pública, isto é quando as pessoas se conformam publicamente ao comportamento dos outros, sem que necessariamente acreditem no que estão a dizer ou a fazer. Influência social normativa • As Consequências de Resistir à Influência social normativa Os grupos exercem sempre pressões de Influência Normativa, resistir implica sempre risco de exclusão. Influência social normativa • Influência social Normativa na vida quotidiana Influência social Normativa ajuda a explicar por exemplo a pressão ao nível da moda e do corpo. Influência social normativa • Quando é que as pessoas se Conformam à Influência social normativa? Estudo de Asch mostra que o Conformismo não aumenta muito a partir de um grupo de 4 ou 5 pessoas. Influência social normativa • Quando é que as pessoas se Conformam à Influência social normativa? Pressões normativas muito mais fortes a partir das pessoas mais próximas Influência social normativa • Quando é que as pessoas se Conformam à Influência social normativa? Asch – a importância da unanimidade do grupo. Influência social normativa • Quando é que as pessoas se Conformam à Influência social normativa? Nas pessoas de culturas coletivistas é mais provável conformarem-se à Influência social Normativa do que as pessoas de culturas individualistas . Influência social normativa • Resistir à Influência social normativa 1 Resistir à Influência social Normativa é estar consciente dela. 2 Encontrar aliados Influência social normativa • Resistir à Influência social normativa Adicionalmente, se na maior parte das vezes nos conformamos às normas do grupo, ganhamos créditos idiosincráticos que nos dão o direito a ocasionalmente nos desviarmos sem consequências sérias. Influência social normativa • Influência da Minoria : Quando poucos Influenciam muitos Moscovici (1985) argumenta que uma Minoria pode provocar mudança na Maioria. A chave é a consistencia no tempo e unanimidade consistente entre os membros da Minoria. Influência social Normativa • Influência da Minoria : Quando poucos Influenciam muitos Estudo de Wood et al. (1994) chegou à conclusão que as maiorias causam frequentemente Condescendência pública devido à Influência social normativa, enquanto minorias causam frequentemente aceitação privada devido à Influência social informativa. A influência social foi encarada até agora, como uma situação em que um sujeito exposto a um emissor de influência se confronta com duas hipóteses: manter a independência ou conformar- se. Moscovici veio advogar a existência de uma terceira alternativa – a de fazer o grupo mudar. Esta perspectiva assenta nos seguintes pressupostos: • A influência social é distribuída de forma desigual e exercida de forma unilateral: até aqui não se tinha ponderado a hipótesede um sujeito poder ser simultaneamente emissor e alvo de influência; • A função da influência social é a de manter e reforçar o controlo social; • As relações de dependência determinam a direcção e a quantidade de influência social exercida num grupo: os sujeitos conformam-se ao grupo porque dependem deles; Perspetiva de redução das incertezas • Os estados de incerteza e a necessidade de reduzir a incerteza determinam as formas tomadas pelo processo de redução de influência; Perspetiva da negociação de conflitos • Moscovici -“Teoria Genética” - sugere que a realidade é somente uma construção social e que a influência social é uma forma de negociação, a partir da qual se pode modificar ou conservar uma dada definição da realidade. Nesta teoria as funções da influência não são meramente de controlo social mas também de mudança social; -- - a negociação envolve três processos de gestão do conflito que ocorrem na génese, manutenção e desenvolvimento da definição de realidade: • Normalização: Advém da tentativa de gerir o conflito através de concessões recíprocas. • Conformismo: Deriva da tentativa de resolver o conflito através da submissão do indivíduo ao grupo. • Inovação: Deriva da tentativa de formação do conflito através da contestação de normas vigentes. Principais Conclusões: • O fenómeno da influência minoritária é, actualmente, indiscutível; • Contrariamente, o porquê da influência minoritária é bastante mais discutível, uma vez que a capacidade de inovação de uma minoria depende da sua capacidade de intensificar o conflito com a maioria e, depende ainda da adopção de um estilo de comportamento consistente. IV. Condescendência: solicitações à mudança do seu comportamento Condescendência • Ocorre em situações em que é feito um pedido directo e a pessoa concorda em comportar-se de acordo com esse pedido, podendo em privado concordar ou discordar com a acção com que se comprometeram Condescendência • Conformismo "deixa andar": Funcionando em Piloto automático as pessoas frequentemente aderem a um Conformismo "deixa andar", obedecendo a normas sociais internalizadas sem pensar sobre as suas acções. Condescendência • Conformismo "deixa andar": Funcionando em Piloto automático A vantagem do Conformismo "deixa andar" é que facilita a vida quotidiana. Na maioria dos casos conduz a um comportamento apropriado. Condescendência Quatro estratégias para se obter condescendência: • Humor positivo • Reciprocidade • Compromisso • Reactância psicológica Condescendência • A norma da reciprocidade norma da reciprocidade : receber algo positivo de outra pessoa induz a norma da reciprocidade. Ex. Quando condescendemos com pedidos porque já recebemos um benefício da pessoa que faz o pedido (“pagar favores aos que nos ajudaram”) Grande pagamento por um pequeno favor Usar um pequeno favor para obter uma concessão maior - ex. oferecer um café e depois fazer o pedido) Não é tudo! Oferecer um produto com um preço elevado e antes da pessoa responder, baixar drasticamente o preço Condescendência • A Técnica da Porta-na-Cara A Técnica da Porta-na-Cara Após um grande pedido que o alvo pode recusar, fazer um mais pequeno Condescendência • Compromisso Quando condescendemos porque já nos tínhamos comprometido com uma posição ou acção A técnica do pé na porta Ir aumentando o objectivo do pedido. Eficaz na condescendência a longo prazo A técnica do favor disfarçado Obter o compromisso de condescender sob condições muito favoráveis e só mais tarde retirar algumas das vantagens Humor positivo • As pessoas são mais susceptíveis de condescender quando estão de bom humor • Pessoas que estão de bom humor são mais susceptíveis de estar activas e por isso envolvem-se mais em comportamentos • Um humor agradável pode activar pensamentos e recordações agradáveis que são transferidos para a pessoa que está a fazer o pedidos • lisonjeamento que precede o pedido (insinuação) • Ex. fazer o pedido no decurso de um jantar agradável num restaurante acolhedor; elogiar a inteligência, a aparência do alvo e depois fazer o pedido Reactância psicológica • Levar a pessoa a condescender pela ameaça da sua liberdade de escolha, muitas vezes criando uma ilusão de escassez • Ex. o vendedor informa o cliente de que o produto é o último e depois não poderá arranjar outro igual V. Obediência à autoridade Obediência à autoridade • Milgram (1963, 1974, 1976) examinou o poder da Obediência à autoridade nas mais famosas experiências laboratoriais da psicologia social. Public Announcement We Will Pay You $4.00 For One Hour of Your Time Persons Needed for a Study of Memory We will pay five hundred New Haven men to help us complete a scientific study of memory and learning. The study is being at Yale University. Each person who participates will be paid $4.00 (plus 50 cents carfare) for approximately one hour’s time. We need you for only one hour there are no further obligations. You may choose the time you would like to come (evenings, weekends, or weekdays). No special training, education, or experience is needed. We want: Factory workers Businessmen Construction workers City employees Clerks Salespeople Laborers Professionals White-collar workers Barbers Telephone worker Others All persons must be between the ages of 20 & 50. High school and college students cannot be used. Source: Adapted From Obedience to Authority: An Experimental View, 1974, by Stanley Milgram. procedimentos: • Supostamente existe uma atribuição aleatória a dois voluntários para ser “aprendiz" ou “administrador/professor" • tarefa de aprendizagem de pares de palavras • Se a resposta está errada, o administrador liga o gerador de choques começando nos 15 volts e subindo sempre em incrementos de 15 volts (i.e., 15, 30, 45, 60, 75, 90 …..) gerador volts desde 15 a 450 (XXX Perigo) Participantes recebiam um choque de 45 volts como “exemplo” O "“aprendiz" " Gerador de choques Aos 75 volts, o suposto aluno grunhia • Aos 120 volts, queixava-se de forma veemente • Aos 150, pedia para ser libertado da experiência • Com o aumento dos choques. O “aprendiz" torna- se mais emocional nas suas respostas • Aos 285 volts, as suas respostas lembram um grito agonizante. Depois disso, não faz mais sons. Predictions: "Before the experiments, I sought predictions about the outcome from various kinds of people -- psychiatrists, college sophomores, middle-class adults, graduate students and faculty in the behavioral sciences. With remarkable similarity, they predicted that virtually all the subjects would refuse to obey the experimenter. The psychiatrist, specifically, predicted that most subjects would not go beyond 150 volts, when the victim makes his first explicit demand to be freed. They expected that only 4 percent would reach 300 volts, and that only a pathological fringe of about one in a thousand would administer the highest shock on the board". (Milgram, 1974) Estudos de Milgram Excerpt from Milgram Experiment • “learner" (who, from the teacher’s point of view is heard but not seen, an offstage voice): Ow, I can’t stand the pain. Don’t do that … • Teacher (pivoting around in his chair and shaking his head): I can’t stand it. I’m not going to kill that man in there. You hear him hollering? • Experimenter: As I told you before, the shocks may be painful, but- • Teacher: But he’s hollering. He can’t stand it. What’s going to happen to him? • Experimenter (his voice patient, matter-of-fact): The experiment requires that you continue, Teacher. • Teacher: Aaah, but, unh, I’m not going to get that man sick in there … know what I mean? • Experimenter:Whether the “learner" likes it or not, we must go on, through all the word pairs. • Teacher: I refuse to take responsibility. He’s in there hollering! • Experimenter: It’s absolutely essential that you continue, Teacher. • Teacher (indicating the unused questions): There’s too many left here, I mean, geez, if he gets them wrong, there’s too many of them left. I mean who’s going to take the responsibility if anything happens to that gentleman? • Experimenter: I’m responsible for anything that happens to him. Continue please. Experiência # VARIAÇÃO RESULTADOS 1 a 4 Proximidade 1º ESTUDO = 65% Mais próximo da vítima - Menor Obediência 5 Problema de coração 65% Obediência 7 (experimentador dá as ordens pelo telefone) 22% Obediência 8 Amostra de mulheres 65% Obediência 10 Fora da Universidade 48% Obediência 13 Outro suj. no lugar do experimentador (experimentador teve de sair) 20% Obediência (4/20 ) 13a Cúmplice assume papel de dar os choques; o sujeito apenas participa em tarefas de apoio e assiste 69% Obediência permitida 17 2 colegas (em apoio, registo); Sujeito em controle do gerador Um dos colegas manifesta a sua discordância (Ao nível 150) 10% Obediência 18 2 colegas (em apoio, registo); Sujeito em controle do gerador 2 colegas mantém-se obedientes 93% Obediência “learner" Experimenter Peer Subject Peer Milgram Experiment (setup for experiments 17 & 18 Outros estudos Obediência à autoridade Study Milgram (1963) USA Male general population 65 Female general population 65 Rosenhan (in Milgram, 1974) USA Students 85 Ancona and Pareyson (1968) Italy Students 85 Mantell (1971) Germany Male general population 85 Kilham and Mann (1974) Australia Male students 40 Female students 16 Burley and McGuiness (1977) UK Male students 50 Shanab and Yahya (1978) Jordan Students 62 Miranda et al. (1981) Spain Students > 90 Schurz (1985) Austria General population 80 Meeus and Raaijmakers (1986) Holland General population 92 Obediência à autoridade • Os resultados de Milgram indicam uma poderosa tendência que as pessoas tem de obedecer a figuras de autoridade mesmo quando as suas ordens vão contra os seus valores e moral. • Hannah Arendt (1965) argumentava que as atrocidades do Holocausto ocurreram não porque os participantes eram psicopatas, mas porque eram pessoas vulgares submetidos a extraordinárias pressões sociais. Obediência à autoridade • O Papel da Influência social normativa Uma variação da experiência de Milgram demonstra o papel da Influência social normativa. Uma significativa menor Condescendência era obtida se “Outros voluntários” se recusassem a continuar. Obediência à autoridade • o papel da Influência social informativa Outras variações na experiência demonstraram o papel da Influência social informativa devida à confusão e ambiguidade levantada pela situação. Obediência à autoridade • Outras Razões para compreender a obediência Outros factores que influenciam a Obediência incluem o fenómeno do pé-na- porta que leva à necessidade de auto- justificação e à continuação da Obediência, bem como a necessidade de redução da dissonância cognitiva. Sensação de urgência (Pressão do tempo) Gradual aumento dos níveis de choque Responsabilidade (outros são responsáveis) “IT IS SURPRISING HOW DIFFICULT IT IS FOR PEOPLE TO KEEP SITUATIONAL FORCES IN MIND, AS THEY SEEK A TOTALLY PERSONALISTIC INTERPRETATION OF OBEDIENCE, DIVORCED FROM THE SPECIFIC SITUATIONAL PRESSURES ACTING ON THE INDIVIDUAL” (MILGRAM, 1974). …The social psychology of this century reveals a major lesson: often it is not so much the kind of person a man is as the kind of situation in which he finds himself that determines how he will act. (Milgram, 1974) “ANY INTERPRETATION INVOLVING THE ATTACKER’S STRONG SADISTIC IMPULSES IS INADEQUATE. THERE IS NO EVIDENCE THAT THE MAJORITY OF THOSE WHO PARTICIPATED IN SUCH KILLINGS IS SADISTTICALLY INCLINED” (KELMAN, & HAMILTON, 1989, p.13, REGARDING THE MY LAI MASSACRE) Questões éticas • Uso do engano (falta de consentimento informado) • Possíveis consequências de longo prazo sobre os partipantes O direito a desistir "Hospital" Study --- Physician ordered a prescription to be administered to a patient in a ward Specific conditions: a) Done over the phone b) Fake drug name c) Medication not cleared for use d) Past the dosage limit for the (fake) drug • 21/22 Nurses agreed to administer the drug Written description given to 12 nurses. They were asked how they would act. • 10/12 nurses said they would not administer the drug Generalization Issue Conclusões: • Embora seja impossível extrapolar os resultados à realidade, visto o exercício ter decorrido em contexto laboratorial, não deixa de transparecer algo verdadeiramente preocupante e assustador que existe em nós, seres humanos. Tal como Milgram disse:“uma proporção substancial de pessoas faz o que lhes mandam, qualquer que seja o conteúdo do acto e sem entraves de consciência, desde que considerem o comando como emitido por uma autoridade legítima” (Milgram, 1965, p.75). • O que nos leva a crer que, desde que a responsabilidade seja de outrem não importa o sofrimento de outras pessoas. No entanto, as pesquisas de Milgram não deixam de ser dúbias, não se sabe até que ponto os sujeitos iriam na obediência. • Há que ter em conta o conteúdo do acto. Outro ponto a referenciar é as áreas para as quais a autoridade está voltada pois, se um professor mandar um aluno ir ao quadro, está na sua área de competência e o mais certo é o aluno obedecer, se no entanto o professor mandar o aluno ir-lhe comprar o pequeno-almoço, as hipóteses do mesmo obedecer devem baixar, já que não compete ao estudante fazer esse tipo de acções em contexto escolar para com o docente. • Assim, podemos concluir que embora Milgram tenha verificado que de facto pessoas normais são capazes de actos puníveis pela mão de uma autoridade legítima, há muitas incertezas relativas a esta área.