Buscar

Aula 16 - Influêcia social


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

aula
Influência social 
A Influência social
O comportamento de alguém é influenciado socialmente 
quando ele se modifica em presença de outrém 
(presença real ou simbólica)
• 􀁺 O julgamento ou a percepção do indivíduo situam-se 
na copresença ou em relação com outras pessoas cuja 
conduta, ego e reportório de respostas vão interferir 
com as suas (Moscovici, 1972)
• 􀁺 Diferentes abordagens: Imitação (Tarde, 1890); 
sugestão (Le Bon, 1895); conformidade (Asch, 1952)
• 􀁺 Influência social e gestão dos conflitos sociais 
(conformidade e resolução do conflito; normalização e 
evitamento do conflito e inovação e criação do 
conflito)
Quando é que se pode dizer que 
existe influência social?
• “(...) quando as acções de uma pessoa são condição 
para as acções de outra” Backman(1964)
• Quando os julgamentos, as atitudes, as percepções e 
os comportamentos de alguém foram influenciados 
socialmente, i. e., se modificam em presença de 
outrém
• ↓
• real, imaginado (Crutchfield,1955) ou antecipado 
(Allport, 1954)
A I. S. é pode incluir:
• tentativas óbvias para alguns indivíduos 
mudarem as atitudes ou comportamentos de 
outros: P. ex. persuasão, solicitações, exercício 
da autoridade.
• Processos mais subtis que ocorrem nos grupos 
e na sociedade: P. ex. seguir os padrões 
implícitos (normas) da sociedade ou de grupos 
específicos.
• A I. S. é é uma componente importante e é 
omnipresente da vida quotidiana.
Tipos de Influência Social
• Condescendência
• Normalização
• Conformidade
• Obediência à autoridade
• Inovação
Modalidades/processos de I.S.
• NORMALIZAÇÃO
Processo de influência recíproca quando nenhuma 
das partes da interacção dispõe de um juízo ou 
norma prévia;
• CONFORMISMO
Processo de adaptação de juízos ou normas pré-
existentes no sujeito às normas de outros 
indivíduos ou grupos como consequência da 
pressão real ou simbólica exercida por este;
• OBEDIÊNCIA
Processo pelo qual um indivíduo adopta 
comportamentos sugeridos por outros;
• INOVAÇÃO
Processo de criação de novas normas com o 
fim de substituir as normas existentes, mais 
frequentemente por influência de grupos 
minoritários.
• NORMALIZAÇÃO
Normas Sociais
• •Reguladores da vida quotidiana
• •Orientação do comportamento (informam sobre o 
modo como o indivíduo se deve comportar em 
grupo)
• •Redução da incerteza ao nível das opiniões, dos 
sentimentos e dos comportamentos ; fornecem ordem, 
estabilidade e previsibilidade às interacções sociais 
• -As normas sociais são construções sociais –
associadas aos valores sociais ...
• -Funcionam como estruturas de referência através 
das quais é interpretado o mundo que nos rodeia
NORMALIZAÇÃO
• Sherif - 1936
• 􀁺 Elaboração da norma colectiva 
o que faz um indivíduo colocado numa situação 
ambígua, objectivamente indefinida e em relação à 
qual não existe um quadro de referência externo?
• 􀁺 Efeito auto-cinético: na obscuridade total, uma 
pequena fonte luminosa parece mover-se
• 􀁺 Metodologia experimental
Efeito auto-cinético: Fenómeno perceptivo em que uma pequena luz fixa num ambiente 
escuro parece mover-se. Isto dá-se porque a percepção do movimento é estabelecida por 
relação a um ponto de referência. No escuro, não existe ponto de referência. 
Consequentemente, o movimento de um pequeno ponto de luz não é definível.
Metodologia experimental
• 􀁺 Salas escuras do laboratório de Psicologia da 
Universidade de Columbia
• 􀁺 estudantes universitários do sexo masculino 
não tinham estudos em psicologia, não conheciam a 
organização física da experiência nem o seu objectivo
• 􀁺 19 sujeitos participaram em experiências individuais e 
40 sujeitos participaram nas experiências de grupo
• 􀁺 Estudou-se a amplitude do movimento percebido pelos 
sujeitos
• 􀁺 Duas condições experimentais: individual (sujeito e 
experimentador) e em grupo (individual/grupo; 
grupo/individual)
Características das condições 
experimentais
• 􀁺 O contexto físico é ambíguo
• 􀁺 Não há normas constituídas colectivamente 
antes da experiência
• 􀁺 Não há boas nem más respostas: a resposta é 
incerta
• 􀁺 Compromisso pessoal fraco; o sujeito é pouco 
afectado pelas suas respostas
• 􀁺 Os sujeitos não se conhecem antes da 
experiência
Resultados
• Condição indivíduo isolado
• Normalização subjectiva individual (cada indivíduo 
estabelece um desvio de variação e um ponto de 
referência (ou norma) que lhe permite fazer as 
sucessivas avaliações
• Condição indivíduo em grupo
• Indivíduo/grupo – no grupo os desvios de variação e 
as normas tendem a convergir (norma colectiva)
• Grupo/indivíduo – o sujeito conserva a norma e o 
desvio
Resultados: indivíduo-grupo
Experiência de Sherif
• 􀁺 Apesar dos dados indicarem que a 
influência esteve presente, os sujeitos 
negam terem sido influenciados pelos 
outros.
• 􀁺 Quanto mais incertos os sujeitos estão 
acerca da realidade, mais são influenciados 
pelos outros.
Conclusões
• Processo psicológico implicado na elaboração das 
normas sociais
• A norma colectiva não é necessariamente a posição 
média do grupo
• A norma resultante depende do processo de interações 
próprios de cada grupo
• A norma estabelece-se segundo um processo temporal
• Existência de qualidades novas e supra-individuais nas 
situações de grupo
• Princípio psicológico comum: tendência para um valor 
padrão (diferente nas sit. de grupo e individual)
I. Conformismo: Quando e porquê
Conformismo: Quando e porquê
• Conformismo é a mudança no 
comportamento devida à Influência 
real ou imaginada dos outros.
A CONFORMIDADE
• Asch (1951-56)
• Estudar as condições sociais e pessoais que 
levam os indivíduos a resistir ou a 
conformar-se às pressões de um grupo 
quando esse grupo tem um ponto de vista 
contrário à evidência perceptiva
Experiência de Asch
• Conformidade numa maioria unânime
• 123 jovens (17 a 25 anos de idade)
• Grupos de 8 sujeitos em que apenas um era testado 
(sujeito ingénuo e 7 sujeitos comparsas)
• Mediu quantitativamente os efeitos do grupo sobre os 
indivíduos através da análise da frequência do número 
de erros dos sujeitos que iam na direcção das 
estimativas erradas da maioria
• Cada grupo de 8 sujeitos realizou 18 ensaios
Características do procedimento 
experimental
• Existe uma só resposta correcta
• O sujeito ingénuo experimenta duas forças 
contraditórias: a sua experiência perceptiva e o grupo 
unânime
• Essas duas forças fazem parte da situação física imediata 
do meio
• O sujeito ingénuo tem que fazer um julgamento público, 
tendo que se confrontar com o ponto de vista do grupo
• A situação tem um carácter constrangedor: o sujeito 
ingénuo não pode evitar o dilema quando se refere às 
condições externas da situação experimental
Sujeito ingénuo
Resultados
• Entrevista pós-experimental: conhecer as 
bases da independência ou da conformidade
• Individualmente os sujeitos não cometiam 
erros
• Em grupo, cerca de um terço dos sujeitos 
conformavam-se com as respostas erradas 
da maioria
• Com base no número de erros dados por cada 
sujeito, Asch elaborou uma tipologia de sujeitos 
críticos, classificando os sujeitos que não 
cometiam mais do que dois erros como 
independentes, e os sujeitos que cometiam entre 
três e doze erros como conformistas. 
Subcategorias dentro da categoria dos sujeitos 
independentes:
• Verdadeiramente Independentes: Os sujeitos 
mostravam-se firmes na sua convicção; estes 
sujeitos não eram imunes à influência da maioria, 
acreditavam ser mais importante seguir a sua 
própria opinião.
• Falsos Independentes: Estes sujeitos afirmavam 
estar errados e a maioria estar correcta, se não 
agiam de acordo com a mesma era porque 
achavam que deviam seguir rigidamente as 
instruções do experimentador.
três subcategorias dos sujeitos conformistas
• Conformistas a nível perceptivo: Estes sujeitos não 
reconheciam que algo de estranho se passou, afirmavam 
que apenas tinhamrespondido de acordo com o que tinham 
visto, subcategoria que registou menos sujeitos.
• Conformistas a nível do julgamento: reconheciam que 
tinham dado respostas que não correspondiam ao que 
tinham observado. Justificavam afirmando que a maioria 
tinha dado respostas diferentes à sua e, logo, o erro só 
podia ser seu. Subcategoria mais frequente.
• Conformistas a nível comportamental: afirmavam saber 
que estavam correctos e a maioria errada contudo, 
justificavam o seu comportamento com a vontade de não 
“sobressair”.
Resultados
• Sujeitos independentes
• Independência que se apoia na certeza da sua 
percepção e experiência
• Independentes e fugazes
• Grande tensão e numerosas hesitações
• Sujeitos conformistas
• Distorção da percepção
• Distorção do julgamento
• Distorção da acção
Variações experimentais
• Efeito de uma maioria não unânime:
diminui a conformidade e aumenta a independência
Presença de um parceiro real
Retraimento do parceiro
Presença de um parceiro que faz um compromisso (os 
erros do sujeito ingénuo tornam-se também moderados)
• Papel do tamanho da maioria
O efeito da maioria atinge o seu máximo com 3/4 
elementos
• Papel da situação estímulo
O efeito da maioria aumenta quando a situação é mais 
ambígua, estando os sujeitos menos embaraçados e menos 
em conflito
Explicações para o fenómeno da 
conformidade (experiência de Asch)
• Deutsch e Gerard (1955) advogam que o nível de 
influência que um determinado emissor terá 
sobre o seu alvo, é explicado pela relação de 
dependência que se estabelece entre o primeiro e 
o segundo, assim sendo, distinguem-se dois tipos 
de influência social: Influência normativa e 
informativa
II. Influência social informativa: A 
necessidade de saber o que está 
“certo”
Influência social informativa
• Influência social informativa é a Influência das outras 
pessoas que nos levam à conformidadade porque as 
vemos como fonte de Informação para orientar o nosso 
comportamento;
• ocorre quando o indivíduo procura outra pessoa ou grupo para 
obter informação correcta
• Nós conformamo-nos porque acreditamos que os 
outros tem uma interpretação para uma situação 
ambígua, mais correcta que a nossa e isso irá ajudar-
nos a escolher a acção correcta a tomar.
• tendência em aceitar a informação dada pelos outros como prova 
de realidade objectiva
Influência social informativa
• Um importante aspecto da Influência 
social informativa é que pode resultar 
numa aceitação privada, isto é quando as 
pessoas se conformam ao 
comportamento de outros porque 
acreditam que o que estão a fazer ou a 
dizer é correcto. 
Influência social informativa
• Um resultado menos frequente da 
Influência social informativa é a 
Condescendência pública, Quando as 
pessoas se conformam ao 
comportamento publicamente, sem que 
necessariamente acreditem no que estão 
a fazer ou a dizer. 
Influência social informativa
• A importância de Ser Exacto
Baron (1996) descobriu que quando o 
resultado da tarefa é muito importante, é 
mais provável ceder à Influência social 
informativa do que quando o resultado da 
tarefa é de importância baixa.
Influência social informativa
• Quando a Conformidade informativa 
produz ainda mais consequências
Dependendo dos outros para nos ajudar a 
definir a situação pode ainda ter outras 
consequências. Por exemplo o Contágio, a 
rápida transmissão de emoções ou 
comportamentos numa multidão.
Influência social informativa
• Quando Conformidade informativa 
produz ainda mais consequências
Outro exemplo da Conformidade informativa 
produzir outras consequências é o das 
perturbações psicossomáticas de massas, a 
ocorrência, no grupo de pessoas, de 
sintomas fisiológicos semelhantes sem se 
conhecer uma causa física.
Influência social informativa
• Quando é que as pessoas se Conformam à 
Influência social informativa?
Quando a situação é ambígua.
Quando a situação é de crise.
Quando as outras pessoas são 
especialistas.
Influência social informativa
• Resistir à Influência social 
informativa
Para resistir à Influência social informativa, é 
necessário considerar se a visão dos outros 
da situação é mais legítima do a nossa. 
Compreender como funciona a Influência 
social informativa ajuda a saber quando é 
útil e quando é negativa.
III. Influência social Normativa : a 
necessidade de ser aceite
Influência social normativa
• as pessoas conformam-se às normas sociais de 
um grupo, regras implícitas ou explícitas que 
um grupo tem para os comportamentos, 
valores, e crenças aceitáveis pelos seus 
membros.
• ocorre quando uma pessoa se conforma, condescende ou 
obedece no sentido de ganhar recompensas ou evitar 
punições de outro grupo ou pessoa
Influência social normativa
• A necessidade fundamental que os 
Humanos apresentam de filiação 
social forma a base para a Influência 
social normativa, Conformismo no 
sentido de ser “gostado” e aceite 
pelos outros.
Influência social normativa
• Um resultado frequente da Influência 
social Normativa é a 
Condescendência pública, isto é 
quando as pessoas se conformam 
publicamente ao comportamento dos 
outros, sem que necessariamente 
acreditem no que estão a dizer ou a 
fazer.
Influência social normativa
• As Consequências de Resistir à 
Influência social normativa
Os grupos exercem sempre pressões de Influência 
Normativa, resistir implica sempre risco de 
exclusão.
Influência social normativa
• Influência social Normativa na vida 
quotidiana
Influência social Normativa ajuda a explicar 
por exemplo a pressão ao nível da moda e do 
corpo.
Influência social normativa
• Quando é que as pessoas se 
Conformam à Influência social 
normativa?
Estudo de Asch mostra que o Conformismo 
não aumenta muito a partir de um grupo de 4 
ou 5 pessoas.
Influência social normativa
• Quando é que as pessoas se 
Conformam à Influência social 
normativa?
Pressões normativas muito mais fortes a 
partir das pessoas mais próximas
Influência social normativa
• Quando é que as pessoas se 
Conformam à Influência social 
normativa?
Asch – a importância da unanimidade do 
grupo.
Influência social normativa
• Quando é que as pessoas se 
Conformam à Influência social 
normativa?
Nas pessoas de culturas coletivistas é mais 
provável conformarem-se à Influência social 
Normativa do que as pessoas de culturas 
individualistas .
Influência social normativa
• Resistir à Influência social 
normativa
1 Resistir à Influência social Normativa é 
estar consciente dela.
2 Encontrar aliados
Influência social normativa
• Resistir à Influência social 
normativa
Adicionalmente, se na maior parte das vezes 
nos conformamos às normas do grupo, 
ganhamos créditos idiosincráticos que nos 
dão o direito a ocasionalmente nos 
desviarmos sem consequências sérias.
Influência social normativa
• Influência da Minoria : Quando 
poucos Influenciam muitos
Moscovici (1985) argumenta que uma Minoria 
pode provocar mudança na Maioria. A chave 
é a consistencia no tempo e unanimidade 
consistente entre os membros da Minoria.
Influência social Normativa
• Influência da Minoria : Quando 
poucos Influenciam muitos
Estudo de Wood et al. (1994) chegou à 
conclusão que as maiorias causam 
frequentemente Condescendência pública 
devido à Influência social normativa, 
enquanto minorias causam frequentemente
aceitação privada devido à Influência social 
informativa.
A influência social foi encarada até agora, como 
uma situação em que um sujeito exposto a um 
emissor de influência se confronta com duas 
hipóteses: manter a independência ou conformar-
se. Moscovici veio advogar a existência de uma 
terceira alternativa – a de fazer o grupo mudar. 
Esta perspectiva assenta nos seguintes 
pressupostos:
• A influência social é distribuída de forma 
desigual e exercida de forma unilateral: até aqui 
não se tinha ponderado a hipótesede um sujeito 
poder ser simultaneamente emissor e alvo de 
influência;
• A função da influência social é a de manter e 
reforçar o controlo social;
• As relações de dependência determinam a 
direcção e a quantidade de influência social 
exercida num grupo: os sujeitos conformam-se ao 
grupo porque dependem deles;
Perspetiva de redução das incertezas
• Os estados de incerteza e a necessidade de 
reduzir a incerteza determinam as formas 
tomadas pelo processo de redução de influência;
Perspetiva da negociação de conflitos
• Moscovici -“Teoria Genética” - sugere que a 
realidade é somente uma construção social e que 
a influência social é uma forma de negociação, a 
partir da qual se pode modificar ou conservar uma 
dada definição da realidade. Nesta teoria as 
funções da influência não são meramente de 
controlo social mas também de mudança social; --
- a negociação envolve três processos de gestão 
do conflito que ocorrem na génese, manutenção e 
desenvolvimento da definição de realidade:
• Normalização: Advém da tentativa de gerir o 
conflito através de concessões recíprocas.
• Conformismo: Deriva da tentativa de resolver o 
conflito através da submissão do indivíduo ao 
grupo.
• Inovação: Deriva da tentativa de formação do 
conflito através da contestação de normas 
vigentes.
Principais Conclusões:
• O fenómeno da influência minoritária é, 
actualmente, indiscutível;
• Contrariamente, o porquê da influência 
minoritária é bastante mais discutível, uma vez 
que a capacidade de inovação de uma minoria 
depende da sua capacidade de intensificar o 
conflito com a maioria e, depende ainda da 
adopção de um estilo de comportamento 
consistente.
IV. Condescendência: 
solicitações à mudança do seu 
comportamento
Condescendência
• Ocorre em situações em que é feito um 
pedido directo e a pessoa concorda em 
comportar-se de acordo com esse pedido, 
podendo em privado concordar ou discordar 
com a acção com que se comprometeram
Condescendência
• Conformismo "deixa andar": 
Funcionando em Piloto automático 
as pessoas frequentemente aderem a um 
Conformismo "deixa andar", obedecendo a 
normas sociais internalizadas sem pensar 
sobre as suas acções.
Condescendência
• Conformismo "deixa andar": 
Funcionando em Piloto automático 
A vantagem do Conformismo "deixa andar" é 
que facilita a vida quotidiana. Na maioria dos 
casos conduz a um comportamento 
apropriado.
Condescendência
Quatro estratégias para se obter 
condescendência:
• Humor positivo
• Reciprocidade
• Compromisso
• Reactância psicológica
Condescendência
• A norma da reciprocidade
norma da reciprocidade : receber algo positivo de 
outra pessoa induz a norma da reciprocidade.
Ex. Quando condescendemos com pedidos porque já 
recebemos um benefício da pessoa que faz o pedido (“pagar 
favores aos que nos ajudaram”)
Grande pagamento por um pequeno favor
Usar um pequeno favor para obter uma concessão maior - ex. 
oferecer um café e depois fazer o pedido)
Não é tudo!
Oferecer um produto com um preço elevado e antes da pessoa 
responder, baixar drasticamente o preço
Condescendência
• A Técnica da Porta-na-Cara
A Técnica da Porta-na-Cara Após um grande pedido 
que o alvo pode recusar, fazer um mais pequeno
Condescendência
• Compromisso
Quando condescendemos porque já nos tínhamos comprometido 
com uma posição ou acção
A técnica do pé na porta
Ir aumentando o objectivo do pedido. Eficaz na condescendência 
a longo prazo
A técnica do favor disfarçado
Obter o compromisso de condescender sob condições muito 
favoráveis e só mais tarde retirar algumas das vantagens
Humor positivo
• As pessoas são mais susceptíveis de condescender 
quando estão de bom humor
• Pessoas que estão de bom humor são mais susceptíveis 
de estar activas e por isso envolvem-se mais em 
comportamentos
• Um humor agradável pode activar pensamentos e 
recordações agradáveis que são transferidos para a 
pessoa que está a fazer o pedidos
• lisonjeamento que precede o pedido (insinuação)
• Ex. fazer o pedido no decurso de um jantar agradável 
num restaurante acolhedor; elogiar a inteligência, a 
aparência do alvo e depois fazer o pedido
Reactância psicológica
• Levar a pessoa a condescender pela ameaça 
da sua liberdade de escolha, muitas vezes 
criando uma ilusão de escassez
• Ex. o vendedor informa o cliente de que o 
produto é o último e depois não poderá 
arranjar outro igual
V. Obediência à autoridade
Obediência à autoridade
• Milgram (1963, 1974, 1976) examinou 
o poder da Obediência à autoridade 
nas mais famosas experiências 
laboratoriais da psicologia social. 
Public Announcement 
We Will Pay You $4.00 For One Hour of Your Time 
Persons Needed for a Study of Memory 
We will pay five hundred New Haven men to help us complete a scientific study of 
memory and learning. The study is being at Yale University. 
Each person who participates will be paid $4.00 (plus 50 cents carfare) for approximately 
one hour’s time. We need you for only one hour there are no further obligations. You may 
choose the time you would like to come (evenings, weekends, or weekdays). No special 
training, education, or experience is needed. We want: 
Factory workers Businessmen Construction workers 
City employees Clerks Salespeople 
Laborers Professionals White-collar workers 
Barbers Telephone worker Others 
All persons must be between the ages of 20 & 50. High school and college students 
cannot be used. 
Source: Adapted From Obedience to Authority: An Experimental View, 1974, by Stanley 
Milgram.
procedimentos:
• Supostamente existe uma atribuição aleatória a dois 
voluntários para ser “aprendiz" ou “administrador/professor" 
• tarefa de aprendizagem de pares de palavras 
• Se a resposta está errada, o administrador liga o gerador de 
choques começando nos 15 volts e subindo sempre em 
incrementos de 15 volts (i.e., 15, 30, 45, 60, 75, 90 …..)
gerador volts desde 15 a 450 (XXX Perigo)
Participantes recebiam um choque de 45 volts como 
“exemplo”
O "“aprendiz" "
Gerador de choques
Aos 75 volts, o suposto aluno grunhia
• Aos 120 volts, queixava-se de forma veemente
• Aos 150, pedia para ser libertado da experiência
• Com o aumento dos choques. O “aprendiz" torna-
se mais emocional nas suas respostas
• Aos 285 volts, as suas respostas lembram um grito 
agonizante. Depois disso, não faz mais sons.
Predictions:
"Before the experiments, I sought predictions about the 
outcome from various kinds of people -- psychiatrists, college 
sophomores, middle-class adults, graduate students and 
faculty in the behavioral sciences. With remarkable similarity, 
they predicted that virtually all the subjects would refuse to 
obey the experimenter. The psychiatrist, specifically, 
predicted that most subjects would not go beyond 150 volts, 
when the victim makes his first explicit demand to be freed. 
They expected that only 4 percent would reach 300 volts, and 
that only a pathological fringe of about one in a thousand
would administer the highest shock on the board". (Milgram, 
1974)
Estudos de Milgram
Excerpt from Milgram Experiment
• “learner" (who, from the teacher’s point of view is heard but not seen, an offstage voice): 
Ow, I can’t stand the pain. Don’t do that …
• Teacher (pivoting around in his chair and shaking his head): I can’t stand it. I’m not 
going to kill that man in there. You hear him hollering?
• Experimenter: As I told you before, the shocks may be painful, but-
• Teacher: But he’s hollering. He can’t stand it. What’s going to happen to him?
• Experimenter (his voice patient, matter-of-fact): The experiment requires that you 
continue, Teacher.
• Teacher: Aaah, but, unh, I’m not going to get that man sick in there … know what I 
mean?
• Experimenter:Whether the “learner" likes it or not, we must go on, through all the 
word pairs.
• Teacher: I refuse to take responsibility. He’s in there hollering!
• Experimenter: It’s absolutely essential that you continue, Teacher.
• Teacher (indicating the unused questions): There’s too many left here, I mean, geez, if he 
gets them wrong, there’s too many of them left. I mean who’s going to take the 
responsibility if anything happens to that gentleman?
• Experimenter: I’m responsible for anything that happens to him. Continue please. 
Experiência # VARIAÇÃO RESULTADOS
1 a 4 Proximidade 1º ESTUDO = 65%
Mais próximo da vítima -
Menor Obediência
5 Problema de coração 65% Obediência
7 (experimentador dá as ordens pelo 
telefone) 
22% Obediência
8 Amostra de mulheres 65% Obediência 
10 Fora da Universidade 48% Obediência
13 Outro suj. no lugar do experimentador 
(experimentador teve de sair)
20% Obediência (4/20 )
13a Cúmplice assume papel de dar os 
choques; o sujeito apenas participa em 
tarefas de apoio e assiste 
69% Obediência permitida
17 2 colegas (em apoio, registo); Sujeito 
em controle do gerador 
Um dos colegas manifesta a sua 
discordância (Ao nível 150) 
10% Obediência
18 2 colegas (em apoio, registo); Sujeito 
em controle do gerador 
2 colegas mantém-se obedientes
93% Obediência
“learner" 
Experimenter
Peer Subject Peer
Milgram Experiment (setup 
for experiments 17 & 18
Outros estudos Obediência à autoridade 
Study
Milgram (1963) USA Male general population 65
Female general population 65
Rosenhan (in Milgram, 1974) USA Students 85
Ancona and Pareyson (1968) Italy Students 85
Mantell (1971) Germany Male general population 85
Kilham and Mann (1974) Australia Male students 40
Female students 16
Burley and McGuiness (1977) UK Male students 50
Shanab and Yahya (1978) Jordan Students 62
Miranda et al. (1981) Spain Students > 90
Schurz (1985) Austria General population 80
Meeus and Raaijmakers (1986) Holland General population 92
Obediência à autoridade
• Os resultados de Milgram indicam uma 
poderosa tendência que as pessoas tem de 
obedecer a figuras de autoridade mesmo 
quando as suas ordens vão contra os seus 
valores e moral. 
• Hannah Arendt (1965) argumentava que as 
atrocidades do Holocausto ocurreram não 
porque os participantes eram psicopatas, mas 
porque eram pessoas vulgares submetidos a 
extraordinárias pressões sociais.
Obediência à autoridade
• O Papel da Influência social 
normativa
Uma variação da experiência de Milgram 
demonstra o papel da Influência social 
normativa. Uma significativa menor 
Condescendência era obtida se “Outros 
voluntários” se recusassem a continuar.
Obediência à autoridade
• o papel da Influência social 
informativa
Outras variações na experiência 
demonstraram o papel da Influência social 
informativa devida à confusão e 
ambiguidade levantada pela situação.
Obediência à autoridade
• Outras Razões para compreender a obediência
Outros factores que influenciam a 
Obediência incluem o fenómeno do pé-na-
porta que leva à necessidade de auto-
justificação e à continuação da 
Obediência, bem como a necessidade de 
redução da dissonância cognitiva.
Sensação de urgência (Pressão do tempo) 
Gradual aumento dos níveis de choque 
Responsabilidade (outros são responsáveis)
“IT IS SURPRISING HOW DIFFICULT IT IS FOR PEOPLE TO 
KEEP SITUATIONAL FORCES IN MIND, AS THEY SEEK A 
TOTALLY PERSONALISTIC INTERPRETATION OF 
OBEDIENCE, DIVORCED FROM THE SPECIFIC 
SITUATIONAL PRESSURES ACTING ON THE INDIVIDUAL” 
(MILGRAM, 1974).
…The social psychology of this century reveals a major lesson: 
often it is not so much the kind of person a man is as the kind of 
situation in which he finds himself that determines how he will act. 
(Milgram, 1974)
“ANY INTERPRETATION INVOLVING THE ATTACKER’S 
STRONG SADISTIC IMPULSES IS INADEQUATE. THERE IS 
NO EVIDENCE THAT THE MAJORITY OF THOSE WHO 
PARTICIPATED IN SUCH KILLINGS IS SADISTTICALLY 
INCLINED” (KELMAN, & HAMILTON, 1989, p.13, 
REGARDING THE MY LAI MASSACRE)
Questões éticas
• Uso do engano (falta de consentimento 
informado) 
• Possíveis consequências de longo prazo sobre 
os partipantes 
O direito a desistir
"Hospital" Study ---
Physician ordered a prescription to be administered to a patient in a ward
Specific conditions:
a) Done over the phone
b) Fake drug name
c) Medication not cleared for use
d) Past the dosage limit for the (fake) drug
• 21/22 Nurses agreed to administer the drug
Written description given to 12 nurses. They were asked how they would act.
• 10/12 nurses said they would not administer the drug
Generalization Issue
Conclusões:
• Embora seja impossível extrapolar os resultados 
à realidade, visto o exercício ter decorrido em 
contexto laboratorial, não deixa de transparecer 
algo verdadeiramente preocupante e assustador 
que existe em nós, seres humanos. Tal como 
Milgram disse:“uma proporção substancial de 
pessoas faz o que lhes mandam, qualquer que 
seja o conteúdo do acto e sem entraves de 
consciência, desde que considerem o comando 
como emitido por uma autoridade legítima” 
(Milgram, 1965, p.75). 
• O que nos leva a crer que, desde que a 
responsabilidade seja de outrem não importa o 
sofrimento de outras pessoas. No entanto, as 
pesquisas de Milgram não deixam de ser dúbias, 
não se sabe até que ponto os sujeitos iriam na 
obediência. 
• Há que ter em conta o conteúdo do acto. Outro ponto a 
referenciar é as áreas para as quais a autoridade está 
voltada pois, se um professor mandar um aluno ir ao 
quadro, está na sua área de competência e o mais certo é o 
aluno obedecer, se no entanto o professor mandar o aluno 
ir-lhe comprar o pequeno-almoço, as hipóteses do mesmo 
obedecer devem baixar, já que não compete ao estudante 
fazer esse tipo de acções em contexto escolar para com o 
docente.
• Assim, podemos concluir que embora Milgram tenha 
verificado que de facto pessoas normais são capazes de 
actos puníveis pela mão de uma autoridade legítima, há 
muitas incertezas relativas a esta área.

Continue navegando