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EDINEUZA QUIRINO DOS SANTOS - RA 1054252 SUZANA CLAUDIA OLIVEIRA VICENTE - RA 1052432 “A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA APRENDIZAGEM” CAMPINAS - SP 2012 EDINEUZA QUIRINO DOS SANTOS LOPES - RA 1054252 SUZANA CLAUDIA OLIVEIRA VICENTE - RA 1052432 “A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA APRENDIZAGEM” Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Claretiano para obtenção do Título de Licenciatura Plena em Artes. Orientadora Professora Mauren Berbel Nanni Blini. CAMPINAS - SP 2012 Rodrigo Marques Texto digitado Rodrigo Marques Texto digitado Rodrigo Marques Texto digitado Rodrigo Marques Carimbo Rodrigo Marques Nota EDINEUZA QUIRINO DOS SANTOS LOPES - RA 1054252 SUZANA CLAUDIA OLIVEIRA VICENTE - RA 1052432 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Claretiano para obtenção do Título de Licenciatura Plena em Artes. Orientadora Professora Mauren Berbel Nanni Blini. “A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA APRENDIZAGEM” Orientadora: Professora Mauren Berbel Nanni Blini. Campinas, 22 de outubro de 2012 Rodrigo Marques Nota Dedica-se este artigo a todos os professores que com Arte e Paixão constroem o cotidiano escolar. A Deus pelo milagre da vida, saúde, força e oportunidade que nos deu de ensinar e aprender durante todos os dias de nossas vidas. “Quem se rende à tentação do ninho, jamais aprende a voar; quem não se aventura pelos mares verá o casco de seu barco apodrecer em pleno cais; quem não ousar na vida profissional, ficará superado porque não foi capaz de dialogar com as mudanças que o tempo ofereceu. A ousadia de ser mestre, mediador, professor está em suas mãos. A fase adulta que já chegou e foi assumida por você, é o passo mais decisivo para se conviver com a responsabilidade da vida e a liberdade, conferidas pela sua competência e pelo seu status. Tenha orgulho de sua profissão. Encha o peito e diga o que é, o que sabe, o que estudou, o que é capaz de fazer. Sua vida é um quadro lindo demais para não ter moldura; sua sabedoria, uma escultura de uma arte única que pertence só a você. A sociedade precisa conhecer a sua imagem dentro da moldura que você escolheu. Professor, professora, não tenham VERGONHA DE SER!”. Werneck SUMÁRIO RESUMO .................................................................................................................................01 INTRODUÇÃO........................................................................................................................02 1. A IMPORTÂNCIA DO JOGO E DO BRINCAR................................................................03 1.1 O BRINCAR SEGUNDO ALGUNS PENSADORES ......................................................03 1.2. A ESCOLA COMO ESPAÇO PARA BRINCAR ...........................................................05 2. A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS NOS DIAS ATUAIS......06 2.1 REAPROVEITANDO PARA CRIAR BRINQUEDOS ....................................................07 CONCLUSÃO..........................................................................................................................08 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................09 1 RESUMO Este trabalho visa mostrar a importância do brincar na aprendizagem, e de como os educadores devem incentivar as brincadeiras tradicionais no âmbito escolar. Mostra que a sucata pode ganhar vida tornando-se novos brinquedos, e que devemos incentivar os alunos a ter consciência de um mundo mais limpo, reutilizando o lixo. Procura mostrar a aprendizagem e a brincadeira que pode ser relacionada dentro da sala de aula, tornando um ambiente facilitador para a aprendizagem. Os cuidados que devemos ter com os brinquedos industrializados, com o computador a televisão, e outros. Como incentivar através da brincadeira a aproximação de pais e filhos, alunos e professores, tornando tanto o ambiente familiar quanto o escolar mais social e educativo. A importância de se ter uma visão adequada para cada idade da criança, facilitar o desenvolvimento da criança, refletir sobre interação, análise e compreensão das brincadeiras como jogos pedagógicos e conscientização da sociedade priorizando o desenvolvimento infantil para um mundo melhor. Palavras chaves: Aprendizagem, Crianças Brincadeiras, Jogos, Brinquedo. 2 INTRODUÇÃO Brincar é bom e divertido, parece algo tão simples e espontâneo, que muitos esquecem ser fundamental para o desenvolvimento saudável do ser humano. Mas felizmente à ciência vem comprovando a importância do brincar, sendo que tal informação está chegando com maior velocidade e abrangência às escolas, local privilegiado para o incentivo dessa prática. Os jogos e brincadeiras têm um significado cultural muito marcante, pois é através do brincar que as crianças se conhecem, aprendem e se constituem como ser pertencente ao grupo, ou seja, os jogos e as brincadeiras são meios que auxiliam a aquisição de sua identidade cultural. Neste sentido são apresentadas algumas indagações que orientarão esta reflexão. Será que a importância do brincar na escola, tendo em vista o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, é uma questão desconhecida dos professores? Como podem os professores transformar o tempo que é utilizado para brincar em forma real de aprendizagem? É possível transformar o espaço da sala de aula em um local onde a aprendizagem e as brincadeiras possam caminhar juntas? Através dessas questões pode-se pensar em novas idéias e novas práticas para que o brincar possa auxiliar dentro da sala de aula, pois são através dessas atividades que as crianças aprenderão a conhecer a realidade que as cercam, conseguirão ficar longe dos pais, conviver com outras crianças e se desenvolver socialmente, perdendo aos poucos o egocentrismo natural nessa fase do desenvolvimento, além de exercitar habilidades intelectuais, cognitivas, sociais e afetivas. Para o desenvolvimento de todos esses aspectos, os jogos e brincadeiras são excelentes recursos que o professor pode e deve utilizar com freqüência, mas com um objetivo, uma finalidade pré-estabelecidae não simplesmente o brincar por brincar, que só deve acontecer quando se tem a intenção de socialização. Dessa forma é importante que o professor não apresente o jogo e a brincadeira para as crianças como matéria, como algo a ser observado, mas sim como algo prazeroso para não perder sua função. É o olhar do professor que deve servir de avaliação para a proposta do brincar. 3 1. A IMPORTÂNCIA DO JOGO E DO BRINCAR 1.1 O BRINCAR SEGUNDO ALGUNS PENSADORES. Segundo Desforges, “O brincar é o principal meio de aprendizagem da criança... A criança gradualmente desenvolve conceitos de relacionamento causais, o poder de discriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular” (apud MOYLES, 2002, p. 37). Como já vimos anteriormente, a brincadeira faz parte da vida da criança. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 4º “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade, a convivência familiar e comunitária”. A Lei nº. 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) na seção II refere-se sobre a Educação Infantil, em seu artigo 29º, deixa claro que: “A educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança os seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. Tudo isso nos mostra que de acordo com os artigos das respectivas leis, para um desenvolvimento integral da criança, é necessário que todos os seus aspectos sejam desenvolvidos, e o brincar auxilia muito a criança nesse desenvolvimento, tornando possível uma inserção e uma compreensão mais prazerosa do mundo em que ela vive. Somente mantendo o papel vital do brincar no desenvolvimento da criança, como facilitador da aprendizagem e não mais como um simples passatempo, uma distração, é que a aprendizagem será mais significativa para a criança, ao longo de sua vida. Costuma-se pensar na brincadeira e no jogo como atividades humanas relacionadas à infância. O brincar tem sido definido por vários autores, como o trabalho das crianças. Na realidade o jogo e a brincadeira não se restringem somente a infância, embora predomine nesse período. LIMA, 2011. Os jogos e as brincadeiras são situações em que as crianças constroem e se apropriam de conhecimentos das mais diversas ordens possibilitando igualmente a construção de categorias e a ampliação de conceitos das várias áreas do conhecimento. 4 Neste aspecto, o brincar assume um papel didático e pode ser explorado no processo educativo. LIMA, 2011 Se o jogo e o brincar permitem esta multiplicidade de construções, então com mais certeza enfatiza sua importância durante a vida das crianças e mais ainda durante a vida escolar, principalmente como lembra Vygotski (1996), ao dizer que a tarefa dos professores consiste em desenvolver capacidades particulares de pensar em campos diferentes, em desenvolver diferentes faculdades de concentrar a atenção sobre diferentes matérias. As crianças procuram os jogos por uma necessidade sua e não simplesmente como uma distração. Pelos jogos, as crianças revelam suas inclinações boas ou más, suas vocações, suas habilidades, seu caráter, tudo que ela trás torna-se visível pelos jogos e brincadeiras que elas executam. Um jogo ou brincadeira da qual participam mais de uma pessoa sempre implicará em trocas, partilhas, confronto e negociações. A afetividade envolvida nesta ação pode ser adquirida em várias situações, na alternância de momentos harmônicos e desarmônicos. As atividades de jogos estão sempre relacionadas à busca de uma criança por sua identidade pessoal, ou seja, as crianças se realizam através dos jogos e brincadeiras, colocando neles as suas angústias, frustrações, o desejo de agir na vida. De acordo com Kishimoto (2003), não se sabe ao certo quando o termo brincar e sua finalidade, as brincadeiras surgiram. Porém, sabe-se que as primeiras reflexões em torno da importância do brinquedo na educação surgiram na antiga Roma e Grécia, porém ainda não se discutia o emprego do jogo como um recurso para o ensino da leitura e do cálculo. Os jogos destinados ao preparo físico aparecem entre os Romanos, com finalidade de formar soldados e cidadãos obedientes, escritores como Horácio e Quintiliano, assinalam em seus escritos presença de pequenas guloseimas em forma de letras, destinada ao aprendizado das letras. Parece que a prática de aliar o jogo aos primeiros estudos, justifica que as escolas responsáveis pelas instruções elementares tenham recebido nessa época o nome de ludos, semelhante aos locais destinados a espetáculos, e a prática de exercícios de fortalecimento do corpo e do espírito. Contradição interessante surge, uma vez que nos brinquedos, elas incluem também ações reais e objetos. Isto caracteriza a natureza de transição da atividade dos brinquedos, é um estágio entre restrições puramente situacionais da primeira infância e o pensamento adulto, que pode ser totalmente desvinculado de situações reais. 5 Cabe ao educador a tarefa de alimentar o imaginário infantil, de forma que as atividades das crianças se enriqueçam, tornando-se mais complexas no ponto de vista linguístico e cultural BARBOSA, 2011 Um cuidado a ser lembrado é que jamais a criança deve ser incentivada ao consumismo. O brinquedo é a oportunidade de desenvolvimento, brincando a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. A brincadeira é um momento de auto expressão e realização. A atitude de brincar abre a todos, crianças, jovens e adultos uma possibilidade de decifrar enigmas que os rodeiam. Pode-se afirmar que jogos e brincadeiras enquanto promotores da capacidade e potencialidade da criança devem ocupar um lugar especial em sala de aula. 1.2 A ESCOLA COMO ESPAÇO PARA BRINCAR Correr, pular, explorar o mundo a sua volta, para a criança realizar algumas dessas atividades, seja dentro da escola ou fora dela, é necessário que haja espaço. Como diz LE BOULCH (2001, p.140) “Seja só ou com várias crianças, de forma espontânea ou organizada, é preciso espaço. É difícil nos dias de hoje ver as crianças brincando em espaços favoráveis para ela”. O espaço reservado ao brinquedo, sala de jogos, cantinho das crianças é tão necessário quanto o quarto dela ou a sala que há em sua casa. Esses espaços devem permitir à criança o máximo de liberdade, para que ela realize os mais diversos movimentos e possibilidades variadas, para que todas as atividades possíveis sejam realizadas ali, como brincar, pintar, jogar, etc. Uma sala de brinquedos deve conter brinquedos dos mais variados tipos, como jogos de quebra-cabeça, jogos de montar, bonecas, carrinhos, barquinhos, letras móveis, para que brincando a criança possa criar possibilidades de escrita, roupas e fantasias para que ela possa utilizá-las para soltar sua imaginação, tudo para que a socialização entre elas e outras crianças possa ocorrer de forma natural, e de preferência sem intervenção direta de um adulto. O adulto deve ser um mediador entre a criança, o brinquedo e o brincar e deve orientar. 6 No parquinho é importante se ter um espaço bem amplo, onde a criança possa correr e pular, experimentar sensaçõesdo tempo, como o vento, o sol, a sombra que as árvores fazem. Os brinquedos devem estar espaçados um dos outros, para que não haja risco de colisão na saída de um brinquedo para outro. É interessante incluir também o uso da caixa de areia, a criança ama entrar nela e soltar sua imaginação. Baldinhos, pás, colheres devem estar ao alcance para que possa inventar o que ela quiser. É imprescindível que o professor não se preocupe se a criança vai ou não se sujar com a areia, pois é dessa forma que poderá sentir a textura da areia facilitando seu desenvolvimento do tato. 2. A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS NOS DIAS ATUAIS Como já vimos anteriormente, é importante que a criança aprenda enquanto brinque. Porém devemos pensar que nem tudo que é oferecido para a criança brincar tem qualidade. Nos tempos de hoje, os brinquedos, jogos e brincadeiras são muito diferentes de décadas atrás. As crianças assistiam desenhos, brincavam de bolinha de gude, pulavam corda, se divertiam com a amarelinha, entre outros. Hoje, tudo está extremamente técnico e virtual, e as crianças nem conhecem mais essas brincadeiras citadas. Segundo Elkind (2004, p.50), até pouco tempo atrás, havia uma rica linguagem e um saber que eram exclusivos às crianças e que eram transmitidos pela tradição oral. Jogos, piadas, charadas, superstições e encantamentos foram sendo revistos pelas gerações conforme as transformações iam ocorrendo na sociedade. As crianças conhecem o que os adultos inventaram para elas, como desenhos de monstros, da Disney, jogos de computador, pois embora sejam vistos como brincadeiras de crianças, não foram criadas pelas crianças. Quando colocamos as crianças em frente a uma tela de computador, ou damos a elas brinquedos programados, não deixamos espaço para a criança explorar em seu próprio ritmo e ao seu próprio modo, fazendo muitas vezes o brincar perder sua função. Hoje, as crianças passam horas na frente da televisão e do computador, e os seus responsáveis não procuram saber o que elas estão assistindo, se o conteúdo é apropriado para a sua idade, se algo está sendo ensinado. Querem apenas ver seus filhos entretidos, não dando “trabalho”, nem fazendo “arte”. Isso ajuda a criarmos crianças cada vez mais dependentes dos brinquedos 7 industrializados e dos fabricantes, que em épocas como dia das crianças e o Natal, investem cada vez mais em propagandas que instigam o olhar consumista das crianças, o que as fazem sempre quererem os brinquedos que estão nas lojas, caros e muitas vezes sem motivação, sem relação alguma com a aprendizagem. “Quando criamos brincadeiras para as crianças, principalmente para as pequenas, apropriamo- nos antecipadamente de seu crescimento” (Elkind, 2004, p51). Devemos deixar as crianças brincar sem interferências é o melhor modo de vê-las evoluindo em seu desenvolvimento. Podemos participar das brincadeiras, entrar no mundo da fantasia e aumentar as possibilidades da criança imaginar. 2.1 REAPROVEITANDO PARA CRIAR BRINQUEDOS Segundo Fortuna (2008, p.62), reciclar aproveitando materiais descartados e tornando-os brinquedos em condições de uso, traduz uma postura, uma visão de mundo. Os educadores podem usar essa visão, para trabalhar com as crianças a importância da reciclagem nos tempos atuais, de como podemos contribuir para um meio ambiente mais limpo, reutilizando materiais que em vez de lixo podem virar brinquedos. Além disso, a sucata é um material barato, que pode ser reaproveitado sempre que necessário. Mudar o pensamento das crianças, de que sucata não é apenas utilizada por quem não tem condições financeiras de comprar um brinquedo novo, e sim por pessoas que tem consciência, que a reciclagem hoje é um dos processos que podem garantir mais vida útil a nosso planeta. Neste contexto pode ser trabalhado com as crianças o mundo da fantasia, como criar histórias do surgimento, nascimento daquele brinquedo, quem deu vida à ele, além de tornar nossos alunos responsáveis, fazendo com que levem para fora da escola atitudes que transmitam respeito à vida. Muitos pais por trabalharem o dia todo, e não terem tempo de brincar com seus filhos acreditam que comprar brinquedos modernos e industrializados ajudarão seus filhos a não sentirem tanto a falta dos mesmos. É importante que os pais saibam que muitas vezes, apenas um tempo livre para brincar com seus filhos, já faz diferença para essa criança, que gosta de brincar de qualquer brincadeira, para elas o mais importante é estar perto dos pais. Trabalhar todas essas idéias com os pais também é muito importante, pois fora da escola são eles que comprarão brinquedos aos seus filhos. É interessante que eles percebam o valor que as brincadeiras tradicionais ainda têm, e que com isso podem ficar cada vez mais próximos de 8 seus filhos, ensinando as brincadeiras que eles mesmos brincavam, quando estavam na infância. Com isso, muitos pais que talvez não saibam como brincar com seus filhos encontrem uma maneira de se aproximarem deles, passando uma cultura riquíssima, que poderá ser transmitida de pais para filhos, de geração para geração. Não se pode esquecer que os educadores também foram crianças e brincaram um dia. É importante que seja feito um resgate também na sala de aula, onde o professor mostre que as brincadeiras tradicionais fizeram parte da sua infância. Como na maioria das vezes o professor serve de exemplo, de espelho para o seu aluno, a criança pode sentir-se motivada a conhecer e achar interessante as brincadeiras propostas por seu professor, tornando o ambiente da sala de aula mais mágico e facilitador. “Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados, enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do Homem.” (Carlos Drummond de Andrade). CONCLUSÃO A importância do brincar como forma de aprendizagem, de como ele pode ser inserida em sala de aula, de uma maneira que as crianças aprendam e se divirtam ao mesmo tempo, é uma das formas que o professor deve utilizar para transformar a maneira de ensinar. O educador deve inserir o brincar de acordo com a realidade em que sua sala de aula se encontra, e pode trabalhar com vários materiais, entre eles a sucata que é facilmente encontrado em diversas regiões do Brasil. Ajudar os pais a brincar com seus filhos, e mostrar a eles que é possível ensinar seus filhos a brincar com as brincadeiras de sua infância, mostrar que são divertidas e que podem ser realizadas em qualquer lugar, que os brinquedos modernos são interessantes mais devem ser utilizados com cautela e vigilância, pois os pais devem estar sempre atentos a tudo o que seus filhos estão fazendo, tanto dentro como fora de casa. Brincar possibilita a criança descobertas que acarretam o aprendizado. A observação e a interpretação da atividade de brincar dão ao professor caminhos que o levam a entender o aluno, e a criança oportunidades de mesclar informações, ampliando seus conhecimentos e 9 suas habilidades, sejam elas motora, cognitivas ou linguísticas e assim temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância da brincadeira. O brincar é a atividade própria da criança, sua forma de estar diante do mundo social e físico e interagir com ele. Diante disso devemos salientar que os educadores ofereçam à criança um ambiente de qualidade que estimule as interações sociais, que seja um ambiente enriquecedor da imaginação infantil. E, além disto, é indispensável que a criança sinta-se atraída pelo brinquedo e cabe-nos mostrar a ela as possibilidades de exploração que ele oferece, permitindo tempo para observa e motivar-se. Foi possível perceber que aliar o brincar à aprendizagem é de extrema importância para a criança, pois ela adquire saberes, noções que em uma sala de aula semesse recurso talvez não houvesse aprendizagem com tanta facilidade. Se todos os profissionais da área educacional deixassem o brincar entrar em sala de aula e fazer parte do dia-a-dia escolar, as aulas não seriam monótonas e cada aprendizagem ficaria marcada nas crianças de uma forma mágica, aproximando e solidificando cada vez mais a relação professor-aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Apostila Unifran 5° Semestre 2010 – Didática da Educação Infantil pags.13 à 47 – Praticas de Ensino IV pags.27 à 46; ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 4º Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998; BARBOSA, S. L; BOTELHO, H. S. Jogos e brincadeiras na educação infantil. Disponível em:<http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_9643/artigo_sobre_jogos_e_brincadeiras_n a_educacao_infantil>. Acessado no dia 20 de Setembro de 2011 às 20h00min; CAMPINAS, SP. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº8.069, 13 de Julho de 1990. 14 ed. Campinas, SP: CMDCA, 2007; FORTUNA, Tânia Ramos. Recriar brinquedos, reciclar a vida. Pátio Revista Pedagógica , nº46, p.60-62, Maio/Julho, 2008; http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_9643/artigo_sobre_jogos_e_brincadeiras_na_educacao_infantil http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_9643/artigo_sobre_jogos_e_brincadeiras_na_educacao_infantil 10 KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 7º Ed. São Paulo: Cortez, 2003; LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento Psicomotor: do nascimento aos seis anos 7º Ed. São Paulo, Artmed, 2001; LIMA, Elvira Cristina de Azevedo Souza: Disponível em: < http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_10_p024-029_c.pdf >. Acessado no dia 15 de Setembro de 2011 às 21h00min; MEIRELES, Cecilia. Alo escola, literatura. Disponível em:<http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/ceciliameireles/ceciliaeducacao.htm>- acessado no dia 15 de Setembro de 2011 às 20h00min; MOYLES, Janet. Só Brincar? O Papel do Brincar na Educação Infantil. 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