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20171027_135728_Aula+3_Perícia+ambiental

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26/10/2017
1
PERÍCIA 
AMBIENTAL
O que é perícia ambiental?
• A Perícia Ambiental surge normalmente em decorrência de
uma demanda processual e tem como objeto de estudo o
meio ambiente nos seus aspectos abióticos (clima, vento, ..),
bióticos (espécies) e socioeconômicos, correlacionando a
natureza com as atividades humanas
• É um meio de prova utilizado em processos judiciais para
determinar a extensão do “dano” ambiental e estimar a
indenização.
Stolz, 2016
• O Perito Ambiental deve ser registrado nos
Conselhos Regionais (art. 145 a 147 da sessão
II da Constituição Federal), sendo sua ação
disciplinada pela Lei de Perícia Judicial - Lei
8.455/92 do Processo Civil
• Tem por finalidade verificar fatos relativos à
matéria em questão, certificando-os,
apreciando-os ou interpretando-os
• Seu parecer técnico, será representado,
conforme determinação do Juiz, em inquirição,
em audiência ou por escrito
ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS ENVOLVIDOS
• Órgãos Executores, Fiscalizadores,
Normativos e Deliberativos (IBAMA, IEF,
IGAM, FEAM, Polícia Ambiental, etc.) não
podem atuar como Peritos nos crimes
afetos à sua Fiscalização
– Criar políticas e diretrizes governamentais e
fiscalizar os atos de autuação por infração
com descrição precisa do fato delituoso
– Não devem fazer o levantamento e o exame
do local, nem a emissão do Laudo Pericial,
como acontece comumente nos casos de
crimes ambientais
26/10/2017
2
Objetivos da perícia ambiental
8
LEGISLAÇÃO SOBRE 
PERÍCIA AMBIENTAL
Lei de Crimes Ambientais
Objeto de estudo da Perícia Ambiental 
segundo a lei 9.605/98 - O Crime Ambiental 
pode ocorrer das seguintes formas:
Natureza 
dos 
crimes e 
do meio 
ocorrido
fauna
flora
administração ambiental
ordenamento urbano e territorial
poluição gerada por aspectos socioeconômicos
outros
Stolz, 2016
10
Lei 12641:2012
CÓDIGO FLORESTAL
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa
11
Lei 12641:2012
AMAZÔNIA LEGAL: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, 
Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões 
situadas ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de 
Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do 
Estado do Maranhão
12
Lei 12641:2012
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP: área 
protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a 
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a 
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, 
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e 
assegurar o bem-estar das populações humanas
26/10/2017
3
13Juscelino Antonio Tomas, 2014 14
Lei 12641:2012
RESERVA LEGAL: área 
localizada no interior de uma 
propriedade ou posse rural, 
delimitada nos termos do art. 
12, com a função de 
assegurar o uso 
econômico de modo 
sustentável dos recursos 
naturais do imóvel rural, 
auxiliar a conservação e a 
reabilitação dos processos 
ecológicos e promover a 
conservação da 
biodiversidade, bem como o 
abrigo e a proteção de fauna 
silvestre e da flora nativa ...” 
15
Lei 12641:2012
ÁREA RURAL CONSOLIDADA: ÁREA DE IMÓVEL 
RURAL COM OCUPAÇÃO ANTRÓPICA PREEXISTENTE 
A 22 DE JULHO DE 2008, com edificações, benfeitorias ou 
atividades agrossilvopastoris, admitida, neste último caso, a 
adoção do regime de pousio
16
Lei 
12641:2012
PEQUENA 
PROPRIEDADE OU 
POSSE RURAL 
FAMILIAR: aquela 
explorada mediante o 
trabalho pessoal do 
agricultor familiar e 
empreendedor familiar 
rural, incluindo os 
assentamentos e 
projetos de reforma 
agrária
17
Lei 12641:2012
USO ALTERNATIVO DO SOLO: substituição de vegetação 
nativa e formações sucessoras por outras coberturas do 
solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração 
e transmissão de energia, de mineração e de transporte, 
assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação 
humana
18
Lei 12641:2012
MANEJO SUSTENTÁVEL: administração da vegetação natural para a 
obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-
se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo 
e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de 
múltiplas espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e 
subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e serviços
26/10/2017
4
19
ETAPAS DA PERÍCIA 
AMBIENTAL
20
ETAPA 1 execução
1.1) Localização da área
Plotar a área a ser periciada cartograficamente e em 
escala(s) compatível(s), para esta etapa, mais fácil de 
compreensão é utilizarmos preferencialmente as 
coordenadas em Universal Transversa de Mercator - UTM, 
onde para efeito de contagem numérica no eixo das 
ordenadas (y), teremos a Latitude e, a linha do equador 
como referência, e no eixo das abscissas (x), a Longitude e, 
os meridianos como referência.
21
23
ETAPA 1 execução
1.2) Situação legal da área a ser Periciada: 
É área pública ou privada? Aqual unidade(s) da federação 
pertence?
Descrever sucintamente a que se destina e qual o seu uso 
atual
1.3) Clima da área a ser Periciada: 
Realizar o levantamento climatológico regional
24
Classificação Climática de Köppen-Gieger
- modelo que adota a abordagem empírica
- cinco principais grupos climáticos são reconhecidos com base nas 
características das temperaturas
- cada grande tipo climático é determinado por um código, constituído por 
letras maiúsculas e minúsculas, cuja combinação resulta nos tipos e subtipos 
considerados.
26/10/2017
5
25
PRIMEIRA LETRA sempre maiúscula, representa as características do 
clima de determinada região.
(Letra A) Clima Tropical Chuvoso Climas megatérmicos , aonde a 
temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC.
(Letra B) Clima Seco Climas secos, chuvas anuais abaixo de 
500mm).
(Letra C) Clima Temperado Chuvoso Climas mesotérmicos, 
temperatura média do mês mais frio, inferior a 18ºC e superior a -3ºC. 
Ao menos um mês com média superior a 10ºC.
(Letra D) Clima Boreal Climas microtérmicos. Temperatura média do 
mês mais frio igual ou inferior a -3ºC. Possui ao menos um mês com 
média superior ou igual a 10ºC).
(Letra E) Clima Polar Climas polares. Temperatura média de todos os 
meses do ano inferior a 10ºC.
Classificação Climática de Köppen-Gieger
26
Classificação Climática de Köppen-Gieger
SEGUNDA LETRA: será uma minúscula. Estabelece o tipo de clima 
dentro do grupo, e o regime pluviométrico, isto é a quantidade e 
distribuição da precipitação.
Início com A, C ou D - segundas letras serão algumas das minúsculas 
abaixo:
- f: sempre úmido (mês menos chuvoso com precipitação superior a 60mm)
- m: monçônico, predominantemente úmido
- s: chuvas de inverno (mês menos chuvoso com precipitação inferior a 60mm)
- w: chuvas de verão (mês menos chuvoso com precipitação inferior a 60mm)
Início com B - a próxima letra (neste caso maiúscula) poderá ser
- S: clima semiárido (chuvas anuais 250~500mm)
- W: clima árido ou desértico (chuvas anuais menores que 250mm)
Início com E - a letra seguinte será um das maiúsculas abaixo:
- T: clima de tundra(pelo menos algum mês com temperaturas médias entre 0ºC 
e 10ºC)
- F: clima de calota de gelo(todos os meses com temperaturas médias inferiores 
a 0ºC)
27
Classificação Climática de Köppen-Gieger
TERCEIRA LETRA: será sempre minúscula, representa a 
temperatura característica de uma região. As duas 
minúsculas abaixo serão usadas para completar somente 
siglas iniciadas por C ou D:
a: verões quentes (mês mais quente com média igual ou superior a 
22ºC)
b: verões brandos (mês mais quente com média inferior a 22ºC)
c: frio o ano todo (no máximo três meses com médias acima de 10ºC)
E por fim, as minúsculas abaixo só serão usadas no caso 
que sigla iniciar pela letra B:
h: deserto ou semideserto (temperatura anual média igual ou superior 
aos 18ºC)
k: deserto ou semideserto (temperatura anual média inferior aos 18ºC)
28
Classificação Climática de Köppen-Gieger
Exemplo:
Porto Alegre, RS - Brasil -> C (Clima Temperado 
Chuvoso), f sempre úmido (mês menos chuvoso com 
precipitaçãosuperior a 60mm), a verões quentes (mês mais 
quente com média igual ou superior a 22ºC).
SIGLA: Cfa
Manaus, AM - Brasil -> A (Clima Tropical Chuvoso) f (sempre 
úmido (mês menos chuvoso com precipitação superior a 
60mm)
SIGLA: Af
29
1.4) Recursos hídricos encontrados na área a 
ser Periciada: 
Descrever sucintamente os recursos hídricos superficiais e 
subterrâneos, mapear os corpos d’água
1.5) Geomorfologia e Geologia da área a ser 
Periciada: 
Descrever o relevo e relacionar os recursos minerais 
existentes, tanto na área, quanto em sua região de 
abrangência (entorno)
ETAPA 1 execução
30
Geomorfologia: ciência que analisa e 
descreve o relevo e sua origem, evolução e 
forma de distribuição espacial
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6
31
1.6) Descrever os solos encontrados: 
Mapear os solos, segundo classificação brasileira dos solos 
desenvolvida pela EMBRAPA, 2006, com considerações 
sobre a pedologia e a edafologia
ETAPA 1 execução
32
ETAPA 1 execução
1.7) Vegetação:
Descrever e mapear as 
principais formas de 
vegetação, conforme 
classificação do IBGE, 
2005. Listar as plantas, 
principalmente as de 
interesse econômico. 
Constatar a ocorrência 
de espécies raras ou 
endêmicas 
33
ETAPA 1 execução
1.8) Fauna: 
Levantar principalmente os vertebrados, dando ênfase às 
espécies endêmicas, raras, migratórias e sinergéticas
1.9) Ecossistemas: 
Identificar e descrever os principais ecossistemas da área, 
nos seus componentes abióticos e bióticos
1.10) Áreas de interesse histórico e/ou cultural: 
Listar e descrever locais de interesse histórico, culturais e 
jazidas fossilificas que estejam num raio de 30 km da área 
em estudo e seus possíveis impactos na mencionada área
34
ETAPA 1 execução
1.11) Área de Preservação e legalmente 
protegidas: 
Constatar se o local descrito está inserido em área 
protegida por lei (Parques Nacional ou Estadual, Estação 
Ecológica, Reserva Biológica, etc.), bem como as áreas de 
reserva legal e preservação permanente que por ventura 
estejam no interior do perímetro da área de estudo, tendo 
como base conhecimento aplicado dos ditames legais que 
regem este assunto
35
ETAPA 1 execução
1.12) Infraestruturas presentes: 
Descrever as infraestruturas existentes no local (núcleo 
habitacional, telefonia, estrada, cooperativas, etc.)
1.13) Atividades previstas, ocorridas e/ou 
existentes: 
Relatar as tecnologias a serem utilizadas nas fases de 
implementação e operação do empreendimento, atentando 
se foram seguidas as etapas legais para isto, lembrando-se 
de listar insumos e equipamentos que por ventura estejam 
instalados na área 
36
ETAPA 2 - discussão
2.1) Uso da terra: 
Constatar o uso atual da terra, mensurar tecnicamente o 
percentual utilizado por cada uma das atividades 
desenvolvidas na área, tais como: agropecuária, agricultura, 
mineração, pousio, agroindústria, ou indústria de bens de 
consumo, indústrias de maneira geral
2.2) Uso da água: 
Observar o uso atual da água, bem como obras de 
engenharia (canal, dique, barragem, drenagem, etc.), 
atentando-se para ocorrência de fontes poluidoras. 
26/10/2017
7
37
ETAPA 2 - discussão
2.3) Impactos ecológicos:
Listar e analisar os impactos ecológicos, levando em 
consideração a saúde pública e a estabilidade dos 
ecossistemas naturais, principalmente se estão em áreas 
protegidas por lei
38
ETAPA 2 - discussão
2.4) Impactos socioeconômicos: 
Avaliar os impactos socioeconômicos da área, levando em 
consideração os aspectos médicos e sanitários
2.5) Perspectivas da evolução ambiental da área: 
Inferir sobre qual seria a evolução da área com ou sem o 
empreendimento
39
MÉTODOS E TÉCNICAS DA 
PERÍCIA AMBIENTAL
40
1.MÉTODOS AMOSTRAIS E PROSPECTIVOS
2.MÉTODOS ANALÍTICOS
3.MÉTODOS BIOLÓGICOS
4.MÉTODOS MATEMÁTICOS
5.MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
6.MÉTODOS DE QUALIFICAÇÃO DE AGRAVOS 
AMBIENTAIS
42
MÉTODOS AMOSTRAIS E PROSPECTIVOS
Consiste na obtenção de material para a posterior análise:
solo, água, animais, espécies vegetais, entre outros
Devem ser tomados 
cuidados com:
- posição onde os materiais 
são coletados
- quantidade de amostra
- conservação do material 
até o momento da análise 
26/10/2017
8
43
MÉTODOS AMOSTRAIS E PROSPECTIVOS
A amostra deve ser: 
 Representativa para o âmbito de análise
 Permitir a identificação de circunstâncias temporais, 
como por exemplo, circunstancias geológicas
 Possibilitar informações sobre o tipo, expansão e posição 
das substâncias nocivas que causaram o dano ambiental
 Possibilitar uma estimativa da quantidade do local 
contaminado
 Ex.: água do rio contaminado com derramamento de 
combustível fóssil, demarcando os pontos que foram 
encontradas marcas da presença do combustível 
fóssil misturado à água
 Ex.: espécies vegetais presentes no maciço florestal 
vegetal da área de APP
 Ex.: coleta de animais mortos
 .... 44
MÉTODOS ANALÍTICOS
Processos químicos e físicos utilizados para identificar e 
qualificar substâncias que causam danos ao meio ambiente
Estratégias em testes analíticos: 
1. no caso de haver informações disponíveis e 
características suspeitas é possível uma análise objetiva 
de determinadas substâncias
2. no caso de não haver informações disponíveis para a 
constatação e identificação de substâncias: necessidade 
de análise sistemática
- parâmetro soma
- parâmetro de grupo
- parâmetro orientativo
45
MÉTODOS ANALÍTICOS
PARÂMETRO SOMA: 
Registro de substâncias orgânicas com um componente 
estrutural comum (por exemplo, carbono)
PARÂMETRO DE GRUPO: 
Registro de substâncias semelhantes quanto ao seu efeito, 
sem levar em consideração a diferenciação em substâncias 
individuais
PARÂMETRO ORIENTATIVO
Registro de classes individuais de substâncias ou misturas 
isômeras, ou de uma substância individual como substância 
representativa para a respectiva classe
46
MÉTODOS BIOLÓGICOS
São realizados com o objetivo de identificar o 
tipo da substância nociva através de 
processos biológicos
- para determinar os procedimentos 
principais da descontaminação e/ou 
remediação
Efeito de uma substância tóxica em um 
ecossistema:
- concentração
- tempo em que ela é mantida em contato
47
MÉTODOS MATEMÁTICOS
Emprego de equações matemáticas 
representando os processos físicos ou 
químicos constituem a forma mais abstrata 
de um análogo
1) R2; 
2) Equação da Reta; 
3) Correlação; 
4) Variâncias e Covariância; 
5) Desvio Padrão e, CV. 
6) Intervalo de Confiança; 
7) Média, Moda e Mediana; 
8) Outros.... 
48
MÉTODOS MATEMÁTICOS
Saldanha, 2014
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49
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
50
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Os impactos não podem ser considerados somente 
no que diz respeito à implantação e operação de 
empreendimentos
Levar em conta os impactos indiretos decorrentes 
do uso dos bens e serviços produzidos
Ex.: geração de energia hidrelétrica
- considerar, em oposição aos danos ambientais 
decorrentes da construção e da operação de 
usinas, os benefícios obtidos pela substituição de 
outras fontes energéticas, notadamente carvão, 
lenha e petróleo 
51
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Métodos de avaliação econômica
VALOR TRABALHO: 
Valor tem origem exclusivamente no trabalho humano, a 
consequência teórica prática disso é que apenas o 
Ambiente Construído possui valor e toda ação antrópica 
sobre o Ambiente Natural representa, portanto, aumento de 
valor, essa implicação é claramente inaceitável. 
NEOCLÁSSICA: 
Valor é determinado no mercado pela interação entre oferta 
e procura. (para economia ambiental enfrentamos 
problemas devido a complexidade dos objetos e 
impossibilidade de obter modelos confiáveis. Qual o valor 
do Cristo Redentor ou, do Pão de Açúcar para a cidade do 
Rio de Janeiro?) 52
MÉTODOS DE QUALIFICAÇÃO DE 
AGRAVOS AMBIENTAIS
Atributos pesquisados que exercem influência na formação 
de preços
Exemplo: 
1. Local do impacto ambiental, rio de que abasteceuma cidade; 
2. Solo que absorve água da chuva e desloca para o lençol freático; 
3. Vegetação que serve de ecoturismo; 
4. Som alto perto de hospitais e asilos; 
5. Construções em solo impróprio para isto, resultando em queda das 
edificações e trincas em paredes, em casos raros; 
6. Outros. 
53
SUBSÍDIOS PARA 
AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
AMBIENTAL
54
1) Princípio do poluidor-pagador: 
TAXAR os poluidores PROPORCIONALMENTE ao custo gerado pela 
poluição gerada por eles
Poluidor 
paga pela 
poluição
De acordo com 
o princípio do poluidor pagador, pode 
ser necessária determinada medida à 
recuperação do meio ambiente
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10
55
2) Modelo da disposição-a-pagar:
Chamado de método de contingência, onde ESTIMA-SE O PREÇO por 
meio dos CONCEITOS DE SUBSTITUIÇÃO E 
COMPLEMENTARIEDADE INERENTES AO SER HUMANO pelo 
benefício gerado
Exemplo:
Qual o valor que as 
pessoas estão dispostas 
a pagar pelo uso da 
água?
A atual política de 
recursos hídricos prevê 
a cobrança da água para 
todos os tipos de 
consumo, e o desafio, 
do ponto de vista da 
teoria econômica, está 
em precificar 
adequadamente esse 
recurso. 
56
3) Modelo da disposição-a-receber:
Também chamado de método de contingência, ONDE ESTIMA-SE O 
PREÇO POR MEIO DOS CONCEITOS DE SUBSTITUIÇÃO, contudo 
neste a população receberia um determinada quantia para deixar de ter 
o bem ambiental
57
4) Modelo da valoração mercantil:
Este método procura VALOR ECONÔMICO do bem ambiental por meio da 
ANÁLISE DE MERCADO de cada um de seu constituintes
58
5) Modelo de preço hedônico:
Método indireto de valoração. Analisa o FLUXO FUTURO DE 
BENEFÍCIO ATRIBUÍDO A UM BEM VALORADO QUANDO ESTE 
POSSUI REFLEXOS DE BELEZAS NATURAIS, comparando-os com 
outros que não a possui.
59
6) Modelo de avaliação direta: 
Difícil experimentação, analisa se uma DETERMINADA POPULAÇÃO 
PAGARIA UMA DETERMINADA TAXA DE COBRANÇA PARA 
VISITAR UM SÍTIO NATURAL.
60
7) Títulos de poluição ambiental: 
O órgão regulador ambiental estabelece um limite para determinados 
poluentes numa região. Emite títulos que correspondem, no seu 
conjunto, a toda a poluição que seria admissível na região, derivada de 
estudos de avaliação da capacidade de suporte para aqueles 
poluentes. Estas "ações" de poluição são negociadas em BOLSA DE 
VALORES. 
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11
61
PERÍCIA AMBIENTAL 
(SECURITÁRIA) 
62
Análise do Risco Ambientais - ARA: 
- Identificação das Fontes Acidentais;
- Toxicidade dos Produtos;
- Persistência dos Produtos;
- Modelagem do Transporte;
- Definição da Área de Estudo;
- Vulnerabilidade e Recuperação 
Ambiental;
- Critérios de Aceitação dos Riscos
63
Objetivo: 
DETERMINAR O VALOR DE INDENIZAÇÃO DE UM 
BEM MATERIAL, levando em consideração a conciliação 
de valores em risco e da importância segurada
Seguro Ambiental: 
A COBERTURA POR QUALQUER 
RESPONSABILIDADE RELACIONADA COM DANOS 
AO MEIO AMBIENTE é, normalmente, excluída do 
escopo padrão da cobertura de uma apólice de 
Responsabilidade Civil Geral, podendo ser coberta de 
forma acessória em, praticamente, todos os países do 
mundo
64
Abrangência e 
cobertura do seguro 
ambiental:
1) Vazamento/poluição 
durante o transporte rodoviário 
de mercadorias. 
SEGURO: Responsabilidade 
Civil Facultativa de Veículos –
RCFV
2) Derrame de petróleo c/ou 
derivados por navios. 
SEGURO: Cascos 
(embarcações), com as 
coberturas acessórias de 
Responsabilidade Civil e 
Poluição
65
Abrangência e cobertura do seguro ambiental:
3) Produção de petróleo. 
SEGURO: Riscos do Petróleo
4) Produção de energia nuclear 
SEGURO: Riscos Nucleares
5) Comerciais/industriais (pela existência, uso e 
conservação de plantas)
66
MODELO DE LAUDO DE 
PERÍCIA AMBIENTAL
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12
71
EXEMPLOS DE PERÍCIA 
AMBIENTAL
Exemplo 1
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13
Exemplo 2 Estudo de caso: água contaminada
A investigação iniciou-se com vistorias “in loco” e em toda a
vizinhança, e pôde-se constatar as seguintes situações , obtidas a
partir de informações coletadas dos moradores e frequentadores do
setor em pauta:
• “Dona Maricota” identifica o gosto da água como sendo de
gasolina;
• O prefeito , o ex-prefeito e a denunciante residem na mesma
quadra;
• O ex-prefeito é o proprietário do posto de combustível;
• O atual presidente da câmara é irmão do ex-prefeito, com
quem não mantém relações amigáveis;
• O dono da oficina é irmão do dono do posto.
• As atividades realizadas nesta investigação tem
por base:
• Plano de amostragem;
• Sondagem e amostras de solos;
• Análises físico-químicas da água, do solo e dos
resíduos provenientes do posto e das oficinas.
• Na coleta de dados obteve-se o seguinte resultado:
– Baixa turbidez;
– Baixa potabilidade;
– Pequenas taxas de sulfetos;
– PCB (bifenilpoliclorado) = 0,15 microgramas/litro.
• Valores orientadores para solo e água subterrânea no
Estado de São Paulo:
– Residencial – PCB’s - 0,03 microgramas/litro
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14
• Diante deste resultado foram verificados as possíveis causas para a
presença do PCB no poço.
– Com relação ao posto de gasolina foi verificado que, após 6 meses
esperando a licença a ser emitida pelo órgão responsável, o posto
começou a funcionar com toda a estrutura de adequada para a
separação de óleo, conforme Conama 373, indo os resíduos para o
sistema fossa-sumidouro, juntamente com o esgoto. As oficinas utilizam o
mesmo sistema, integrado ao posto;
– Foi verificado junto a vizinhança se outras pessoas estavam sentindo
o mesmo gosto que da Dona Maricota, sendo constatado que após a
denúncia outras pessoas começaram a sentir;
– Diante dessa contaminação foram verificados quais os produtos que
poderiam ocasionar esse parâmetro na água do poço, sendo
encontrados em óleo de transformadores e tintas.
• Diante deste fato foi verificado junto à concessionária
de energia qual o procedimento para a manutenção
destes transformadores
• Em conversa com o superintendente da concessionária
para verificar mais detalhes, o mesmo solicitou ao
supervisor que prestasse as informações necessárias
• Em conversa com o supervisor foi verificado que houve
a troca de 6 transformadores na cidade, há 2 anos
atrás, e que a pedido do prefeito, foi deixado 1 (um)
transformador na casa dele, que é vizinho de muro
da Dona Maricota, sendo o restante encaminhado para
o adequado armazenamento
• O transformador ficou encostado no muro da casa do
prefeito, sendo deteriorado com o passar do tempo e
permitindo que o óleo vazasse para o solo;
• Com base nisto, foi realizada outra sondagem para
verificar a abrangência do óleo no solo nas
proximidades da casa da Dona Maricota, que
constatou a contaminação do solo na região analisada
por PCB, caracterizando a concentração encontrada na
água do poço.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade
de animais ou a destruição significativa da flora:
- Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
- Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do
abastecimento público de água de uma comunidade
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou
detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou regulamentos
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,
fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar
produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou
ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em
leis ou nos seus regulamentos: Pena - reclusão, de um a quatro anos,
e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº
12.305, de 2010)
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os
utiliza em desacordocom as normas ambientais ou de
segurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza,
recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da
estabelecida em lei ou regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305, de
2010)
Assistente da Concessionária 
da Energia Elétrica:
• Quesito 1: Sr. Perito, qual a fundamentação legal quanto a
responsabilidade da concessionária de energia elétrica com relação
ao destino dado aos equipamentos, no caso dos transformadores por
ela substituídos?
• Quesito2: Sr. Perito, considerando que parte do óleo que vazou para
o solo fica retido no próprio solo e apenas um quinhão atinge o corpo
hídrico, a água subterrânea, inclusive a que abastece o poço da
denunciante, pergunta-se: o quinhão de óleo que supostamente
contaminou a água, nas concentrações encontradas nos exames
laboratoriais é suficiente para produzir malefício a saúde
humana?
• Quesito 3: Senhor Perito, o servidor possuía algum grau de
parentesco com o prefeito?
• Quesito 4: Senhor Perito, o servidor acatou a ordem ou pedido de
alguém para guardar os transformadores naquele local?
• Quesito 5: Em que condições foram obtidos fatos que comprovem
que o transformador encontrado na residência do Sr. Prefeito é
de propriedade desta concessionária. É possível localizar este
transformador?
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm#art53
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm#art53
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm#art53
26/10/2017
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Assistente do Autor
(Ministério Público)
• Quesito 1: Senhor Perito, em que época, antes do evento, a empresa
(concessionária) realizou a substituição dos transformadores, e qual o
sistema adotado para a fiscalização e armazenamento? A empresa segue os
critérios estabelecidos pelas NBR’s quanto ao manuseio, acondicionamento,
rotulagem, transporte e destinação final?
• Quesito 2: Senhor Perito, a empresa (concessionária) possui Sistema de
Gestão Ambiental? Em caso positivo, apresentar os laudos das análises de
Teor de PCB presente no óleo mineral isolante, que comprovem a ausência
de contaminação por Ascarel?
• Quesito 3: Senhor Perito, tendo em vista os resultados obtidos na Análise
físico-química das águas amostradas no poço da denunciante e dos
confrontantes da área afetada, pode-se afirmar que a contaminação
verificada pelos índices compromete a saúde humana? Em caso positivo,
seria necessária a interrupção imediata da utilização da água?
• Quesito 4: Senhor Perito, diante do que foi observado, poderia informar
quais as medidas mitigadoras e providências que deverão ser adotadas para
a recuperação da qualidade da água nos poços afetados? Qual o tempo
necessário para a efetiva recuperação?
• Quesito 5: Poderia o Sr. Perito informar qual o tempo de vida útil deste tipo
de material ( transformador)?
Assistente do Prefeito
• Quesito 1: Senhor Perito, o produto denominado PCB
(Bifenilpoliclorida) encontrado na água amostrada do poço da
denunciante é uma substância amplamente conhecida como
altamente prejudicial à saúde humana?
• Quesito 2: A concessionária acusou o recebimento de apenas cinco
transformadores. Tendo sido retirados seis, conforme controle interno,
o que levou à falta de importância dada ao transformador faltante?
• Quesito 3: Senhor Perito, a concessionária notificou ou alertou
formalmente ao prefeito sobre os riscos que o produto era altamente
tóxico, tendo em vista o não recebimento do mesmo em seu controle
interno?
• Quesito 4: Quanto tempo o prefeito pretendia guardar o
transformador em seu terreno?

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