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1- RELATORIO DE ESTÁGIO SUPERVIOSIONADO - EDUCAÇÃO INFANTIL

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP 
 
 
 
 
 
 CLAUDIO BESSA 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polo Carapicuíba 
2019 
 
1 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP 
 
 
 
 
 
 
 CLAUDIO BESSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
Relatório desenvolvido como requisito 
para aprovação da disciplina de Estágio 
Curricular Obrigatório na Educação 
Infantil no curso de Licenciatura em 
Pedagogia da Universidade Virtual do 
Estado de São Paulo. 
 
Polo Carapicuíba 
2019 
2 
 
 
 
 
3 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1- Área do pátio e acesso a área externa 09 
FIGURA 2- Disposição das salas de aula 10 
FIGURA 3- Cozinha e refeitório 10 
FIGURA 4- Rotina de anotação de data, atividades realizadas 19 
FIGURA 5- Atividade proposta de pintura e matemática 20 
FIGURA 6- Atividade com colagem 21 
FIGURA 7- Atividade com colagem e letra do alfabeto 23 
FIGURA 8- Exposição “Convivendo com as diferenças” 25 
FIGURA 9- Atividades diversas em grupo 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit
4 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO 
 
Ficha de Apresentação 
 
Nome: Claudio Bessa 
RA: 180.3728 
Licenciatura: PEDAGOGIA 
Polo: Carapicuiba - 2019 
Professor Mentor: Adriana Zazirskas 
Supervisor de estágio (na escola): Nubia Maria Sobreira Albuquerque 
Período do estágio: 16/10/2019 a 06/12/2019 
Local do Estágio: Emeb Dimas Jordão 
Endereço: Rua Jade, 109 – Vila Ercília – Jandira – SP – CEP 06606-190 
Telefone: (11) 4619-2763 
Cidade: Jandira 
Estado: SP 
E-mail: emebdimasjordão@jandira.sp.gov.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
FOLHA DE ASSINATURAS ................................................................................... 02 
LISTA DE FIGURAS E/OU TABELAS.................................................................... 03 
FICHA DE APRESENTAÇÃO ................................................................................ 04 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. ... 06 
2. OBSERVAÇÃO................................................................................................... 07 
3. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA......................................................................... 08 
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................... 10 
 4.1. Analisando o PPP........................................................................................ 12 
 4.2. Consulta aos planos de aula.........................................................................15 
 4.3. Observação das aulas.................................................................................. 16 
 4.3.1. Primeiro dia de observação....................................................................... 16 
 4.3.2. Segundo dia de observação....................................................................... 19 
 4.3.3. Terceiro dia de observação........................................................................ 21 
 4.3.4. Quarto dia de observação.......................................................................... 23 
 4.3.5. Quinto dia de observação.......................................................................... 24 
 4.3.6. Sexto dia de observação............................................................................ 25 
 4.3.7. Sétimo dia de observação.......................................................................... 26 
 4.3.8. Oitavo dia de observação........................................................................... 27 
 4.3.9. Nono dia de observação............................................................................ 28 
 4.3.10. Décimo dia de observação...................................................................... 30 
 4.3.11. Décimo primeiro dia de observação........................................................ 31 
5. Conclusão .......................................................................................................... 33 
6. Referências bibliográficas................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O estágio supervisionado, é um excelente instrumento no auxilio e 
complementação na formação do profissional, seja em qualquer área do 
conhecimento, pois é a partir dele que o estudante irá se preparar, tomar 
conhecimento de como se desenvolve sua atividade na a qual escolheu sua profissão. 
É a oportunidade de conhecer na prática os desafios que o esperam assim que 
formado, dando-lhe sustentação e proporcionando uma aprendizagem constante e 
continuada, contribuindo em muito com sua formação. 
 Na área da educação, é a mudança da posição de educando, para educador, 
pois é neste momento que o estágio irá lhe proporcionar uma experiência ativa na arte 
de ensinar, na transmissão do conhecimento a alguém que está exatamente em busca 
disso. O estágio supervisionado é o momento oportuno para se colocar em prática 
todas as vertentes teóricas que se embasam os cursos de formação técnica, teorias 
essas que se transformam em prática constante e aperfeiçoamento. 
 É uma forma de se derrubar barreiras comuns no aprendizado, é o período em 
que o formando pode analisar contextos, aperfeiçoar ou modificar hipóteses, práticas, 
desenvolver rotinas de trabalho, que o acompanharão por toda a trajetória do seu 
desenvolvimento profissional. O período de estágio é de extrema importância para o 
desenvolvimento das habilidades do formando, pois é a partir das observações e 
interações com a prática pedagógica que o formando irá se sentir cada vez mais apto 
ao oficio que escolheu. É neste momento que o formando tem a oportunidade de 
analisar diversas práticas de ensino e relacionamento com o educando, na área da 
educação ou clientes e ou colegas de trabalho, nas atividades diferentes da área da 
educação. Sendo o estágio um período de observação, é um momento de reflexão, 
de comparação ou aprendizado das práticas, da análise da didática empregada, 
proporcionando ao formando a aquisição de conhecimentos e ao mesmo tempo uma 
análise das práticas pedagógicas de acordo com as orientações técnicas e teóricas 
acerca da educação, bem como a didática que se está sendo empregada. 
 Importante ressaltar que não cabe ao estagiando opinar sobre as práticas 
pedagógicas do professor mentor, pois cabe a esse a observação das práticas 
pedagógicas que estão sendo empregadas, devendo tão somente refletir sobre tais 
práticas de acordo com o aprendizado na área teórica do aprendizado, devendo 
7 
 
absorver para si o que entendercomo bom, proveitoso e necessário, num todo ou em 
parte, modificando ou ampliando o que realmente for necessário em suas práticas 
pedagógicas, visando claro o aprendizado do aluno. 
 Para isso é fundamental que no período de estágio, o professor mentor, assim 
como a equipe gestora possa proporcionar ao estagiário na medida do possível, 
oferecer as condições para o desenvolvimento da identidade pedagógica do 
estagiando, pois é sabedor que o mesmo está buscando conhecer, aprender e 
desenvolver experiências que ampliem o seu repertório como educador e não para 
avaliar a prática pedagógica do professor mentor. 
 
 
2. OBSERVAÇÃO 
 
 Neste relatório tentarei expor minhas reflexões sobre as observações e aulas 
de Regência realizadas no Pré I da Escola Municipal de Educação Básica – Dimas 
Jordão. Esta etapa que antecede o estágio é de máxima importância para contato 
inicial com o grupo no qual será efetivado o estágio, propiciando meios que subsidiem 
a execução do projeto. 
 Vi também o período de observação como meio de refletir sobre as práticas 
existentes no sistema educacional brasileiro. As reflexões feitas por mim neste 
relatório foram construídas com bases nos conhecimentos desenvolvidos através dos 
nossos estudos no curso de Pedagogia, pela Universidade Virtual do Estado de São 
Paulo, no Polo de Carapicuiba. 
 Ao iniciar o 4º semestre foi proposto pela disciplina de Estagio Supervisionado 
a realização do estágio no Ensino Infantil. Diante deste propósito, realizei as 
observações na Escola Municipal de Educação Básica Dimas Jordão, situada à Rua 
Jade, 109 – Vila Ercília – Jandira – SP, no período de 16 de outubro de 2019 à 06 de 
dezembro de 2019 na Turma do Pré I da professora Adriana. A turma era composta 
por 22 alunos com faixa etária de 4 a 5 anos, bastante heterogênea, quanto à 
disposição das carteiras, a professora, não sei por qual motivo, também não procurei 
questionar, mas a mesma separava de um lado os meninos e do outro as meninas, 
dispostos um ao lado do outro, de modo que o meio ficava livre para circulação. 
8 
 
 Antes de adentrar ao relatório propriamente dito, importante explanar que o 
mesmo foi bastante proveitoso, mesmo já possuindo uma licenciatura na qual atuo a 
22 anos em sala de aula as observações em muito contribuiu para o meu 
conhecimento pedagógico. O presente relatório se divide nas seguintes partes: 
primeiramente apresento a escola e seus aspectos, logo após, mostro os principais 
tópicos observados quanto as observações e regência das práticas pedagógicas. 
 
APRESENTAÇÃO DA ESCOLA 
 Meu estágio supervisionado em Educação Infantil se deu na Emeb Dimas 
Jordão, localizada na R. Jade, 109 – Vila Ercília – Jandira – SP foi possível observar 
que trata-se de uma escola de Ensino Infantil, com alunos da faixa etária de 04 à 05 
anos, em relação a clientela escolar a Emeb Dimas Jordão possui alunos de origem 
Boliviana, a maioria dos mesmos pertencem a classe social média baixa e alguns 
participam do programa bolsa família, com um espaço bastante limitado para a 
aprendizagem, visto que trata-se de uma escola com apenas três salas de aula em 
funcionamento no período da manhã e tarde com espaço bastante reduzido, uma 
secretaria, agregada a diretoria, uma sala dos professores e uma cozinha um pouco 
destacada com espaço do refeitório agregado e razoável para alimentação, três 
banheiros, sendo um para funcionários, um masculino e um feminino, bebedouro. Na 
frente da escola existe um pequeno espaço coberto para Recreação, porém com 
poucas opções de atividades fora da sala de aula em razão do pouco espaço 
disponível e a inexistência de uma quadra poliesportiva. O bom de tudo é que o 
município está construindo uma escola nova, ao lado desta, mais moderna, com 
espaço adequado para aprendizagem, recreação, alimentação, etc., segundo a 
diretora o projeto prevê uma estrutura de um piso térreo, mais três andares, com 
previsão de instalação de dez salas de aula e toda a infraestrutura necessária para as 
atividades escolares e melhor adequação de todos. A escola situa-se numa 
comunidade variando entre classe média e classe média baixa, onde a maioria de 
seus alunos frequentadores residem próximos da escola, em razão da política de 
geolocalização escolar, os quais, na maioria, se utilizam do transporte público gratuito 
fornecido pela prefeitura para locomoção e trajeto de ida e volta da escola. Pela faixa 
etária supracitada e a estrutura bastante precária é possível verificar que a escola 
fornece apenas o ensino pré-escolar I e II. A escola oferece alimentação satisfatória, 
9 
 
com duas refeições diárias, cuja qualidade e preparo são piamente avaliados por 
nutricionistas da prefeitura com acompanhamento assíduo. O horário de 
funcionamento da escola é das 7h às 18h, divididos em duas turmas, manhã e tarde. 
A série onde atuei como estagiário era a Turma do Pré I, no qual as crianças possuíam 
como faixa etária entre quatro e cinco anos de idade, série Pré I-C do período tarde, 
com a professora Adriana. As salas da creche são de espaço bastante reduzido, os 
aparelhos de multimídia para atividades audiovisuais são móveis, por não possuir uma 
sala de vídeo ou algo similar a isso, no pequeno pátio há atividades como: cantinho 
da leitura, encenações, roda de conversa, contação de história, brincar livre, 
brincadeira de “faz de conta” e etc. 
Figura 01: Área do pátio e acesso a área externa 
 
Fonte: Claudio Bessa Out/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Figura 02: Disposição das salas de aula 
 
Fonte: Claudio Bessa Out/2019 
 
Figura 03: Cozinha e refeitório 
 
Fonte: Claudio Bessa Out/2019 
 
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 Nas divagações dos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação 
Infantil (MEC, SEB, 2006, p.16), temos que: 
11 
 
Apoiar a organização em pequenos grupos, estimulando as 
trocas entre os parceiros; incentivar a brincadeira; dar-lhes tempo 
para desenvolver temas de trabalho a partir de propostas prévias; 
oferecer diferentes tipos de materiais em função dos objetivos que 
se tem em mente; organizar o tempo e o espaço de modo flexível 
são algumas formas de intervenção que contribuem para o 
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. As iniciativas 
dos adultos favorecem a intenção comunicativa das crianças 
pequenas e o interesse de umas pelas outras, o que faz com que 
aprendam a perceber-se e a levar em conta os pontos de vista 
dos outros, permitindo a circulação das ideias, a complementação 
ou a resistência às iniciativas dos parceiros. A oposição entre 
parceiros, por exemplo, incita a própria argumentação, a 
objetivação do pensamento e o recuo reflexivo das crianças. 
(MACHADO, 1998). 
 Antes de iniciar minhas observações de aulas propriamente ditas, ao iniciar o 
estágio supervisionado, no primeiro dia que compareci na Unidade Escolar, procurei 
inicialmente identificar os espaços físicos e na sequência procurei conhecer um pouco 
mais sobre a rotina da escola, relacionamento interpessoal entre equipe gestora, 
funcionários, professores e merendeiras, minhas entrevistas se deram de forma bem 
discreta, mais como um bate papo do que um questionário pronto, dirigido, pois 
entendendo que dessa forma, uma simples conversa são mais sinceros e 
espontâneos as respostas aos questionamentos, sem claro deixar esclarecido que se 
trata de uma pesquisa de estágio. Nessas minhas conversas pude perceber que a 
grande insatisfação de todos os envolvidos nesse processo da educação, está 
principalmente na remuneração que recebem por isso, entendem que trabalham muito 
e são pouco remunerados, outro fator que pude observar também é a questão da 
relação professor-aluno, pois a grande maioria chegou até a me questionar porque 
estava eu fazendo pedagogia, pois isso era coisa de “louco”, dando a entender que o 
ensino hoje está totalmente desprestigiado. Ao questionaro porquê de me 
considerarem louco, muitos diziam, falta de respeito não só do aluno, mas da 
comunidade, muito trabalho associado a baixa remuneração, falta de reconhecimento 
profissional, profissão desgastante, etc. Enfim, se eu não já estivesse envolvido na 
12 
 
área da educação a 22 anos, acho que teria desistido do primeiro dia de estágio, mas 
quando eu dizia que já era educador a todo esse tempo, a conversa mudava um 
pouco, mas sempre com o questionamento, e porque fazer pedagogia? Minha 
resposta era a mais simples do que se imaginava, porque apesar desse tempo em 
sala de aula, gosto do que faço e gosto de adquirir conhecimentos, me surgiu essa 
oportunidade de fazer pedagogia, “tenho que abraçar com vontade e dedicação, se 
em algum momento resolver deixar a sala de aula, algo que não penso tão cedo, terei 
mais bagagem e conhecimento para novos desafios. ” 
4.1 – Analisando o PPP 
 Conforme já estudado anteriormente, o Projeto Político Pedagógico nasceu 
após a Constituição de 1988, com a finalidade de conceber autonomia às escolas na 
elaboração da própria identidade, com a participação do corpo docente, discente, 
gestão escolar e comunidade. Esse projeto é o referencial de quaisquer instituições 
de ensino, seja ela pública ou particular, é como se fosse o eixo norteador para o bom 
funcionamento do ensino. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB é o marco 
para a implementação do Projeto Político Pedagógico, pois e ela quem intensifica a 
elaboração e autonomia da construção de projetos diferenciados de acordo com as 
necessidades de cada instituição. 
 O artigo 12 da LDB diz: 
"Os estabelecimentos de ensino respeitando as 
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a 
incumbência de elaborar e executar sua proposta 
pedagógica". 
 De acordo com Lima, 2017 em seu artigo publicado: 
“O gestor deve agir de maneira democrática na 
elaboração desse projeto, integrar a sociedade no 
ambiente escolar respeitando sempre seu marco 
referencial, aceitando opiniões do corpo docente e 
funcionários, com isso pode-se restaurar o senso crítico e 
participativo de todos. O gestor não é único nessa 
elaboração, talvez essa seja uma das grandes falhas 
13 
 
existentes nos dias atuais. Planejar e construir um PPP, é 
ter compromisso com uma educação de qualidade e 
participativa, é a união entre escola e comunidade, 
comunidade e escola, pois ambos são indissociáveis. É 
trilhar um caminho com foco na aprendizagem, participar 
de opiniões e responder os questionamentos. Um dos 
aspectos importantes em relação ao Projeto Político 
Pedagógico é que pode ser alterado, se não estiver 
atendendo as necessidades do seu público alvo, que são 
as realidades educacionais e sociais. ” 
 Como podemos ver, o PPP, não é um documento a ser elaborado apenas pelo 
gestor da unidade escolar, pois não é esse o propósito e não há lei autorizativa para 
isso, sua construção deve se dar de forma democrática em todos os segmentos, após 
uma reflexão acerca de quem será beneficiado com sua elaboração. Não deve ser 
também estanque, a ponto de não permitir alterações quando se fizer necessário, 
adequando-o à realidade fática da instituição de ensino. É muito importante a 
participação de todos os colaboradores na elaboração do PPP. Ainda segundo Lima, 
2017, “O Projeto Político Pedagógico não deve ser elaborado apenas para cumprir 
uma determinação legal, muito menos ficar engavetado ou ausente do cotidiano 
escolar. A proposta pedagógica é muito mais que isso, é o ápice da educação, é a 
ponte que liga escola e sociedade, propondo meios para desconstruir paradigmas e 
concepções pré-formadas, tentando restaurar princípios e construindo novos 
conhecimentos. ” Ainda, "O projeto é um documento que propõe uma direção política 
e pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, prevê as ações, institui 
procedimentos e instrumentos de ação." LIBÂNEO (2005, p.345). Tratar de um 
Projeto Político Pedagógico, nada mais é do que falar em democratização e 
participação de toda a comunidade escolar, inseridos ou não no interior da Instituição 
de Ensino. O projeto é uma união perfeita entre escola e sociedade, mas que precisa 
estar sempre presente nas reuniões, nas discussões entre os pares, senão corre o 
risco de ser apenas um calhamaço de papel arquivado numa pasta suspensa, 
descansando na eternidade. 
 Feito essas considerações, vamos dissertar um pouco sobre o PPP proposto 
pela Emeb na qual desenvolvi meu estágio: Segundo a proposta da Emeb Dimas 
14 
 
Jordão, o PPP busca um projeto educacional sério e coerente com a realidade em que 
se insere. Para sua elaboração, para tanto, pensando em sua elaboração, a Instituição 
elaborou um questionário para os pais, professores e funcionários para nortear sua 
construção, bem como diversas reuniões em HTPC- Horário de Trabalho Pedagógico 
e Coletivo. De acordo com dados estatísticos o PPP revelou ainda que78% dos 
professores possuem graduação em nível superior, 11% concluintes de pós-
graduação e 11% terminando a pós-graduação, a maioria dos pais o equivalente a 
54% possuem apenas o ensino médio, 18% ensino superior e apenas 14% nível 
superior e quanto ao segmento de funcionários, 30% ensino médio, 20% ensino 
fundamental, 20% ensino superior 20% pós-graduação, concluintes ou cursando. Um 
dado curioso, e era de se esperar uma resposta neste sentido, e os números mostram 
bem isso, é que quando questionados aos três segmentos sobre qual a importância 
do PPP para a escola, por unanimidade com 100% de respostas positivas, 
funcionários e professores entendem como de grande importância, porém no 
segmento pais, apenas 84% consideram importante a elaboração do PPP, penso que 
essas respostas se deem pelo fato talvez de não terem conhecimento do que 
realmente é o PPP e para que serve, o que vejo como necessário uma discussão 
ampla para todos os envolvidos com a educação. Possui como meta 100% da 
participação dos pais e comunidade, para tanto em seu projeto propõe ações no 
sentido de realizar exposições de atividades com os alunos nas reuniões bimestrais, 
promoção de palestras, trabalho voluntariado com os pais, estabelecer parcerias 
público privada, envolvimento constante dos pais nos projetos da escola, por meio da 
equipe gestora, escolar pais e professores, bem como comunidade local, promover o 
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças no conviver, brincar, participar, 
explorar, expressar e conhecer-se ampliando seu repertório linguístico, tendo como 
ações, promover atividades lúdicas, expressar-se por meio da diversidade de 
linguagens oral e escrita, consolidar projetos. Tem como missão e valores: 
desenvolver o desempenho dos educandos em suas potencialidades cognitivas, 
intelectuais, motoras, físicas e sócio emocional através de atividades lúdicas, 
envolvendo o brincar nas suas relações interpessoais e intrapessoais. Tem como 
visão, ser uma escola de excelência e referência por conta da qualidade oferecida por 
todos os profissionais da unidade escolar e juntamente com a participação da 
15 
 
comunidade na construção de valores que permeiam a sociedade pluralista 
respeitando cada indivíduo na sua singularidade. 
 
4.2 – Consulta aos planos de aula 
 Antes mesmo de iniciar minhas observações em sala de aula, me atentei para 
consulta e compreensão dos planos de aula apresentados pelos professores antes do 
início do ano letivo e após o replanejamento realizado no retorno do recesso escolar 
de meio de ano, até mesmo para que eu pudesse ter uma prévia do que estaria sendo 
proposto pelos professores em sala de aula, de acordo com a análise desses planos 
de ensino, ficaria mais esclarecido a proposta de trabalho da professora na qual a 
direção escolheu para o meu estágio, tornando-se um importante roteiro para o 
acompanhamento e compreensão das aulas. 
 Ao longo desses 22 anos de magistério, vejoesses planos de ensino, como um 
elemento essencial para o planejamento diário das atividades que serão 
desenvolvidas pelo professor em sala de aula durante todo o ano. É uma atribuição 
do profissional de educação, que irá traçar os objetivos de aprendizagem e como eles 
serão alcançados. É a partir desses planos que podemos direcionar os estudos a 
serem aplicados, as atividades a serem desenvolvidas, as habilidades e competências 
a serem trabalhadas e adquiridas pelos alunos, a forma de avaliação, de modo a 
nortear o processo de aprendizagem ao longo do ano letivo. É um instrumento 
bastante valioso para o professor, que desde o planejamento traça suas estratégias, 
podendo também ser modificado de acordo com as observações do dia a dia de uma 
sala de aula, dos imprevistos que podem ocorrer, bem como um instrumento norteador 
até mesmo para uma eventual substituição do docente no caso de uma licença médica 
por exemplo. Um bom plano de ensino deve incorporar clareza e objetividade, ser 
atualizado periodicamente, estar em sintonia com uso dos recursos disponíveis na 
escola, propostas de avaliação, metas a serem cumpridas e ser elaborado com de 
acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. 
 Os planos por mim analisados em boa parte deles possuíam uma estrutura 
bastante similar aos planos que já conheço ao longo desse meu percurso escolar, 
desde sua estrutura, com exceção do conteúdo e a forma de aplicação desses 
conteúdos que para mim fora uma novidade em razão do segmento se tratar de alunos 
16 
 
da Educação Infantil, porém os objetivos muito próximos do que já me sinto 
familiarizado. 
 
4.3 – Observação das aulas 
 Depois de conhecer a instituição na qual me recebeu para o desenvolvimento 
do meu estágio, entrevista com os profissionais que lá se encontravam, analisar o 
PPP e planos de aula, chegou enfim o grande dia para minha experiência em poder 
observar o dia a dia de uma sala de aula com alunos que estavam iniciando seus 
estudos, algo novo, diferente até mesmo das atividades desenvolvidas nos Projetos 
Integradores até então realizados, diferente das aulas por mim desenvolvidas esses 
anos todos, pois a “clientela” muito embora caracterizadas como alunos também, não 
é a mesma dinâmica com a qual já estou acostumado a trabalhar, é algo novo, um 
novo que nem eu fazia ideia de como seria essa minha presença em sala de aula, 
fiquei me questionando qual seria a reação dos alunos, da própria professora, que 
estava sendo observada, onde por um momento me coloquei em seu lugar quando 
sou observado por estagiários na disciplina na qual leciono, bem como pelos 
coordenadores e diretores que assistem às minhas aulas muitas vezes com prévio 
aviso ou de surpresa, mas enfim lá estava o estagiário aprendendo mais um pouco 
desse oficio de ensinar. 
 
4.3.1 – Primeiro dia de observação 
 No primeiro dia as 12hs50min fiz questão de chegar antes do horário da 
entrada para observar como essa era feita, muito embora não tenha registrado esse 
momento por meio de foto, vi que os mesmos aguardam no pátio e quando toca o 
sinal, os mesmos ficam enfileirados um atrás do outro, tanto meninos como meninas 
e acompanham a professora até a sala de aula, sentam-se como já dito anteriormente 
do lado direito, lado a lado e de frente os meninos e do outro lado as meninas na 
mesma disposição. Na sequência a professora entrega os cadernos para as 
atividades, anota o calendário do mês na lousa, e indica aos alunos qual é o dia do 
mês e da semana. Realiza a chamada para conferir os ausentes e presentes e na 
sequência propõe a primeira atividade do dia. 
17 
 
 Nesse meu primeiro dia de estágio, fui apresentado aos alunos, onde a 
professora explicou aos demais alunos o que eu estaria fazendo ali e por alguns dias 
minha presença seria vista com frequência. Me apresentei, fui alias muito bem 
recebido pelas crianças, onde algumas vieram ao meu encontro, me abraçando, 
outros um tanto ressabiados, uns já me perguntando pelo nome novamente, enfim foi 
um momento de acolhimento bastante diferente, onde me surpreendeu muito além do 
que já estava acostumado ao longo do início dos anos letivos. 
 A primeira atividade proposta, a professora foi um desenho da cabeça de uma 
pessoa e os cabelos deveriam ser pintados com o uso de guache, podendo os 
mesmos se utilizarem das cores que achavam conveniente, bem como o tamanho do 
cabelo e sua forma. Pude perceber nessa aula que alguns alunos não tinham 
adquirido ainda a habilidade de desenhar uma cabeça humana, com os olhos, bocas, 
nariz e etc., pude observar ainda que não existia um padrão de tamanho, pois 
enquanto alguns faziam enormes cabeças, outros as reduziam ao mínimo necessário 
para pintar e desenvolver a atividade, como sabemos que os alunos não homogêneos 
em se tratando de habilidades, alguns terminaram em um curto espaço de tempo, 
enquanto que outros nem iniciaram, ou até mesmo desistiram, pois não se sentiam 
estimulados a desenvolver a atividade. 
 A professora, passava nas carteiras e ia orientando os alunos no 
desenvolvimento do desenho, mas sem sugerir em nenhum momento quais cores a 
serem empregadas, deixando-os livres para decisão neste aspecto. Pude observar 
ainda que algumas meninas eram mais solidarias as outras no sentido de ajudar a 
pintar, desenhar, o que não se verificou muito no grupo de meninos. Finalizada a 
atividade após decorridos aproximadamente 50 minutos a professora recolheu os 
cadernos, vistou os mesmos e os guardou sob sua mesa. Na sequência aguardam o 
sinal para a merenda, as 14hs15min saíram para a merenda com um intervalo de 20 
minutos para refeição e recreação livre no pequeno pátio da escola. As 14hs40min 
todos já se encontravam dentro da sala de aula, aguardando o reinício da aula, assim 
como eu, sentado no fundo da sala, ansioso para seu recomeço. Na sequência a 
professora entregou uma folha de sulfite para cada um dos alunos, lápis de cor, cola, 
tesoura e algumas revistas antigas e sugeriu que cada um deles agora de forma mais 
elaborada desenhasse um corpo humano de um homem e uma mulher, na sequência 
deveriam pintar o corpo todo. 
18 
 
 Pude perceber que alguns alunos não conseguiram desenvolver a atividade 
como proposto, enquanto que outros já demonstravam uma certa habilidade com a 
arte de desenhar. Assim, ao finalizarem a primeira parte da atividade que era desenhar 
e pintar, a professora por meio de um exemplo na lousa, pediu que os mesmos 
fizessem um recorte de um vestido para as mulheres e camiseta e shorts para os 
homens e colasse no desenho desenvolvido por eles, saíram alguns projetos 
interessantes, o que mais me chamou a atenção é o que podemos ver na foto abaixo, 
onde a criança não se preocupou apenas com os bonecos, mas a paisagem que os 
cercam, destacando o sol, as nuvens, vegetação etc. 
 Muito embora com muita vontade de poder auxiliar as crianças no 
desenvolvimento da atividade, me contive, limitando-me apenas a observação e 
registro das impressões que tive. Confesso que pela idade das crianças não esperava 
o desenvolvimento das atividades com uma certa facilidade por parte de alguns 
alunos, pude ver que muitos já tinham uma habilidade bastante desenvolvida para a 
idade que possuem. Por volta das 15hs30min a professora deu por encerrado a 
atividade proposta, vistou as atividades de todos, reservou num canto para secar a 
cola, recolheu os materiais emprestados para atividade e aguardou em silencio o sinal 
do intervalo para o café que ocorreu as 15hs45min. 
 Faltando poucos minutos para as 16hs os alunos já se encontravam em sala 
de aula, momento em que a professora distribuiu umas peças de lego para que os 
mesmos pudessem brincar de montar de acordo com a imaginação de cada um, 
orientando que cada aluno deveria procurar as suas peças no monte disponível e que 
não poderiam pegar peças que estivessem na posse de outro aluno,pois qualquer 
peça que precisassem estariam disponível nas caixas a disposição, poderiam montar 
de forma individual ou em grupo, a depender de cada um deles. A professora 
aproveitou o momento que estavam brincando com o Lego para recolher os trabalhos 
feitos de colagem e inserir nos portfólios de cada um deles, aproveitando para registrar 
as devidas anotações nas atividades. Às 17hs a professora solicitou que guardassem 
os Legos em suas devidas caixas, separando as peças maiores das menores, 
encerrou sua aula e informou aos alunos que a professora de movimentos viria até a 
sala busca-los para a aula de movimentos, assim sendo também me retirei, pois, essa 
observação fora da sala de aula se daria em uma outra oportunidade, dando por 
encerrado meu primeiro dia de estágio nesse momento. 
19 
 
 
Figura 04: Rotina de anotação de data, atividades realizadas 
 
Fonte: Claudio Bessa Out/2019 
 
4.3.2 – Segundo dia de observação 
 Neste segundo dia de observação, já cheguei na escola quando os alunos já 
haviam entrado para a sala de aula e se encontravam aguardando a professora como 
de costume anotar o calendário na lousa, entregar o caderno para as atividades, fazer 
a chamada e anotar na lousa a quantidade de presentes. Neste dia de observação, a 
professora como sempre, se mostrava bastante entusiasmada com as atividades a 
serem trabalhadas com os alunos. Primeiramente desenhou uma sequência de quatro 
desenhos referente ao crescimento de uma plantinha em diferentes tempos, ao ir 
desenhando a professora foi explicando a importância de cuidar das plantas, das 
árvores, como forma de conscientizar os alunos da importância da preservação do 
meio ambiente. Ao finalizar os desenhos, sugeriu que os alunos colocassem por meio 
de numeral a sequência correta do estágio de crescimento da planta, que no caso era 
uma árvore. Todos podiam opinar ao mesmo tempo, onde se percebia por quase uma 
unanimidade que os alunos conheciam sequência correta dos estágios de formação 
através dos números. Após essa primeira fase, cada um recebeu o desenho já pronto 
e a professora orientou que pintassem de acordo com as cores padrão que viam na 
20 
 
natureza, por exemplo a cor do sol, da árvore, das nuvens, do céu, terra e etc. pude 
observar que muitos alunos ainda se encontram no estágio pré-silábico de escrita, 
muito embora alguns já dominavam ao menos a escrita do nome. Finalizada essa 
primeira atividade, os alunos foram para o intervalo do almoço e recreio. Ao 
retornarem a professora recolheu as atividades e as guardou no portfólio de cada um 
deles. Na sequência ficou uma folha de sulfite na lousa com um quadrado dividido em 
quatro também, perguntou aos alunos qual figura geométrica era aquela, onde 
praticamente todos responderam se tratar de um quadrado. Após a resposta a 
professora disse que como estávamos próximos do fim do ano, eles deveriam ir 
pensando nos presentes que iriam ganhar e dar de presente, assim a mesma com o 
uso de uma fita, cortou em duas partes, colou na folha de sulfite, dando a ideia de se 
tratar de uma caixa de presente e solicitou que os alunos também após distribuir as 
folhas fizessem o mesmo. 
 
Figura 5 Atividade proposta de pintura e matemática 
 
Fonte: Claudio Bessa nov/2019 
 
 Vi que a maioria procurou desenvolver a atividade, mas uns dois ou três alunos 
encontraram dificuldade para manipular a cola, a fita, a tesoura, outros desistiram até 
mesmo de desenhar o quadrado no papel entregue, se recusando a fazer a atividade. 
Ao final a professora pediu que pintassem e deixasse de lado até secar a cola para 
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ser entregue. Após o encerramento, foram para o pátio e ficaram brincando com os 
brinquedos distribuídos dentro de duas caixas grandes em um tatame instalado para 
essa finalidade, emendaram esse momento com o intervalo em seguida. Após o fim 
do intervalo, já em sala de aula, a professora sugeriu a turma que iria contar uma 
pequena história, mas para isso seria necessário o silencio e atenção de todos eles, 
pois senão pararia no meio da história e ficariam sem saber o final. Todos ouviram em 
silêncio a estorinha da Rapunzel. Finalizado a e estorinha, puderam fazer uma rápida 
pausa para tomarem água e ir ao banheiro, um por vez. Decorridos quatro horas nesse 
dia, me despedi dos professores e alunos e fui embora. 
 
Figura 06 - Atividade com colagem 
 
Fonte: Claudio Bessa nov/2019 
 
 
4.3.3 – Terceiro dia de observação 
 Neste terceiro dia de observação, cheguei na escola e os alunos já haviam 
entrado para a sala de aula e se encontravam aguardando a professora como de 
costume anotar o calendário na lousa, entregar o caderno para as atividades, fazer a 
chamada e anotar na lousa a quantidade de presentes. Neste dia de observação, a 
professora como sempre, se mostrava bastante entusiasmada com as atividades a 
22 
 
serem trabalhadas com os alunos. Primeiramente a professora lembrou aos alunos 
que no dia 15 de novembro não haveria aula por ser o dia da proclamação da república 
e explicou aos alunos o que significava esse dia para nós brasileiros, onde ouviram 
atentamente, mas pelo que vi na carinha deles, não estavam entendendo muito bem 
o que estava acontecendo. Na sequência a professora distribuiu algumas revistas 
para os alunos, juntamente com cola e tesoura e explicou a atividade que deveria ser 
desenvolvida, ou seja, teriam que recortar pequenas tiras e formar uma letra de seu 
conhecimento, de preferência a letra que se inicia o nome deles e em seguida 
desenhar um objeto com a inicial dessa letra e pintar. 
 Vi que todos se empolgaram em realizar a atividade e aqueles que não tinham 
conhecimento da letra a professora orientou o aluno de como deveria ser. Após essa 
atividade foram para o intervalo para refeição e retornaram em seguida, enquanto isso 
a professora, recolheu as atividades, vistou e socializou com os demais alunos cada 
um dos trabalhos que foram apresentados, na sequência guardou os trabalhos no 
portfólio de cada um dos alunos. Depois disso foram para o pátio e brincaram de 
corrida da tartaruga, em disputa de dois em dois até se chegar ao vencedor, percebi 
neste momento que os demais se dispersavam bastante não dando muita importância 
à brincadeira, mas alguns até que se interessavam um pouco. Até que todos 
brincassem levaram mais ou menos uma hora e meia nessa atividade. 
 Ao terminarem a professora propôs uma brincadeira de roda em grupo com 
cantigas que todos conheciam e tinham aprendido no decorrer do ano letivo. 
Retornaram para a sala de aula e a professora entregou uma atividade de pintura e 
colagem que tinha como objetivo formar a palavra do desenho onde para isso bastava 
se basear nas letras dos recortes, que nesse caso o final seria o “Gato”, e depois de 
formado a palavra teriam que pintar de acordo com a imaginação de cada um, usando 
o lápis de cor. Finalizaram a atividade por volta das 17hs15, momento em que me 
retirei da sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Figura 07 - Atividade com colagem e letra do alfabeto 
 
Fonte: Claudio Bessa Nov/2019 
 
4.3.4 – Quarto dia de observação 
 
 Neste quarto dia de observação, cheguei na escola antes da entrada, e como 
sempre os alunos entraram para a sala em fila única, acompanhada da professora e 
posteriormente encontravam-se aguardando a professora como de costume anotar o 
calendário na lousa, entregar o caderno para as atividades, fazer a chamada e anotar 
na lousa a quantidade de presentes. Neste dia de observação, a professora antes de 
iniciar as atividades lembrou os alunos do dia 20 de novembro que não haveria aula 
na escola e explicou que se tratava de uma data especial em razão do dia da 
consciência negra, enfatizando o quanto a cultura negra se faz presente na nossa 
história desde o período de escravidão no Brasil. 
 Neste dia, houveram várias atividades relacionadas a cultura negra, 
trabalharamcom desenhos livres e pintura livre, assistiram a um pequeno desenho 
alusivo à cultura negra, percebi que muitos alunos após os dez minutos de 
apresentação se dispersaram bastante, mas isso já quase no encerramento do vídeo. 
Após esse momento, foram para o refeitório tomar a merenda da tarde, enquanto isso 
a professora tratou de recolher os desenhos feitos e guardar no portfólio de cada um 
deles. Fizeram uma roda dentro da sala e a professora contou uma pequena história 
da vinda dos negros para o Brasil, ao encerrar a história contada, conduziram os 
24 
 
alunos ao pátio e deixou que brincassem livremente com os brinquedos dispostos nas 
duas caixas que existiam, orientando sempre que permanecessem no tatame, não 
podendo se dispersarem e respeitar as regras de brincar cada um com seu brinquedo. 
Vi que dois deles como sempre não gostavam de brincar em grupo, sempre se 
destacando dos demais, como das outras vezes que foram observados. Ao final do 
horário disponível para a brincadeira, retornaram para a sala de aula, tiveram um 
tempo para o banheiro e água e depois foi dado uma atividade de desenho pronto 
para pintar alusivo ao dia da consciência negra, desenho esse que deveria ser levado 
para casa e mostrado aos seus pais e trazidos depois para serem guardados no 
portfólio do aluno. Nesse dia é que fui perceber que a professora sempre fazia alguma 
anotação na agenda deles referente ao comportamento, uso de material etc. 
direcionado aos pais. 
 Ao final do dia, os alunos foram acompanhados por outra professora que era a 
responsável pelas aulas de movimentos onde eram feitas no pátio com apenas os 
alunos da sala, muito embora, sempre de forma coletiva as participações. Fizeram 
exercícios físicos, trote, caminhada em círculo, brincaram de marcha soldado, etc. Por 
volta das 17hs40 encerraram as atividades e voltaram para a sala de aula. O tempo 
todo fiquei apenas observando as participações e as relações interpessoais entre eles. 
 
4.3.5 – Quinto dia de observação 
 
 Neste dia os alunos tiveram aula, mas não me fiz presente em sala de aula, 
pois era um dia de HTPC e aproveitando o momento, preferi participar da reunião que 
foi dirigida pela coordenadora, onde a mesma passou os principais recados, o 
calendário para o encerramento do ano letivo, cobrou dos professores e monitores 
como estavam os trabalhos referente ao projeto “Convivendo com as diferenças” onde 
cada um expôs as atividades desenvolvidas, os painéis que seriam apresentados, as 
apresentações, o cronograma de apresentação da exposição e o tempo de duração 
de cada uma das atividades com as respectivas salas. Depois foi proposto um 
levantamento de todas as atividades que haviam sido realizadas no decorrer do ano 
letivo, os planos de aula que estavam em sintonia com o proposto, os ajustes 
necessários. Falaram ainda sobre alguns alunos com comportamento inadequado, 
onde foi sugerido a presença dos pais ou responsáveis para tomarem conhecimento 
25 
 
de eventual necessidade de encaminhamento para profissionais da saúde para 
acompanhamento e diagnósticos, tais como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeuta, 
etc. por fim, receberam orientações referente ao encerramento do ano letivo com os 
alunos. 
 
4.3.6 – Sexto dia de observação 
 
 Neste dia cheguei na escola por volta das 08hs00, mas diferente dos outros 
dias não entrei para a sala de aula, até porque minha sala de estagio era no período 
da tarde, me dediquei em ajudar as professoras e a coordenadora a montar os painéis 
para a exposição referente ao tema proposto no projeto “Convivendo com as 
diferenças” painéis esses criados a partir dos trabalhos desenvolvidos por cada uma 
das salas de aula existente na escola, sob a coordenação de cada professor 
responsável, ao final da montagem, os alunos das salas seriam convidados e sob a 
orientação de seu professor a conhecer a exposição, muito embora aberta a toda 
comunidade ao redor da escola, vi que apenas uns quatro a cinco pais comparecerem 
para prestigiar os trabalhos dos alunos, mas de qualquer forma a exposição foi 
bastante interessante, bem diversificada e dinâmica, os alunos interagiram bastante e 
vi que gostaram e muito dos trabalhos apresentados. 
 
Figura 8 - Exposição “Convivendo com as diferenças” 
 
Fonte: Claudio Bessa Nov/2019 
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 Na parte da tarde, retornei para a escola, participei dos primeiros minutos da 
aula, onde foi proposto uma atividade de colagem e pintura e posteriormente os alunos 
foram convidados a conhecer a exposição com a professora e em grupo, a 
acompanharam e a professora procurou explicar o que cada um dos painéis 
significavam e por quem tinha sido feito, inclusive um painel montado por eles 
mesmos. Ao final da exposição, após todos terem visto, ajudei na desmontagem dos 
painéis e guarda dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Foi algo bastante 
proveitoso, porque pude ter uma ideia e poder comparar o desenvolvimento de um 
projeto por crianças da educação infantil e alunos já alfabetizados e do ensino médio. 
 Na sequência voltei para a sala de aula, onde foi proposto uma atividade de 
matemática que tinha como objetivo desenhar os números de um a dez e pintá-los e 
para finalizar a aula a professora entregou diversos quebra cabeça com diferentes 
desenhos e formatos de peças para que montassem em duplas, sempre trocando 
entre eles os diferentes desenhos. Percebi que as meninas são bastante solidárias no 
sentido de ajuda mútua e até mesmo entre outros grupos. 
 
4.3.7 – Sétimo dia de observação 
 
 Já bastante familiarizado com a turma na qual estava acompanhando as aulas 
em observação neste dia, a professora propôs uma aula baseada em um filme, onde 
assistiram ao filme, com algumas pausas para a merenda, o intervalo, “A Família do 
Futuro”. Para tanto, a professora fez uso de um aparelho dvd e uma televisão móvel, 
pois a escola não possui uma sala adequada de vídeo, vi que alguns deles se 
dispersaram bastante, mas a maioria se comportaram adequadamente. No meu ponto 
de vista o propósito da atividade foi cumprido parcialmente por alguns alunos, pois 
não foram todo os alunos que refletiram sobre a importância da família e somente 
alguns deles falaram sobre as famílias que conhecem e como elas são compostas. 
 Alguns falaram sobre família com duas mães, uma família sem o pai ou sem a 
mãe, ou uma família sem os pais somente com os avôs, uma por incrível que pareça 
disse que não tem pais e mora num abrigo, mas que estava à procura de uma mãe e 
que ainda iria encontrar! Os alunos participaram bastante da atividade, notei que são 
muito espertos e curiosos, me perguntaram como era minha família, com quem eu 
morava, se eu era casado, solteiro, se tinha filhos. Após essa atividade, os alunos 
27 
 
foram para o pátio para atividades de movimentos com a outra professora, brincaram 
de amarelinha até o encerramento do dia letivo. 
 
4.3.8 – Oitavo dia de observação e Regência 
 
 Esse não era um dia comum como os demais dias de observação, nem mesmo 
igual ao dia em que ajudei a montar os painéis da exposição sobre: Convivendo com 
as diferenças. Esse era a minha primeira regência que iria realizar com os alunos da 
professora Adriana, confesso que havia me preparado bastante para esse dia, 
pesquisei atividade, montei um esquema de aula, enfim tudo preparado para a minha 
primeira aula na educação infantil, parecia tão simples, afinal, 22 anos de sala de aula, 
trabalhando com todos os tipos de alunos que se pode imaginar nesses anos todos. 
Mas não era, lembrei do meu primeiro dia de aula para uma turma de ensino médio. 
Aula de Física e eu ainda cursando Direito! Meu Deus, tudo veio à tona, como seria a 
reação dos alunos, a diferença é que esses pequeninos já me conheciam a um tempo, 
afinal a pelo ao menos um mês via-os com certa frequência. Porém a diferença é que 
agora ao invés de observador, eu seria observado,não apenas pelos pequeninos, 
mas também pela professora deles, confesso que procurei ao máximo manter a 
calma, a tranquilidade, mas um erro na condução ali da aula poderia ser bastante 
prejudicial para os pequenos. Mas antes de começar, a professora disse que 
precisava desenvolver uma atividade com eles referente ao Natal, onde sugeriu que 
abrissem o caderno de desenho e desenhassem uma árvore de Natal, um boneco de 
neve e um Papai Noel, de forma livre e deveriam pintar de acordo com as cores que 
costumam ver na televisão, estavam todos animados com a proposta, inclusive alguns 
deles até perguntaram se na semana que vem já seria o natal e a professora informou 
que ainda não, que naquele dia faltava exatamente um mês para o Natal, com isso, 
ganhei mais uns momentos para me preparar para a atividade que havia planejado 
para aquele dia. 
 Por incrível que pareça achei que aquela atividade passou muito rápido, nem 
percebi o intervalo para a merenda. Ao retornarem a professora com um ar de 
felicidade disse: “Professor são todos seus, fique à vontade para lhes ensinar o que 
planejou, para minha sorte, ela deu uma saidinha para tomar um rápido café e disse 
que ao retornar sentaria no mesmo lugar meu de costume, no fundo da sala. Como 
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nas aulas em que havia acompanhado até o momento, percebi que as crianças 
gostavam muito de desenhar, recortar, pintar, etc. Assim preparei uma aula baseado 
no desenho, dessa forma, preparei diversos desenhos que deveriam ser formados a 
partir da ligação de pontos, em uma sequência lógica numérica, dessa forma 
conseguiria introduzir a ideia de sequência matemática, unindo a arte de desenhar e 
ao final de cada desenho possuía um número de casas de acordo com o desenho 
formado para que eles anotassem o que haviam desenhado, ou descoberto a partir 
da ligação dos pontos. 
 A atividade por incrível que pareça correu muito bem, foram poucas as vezes 
que precisei intervir a pedido dos mesmos, quando se perdiam em qual direção seguir 
com os traços. Após ligarem os pontos, sugeri que pintassem com as cores que 
achavam mais interessante, mas que procurasse representar as cores reais dos 
objetos ou aves, ou animais. Nem me dei conta quando a professora voltou para a 
sala de aula, pois a esta altura da aula, já estava bastante à vontade com os alunos e 
interagindo bastante com os mesmos. Como sempre faziam os trabalhos sentados 
lado a lado, mantive essa formação por também entender que a interação estaria 
garantida a todos eles. 
 Por fim, ao analisar os resultados, observei que a maioria deles sabiam o que 
se tratava seu desenho, mas não sabiam escrever no espaço destinado a isso, por 
ainda não conhecerem muitas letras ou sílabas, assim os auxiliei neste sentido, para 
finalizar, cada um socializou seu trabalho realizado com os demais alunos e até 
mesmo com a professora. Foi bastante diferente de tudo que vivi em sala de aula esse 
tempo todo a experiência vivida com os pequenininhos, mas empolgação foi tanta, 
que me esqueci de registrar esse momento ímpar de minha formação. 
 
4.3.9 – Nono dia de observação e Regência 
 
 Gostei tanto da primeira regência com os alunos que na aula anterior ao me 
despedir da turma e já prevendo o fim do ano letivo, pedi a professora que me 
permitisse voltar no dia 27, ou seja dois dias depois para dar sequência a minha 
regência, pois temia que no início do mês de dezembro muitos já não comparecessem 
mais, o que foi prontamente atendido pela professora, se mostrando bastante solicita 
e compreensiva com minha preocupação, mas ao mesmo tempo me tranquilizando 
29 
 
que os alunos da Educação Infantil, em sua maioria com certeza compareciam até o 
ultimo dia de aula, mas que eu poderia sim realizar a segunda regência até no dia 
seguinte se quisesse. Enfim dois dias depois estava eu lá, aguardando a minha 
oportunidade de trabalhar com os alunos novamente e mais uma vez a professora 
estava desenvolvendo uma atividade lúdica relacionada ao pintar e recortar, só que 
agora com atenção ao uso de algumas letras do alfabeto, para aquecimento, até 
auxiliei a professora no desenvolvimento da atividade, finalizada a atividade como de 
costume, a professora, as guardou em um lugar separado para secagem, depois 
socializou com os demais e guardou no portfólio de cada um. Foram para o intervalo 
para merenda e recreio e ao retornarem, a professora já informou que dali por diante 
eu é quem seria o professor deles. Diferente do primeiro dia, já estava mais à vontade 
com os alunos e primeiramente tratei de explicar o que iriamos aprender naquele dia 
e os materiais que seriam utilizados, primeiramente apresentei aos alunos, 
comentando o modo de desenvolvimento da atividade, estabelecendo um contrato 
pedagógico para uma relação boa e amigável entre eles e entre o professor. Em 
seguida conversei com os alunos sobre as atividades que serão executadas durante 
a aula, falando da importância da participação de todos com o diálogo sobre “A 
importância da família na minha vida”. Durante a atividade, os alunos foram falando 
palavras que dão sentido ao significado de família. Enquanto iam falando, eu ia 
escrevendo no quadro as ideias deles. 
 Na sequência entreguei uma ficha para cada um deles no formato de uma casa 
e um balão para ser enchido, como era de conhecimento que a maioria não sabe 
ainda escrever, a professora e eu, mais uma monitora ia tomando nota nas fichas o 
que eles pensavam sobre a família, quantos irmãos tinham, como era sua vivencia 
com a família, etc. ao terminarem de anotar, os balões eram enchidos com a ficha 
dentro, ao terminar o preenchimento e os balões cheios, foram reunidos em círculo e 
os balões foram jogados para cima e cada um de forma aleatória pegava um balão, 
não necessariamente o seu. Depois que todos estavam de posse de um balão, os 
mesmos eram estourados um a um, (o que provocou aquela euforia neles), e em voz 
alta, eu ou a professora e a monitora faziam a leitura e procurava identificar qual era 
o aluno que havia escrito para os demais coleguinhas da sala. A atividade foi finalizada 
com a explicação para cada um deles da importância da família de cada um e 
30 
 
demonstrando que cada um tem sua própria família e não são e jamais serão iguais 
uma a outra. 
 A atividade foi encerrada e na sequencia houve a aula de movimento com a 
professora responsável no pátio da escola. Avalio que a aula foi bastante produtiva, a 
agitação deles a meu ver, foi normal, pois além de ser um professor diferente as 
atividades eram bem diferentes do que estavam acostumados e as dinâmicas também 
desenvolvidas também. 
 
4.3.10 – Décimo dia de observação 
 
 Neste dia, a professora Adriana, titular das aulas por motivo de saúde não pode 
comparecer à aula, situação em que os alunos para não ficarem sem nenhuma 
atividade, as professoras monitoras sugeriram que os mesmos assistissem a um vídeo 
e aproveitando que estávamos próximos da semana do Natal, foi passado o filme “O 
Nascimento de Jesus, para tanto, afastaram as carteiras e ao centro colocaram os 
tatames e juntaram as duas salas de aula da tarde, o que deu um total de mais ou 
menos 35 alunos das duas salas. A algazarra estava a princípio bem controlada, pois 
a euforia para assistirem ao filme era bastante comum a todos eles. Passado a 
dificuldade de conseguirem ligar o vídeo, pois os cabos eram bastante precários, 
situação que fez com que os alunos até então quietos, começaram a ficar impacientes 
e se dispersarem fora do tatame. Enfim conseguiram iniciar o vídeo, os alunos 
começaram a prestar atenção no vídeo, uns sentados, outros deitados na medida do 
possível, mas praticamente todos de certa forma atentos ao filme. Na minha humilde 
inocência e nunca vivido experiência antes igual a esse dia, pois acostumado a passar 
vídeo para alunos, acreditava que a atenção para a história seria do começo ao fim,mas ledo engano, decorridos aproximadamente 15 minutos de filme, os alunos 
começaram a manifestar uma certa inquietação, com conversas paralelas, 
brincadeiras entre os pares, pedidos para ir tomar água, banheiro, etc. ou seja tudo 
menos atenção no enredo do filme, se tivessem que elaborar um relatório, talvez e 
não mais que isso, dos 35 alunos, no máximo uns dois estariam aptos a isso nada 
mais. Tirei uma conclusão que não era apenas meus alunos do ensino médio que se 
dispersam quando tem que assistir a um vídeo, pude compreender que antes de se 
propor um vídeo tem que se ter uma conversa prévia e sua proposta final, com a 
31 
 
intenção de conseguir atrair ao máximo a atenção, para essa faixa etária, em conversa 
com as monitoras as mesmas me disseram que isso é normal, que eles nessa idade 
não conseguem se atentar por muito tempo, que um vídeo tem que ser muito bom, de 
preferência desenho com um tempo máximo de 15 a 20 minutos, pois além disso eles 
por si só já começam a ficar inquietos e impacientes. Ao final do vídeo, os alunos 
foram para o intervalo, tomar merenda e recreação. Retornaram para a sala de aula e 
as monitoras distribuíram duas caixas de brinquedo para que socializassem entre 
eles, podendo brincar em grupo ou individualmente, dependendo da vontade de cada 
um. Posteriormente foram convidados a ir para o pátio para a aula de movimentos 
com a professora responsável pelo grupo. Nesse dia foi proposto uma atividade de 
brincadeira de roda com cantigas que já eram de seus conhecimentos. Encerraram as 
aulas por volta das 17hs45 e ficaram na sala de aula aguardando o sinal para ir 
embora. 
 
4.3.11 – Décimo primeiro dia de observação. 
 Este era para mim o último dia de presença na escola, pois estava praticamente 
encerrando meu estágio, foram quase dois meses de acompanhamento das aulas, 
interação com os alunos, com a direção, funcionários, coordenadora, enfim, foi um 
período de grande aprendizado com um ganho tremendo no que se refere ao 
desenvolvimento de um trabalho com os alunos da educação infantil, estava feliz por 
ter chego até ali, e poder acompanhar ainda a expectativa de encerramento do ano 
letivo que também estava em seus derradeiros dias. 
 Neste dia como de costume com os dias anteriores a professora fez a chamada, 
anotou o calendário na lousa, passou uma atividade de desenho livre, logo em seguida 
veio o horário da merenda e intervalo, na sequência após retornar para a sala de aula, 
os alunos puderam brincar com os seus próprios brinquedos trazidos de casa e os 
que não haviam trazido podiam pegar algum deles dentro das caixas do pátio. Por 
curiosidade perguntei a professora se eles chegavam a trocar os brinquedos entre si, 
tendo em vista que no meu pensamento já estivessem enjoados de brincar com seus 
próprios brinquedos. 
 A professora Adriana, me respondeu que era meio incomum trocarem os 
brinquedos, pois era mais fácil brincar em duplas ou grupo mesmo, disse ainda que 
quando sugere esse tipo de atividade, é justamente pensando na socialização entre 
32 
 
eles e que já avisa aos pais que quando enviarem os brinquedos tem que ser os mais 
simples possível, senão isso pode gerar um problemão se forem aqueles brinquedos 
caros, cheios de luzes, etc. pois quando alguém levava algo assim ela nem deixava 
tirar da mochila pois o alvoroço certamente estaria formado. Pelas atitudes deles neste 
dia em sala de aula, compreendi que realmente o risco era enorme, pois alguns se 
interessavam mais pelo brinquedo do amigo do que do seu próprio brinquedo. Logo 
após esse momento de descontração e diversão com os brinquedos, a professora 
pediu que todos guardassem seus brinquedos e os brinquedos da caixa, requerendo 
ainda que dois deles levassem a caixa com os demais brinquedos e colocassem no 
mesmo lugar que haviam encontrado. 
 Na sequência foi até a lousa e começou a escrever a inicial dos nomes dos 
alunos, apenas a primeira letra e perguntava qual nome seria aquele que estava sendo 
escrito, percebi que estavam bastante familiarizados com o nome de cada um deles, 
muitas vezes com a primeira ou segunda letra já conseguiam adivinhar qual era o 
nome proposto. Ao finalizar essa atividade, trouxe uma série de quebra-cabeças para 
os mesmos brincarem em dupla e na medida que montavam iam trocando com os 
demais grupos que já tivessem concluído a montagem do outro. As atividades em sala 
de aula se encerraram com a montagem do quebra-cabeça. Já no final da aula, 
agradeci a todos pela paciência que tiveram comigo, assim como a professora que 
acompanhei todo o estágio, coordenação, direção, enfim todos que puderam de uma 
forma ou de outra me proporcionar grandes momentos de aprendizagem. 
 
Figura 9 - Atividades diversas em grupo 
 
Fonte: Claudio Bessa Nov/2019 
33 
 
5 – CONCLUSÃO 
 
 Nesses quase dois meses de estágio na Educação Infantil com crianças 
pequenas pude observar como é importante para elas as atividades em grupo, 
principalmente no pátio ou até mesmo na sala de aula. No momento das refeições, 
ninguém era obrigado a comer o que não queria, nem mesmo comer toda a comida 
do prato caso não quisessem. Elas tinham liberdade plena para se alimentar como 
quisessem, recebendo pequenos auxílios aqui e ali no que tange a se alimentar 
utilizando os talheres para os que ainda não possuíam coordenação motora suficiente 
para dominar tal prática. 
 Segundo orientações do Referencial Curricular para a Educação Infantil 
(RCNEI, 1998, P. 23): 
 
Educar significa, portanto, propiciar situações de 
cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de 
forma integrada e que possam contribuir para o 
desenvolvimento das capacidades infantis de relação 
interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude 
básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, 
pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da 
realidade social e cultural. Neste processo, a educação 
poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de 
apropriação e conhecimento das potencialidades 
corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na 
perspectiva de contribuir para a formação de crianças 
felizes e saudáveis. 
 
 De acordo com a citação supracitada, o que pude perceber nessas quase nove 
semanas de estágio na Educação Infantil é como as crianças valorizam e se sentem 
gratas ao notar o cuidado sobre si mesmas, muitas vezes também sentem a 
necessidade de maior atenção. Pude observar que as professoras procediam como 
verdadeiras parceiras das crianças nas atitudes de cuidar, que segundo o RCNEI 
também fazem parte do educar. Estavam sempre atentas à organização segura do 
34 
 
ambiente, à condição das crianças segundo o clima (se estavam bem agasalhadas no 
frio, ou agasalhadas demais no calor), se choravam o porquê choravam (não seria 
porventura uma febre?). As crianças tinham liberdade plena para ir ao banheiro 
sempre que solicitavam, e eram tratadas com muito carinho por todas elas. 
 Este estágio obrigatório supervisionado não foi o primeiro na minha vida, pois 
já estou vivenciando minha terceira graduação, sendo uma na área jurídica e outra na 
área da educação, mas confesso que para mim foi algo inédito e plenamente somador, 
agregando experiências até então jamais vivenciadas mesmo trabalhando a tanto 
tempo em sala de aula. Porém uma coisa é você estudar a teoria de diversos 
educadores, pensadores, psicólogos etc. como as crianças se manifestam em seus 
primeiros anos de vida em seu contato com o mundo e como se dá essa relação com 
ele, entre seus pares e terceiros; outra coisa é você estar frente a frente com essa 
realidade através do estágio em uma sala de aula de educação infantil. Pude perceber 
que para que haja um desenvolvimento pleno das crianças pequenas a escola tem 
que oferecer as condições básicas e suficientes para isso, disponibilizando todos os 
suprimentos e materiais pedagógicosque venham ao encontro das necessidades e 
demandas da criança que cresce e aos poucos por meio de sua formação, 
descobrindo o seu eu. Em se tratando de sala de aula percebi que o “educar e cuidar” 
estão intrinsecamente ligados, onde a defasagem de um certamente ocasionará a 
ineficácia do outro. Como educadores, devemos estar sempre atentos a como as 
crianças se relacionam entre si, como se apropriam dos conhecimentos, como fazem 
a leitura das diversas linguagens que lhes são propostas, suas assimilações, seus 
interesses, aprimoramentos, seus anseios e buscas, formas de manifestação, 
relacionamento interpessoal e leitura do mundo é fator primordial para a 
disponibilização de um ambiente que vá cada vez mais ao encontro de todas as suas 
demandas e aspirações em seu processo evolutivo. 
 O momento do estágio se configura como um momento de trabalho 
inteiramente reflexivo. Vários alunos me marcaram com jeito simples, humilde, carente 
e até mesmo curioso. Paulo Freire nos relata que "um educador que alimenta sua 
ação com a necessidade de formar um determinado tipo de homem e de sociedade 
fará de sua profissão umas práxis política e consciente". Dessa forma terminei o meu 
estágio com a certeza de que adquiri muito conhecimento, agregando muito mais as 
minhas práticas docentes do dia a dia. A pedagogia é a ciência da educação, o ato 
35 
 
educativo como prática social deve ter a intenção de transformação e conhecimento, 
conhecimento que determina uma didática, entendo a didática como um ciclo entre 
ensino, aprendizagem e sujeitos do processo, onde a didática só será finalizada com 
o aprendizado do sujeito. A realização deste estágio me possibilitou ampliar minha 
visão em relação aos múltiplos fatores que podem influenciar no comportamento de 
uma criança. Permitiu maior aproximação com o cotidiano vivenciado pelas famílias e 
compreender algumas de suas dificuldades e limitações que cada um do grupo 
familiar enfrenta. Este estágio me permitiu novos conhecimentos, contribuindo em 
muito para o enriquecimento pessoal como profissional da educação. A cada dia um 
momento diferente, acontecimentos que envolviam os alunos e que chamavam a 
atenção para as aulas, como vídeos, as leituras compartilhadas, as brincadeiras na 
quadra, bem como as confecções de painéis, dentre outras ações. Em meu estágio 
foi tudo muito válido e positivo. 
 Meu propósito, é de aprender e de exercer uma prática educativa cheia de 
desejo de mudança e de transformação sendo significativa para eles. Acredito que é 
nos anos iniciais que a sala de aula pode tornar-se um ponto de partida, onde as 
crianças sejam envolvidas na construção de uma sociedade mais justa e digna para 
todos. Durante as atividades lúdicas desenvolvidas em sala de aula todos os 
procuravam participar ativamente, seja desenvolvendo em grupo ou individualmente. 
 Defino o conceito de estágio, como um grande campo de oportunidade para o 
desenvolvimento do conhecimento, que envolve estudos, análise, problematização, 
prática e reflexão para fins de proposição de soluções sobre o ensinar e o aprender. 
 Seja trabalhando com as crianças pequenas, com as maiores, entendo que o 
papel de qualquer educador é antes de tudo amar a sua profissão compreendendo 
que a Educação é a alma do mundo, pois sabedores que somos, é a partir dela que 
tudo se forma e é dela que saem as estruturas nas quais todas as bases sadias da 
sociedade estão firmadas, priorizando sempre a formação de indivíduos para a vida, 
para o mundo, os quais se apropriam de conhecimentos que lhes permitam a 
autossubsistência e satisfação pessoal, características humanitárias, autonomia, 
relações interpessoais e boa convivência, proporcionando a geração de novos 
conhecimentos e criação em prol de uma sociedade em constante transformação, 
inovadora, jamais se esquecendo de que essa formação proveitosa e plena se inicia 
lá na educação infantil, com nossas pequenas crianças. 
36 
 
6 - REFERÊNCIAS: 
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB). Nº 9394/96. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 1. Brasil: MEC/SEF 1998, P. 23. 
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J.F de; TOSCHI. Educação escolar: política, estrutura e 
organização. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
https://www.webartigos.com/artigos/projeto-politico-pedagogigo-e-a-ldb-9394-
96/62030. Acesso em 20 de janeiro de 2020. 
Portaria CAPES nº 65 de 11/11/2002, Art.18. Disponível em: 
b<https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=184302 > Acesso em: 18 dez. 2019 
Parâmetros nacionais de qualidade para a Educação Infantil/Ministério da Educação. 
Secretaria de Educação. – Brasília – DF: MEC, SEB, 2006, p.16. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf> Acesso 
em: 17 Dez. 2019. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
VYGOTSKI. La psique, la consciência, el inconsciente. Obras Escogidas. Madri: 
Visor, 1991, tomo I, p. 95-110. 
 
https://www.webartigos.com/artigos/projeto-politico-pedagogigo-e-a-ldb-9394-96/62030
https://www.webartigos.com/artigos/projeto-politico-pedagogigo-e-a-ldb-9394-96/62030

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