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Artigo Theotônio Negrão - Recurso Extraordinário

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Prévia do material em texto

DO 
ANO 74 - DEZEMBRO DE 1985 - VOLUME 602 
Fascículo 1 - CÍVEL 
Publicação oficial do Tribunal de Justiça, Primeiro e 
Segundo Tribunais de Alçada Civil e Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo; 
dos Tribunais de Justiça do Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro, 
Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, 
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e dos Tribunais de. Alçada de Minas Gerais, 
Paraná, .Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro 
DOUTRINA 
TÉCNICA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO CÍVEL • 
THEOTONIO NEGRAO 
Advogado em Siío Paulo 
I - Delimitação preliminar da matêria. II - Preparando a interp!sição 
do recurso. Ili - Prazo do recurso extraordinário. IV - A petiçao de 
recurso extraordinãrio. V - Processamento do recurso extraordinário. 
VI - O agravo da decisão denegatória. 
I - Delimitação i preliminar da matéria 
1. Neste traba\ho, não cuidaremos da 
argüição de releVância e do processo do 
recurso extraordinário no 'STF (agravo 
regimental, embargos de divergência 
etc.) 
Também será o tema limitado ao re-
curso extraordinário cível, com. exclusão 
do criminal, do trabalhista e do eleito-
ral. 
Il - Preparando a interposição do re-
curso 
2. Antes mesmo do julgamento de seu 
recurso ordinário, deve o advogado pre-
parar o campo para a eventual interpo-
sição do extraordinário, o que pode fazer 
através do prequestionamento e da atri-
buição de valor elevado à causa, para 
escapar de um dos muitos óblces da ar-
güição de relevância (art. 325, VIll, do 
Regimento Interno do STF). 
3. l!: engano pensar que o prequestio-
namento, a que se referem as Súmulas 
282 e 356, pode ser feito depois do jul-
gamento do recurso pelo tribunal de ori-
gem. Se assim fosse, não mais seria pre-
questtonamento, mas pós-questionamen-
to. 
• Resumo de palestra proferida na Associação 
dos Advogados de São Paulo cm 22.10.85, 
Trata-se de requisito essencial ao ca-
bimento do recurso: a matéria por este 
suscitada deve ter sido prequesUonada. 
Desta exigência não escapa nem mesmo 
a alegação de ofensa à Constituição Fe-
deral 1 (coisa julgada, 2 direito adquiri-
do a etc.). Eis alguns casos em que ele é 
exigido: cerceamento de defesa, 4 decisão 
extra s ou ultra petita., 6 erro na apura-
ção de votos, no tribunal de origem, 1 fa-
to extintivo, e ilegitimidade de parte, 0 
incompetência absoluta, to nulidade abso-
luta, 11 prescrição, 12 valor legal da pro-
va. 1:i 
Em certos casos, haverá impossibiUda-
de material absoluta de prequestionamen-
to do tema antes do julgamento, o que 
ocorre, p. ex., se este se realizou irregu-
larmente, por falta ou defeito de publi-
cação da pa'ú.ta. Antigamente, o STF 
anulava essas decisões e dispensava o re-
quisito do prequesttonamento. 14 Mas a 
situação se modificou, pois atualmente 
exige, para sua apreciação, que seja ac?-
lhida argüição de relevância, 1:1 e nao 
consta que isso tenha acontecido, até o 
momento. Vai decorrer dai grande per-
da de tempo, porque terá de ser propos-
ta ação rescisória, que poderá até ser 
incabível, se o acórdão rescindendo não 
tiver apreciado o mérito da causa. A so-
lusão será, talvez, tentar, na Justiça lo~ 
10 RT-602 - DEZEMBRO DE 1985 
cal, os embargos de declaração. alegan-
do nulidade de julgamento; é possível 
que estes sejam acolhidos, pois os tribu-
nais de 2.ª instância, ultimamente, come-
çam a dar certo elastério a ditos embar-
gos e já os admitem, p. ex., nos casos 
em que o acórdão embargado não tenha 
conhecido do recurso sob a errônea afir-
mação de estar fora de prazo. t 6 
se "foi o acórdão que suscitou nova e 
inusitada_ questão", 17 ou se_ a decisão foi 
tomada "com base em documento Junta-
do com as razões do apelado e sobl'e o 
qual não foi ouvido o apelante", 1s o ques-
tionamento, antes do julgamento, é im-
possível, no primeiro caso, e muito difi-
cil no segundo, mas, de qualquer modo, 
ha~erá necessidade de opor embargos de 
declaração dCJ)ois do julgamento, para 
suscitar o tema e, eventualmente, abrir 
caminho ao recurso extraordinário. 
o Utisconsorte necessário que não pa.1'-
ticipou da açã-o pode interpor recurso ex-
traordinário; há acórdãos do STF, quan-
to a ele, às vezes exigindo, às vezes dis-
pensando o requisito do prequestiona-
mento. 111 Nem mesmo o terceiro prejudi-
cado escapa a este percalço. 2º 
4. Não há. prequestionamento implí-
cito. :1 lt preciso uma, de duas: 
-_ ou qu'e a matéria tenha sido venti-
lada 'na decisão recorrida; ou, não o ten-
do sido, 
- que, quando possível, 'Seja aduzida 
antes do julgamento e, de qualquer mo-
do, que seja suscitada mediante embar-
gos de declaração, para que sobre ela se 
pronuncie o tribunal de origem. 22 
A propósito, enuncia a Súmula 282: 
"lt inadmissível o recurso extraordinário, 
quando não ventilada, na decisão recor-
rida, a questão federal suscitada". A ju-
risprudência é caudalosa quanto a essa 
exigência. :a_ o Min. Djaci Falcão -chega 
até mesmo a grifar, numa de suas eme:l-
tas de acórdão, as palavras: "na de_ctsao 
recorrlda";24 e o Min. Firmino Paz sa-
lienta: "Ao julgamento do recurso ex-
traordinário levani-se em consideração, 
somente, os fatos postos no acórdão -re-
corrido". 211 
Segue-se, dai, ser insuficiente, para sa-
tisfação da exigência do prequestiona-
mento, que a parte haja alegado a maté-
ria antes do julgamento, 21 seja na peti-
ção inicial, 21 seja na de recurso, 2a ou 
em contra-razões. 211 Terá de reproduzi-
la, através de embargos de declaração, 
se a questão de fato ou de direito não 
constou do acórdão. 
5. Atualmente se exige que o preques-
tionamen to seja "expresso, claro, induvi-
doso", 30 "inequívoco". 31 A simples refe-
rência, em caráter incidente, a ~etermi-
nado texto de lei "não configura a pre-
missà. do, prequestionamento, _se o -tribu-
nal a quo não apreciou a matéria" e não 
foram opostos embargos de declaração. 32 
Todavia, decisões mais antigas opina-
vam não ser epsencial que houvesse no 
acórdão a "alusão express'"a ao preceito 
constitucional ofendido", sendo, porém, 
"iml)reterível , que se suscitasse, clara· 
mente, a questão concernente à sua vio-
lação", 33 pois "e> verb. 282 colldiciona o 
cabimento do recu;rso extraordinário a 
que o direito federal discutido pelo recor-
rente haja sido ventilado no acórdão re-
corrido, e não que esse julgado incllque 
o artigo que, na lei federal, disponha so-
bre o direito discutido". :14 
Mais Ube'.ral, e _recente, é acórdão da 
lavra• do Min. Sydney Sanches, no qual 
se lê: •1:a: irrelevante que no acórdão não 
se_ tenha _feito_ expressa referência a esse 
dispositivo legal. Importa, isto sim, que a 
quaestio juris da e'quiparação fora cogi-
tada na sentença, reavivada no apelo, e 
o acórdão recorrido a enfrentou (o ,1uiz 
e o tribunal, diante do fato alegado, de-
clararam o direito, atent-os ao brocardo 
"da mihi factum, dabo_ tibi jus" 35 
Em resumo, é essencial 'que a maté_ria 
tenha sido examinada_ pelo , acórdão re-
corrido, "tenha sido discutida, tornando-
-se res controversa" :11 ou res dubia.31 
6. Sendo omisso ou pouco explicito o 
acórdão, os embargos' de declaração po-
dem suscitar tarito questões, de fato co-
mo de direito, para que sejam elucidadas. 
o que se_ veda é _ciue, _nesses embargos, 
não tendo a parte, até então, argumen-
tado com determinados fatos ou textos 
de lei, venha, 'em desespero de causa, a 
lnvoéá-los. Em' outros termos: não pode 
ser alegada questão nova, 30 de direito ou 
de fato. It de nenhuma valia, para efei-
to de prequestionamento, a utilização de 
DOUTRINA (C1VEL) 11 
fundamento novo, de fato ou de direito, 
nos embargos de declaração. _A parte só 
pode deduzir utllmente, nesses embargos, 
as questões que tenha articulado opor-
tunamente, isto é, antes do julg-amento 
do acórdão embargado, a _menos que só 
tenha tido o erisejo de fazer a alegação 
nos embargos de declaração. 
A apresentação de questã_o_ nova, nestes, 
leva ao não conhecimento do reé:urso, ex-
traordinário, por falta de prequestiOna-
mento. Aliás, os' tribunais locais já estão 
adotando a solução, neste caso, denão 
conheé:er dós embargos de declaração, pe-
la razão multo simples de que no acór-
dão não houve qualquer omissão: não 
tinham os, juízes de apreciar questão que, 
até o momento, não havia sido propos-
ta. 311 
Convém recordar, n. esse respeito, os 
termos da Súmula 317: "São improce-
dentes os embargos declaratórios, quan-
do não pedida a\ declaração do julgado 
anterior, em que _Se verificou a omissão". 
Se, p. ex., a falh_a ocorreu no julgamen-
to da apelação e a parte se _manteve si-· 
lente, ao interpor embargos infringen-
tes, a matéria está preclusa; não pode 
ser deduzida ulteriormente, sob a alega-
ção de que teria sido omisso o acórdão 
de embargos infringentes, •o pois dele 
não é a olllissão. 
7. Embargos de declaração opostos 
para efeito de prequestionamento não 
podem ser havidos como protelatórios. 4t 
E se o tribunal, apesar de apresentados, 
deixar de suprir a omissão, sob pretexto 
de sua inexistência, caberá recurso ex-
traordinário, J)Or negativa de vigência 
do art. 535 do CPC ou, mesmo, do pró-
prio texto sobre o qual se omitiu. a 
m - Prazo do recurso extraordinário 
8. O recurso extraordinário só é cabí-
vel de decisão final, isto é, dê decisão de 
que já não caiba recurso ordinário na 
Justiça de origem (Súmula 281). Não é 
dado ao • recorrente interpor o recurso 
extraordinário per satt-um, desistindo do 
recurso ordinário cabível e apresentando 
desde logo aquele. Há de esgotar, antes, 
a instância. ordinária. 
Não é fin'al, de acordo com a jurispru-
dência do STF: 
- a decisão do relator que indefere 
restituição de prazo para recorrer (por-
que é su_scetível de agravo regimental); 43 
- a decisão pendente de embargos de 
divergência: 44 
- a que a.nula Parcialmente o proces-
so (porque não julga a causa) ; 45 
- a que resolve questão de ordem em 
plenário: 40 
- a que manda o feito prosseguir, 41 
ou determina a sua sustação; 48 
- a que não tenha apreciado uma 
"causa", como exige o art. 119, m, caput, 
da CF.41l 
O acórdão de apelação parcialmente 
unânime é embargável, quanto aos pon-
tos em que não houve unanimidade Cv. 
Súmulas 354 e 355). Ne'ssa parte, não é 
decisão final, sendo incabível contra ele 
o recurso extraordinário, antes de opos-
tos e julgados os embargos infringentes. 
9. o recurso éxtraordinário deve ser 
interposto no prazo de 15 d.ias, de acor-
do com o art. 508 do CPC. Aplicam-se à 
hipótese os prazos especiais dos arts. 188 
e 191.° 
Observe-se que o mandado de seguran-
ça é ação civil, ainda quando impetrado 
contra ato de juiz criminal, praticado em 
processo penal. O prazo para o recurso 
extraordi_nãrio é, portanto, d~ 15 dias.110 
10. Após a vigência da Lei Orgânica 
da Magistratura Nacional, a superveniên-
cia de férias forenses, no tribunal de ori-
gem, suspende o prazo para interposição 
do recurso extraordinário. s1 Não se ma-
nifestou ainda o STF sobre os casos de 
processos que, de acordo com o art. 174 
do CPC, correm nas férias, mas é de 
crer que não fará exceção a estes, por-
que também decidiu que os feitos cri-
minais não escapam à regra geral. u 
11. O prazo para interposição de re-
turso extraord1nário suspende-se, para 
ambs.s as partes, pelo oferecimento de 
embargos de declaração (CPC, a.rt. 538). 
Para o seu cálculo, de _acordo com juris-
prudência hoje pacificada do STF, não 
se conta o d1a em que os embargos fo-
ram opostos, n recomeçando a contagem 
no primeiro d.ta útil seguinte à publica-
ção do acórdão proferido nos embargos 
de declaraçã-o. s, 
12 RT-602 - DEZEMBRO DE 1985 
Pode acontecer- que estes sejam opos-
tos numa 2.ª-feira, por ter-se vencido no 
sábado o prazo de cinco dias, com a con-
seqüente, prorrogaçã_o. Para efeito de 
recurso extraordinário, porém, correram 
seis dias, restando apenas nove do pra-
zo . .5!i 
Os embargos de declaração intempesti-
vos não- suspendeni o prazo para outros 
recursos do embargante. 56 
12. De acordo com a Súmula 513: "A 
decisão que enseja a interposição de re-
curso ordinário ou extraordinário, não é 
a ,do plenáriÓ, que resolve o incidente de 
inconstitucionalidade, mas a do órgão 
(Câmaras, Grupos ou Turmas) que com-
pleta o julgamento do feito". 
o mesmo raciocínio é válido para o 
incidente de uniformização de jurispru-
dência. 1J1 
13. Advirta-se, ainda neste tema, que 
o recurso extraordinário somente pode 
ter por objeto as matérias sobre as quais 
não se formou precltlSão e que foram de-
cididas peló acórdão recorrido. 
Assim, uma questão resolvida não una-
nimemente em apelação e sobre a qual a 
parte vencida não opôs embargos infrin-
gentes escapá ao âmbito do recurso ex-
traordinário contra o acórdão proferido 
nestes. 58 Do mé.Smo modo, se o acórdão 
do tribunal de origem não , conheceu do 
recurso, não há' como discutir o mérito 
da questão na via extraordinária: o re-
corrente terá de limitar-se à demonstra-
ção de que o recurso deveria ter sido co-
nhecido. 5& 
14. O recurSO extraordinário adesivo 
(CPC, art. 500, II) deve ser interposto 
no prazo de_ 10 dias,_: contados do despa-
cho que admitt,u ',o recurso principal 
(CPC, art, 500, I); 
Pode ocorrer que , a, admissão_ desse re-
curso derive de prOvimento, pelo STF, 
de agravo contra -a decisão que o dene-
gou. Neste -- casá, "o recorrido p_oderá in-
terpor récurso adesivo juntamente com 
a apresentação de suas contra-razões" 
no recursà extraordinário (Regtinento 
Interno do STF,- art. 321, § 3.0 ). 
IV - , A petição de recurso extraordinário 
15. A petição de recurso extraol'diná-
rio deve conter, 110 além dos requisitos 
comuns às demais petições de recurso: 
~ o seu fundamento constitucional, a 
Cspecificação dos textos de lei federal 
cuja Vigência foi negadà- e' a referêhcia 
aos' acórdão.$ em diVergência com o re-
corrido; 
- -a exposiç_ão dos !atoS, nà medida, e,m 
qué seja necess_árl~ para o entendimento 
das questões federais suscitadas; 
- a _dem,o'n's_tração, do_ cabimento __ do 1·e-
curso,- por uma das __ alíne_as da, Constitui-
ção F~deral,_ar_t. 119, III;': 
- Se for o caso, a demonstração da 
relevância da questão federal, feita de 
forma sucinta, porém fundamentada 
(RegiÍnento Interno do STF, _art. 328, I): 
- a assinatura do advogado. 01 
Ao contrário do que consta do art. 
542, II, do CPC, não é necessário que o 
recorrente deduza, nessa oportunidade. 
"os fundamentos jurídicos do pedido de 
reforma -da decisão". Terá ocasião de fa-
zê-lo, se o recurso for admitido, quando 
apresentar suas ,razões. 
16. A petição' deve ser protocolada no 
tribunal que- profe'riu o acórdão, e não 
em quálquer óutro lugar. 112 Se for envia-
da pelo correio, deve ingressar no tribu-
nal dentro do prazo. 11a 
17. No irífcio _da petição, o recorrente 
deve indicar a alínea constitucional em 
que funda o seu recurso, "sob pena de 
inadmissão liminar". 114 
Deve também _mencionar os textos de 
lei_ federal_ em que se funda para alegar 
negativa de v_i_gência. Se não o fizer, seu 
recurso não será 'conhecido, e.s por apli-
caçãó da Súmula 284: "l!: inadmissível o 
recú.í-So extraordinário, CJ,uari.do a defi-
ciência n'a sua fundamentação _ não per-
mitir á éxata compreensão 'da controvér-
sia". 611 
la. Os ,fundamentos do recurso ex-
traordinário, aduzldos na sua petição de 
interposição, são inalteráveis: não po-
dem ser ampliados ou modificados, 01 nem 
em razões, 68 nem em agravo ,de instru-
mento, ao e menos ainda em agravo regi-
mental. 10. 
O presidente do tribunal a quo não 
pode recebê-lo,, por outros fundamentos 
que não os invocados na petiçã_o de in-
terposição. 11 Nem pode a Procuradoria-
GCral trazer nova motivação em seu fa-
vor, 12 ou contra, 1:1 ainda que se trate 
DOUTRINA (C1VEL) 13 
de alegação de nulidade absoluta; H em 
todos estes casos, falta o requisito essen-
cial do prequestionamento, segundo o 
ponto-de-vista do STF. 
De outro lado, o STF não conhece do 
apelo senão dentro dos estritos limites 
aduzidos na petição de recurso. 7s Não 
pode, p. ex., dizer que houve negativa de 
vigência de texto não invocado, nem co-
nhecer do recursosob fundamento de 
que o dissídio jurisprudencial é notório, 
ou com base em decisão só mais tarde 
mencionada pela parte; e isso ainda que 
o acórdão recorrido "revele um frontal 
e contundente desapreço para o entendi-
mento da Corte, em inúmeros preceden-
tes", 76 
Em resumo: não vigoram, para o re-
curso extraordinário, as conhecidas pa-
rêmias "jura novit curia" 11 e "da mihi 
factum, dabo tibi jus". w O STF somente 
aplica o direito inyocado pelo recorrente 
e só aprecia o dissídio jurisprudencial 
expressamente me*cionado na petição de 
recurso. 
19. A ofensa ~ preceito constitucio-
naJ,10 para que autorize o recurso extraor-
dinário, há de ser "direta e frontal", fio 
"direta e não por via reflexa". 81 "Se, pa-
ra provar a contrariedade à Constitui-
ção, tem-se, antes, de demonstrar a ofen-
sa à lei ordinã.ria, é esta que conta para 
a admissibilidade do recurso extraordi-
nário em face das restrições regimen-
mentais." 82 
Violação de lei complementar não é o 
mesmo que ofensa à Constituição. 8a 
O Min. Moreira Alves, quando Pro-
curador-Geral da República, sustentou 
que a Súmula 400 não se aplica se hou-
ver alegação de ofensa à Constituição. 84 
Essa também foi a opinião do Min. 
Oswaldo Trigueiro, em questão debatidís-
sima no STF. ss Não se pode cogitar, nes-
ta hipótese, de saber se a interpretação 
dada pelo tribunal de origem é razoável, 
porém se é certa. A entender-se de outro 
modo, teria sido retirada ao STF uma 
atribuição sua que é indelegável: a de 
intérprete da Constituição. Os outros tri-
bunais não podem dar à nossa Lei Maior 
uma interpretação apenas razoável e fe-
char, com isso, a porta do recurso ex-
traordinário ao litigante. Para ter aces-
so ao STF "basta mostrar que a Lei Mag-
na não foi cumprida, em sua letra ou 
em seu espírito", 80 "ou no seu sistema". 87 
20. Ao deduzir a negativa de vigência 
de lei federal, deve o recorrente demons-
trar, em relação a cada texto invocado 
para servir de fundamento ao recurso: 
- que apesar de prequestionado, o tri-
bunal a quo negou-lhe vigência; 
- que não lhe deu interpretação ra-
zoável; e, se houver dúvida possível so-
bre o assunto, 
- que a· questão não é de fato, mas 
sim uma quaestio juris federal. 
21. "Negar vigência de tratado ou lei 
federal", diz a CF, art. 119, III, "a", se-
gunda parte. 
A redação não é das mais felizes, por-
que somente se nega vigência a det-:::rmi-
nada lei quando se afirma que ela não 
está em vigor. Não foi isso o que o tex-
to constitucional pretendeu dizer, e sim 
que cabe o recurso extraordinário sem-
pre que se nega a vigência da lei ou do 
tratado federal para o caso concreto. Ou, 
em outras palavras: 
- quando se aplica lei que não tem 
aplicação à espécie, em lugar da lei fe-
deral cabível; 88 
- quando se dá interpretação não ra-
zoável à lei federal aplicada. 
22. Por lei federal se entendem tam-
bém o decreto e o regulamento fe-
derais, flD e até a lei estrangeira, quando 
aplicável por força de dispositivo de Di-
reito Internacional Privado brasileiro. no 
Não é lei federal: o regimento interno 
de qualquer tribunal federal; 91 a lei des-
tinada exclusivamente ao Distrito Fe-
deral; n:i o ato normativo; o:i a portaria 
ministerial; n4 a resolução de autar-
quia; 95 o provimento da OAB 1u1 etc. 
23. "Por ofensa a Direito local não 
cabe recurso extraordinário", diz a Sú-
mula 279. A própria ofensa a dispositivo 
de Constituição estadual não autoriza, 
por si só, o recurso. 01 
Todavia, a aplicação de leis estaduais 
pode envolver questões federais, como as 
relativas a direito adquirido, 1m hierarquia 
das leis, conflito das leis no tempo, 011 
norma supletiva 1ou etc. Em todos estes 
14 RT-602 - DEZEMBRO DE 19115 
casos. o recurso extraordinário ê cabível. 
dentro dos limites da questão federal. 
oeon:e, nesta o~ Interessan-
te indagaçáo: se o texto de lei -local for 
absolutamente idênt!oo ao da lei federai. 
caberá o recurso extraordinário, por ne-
gativa de -vigência desia? O STF enten-
deu que sim. l!l!J 
24. A declsiio que deu à lei interpn,-
tação razoável, ainda....., não soja a me-
lhor> afasta o cabimento do recurso ex-
tmordinário fundado em negativa de vi-
gência de lei fedeml. lt o que diz a oo-
nheclda Súmula 400. 
Que se há de enten- Por "Interpre-
tação razoável"? 
No fundo, trata-se de critério subje-
tivo ou. pelo menos. bem mais subjetivo 
do que objetivo: razoável é o que o S'l"P' 
considera como tal. A doutrina e a juris-
prudência paderiio reiorçar a convic,;áo 
de seus eminentes J~ porém não for-
çá-la.,., Uma lei pcs!erior que venha a 
adotar a tese firmada no acórdão :recor-
rido ~ levar à eonclusão de que a 
interpretação acolhida par este foi ra.-
zoável. 1.c:s Nada mais que isso. porém. 
25. As questões de fato não dão re-
curso extmordinário. Está na SúmDla 
2'19: "Para simples reexame da:prova não 
cabe recurso extraord.in.árlo .. _ 
Em regra, porém não necessariamente, 
são questões de falo, dentre muitas ou-
tras, as relativas a Interpretação de 
cláusula contratual 1e.1 ou de testamen-
to, as defE?,tos dos atos ju.rilllcos,l'li!S 
quantum de indenização na ou de pen-
são, lCS culpa Ul!t ~tratual OU extracon-
tratual e, até, Intempestividade de re-
cur.so. ue quando, para sustentar que ele 
estava no prazo, o recorrente haja de 
examinar fatos não constantes do acór-
dão rooorrlde. 
O recurso e:rtraontinãrio aão tem pro-
va. Releia-se a ementa de acórdão redi-
gida pelo Min. Firmino Paz: "Ao julga-
meato do recurso extmordinário !evam-
se ém consideração, somente. es fatos 
posios no acõrdlio _,,. (v. nota 25). 
Mas, a partir de tais fatos eerlos, Isto é, 
reconhecidos pelo tribunal de origem, po-
de surgir uma queslão de direito r-,. 
desde que a TUnna Julgado,a lhe lenhe 
dado errônea definição juridica. 
i!: a chamada q,uwf"~ jaridit:a dos 
fatas.. 1u Saber se~ com os eJemenlos acei-
tos pelo acórdão, se eslã em face de uma 
:minuta ou de um pré-contrato • .112 de um 
fiOO(')l)flisso ou de um usufruto, u.:: de 
uma venda a.d eoqms ou ad mcnn-
ra.m n~ se houve ou não mandato~ n.:. se 
a bJpõtese é de contrato preliminar ,ou 
de Jocaçio~ tl'il de dep{,rsito incidente OU 
de ~ cm pagamento, n:. tu.do 
isso não é questão de falo, mas de direi-
io. 
Os exemplos poderiam ser multiplica-
dos. Até mesmo o wa1er legal da prova é 
uma ~ jmis.Jü ~ o õnus da 
prova; U5 O valor da conf:íssão, 1:M da pe-
ricia, n: do documento piíblico, 1-tt das 
presunções e indicios; :u: a necessidade 
de coa:neço de prova l)OI' escrito; Ul a 
prova nula.= O Min. RooJ:!gues de Al-
ckmin ~u. oom exlrema p,eclsão, 
as dwl.s hipóteses - quesliio de falo e 
questão de dlrel!o, quanio à prova: "O 
ex.ame da eficácia, em tese, de determi-
nado meio de prova é cabível em recurso 
extraominãrto. Inadmissível é. porém. 
reapreciar. em tal recwso, o poder de 
oonwicção das provas no caso concreto. 
pua concluir se bem ou mal as apreciou 
a_ decisão recorrida" 15 
26. Em caso de - jarispn,den-
cial entre - bibunais, a propósito de 
in~ de lei f-,_ eabe recur-
so exb:amdinári.o (CP~ :art. 119~ m. ~d"'). 
Se sâo do mesmo tribunal as decisões 
diwagmtes, não se admite o recmso 
(Súmula 3llll). li/las :,e - tribunais do 
mesmo Estado (p. ex.. o Tribunal de .Jus-
tiça e.um dos Tlillunms de Al!,ada de 
São P.awe) afirmarem tese de direito co-
lldenite, ooi>re lei federal, suas decisões 
podem. fundamentar o recurso extraor-
dlnàrie. 
Decisões emba.tgãveis não se prestam 
a ser invocadas como divergentes.ir. Em 
contmpartiàa. os acórdãos do STF' ser-
vem de pa.radlgma, - que não conhe-
çam do :recurso exb:amdinãrio 1:s e~ por-
tanto. se limitem a afhmar que deter-
minada inlezprela,;ão de lei é razoável. 
ou - que estejam pendentes de "Cm-
lla!gos de dive,gênda. Aliás, se houver 
Súm- do STF a propiis!io do tema 
oonbowa.so~ basta.rã a sua citação. sem 
neres:dthde de invocação de acórdãos no 
SH .1111 IIHtl 
DOUTRINA (CiVELl 15 
""""'° sentido (Regimento Interno do 
srF. arl. 102, § 4.0). 
Z'l. As decisões divergentes,, se não 
constarem de n,pesitóriooficial - =-
rlzado. devem vir para as autos em. cópia 
autenticada. ua 
o arl. 99 do Regimento Interno do 
sTF diz quais são os repositórios: oficiais. 
Atualmente., eles se limitam à Súm~ à 
- Trimesb:al de .J~ e 
ae Diirie da .Jamça da União (embora, 
quanto a este. uma vez que não ma.is 
pul>ll<a acórdão na integra. mas apenu 
em ~ seja bastante duvidosa a 
posdhi]iàade de sua invocação, assunto 
ao qual tomaremos).* 
A Res. 19, de 30.4.85, do STF, cance-
lou Iodas as autorl;zações existentes de 
repertório de jurisprudência. Terão seus 
diretmes de pedir noro registro e. até o 
momento. só um foi concedido. u::m Signi-
fica.. portanto. que ,_o recorrente está na 
contingéncla momentânea de ter de jun-
tar cópias aoten<ieadas das <lecisiles 
apontadas como divergentes,, a menos 
· que estejam pw,lkádas na Revisla Tri-
mes!nl de J'mispn,-,, não valeodo 
indicá-las pelAls repertórios que anltlga--
mente eram. considerados tradicionais ou 
autorizados. J?ste é um assunto que deve 
preocupar os advoga.d.os, pois não é fácil, 
, ao menos dentro do prazo pua. interpo-
sição do recmzo ex:traordinãrlo. conse-
guir tais cópias. 
No futuro. quando houver mais reper-
tórios autorizados. será sempre con:we-
mente que a petição de recurso extraor-
dinário seja imtmma com xerocópias 
das páginas - repertórios que pu-
bllcuam na íntegra os e-os -
como divergentes.. ~cará mais fácil a 
-. pelas partes e pelos juízes, das 
temas ai tratados. J:31 
28. A demrul.st?ação - da divergência 
hã de ser feita na petição de recurso~ e 
-não po.sterio:rmente. ue · 
o arl. m do R,gimeo!o Interno do 
STF, que dlspiís a ,_,,ito, em sullsl:iM-
"' N. da R.: 5qunoo erueruiimcnío 00 STF" 
:tqu:ks repmitórios q".C eram. 'COOSÜL~ ~ 
rizados antes da Rcs. !9~ .k '.roA.85, e que 
n:q-~ a ~ de sm re:giruo dmlro 
oo pta:m atipw.aoo p::1a mcntb ~Ol?O ma 
th~ L,tararnpidJ! en:a q-,nfübde_ ~ o aro 
mia RT. 
çio à Súmnla 291. exige que o recorrente 
faça "'a transcrição dos trechos que con-
figu.rem o dissídio, mencionadas as cir-
cunstâncias que identifiquem ou asseme-
lhem cs casos con:írontados .. _ A juntada 
das cópias de publicações que contenham 
esses acórdãos não exime o recorrente de 
fazer essa demonstração da divergên-
cia, in demonstração, essa, que, além do 
~ deve ter por base os textos. e não 
as ementas dos acórdãos. 
Jt:: a chamada demonstração analiticam 
da divergência jurlsprudencial. Se não 
for feita, o recurso não poderá ser co-
nhecido sob o fundemento da letra "d". 
Através do cotejo da decisão recorrida 
com o acórdão-paradigma, o recorrente 
deverá demonstrar que a Turma Julga-
dora deste não subscreveria o outro, par 
estarem em antagonismo as posições as-
sumidas PoT ambos. 
Vê-se~ wú, não ser viável indicar como 
divergentes acórdãos l)Ublicados apenas 
através de ementas, 1:n: e não em inteiro 
teor_ A leitura dessas ementas não per-
mite ...-. com segurança, quais as clr-
cunstàncias c!e fato que determinaram a 
conclusão a que eles chegaram; e, qua-
se sempre, não são sequer ementas de 
autoria do próprio relator do acórdão. 
29. Observe-se, por derradeiro, que a 
jmisprudência sobre certo artigo de lei 
Pode ser invocada como divergente, a 
propósito de texto de outra lei que, fun-
damentalmente, lenhe a mesma redação 
daquele.UG 
30. Apresentada. a petição de recurso 
extraormnãrio. abre-se vista ao recorri-
do para, no prazo de cinco dias, impug-
nar o cabimento do recurso (CPC, art. 
543, ""l"'t). 
A impugnação hã de limitar-se ao ca-
bimento, e não ao mérito do recurso. 
Além de demonstrar que este não aten-
Ch..~ aos requisitos constitucionais, legais 
e regimentais. o recorrido poderá aduzir, 
p. ex.: 
- sua intempestividade; 
- a existência, no acórdão, de funda-
mento inataeado (Sumúla 283) ~ 1u bas-
16 RT-602 - DEZEMBRO DE 198õ 
tante, por si só, para a subsistência da 
decisão recorrida; 
- a ocorrência de dissídio jurispru-
dencial superado no STF, 1:111 a propósito 
do tema suscitado na petição de inter-
posição. 
31. A seguir, o recurso será admitido 
ou denegado pela presidência do tribu-
nal a quo, 1:11, em despacho, ou decisão, uu 
fundamentados ambos (CPC, art. 543, ~ 
1.ºL No caso do despacho de admissão, 
nenhum recurso cabe. 
A decisão denegaiória comporta agravo 
de instrumento para o STF, no prazo de 
cinco dias (CPC, art. 544). Se admitido 
o recurso, caberá ao recorrente, dentro 
de 10 dias da intimação, 1~1 fazer-lhe o 
preparo (art. 545); e, nesse mesmo pra-
zo, poderá o recorrido interpor seu re-
curso extraordinário adesivo (art. 500, IJ. 
Será também aberta vista ao recorren-
te para que, no prazo de 10 dias, arrazoe 
o recurso (art. 543, ~ 2.0 ). A falta de 
apresentação de razões pelo recorrente, 
ou sua entrega a destempo, não impede 
o conhecimento do recurso extraordiná-
rio. H:! 
O preparo abrange também, sob pena 
de deserção, o pagamento das despesas 
de remessa e retorno dos autos <art. 545L 
Não fica sujeito às custas específicas o 
recurso extraordinário que venha a ser 
processado em virtude de agravo de ins-
trumento provido ou de argüição de re-
levância acolhida. 14:1 
Se o preparo não for feito no prazo 
legal, o presidente do tribunal a quo de-
cretará a deserção do recurso; se assim 
não proceder, poderá fazê-lo o STF, 
quando o apreciar. tH Da decisão que 
decreta a deserção cabe agravo de instru-
mento para o STF; 14:. e é inadmissível 
agravo regimental para o tribunal de ori-
gem. Ho 
VI - O agravo da decisão denegatória 
32. Cabe agravo de instrumento w 
para o STF, no prazo de · cinco dias, 
contra a decisão que denegar o recurso 
extraordinário (CPC, art. 544). 
Se houver apenas denegação parcial, 
não há necessidade de interposição de 
agravo: o STF apreciará toda a matéria 
articulada no recurso, UN a menos que 
algum dos temas dependa de acolhimen-
to de argüição de relevância. 
Assim: 
- se o recurso tiver sido interposto por 
dois fundamentos constitucionais (nega-
tiva de vigência de lei federal e dissídio 
jurisprudencial, p. ex.> e for admit.ido 
apenas por um deles <Súmula 292); m 
- se versar sobre questões autônomas 
{p. ex., sobre juros da mora e honorários 
de advogado) e a presidência do tribu-
nal de origem entender que o recurso 
não é cabível quanto a todas rsúmula 
528). l.'ifJ 
Igualmente; se dois recursos extraordi-
nários do mesmo recorrente forem apre-
ciados em um só ato, sendo um denegado 
e o outro admitido. 1.·,1 
33. A petição de agravo de instrumen-
to deve conter os requisitos especificados 
no art. 523 do CPC, e, quanto às peças 
obrigatórias, serão as mencionadas no 
art. 544, parágrafo único. Deve conter, 
especialmente, as razões do pedido de re-
forma da decisão: "lt condição de êxito 
do agravo de instrumento que se volte 
seu texto contra a argumentação do des-
pacho agravado, e de modo convincen-
te".m Daí os termos da Súmula 287: 
"Nega-se provimento ao agravo quando 
a deficiência na sua fundamentação, ou 
na do recurso extraordinário, não permi-
tir a exata compreensão da contro-
vérsia". 
34. Por outro lado, continua inteira-
mente em vigor, para os agravos ao STF. 
a Súmula 288: "Nega-se provimento a 
agravo para subida de recurso extraor-
dinário quando faltar no traslado o des-
pacho agravado, a decisão recorrida, a 
petição de recurso extraordinário ou 
qualquer peça essencial à compreensão 
da controvérsia". 
Cabe ao agravante o dever de vigilân-
cia 1.;:1 na formação do instrumento. Mes-
mo que se trate de peça obrigatória, isto 
é, como tal mencionada no art. 544, pa-
rágrafo único, do CPC, e que o agravante 
haja expressamente requerido a sua 
transcrição, se esta foi omitida pela Se-
cretaria o agravo não poderá obter 
êxito. 1,H 
DOUTRINA (C!VEL) 17 
Nesta linha de pensamento, o STF tem 
denegado seguimento ao agravo de que 
não conste: 
- a procuração do advogado do recor-
rente; t55 
- o acórdão recorrido; 150 
- qualquer peça essencial à compreen-
são da controvérsia 1s1 ou citada nas pe-
ças obrigatórias; 15s 
- a petição inicial, fixando o valor dacausa, 151) ou a decisão que o modificou. 111° 
A junta.da de peça na argüição de re-
levância não supre a sua falta no agra-
vo. 1111 Admitiu-se, num só caso conheci-
do, que essa complementação fosse feita 
atê o preparo do agravo; 1112 mas a emen-
ta do acórdão não esclarece se a peça 
havia sido pedida previamente, ou não, 
pelo recorrente; e, de qualquer modo, 
mesmo nesse prazo não foi junta aos 
autos, ignorando-se, portanto, se seria 
aceita a tardia anexação. O que se sabe, 
com certeza, é que \ela não pode ser feita 
após denegado segu,imento ao agravo pelo 
presidente do tribttnal a quo, 111:i nem já 
no STF, 1114 e mené>s ainda ao ser apre-
sentado agravo regimental. 111r. 
35. O agravo de instrumento segue, 
no tribunal de origem, o processo comum 
dos agravos: indicação de peças pelo 
agravado, organização do instrumento, 
contraminuta, preparo, decisão de sus-
tentação ou reforma e remessa ao STF 
(arts. 524-527 do CPC). 
Ainda que interposto fora de prazo, o 
agravo deve ser remetido ao STF. 1118 Se 
for julgado deserto, por falta de preparo, 
ou se for indeferido o requerimento de 
relevação de deserção (requerimento que, 
como todos sabem, não interrompe nem 
suspende o prazo para o recurso), caberá 
novo agravo de instrumento para o STF, 
de acordo com a jurisprudência, m o que 
parece uma complicação desnecessária: 
bastaria pedir a remessa do próprio ins-
trumento de agravo já formado, desde, 
porém, que o interessado pagasse, nessa 
oportunidade, o preparo. Se, de qualquer 
modo, o presidente do tribunal de origem 
se negar a determinar a remessa do agra-
vo ao STF, caberá reclamação a este 
(Regimento Interno do STF, art. 156). 
Entendeu o 1.0 TACivSP, em sessão 
plenária, que do despacho do presidente 
que julgou deserto agravo de decisão de-
negatória de recurso extraordinário não 
cabe agravo regimental. tao A conclusão 
é correta, mas a conseqüência lógica será 
a de não poder ser indeferido o requeri-
mento, que a parte faça, de remessa ao 
STF do agravo considerado deserto, des-
de que, posteriormente, tenha feito o seu 
preparo. A entender-se diversamente, es-
taria o tribunal local, por via indireta, 
retirando do STF a competência, que 
lhe cabe privativamente, de Julgar o 
agravo. 
NOTAS 
1. RTJ 76/937, 83/777, 87/619 e 918, 89/456, 
92/725, 931754, 908, 1.189 e 1.243, 94/621 e 743, 
95/670, 98/707 e 1.058, 99/705, 102/859, 105/827 
e t.054, 106/167, 107/199, 631, 803, 827, 1.021 e 
1.279, 108/898, 907, 1.195 e 1.285, 109/374, 589 
e 1.216 e 111/735; RT 495/237, 555/239 e 586/239. 
2. RTJ 94/743, 981754 e 106/1.191; RJTJSP 
68/234. 
J. RE 88.269-3-SP, t.~ T., rel. Mln. Rafael 
Mayer, j. 26.6. 79, não conheceram, v. u., DIU 
17 .8. 79, p. 6.060, 4.• col., ementa. 
4. RE 81.890-SP, t.• T., rei. Min. Rodrigues 
de Alckmln, J. 11.5.76, não conhecido, v. u., 
DJU 6.8. 76, p. 6.901, 1.• col., ementa. 
5. RTJ 96/391; RE 94.671-3-PR, 2,a T., rel. 
Mln. Moreira Alves, J. 5.11.82, não conheceram, 
v. u., DJU 15.4.83, p. 4.656, 2.• col., ementa. 
6. RTJ 107/1.301. 
7. RTJ 84/242. 
8. RTJ 761318. 
9. RTJ 93/259. 
10. RTJ 881710, 92/1.383, 97/475, 102/775 e 
107/1.085. 
11. RTJ 1 tl/1.189. 
12. RTJ 82/970. 
13. RTJ 93/1.192. 
14. RTJ 34/453, 45/275, 501527, 52/282, 53/267, 
55/276, 56/70, 57/IJ2 e 207, 58/62, 59/524, 61/269, 
62/373, 63/233, 65/177 e 815, 66/431, 741 e 875. 
69/471, 73/2IJ, 75/632, 76/871, 86/242, 92/1.245, 
951725, 96/665, 97/235 e 1.101, 98/1.244, 101/7IJ, 
105/1.113 e 107/203 e 414; RT 478/221, 540/215, 
5501210 e 555/225 e 240; RF 251/177; Boletim da 
AASP 747, ficha 132173. 
15. RTJ 108/1.250, TP. com dois votos ven-
cidos. 
16. RJTJSP 50/258; JTACivSP 38/389, 53/168 
e 59/313; Lex-JTACivSP 73/257 e 74/215; Boletim 
da AASP 1.290/213. 
17. RE 99.489-l·RJ. 1.• T., rei. Min. Souri:s 
Muiíoz, J. 10.3.83, conheceram e deram provi• 
mcn10, DJU 11.3.83, p, 2.479, 1.• col., ementa. 
18. RE 90.264-3-CE, rel. Min, Xavier de Albu-
querque, j. 14.11.78, conheceram e deram provi-
mento, v. u .. DJU 11.12.78, p. 10.049, 2.• col.. 
ementa, 
19. Dispensando o prequestlonamemo: RTI 
87/479, m. v., neste ponto, 99/726 e IOJ/1.074, 
com extensa enumeração de Julgados. Exigindo-o: 
RTJ 93/635; RE 90.878-1-GO. 2.ª T., rei. Min. 
18 RT-002 - DEZEMBRO DE 1985 
Moreira Alves. j. 3.8.79, não oonhoccram. v. u .• 
DJU 10.9.79, p. 6.681. 1.'" col., ementa. 
10. RTJ 941255 e 106/813; R.T 574fZ17. 
2L RTJ 93/154; RT- 539/207 e, 5921246; Ag. 
97.414-6-SP(AgRB). 2.ª T •• rei. Min. A!dir Passa-
rlnhO, j.- 14.8.84, negaram provimento. V~ u •• 
DJU 14.9.84, p. 14.917. 1." coJ.. ementa; Ag. 
97.715-5-RJ(AgRg), l.ª, T •• rcl. Min. Sydncy San-
ches, j. 18.9.84, oegarn.m provimento, v. u., DJU 
11.10.34, p. 16.826, 1." COI., ementa; Ag. 98.317-1-
RJ(AgRB), 1." T., rd. Min. Rafael Maycr. j. 
23.11.84,. negaram provimento, v. u., DJU 
14.12.84, p. 21.610, 1.ª_ col .• ementa. 
22. RTJ 107/412 e 827 e 109/415 e 672; RE 
87.487-9-BA, 2." T., rei. Min. Décio Miranda, 
j. 31.8.79, nlio conheceram, v. u., DJU 21.9.79, 
p. 7.036, 3.'" col., ementa; Ag. 94.053-·7-MG{AgRg), 
l.'" T., rei. Min. Néri da Silveira, j. 5.12.83. 
negaram provimento. v. u •• DJU 10.5.85, p. 6.852, 
2.• col., ementa; Ag. 96.562-9-PE(AgRg}, 2.• T., 
rei. Min. Moreira Alves. j. 16.3.84, negaram 
provimento, v. u., DJU 29.6.84, p. 10.748, 2."' 
col., ementa; RE 100.133-0-BA (EDecl), l."' T., 
re1. Mio. Alfredo Buzaid, j. 18.5.84, rejeitaram 
os embargos, v. u., DJU 15.6.84, p. 9.798, J." 
col., ementa; Ag. 96.590-4--SP (AgRg em EDecl}, 
2." T., rei. Mio. DJaci Falcão, j. 25.5.84, rejci• 
taram os embargos, v. u., DJU 29.6.84, p. 
10.748, 2.'" coI., ementa; RE 101.562-4-PR, 1."' T., 
rei. Mio. Rafael Maycr, j. 29.5.84, não conbe• 
ceram, v. u., DJU 29.6.84, p. 10.756, 2.'" col., 
cmen~; Ag. 99.04V1•RJ (AgRg), 2.• T .• rcl. Mio. 
Francisco Rezek, j. 28.8.84, negaram provimento, 
v. u., DJU 21.9.84, p. 15.474, 1."' co1., ementa; 
RE 103.195-6-MG (AgRg), 2.ª T., rei. Min. Fran• 
cisco Rezek, j. 18.9.84, negaram provimento, 
v. u., DJU 11.10.84, p. 16.830, L" col., ementa; 
Ag. J00.551-J.SP (AgRg), 2.ª T., rel. Min. 
Moreira Alves, j. 4.12.84, negaram provimento. 
V. u .• DJU 19.4.85, p. 5.457, i."' COI., ementa; 
Ag. 101.689-2·SP (AgRg), l." T., rei. Min. Rafael 
Mayer, j. 12.3.85, negaram pro\•imento, v. u., 
DJU 1.4.85, p. 4.284, 2.• col., ementa; RE 
102.028--8-SP, 2.ª T., rei. Min. Fraru::isco Rez:ek, 
j. 19.3.85, nio conheceram, V. u .• DJU 3.5.85. 
p. 6.333, 1 .2 co1., ementa. 
23. R.TJ 621147 e 196, 631434, 67/711, 745 e 
833, 68!826, 69ll53, 70!769, 71flt4 e 779, 741498, 
75/171, 80/573, 81!810, 84!250,- 851550 e SOO, 
871668, 892, 1.002 e 1.0H, 901500, 102522, 104í708, 
106.i585 e 1071625 e 1.130; RT 462!281. 
24. RE 97.879-8-BA (EDec1), 2.'"- T., rei. Min. 
Djaci Falcão, j. 23.3.84. DJU IL5.M, p. 7.211, 
l.2 col., ementa. 
25. RT 56&-'227, ementa. 
26. RTJ 971379, 100!1.!66 e t Hf321; RT 505/241. 
27. RTJ 69-1507. 
28. RTJ 75ll63. 
29. RE 101.305-2-SP, 1.ª T., rei. Min. Oscar 
Corrê.a. j. 24.2.84, nio conhe.:aam, V. u .• DJU 
23.3.M, p. 4.015, 2."' col .• ementa. 
30. RTJ 9911.189. 
31, RE 101.228--'S·RS. 2.1 T •• rei. Min. Fran-
cisco Rezck, j. IO.S.84, não conheceram, v. u., 
DJU 14.9.84, p. 14.920, l." rol., ementa. 
32. RTJ 10611.097; RT 585/263, ementa. 
33. RE 65.346-SP (AgRg}, 2."' T., rd. Min. 
Leilão de Abreu, j. I•LIL75, negaram provi-
mento, v. u., DJU 12.12.75, p. 9.365. 1.'" col .. 
ementa. 
34. RTI 821419. 
35. RT 5941233. A citação é da p. 234. 
36. RTJ 1091371. 
37. Ibidem, p. 374. 
38. V. nota 22. 
39. RT 5921176; RJTJSP 67#250; JTACivSP 
851276; l.cx·JTACivSP 711357 e 751330; TFR, 2."' 
S., EAp ciw:l 78.111-SP (EDecl), rel. Mín. Palro 
Acioiy, j. 13.11.84, rejeitaram os embargos. v. u .• 
DJU 7 .2.85, p. 766, 2."' coJ .• ementa. 
40. RTJ 110/1.138. 
41. RT 578!281, ementa. 
42. RTJ 91,752 e 110-'200; RT 5311273, ementa 
e 538/247; RE 92.399--l--MG, i."' T., rei. Min. 
Décio Miranda, j. 8.4.80, conhecido e provido 
cm parte, v. u., DJU 16 . .5.80, p. 3.488, I."' co1 ••ementa; RE 100.744-3-DF, 1."' T., rei. Min. Néri 
da Silveira, j. 24.8.84, conhecido e provido cm 
parte, v. u .• DJU :n.10.84, p. 18.295. 2.ª rol.. 
ementa; RE 102.133-l•MG (EDect), t.a T.. rei. 
Min. Sydney Sanches. j. 15.2.85, re«beram os 
embargos de d«l&mÇOO para. conru:cer do rttuno 
extraordinário e lhe dar provimento, v. u .• DJU 
14.6.85, p. 9.571, 1.,. col., ementa. 
43. RTJ 111!327. 
44. RE 103.791~1-RJ, em RT Informa 364!7. 
45, RTJ 100189. 
46. Ag. 84.231-4--BA (AgRg). L" T .• rd. Min. 
Soares Muãoz.- j. 27. 10.81, neprnm provimento, 
V. u .• DJU 13.11.81, p. ll.414, 3." col., ementa. 
47. RTJ 901469, V. voto do Mm. Soares Muõoz. 
48. RE 82.104-ES, 1."' T., reL Min. Rodrigues 
de Alckm.i.11, j. 27 A. 76, não conhccemm, v. u., 
DJU 18.3. 77, p. 1.526. 4."' coJ., cmenla. 
49. P. ex •• decisão administrativa de tribunal. 
aplicando sAnÇio a magistrado (RTI 71,524 e 
102.fl.149; RT 4801231). 
Sobre o conceito de causa. v. '"O conceito de 
causa para a competência do STF", por Roberto 
Roas (RT 5321289), e '"Pn:sruposkl& do reamo 
cxtnordinárlo•, por Assi Sclüíler (RT 5691'257, 
especialmente p. 258, 2." col.). 
50. RTJ 81!255; RF 260f214. 
5L RTJ 9&'!.237, 991936, 105J391, 106J281 e 
100-!293; RT 5591239, 56ll2M, emente e 5001249. 
52. RTJ lOóf.281. 
53. RTJ 10011.107, extensamente i'uru!amffltaoo. 
neste ponto e 112'383; RT 58X'254 e 5911'249. 
S4. R.egimmto Interno do STF. art. 339, § 1.--; 
RTJ 102!6ó4, 10311.286. v. p. t.288. t.a rol. e 
1041844, V. p. 855, 2."' col.: R.T 590!249. 
55. RTJ 82!313, 92,799 e 9611.2&6; RT 546'235, 
cspecialmenle p. 237. 2." col. e 590/249. v. p. 
251, I."' col. 
56. RTJ 83/1.003 e IOOJI.129. 
57. RTJ 90/611 e 97fl.229; RF 2&H81. 
58. Súmula 355; RTJ 78Jl17, 81#916 e lO&Jl.292; 
RE 35.232,RJ, Lª T., rei. Min. Cunha Peixoto. 
j. 16.12.76, não t.'Onhecttarn, v. u .• DJU 1.4.77. 
p. 1.970, 2.1 rol., ementa. 
59. RE 89.120-0-MG, 2.» T., rei. Min. Djoci 
Fs.1ciio, j. 1, 12. 78. não conheceram, V. u .• DJU 
28.12. 78, p. 10.579, 2." coJ., ementa; RE 93.999-
7-SP, 2."' T., re1. Min. Aluir P.usarlnho. j. 
7,10.83, não oonhecernm, v. u .• OJU 2.t:u;;_ 
p. 19.037. 2ª"' coL, emetllli. 
DOUTRINA (CtVEL) 19 
60. V. CPC, art. 542. caput. 
61. O STF dccldhc .. A falta 1k assinatura na 
petição n:cwsaJ. não impede o exame do :recurso 
~- por isso que datilografada no papel 
timbJ;:3do dos .advopdos. que, rcprescntam os 
r,;oonentes desde a inlcial, e, por eleS, poste-
~. ntif"tc3d.a através de atos inequívocos" 
(RT 54&"243). 
62. JtTJ 611561. 
O TFR não conhe.:cu de n:amo entregue 
~vamcntc na seção judidárla de outro 
Estado e tcmelldo pdo mnlot.e àquele Tribunal, 
onde chcpu foni de prazo (2." T., ApMS 
97-402-RJ (EDecl), rcl. Min. William Patterson, 
j. 29.4.83, não cxmheemun, v. u., DJU 26.S.S3. 
p. 7.413, 2.2 coL, ementa). 
63. RTJ 83f371 e 96f702. 
64. RT 587J'265, ementa. Neste sentido: R.TJ 
J00;'-422. 
Hã ckcisões mais liberais: cm RTJ 85!648, 
:atbmtiu-se o recurso pela letra •a"\ não referida 
na petição, porque tal fundamento estava "'afir-
mado com clareza na petlçio de :recuroo"'; cm 
m:IJ 95.'651, o inciso comtilucionaI havia sldo 
mencionado euw....amenk':, mm era possível iden· 
tif"tcar mm squnmça o n:quisilo consti!uciom.1, 
de sone que o engano foi comidenu!o irrelevante. 
Mais n:a:nlcmente: '"'D-esatcnde aos requisitos 
do art. 321 do Rez,lrnen!O Interno do STF, e por 
bSO não é conhecivcl, O n:curso extraordinário 
que nio faz a pmcisa )rulicação do disposJUvo 
ou alínea que o :mtom:a" (RE 105.0SH-RS, 
1.-"' T., rcl. Min. Rafacl' Mayer, j. 23.4.85, nio 
~ do reamo, v. u., DJU 10.5.85, p. 
6.857. 2." col., ementa). 
65. RTJ 6W'112, 651488 e 739, 83!800, 85!1.071. 
921436 e llOf!.101; RT 5321278, ementa, 5641265 
e 5731299, ementa. 
66. Pam. facilidade de cxmne da matéria 
articulada, é com-cnicnte que, ao final da petlçio. 
o n:concn1e faça o n:sumo dos textos e dos 
aaSroim invocados para justificar a admimbili· 
dade do :reamo. 
67. R.TJ 7óf61S e 10211.178. 
68. lt.TJ 741385, 7óf181, 83/390, 87/195, 1071838 
e 110,'892. 
69. Ag.. 91.275-4-SP (AgRg), 2." T •• rel. Min. 
AJdir Passarinho, j. 10.6.83, nepmm provimento. 
v. u., DJU 12.3.83, p. 11.762, 2."' col., ementa; 
Ag.. 97.71::s--9-SP (AgRg), l.2 T., :eL Min. Oscar 
ecn&. j. 30.4.84, nepram pnn-imento. v. u .. 
DJU 1.6.84, p. 8.731, 1." coJ., cmznta. 
70. RTJ 10&'Ll87; v., especialmente, p. 1.190. 
71. llTJ 721374. 79J962, 90!8:59 e 100-'200. 
.. 72. RE 90.067-5-SP {ElkcJ), 1.'" T., rel. Min. 
Soares Mufioz,. j. 7 .3. 79, rejeitaram os embargoo 
de declar.ação. v. u., DJU 24.8.79, p. 6.254, 
4."' col., ementa. 
73. RE 102.214-1-AM, 2.2 T., rel. Mm. A!dir 
Pas:satinbo, j. 16.4.85, conhecttam e dcnnn pro-
vimmto, v. u., DJU 31.5.85, p. S.511. t.a col., 
74. ERE 90.735-3--ES, TP. relator para o aoór• 
Min. Morcirn Alves, j. 29.10.82, conhecidos, 
fonm rejeitados, vencido o relator, DJU 
p. 12.049, 1.* col., ementa. 
75. RTJ 66525, 71lll35, 7lll42, 721391. 79/113, 
89JLOZ7 e 109/678; RT 52tll76. 
76. JlTJ 108/898; a citação é da p. 900. Neste 
sentido: RTJ 81/902. 
77. RTJ 90/516, 931162 e 107/414. 
78. R.T 5121278. 
79. CF, art. 119, Ili. "'a·. primeira parte. 
80. RTJ 1071661. 
81. RTJ J05ll0t. 
82. R.TJ 941462. 
83. RTJ 91!325, 103!1.062, 105!1.254 e 1121256. 
84. RTJ 105144-5, J.a rol. O excelso Magistrado 
parece ter mudado de opinião posteriormente, ~ ~ 
Pois fala de '"arguição, que não é razoá\-el. de-
ofensa a texto constitucional", na ementa de 
acón!ão em RTJ 79J339. 
85 . .RTJ 7tlf460, t.a col., i:n fiac. 
86. RT 4451279, 1."' col., voto do Min. Luiz 
Gallotti. 
&7. RTJ 64.'204. 2." col., voto do Min. Lui.t 
Galloni. 
88. t a chamada ncptlva obliqua de vigência 
da lei federal (RTJ 80J240. 2."' col.), que consiste 
cm fazer incidir sobre fato certo dispositivo legal 
inaplk'vel (RTJ 8&691, 9SJ324 e 1061385; RT 
516i22S). 
89. RTJ 441467. 
90. RTJ l0J!l.149; RF 284Jl57. 
91. Sümuia 399: .. Nio cabe recurso cxtraordi· 
nário, por violação de lcl federal. quando .:i 
ofensa alegada for a rq:imento de tribunal". 
No mesmo sentido: RTJ 9211.383 e 110/1.112; 
RE 91.326---2-RJ, J.:a T., rei. Min. Thompson 
Flores, j. 10.6.80, não conheceram. v. u .• DJU 
12.8.80, p. 5.788. 3 ... col., ementa. 
92. RTJ 100l685 e 1111339 e 801. 
93. RTJ 7Ill21. 
94 . .RTJ 6&'402; RDP 301123. 
95. RT 5611259, ementa. 
96. RTJ 106f596. 
97. RTJ 621759, 76J230, 831880, 92/1.334- e 
111!885. 
98. RTJ 5513.5. 581495. 
99. RTJ 651545, 68!771, 721181 e 76fl97; RT 
4571268; RDA 1121232. 
100. RTJ 711284. 
101. RTJ 681491. 
102. O Min. Moreira Alves preocupa-se, em 
muitas de suas ementas, com a remi.ssio à dou• 
trina e à jurlsprudência. talvez porque nio qireira 
emitir juízo totalmente subjetivo sobre o que 
seja interpretação raxoá\--el (v. RTJ 931824; RT 
540/210; Ag. 74.105-4-SP (AgRg), 2.ª T .• j. 
31.10.73, ncpram provimento, v. u., DJU 1.12.78, 
p. 9.m. 4." col., ementa). 
103. RTJ 60/776. 
104. Súmula 454; RTJ 741381, 751239, 83ll2 e 
785, 851624, 941888 e 1.181, 10&'651 e ltl/801: 
RT 53&1242. 
105. RT 551/245. 
106. RTJ 71/203; dolo. RTJ 7J/146; simulaçilo: 
RTJ 7ó'317 e 110/1.112 e RT 588!251; fraude: 
RTJ 681527. 
107. RT) 8&1159. 941210, 96ll93 e 100/1.282. 
108. RTJ 86i343. 
109. R.TJ 67m3. 
2U RT-602 - DEZEMBRO DE 1985 
ti0. RTJ 93/409; RE 90.828-5-PR, 2." T., rei. 
Mln. Cordeiro Guerra, j. 16.9.80, não conhece-
ram, v. u., DJU to. 10.80, p, 8.021, 4." coL, 
ementa; RE 97.356-7-BA, I." T., rei. Min. Rafoel 
Mnycr, j. 22.3.83, não conheceram, v. u., DJU 
6.5.83, p. 6,030, 1.ª col., ementa; RE 101.204-8-
PE, 2." T., rei. Mln. Moreira Alves, j. 7,2.84. 
não conheceram, v. u., DJU L6.84, p. 8.734, 
1 .• cal., ementa. 
111. RTJ 831115, 87/222, 931723, 9911.341, 
103/1.151 e lJ6/385; RT 4421283 e 522/241; RF 
270/143, 
112. RTJ 92/250. 
113. RTI 70/394. 
114. RTJ 40/110 e 111. 
115. RTJ 74/144. 
116. RTJ 66/108. 
117. RTJ 66/880. 
118. RTJ 70/168 e 97/330; RT 506/274, 
119. RTJ 75/659. 
120. RTJ 75/326. 
121. RTJ 69/865 e 72/472. 
122. RTJ 72/526 e82/538. 
123. RTJ 70/168; RF 251/171. 
124. RTJ 91/674. 
125. RTJ 81/964 e 84/609. 
126, RTJ 69/90. 
127. RT 554/280, ementa; JTAClvSP 90/225. 
128. RTJ 92/1.120 e 104/1.203. 
129, Recente acórdão diz o seguinte: não pode 
ser npreclado o recurso ~sob o fundamento de 
dissídio Jurisprudenclnl - único alegado, no 
particular - se não foram atendidos os requisito:. 
previstos no art. 322 do Regimento Interno do 
STF, pois não veio cópia autenticada do acórdllo 
apontado como divergente ou indicação do repo-
sitório oficial ou autorizado que o teria publi-
cado" (RE 102.996·0-RJ, 2.a T., rel. Min. Aldir 
Passarinho, j, 8.3.85, nfio conheceram, v. u., 
DJU 26.4.85, p. 5.894, 2.ª coL, ementa). V., a 
propósito, Regimento Interno do STF, art. 322. 
caput. 
130. Modificou-se a situação, após a palestra 
que fizemos. No momento (30, 10.85), são estes 
os repositórios autorizados: Revista dos Tribunais, 
Revista Forense, Revista de Direito Público, 
Revista de Direito Adrnlnlstratlvo, Revista Trl• 
mestral t:e Jurisprudência dos Estados, Revista 
Jurídica, Jurisprudência Brasileira, Revista de 
Direito Clvll e Jurisprudência Catarlnense. 
131, Hã um grande número de decisões não 
conhecendo do recurso ex.truordinário, por terem 
sido invocado5 acórdãos não publicados em re-
pertório oficial ou autorizado de jurlsprudência 
(RTJ 74/504, 88/1.104, 91/874, 92/149, 93'435 e 
867, 94/375 e 109/1.089; RT 538/269, 539/225 e 
5791249), não valendo a juntada, posterior ao 
despacho presidencial que negou seguimento ao 
recurso, de publicações oficiais dos acórdãos-pa-
radigmas (RTJ 95/1.130). 
132. Ag. 88.626-5-SP (AgRg), J.a T., rei. Mln. 
Néri da Silveira, j. 5. 11.82, negaram provimento, 
v. u,, OJU tLtl,83, p. 17.538, 2,ª col., ementa. 
V, também nota 65. 
133, RTJ 9311, 133; cf. RTJ 81/902 e 921346. 
134, RTJ 71/754, 72/426, 80/602, 901865, 93/1.133, -~ 
97/t.097, 103/683 e 1.067, 105/606. 1081736 I! f 
109/386; RT 589/245 e 590/246. 
135, RTJ 63/237, 68/182 e 444, 74/802, 79/653. 
92/346, 951266, 100/304 e 110/1.117; RT 4881274, 
535/233, ementa e 573/299. ementa. 
Diversa é a situação se o recorrente, tendo 
Invocado acórdão publicado na Integra. argumenta 
apenas com a ementa deste, ao invés de trans• 
crever trechos do seu texto. O STF conheceu 
do recurso extraordinário, nessa hlpótese, e lhe 
deu provimento, adotando a argumentação do 
Min. Xavier de Albuquerque de que essas emen-
ta5, por serem suficientemente incisivas, basta-
vam, ~em si mesmas, à comprovação da diver-
gência" {RT 554/270). Mais prudente, porém, será 
argumentar com o tex.to do ncórdiío, e não com 
sua ementa, especialmente se niio for feita pelo 
próprio relator. 
136, RTJ 85/641 (V, p. 651) e 971342 (V, p, 
346). 
137. Súmula 283: ~n lnadmisslvcl o rccur~o 
extraordinárlo, quando a decisão recorrida nssen-
111 em mais de um fundamento suficiente e o 
recurso niio abrange todos eles". 
V. RTJ 611773, 69/896, 79/206 e 450, 801219, 
83/786, 87/918, 891913, 90/559, 92/1.147, 93/638 
e 712, 94/810 e 1.181, 96/381, 108/352, 10911.124, 
110/709 e 111/883; RT 511/252, 515/262 e 587/227; 
RDA 109/93; JTAClvSP 71/202 e 77/375: Boletim 
da AASP 991/154. 
Se um dos fundamentos depende de acolhi· 
mento de argüição de relevância e esta não foi 
oposta, o recurso extraordinário é incabível (RTJ 
10911.124 e 110/709), 
138. Súmula 286: ~Niio se conhece do recurso 
ex.traordinãrlo fundado em divergênclá jurlspru-
denclal, quando a orientação do plenãrio do STF 
Já se firmou no mesmo sentido da decisão re-
corrida". 
V. RTJ 87/1.002 e 1.036; RT 578/238. 
\ 139. V. "O despacho motivado de admissão 
\ do recurso extraordinário", por Joiío Dei Nero 
\ (RT 501/11), e "Sobre a alimlssão do recurso 
iextraordinãrlo pelo juízo a quo", por José de 
Moura Rocha (RBDP 20/81 e RF ~~_7!,3~,5). 
8 competente para proferir a decisão a prcsi, 
dência do tribunal, abrangendo também os sem 
vice-presidentes (RTJ 104/187 e 112/260; RT 
567/228). 
O STF entende que a decisão da presidência, 
admitindo ou denegando o recurso extraordinário, 
é irretratável (RTJ 70/401), 
140. Por inadvertência, o CPC chama a .:ste 
ato judicial de "despacho". Segundo a técnica 
por ele adotada, não é despacho, mas decisiio, 
porque comporta agravo quando denega o recurso. 
141. Sobre este prazo, v. RTJ 91/856, 98/486 
e 111/429; RT 559/266 e 589/266, ementa; RJTJSP 
58/144. 
142. RTJ 111/437. 
143. Portaria 112, de 22. I0,80, do STF, obs. 
II: "O recurso extraordinário que venha a ser 
processado cm virtude de agravo de instrumento 
provido ou de argüição de relevãncia acolhid11 , 
não ficará sujeito às custas específicas". A , 
jurisprudência mais recente entende que a db· 
pensa é somente das custas, e não das despesas 
de remessa e retorno (RTJ 90/100 e 95/480 e 
760; RF 2731146; JTACivSP 621217); alguns IICÓl'· 
DOUTRINA (CtVEL) 21 
Jlios 11nteriores entendiam que a dispensa era 
total pols o porte de retorno teria sido pago 
por 'ocasião da interposição do agravo (RTJ 
82/274, 97/757 e 98/1 .'244). 
144, RTJ 78/987, 
J45. RTJ 79/940. 
J46. JTAClvSP 41/148 e 47/151. 
147. V. "Observações sobre o agravo de ins-
trumento do indeferimento de recurso extraordi-
nário (art. 544 do CPC)", por José Raimundo 
Gomes da Cruz (RJTJSP 91115). 
148. RTJ 97/421. 
149. RTJ 111/744; Ag. 74.215-8-SP, 2.ª T., rel. 
Min. Déclo Miranda, j. 18.11.80, não conhece-
ram, v. u., DJU 12.12.80, p. 10.580, 4.a col., 
Ementa; RE 77.633·8-RJ, 2.ª T., rei. Min. Aldir 
Passarinho, j. 1.3.85, não conheceram, v. u., 
DJU 10.5.85, p. 6.852, -2.a col., ementa, 
150. RTJ 61/682, 75/603, 87/1.002, 93/394, 
95/404, 105/1.019 e 107/801; RT 449/272. 
151. JTAClvSP 52/171. 
152. RTJ 109/633. No mesmo sentido: RTJ 
92/147; Ag. 89.152·8-RJ (AgRg), 2.n T., ri!!. Min. 
Moreira Alves, j. 17.9.82, negaram provimento, 
v. u., DJU 22,10.82, p. 10.740, •2.ª col., ementa. 
153, RTJ 78/788, 87/855, 91/483 e 100/222; RT 
578/252. 
154. RTJ 75/459 e 108/215; RT 553/255. 
155. Ag. 67,823-RS (AgRg),, 2.~ T., rei. Min. 
Corr.!dro Guerra, j, 3, 12, 76, niío conhecernm, 
v. u., DJU 25.3<77,- p, 1.733, 1.ª col., ementa; 
Ag. 71.105-8-PR (AgRg), t.a T., rei. Min. Antô-
nio Neder, J, 28.3. 78, ni:garam provimento, v. u., 
DJU 28.4, 78, p. 2.794, 2.ª col., ementa. 
156, Ag. 70.255-RJ (AgRg), TP. rei. Min, Ro• 
drigues de Alckmln, j. 15.6. 77, negaram provi-
mento, v. u., DJU J. 7, 77, p. 4.462, 2.ª col.. 
ementa. 
157. RTJ 83/782 e 97/618; RT 5141269. 
158. RTJ 90/481 (especialmente p, 483) e 90/857. 
159. Ag. 74.923-3-RJ (AgRg), l.ª T., rei. Min. 
Xavier de Albuquerque, j. 26.6. 79, negaram pro• 
vimento, v. u., DJU 10.8.79, p, 5.845, J.n col .. 
ementa. 
160. Ag, 93.782-0·SP (AgRg), V• T., rei. Min. 
Aldir Passarinho, j. 19.6.84, negaram provimen-
to, v. u., DJU 12.4.85, p. 4.935, 1.~ co\,. 
ementa. 
161. Ag. 86.970-t•RJ (AgRg), 1." T., rei. Min. 
Rafael Mayer, j. 7 .5,82, negaram provimento, 
v. u., DJU 4.6.82, p. 5.461, 2.ª cal., ementa. 
162. Ag. 87.111-0-MG, 2.a T., rei. Min. Décio 
Miranda, j. 13.4.82, OJU 30.4.82, p. 4.006, 
ementa, apud Boletim da AASP 1.239/220, emen-
ta 22. 
163. RT 569/216. 
164. RT 514/270; Ag. 96.990-0-PR (AgRg), t.~ 
T., rei. Min. Oscar Corrêa, j. 20.3.84, negaram 
provimento, v. u., OJU 13.4.84, p. 5.633, L" coJ., 
ementa. 
165. RTJ 102/1.022; Ag. 98.039·3-SP (AgRg), 
2.ª T., rel. Min. Aldir Passarinho, J. 5.10.84, 
negaram provimento, v, u., DJU 31.10.84, p. 
18.294, t,a col., ementa. 
166, RTJ 76;667; RT 484/217; RF 254/237. 
167. RTJ 871720; RT 534/236. 
168. Lex-JTAClvSP 73/277.

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