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01_Armamentos e Munição Menos Letal_Final

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Olá! 
Nesta primeira Unidade 01 você irá conhecer o ARMAMENTO E 
MUNIÇÃO MENOS LETAL. Para isso, apresentaremos os tópicos: 
ARMAMENTO E MUNIÇÃO QUÍMICA E DE BAIXA LETALIDADE 
 HISTÓRICO; 
 CONCEITOS BÁSICOS; 
 CONSIDERAÇÕES SOBRE USO; 
 SITUAÇÃO HISTÓRICA ATUAL; 
 TECNOLOGIA ATUAL E EM DESENVOLVIMENTO; 
 FATORES DE INFLUÊNCIA; 
 OUTROS CONCEITOS; 
 PROPRIEDADES; 
 ESTUDO DOS AGENTES QUÍMICOS ; 
 MÉTODOS DE DISPERSÃO; 
 PRECAUÇÕES NO EMPREGO; 
 DESCONTAMINAÇÃO; 
 EMPREGO GRADATIVO DOS MEIOS; 
 MUNIÇÕES DE BAIXA LETALIDADE; 
 ARMAZENAMENTO; 
 ARMAMENTO. 
Fique atento ao tema apresentado e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
ARMAMENTO E MUNIÇÃO MENOS LETAL 
ARMAMENTO E MUNIÇÃO QUÍMICA E DE BAIXA LETALIDADE 
 
1. HISTÓRICO 
Tem-se notícia do uso de substâncias químicas desde os tempos mais remotos 
da civilização humana. 
431-404 a.c - Durante a Guerra do Peloponeso, gases sufocantes advindos da queima 
do enxofre foram utilizados pelos espartanos contra os soldados atenienses. 
673 - Na Idade Média, surgiu uma das mais famosas armas químicas, conhecida como 
fogo grego. Tal arma, cuja invenção se credita a um refugiado sírio chamado Calinico 
de Heliópolis, foi usada pelos bizantinos contra os sarracenos no cerco de 
Constantinopla, em 673 D.C. Uma das características interessantes desta arma é que 
a água não apagava o fogo. Possivelmente tratava-se de uma mistura de breu, piche, 
enxofre, nafta e cal finamente divididos. Em contato com a água, o calor da hidratação 
da cal provocaria a ignição dos vapores combustíveis. Contudo, a composição do fogo 
grego ainda é motivo de controvérsias, acreditando alguns historiadores que se 
tratava de uma mistura de salitre, piche e enxofre. 
Nas três Américas existem vários relatos que os índios utilizavam em combate 
a queima de vegetais que desprendiam fumaças ou odores sufocantes. 
1861 - Na Guerra Civil Americana (1861-1865), o governo cogitou o uso do gás cloro 
(C12) contra os revoltosos, com o intuito de removê-los das eficientes trincheiras 
desenvolvidas pelas tropas confederadas. 
1914 - A história da utilização de armas químicas começou de fato durante a I' Guerra 
Mundial 0914-1918), com a morte de mais de 100.000 pessoas entre civis e militares. 
Fritz Haber, químico alemão, chefiou o serviço de guerra química alemão (1916-1918), 
principalmente na fabricação de gases venenosos, e dirigiu o primeiro ataque com gás 
cloro em Ypres (1915). Em 1918, ganhou o Prémio Nobel de Química pela produção 
sintética da amónia. 
Chegou-se em um momento que as 
forças envolvidas no conflito usavam da 
mesma arma, o gás cloro, para se 
enfrentarem, o que fez com que a busca de 
novas armas químicas se intensificasse. 
 
 
 
 
 
1917 - O gás fosgênio, que provoca intensa tosse e engasgo, foi utilizado por forças 
alemães a aliadas, bem como a sua mistura com o gás cloro, o gás chamado estrela 
branca. 
 Ainda durante a 1° GM, os alemães utilizaram contra os russos em 1917, o gás 
mostarda que provocava intensa erupção cutânea (bolhas) tanto interna quanto 
externamente no infectado: 
1925 - O protocolo de Genebra afirma a proibição do uso, na guerra, de gases 
asfixiantes, tóxicos ou similares, e de meios bacteriológicos. 
1932 - O Japão conduziu pesquisas e desenvolveu armas biológicas na Manchúria 
ocupada de 1932 até o fim da Segunda Guerra Mundial, sob a direção de Shiro Ishii, 
médico microbiologista. Prisioneiros eram infectados com patógenos como Bacillus 
anthracis, Neisseria meningiditis, Shigella spp, Vibrio cholerae e Yersinia pestis. 
1936 - Os gases estudados na Alemanha nesse período destinavam-se 
principalmente a inibir a ação da colinesterasa, resultando numa paralisia 
neuromuscular e numa consequente depressão dos centros respiratório e circulatório. 
O primeiro gás de nervos resultante desta investigação foi o Tabum 
(monoetildimetilamido-cianofosfato), um composto descoberto em 1936. 
1936 - O General Francisco Franco ordenou aos Nacionalistas Espanhóis que 
utilizassem o coquetel Molotov contra os tanques soviéticos, dando suporte aos 
espanhóis republicanos num ataque soviético mal-sucedido de 1936, próximo a 
Toledo. A arma demonstrou neste episódio, ser eficaz mesmo contra forças blindadas. 
Consistia numa mistura de etanol, gasolina e alcatrão, com dois tbsfolvs especiais que 
serviam de pavio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1938 - Sintetizado por cientistas alemães, o 
gás Sarin, é 20 vetes mais poderoso que o 
letal gás de cianeto. A exposição prolongada 
ao gás pode levar a paralisia, coma, Mirto e 
problemas respiratórios. Como não tem sabor 
e cheiro, os infectados só percebem que 
Ibrain afetados quando começam a sentir os 
sintomas: dificuldades para respirar e olhos 
lagrimejantes. 
1944 - Soman é urna substância tóxica que interfere no sistema nervoso, assim como 
as substâncias anteriormente citadas da série G, tabun (GA), sarin (GB) e cyclosarin 
(GF). É volátil, corrosivo, liquido e incolor. Apresenta-se mais letal que o sarin e o 
tabun. 
1944 - Utilização do monóxido de carbono no 
Holocausto. 
1951 - Na guerra da Coreia, em 1951, os EUA 
foram acusados de usar agentes asfixiantes 
despejados por bombardeios B-29. O fato 
não foi comprovado pela ONU. 
 
1952 - Na década de 50, diversas companhias químicas e outros cientistas 
trabalhando independentemente descobriram urna classe de ésteres 
organofosforados altamente letais, agentes nervosos ainda mais tóxicos e 
persistentes que os do tipo-G, que foram classificados como agentes nervosos tipo-
V. Dentre eles pode-se citar o VX e a sua versão russa, o Russian-VX ou R-VX. 
1961 - Napalm é um conjunto de líquidos inflamáveis 
à base de gasolina gelificada, utilizados como 
armamento militar. O napalm é na realidade o agente 
espessante de tais líquidos, que quando misturado 
com emoliria a transforma num gel pegajoso e 
incendiário. O napalm foi desenvolvido em 1942 
durante a Segunda Guerra Mundial nos Estados 
Unidos por uma equipe de químicos da Universidade 
Harvard liderada por Louis Frieser. O nome napalm 
deriva do acrônimo dos nomes dos seus 
componentes originais, sais de alumínio co-
precipitados dos ácidos nafténico e palmítico. 
 
 
 
Estes sais eram adicionados a substâncias inflamáveis para serem gelificadas. 
Diversos lançadores foram desenvolvidos para seu uso, culminando nas armas lança-
chamas utilizadas contra os exércitos vietnamitas. 
 O Agente laranja é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-O e o 2,4,5-T. Foi 
usado como desfolhante pelo exército norte-americano na Guerra do Vietnã. Ambos 
os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura, principalmente o 2,4-D 
vendido até hoje em produtos como o Tordon. Por questões de negligência e pressa 
para utilização, durante a Guerra do Vietnã, foi produzido com inadequada purificação, 
apesentando teores elevados de um subproduto cancerígeno da síntese do 2,4,5-T: a 
dioxina tetraclorodibenzodioxina. Este resíduo não é normalmente encontrado nos 
produtos comerciais que incluem estes dois ingredientes, mas marcou para sempre o 
nome do Agente Laranja, cujo uso deixou sequelas terríveis na população daquele 
país e nos próprios soldados. 
 
 
 
 
 
 
 
Verifica-se, portanto, que a utilização de armas especiais, no início de sua 
evolução, teve aplicação comprovadamente letal e resumia-se basicamente em armas 
químicas. Consubstancia-se ainda que sua aplicação era indiscriminada, atingindo 
não só pessoas ligadas diretamente ao conflito, mas também pessoas comuns, ou 
seja, a população civil. 
Em virtude da forma indiscriminada que essas armas foram utilizadas, podemos 
tol pequena ideia dos resultados por elas causados por meio de Lee, Fiely e McGowan 
em "Armas não-letais: tecnologias, potencial, aspectos legais e políticos": 
"O final do século dezenove assistiu ao desenvolvimento de armas químicas 
em significativa escala. Armas químicas foram usadas frequentemente durante a 
Primeira Grande Guerra,sob forma de compostos tóxicos tais como o Cloro, o 
fosfogênio e os gases de mostarda. O fosfogênio tem efeito lento sobre a vítima. A 
pessoa terá crescente dificuldade de respirar, medida em que o tecido dos pulmões 
vai sendo destruído e preenchido por secreções corporais. 
 
 
 
 
A morte, que chega lentamente, ocorre por asfixia. Como a morte vinha 
lentamente, os pulmões comprometidos da vítima sofriam infecções bacteriológicas 
que se tornariam a real causa da morte. Gases sulfúricos de mostarda também 
destroem os tecidos. Se entram em contato com a pele ela é destruída. Se inalados, 
o revestimento dos pulmões é destruído." 
Muitas tratativas já foram elaboradas relacionadas à aplicação das 
denominadas armas não-letais para minimizar as consequências danosas. Em sua 
obra, Lewer e Schofield, listaram algumas: 
 Código de Liber —1883; 
 A declaração de Saint Petersburg — 1868; 
 A declaração de Hague (1V,2) Gases asfixiantes — 1899; 
 A declaração de Hague (IV,3) Balas expansivas — 1899; 
 A declaração de Hague (IV) Leis e condutas de guerra em Terra, 1907; 
 Protocolo da proibição do uso em guerra de gases venenosos ou asfixiantes 
ou outros gases, e de Guerra Biológica — 1925; 
 Convenção de Genebra — 1949; 
 Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Estocagem de 
Armas Bacteriológicas (Biológicas) e de Toxinas e sobre a sua destruição — 
1972; 
 Convenção sobre a proibição do uso militar de modificação do ambiente —
1977: 
 Protocolos adicionais da convenção de Genebra I & II — 1977; 
 Convenção sobre armas desumanas da ONU — 1980; 
 Convenção das armas químicas — 1993, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. CONCEITOS BÁSICOS: 
a. Definições de armas e munições de baixa letalidade: 
Antes de se definir o conceito de munição e armas de baixa letalidade, é 
importante que tenhamos ideia das definições a que outros órgãos e países têm sobre 
esses materiais: 
Estados Unidos (2' Conferência de Defesa não letal, Virgínia EUA): dispositivos 
criados para incapacitar pessoas ou materiais, minimizar as fatalidades e danos 
permanentes e produzir, se produzir, efeitos reversíveis; 
Alemanha (3' Conferência de Defesa não letal): meios cujas intenções são 
prevenir ou parar operações hostis sem causar morte, minimizando também os efeitos 
secundários; 
Organização das Nações Unidas - ONU: são materiais que podem causar a 
morte se usados de modo inapropriado; 
CONDOR Indústria Química do Brasil (na Interdefesa — Feira Internacional de 
segurança e defesa 2003, São Paulo): meios que não causam danos permanentes e 
produzem efeitos reversíveis. 
Baseando-se nestes conceitos, levam-se em conta alguns pontos importantes 
e intrínsecos nesta nova filosofia, os quais são: 
 Intenção do agente manipulador - quando o agente manipulador optar por 
usar esses meios na solução de alguma crise, deverá ter a intenção de apenas 
parar ou limitar o infrator em suas ações, portanto, não tendo a intenção de 
usar esses meios para matar se não for necessário. 
 Meios não restritivos - armas e munições de baixa letalidade não são restritas 
a operações militares de guerra ou táticas operacionais que cumprem uma 
estratégia militar, mas podem ser usadas na manutenção da ordem pública, 
missões humanitárias onde a missão específica seja a de polícia e, ainda, ser 
usadas em um espectro mais largo de operações militares ou policiais, 
aumentando a efetividade e eficiência destas operações. 
 Compatibilidade - podem ser usadas juntamente com o arsenal tradicional, 
não limitando o uso dos meios necessários disponíveis. Apesar do risco de o 
oponente, em uma situação de uso real do armamento não letal, identificar o 
uso de uma arma não letal, seu uso aumenta o leque de opções do policial, 
apesar de não substituir o uso da arma letal, se necessário. 
 Cessar hostilidades - são materiais desenvolvidos para que o agente consiga 
parar ou limitar o alvo, e não lhe causar danos permanentes ou morte. 
 Minimização de danos - a filosofia do emprego desses meios é diminuir a 
possibilidade ou probabilidade de danos ou efeitos danosos letais ao alvo ou 
mesmo a terceiros não participantes da ação. 
 
 
 
 
 Efeitos reversíveis - são meios desenvolvidos com materiais e formas de 
modo que, se causaram algum dano, que este seja totalmente reversível. 
 Técnica e treinamento - é a necessidade fundamental, para que o agente 
manipulador, tenha petrificado todos os conceitos já citados de forma que, ao 
escolher por esta opção de emprego (armas e munições de baixa letalidade), 
possa aplicá-los dentro das regras de segurança e técnicas fundamentais. 
Assim, definimos tais materiais corno sendo: meios ou dispositivos que, quando 
corretamente empregadas as técnicas de utilização, e tendo o agente a intenção de 
não matar ou destruir, mas apenas de impedir, prevenir ou parar ações hostis, 
provocam efeitos reversíveis às pessoas ou materiais alvos, minimizando as 
fatalidades, danos permanentes ou indesejáveis, tanto às pessoas ou objetos alvos 
como à terceiros inocentes e materiais não participantes da ação. 
b. Categorias e áreas funcionais: 
Há seis áreas funcionais estabelecidas pelo Joint Concept for Non-Lethal 
Weapons -Junta para o Conceito de Armas Não Letais norte-americano, divididas em 
duas categorias: antipessoal e antimaterial, aplicáveis a nossa realidade. 
1) Antipessoal: 
a. Controle de distúrbios civis: 
Esta capacidade funcional consistirá nos meios para influenciar o 
comportamento de uma multidão potencialmente hostil, como também na capacidade 
de controlar uma turba: dois cenários amplamente encontrados em nosso país. 
b. Incapacitação de pessoas: 
Esta capacidade funcional proverá um meio de capturar indivíduos específicos 
como oponentes escondidos em uma multidão, sem atingir os indivíduos próximos a 
este. A incapacitação é alcançada quando a arma efetua um disparo que resulte em 
qualquer inabilidade física (real ou mesmo apenas percebida), ou diminuição na 
vontade de agir do oponente. Os efeitos devem ser reversíveis, conforme os princípios 
já referidos. Eles podem ser dirigidos a um grupo ou mesmo a indivíduos. Esta 
capacidade também é a base do emprego de munições de baixa letalidade pelos 
policiais, em situações em que seja necessária a incapacitação imediata da pessoa 
que esteja, com seu procedimento, oferecendo riscos à vida. Ex. tentativa de suicídio. 
 
 
 
 
 
 
c. Restrição de acesso de área a pessoas: 
Esta capacidade pode incluir barreiras físicas ou sistemas que causam 
desconforto para pessoas que entram cm área negada. Pode prover alternativas para 
minas terrestres antipessoal, ou na segurança interna de presídios ou cadeias para 
agentes ou policiais, onde evitarão possíveis fugas, agitações ou princípio de 
rebeliões, minimizando os riscos para esses profissionais quando na ação e controle. 
d. Retirada de pessoas de instalações: 
Esta capacidade funcional facilitará operações militares/policiais em terreno 
urbano, reduzindo os riscos de vítimas não combatentes c de dano colateral. É o caso 
de desalojar oponentes homiziados valendo-se, por exemplo, do emprego de gás 
lacrimogêneo, e não de uma granada ou de explosivos. 
2) Antimaterial: 
a. Restrição de acesso de veículos a determinadas áreas: 
Esta capacidade será usada principalmente para negar acesso a veículos em 
determinadas áreas. Podem incluir barreiras físicas, sistemas que reduzem a 
trafegabilidade do terreno, ou sistemas que fazem os veículos temporariamente 
inoperáveis dentro de sua zona de influência. 
b. Incapacitação de veículos e instalações 
Esta capacidade funcional cobre um largo espectro de tecnologias, inclusive 
sistemas que alteram as propriedades de uni combustível, a viscosidade de um 
lubrificante, a habilidade de veículos para ganhar tração, etc. Outras tecnologias 
podem atacar borracha, pneus, etc. Alguns dispositivos não letais podem agir como 
adesivos, outros podem oferecer a possibilidade de queimarsistemas elétricos, fundir 
o metal, etc. 
c. Aspectos da missão policial: 
 Proteção total: A missão policial deve refletir-se em uma solução nas 
operações e ocorrências de quaisquer níveis, com aspectos de proteção total, 
seja ela das vítimas, terceiros, do policial e até mesmo do próprio infrator ou 
agente causador da ocorrência. 
 Máxima de correção: Deve-se ter em mente que o erro gera uni prejuízo muito 
grande para a instituição, tanto quanto à própria omissão na solução de 
problemas. As soluções dadas pela polícia militar às crises, devem estar no 
parâmetro da máxima correção, ou seja, pautar-se para que tudo se resolva 
bem, visto que o contexto social é cada vez mais intolerante a erros, 
principalmente tratando-se de órgãos de segurança. 
 
 
 
 
 Prender/ limitar: A filosofia que se deve internalizar a todo efetivo, é a de que 
o policial, como agente responsável pela segurança da sociedade e 
representante direto da lei, estando em ocorrência ou situação em que fique 
caracterizada como sendo a melhor opção, armas ou meios de baixa letalidade, 
como formas de graduar a força para a solução de um conflito esta h apenas 
para limitar o agente infrator de prosseguirem suas ações, prendendo-o e 
encaminhando-o à autoridade responsável, e não para eliminá-lo. 
 Força Mínima: É o uso proporcional da força no mínimo necessário, para a 
limitação de ações ilegais perigosas causadas por agentes infratores contra 
vítimas ou pessoas inocentes. 
 Minimização de danos: É o combater sem destruir ou sem causar maiores 
danos ou reflexos indesejáveis. É minimizar o perigo; evitar acidentes: diminuir 
riscos, nas soluções das ocorrências, para vítimas/terceiros, agente 
manipulador (policial) e, até mesmo, ao infrator. 
3. CONSIDERAÇÕES SOBRE USO 
a. Justificativa do uso de meios de baixa letalidade: 
Descompromisso do infrator de causar danos X responsabilidade do 
policial: importante lembrar que a motivação do delinquente é diferente da motivação 
do policial. A preocupação em não causar danos é quase inexistente para aquele, ao 
contrário do policial, que deverá agir sempre com cautela e proporcionalidade diante 
da situação. 
A utilização desses danos pelo crime organizado para desmoralização 
das instituições de segurança: aqui caracteriza o fato das organizações criminosas 
usarem os danos causados por eles próprios durante uma ação policial, como por 
exemplo, uma troca de tiros entre traficantes, em que há pessoas inocentes atingidas, 
de forma a desmoralizar e colocar em dúvida a eficiência e o preparo da polícia 
acusando-a, no caso, de disparar indiscriminadamente durante o cerco, provocando 
críticas quanto ao uso de arma de fogo por estas instituições. 
Influência dos Direitos Humanos, principalmente nas intervenções 
policiais em ocorrências que geram algum prejuízo: o contexto atual mostra uma 
preocupação quase que constante no que diz respeito a direitos humanos, assim a 
polícia deve se adequar ainda mais a este ambiente, procurando neutralizar essas 
intervenções buscando as alternativas menos letais para a solução de ocorrências 
que não exijam força letal imediata. 
 
 
 
 
 
 
Exploração pela mídia, nessas intervenções, influenciando uma imagem 
negativa à polícia: a instituição policial-militar é sempre alvo da mídia quando um 
policial faz uso de força letal em uma ocorrência, mesmo que no estrito cumprimento 
do dever. Isso leva a crer que durante a ação policial a opção menos letal, como 
graduação de forças, pode tomar essa exploração positiva para a instituição. 
Tendência à nova concepção da missão policial de limitar ações e não 
eliminar o infrator, exceto quando legalmente amparado: polícias de muitos 
países já buscam a efetivação dessa concepção há muitos anos. O fato é que o meio 
militar já incorporou essas novas tendências em suas táticas e estratégias. Não se 
admitirá, num futuro muito próximo, o esquecimento desses conceitos por organismos 
policiais na proteção de nossa sociedade. 
Limitação legal quanto ao emprego de armas de fogo na resolução de 
ocorrências uso gradual da força: o profissional de segurança ou policial-militar 
deve agir dentro da lei, assim sendo, seu limitador é a própria lei. O fato a observar é 
que quando o meio letal não se forjar como opção para determinada crise, o policial 
deverá lançar mão de meios menos letais. 
Maior credibilidade da instituição gerada pela diminuição dos riscos 
causados nas intervenções policiais: a opçào por um meio menos letal 
proporcionará uma diminuição nos riscos em potencial que uma açào pode causar, 
trazendo mais conforto às pessoas e vítimas e, consequentemente, uma melhor 
imagem da polícia quando em uma intervenção. 
Maior possibilidade de escolha pelo policial, dos meios para a intervenção 
nas ocorrências, possibilitando a graduação de força: aumentará o leque de 
opções a que o policial poderá lançar mão quando na solução de uma crise. Isso fará 
com que seu preparo profissional seja bastante apurado e sua missão tenha o máximo 
de sucesso com a possibilidade do mínimo de erros e danos. 
Minimização de danos a terceiros, vítimas ou mesmo do infrator quando 
da intervenção policial: a opçào do meio menos letal traduz na redução de danos 
indesejáveis na ação policial podendo, cm certos casos, proporcionar uma intervenção 
limpa, ou seja, sem prejuízos ou efeitos colaterais para a instituição e a sociedade 
como um todo. 
Minimizaçao de danos ao policial, quanto à responsabilidades penais e 
administrativas geradas por suas ações: diante da possibilidade de graduar a força, 
o policial tomar-se-á mais confiante e menos preocupado quando intervir em 
ocorrências, uma vez que poderá lançar mão de meios menos letais, se assim achar 
equivalente para o caso, afastando-o dos danos causados por acusações ou mesmo 
de processos a que tenha de responder se o uso de força letal foi sua única opção na 
solução da crise. 
 
 
 
 
Provocar no policial a percepção de operador em ambiente urbano, de 
forma que gradue sua força nas soluções das ocorrências, diminuindo os riscos 
de danos indesejáveis: essencialmente, o policial é um operador urbano. Seu 
ambiente de serv iço em grande parte dos casos, se dá na cidade onde a maioria das 
ocorrências conta com a presença de pessoas inocentes. Assim sendo, a utilização 
de força letal para cessar uma agressão, por mais que seja de nível V (conforme NI 
002/02), deve ser medida e calculada. A opção de baixa letalidade poderá, 
portanto,ser a mais adequada se o policial a possuir ou a escolher. 
Aumento das possibilidades de intervenção em ocorrências de turba, 
provocadas Pela ati instabilidade no campo (invasões de terra): com o modismo 
das invasões de terra e em órgão públicos por grupos sociais organizados, a 
probabilidade dos órgãos policiais estarem prestes ntervir na solução desses conflitos 
é diretamente proporcional ao aumento dessas situações 
Exemplos negativos gerados pelas casuísticas nacionais (Eldorado dos 
Carajás, Carandiru e outros): as soluções dadas à alguns casos, deixa claro que a 
opçào menos letal ria, talvez, a melhor opçào a determinadas crises. 
Diminuição da concepção de violência policial nas soluções e 
intervenções e ocorrências: o uso da força letal ainda causa sensações negativas 
junto à sociedade, mesmo que seja legal. O importante não é a total utilização de torça 
de baixa letal idade por parte de forças policiais, e sim, ter esse meio como opção 
durante uma crise ou ocorrência. Isso resulta em uma melhor sensação de 
tranquilidade para quem, de uma forma ou de outra, se envolve na ação 
transformando-se em uma vítima em potencial. 
O uso por instituições policiais de outros países, com obtenção de 
resultados positivos 
b. Regras básicas para o treinamento e aplicação: 
Todo treinamento e técnicas a serem repassados para o correto uso desses 
meios, deverão observar as seguintes regras: 
 Especificações do fabricante quanto à distância e formas de utilização; 
 Ouso também será direcionado de acordo com testes realizados por 
instrutores habilitados, com relatório de resultados, buscando sempre o 
máximo de correção na utilização desses meios. Testes que observarão a 
realidade de cada batalhão e suas respectivas áreas e subáreas de 
responsabilidade, verificando sempre o que rege a legislação especifica 
(federal e/ou estadual); 
 
 
 
 
 
 Formação de uma concepção pelo operador, na utilização desses meios, 
dentro das regras de graduação de forças, e conceitos aqui expostos, 
possibilitando ao policial analisar o ambiente em que opera e decidir sobre a 
utilização ou não do meio; 
 Instrução regular e constante do efetivo total, de forma que todos estejam 
habilitados a fazer uso dos meios a que as unidades dispõem, evitando que 
apenas algumas forças detenham o conhecimento e a instituição restrinja sua 
operacionalidade ou emprego do efetivo; 
 Aplicação de técnicas já conceituadas internacionalmente, ou obtidas através 
de cursos de empresas ou instituições reconhecidamente detentoras de 
conhecimentos sobre o assunto, ou portadoras das tecnologias existentes e 
disponíveis no mercado, desde que aplicadas ao contexto da força policial; 
 Em toda e qualquer ação, o policial ou equipe policial deverá ter sempre à mão 
a opção de força menos letal; 
 A opção menos letal poderá ser empregada em situações até mesmo de nível 
cinco da tabela de graduação de forças, se assim o operador entender possível, 
conveniente e oportuno; 
 A utilização desses meios não se justificará nas situações onde a advertência 
verba controle de contato realizado pelo policial forem suficientes para a 
solução da ocorrência, 
 A opção menos letal que o policial terá em mãos em qualquer ação, não obriga 
utilização antes da opção letal nos casos de nível cinco da tabela de graduação 
de forças; 
 A utilização de meio menos letal na solução de ocorrências deve ser segui^ 
relatório ao comandante imediato, como forma de registro para futuras 
avaliações opções estatísticas; 
 Situações que aqui não foram especificadas, quanto ao uso de força não letal, 
deve-se dar conforme a tabela de níveis de graduação de força, bem como, 
pelo discernimento do operador observando, para tanto, os princípios da 
oportunidade, possibilidade e proporcionalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. SITUAÇÃO HISTÓRICA ATUAL 
a. Fator CNN: 
Nos Estados Unidos, o desenvolvimento de programas não letais foi reforçado 
após a Guerra do Golfo em 1991, em grande parte pelo que é chamado fator CNN. 
Os americanos constataram que não era nem um pouco interessante para a política 
dos EUA, ver vítimas civis mortas ou feridas em operações, aparecendo ao redor do 
globo na televisão. A Guerra do Golfo pode ter sido um marco na história do 
desenvolvimento do conceito de não letalidade. O efeito CNN passou a ser um 
elemento a ser considerado antes do lançamento de um ataque militar ou do 
desencadeamento de uma ação ou operação militar. 
Uma ilustração disto, foi a decisão de atacar a sede da inteligência iraquiana 
na Operação Tempestade no Deserto. O Presidente Bill Clinton, antes de aprovar o 
ataque, perguntou para o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA um 
número provável de vítimas de civis. A neutralização do fator CNN não seria mais 
ignorada. 
A operação “Tempestade no Deserto” foi o grande campo de teste dessas 
novas tecnologias. 
b. Fator Económico: 
Outra razão para o emprego militar de tecnologia não letal, é que elas 
minimizam os danos para o equipamento adversário. Este é um fator puramente 
económico. O custo de reconstrução de um país depois de uma guerra pode ser 
altíssimo, e o uso militar de tecnologias não letais são, indubitavelmente, de grande 
utilidade. 
Entidades como a US National Academy of Sciences, e propostas como o Non 
Lethal Program do Departamento de Defesa norte-americano, lançadas em 1996, 
trabalham exaustivamente para o incremento e a descoberta de novas munições não 
letais. 
c. Fator Missão de Polícia: 
Na Somália (1993/94), no Haiti (1994) e na Bósnia, os militares atuaram e 
atuam como polícia do mundo cm muitas Operações de Apoio de Paz; situações que 
exigiam armas e munições não-letais ou menos letais que as convencionais até 
porque os chamados danos colaterais (mortes de não-combatentes e destruição de 
bens, etc.) são proporcionalmente inadequados ao caso. 
d. Fator Direitos Humanos: 
A isso ainda pode se acrescentar a pressão mundial no que diz respeito a 
direitos humanos, em que esse fator se torna cada vez mais o campo das discussões 
nas diversas conferências e reuniões de Estados pelo mundo todo, quando o caso é 
guerra, intervenção ou mesmo ações policiais. 
 
 
 
 
No Brasil não é diferente. Aqui a situação ainda não está muito administrada ou 
melhor, culturalmente aceita. Abaixo citamos alguns pontos de nossa situação na 
atualidade: 
 Crítica dos movimentos e grupos sociais (DH, Mov. Pank) quanto ao uso 
desses meios - resquícios do conceito antigo – uso letal; 
 Falta de normatização do uso em nível governamental; 
 Falta de normatização a nível de instituição PM, na aplicação e suas 
possibilidades de minimizar as vítimas em ocorrências; 
 Falta de conhecimento do policial na aplicação, 
 Falta de equipamento adequado e material para o treinamento do operador; 
Indisponibilidade desses meios como forma de graduação no uso da torça uso 
direto da arma de fogo na resolução de todas as ocorrências - cultura ou vício 
policial; 
 Não proibição legal quanto a uso na resolução de conflitos internos - leis 
internacionais e nacionais; 
e. Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Armazenagem 
e Utilização de Armas Químicas c sobre a sua Destruição: 
Adotada e aberta à assinatura em Paris, a 13 de janeiro de 1993, pela 
Conferência de Desarmamento das Nações Unidas. Entrada em vigor na ordem 
internacional: 29 de abril de 1997. 
Considerando que os progressos na área da química devem ser utilizados 
exclusivamente em benefício da humanidade; 
5 - Cada Estado Parte compromete-se a não utilizar agentes antimotins como 
método de guerra. 
Definições e critérios 
7 - Por “agente antimotins” entende-se qualquer produto químico não incluído em 
qualquer das listas, que possa provocar rapidamente nos seres humanos uma 
irritação sensorial ou uma incapacidade física que desaparece pouco tempo após 
terminada a exposição ao agente. 
9 - Por “fins não proibidos pela presente Convenção” entende-se: 
d) Manutenção da ordem, incluindo o controlo de motins a nível interno. 
 
 
 
 
 
 
5. TECNOLOGIA ATUAL E EM DESENVOLVIMENTO 
A tecnologia em munições não letais para uso policial tem sua origem nos 
experimentos militares. Armas não letais podem ser classificadas ou por suas funções 
ou pela tecnologia empregada em seu desenvolvimento. Já que a intenção é dar uma 
ideia do potencial policial destas tecnologias - ao invés de somente fazer uma 
abordagem conceituai e técnica, iremos nos ater nos elementos funcionais do arsenal 
de armas não letais. 
a. Tecnologia atual: 
1. Antipessoal: 
Física: projéteis de borracha/plástico; 
Química: spray de pimenta, granadas identificadoras, efeito moral, luz e som e 
agente* lacrimogéneos. 
b. Tecnologia em desenvolvimento: 
1. Antipessoal: 
Acústica: sons audíveis e não e frequência muito baixa; 
Biológicas: inibidores dos neurônios; 
Químicas: agentes adesivos, barreiras, agentes calmantes alucinógenos, 
lubrificantes, neurobloqueadores e neuroinibidores; 
Eletromagnéticas: rifles eletrônicos e micro-ondas; 
Cinéticas: munição de embaraço (redes). 
 
6. FATORES DE INFLUÊNCIA 
As operações químicas exigem preparação minuciosa, pois o comportamento 
dos agentes químicos em campanha sofre influência de diversos fatores, como os 
abaixo apresentados. 
a. Temperatura: 
A temperatura influi diretamente no tempo de permanência dos agentes 
químicos, agindo sobre a volatilidade de cada um. 
Alta temperatura acelerao processo de evaporação dos agentes químicos, 
ocorrendo o contrário com baixas temperaturas. Conclui-se. então, que a persistência 
de um agente será maior em baixa e maior em alta temperatura 
 
 
 
 
b. Vento: 
Ventos fortes aceleram o processo de dispersão do gás e evaporação do 
agente. Consideram-se a condição ideal para ataque com gás a grandes áreas, ventos 
de até 18 Km h. 
c. Topografia: 
A topografia do terreno é um elemento importante a ser julgado no 
planejamento de um ataque com agentes químicos. Em condições normais de nuvens 
as de gás fluem para as partes baixas do terreno, penetrando em vales e depressões, 
tendendo a rodear obstáculos ou terrenos elevados. É difícil a obtenção de uma 
concentração de gás eficiente, em cristãs escarpadas ou elevações pontiagudas, 
devido ás correntes de ar que fluem nesses locais. 
d. Vegetação: 
O terreno coberto com vegetação é mais propício ao emprego de agentes 
químicos do o terreno limpo. As concentrações em região de vegetação densa 
persistem por muito mais do que em vegetação rasteira ou terreno limpo. 
e. Concentração (quantidade empregada): 
Este fator é relativo à extensão da área a ser gasada, ao tipo de vegetação, à 
topografia, à 'Mocidade do vento e à temperatura. 
f. Dispersão (menor ou maior umidade): 
A dispersão é maior em baixo índice de umidade e menor em umidade mais 
acentuada. 
Os fatores analisados têm influências fundamentais sobre os agentes químicos 
e devem ser considerados, quando do planejamento de uma operação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. OUTROS CONCEITOS 
a. Agente químico: 
Sólido, líquido ou gás, não vaporizado, mas em partículas suficientemente 
flutuarem no ar por um período. 
b. Dosagem: 
Tempo de persistência do gás ou exposição. 
c. Toxidez: 
Capacidade de causar distúrbios ao organismo orgânico. 
d. Perda química: 
Policial afetado e incapacitado das funções. 
c. Efeitos secundários: 
Policial com eficiência reduzida ou incapacitado temporariamente, f. 
Características: 
 Eficiência: condição do agente químico de ser suficiente e capaz de resolver o 
problema para o qual foi utilizado; 
 Estabilidade: situação de garantia de transporte e armazenamento seguro; 
 Disponibilidade: presença no mercado para aquisição pelas forças policiais; 
 Disseminação: utilização nas instituições policiais; 
 Praticidade: facilidade no manuseio; 
 Acessibilidade: o agente, apesar de restrito, deve ser disponibilizado pelos 
órgãos controladores, para aquisição pelos órgãos policiais; 
 Pouco corrosivo: o corpo ou invólucro dos artefatos devem resistir 
perfeitamente ao agente químico, até o momento certo de sua utilização; 
 Proteção: todo o agente químico deve propiciar a possibilidade do uso de 
equipamentos ou antídotos eficientes, para a proteção do ser humano contra 
os efeitos do mesmo. 
 Difícil detecção. 
 Conhecimento. 
e. Estado físico: 
1) Sólido: 
 Poeiras: são partículas sólidas, produzidas mecanicamente por ruptura de 
partículas maiores), 
 Fumos: são partículas sólidas produzidas por condensação de vapores 
metálicos). 
 Fibras. 
 
 
 
2) Gasoso 
 Aerossóis: suspensão no ar de gotículas cujo tamanho não é visível à vista 
desarmada e provenientes da dispersão mecânica de líquidos. 
 Neblinas: suspensão no ar de gotículas líquidas visíveis e produzidas por 
condensação de vapor. 
3) Líquido: 
 Gases - estado físico normal de certas substâncias a 25° C e 760 mm Hg de 
pressão (105 Pa absolutos). 
 Vapores - fase gasosa de substâncias que nas condições padrão se encontram 
no estado sólido ou no estado líquido. 
b. Emprego tático: 
1) Causadores de baixa: 
São os que, por seus efeitos sobre o organismo, ocasionam a morte ou a 
incapacitação prolongada, exigindo internamento hospitalar. Seu emprego interdita a 
área a ser usada pelo inimigo. 
2) Inquietantes: 
São os agentes que acarretam efeitos leves e temporários, isto é, tiram o 
gasado temporariamente de combate, reduzindo sua combatividade ou obrigando-o 
ao uso de máscara, o que restringe o poder combativo. 
3) Fumígenos: 
São os que, por hidrólise, queimam ou, por condensação, produzam fumaça. 
Podem ser fumígenos de cobertura ou de sinalização. 
4) Incendiários: 
São empregados para provocar incêndio em instalações e materiais ou ataque 
direto a pessoal pelo fogo. 
Dividem-se em incendiários intensivos e extensivos. 
O comportamento químico em campanha e seu consequente tempo de 
eficiência no local em que foi lançado, depende da quantidade empregada, dos fatores 
externos (condições climáticas e de terreno) e das propriedades físicas e químicas de 
valor operacional. 
c. Ação fisiológica: 
É a cia fixação de acordo com os efeitos que um agente provoca sobre o 
organismo interno ou externo. 
 
 
 
Os agentes químicos, de acordo com os efeitos que exercem sobre o 
organismo, são classificados fisiologicamente em: 
1) Sufocantes: 
São os que têm ação principal sobre o aparelho respiratório, ocasionando 
lesões profundas nos pulmões, com a destruição dos alvéolos pulmonares. O agente 
padrão do grupo é o utilizado na 1° GM. 
2) Vesicantes: 
São os que agem sobre a pele, produzindo queimaduras com perfurações de 
bolha destruição dos tecidos subjacentes. Quando inalados sob a forma de vapor, 
agem como sufocam e quando ingeridos com água ou alimentos, produzem 
queimaduras no aparelho digestivo o agente padrão do grupo é o Mostarda. Temos 
ainda neste grupo, os derivados do Arsênio, chamados vesicantes arsenicais, com 
ação rápida e mais severa que o agente Mostarda. Seus derivados principais são: a 
Etil (ED). O Metil (MD) e a Fenildiclorarsina (PD). 
3) Tóxicos do sangue: 
São os que, uma vez absorvidos pelo organismo pela respiração, ingestão de 
água ou alimentos contaminados, ou pela pele, afetam as funções vitais do sangue. 
O agente padrão do grupo e o Ácido Cianídrico (AC). Temos ainda como importante 
toxico do sangue o Cloreto de Cianogênio (CK), considerado o mais rápido agente, 
capaz de penetrar no filtro da máscara. 
4) Tóxicos dos nervos: 
São os que, absorvidos pelo organismo, ocasionam o desequilíbrio nervoso 
entre o sistema simpático c o parassimpático. A vítima do engasamento fica fora de 
órbita, como se diz vulgarmente, até que termine o efeito do agente. O agente padrão 
do grupo é o Sarin (GB), existindo ainda o Tabum (GA) e o Soman (GD). O grupo 
dos tóxicos dos nervos é o que mais evoluiu através dos tempos, pela capacidade de 
debilitar mentalmente o combatente, sem tirar-lhe a vida. 
Já existe um novo tipo de agente tóxico dos nervos, da série V, de mesmo efeito 
dos da série G, porém mais persistente (sua dispersão é menor) e dificilmente 
neutralizado pela Antropina, antídoto que pode anular os efeitos dos tóxicos da série 
G. 
 
 
 
 
 
5) Vomitivos: 
Atuam sobre o nariz, garganta e sistema nervoso, provocando náuseas e 
vómitos, seguidos de debilidade física e mental temporários. O agente padrão do 
grupo é a Adamsita (DM), existindo ainda a Difenilclorarsina (DA) e a Difenilcianarsina 
(DE). Esses agentes geralmente, utilizados em associação com outros gases 
causadores de baixas, para obrigar o combatente a retirar a máscara. 
6) Lacrimogéneos: 
Agem sobre os olhos, provocando irritação, dor intensa e lacrimejamento 
abundante de efeitos rápidos e muito eficientes na contenção de distúrbios e combate 
a guerrilhas, como ocorreu no Vietnam. O agente padrão do grupo é a 
Cloroacetofenona (CN), existindo ainda o Cianeto de Bromobenziia (BBC), o 
Ortoclorobenzilmalononitrilo (CS), as soluções conjugadas CNC, CNB e CNS. Um 
novo composto que produz uma forma muito eficaz de gás lacrimogênio é a 
Fenilclorometilcetona (MACE) que, adicionada às soluções, aumenta em mais de 9% 
os efeitos causados, além de tomar a solução menos obsoleta. 
 7) Psicoquímicos: 
Agem sobre as funções físicas e mentais do homem, acarretando 
anormalidades sobre a mente, desorganizando os sentidos, provocando 
descoordenação musculare perturbação da mente. Os agentes deste grupo estão cm 
caráter experimental e ainda não foram utilizados. Seu principal agente é o HZ. 
 
8. PROPRIEDADES 
a. Físicas: 
 Densidade de vapor em relação à densidade do ar. 
 Ponto de fusão (sólido para líquido). 
 Ponto de congelamento (líquido para sólido). 
 Ponto de ebulição (evaporação). 
 Pressão (liquido ou sólido para vapor). 
 Ponto de fulgor (entra em combustão). 
 Temperatura de decomposição 
 Vácuo mínimo teórico (espaço deixado no recipiente no enchimento). 
b. Químicas: 
 Hidrólise (reação com água que produz nova substância). 
 Hidratação (combinação com água). 
 Estabilidade. 
 Ação sobre outros materiais. 
 
 
9. ESTUDO DOS AGENTES QUÍMICOS 
a. CN (cloroacetofenona): 
A cloroacetofenona, considerada taticamente um agente químico inquietante, 
foi descoberta em 1869, pelo químico alemão Graebe, sem ter sido, no entanto, 
considerada um gás de guerra até o fim da 1° GM, quando pesquisadores americanos 
obtiveram um processo de fabricação satisfatório. 
Em CDE era largamente empregada, principalmente em granadas de mão. Não 
menos ampla, era seu emprego em instrução prática de defesa contra gases, porém 
vários históricos de acidentes, inclusive fatais e estudos científicos, provaram ser a 
CN um agente químico sensível à higroscopicidade e sujeita à mudança brusca de 
classificação tática e fisiológica perdendo, portanto, as posição de agente padrão dos 
agentes químicos. 
A CN quando sólida, é altamente persistente, permanecendo eficiente, no 
verão, por dias e no inverno, por semanas. Sob a forma de gás, como é normalmente 
empregada, é não persistente. 
É um agente químico sólido, incolor e cristalino quando puro. Em campanha é 
normalmente encontrado como um gás incolor. 
A ação sobre o organismo é praticamente instantânea, atacando os olhos, 
causando dor e irritação intensa, contração das pálpebras e provocando abundante 
lacrimejamento. É irritante para as vias aéreas superiores. Em altas concentrações 
causa sensação de queimadura e comichão, pincipalmente nas partes úmidas do 
corpo. Esses efeitos, semelhantes à queimadura do sol, são inteiramente inofensivos 
e somem em pouco tempo, raramente ultrapassando meia hora. 
b. CS (Ortoclorobcnzalmalononitrilo): 
O CS é um produto químico sintético apresentado na forma de micropartículas 
sólidas que em diversas concentrações, forma o misto químico ou a solução 
lacrimogénea. 
É classificado como um agente irritante, lacrimejante e esternutatório (que 
causa espirros). 
O efeito inicia-se de 3 a 10 segundos após o contato inicial, e causa 
lacrimejamento intenso espirros, irritação da pele, das mucosas e do sistema 
respiratório. 
Não surte efeito contra animais e pode não surtir efeitos contra pessoas 
alcoolizadas ou drogadas. 
 
 
 
Causa contaminação grave em roupas e materiais absorventes. 
Normalmente após 10 minutos os efeitos da atuação do CS desaparecem. 
Cuidados específicos: 
 O agente lacrimogéneo (CS), por ser um produto químico agressivo, deve ser 
utilizado em concentrações adequadas, por profissionais treinados, em locais 
abertos e arejados, que permitam a descontaminaçâo após ação policial. 
 Em casos excepcionais em operações de combate à criminalidade em que haja 
a necessidade de desalojar agressores em ambientes fechados o CS poderá 
ser utilizado, desde que antes seja feita uma avaliação para identificação de 
área para escape. 
 É imprescindível o uso de máscara contra gases ao lançar gás lacrimogéneo 
em ambientes fechados. 
 Use sempre contra o vento. 
c. HC (Hexacloretano): 
Utilizado como agente espargidor fumígeno, é inofensivo. 
Produz três vezes mais fumaça que os demais agentes, tendo odor adocicado 
como característica. 
É o agente padrão das granadas fumígenas e sinalizadores de localização e 
emergência. 
d. OC (Oleoresin capsicum): 
O OC é um produto natural extraído de pimentas e se apresenta em forma 
oleosa ou em pó, que em diversas concentrações forma a solução de agente pimenta. 
É classificado como um agente natural, irritante, que causa grande desconforto 
devido à dificuldade de respiração, impossibilidade de abertura dos olhos e sensação 
de forte ardência nas áreas afetadas. 
O efeito é imediato e pode durar até cerca de 40 minutos. 
Ao contrário do agente lacrimogéneo (CS), é eficaz contra animais e surte efeito 
contra pessoas alcoolizadas ou drogadas. 
A contaminação de ambientes, utensílios e roupas é leve e não requer 
providências especial para a descontaminaçâo. 
Por ser um produto natural, o emprego de munições e sprays de pimenta OC, 
é absolutamente seguro e não causa danos à saúde e nem ao meio ambiente. 
 
 
 
 
Cuidados específicos: 
 
O agente pimenta (OC), por ser um produto natural agressivo, deve ser utilizado em 
concentrações adequadas, por profissionais treinados, em locais abertos ou fechados 
que possuam saídas para escape. 
Em casos excepcionais em que haja a necessidade de desalojar pessoas, o agente 
pimenta deverá ser usado preferencialmente ao agente lacrimogéneo CS. 
É recomendável o uso de máscara contra gases quando do emprego do agente 
pimenta. 
Use sempre a favor do vento. 
10. MÉTODOS DE DISPERSÃO 
a. Pirotécnico ou de combustão (fumígenos): 
O composto químico é misturado com ingrediente capaz de provocar 
combustão e produzir calor. A carga química evapora pelo calor e se desprende do 
recipiente como vapor de uma chaleira. 
b. Por explosão: 
O composto é acondicionado no recipiente de granada com uma carga 
explosiva que após o fim do retardo há a explosão e a liberação da arma química. 
c. Corrente líquido ativado: 
O agente químico na corrente de líquido ativado é dissolvido com solvente adequado 
e colocado cm recipiente aerossol hermeticamente fechado, sob pressão. Acionada a 
válvula de dispersão, o líquido é liberado e se evapora e o agente químico produz 
seus efeitos próprios. 
d. Sistema nebuloso: 
É obtido por meio da dissolução do produto químico cm um solvente e depois 
em agente nebuloso. 
Persistência: é a duração da eficiência de um agente químico, que depende 
de suas propriedades físicas e químicas das condições meteorológicas, métodos de 
dispersão e das condições do terreno. 
Gradiente térmico vertical: a expressão gradiente térmico vertical designa a 
variação de temperatura com a altitude. Se a temperatura varia no sentido inverso da 
altitude (isto é, quando a temperatura diminui quando aumenta a altitude, e vice-
versa), diz-se que o gradiente térmico vertical é positivo. Se a altitude e a temperatura 
variam no mesmo sentido, o gradiente térmico vertical diz-se negativo. 
 
 
 
 
Sob condições instáveis, a turbulência é grande e são formadas muitas 
correntes verticais, motivando a dispersão rápida da nuvem de gás. 
11. PRECAUÇÕES NO EMPREGO 
a. Uso de máscaras: 
Para manter a integridade da tropa é fundamental o uso de equipamento de 
proteção de boa qualidade e, principalmente, a utilização do filtro adequado ao agente 
de que se quer proteger. Após a utilização, as máscaras devem ser armazenadas em 
local arejado, com os tirantes protegidos com talco químico, para evitar o 
ressecamento. 
b. Incêndios e explosões: 
É preciso observar que alguns tipos de materiais podem causar incêndio (com 
granadas de altoemissão) em determinados ambientes, sendo fundamental a 
avaliação deste risco no momento da utilização. 
c. Locais contra-indicados: 
O uso de agentes químicos em determinados locais deve ser evitado em virtude 
da presença de escolas ou hospitais, devendo ser adotado algum método alternativo. 
d. Concentrações de gás X recintos confinados: 
O risco de intoxicação é muito grande quando do confinamento de pessoas cm 
locais com grande concentração de gás. É indicado o emprego de gás para recintos 
fechados, principalmente para as situações cm que haja a necessidade de desalojar 
suspeitos armados e barricados, sem (presença de inocentes, evitando que o policial 
preciseadentrar ao local. 
 
12. DESCONTAMINAÇÃO 
a. Pessoas: 
I) CN e CS: 
a) Dermal: 
 Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação: o vento 
contra o rosto e demais partes do corpo afetadas pela exposição ao agente, 
funcionará como um descontaminante mecânico, retirando as partículas que 
estiverem sobre a epiderme); 
 
 
 
 
 Lavar a área afetada com água corrente em abundância, se possível, com o 
auxílio de um sabão neutro (considerada um solvente universal, a água se 
encarregará de retirar, mecanicamente, as partículas de agente que porventura 
se encontrem sobre a superfície epitelial; obviamente soluções saponificadas 
alcançam melhores resultados, pois aumentam o efeito dissolvedor da água, e 
o sabão neutro impede que os aditivos presentes em sabonetes perfumados, 
reajam com o agente inquietante, ocasionando a formação de substâncias 
desconhecidas; este tipo de medida descontaminante é recomendado para os 
primeiros minutos de exposição ao agente, a fim de que não se forme uma 
quantidade de ácido clorídrico considerável, durante a hidrólise do CS ou CN 
com a água); 
 Polvilhar nas áreas afetadas materiais absorventes, tais como talcos e farinhas 
(medida indicada somente para agentes lacrimogéneos no estado líquido); 
 Aplicar nas áreas afetadas, uma solução de bicarbonato de sódio, na seguinte 
proporção: três colheres de chá de bicarbonato de sódio para um litro de água 
(soluções alcalinas se encarregarão de diminuir os efeitos calcinantes 
produzidos pelo ácido clorídrico, gerando como produtos finais: sal e água); 
 Aplicar nas áreas afetadas, pomadas suavizantes, à base de Caladrine 
(Caladryl) (este tipo de medida produz efeitos meramente paliativos, pois irá 
somente amenizar, de maneira temporária, a sensação de ardência na pele 
tímida, causada pela exposição ao ácido clorídrico); 
 Aplicar nas áreas afetadas, pomadas anestésicas, à base de prilocaína e/ou 
lidocaína (este método, a exemplo do anterior, não pode ser considerado na 
verdade, como um descontaminante, pois somente anestesiará as áreas 
afetadas, impedindo que a vítima sinta os efeitos do ácido clorídrico); 
 Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas acima 
diminua ou alivie os efeitos causados pela exposição excessiva ao agente 
químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um serviço de 
atendimento médico especializado). 
b) Ocular: 
 Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação: o vento 
contra os olhos funcionará corno um descontaminante mecânico, retirando as 
partículas que estiverem sobre a superfície do globo ocular); 
 Lavar os olhos com água corrente (à temperatura ambiente) em abundância 
(considerada um solvente universal, a água se encarregará de retirar, 
mecanicamente, as partículas de que porventura se encontrem sobre a 
superfície ocular, trazendo alívio aos olhos; este tipo de medida 
descontaminante é recomendado para os primeiros minutos de exposição ao 
 
 
 
 
 
 agente, a fim de que não se forme uma quantidade de ácido clorídrico 
considerável, durante a hidrólise do CS ou CN com a água); 
 Aplicar nos olhos, compressas com uma solução de ácido bórico (água 
boricada: além de descontaminante, esta medida tem também, um caráter 
antisséptico, sendo talvez, a mais recomendada para a descontaminação 
ocular); 
 Instilar nos olhos, colírios anestésicos, à base de lidocaína e/ou prilocaína (o 
mesmo colírio empregado pelos soldadores de chapas de metal; não possui 
ação descontaminante, sendo, entretanto, bastante eficiente contra as dores 
nos olhos causadas pela exposição excessiva ao agente); 
 Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas acima 
diminuam ou aliviem os eleitos causados pela exposição excessiva ao agente 
químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um serviço de 
atendimento médico especializado, a fim de que as partículas possam ser 
retiradas por um oftalmologista). 
c) Pulmonar: 
 Retirar-se do ambiente contaminado (respirar ar puro); 
 Aplicar Oxigénio (a 100%) umidificado, além de outros processos de 
ventilação com o auxílio de broncodilatadores (medida a ser administrada 
por pessoal especializado, em face da exigência de equipamento e 
treinamento adequados); 
 Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas acima 
diminuam ou aliviem os efeitos causados pela exposição excessiva ao 
agente químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um serviço de 
atendimento médico especializado). 
d) Intestinal: 
 Não ingerir líquidos, principalmente água (tal conduta só agravaria a 
atuação do ácido clorídrico sobre as mucosas); 
 Procurar auxílio médico imediato, a fim de se proceder à lavagem estomacal 
(medida a ser administrada por pessoal especializado, em face da exigência 
de equipamento e treinamento adequados). 
 
 
 
 
 
 
2) OC: 
a) Dermal: 
 Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação: o vento 
contra o rosto e demais partes do corpo afetadas pela exposição ao agente, 
funcionará como um descontaminante mecânico, retirando as partículas 
que estiverem sobre a epiderme), 
 Polvilhar nas áreas afetadas materiais absorventes, tais como talcos e 
farinhas (medida indicada somente para quando o Agente Pimenta estiver 
no estado líquido), 
 Aplicar nas áreas afetadas compressas com álcool (a Capsaícina poderá 
ser dissolvida, bastando para isso limpar as áreas afetadas, com um pano 
macio ou algodão esterilizado, embebidos em álcool. O emprego da água 
não é indicado como um método eficiente de Contaminação, haja vista ela 
potencializar os efeitos agressivos da Capsaícina); 
 Aplicar nas áreas afetadas, pomadas anestésicas, à base do prilocaína e/ou 
lidocaína (este método não pode ser considerado na verdade como um 
descontaminante, pois somente aliviará a sensação de queimação, 
provocada pelo Agente Pimenta), 
 Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentada acima 
diminuam ou aliviem os efeitos causados pela exposição excessiva ao 
agente químico, somente a aplicação de um anti-inflamatório e um 
anestésico, como Voltarem e Lisador trarão alívio à vítima). 
b) Ocular: 
 Voltar-se contra o vento (a aeração promove a descontaminação: o 
vento contra os olhos funcionará como um descontaminante mecânico, 
retirando as partículas que estiverem sobre a superfície ocular); 
 Lavar os olhos com água corrente (à temperatura ambiente) em 
abundância (medida indicada somente para aplicação imediata, logo 
após a exposição ao agente); 
 Aplicar nos olhos, compressas com água boricada (além de 
descontaminante, esta medida tem também, um caráter antisséptico, 
sendo talvez, a mais recomendada para a descontaminação ocular); 
 Instilar nos olhos, colírios anestésicos, à base de lidocaína e/ou 
prilocaína (o mesmo colírio empregado pelos soldadores de chapas de 
metal; não possui ação descontaminante, sendo, entretanto, bastante 
eficiente contra as dores nos olhos causadas pela exposição excessiva 
ao agente); 
 Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas 
acima diminua ou aliviem os efeitos causados pela exposição excessiva 
ao agente químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um 
 
 
 
 
 
 serviço de atendimento médico especializado, a fim de que as partículas 
possam ser retiradas por um oftalmologista). 
c) Pulmonar: 
 Retirar-se do ambiente contaminado (respirar ar puro); 
 Aplicar Oxigénio (a 100%) umidificado, além de outros processos de 
ventilação como auxílio de broncodilatadores (medida a ser 
administrada por pessoal especializado, em face da exigência de 
equipamento e treinamento adequados); 
 Procurar auxílio médico (caso nenhuma das medidas apresentadas 
acima diminua ou aliviem os efeitos causados pela exposição excessiva 
ao agente químico, a vítima deverá ser conduzida de imediato a um 
serviço de atendimento médico especializado). 
d) Intestinal: 
 Não ingerir líquidos, principalmente água(tal conduta só potencializaria 
os efeitos da Capsaícina sobre as mucosas); 
 Procurar auxílio médico imediato, a fim de proceder à lavagem 
estomacal (medula a *l administrada por pessoal especializado, em face 
da exigência de equipamento e treinamento adequados). 
b. Recintos: 
 Ventilação. 
 Recolher as embalagens e limpar o local. 
 Lavar as roupas. 
 
13. EMPREGO GRADATIVO DOS MEIOS 
 Vias de fuga 
 Demonstração de força; 
 Ordem de dispersão; 
 Recolhimento de provas; 
 Emprego de agentes químicos; 
 Emprego de água; 
 Atiradores de elite; 
 Emprego de arma de fogo. 
 
 
 
 
14. MUNIÇÕES DE BAIXA LETALIDADE 
 A PMPR há muito vem adquirindo suas munições das Indústrias Condor, com 
sede em Nova Iguaçu – RJ, por este motivo, baseamos nosso estudo nas munições 
dessa empresa. 
a. Munições Explosivas 
I) Cartucho com projétil detonante 
e lacrimogênea 
 
a) Operação: 
 Deve ser disparado por espingarda GA 12, modelo policial, com cano cilíndrico 
sem “choke”, ou por projetores especiais. 
b) Advertências: 
Não atirar diretamente contra alvos humanos; 
Somente utilizar arma GA 12, modelo Policial, cano cilíndrico sem “choke”; 
Manter sempre o cano da anua limpo, livre de resíduos sólidos, antes de usar 
as munições explosivas GA 12 (GL-101 e GL-102); 
Não efetuar disparos contra superfícies sólidas. 
c) Características gerais: 
O tiro completo é composto de um estojo na cor branca e um projétil na cor 
branca com tampa na cor vermelha. 
2) Granadas explosivas: 
As granadas explosivas seguem o mesmo princípio operacional. 
a) Operação: 
Segurar a granada firmemente, mantendo a alça da EOT comprimida na palma 
da mão. 
Em seguida, retirar o pino de segurança, fazendo com a argola, um movimento 
de rotação, seguido de um movimento de tração. 
Manter a granada na posição inicial, com a alça da EOT comprimida na palma 
da mão, até o momento de lançá-la. 
 
 
 
 
 
Ao ser lançada, o sistema de percussão automaticamente ejetará a alça da 
EOT, percutirá espoleta e iniciará o funcionamento a' colunas de retardo até a 
detonação da granada. 
No controle de distúrbios a granada deve ser lançada para explodir a uma 
distância mínima de 10 metros dos infratores. A distâncias menores, a possibilidade 
de projeção de partículas irregulares, oriundas da fragmentação do corpo de borracha 
da granada, as quais podem produzir pequenos ferimentos. 
Em situações extremas, de graves distúrbios e de combate ã criminalidade, os 
efeitos sonoros, explosivos e de emissão de partículas, devem ser avaliados pelo 
comandante da operação que deverá decidir sobre a conveniência ou não do 
lançamento. 
b) Características gerais: 
Corpo cilíndrico confeccionado em borracha sintética fragmentável na cor 
cinza. O artefato é equipado com acionador de percussão tipo E.O.T. (espoleta de 
ogiva de tempo) com alça ou capacete, argola e grampo de segurança. 
2.1) Efeito moral: 
Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva, 
associado a uma nuvem de um pó branco de efeito moral, sem agressividade química. 
2.2) Lacrimogénea: 
Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva, 
associado ao efeito do agente lacrimogéneo (CS). 
2.3) Identificadora: 
Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva, 
associado ao efeito da emissão de partículas de gel à base de carboximetilcelulose 
(CMC) na cor vermelha e não tóxico, cujo objetivo é marcar os infratores para posterior 
identificação. 
2.4) Luz e som (“flash bang”): 
Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva 
e a luminosidade intensa que ofusca a visão dos agressores por alguns segundos, 
permitindo uma eficiente ação policial. 
 
 
 
 
3) Granadas explosivas de impacto: 
3.1) Granada multi-impacto: 
Todas as granadas multi-impacto possuem o mesmo sistema operacional e 
características gerais, quais sejam: 
a) Operação: 
 Segurar a granada firmemente, mantendo alça da EOT comprimida na palma 
da mão. 
Retirar o pino de segurança, fazendo com a argola um movimento de rotação, 
de um movimento de tração. 
Manter a granada na posição inicial, com a alça da EOT comprimida na palma 
da mão, até o momento de lançá-la. 
Lançar a granada. 
Ao ser lançada a granada, o sistema de percussão automaticamente ejetará a 
alça da EOT, percutirá a espoleta e iniciará o funcionamento das colunas de retardo 
até a detonação da granada. 
A granada deve ser lançada para explodir a uma distância mínima de 10 metros 
dos infratores, 
A granada não deve ser lançada na frente dos infratores, a fim de evitar-se o 
impacto dos projéteis contra a face. 
b) Características gerais: 
Corpo esférico confeccionado em borracha sintética fragmentável na cor preta, 
contendo múltiplos projéteis de borracha. O artefato é equipado com acionador de 
percussão tipo E.O.T. (espoleta de ogiva de tempo) com alça ou capacete, argola e 
grampo de segurança. 
A granada multi-impacto possui grande efeito atordoante provocado pela 
detonação da carga explosiva, associada ao efeito lacrimogéneo e ao impacto dos 
múltiplos projéteis de borracha. 
3.2) Granada multi-impacto lacrimogénea: 
Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva, 
associada ao efeito lacrimogéneo e ao impacto dos múltiplos projeteis de borracha. 
3.3) Granada multi-impacto pimenta: 
Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva, 
associada ao efeito do agente pimenta e ao impacto dos múltiplos projeteis de 
borracha. 
 
 
 
4) Granadas explosivas indoor: 
As cores e formatos dos produtos são de responsabilidade da empresa 
fornecedora, não sendo interessante a vinculação dos diversos tipos com seu aspecto. 
Devido às granadas possuírem o mesmo sistema operacional, descrevemos 
seus passos a seguir: 
 Segurar a granada firmemente, mantendo a alça da EOT comprimida na palma 
da mão. 
 Retirar o pino de segurança, fazendo 
com a argola um movimento de rotação, 
seguido de um movimento de tração. 
 Manter a granada na posição inicial, com 
a alça da EOT comprimida na palma da 
mão, até o momento de lançá-la. 
 Ao ser lançada, o sistema de percussão 
automaticamente ejetará a alça da EOT, 
percutirá a espoleta e iniciará o 
funcionamento das colunas de retardo 
até a detonação da granada. 
 À curta distância existe a possibilidade de projeção de partes irregulares, 
oriundas da fragmentação do corpo de borracha da granada, que podem 
produzir pequenos ferimentos. 
 Os efeitos: sonoro e explosivo, embora reduzidos, e a projeção de pedaços do 
corpo devem ser avaliados pelo comandante da operação que deverá decidir 
sobre a conveniência ou não da utilização da granada. 
Não é recomendável o transporte coletivo de granadas explosivas em bornais 
ou sacolas, sob o risco do grampo ou alça de uma granada prender-se à argola de 
outra. 
Com a movimentação do homem, isto pode provocar um acionamento 
acidental. 
Deve ser utilizada apenas por pessoal especialmente treinado em operações 
com granadas explosivas. 
São granadas de retardo curto (1,5 s) e duplo estágio, com corpo 
confeccionado em borracha sintética. O artefato é equipado com acionador de 
percussão tipo E.O.T. (Espoleta de Ogiva de Tempo) alça ou capacete, argola e 
grampo de segurança. 
 
 
 
4.1) Granada indoor efeito moral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2) Granada indoor lacrimogênea: 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3) Granada indoor identificadora: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.4) Granada indoor luz e som: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.5) Granada indoor pimenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Munições de impacto controlado: 
1) Cartucho GA com projétil de borracha – monoimpact: 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado por arma especial tipo espingarda de alma lisa GA 12, de 
repetição ou não, ou pelos lançadores especiais. 
O disparo deve ser feito a uma distância acima de 20 metros,apontando-se a 
arma para as pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo de plástico com base de metal, espoleta 
de percussão, carga de projeção e 1 (um) projétil cilíndrico de elastômero macio na 
cor preta. 
2) Cartucho GA 12 com 3 projéteis de borracha - trimpact: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado por uma arma especial tipo espingarda de alma lisa GA 12, 
de repetição ou não, ou por lançadores especiais. 
O disparo deve ser feito a uma distância acima de 20 metros, apontando-se as 
pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Características gerais: 
O tiro completo c composto de estojo de plástico com base de metal, espoleta 
de percussão, a de projeção e 3 (três) projéteis esféricos de elastômero macio na cor 
preta. 
3) Cartucho GA 12 com 3 projéteis de borracha cilíndrica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado por arma especial tipo espingarda de alma lisa cal. 12, de 
repetição ou não, ou por lançador especial. 
O disparo deve ser feito a urna distância acima de 20 metros, apontando-se a 
arma para as pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo de plástico com base de metal, espoleta 
de percussão, carga de projeção e 3 (três) projéteis cilíndricos de elastômero macio 
na cor preta. 
4) Cartucho GA 12 com 18 projéteis de borracha - multimpact: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado por arma especial tipo espingarda de alma lisa GA 12, de 
repetição não, ou por lançadores especiais. 
O disparo deve ser feito a uma distância acima de 20 metros, apontando-se a 
arma para as pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Caraterísticas gerais: 
O tiro completo é composto de estojo de plástico com base de metal, espoleta 
de percussão, carga de projeção e 18 (dezoito) projéteis esféricos de elastômero 
macio na cor preta. 
 
 
 
 
5) Cartucho GA 12 com projétil de borracha - precision: 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado por arma especial tipo espingarda de alma lisa GA 12, de 
repetição ou não, ou por lançadores especiais. 
O disparo deve ser feito a uma distância acima de 20 metros, apontando-se a 
arma para as pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo de plástico com base de metal, espoleta 
de percussão, carga de projeção e 1 (um) projétil de precisão de elastômero macio na 
cor amarela. 
 
6) Cartucho cal. 38,1 e 40mm com 3 projéteis de borracha - trimpact super: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado pelo Lançador AM-600 ou por arma especial cal. 37/38, 
38,1 e 40 mm, de alma lisa. 
O disparo deve ser feito a uma distância acima de 20 metros, apontando-se a 
arma para as pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Características gerais: 
O tiro completo e composto de estojo de alumínio, espoleta de percussão, 
carga de projeção, bucha de papelão e 3 (três) projéteis esféricos de elastômero macio 
na cor preta. 
As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação 
psicológica provocam hematomas e fortes dores. 
7) Cartucho cal. 38,1 c 40mm com 12 projéteis de borracha - multi-impacto 
supor: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Deve ser disparado pelo Lançador AM-600 ou por arma especial cal. 37/38, 
38,1 e 40 mm, de alma lisa. 
O disparo deve ser feito a uma distância acima de 20 metros, apontando-se a 
arma para as pernas. Evitar o tiro contra a cabeça e baixo ventre. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo de alumínio, espoleta de percussão, 
carga de projeção, bucha de papelão e 12 (doze) projéteis esféricos de elastômero 
macio na cor preta. 
 
 
 
 
As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação 
psicológica, provocam hematomas e fortes dores. 
c. Munições de alta emissão 
1) Lacrimogénea: 
a) Granada fumígena lacrimogênea tríplice e tríplice hyper: 
 
 
 
 
 
 
 
 
a.1) Operação: 
Ao ser lançada, o sistema de acionamento ejetará a alça da EOT, percutirá 
iniciará a queima da coluna de retardo e cm seguida fará funcionar a carga de 
depotagem que lançará pastilhas com misto lacrimogéneo para fora do corpo da 
granada. 
No funcionamento o artefato gera calor intenso, podendo provocar chamas em 
contato com materiais de fácil combustão. Desta maneira, o lançamento dentro de 
ambientes fechados deve ser analisado previamente pelo Comandante da operação 
para avaliação de riscos. 
Em situações extremas de graves distúrbios e combate à criminalidade, pode 
ser usada para forçar a saída dos infratores de ambientes fechados, atirando-se a 
granada por meio de aberturas ou janelas. Esta condição de uso deve ser previamente 
avaliada pelo comandante da operação de forma que as pessoas possam sair 
espontaneamente do recinto, considerando-se a existência de rotas de fuga, e serem 
removidas, evitando exposição excessiva ao agente CS. 
a.2) Características gerais: 
Corpo manufaturado cm alumínio em formato cilíndrico com 3 (três) pastilhas 
carregadas com misto lacrimogéneo e tampa inferior autoejetável de fechamento em 
material plástico. O acionador é o tipo EOT (Espoleta de Ogiva de Tempo) com alça 
ou capacete, argola e grampo de segurança. 
 
 
 
b) Granada fumígena lacrimogênea (mini, média e alta emissão): 
 
 
 
 
 
 
 
b.1) Operação (Acionador de tração): 
Segurara granada com uma das mãos e em seguida retirar a tampa protetora 
do acionador. 
Puxar, com energia, o cordão de acionamento e lançar a granada 
imediatamente ao solo na direção desejada. 
Atua por saturação de ambientes por meio da geração de intensa nuvem de 
fumaça contendo agente lacrimogéneo (CS). 
Não manter a granada segura na mão durante o seu funcionamento, sob o risco 
de manter lesões e queimaduras. 
Após a percussão da espoleta, inicia-se a formação interna de gases, gerando 
pressão até a na abertura dos orifícios. 
No funcionamento o artefato gera calor intenso, podendo provocar chamas em 
contato com materiais de fácil combustão. Desta maneira, o lançamento dentro de 
ambientes fechados deve ser analisado previamente pelo Comandante da operação 
para avaliação dos riscos. Esta granada pode ser fornecida com EOT (Espoleta de 
Ogiva de Tempo), com alça ou capacete, argola e grampo de segurança, para 
lançamento manual ou por meio de adaptadores especiais. 
b.2) Características gerais: 
 Corpo manufaturado em alumínio de formato cilíndrico e tampa do mesmo 
material dotada de orifícios para a saída do agente lacrimogêneo. 
 
 
 
 
 
2) Fumígena: 
 Granada fumígena colorida: 
Branca, amarela, azul, cinza, amarela, laranja verde, violeta e vermelha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
c. Lançadores de agente incapacitante: 
1) Cartucho jato direto lacrimogéneo GA 12: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Respeitar uma distância mínima de utilização de 3 (três) metros. 
Deve ser evitado o disparo contra o vento. 
Deve ser disparado por arma especial tipo espingarda de alma lisa GA 12, de 
repetição ou não, ou projetores especiais. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo, carga de projeção e misto lacrimogéneo 
elaborado com cristais de CS (Ortoclorobenzalinalononitrilo) e diluente sólido em pó. 
 
 
 
2) Cartucho jato direto lacrimogêneo cal. 38,1 e 40mm 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Respeitar uma distância mínima de utilização de 3 (três) metros. 
Deve ser evitado o disparo contra o vento. 
Deve ser disparado por arma especial do mesmo calibre, de alma lisa, como 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo, carga de projeção e misto lacrimogéneo 
chi com cristais de CS (Ortoclorobenzalmalononitrilo) e diluente sólido em pó. 
3) Cartucho jato direto pimenta GA 12: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação:Respeitar uma distância mínima de utilização de 3 (três) metros. 
Deve ser evitado o disparo contra o vento. 
Deve ser disparado por arma especial tipo espingarda de alma lisa cal. 12, de 
repenso ou não, ou projetores especiais. 
 
 
 
 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo, carga de projeção e misto elaborado com 
diluente sólido em pó. 
4) Cartucho jato direto pimenta cal. 38,1 e 40mm: 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Respeitar uma distância mínima de utilização de 3 (três) metros. 
Deve ser evitado o disparo contra o vento. 
Deve ser disparado por arma especial do mesmo calibre, de alma lisa, como a 
AM-600. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo, carga de projeção e misto lacrimogéneo 
elaborado com cristais de CS (Ortoclorobenzalmalonomtrilo) e diluente sólido em pó. 
5) Projétil médio e longo alcance lacrimogéneo cal. 38,1 e 40mm: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Devem ser disparados por lançador AM-600 ou por arma especial calibre 37 
38, 38,1 e 40 mm, cujo melhor desempenho no alcance do tiro, se dá com a arma 
posicionada no ângulo a 45° em relação ao solo. 
O projétil de médio alcance deve ser disparado a distâncias que variam de 60 
a 120 m, enquanto o de longo alcance, de 90 a 150 m. 
Em situações extremas de graves distúrbios e combate à criminalidade, podem 
ser usados para penetrar cm ambientes fechados, atirando-se por meio de aberturas 
ou janelas. 
Por serem cartuchos de metal rígido, não podem ser disparados diretamente 
contra pessoas podendo, desta forma, causar ferimentos graves e até mesmo letais. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto de estojo e projétil manufaturados inteiramente em 
alumínio. O projétil é dotado de orifício para a saída da fumaça contendo o agente 
lacrimogéneo. 
6) Projétil carga múltipla e tríplice de emissão lacrimogénea cal. 38,1 e 40mm: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Devem ser disparados pelo lançador especial AM-600 ou por lançador especial 
calibre 37/38, 38,1 ou 40 mm, cujo melhor desempenho no alcance do tiro se dá com 
o lançador posicionado num ângulo de 45° em relação ao solo. 
A carga múltipla deve ser lançada a distâncias entre 80 a 150 metros, enquanto 
a tríplice entre 70 e 90 metros, antes ou após obstáculos tais como muros e 
barricadas, com o objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos de infratores pelo 
efeito do agente lacrimogêneo CS. 
 
 
 
 
 
Por conter projéteis de alumínio, o cartucho não pode ser 
dispara o diretamente pessoas podendo, desta forma, causar 
ferimentos graves e até mesmo letais. 
b) Características gerais: 
O tiro completo é composto por cinco (múltipla) ou por três 
(tríplice) projéteis com misto químico. Carga de projeção, 
espoleta e fechamento. Os projeteis são o atos te orifícios para 
saída de fumaça contendo agente lacrimogéneo CS. 
e. Espargidores: 
1) Lacrimogêneo (CS) a agente pimenta (OC): 
 
 
 
 
 
 
 
a) Operação: 
Segurar o espargidor verticalmente na direção da face do agressor ou grupo de 
agressores; pressionar o atuador uma a duas vezes em jatos de 0,5 a 1 segundo; 
Respeitar uma distância mínima de utilização recomendada em cada 
embalagem do produto. 
Evitar o disparo contra o vento. 
Não exponha as embalagens a temperaturas elevadas. Produto inflamável. 
b) Características gerais: 
Os sprays contêm uma solução de agente lacrimogéneo (CS) ou de agente 
pimenta (OC) pressurizada com micropartículas em suspensão que, ao atingirem as 
partes expostas do agressor, provocam uma sensação extremamente irritante, 
causando pânico e desorientação, limitando a sua reação. 
 
 
 
 
f. Máscaras antigases: 
A máscara contra gases é um EPI que permite a permanência do homem no 
ambiente gasado, sem que inspire ar contaminado. Protege o aparelho respiratório, 
principal porta de entrada dos agentes químicos para o organismo, e os olhos, 
altamente sensíveis. 
Existem vários tipos de máscaras contra gases, civis e militares, variando 
conforme o 
 
15. ARMAZENAMENTO 
a. Local: 
Armazenar em local fresco, seco e arejado, distante de paredes, teto e chão, 
ao abrigo da luz solar. 
b. Embalagem: 
Manter os produtos em sua embalagem original. 
c. Manutenção: 
Deve-se ter um fácil acesso ao material, para urna constante fiscalização. 
d. Descarga: 
Ao final de cada operação deve ser recolhido o maior número de invólucros 
objetivando a descarga do material e evitar especulações quanto ao uso excessivo. 
Sempre que se verificar que determinado lote de munição está prestes a vencer, 
deverá ser programada uma instrução para sua utilização. Cabe ressaltar que após o 
vencimento o material provavelmente funcionará adequadamente, entretanto, 
qualquer defeito ou problema ocorrido será de inteira responsabilidade do 
Comandante da Operação. 
e. Instrução: 
Deverá ser ministrada por Oficial ou Graduado com curso CDC. As instruções 
destinam-se a condicionar o PM a detectar e identificar a presença de determinado 
agente químico em um ambiente e, jamais, condicioná-lo aos efeitos do agente, o que 
não ocorrerá. 
f. Devolução: 
Sempre que for recebido algum lote de munição química, deverá ser realizado 
um teste. Por amostragem para verificar a existência de algum problema. Em caso 
positivo, o material defeituoso deverá ser devolvido à fábrica, sendo exigida a 
reposição. 
 
 
16. ARMAMENTO 
a. Mosquedo True-Flite: 
No Cal 38,1 mm, trata-se de uma arma bastante simples, de tiro unitário que 
pode disparar tanto cartuchos com projéteis de borracha quanto com carga 
lacrimogênea. 
b. Lançador AM 600 
1) Especificações: 
 Calibre: 37/38mm. 
 Número de tiros: 1. 
 Ação: dupla. 
 Comprimento do cano: 355 mm. 
 Comprimento total: 700 mm. 
 Peso total: 2.560 g. 
 Altura: 195 mm. 
 Largura: 51 mm. 
 Massa de mira: fixa. 
 Frame: peça de metal única. 
 Empunhaduras e coronha: copolímero. 
 Acabamento: preto ou laranja (coronha e empunhaduras). 
 
 
 
 
 
 
 
2) Operação: 
 Levantar o trinco do cano, abrir o lançador e 
bascular o cano para baixo. 
 Inserir a munição na câmara, bascular o cano 
para cima e fechar o lançador. Nesta 
condição, o lançador está pronto para o tiro, 
bastando apenas acionar o gatilho. 
 
 
 
 
 Após o disparo, levantar o trinco do cano, destravar e abrir o lançador 
basculando o cano para baixo para que o estojo seja parcialmente extraído. 
 Retirar o estojo manualmente da câmara. 
3) Manutenção: 
 Após o uso diário, proceder a urna limpeza sumária da arma como descrito 
abaixo: 
 Abrir o lançador. 
 Limpar o interior do cano com escova de cerdas de nylon embebida em água. 
 Lavar o interior do cano com água. 
 Secar o cano para evitar oxidação. 
 Lubrificar o cano com óleo neutro fino. 
4) Armazenamento: 
Armazenar em local fresco, seco e arejado, distante de paredes, teto e chão, 
ao abrigo da luz solar, mantendo o produto em sua embalagem original. 
Para o armazenamento prolongado, recomenda-se a lubrificação do sistema 
de disparo com óleo especifico para armamentos. 
b. Espingarda GA 12: 
Modelo "Bonanza", apesar de obsoleto para o uso com munição de guerra, é 
bem utilizado para este fim em virtude de que o uso de projéteis de borracha suja em 
demasia o cano, sendo a manutenção de campo mais fácil, bem como o número de 
incidentes menor do que com o uso da modelo "Pump". Caso seja adotado o uso 
apenas da Espingarda Pump-action, devemos ter especial atenção quanto a não 
misturar munição real com munição química, bem como não usar munições explosivas 
logo após o uso de munições de borracha sem realizar a manutenção, pois devido 
aos resíduos, o projétil explosivo pode parar no cano e explodir em seu interior. É 
aconselhável pintar ou marcar com uma fita a coronha da arma que utilizará munição 
química, para evitar dúvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
c. Projetores: 
 
 
 
 
 
 
1) Operação: 
 Abrir o lançador fazendo um movimento de rotação

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