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Estuda as alterações temporais nos fármacos em relação à dose administrada 1. Absorção 2. Biodisponibilidade 3. Distribuição 4. Biotransformação 5. Excreção Parte ascendente: é a parte de absorção –Concentração no sangue aumenta Pico em diante: queda da concentração plasmática: (I) Relacionada com a distribuição- sai do sangue e vai para outros tecidos (II) Eliminação do fármaco Não entra no mérito de AÇÃO do fármaco !Compartimento central: circulação sistêmica - O Local de ação pode ser a própria corrente sanguínea como, também, outros tecidos -O fármaco também pode ir para locais de ação inesperada. Ex: Opióides -Pode, também ser excretado de forma INALTERADA Alguns fármacos não conseguem ser eliminados/excretados em sua forma original. Metabolização dos fármacos muito lipososolúveis para ser excretados na urina. Monitoração terapêutica do fármaco - Determinação de doses terapêuticas (novos fármacos); - Ajuste de dose e relação com [plasmática- a reabsorção/reação depende muito do organismo do paciente - Diminuir eventos indesejados (Cmáx e Tmáx): Cmáx: Concentração máxima no organismo. Tmáx tempo para concentração máxima Determinante para várias etapas da cinética: -Do meio externo para a corrente sanguínea (absorção); - De um compartimento corpóreo a outro (distribuição); - Para fora do organismo (excreção). Ocorre por várias vias Processo de entrada do fármaco na corrente sanguínea Passagem de um meio externo para a corrente sanguínea A luz/cavidades do TGI (Trato gastrointestinal) SÃO MEIOS EXTERNOS - Após ingestão, desintegração e dissolução (via oral); - Do local de administração até o acesso sistêmico (chegada do fármaco no sangue)- nem todos os fármacos são absorvidos. Ex: colírio : age na superfície e não precisam ser absorvidos para ter os efeitos terapêuticos. Creme/pomada de uso tópico: ação LOCAL - Transporte do fármaco por barreiras biológicas: quase que obrigatório - Depende de transportadores específicos e/ou características da molécula do fármaco: estruturas grandes ou particularidades de polaridade, o fármaco não consegue entrar na célula de maneira adequada - Pré-requisito para fármacos de ação sistêmica→ PRECISA PASSAR PARA A ABSORÇÃO . Hidrofóbicas, limitam a difusão aquosa - Variam entre tecidos / permeabilidade endotelial → passagem um pouco mais fácil - Transposição de, ao menos, 2 membranas. EX: fármaco administrado via cutânea→ só precisa atravessar a membrana endotelial I. Pele: Opções mais complexas - Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado→ queratina já limita a passagem, além das várias camadas de células. Cremes que são administrados na pele, caso tenha que chegar à corrente sanguínea, vai precisar atravessar muitas barreiras. - Passagem passiva (FÁCIL) de compostos muito lipossolúveis II. Mucosa Toda mucosa que reveste o TGI→ são barreiras muito mais simples→ barreiras celulares não são tão estratificadas. Mas ainda apresentam barreiras: - Zonas de oclusão entre células: a interação muito grande limita o espaço intercelular e dificulta a passagem de substâncias - Passagem passiva de compostos lipossolúveis→ compostos lipossolúveis passam muito muito muito mais fácil - Passagem mediada por moléculas carreadoras (A/P)→ caso a sub. não seja lipofílica, ele é auxiliado por transportadores 1. Difusão simples (passiva) ⌐ ↑lipossolubilidade, ↓tamanho e ↓peso molecular, ↑[gradiente]→ esses fatores AJUDAM no transporte dos fármacos ⌐ Ex. gases anestésicos- estruturas pequenas e lipofílicas; hormônios esteroides- série de carbonos (lipossolúvel) 2. Filtração→ não tem a passagem pela membrana propriamente ⌐ Íons e pequenas moléculas hidrossolúveis levadas com o solvente (aquaporinas)→ acesso livre às células - Ex. água, ureia, metanol, gases (O2 /CO2 ). 3. Carreadores moleculares proteicos: Mais complexa - Difusão facilitada (TP): seletivo, a favor do gradiente eletroquímico e saturável (pode ser sobrecarregado)→ proteínas de membrana - Ex. glicose, aminoácidos; - Transporte ativo: seletivo, contra o gradiente eletroquímico e saturável; - Ex. α-metildopa, Na+ /K+ . 4. Endocitose/pinocitose→ transporte de substância mais grandes ou complexas - Peptídeos, proteínas e fármacos complexos; - Ex. Insulina, vit. B12. 5. Exocitose - Liberação “em massa”; - Ex. neurotransmissores e hormônios, insulina Fatores que modificam a absorção de fármacos→ TODOS funcionam em CONJUNTO -Solubilidade do fármaco - Características químicas do fármaco (pKa) - pH no local de administração/absorção - Concentração do fármaco - Inativação/degradação do fármaco (interações) - Área da superfície de absorção - Circulação local - Forma farmacêutica e via de administração 1. Solubilidade do fármaco→ polaridade determina se será absorvido mais fácil ou mais difícil - Hidrossolúvel o bastante para dissolver no meio (sais)→ possui muitas cargas (polar) - Lipossolúvel o suficiente para atravessar membranas-: quanto mais carbono, enxofre (apolar) -Um fármaco deveria ter um balanceamento entre ser polar e apolar, uma vez que o organismo não é 100% hidrossolúvel ou lipossolúvel -Coeficiente de partição óleo/água moderadamente elevado→ preferência de uma substância em ficar em um meio oleoso ou aquoso 2. Características físico-químicas dos fármacos - Bases e ácidos fracos se dissociam de acordo com pH do meio; - Constante de dissociação (pKa) →Acido forte: pKa tendem a 0, acima disso são considerados fracos → Bases fortes: pKa tende a 14, abaixo disso são consideradas fracas - Escala similar ao pH 3. Influência do pH na forma química dos fármacos -Regra geral: Base em meio básico tende a ficar em sua forma molecular (assim como ácido) Base em meio ácido tende a ficar na forma iônica Saber o pKa + saber com base na estrutura química + o pH= saber o comportamento da substância - Compartimentos de pH constante ou variável - Forma ionizada: ↑hidrossolúvel (aprisionamento iônico→ é quando fica aprisionado em meio aquoso e não é absorvido pelas membranas - Transportadores de formas iônicas→ serve para que substâncias altamente ionizáveis sejam absorvidas - Sítio preferencial de absorção Há mais absorção quando o fármaco está em sua fórmula moléculas - Eletrólitos mais fortes tem ↓absorção (↓molecular) Curva vermelha: Ácidos → Ácidos FORTE tem pKa próximo de 0→ tende a ficar na sua forma iônica independente das variações de pH Acido FRACO com pKa que se distancia de 0→ há uma maior absorção porque há uma quantidade menos que se manterá na forma ionizada Base Fortes com pKa próximo de Curva roxa: 14 → ficam em sua forma iônica→ difícil absorção Base FRACA: pKa mais variáveis → podem alcançar certo grau de absorção intestinal -Modulação no efeito Ex. Anestésicos locais (base fraca) em tecidos inflamados (↓pH), pKa acima de 7,4 Tem que tá na forma molecular, para dentro da célula poder de ionizar a causar o efeito anestésico 4. Concentração do fármaco no local de absorção ⌐ ↑gradiente de concentração entre compartimentos ⌐ ↑dose, ↑absorção ⌐ Volume de água ingerida altera a concentração? 5. Inativação/degradação de fármacos -Interação com alimentos (Ca2+ , Fe2+/3+ , Mg2+) - Interação com fármacos ( complexos insolúveis redução de solubilidade/dificuldade de absorção) - Alteração do pH local e motilidade (alimentação) 6. Área da superfície de absorção - Principal determinante da velocidade de absorção; - “Contraria” (balanceia) outros fatores (ex. pKa); - Ex. Mucosa intestinal, endotélio pulmonar e peritônio 7. Circulação local Mais irrigação em um tecido = maior absorção local - Intrínseca do tecido (muscular> subcutâneo); - Extrínseca por patologia (hiperemia)→ tecidos inflamados há um aumento de fluxo sanguíneo - Extrínseca por fatores externos (farmacológicos ou não)→ cafeína na circulação do TGI causa uma vasodilatação→ ajuda na absorção do paracetamol 8. Forma farmacêutica (fatores farmacotécnicos) Forma farmacêutica: forma que o medicamento se apresenta para o paciente - Facilitam/limitam a dissolução do fármaco - Área de contato: ↓partícula, ↑Vdissolução - Polimorfismo: cristais ou amorfo - Sais de fármacos: ↑solubilidade em meio aquoso - Sistemas de liberação retardada/controlada. Ex: comprimidos com “capa” -Volume de água vs. Absorção *Quanto mais água ingerida quando tomar o comprimido, mais chances há do comprimido se desintegrar Ingestão com pouca água ocorre grandes chances do comprimido ser eliminado nas fezes 9. Vias de administração - Alteram a velocidade e magnitude de absorção; - Regida por todos os fatores anteriores. (I) Via Respiratória: Anestésicos (II) Sublingual (III) Endovenosa (IV) Subcutânea (V) Intramuscular (VI) Retal -Uso Tópico: próximo ao local de ação -> não precisa de absorção - Cutânea (dermatológica); - Intranasal; - Auricular; - *Oftálmico. - Vaginal (óvulo/supositório vaginal, comprimido, creme) - Peniana (intracavernosa) - Uretral 1. Enteral Sublingual Oral Retal 2. Parenteral Subcutânea Intramuscular Intravascular Intradérmica Respiratória Intra-articular Epidural/Intratecal Intracardíaca 3. Transcutânea: Aplicar na pele e chegar na corrente sanguínea Via oral (v.o.) -Cavidade oral, estômago, intestino delgado, intestino grosso e reto (1 a 3 h) -Fármacos lipofílicos, via sublingual ou na mucosa -Muito pouco: não tem parede ou mucosa especializada -Maior parte ocorre no intestino grosso -Formas farmacêuticas de liberação controlada (efeito mais constante) ou restrita/seletiva; -Formas líquidas de ação rápida (duodeno) -> absorção COMPLETA até chegada no duodeno. É ABSORVIDA ANTES DE CHEGAR NO DUODENO Via oral (v.o.)- Desvantagens -Efeito de 1ª passagem hepática -> O fígado metaboliza substâncias -> “Filtro” de substância que ingerimos -> TODO fármaco absorvido pelo intestino passa pelo fígado antes de chegar na circulação sistêmica ampla = há a possibilidade de metabolização do fármaco (perda) -> faz com que, em via oral, as doses sejam muito grandes -Metabolismo intestinal -> células intestinais possuem enzimas que podem metabolizar o fármaco -↑eliminação pré-sistêmica: perda muito grande do fármaco antes que ele chegue na circulação sistêmica -Necessidade de dissolução do medicamento (sólido) -Varia com pH, alimentos e motilidade -Irritação gástrica, emese, diarreia (Ex. AINES, anticoncepcionais) -Inativação de compostos (Ex. insulina, heparina) -Pouca absorção de substâncias complexas (Ex. neomicina) Via Oral- Vantagens ✓ Via de ação local TGI (Ex. antiácidos, antimicrobianos) ✓ Múltiplas opções de formas farmacêuticas ✓ Cômoda, bem aceita e acessível ($) ✓ Assistência em sobredose Via sublingual -Não serve para todo medicamento: Fármacos muito hidrofílicos não são bons para essa via -> precisam de lipofilia para conseguir atravessar as membranas Fármacos que não se desintegram facilmente com a saliva, não vai permitir a absorção nessa via sublingual - Assoalho oral ↑vascularizado - Transporte transmucoso rápido - Requer ↑lipofilicidade e dissolução - Uso emergencial (Ex. angina, pânico) - Evita 1ª passagem hepática! Via retal -↑vascularização retal (canal anal) -Absorção rápida -Depende de dissolução e motilidade do TGI. -Evita irritação gástrica e vômito -Uso em coma e inconsciência -Pediatria, geriatria e psiquiatria -Evita 1ª passagem hepática: as veias do reto vai diretamente para a circulação sistêmica Formas farmacêuticas para via retal -Enemas e supositórios -Efeito local ou sistêmico -Uso recreativo Administração em compartimentos/cavidades que não a enteral -Subcutânea -Intramuscular -Intravascular -Intradérmica -Respiratória -Intra-articular -Epidural/Intratecal -Intracardíaca o Vantagens das vias parenterais - Pacientes que não cooperam - Fármacos pouco absorvidos v.o. - Ação rápida ou retardada - Efeito local ou sistêmico - Sem efeito 1ª passagem hepática - Sana problemas de adesão -> em pacientes psicóticos que não querem tomar o medicamento - Correção de desequilíbrios de fluidos -> transfusão, concentrado de hemácias o Desvantagens das vias parenterais - Pessoal treinado - Assepsia e complicações correlatas -> sem higienização certa, serve para porta de entrada para microorganismos -Inconveniente cronicamente -Reversibilidade complicada -Desconforto e fobia. Intravascular (i.v.) -Dispensa absorção (100% disponível) -> já leva o fármaco direto na circulação -> sem perdas pré- sistêmicas -Melhor controle na manutenção de níveis plasmáticos (bolo/contínuo) -> anestesias -Hemoterapia (soro, plasma ou substitutos plasmáticos) -Veículo aquoso e solução homogênea -Alterações bruscas no pH e pressão osmótica, hemólise, liberação de substâncias endógenas, etc. *Intravenosa: “diluição” do fármaco e distribuição sistêmica *Intra-arterial: “concentração” pré-sistêmica do fármaco-> concentra-se na mão para depois ir para o coração Intramuscular (i.m.) -Velocidade de ação: i.m. < i.v. -Forma farmacêutica: absorção rápida (aquosa/solúvel -> absorção rápida), ou lenta/mantida em “depósito” (oleosa/cristalizada-> a duração do efeito é muito maior -> INJEÇÃO DE DEPÓSITO) -Circulação local: absorção rápida (deltoide) ou lenta (glúteo) -Adjuvantes vasoconstritores (↓fluxo local, ↓absorção) -> aumenta o efeito de longa duração do fármaco Subcutânea (s.c.) ou hipodérmica -Velocidade de ação: s.c. < i.m. < i.v. -> há pouca circulação na cútis -Depósito melhor tolerado (↓vascularização) -Liberação lenta e sustentada (“depósito”) -Adjuvantes proteolíticos (↑absorção) -> alguma enzima que degrada a matriz subcutânea -Volumes pequenos Via transcutânea (percutânea) -Transposição da pele íntegra até circulação -Usa a pele como local de aplicação e espera-se que ele chegue até a circulação -Fármacos ↑↑↑lipossolúveis -Absorção lenta e sustentada -Pele com atividade metabólica -Alterações estruturais locais -Evita efeito de 1ª passagem hepática -↑adesão e controle do tratamento -Ex. Nicotina, organofosforados, hormônios... -Adjuvantes podem facilitar a penetração cutânea Multifatorial e individualizada -Natureza do fármaco e forma farmacêutica -Ação desejada e alvo (sistêmico/local) -Rapidez e duração do efeito -Idade e condições do paciente -Duração do tratamento; -Adesão ao esquema terapêutico Principais diferenças das vias clássicas -Pico máximo de concentração plasmática; -Velocidade de absorção e duração do efeito
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