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Anna Beatriz Rambaldi | 4° Semestre 17/08 21.2 Farmacocinética: Absorção e Distribuição A farmacocinética avalia a movimentação dos fármacos no nosso organismo (ações do ORGANISMO sobre o FÁRMACO) ● Absorção → entrada do fármaco no plasma ● Distribuição → saída do plasma e distribuição nos líquidos intersticial e intracelular ● Metabolização → passagem pelo fígado ou outros tecidos ● Eliminação → eliminação do organismo na urina, bile ou fezes. ADME: propriedades farmacocinéticas que determinam o início, a intensidade e a duração da ação do fármaco. É o percurso que a medicação realiza no organismo que está sendo medicado, e também toda a ação que a droga administrada sofre ao ser absorvida, transformada ou biotransformada até o seu processo de eliminação corpórea. Farmacocinética - uso ↳ Determinar esquemas posológicos. ↳ Racionalizar o uso da droga ● Melhorar a eficácia terapêutica ● Diminuir o risco de efeitos adversos ● Individualizar a terapia do paciente ● Monitorizar drogas com margem de segurança estreita (margem entre a dose letal e dose terapêutica) OBS: A farmacocinética e farmacodinâmica ocorrem juntas Absorção ↳ Transferência do fármaco do local de administração para a corrente sanguínea ↳ A velocidade e a eficácia de absorção são dependentes da via de administração ↳ Quanto mais rápida a absorção, menor o tempo (tmax) necessário para alcançar a concentração plasmática máxima (cmax) - menor o tempo para atingir a eficácia → Fármacos administrados via intravenosa não tem absorção (biodisponibilidade 100%) - não tem transporte do local de administração para o sangue, é administrado diretamente na circulação sistêmica. Perfil Farmacocinético Aumento da concentração plasmática → fármaco está sendo absorvido Pico do efeito → concentração máxima efetiva - atingiu a quantidade máxima que causa os efeitos desejados ↳ Nesse exemplo gráfico, a meia vida do fármaco (3) está abaixo da concentração mínima para efeitos desejados ↳ A queda após o pico indica que o fármaco está sendo metabolizado e eliminado Vias de administração de medicamentos ↳ Não existe melhor via, depende das necessidades, do paciente (idade, patologias), etc Administração local ● Conjuntiva ● Intracardíaca ● Intravaginal ● Dérmica (adesivos) Administração sistémica ↳ Enteral → utiliza o TGI ● Oral ● Retal ● Sublingual (sem efeito de primeira passagem) ↳ Parenteral → fora do TGI - introduz direto na circulação sistêmica (fármacos pouco absorvidos pelo TGI ● Intravenosa ● Intramuscular ● Subcutânea Vias de administração Membrana de absorção Oral Mucosa do TGI Sublingual Mucosa oral Retal Mucosa retal Respiratória Mucosa nasal, traqueal, brônquica e alveolar IM Endotélio capilar e linfático Subcutânea Endotélio capilar e linfático Transdérmica, tópica Epiderme IV Não há absorção ↳ A absorção depende da lipossolubilidade e tamanho do fármaco ↳ Quanto mais afastado de vasos sanguíneos o fármaco for administrado mais lenta será a absorção Ex: ↳ via sublingual tem absorção rápida por ser um local bem vascularizado ↳ Insulina - via subcutânea (menor vascularização devido a presença de tecido adiposo) - absorção lenta, garante uma concentração mínima eficaz e evita hipoglicemia Via oral ↳ Absorção do fármaco ocorre no intestino delgado - local mais favorável ● Área bem vascularizada ● Microvilosidades - maior superfície de absorção → Medicamentos sólidos precisam passar por uma desintegração para serem absorvidos ↳ Após atingir o intestino delgado, o fármaco cai no sistema porta hepático (antes de chegar na circulação sistêmica) e chega ao fígado, onde sofre metabolização Efeito de primeira passagem → fração do fármaco que é metabolizada pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica Via oral: fármaco fica mais submetido ao efeito de primeira passagem - limita a eficácia do fármaco Via parenteral ↳ IV começa de cima por não ter absorção - o pico do efeito já é no momento de aplicação ↳ Um dos fatores que define se a absorção será mais rápida ou lenta é o local de administração (presença de vasos sanguíneos) Transporte através de membranas Movimento dos fármacos através das barreiras celulares ↳ Difusão passiva - sem gasto de ATP, lipossolúvel - pela membrana, canal ou poro aquoso ↳ Difusão facilitada - proteínas transportadoras ↳ Transporte ativo - gasto de ATP (contra o gradiente de concentração) ↳ Endocitose - fármaco com molécula grande a. via transcelular → passa por dentro da célula b. Via paracelular → passa entre as células c. Endocitose → mediada por receptor d. Endocitose pelo sistema linfático → é jogado direto no sistema linfático → As barreiras fisiológicas para os fármacos são as membranas lipídicas → O transporte dos fármacos ocorre sempre do local de maior gradiente de concentração para o menor gradiente de concentração ↳ O fármaco irá sempre para a corrente sanguínea, seguindo o gradiente de concentração, pois no local que o fármaco foi administrado sua concentração será sempre maior que na corrente sanguínea. Fatores envolvidos na absorção Fatores que influenciam a absorção 1- Efeito do pH na absorção do fármaco 2- Fluxo de sangue no local da absorção 3- Área ou superfície disponível para absorção 4- Tempo de contato com a superfície de absorção Fatores ligados ao medicamento ● Solubilidade ● Peso molecular ● Grau de ionização (pH) ● Concentração ● Forma farmacêutica Fatores ligados ao local de administração ● Vascularização local ● Superfície de absorção ↳ Quanto mais longe de vasos sanguíneos um fármaco for administrado, mais barreiras ele terá que atravessar - mais tempo levará para ser absorvido ↳ Locais muito vascularizados tem absorção mais rápida ↳ Quanto maior a superfície de contato maior é a absorção Intestino delgado → maior área de absorção ↳ Microvilosidades ↳ Vascularização Fatores que influenciam na absorção dos fármacos ● Alimentos → podem formar complexos insolúveis com a substância ativa, o que diminuiria sua absorção. ↳ A presença de alimento no estômago dilui o fármaco e retarda o esvaziamento gástrico → fármaco demora mais para chegar ao intestino → absorção é mais lenta ● Esvaziamento gástrico → é estimulado pela alimentação, ocorrendo aumento da motilidade intestinal diminui o tempo disponível para absorção do fármaco. ● Condições patológicas → como problemas gastrointestinais, por exemplo Solubilidade dos fármacos Compostos hidrossolúveis → solúveis em água ↳ Água tem carga elétrica → polar ↳ Composto hidrossolúvel tem carga/é polar ↳ Por apresentarem carga, esses compostos têm dificuldade para atravessar a membrana celular (bicamada lipídica) Compostos lipossolúveis → solúveis em lipídios ↳ Sem carga elétrica - apolares ↳ Passa mais facilmente pela membrana celular Principal via de excreção do organismo humano → urina Maior parte da urina → água ↳ Logo, substâncias hidrossolúveis são mais facilmente excretados pela urina ↳ Os fármacos lipossolúveis são reabsorvidos → retornam para a corrente sanguínea Coeficiente de partição óleo/água ↳ Avalia a solubilidade dos compostos - o quanto é solúvel em óleo ou em água ↳ Descreve a razão entre a fração do fármaco dissolvida em óleo pela fração dissolvida em água. ● Cp elevado → maior é o coeficiente de oleosidade (Cóleo) do composto → mais lipossolúvel → maior absorção ↳ Cp levado - composto não sofre tanta interação com a água ● Cp baixo → menor é o coeficiente de oleosidade (Cóleo) do composto → menos lipossolúvel → menor absorção ↳ Quanto mais próximo de 0 o Cp mais hidrossolúvel é o fármaco Ex: Fármacos anticonvulsivantes ● Tiopental - coeficiente O/A: 580 → lipossolúvel ● Fenobarbital - coeficiente O/A: 3 → hidrossolúvel Tiopental é mais utilizado para induzir anestesia → atravessa mais rapidamente as membranas celulares → queda de ansiedade mais rapidamente, facilitando a anestesia Fenobarbital usado para tratamento de epilepsia, por exemplo → paciente tomará mais doses por dia pH, pKa e grau de ionização Os fármacos são compostos químicos ↳ São bases fracasou ácidos fracos ⬇ Moléculas que se dissociam parcialmente em meio aquoso ⬇ Favorece a absorção → Se for totalmente hidrofílico não passa a membrana, mas se for totalmente lipofílico é 100% insolúvel aos líquidos do organismo ↳ O revestimento dos medicamentos protege o princípio ativo de ação química (principalmente conteúdo gástrico) Ex: consumir medicamentos com coca cola (tem ácido fosfórico) → interfere no revestimento da forma farmacêutica → expõe antecipadamente o princípio ativo → perda da eficácia do fármaco Grau de ionização ↳ A carga elétrica do composto interfere diretamente na absorção ● Fármaco mais ionizado → mais polar → mais difícil passar pelas barreiras → menor absorção ● Parte não-ionizada (não sofreu mudança química e elétrica) → mais lipossolúvel → mais facilmente absorvido pKa → constante de dissociação - capacidade do fármaco ionizar em meio aquoso ↳ Dissociação interfere na lipossolubilidade: Dissocia → carga → aumenta a solubilidade em água → menor absorção pH Fármaco ácido → atua melhor em ambiente ácido ↳ são melhor absorvidos em pH ácido, porque estão predominantemente na forma molecular. ↳ em pH alcalino tem baixa lipossolubilidade, pois estão predominantemente na forma ionizada. Ex: AAS - é ácido → dissolução começa no estômago Fármaco básico → atua melhor em ambiente básico ↳ são melhor absorvidos em pH alcalino, porque estão predominantemente na forma molecular. ↳ em pH ácido tem baixa lipossolubilidade, pois estão predominantemente na forma ionizada. Ex: são elaborados para dissolução ocorrer no intestino - devem ter proteção contra a acidez estomacal (cápsula revestida, revestimento de liberação prolongada) → permite passagem pelo estômago sem sofrerem tanta exposição → dissolução no intestino Anestesia X Inflamação ● Inflamação → pH ácido ● Anestésico → pH básico Aplicação de anestésico em locais inflamados → neutralização → anestésico sem efeito ↳ Primeiro deve ser corrigido o problema inflamatório e depois realizar o procedimento com anestesia Gastrite ↳ Normalmente → liberação de HCl apenas durante a digestão ↳ Na gastrite o paciente libera HCl em qualquer período do dia → não há problema em usar um fármaco ácido → não sofre ionização, mas pode aumentar ainda mais a acidez desse estômago Ideal → usar um fármaco que “fuja” do estômago - presença de cápsula, revestimento entérico Ácidos ↳ Libera H+ HA → forma molecular (não ionizada) ⬇ Atravessa barreira celular - lipossolúvel (carga elétrica compatível com a membrana celular) HA → H+ + A- (forma ionizada) → polar → não atravessa barreira celular Base ↳ Consome H+ Fármaco básico no estômago Presença de espécies ionizadas → aumenta o grau de ionização → diminui a absorção Fármaco básico no intestino delgado (pH alcalino) Forma base novamente → reduz o grau de ionização → melhora a absorção Forma não ionizada = maior absorção: → Drogas que são ácidos fracos encontram-se na forma lipossolúvel (forma não ionizada/molecular) em maior quantidade em um pH ácido. → Drogas que são bases fracas encontram-se na forma lipossolúvel (forma não ionizada) em maior quantidade em um pH básico. Pré-fármaco → ainda não está em sua forma ativa ↳ Se torna ativo na passagem pelo fígado → caem na corrente sanguínea em sua forma ativa (aumenta a biodisponibilidade) Aprisionamento iônico → gerar íons - fármaco em pH oposto ↳ perda da lipossolubilidade - absorção prejudicada - não atravessa as barreiras - ocorre o aprisionamento iônico Distribuição ↳ É a transferência reversível de um fármaco do sangue para os tecidos ↳ A distribuição é realizada pela corrente sanguínea - meio pelo qual chega aos tecidos sangue → interstício → células - tecidos → retorna à corrente sanguínea ↳ O fármaco pode ser distribuído livre ou complexado a proteínas plasmáticas ↳ Para fármacos administrados por via intravenosa (sem absorção) a fase inicial é a distribuição Fatores que influenciam na distribuição dos fármacos no organismo 1. Perfusão sanguínea - quanto maior a perfusão maior a distribuição ↳ órgãos com fluxo sanguíneo intenso tem maior suscetibilidade aos fármacos (distribuição é mais rápida) 2. Ligação às Proteínas plasmáticas 3. Ligação dentro dos compartimentos (reservatórios) 4. Solubilidade - apenas drogas lipossolúveis passam a barreira celular (natureza química do fármaco) 5. Permeabilidade através das barreiras biológicas - estrutura capilar e natureza química do fármaco ● Fígado e baço → capilares descontínuos e grandes - passagem de substâncias é facilitada (podem passar moléculas maiores) ● Cérebro → estrutura capilar contínua (sem fenestras) - apenas fármacos lipossolúveis passam ou os que possuem transportadores ativos 6. pH do meio e pKa do fármaco - Ex: paciente em acidose - pode interferir no efeito de medicamentos (um fármaco básico irá ionizar e ficar menos lipossolúvel, comprometendo sua absorção) Drogas hidrossolúveis conseguem passar pelas junções celulares (via paracelular), mas não pela membrana plasmática Formas de Distribuição Droga livre → dissolvido no plasma (fármaco de pequeno tamanho molecular e solúvel) ↳ Apenas o fármaco livre irá da corrente sanguínea para os tecidos (capaz de atravessar a barreira endotelial) - ação farmacológica - é distribuído ↳ Uma parte do fármaco livre na corrente sanguínea pode ser metabolizado, facilitando sua excreção FÁRMACO LIVRE ⬇ AÇÃO FARMACOLÓGICA Ou seja, somente fármacos livres são capazes de atuarem em seu sítio de ação Droga conjugada → ligado às proteínas plasmáticas (α-glicoproteína ácida e albumina) ↳ Ligação com as proteínas é reversível ↳ Droga conjugada não consegue atravessar barreiras e chegar aos tecidos (vira uma molécula grande) - fica retida no sangue ↳ Forma não difusível Predominantemente ocorre a ligação entre: ● Fármacos ácidos → albumina ● Fármacos básicos → α-glicoproteína ácida → A albumina - principal proteína ligadora - pode atuar como reserva de fármaco (a medida que o fármaco livre diminui , pela eliminação, o fármaco ligado se dissocia - mantém fração constante do fármaco total no plasma) Alta afinidade do fármaco com proteínas - há mais fármaco conjugado (não é 100%, apenas a maior parte) ↳ Distribuição lenta - só chega ao tecido quando se solta da proteína (leva mais tempo para isso ocorrer) ↳ Metabolismo diminuído - apenas fármaco livre é metabolizado ⬇ AÇÃO PROLONGADA (fica mais tempo no organismo) Quando o fármaco se desprende da proteína (fármaco livre) → fica disponível para o tecido Baixa afinidade do fármaco com as proteínas ↳ Distribuição elevada (fica livre) ↳ Metabolismo elevado (principalmente ao passar pelo fígado) ⬇ BAIXO TEMPO DE AÇÃO (fica menos tempo no organismo) Ligação do fármaco às proteínas plasmáticas A quantidade de fármacos que se ligam as proteínas são dependentes de três fatores: ↳ Concentração do fármaco ↳ Afinidade do fármaco pelos locais de ligação ↳ Concentração das proteínas (Ex: hipoalbuminemia - menos fármaco ligado - maior distribuição / hiperalbuminemia - mais fármaco ligado - menor distribuição) Uso de dois ou mais fármacos ↳ Depende da força de ligação (afinidade) do fármaco com a proteína ↳ Quem tem maior afinidade pela proteína desloca o outro fármaco - apenas o fármaco de alta afinidade fica ligado à proteína, afetando a distribuição do fármaco de menor afinidade, que ficará mais livre e sofrerá distribuição maior (aumento de seu efeito) → Fármacos que têm afinidades diferentes pelo mesmo sítio de ligação competem por este local e um desloca o outro. ↳ O fármaco laranja tem maior afinidade pela proteína, deslocando o fármaco verde (menor afinidade), o qual fica mais livre, sofrendo maior distribuição, o que resultará em um efeito potencializado ↳ Isso pode ser perigoso quando se trata de medicamentos com baixa janela terapêutica, pois se sua distribuição e efeito forem aumentadas podem atingir a dose letal/tóxica com maior facilidade Caso Clínico 1 Um paciente com histórico de AVC, fazia uso crônico do anticoagulante Varfarina (Marevan®), que se ligafortemente à proteínas plasmáticas. Este mesmo paciente iniciou o tratamento por 5 dias com Diclofenaco de sódio para o alívio dos sintomas de uma distensão muscular. No entanto, fármacos como o Diclofenaco também se ligam fortemente à proteínas plasmáticas (com mais afinidade do que a Varfarina) e podem influenciar no efeito terapêutico da Varfarina. Explique que efeitos podem ocorrer e porquê? Poderá ocorrer hemorragia interna, pois o diclofenaco se liga mais fortemente às proteínas plasmáticas, deslocando a varfarina, que fica mais livre na corrente sanguínea, elevando sua distribuição, o que potencializa seu efeito anticoagulante, com o risco de hemorragia. Ligação a proteínas plasmáticas ↳ Alguns fármacos se ligam fortemente (≈ 90%) a proteínas plasmáticas Ex.: Anticoagulantes orais, fenitoína, estrógeno, glicocorticóides, diazepam, AINES; ↳ A competição entre dois fármacos à ligação às proteínas plasmáticas resulta em um aumento da fração livre de um ou ambos os fármacos. Resultado: Intensificação da resposta farmacológica e/ou tóxica. - quanto menor a janela terapêutica, maior esse risco Reservatórios de drogas Locais onde a droga se encontra em maior concentração do que no plasma e LEC ↳ Os fármacos podem acumular por se ligarem a: lipídeos, proteínas ou ácidos nucleicos ↳ Os reservatórios nos tecidos podem servir de fonte principal de fármaco e prolongar sua ação ou causar toxicidade local ao fármaco ↳ Depende da afinidade do fármaco pelo tecido ↳ Os fármacos podem retornar dos reservatórios, mas esse processo pode ser demorado - se a perfusão do tecido for baixa, o fármaco ficará depositado por mais tempo ↳ Quanto maior a perfusão do órgão, mais fármaco ele recebe em um primeiro momento (mais rápida é a distribuição) ↳ Com o passar do tempo, a concentração do fármaco nos tecidos é alterada - deposição Ex: tiopental - deposita na gordura Deposição Seletiva ↳ Arsênico se deposita em células queratinosas ↳ Tetraciclina se deposita em ossos - manchas nos dentes ↳ Inseticidas clorados depositam-se em tecidos adiposos Caso Clínico 2 Um indivíduo irá se submeter a uma cirurgia cardíaca. O mesmo está utilizando propranolol. Antes da cirurgia, o paciente não apresentava sinais de intoxicação pelo referido fármaco. Porém, após a cirurgia passou a apresentar sinais/sintomas de intoxicação pelo propranolol. Sabendo-se que o propranolol é lipossolúvel e que o paciente emagreceu devido a cirurgia, explique porque ocorreu o aumento de efeito do referido fármaco. Com o emagrecimento, houve perda de tecido adiposo, com consequente redução das barreiras que esse fármaco precisa atravessar, o que torna sua distribuição maior, resultando em seu maior efeito. ↳ Deveria ter sido realizado um ajuste da dosagem do medicamento após o emagrecimento do paciente. Solubilidade ● Fármacos lipossolúveis → atravessam FACILMENTE a membrana endotelial e quanto MAIOR a taxa de perfusão do tecido MAIOR será a velocidade de distribuição. ● Fármacos polares e de alto peso molecular → DIFICILMENTE atravessam a membrana endotelial e a velocidade de distribuição é limitada pela taxa de difusão. - devem passar por junções com fendas
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