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APOSTILA CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO

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CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PUNÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL 
TOTALMENTE IMPLANTADO CVC-TI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PUNÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL 
TOTALMENTE IMPLANTADO CVC-TI 
 
 
 
 
 
 
 
 Apostila organizada pelas enfermeiras Anna Karoline 
Fossa, Franciele Arconti e Karine Vieira para aplicação do 
Curso de Capacitação para Punção do Cateter Venoso 
Central Totalmente Implantado CVC-TI, promovido por 
Hammes Cursos. 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. DEFINIÇÃO 
1.2 ESCOLHA DAS VEIAS ....................................................................................................... 6 
2. CÓDIGO DE ÉTICA ................................................................................................................ 7 
3. INDICAÇÕES .......................................................................................................................... 8 
4. CONTRAINDICAÇÃO ............................................................................................................ 8 
5. RECOMENDAÇÕES ESPECIFICAS PARA CATATER CENTRAL 
TOTALMENTE IMPLANTADO ................................................................................................... 9 
6. LOCAL DE INSERÇÃO E CURATIVOS ............................................................................... 9 
6.2 CURATIVO ........................................................................................................................ 10 
7. PROCEDIMENTO DE PUNÇÃO DO RESERVATÓRIO ................................................... 10 
8. REMOÇÃO DA AGULHA .................................................................................................... 12 
9. VANTAGENS E DESVANTAGENS .................................................................................... 13 
10. COMPLICAÇÕES, PREVENÇÃO E TRATAMENTO .................................................... 14 
10.1 SINAIS DE PINÇAMENTO.................................................................................................. 15 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1. DEFINIÇÃO 
 
O cateter venoso central (CVC) totalmente implantável surgiu em torno de 1982, 
para substituir os cateteres semi implantáveis. É composto por um cateter de silicone ou 
poliuretano, acoplados a um reservatório de silicone, plástico ou titânio, implantado no 
tecido subcutâneo. 
 
Figura 1: Fonte: http://drfelipeades.com/2016/05/24/conheca-o-port-a-cath-ou-cateter-totalmente-implantado-
umaimportante-ferramenta-no-tratamento-com-quimioterapia/ 
 
São chamados de “totalmente implantados” por não apresentarem nenhuma parte 
exteriorizada após sua instalação. Cateter cirurgicamente implantado totalmente abaixo 
da pele, tunelizado, tem uma bolsa subcutânea (“Port”) com membrana auto selante 
(septo), que pode ser acessada por agulha huber inserida através da pele. 
O implante consiste na realização uma incisão na parte superior e mediana do 
tórax, geralmente próxima a clavícula, para a formação de uma loja para a instalação do 
reservatório sob uma protuberância óssea. Conforme figura 1 e 2. 
5 
 
 
 Figura 1 - Implante do cateter Figura 2 – Implante do cateter 
 
 
Permite um acesso ao sistema vascular central, sem um cateter na parte externa da 
pele, gerando menos índice de infecção, devido as características da inserção, tunelização 
e o cateter totalmente implantado. Possibilidade de mobilidade e que causa menor 
alteração da imagem corporal. Inicialmente, seu uso foi direcionado somente para os 
pacientes em tratamento oncológico, que necessitava de um cateter frequente e 
intermitente. Atualmente o tratamento é indicado para as terapias prolongadas. 
 
 
Figura 2: Fonte: https://sonianiara.files.wordpress.com/2015/02/port-a-cath-placement.jpg 
 
 
 Para acessar o dispositivo, é necessário realizar uma punção com uma agulha 
especial, denominada agulha do tipo Huber. O septo de silicone suporta em torno de 2.000 
 
6 
 
punções, quando puncionado com material adequado, principalmente a característica de 
ser auto selante após a retirada da agulha. 
 
 
 Figura 3 - Fonte: http://jr-pca.com/2016/06/6-6-2016-chemo-treatments-scheduled/ 
 
 
 Figura 4 -Fonte: https://www.calcey.com/blog/calcey-helps-ease-the-pain-in-kids-who-have-cancer/ 
 
 
1.2 ESCOLHA DAS VEIAS 
 
Inicialmente, as veias de escolha são subclávias, cefálica, jugular externa e interna, 
devido à facilidade no acesso a esses vasos durante o procedimento cirúrgico, o que reduz 
o estresse do paciente e o tempo de exposição cirúrgica. Como segunda opção, utilizam-
se as veias braquial, safena e femoral que, além do acesso ser mais difícil, o que torna o 
procedimento cirúrgico mais demorado e traumático para o paciente, também facilita o 
desenvolvimento de trombose. 
7 
 
Além das localizações venosa, estes cateteres também podem ser arteriais, 
destinado à infusão de quimioterápicos através de artéria próxima ao leito tumoral; 
Peritoneal: a extremidade deve permanecer em região peritoneal; Intra-espinhal: 
destinada à administração de drogas analgésicas diretamente no espaço extradural. 
 
 
 
2. CÓDIGO DE ÉTICA 
 
A punção do cateter totalmente implantado é atividade privativa do enfermeiro 
pelo Conselho Federal de Enfermagem. A manipulação não é caracterizada como 
atividade privativa do enfermeiro pelo Conselho Federal de Enfermagem, no entanto, os 
artigos 17º e 18º do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelecem que 
os cuidados de enfermagem privativos ao enfermeiro são aqueles de maior complexidade 
 
8 
 
técnica, que exigem conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões 
imediatas. Desta forma, torna-se possível inferir que a responsabilidade pela manipulação 
do cateter venoso central totalmente implantável deve ser restrita ao enfermeiro. 
 
3. INDICAÇÕES 
 
• Terapia de longa permanência >3meses; 
• Antibioticoterapia prolongada; 
• Infusão de quimioterápicos; 
• Hemoderivados; 
• Nutrição parenteral; 
• Coleta de sangue para exames laboratoriais; 
• Pacientes com fragilidade capilar; 
• Desnutrição; 
• Esclerose venosa. 
4. CONTRAINDICAÇÃO 
• Trombose; 
• Síndrome da veia cava superior; 
• Tamponamento cardíaco; 
• Sempre que o tamanho do corpo do paciente for insuficiente para o tamanho 
do dispositivo implantável; 
• Sempre que o paciente for ou suspeitar-se que seja alérgico aos materiais 
contidos no dispositivo; 
• Caso exista doença crônica obstrutiva grave de pulmão; 
• Caso o local onde se pretenda inserir o acesso tenha sido irradiado previamente 
; • Caso o local de implante tenha sofrido previamente episódios de trombose 
venosa ou procedimentos cirúrgicos vasculares; 
• Caso características do tecido local não venham a permitir a adequada 
estabilização e/ou acesso ao dispositivo. 
 
 
 
 
9 
 
 
5. RECOMENDAÇÕES ESPECIFICAS PARA CATATER 
 CENTRAL TOTALMENTE IMPLANTADO 
 
 
• Devem ser inseridos cirurgicamente em ambiente controlado, como centro 
cirúrgico e sala de hemodinâmica; 
• Os reservatórios são implantados em uma loja subcutânea, geralmente na 
região peitoral entre o esterno e o mamilo. Escolher veia subclávia, jugular 
ou cefálica; 
• A punção do reservatório (port) deve ser realizada com agulha angulada, 
própria para uso na membrana do reservatório (agulha tipo Huber). Não 
utilizar agulha hipodérmica ou dispositivo com asas ecânula metálica 
(escalp) pois podem danificar o septo do reservatório e aumentar os riscos 
de extravasamento; 
• Durante a punção, utilizar máscara cirúrgica (profissional e paciente), 
touca, e luvas estéreis, obedecendo à técnica asséptica; 
• Realizar antissepsia da pele com clorexidina alcoólica 0,5% antes de 
puncionar o reservatório; 
• Manter a agulha por até sete dias, protegida por cobertura estéril; 
• Garantir estabilização da fixação, evitando mobilização da agulha tipo 
Huber; 
 
6. LOCAL DE INSERÇÃO E CURATIVOS 
 
• Avaliar o local que será puncionado, não puncionar na presença de lesões 
cutâneas locais, sinais flogisticos no sítio de inserção do cateter, hemocultuta 
positiva para cateter 
• Avaliar diariamente o local da inserção do cateter, e da agulha; 
• Utilizar a agulha de menor calibre e comprimento possível; 
• Trocar a agulha a cada 7 dias; 
• Em caso de deslocamento da agulha do portal, deve ser retirada e realizar uma 
nova punção; 
• Utilizar máscara cirúrgica e luvas estéreis, obedecendo à técnica asséptica. 
• Proteger o local da punção durante o banho, orientar o paciente sobre a proteção; 
10 
 
• Utilizar solução alcóolica de digluconato de clorexidina 2%, em crianças 
menores de 2 meses, utilizar iodo-povidine. 
• Permitir que solução alcóolica evapore antes de puncionar o cateter. 
• Utilizar película transparente ou gaze e fita hipoalergênica para ocluir o local de 
inserção; 
• A película deve ser trocada a cada 7 dias, e a fita a cada 48h, caso o curativo 
esteja úmido, sujo ou solto, trocar imediatamente. 
• Sempre identificar o curativo com o tipo e calibre da agulha utilizada, assim 
como data, horário e o nome do Enfermeiros que realizou a punção e/ou a troca 
do curativo. 
• Caso utilize gaze, trocar diariamente (INS). 
 
6.1 CURATIVO 
 
Material Necessário 
• Luva de procedimento; 
• Luva cirúrgica estéril ou kit de curativo; 
• Soro Fisiológico 0,9%; 
• Clorexidina alcoólica 0,5%; 
• Agulha tipo Huber; 
• Gaze; 
• Campo estéril fenestrado; • Filme Transparente semipermeável; 
• Saco para lixo. 
 
7. PROCEDIMENTO DE PUNÇÃO DO RESERVATÓRIO 
 
• Lavar as mãos antes e após examinar a região do cateter, se existe edema, 
eritema, secreção ou desconforto; 
• Calçar luvas de procedimento e apalpar o reservatório do Port, delimitar 
bordas e verificar o tamanho ideal da agulha; 
• Separar o material; 
• Lavar as mãos; 
• Realizar a paramentação conforme protocolo institucional; 
11 
 
• Realizar antissepsia da pele com solução de clorexidina alcoólica 0,5% 
iniciar do ponto de inserção expandindo em um perímetro de 10cm câmara 
para a inserção de uma agulha estéril. Se houver uma contraindicação para 
clorexidina, tintura de iodo a 70% também pode ser usado. 
• Permitir que o antisséptico seque completamente da pele, antes da punção. 
• Encaixe uma seringa com 10 ml de solução salina estéril à ligação do tipo 
fecho luer proximal do conjunto de perfusão de segurança de agulha 
huber. Segure na prega texturizada e retire a tampa da agulha. Encha e 
irrigue o conjunto de perfusão; 
• Fazer a palpação do Port, delimitar as bordas com a mão não dominante e 
com a mão dominante insira a agulha perpendicularmente no septo da 
câmara com ângulo de 90º em movimento único. Nota: A pega e a base 
texturizadas não se encontram conectadas. Pode posicionar a base na pele 
conforme for necessário; 
• Verifique a patência. Coloque um filme transparente semipermeável e fixe 
o local de acordo com o protocolo institucional. Inicie a injeção, perfusão 
ou aspiração do sangue, de acordo com o procedimento institucional. 
• Escolher a agulha mais fina que atenda a terapia intravenosa prescrita. Para 
reduzir o risco de deslocamento da agulha durante o acesso, use uma 
agulha de um comprimento que permite que a agulha se aproxime da pele 
e de forma segura dentro (da porta) do Port; 
• A agulha ficará justaposta no paciente, adequar o posicionamento da 
agulha para melhor fixação e adesão do curativo transparente ou gaze e 
fita; 
• Caso necessite, ajuste a base da agulha ao paciente; 
• Após puncionado, irrigue a câmara de acordo com o protocolo 
institucional. O local deve receber um curativo estéril; 
• O local deve ser avaliado diariamente; 
 
 
12 
 
 
 
 
8. REMOÇÃO DA AGULHA 
 
• Após a conclusão da terapêutica ou na troca de punção conforme protocolo 
institucional; segundo a INS 2016 e CDC, a troca de punção e curativo deve 
ser a cada 7 dias. Irrigue a câmara de acordo com o protocolo institucional. 
Feche a pinça corta fluxo durante a infusão para formar pressão positiva no 
interior do cateter. Estabilize o Port segurando fixamente a base para baixo 
com os dedos da mão não dominante e, com os dedos da mão dominante retirar 
a agulha huber; (5A) 
• Para as agulhas com dispositivos de segurança, segurar firmemente a base da 
agulha huber com a mão não dominante e com os dedos da mão dominante 
puxar no ângulo de 90, até sentir que atingiu o final, será acionado o 
dispositivo de segurança e a agulha se encontra bloqueada na posição de 
segurança. 
• Elimine o conjunto num recipiente para objetos perfuro cortantes. (5B) 
• De acordo com o CDC, INS, ANVISA para a manutenção, realizar o flushing 
pulsátil com 10ml SF0,9% e heparinizar de 3 a 5ml da solução de 100UI/ml; 
 
 
 
 
 
 
Delimitar as bordas 
do reservatório e 
puncionar no centro 
13 
 
 
Passo a passo do processo de punção e curativo do cateter totalmente implantado. 
 
 
9. VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 
VANTAGEM DESVANTAGEM 
Menor risco de infecções e complicações 
relacionadas ao cateter quando usado de maneira 
intermitente. 
Cuidado após a implantação durante 7 a 10 
dias. 
Melhor qualidade de vida para 
 pacientes oncológicos. 
Menor interferência nas atividades de vida social, 
trabalho, esporte e lazer. 
Requer manutenção mínima (sem curativos e 
heparinização /salinização mensal, quando não 
estiver em uso) e esteticamente não visível. 
Repetidas punções para acessar o dispositivo 
podem causar desconforto ao paciente, em 
especial para crianças. 
Existe no mercado pomadas anestésicas pré 
punção para diminuir este desconforto. 
Pode permanecer implantado de meses a anos Alto custo para inserção e remoção, devido ser 
no centro cirúrgico. 
Acesso fácil para administração de fluidos, 
hemoderivados, medicamentos e contrastes. 
Deixam cicatriz após sua retirada. 
Atualmente há várias técnicas cirúrgicas que 
diminuem este fator, preocupação com a 
estética. 
Menor alteração da autoimagem do paciente 
devido a não existência de um cateter no exterior 
do corpo. 
 
14 
 
Poucas limitações às atividades do paciente, 
podendo até mesmo nadar quando o cateter não 
estiver puncionado 
 
Necessidade de poucas lavagens/flush 
 
 
10. COMPLICAÇÕES, PREVENÇÃO E TRATAMENTO 
 
Infecção 
A infecção é a mais frequente complicação relacionada ao uso de cateter. Pode 
ocorrer tanto na loja subcutânea, na qual o port está instalado, quanto ao longo do túnel 
subcutâneo onde o cateter está inserido, colocando o paciente em risco de sepse devido à 
comunicação direta do cateter com a circulação central. A melhor maneira de preveni-la 
é por meio da utilização de técnica estéril durante o manuseio do cateter; além do prazo 
estabelecido para a troca da agulha, equipos e conexões. 
Após a confirmação da infecção utilizando a comparação entre a hemocultura 
colhida do cateter e a hemocultura colhida por via periférica, a identificação do sítio de 
infecção e do microorganismo é que se deve instituir a antibioticoterapia adequada, pelo 
médico responsável. Nos casos em que o paciente não responde à terapêutica, a retirada 
do cateter pode ser indicada. 
Obstrução 
A obstrução destes dispositivosdecorre da formação de trombos, fibrina ou 
precipitação de drogas. A principal conduta para prevenir os casos de obstrução de cateter 
é o flushing pulsátil com 20ml de solução salina, regularmente, entre a administração de 
dois ou mais medicamentos e após o uso do dispositivo, seguida da utilização de lock 
conforme protocolo institucional 
Nos casos em que a obstrução está confirmada, a terapia fibrinolítica é o único 
tratamento possível, cabendo a cada instituição determinar o fibrinolítico mais adequado, 
a dose terapêutica bem como a técnica de desobstrução. 
 
15 
 
Pinch off 
O pinçamento acontece quando o cateter é comprimido ciclicamente a falha por 
fatiga pela clavícula ou primeira costela ou "devido a aprisionamento no complexo do 
ligamento costoclavicular do músculo subclávio, que amarra ou comprime o dispositivo 
durante movimentos". 
 
 
 
É bem documentado que o risco de pinçamento pode ser minimizado através da 
técnica de inserção correta. Especificamente, pode ser prevenido ao usar a veia jugular 
interna para acesso ao invés da veia subclávia. Ou empregar técnicas de punção guiadas 
por imagem para entrar na veia lateral à primeira costela. 
 
10.1 SINAIS DE PINÇAMENTO 
 
Clínicos: 
• Dificuldades para retirar sangue; 
• Resistência à perfusão de fluidos 
16 
 
• Mudança de posição do paciente necessária para perfusão de fluidos ou retirada de 
sangue; 
Radiológicos: 
• Distorção de grau 1 ou 2 no raio-x do tórax. O grau de gravidade do pinçamento deve 
ser avaliado antes da sua extração. Pacientes indicando qualquer grau de distorção do 
cateter na área da clavícula/primeira costela devem ser seguidos com afinco. Há graus 
de pinçamento que devem ser reconhecidos com raios-x apropriados do tórax do 
seguinte modo: 
 
 
 
O uso de agulha de tamanho adequado são formas de prevenir o extravasamento 
causado pela inserção incompleta da agulha no port. Já o deslocamento da agulha, pode 
ser evitado com um curativo bem fixado à pele e que proteja inteiramente a agulha, 
evitando o tracionamento dos equipos conectados ao cateter. Extravasamento ocasionado 
pela fratura do cateter, somente aquela decorrente da forte pressão exercida pelas seringas 
de pequeno calibre (1ml e 3ml) pode ser prevenida. Portanto, durante o manuseio do 
cateter totalmente implantado utilizam-se seringas com calibre igual ou superior a 10 ml. 
Outras formas de prevenção do extravasamento incluem monitorar frequentemente o local 
de punção, confirmar retorno venoso antes de iniciar infusão medicamentosa, além de 
17 
 
orientar ao paciente que evite manipulação do curativo e tracionamento de equipos 
conectados ao cateter. 
Exteriorização do port 
É uma complicação encontrada com pouca frequência, o que leva a sugerir que 
sua ocorrência seja rara, embora desconhecida. A ocorrência deve-se à lesão da pele sobre 
o port e estruturas circunjacentes ao dispositivo, principalmente por deiscência da incisão 
cirúrgica, repetidas punções no mesmo local ou perda da viabilidade do tecido sobre o 
port que pode acontecer devido à perda de peso acentuada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
BARD ACCESS SISTEM: Manual de Informações ao Usuário (IFU). [Acesso em 05 
de outubro de 2018]. Disponível em: 
http://www.bardaccess.com/assets/literature/0732411_SafeStep_Intl_IFU_web. pdf 
 
 
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção 
relacionada a assistência à saúde. Online. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 
2017. [Acesso 04 de outubro 2018]. 
 
 
Conselho Regional da Enfermagem de São Paulo (Brasil). Parecer CT COREN SP, de 02 
de outubro de 2013. Ementa: Punção de Cateter Venoso Central de Longa Permanência 
Port-a-cath®️ por profissional de Enfermagem. 
 
 
Conselho Regional da Enfermagem de São Paulo (Brasil). Parecer CT CORENSP043, 
de 13 de agosto de 2013. Ementa: Passagem, cuidados e manutenção de PICC e 
cateterismo umbilical. Revisão e atualização em Junho de 2014. 
 
Gorski L, Hadaway L, Hagle M, et al. Infusion Therapy Standards of Practice. J Infus 
Nurs, 2016. 
 
 
 
 
http://www.bardaccess.com/assets/literature/0732411_SafeStep_Intl_IFU_web.pdf
http://www.bardaccess.com/assets/literature/0732411_SafeStep_Intl_IFU_web.pdf
http://www.bardaccess.com/assets/literature/0732411_SafeStep_Intl_IFU_web.pdf

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