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AVALIAÇÃO 02 - ESTUDO DIRIGIDO DO TEXTO 07 POR UMA ÉTICA DA INCLUSÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE GEOGRAFIA
 
ADELITA PEREIRA 
LAÍS....
 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO: POR UMA ÉTICA DA INCLUSÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO
2020
 
ADELITA PEREIRA 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO: POR UMA ÉTICA DA INCLUSÃO
 
 
Trabalho de graduação apresentado à disciplina Fundamentos da Educação Especial do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Acre.
 
Orientadora: Profa. Dra. Ademárcia Lopes de Oliveira Costa
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO
2020
	
	UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
DISCIPLINA: Fundamentos da Educação Especial
Profa. Dra. Ademárcia Lopes de Oliveira Costa
 
ESTUDO DIRIGIDO
 
TEXTO 06: POR UMA ÉTICA DA INCLUSÃO – José Pires (2006)
 
Leia o texto atentamente e, desenvolvendo uma reflexão, responda de maneira compreensiva-argumentativa as seguintes questões:
1. A ética se faz em nosso cotidiano, em nossos comportamentos. Nesse entendimento, Pires (2006), enfatiza: “A questão da ética, a nosso ver, precisa ser tratada em sua especificidade e, ao mesmo tempo, ser enquadrada num contexto histórico, filosófico, político e social mais amplo e abrangente a fim de se chegar ao entendimento dos valores eleitos pelos indivíduos como fundamento de suas ações e, consequentemente, ao entendimento de uma ética da inclusão”. E por que uma ética da inclusão? (30, 31, 32, 33).
R: Quando nos questionamos sobre ética, sobre o que é ser uma pessoa ética, nós pensamos automaticamente em valores, em ações que sejam corretas, que sejam mais humanas. Então de onde vem o conceito de uma ética inclusiva? Pensar em como agir corretamente com aqueles que são excluídos pela sociedade por conta de suas diferenças? A ética vai muito além dessas questões, precisamos pensa-la em contextos históricos, políticos, sociais e filosóficos para uma maior compreensão deste conceito, para que consigamos pensar em ações voltadas para a construção desse processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais em nossas escolas e em nossa sociedade como um todo. O que devemos fazer? Como devemos agir? Como devemos nos comportar? Qual deve ser a ética de um educador, de um professor? Nós sabemos que teoricamente, temos inúmeros discursos que prometem uma educação inclusiva, uma educação para o não preconceito, para a não discriminação, uma educação contra a violência, porém, na prática, ainda temos um longo caminho a ser percorrido, justamente por isso, precisamos pensar sobre essa ética inclusiva, essa ética necessária na educação e na sociedade. 
2. O autor assinala: “Numa sociedade complexa como a nossa, uma das principais fontes a sugerir novas aspirações é o outro. [...] os outros não são apenas diferentes; nestas diferenças, em geral, cabem valores: eles podem ser, ou parecer mais ou menos felizes do que nós. Não que necessariamente sejam mais ou menos felizes do que nós: nós é que podemos achar que eles o são. E face a esta possibilidade, três atitudes podem ser assumidas”. Cite e explique cada uma delas. (p. 34, 35).
R: O autor nos apresenta três atitudes. Vamos falar sobre elas:
A primeira é: Desejar ser como os outros: ser assistido pelos mesmos direitos, poder agir como eles, ter acesso aos mesmos bens como a educação e a saúde. Essa atitude positiva costuma ser chamada de emulação. 
Ou seja, tentar se igualar ao outro, ou até mesmo a superar o outro. Precisamos prestar atenção nessa questão, esse desejo em querer ser igual ao outro é pelo lado positivo? É por achar que esse outro tem mais direitos, mais privilégios? Isso pode ser considerado positivo? 
A segunda atitude é: aceitar passivamente a inferioridade, que segundo o autor, essa resignação, que alguns identificaram como virtude, outros como puro fatalismo, na maioria das vezes é uma atitude negativa.
Aceitar que é inferior? Em que sentido? Se sentir inferior não pode e nem deve ser visto como uma virtude. A pessoa se sentir inferior é um sentimento completamente negativo, que a impede de se desenvolver, de desenvolver suas habilidades, de superar seus limites. Não devemos trabalhar esse sentimento em ninguém, muito menos incentivar esse sentimento de aceitar que foi uma fatalidade, as pessoas precisam se sentir incluídas seja qual for a situação e não inferiores em situações diversas.
A terceira atitude é: aspirar, ou admitir que os outros despojem daquilo que têm e que esses objetos do desejo passem a ser daqueles que são mais necessitados, segundo o autor, é a atitude da inveja. 
Nenhuma dessas atitudes citadas pelo autor pode ser considera positiva, e muito menos inclusiva. Precisamos compreender o outro, o diferente, apenas como o outro que possui diferenças, e que esse outro com suas diferenças precisa do mesmo tratamento, dos mesmos direitos, dos mesmos acessos, e para isso, precisamos de uma sociedade menos preconceituosa e mais inclusiva.
3. Explique com suas palavras o que é o igualitarismo demagógico. Em seguida, reflita: Se somos diferentes, quem institucionaliza as desigualdades? (p. 35, 36 ,37 e 38).
R: O autor nos apresenta esse igualitarismo como sendo a inveja travestida de justiça social, ou seja, discursos que no fundo não querem transformações sociais e sim a manutenção de certas desigualdades. Ou seja, nós mesmos institucionalizamos as desigualdades pois, muitas vezes reforçamos cenas de preconceito e discriminação. Fazemos um falso discurso sobre igualdade. A verdade é que não existe igualdade, as diferenças existem e nós não podemos anulá-las, precisamos trabalhar em cima dessas diferenças. Justamente por isso, é que precisamos repensar a questão da ética como um fator necessário a transformação do homem e da sociedade.
4. Comente: “[...] ética da inclusão deve concretizar-se em atitudes que favoreçam que os indivíduos diferentes sejam, e o sejam plenamente, sem esconder suas competências, sem renunciar a alimentar expectativas de felicidade, em serem, sem se tornarem vítimas da inveja ou da comiseração de ninguém [...]”. (p. 39, 40, 41).
R: Inclusão significa abrirmos espaços para esses indivíduos diferentes nos mesmos lugares que os indivíduos que não possuem diferenças ou necessidades especiais ocupam. Significa que em qualquer lugar essas pessoas não podem se sentir diferentes, pois sentem que também pertencem aqueles espaços, aquelas situações e lugares. Inclusão é prepararmos e estarmos preparados para dar as mesmas oportunidades de aprendizagem, de divertimento, de acesso a todas as pessoas. Com isso, esses sujeitos não precisam esconder suas competências, renunciar diversão, renunciar qualquer atividade ou desejo que tenha por achar que aquele espaço não é adequado pra ele. Acredito que um ambiente inclusivo e que agir eticamente dentro dessa inclusão é justamente fazer com essas diferenças apareçam, porem sem serem discriminadas ou julgadas ou então minimizadas. O que queremos dizer é que, não somos iguais, somos completamente diferentes e é necessário trabalhar a aceitação dessas diferenças e ao mesmo tempo sentir que você também ocupa o espaço que quiser mesmo com essas diferenças. 
5. 	Explique os três grandes significados da palavra Ethos. Exemplifique. (p. 42, 43, 44).
R: Ética é uma palavra grega que se origina de ethos, que segundo o autor, tem três grandes significados: em um primeiro significado ela expressa “hábitos sociais”, costumes, tradições, maneiras de viver. Designa as maneiras de ser de um determinado grupo e, consequentemente, a expressão de seus valores e de suas normas. Por exemplo, algumas sociedades possuem valores, normas que representam sua cultura e sua história e aqueles que fazem parte dessas sociedades seguem esses valores e normas, por acreditarem estarem agindo eticamente dentro daquilo que lhes foi passado como sendo o correto.
O segundo significado, corresponde a um estilo próprio da pessoa, ou seja, seu caráter de ser social e que, no processo comunicativo e interativo com os outros, adota atitudes e formas comportamentais características e consonantes com o seu papel de membro de um grupode convivência. O que quer dizer que, a forma de se expressar com as outras pessoas, com o ambiente em que vive, são baseados em critérios de uma postura correta a ser tomada, de prudência e sabedoria, de franqueza e verdade.
Já no terceiro sentido da palavra ethos, significa também aquela marca distinta, a expressão da singularidade, o caráter particular do homem, ou aquilo que o torna responsável. Aquilo que ele entende por ser correto, aquilo que ele entende que o torna responsável. 
Aqui que precisamos refletir sobre o ethos de nós, futuros professores e educadores que automaticamente o fato de sermos professores e educadores exige de nós uma ética, um compromisso, uma dedicação necessária, uma ética que vem da própria educação. 
6. O que significa a expressão: “o que marca a nossa época é o triunfo da racionalidade funcional sobre a racionalidade substancial”? (46, 47).
R: Segundo autor, significa a aceitação do declínio da racionalidade objetiva e o triunfo da racionalidade instrumental. A experiência criadora, a experiência nascida do interior do indivíduo é substituída por uma experiência exterior que se torna um referencial de vida. Segundo o autor, é o universo dos meios substituindo o dos fins. 
Ou seja, vão surgindo outras dimensões sociais e outros tipos de racionalidade que correspondam a essas dimensões. A questão é que nossa sociedade está querendo transformar sujeitos em objetos e não pode ser assim, a inclusão tem que ser uma inclusão de sujeitos, sujeito esse que precisa ser construído é preciso que ele tenha oportunidades de se sentir sujeito incluso nesse processo educacional. 
7. Construa um texto (no mínimo 1 e no máximo 2 laudas) respondendo a seguinte questão: Por que, apesar das discussões e dos avanços, quando falamos da educação inclusiva ainda permanece uma grande dificuldade em sua verdadeira implantação? (p. 48, 49, 50, 51, 52).
R: Uma das grandes dificuldades da inclusão no ambiente escolar, está no fato de que a nossa sociedade, em seus sistemas sociais, não se prepara para incluir, não se estrutura para um projeto de inclusão. E dessa forma, dificulta que as pessoas com necessidades especiais ocupem seus espaços na sociedade. Nossa sociedade precisa de uma nova ética, uma nova forma de pensar em relações a essas questões, mas isso requer uma mudança de mentalidade e vai muito mais além. 
Apesar de termos inúmeros discursos a favor da inclusão, a favor de uma escola para a não violência, uma escola contra cenários de violência e exclusão, na prática as coisas são um pouco diferentes. Temos ambientes escolares que não possuem estrutura para esse processo de inclusão, temos uma deficiência em torno da formação de professores voltados para uma educação especial e inclusiva, temos um problema em relação as políticas educacionais, pois sabemos que hoje um dos grandes problemas em relação as políticas educacionais é que quem as formula não faz parte do cotidiano escolar, não enfrenta as dificuldades diárias de professores, gestores, pais e alunos. Precisamos de uma força conjunta de políticas educacionais, políticas sociais, políticas de saúde voltadas para uma maior inclusão na escola e também na sociedade.
Uma ética de inclusão foca na particularidade de cada indivíduo, não anula a sua diferença, muito pelo contrário faz com que ocorra uma aceitação das reais condições desse indivíduo e que mesmo diante de todas as dificuldades que possam surgir, ele estará imerso em um ambiente inclusivo, faz com que ele se sinta parte de tudo que acontece ali.
A inclusão não é apenas matricular o aluno e colocá-lo na mesma sala que outros inúmeros alunos que também possuem suas diferenças, a inclusão é fazer com que esse aluno concretize a sua própria inclusão, atue diretamente nesse processo. Daí a importância dos sujeitos com necessidades especiais acreditarem na possibilidade de construírem uma autoimagem positiva, como diz o autor, descobrindo seus valores, descobrindo-se como um ser útil e capaz, que possui suas potencialidades e sua própria dinâmica.
No processo de inclusão escolar a escola deve se preparar pedagogicamente também, o que quer dizer que precisamos incluir metodologias que desenvolvam esses alunos, que possam desenvolver seu pensamento, suas habilidades, suas potencialidades, e para isso a escola deve se preparar, portanto, não se trata de uma tarefa fácil pois como já foi mencionado aqui temos muitas deficiências que precisam ser supridas. 
Temos inúmeros desafios pela frente, mas nós, futuros educadores, futuros professores entendemos o nosso compromisso com a educação, o nosso compromisso com a sociedade, precisamos trabalhar, estudar, aprimorar e defender uma escola cada vez mais inclusiva, uma educação que valorize as diversidades e diferenças, que apoie essas diferenças e trabalhe em cima delas, e não escolas que anulem essas diferenças. Para isso precisamos de pessoas que defendam a inclusão nas escolas e que lutem para que o que está na teoria aconteça na prática.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COPIAR DO PLANO DE CURSO E COLOCAR AQUI (FALTA INCLUIR A REFERÊNCIA, E O NOME DA LAÍS NA CAPA).

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