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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - Intervenção de Terceiros, Atos de Comunicação Processual e Efeitos da Citação Válida.

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1- Pode-se dizer que Intervenção de Terceiros é quando um terceiro “ingressa como ‘coadjuvante’” com uma das partes em determinada relação processual. Terceiro diz respeito a um estranho à relação jurídica à época do seu início, que posteriormente intervêm na relação processual. Assim, distingue-se, o Litisconsórcio da Intervenção de Terceiros, pois, os litisconsortes caracterizam, nesse diapasão, parte originária do processo, mesmo que por um equívoco não foram nomeados quando da petição inicial. Tal conceito é concretizado/alcançado em observância da situação jurídica deste em relação àqueles (partes) originários. Quando da aceitação na demanda alheia o terceiro ocupará uma posição que difere dos demais litigantes, salvo se se tratar de incidente de desconsideração da personalidade jurídica, pois, nesse caso o terceiro irá atuar como réu na demanda. Pode-se diferenciar também a Intervenção de Terceiros da Sucessão Processual, pois a situação jurídica do sucessor e sucedido são idênticas. Mister mencionar que como no Litisconsórcio, a Intervenção de Terceiros quanto aos processos pendentes só pode ser admitida se atendidos os requisitos legais cujo deverão ser analisados, e por fim, quanto à natureza jurídica pode-se dizer que se trata de um incidente processual, pois o terceiro realiza vários atos dentro de um processo em andamento, sem que para isso, seja necessário instauração de nova relação processual. 
1.1- Precipuamente mister dizer que desde o advento do Código Civil de 2002 fora normatizado uma conduta que fora adotada pela jurisprudência, cujo é a de desconsiderar a personalidade jurídica com objetivo de imputar aos sócios ou administradores de determinada empresa a responsabilidade por atos ilícitos praticados pela empresa, e desse modo, os bens particulares dos sócios que de algum modo contribuíram para a prática do ilícito respondem pela reparação dos danos provocados pela sociedade. Pode-se dizer que é uma forma de autorizar o Judiciário a ignorar a autonomia patrimonial entre empresa e sócios/administradores, sempre que houver algum tipo de manipulação que prejudique os credores, assim sendo os bens dos sócios que concorreram para isso é atingido de modo a reparar os danos provocados pela empresas aos terceiros nos casos que tiver desvio de finalidade ou confusão patrimonial. 
Esse tema constitui um instituto excepcional pois a regra é a preservação da personalidade jurídica e responsabilidade civil da empresa, então, por se tratar de medida excepcional depende de certos requisitos que devem ser preenchidos. Quanto à previsão legal no caderno processual tal matéria é carecida, desse modo à jurisprudência coube constituir forma à desconsideração. Presentes os requisitos legais o julgador deveria “desvelar” a personalidade jurídica da empresa para que a expropriação atingisse os bens dos sócios e administradores, desse modo barrando a concretização da fraude contra terceiros. 
Nesse diapasão tal procedimento só pode ser feito em juízo com a estrita observância do procedimento incidental presente no CPC de 2015. E por fim, o CPC dispõe que a aplicação do incidente também ocorre nos processos de competências especiais. Existe ainda a desconsideração comum e inversa, na comum a responsabilidade das dívidas da empresa se estende para os sócios, doutro lado, na inversa, a responsabilidade pelas dívidas dos sócios é estendida à empresa. 
Quanto ao Procedimento pode-se dizer que para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatório observar o incidente previsto no CPC, o incidente deve de ser solicitado/requerido pela parte interessada ou pelo M.P. Quando na petição o requerente deverá preencher os requisitos legais para proceder à desconsideração da personalidade, já o ônus da prova é de quem alega. Quando houver uma estrutura meramente formal entre a sociedade e seus integrantes de uma mesma classe econômica, há a possibilidade da parte ou M.P requerer a desconsideração para então atingir o patrimônio da sociedade e não apenas da pessoa jurídica ou sócio integrantes do processo. 
Já a desconsideração inversa, pode-se dizer que é o “afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para, contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio controlador”[footnoteRef:1], ou seja, em vez de desvelar a personalidade jurídica para que a constrição de bens alcance o patrimônio dos sócios/administradores a desconsideração inversa tem como objetivo atingir nos bens da própria sociedade em virtude de obrigações que os sócios contraiam, pois que, igualmente à desconsideração tradicional, sejam preenchidos determinados requisitos legais. Tal teoria não tinha previsão legal, entretanto doutrina e jurisprudência “cuidaram do caso”, já que de forma majoritária admitia a aplicação da desconsideração inversa no âmbito do direito das obrigações como no direito de família. [1: STJ, REsp 948.117/M, Rel. Min Nancy Andrighi.] 
1.2- Pode-se dizer que o Amicus Curiae é o terceiro que embora não tenha interesse jurídico possa ou passa a ser atingido pela demanda em andamento, e como tem o assistente simples, representa interesse institucional que venha a ser dito no processo para que casualmente possa ser considerado no julgamento. Mormente ele funciona como auxiliar do juízo pois, nas causas que tenham uma maior relevância ou impacto, permite que a Função Judiciária tenha melhores condições de decidir, considerando a manifestação dele que é um porta-voz de interesses institucionais, não apenas de interesses individuais. Mister mencionar que o Amicus Curiae pode ser uma pessoa, um órgão ou entidade cujo não tem interesse na causa discutida, mas que na qual seus interesses institucionais podem ser afetados, é imperioso que seja ouvido pois, após a decisão proferida no litígio não afete interesses gerais que não puderam ser observados pelo julgador. O Amicus Curiae funciona como um auxiliar do juízo nas causas ditas anteriormente e de objeto específico, que desse modo faça-se necessário apoio técnico ao magistrado, não sendo ele parte no processo, mas sim em razão do seu interesse jurídico na solução do conflito e/ou por contribuir conhecimento que possa vir a contribuir para o julgamento. Então, quanto à sua participação, pode-se dizer que é apenas opinativa a respeito da matéria e do objeto em processo, é uma forma de aprimoramento da tutela jurisdicional. 
Quanto ao procedimento, este pode se subdividir em 05 partes, que são elas: 
a) Requisitos: o ingresso do amicus curiae no procedimento pode ser por meio da iniciativa do juiz, de ofício ou até mesmo por requerimento das partes. A intervenção somente ocorrerá se a matéria que se trata os autos dor relevante; o objeto da demanda tiver caráter específico, ou então; se a controvérsia tiver repercussão social. Se houver um desses requisitos juiz, poderá, assim, solicitar ou admitir a manifestação por intermédio de uma decisão irrecorrível, o magistrado é livre para decidir acerca da matéria se é conveniente ou não admitir a participação do “amigo do tribunal”. 
b) Quem pode atuar: ele pode ser pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializa, desde que adequada. É mister que tenha um conhecimento específico sobre o tema objeto, para assim proporcionar para o juiz elementos bem como informações relevantes para a solução da causa.
c) Prazos: se convocado à manifestar o “amigo do tribunal” deve se pronunciar no prazo de 15 dias a partir da data de intimação. A intervenção é meramente colaborativa e não tem por função comprovar fatos, porém opinar sobre eles e interpreta-los a fim de auxiliar o juiz com seus conhecimentos técnicos, por ter natureza colaborativa, não se tem que cogitar sobre a preclusão quando diz respeito a ele. 
d) Casos de cabimento da intervenção do amicus curiae: sua intervenção está amplamente autorizada, como forma consultiva e/ou informativa, de modo que sua função se prestea ajudar com a prestação jurisdicional, independente da natureza do processo.
e) Representação por meio do advogado: quando realizada espontaneamente, a intervenção do terceiro dar-se-á por meio de representação pro advogado, já que é uma forma legal obrigatória de pleitear em juízo, embora a iniciativa é do órgão judicial, cujo procura a obtenção e contribuição técnica para uma melhor avaliação da causa, não há então, como sujeitar o interveniente a ser representado por advogado para apresentar a manifestação requisitada pelo juízo. 
Por fim, então, a participação do amicus curiae consistirá basicamente em emitir uma manifestação, opinar sobre a matéria cujo é objeto do processo em que ele fora admitido e sua interferência não pode provocar nenhum tipo de alteração de competência. 
2) 2.1) Citação é o ato em que a autoridade pública vai chamar em juízo, o réu ou o executado ou o interessado para que possa se defender, se cientificando da existência de um processo, vinculando o réu ao processo e aos seus efeitos. A citação é exigida em todos os tipos de processos e procedimentos, sendo indispensáveis. Insta mencionar que citação é diferente da intimação. A citação é no ato pelo qual se comunica ao réu ou ao interessado a existência de determinado processo e ocorre somente uma vez durante o processo. Já a intimação é o ato pelo qual se comunica e é dada ciência dos atos e termos do processo ao réu ou ao interessado, para que ele possa agir, em caráter de ordem e pode ocorrer diversas vezes num processo. Nas ações que envolvem o direito de família não acompanha a contrafé, cópia da inicial para que possa evitar possíveis conflitos.
- Citação pelo correio: A citação pelo correio atual é a mais abrangente e possui algumas exceções conforme diz o novo artigo 222: “ A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do país, exceto: a) nas ações de estado; b) quando for ré pessoa incapaz; c) quando for ré pessoa de direito público; d) nos processos de execução; e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; f) quando o autor a requerer de outra forma’”. Quando for deferida a citação por correio, o escrivão ou o chefe da secretaria irá remeter ao citado, cópias da petição inicial e do despacho que o Juiz vai ter dado, e também comunicando o prazo para resposta. Caso o destinatário se recuse a assinar o recibo postal, o carteiro neste mesmo recibo irá declarar o fato, que sempre será devolvido, desta forma tem-se por feita a citação.
- Citação por oficial de justiça: Segundo o artigo 249 a citação a citação vai ser por oficial de justiça nas situações em que estão previstas no Código ou em lei, ou também quando por acaso for frustrada a citação por correio. Segundo o artigo 250 a citação por oficial de justiça deverá conter, nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios e residência, a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução, a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver, se for o caso a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor pública a uma audiência de conciliação ou de mediação mencionando o dia, hora e o lugar.
- Citação por hora certa: Segundo o artigo 252 a citação por hora certa é quando por duas vezes o oficial de justiça estiver procurando o citando em seu domicílio ou residência sem acha-lo e ter suspeita de ocultação, ele irá intimar qualquer pessoa da família, ou qualquer vizinho que no dia útil imediato irá voltar para efetuar a citação na hora em que for designado. Segundo o artigo 253, no dia e na hora designado o oficial de justiça, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando para realizar a diligencia. Caso o citando não estiver presente, o oficial de justiça irá se informar das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando tenha-se ocultado. A citação por hora certa será efetivada mesmo se a pessoa da família ou vizinho que tiver sido intimado esteja ausente, ou se presente recusar a receber o mandado. O oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso. O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia. Segundo o artigo 254, feita a citação por hora certa, o escrivão ou chefe da secretaria enviará ao réu, executa ou interessado, no prazo de 10 dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica dando-lhe ciência. 
- Citação por edital: A citação por edital constitui modalidade de citação ficta de caráter excepcional, que encontra consta entre os artigos 256 e 259 do CPC. O Código de processo civil estabelece três hipóteses de cabimento da citação por edital em seu artigo 256, sendo quando o desconhecido ou incerto o citando, quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o citando, e nos casos expressos em lei. São os requisitos da citação por edital, deverá haver a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstancia autorizadoras, a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos, a determinação pelo juiz, do prazo, que irá variar entre 20 e 60 dias fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira, a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
- Citação por meio eletrônico: É o ato processual, em que é feito em portal próprio que é acessível pelos cadastrados no sistema dispensando a publicação no órgão oficial. Nos processos eletrônicos, os quais são a maioria atualmente, todas as citações são realizadas, por meio eletrônico, somente é possível haver citação eletrônica se a integra dos autos estiver disponível para o citando, quando por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização citação, este ato vai ser praticado seguindo as regras gerais para o procedimento documentado em autos de papel, e será digitalizado e posteriormente destruído.
2.2) São os efeitos da citação válida:
- Prevenção: É o registro ou a distribuição da petição inicial torna o juízo prevento, prevenindo assim todas as outras ações que foram conexas ou continentes àquela.
- Litispendência: a citação pode criar levar à litispendência, pois ao trazer o réu para o processo, pode analisar os elementos identificadores da ação, de modo que poderá constar a litispendência. 
- Tornar a coisa litigiosa: A citação irá vincular o objeto discutido no processo ao resultado. Qualquer alteração que há na titularidade da coisa, não se opõe ao processo após a citação.
- Constituir o devedor em mora: A constituição do devedor em mora é efeito material da citação válida tornando o devedor inadimplente para todas as consequências legais decorrentes, o momento da ocorrência da mora irá ajudar a fixar os juros de mora.
- Interromper a prescrição: a prescrição será interrompida pelo despacho que ordenará a citação, mesmo que proferida por juízo incompetente, vai retroagir à data da propositura da ação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Elpídio, D. Curso Didático de Direito Processual Civil. 22ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2019. 
Rios, G.M. V. Esquematizado - Direito processual civil. 11º edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. 
RIBEIRO, Adelmo D. Breve roteiro da citação por edital consoante o NCPC. 2018. Disponível em: https://adelmoribeiro1.jusbrasil.com.br/artigos/621760791/citacao-por-edital-cpc (acesso em 25/11/2020).
CARVALHO, Newton. Citação pelo oficial de justiça. 2019. Disponível em: https://domtotal.com/artigo/7985/2019/03/citacao-pelo-oficial-de-justica/ (acesso em 25/11/2020).
Efeitos da Citação. Disponível em: https://www.trilhante.com.br/curso/comunicacao-dos-atos-processuais/aula/efeitos-da-citacao-2(acesso em 25/11/2020).
Conheça os 05 efeitos da citação. Disponível em: https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/432806791/conheca-os-5-efeitos-da-citacao (acesso em 25/11/2020).
Citação e intimação por meio eletrônico no novo CPC. Disponível em: https://cursoonlinenovocpc.jusbrasil.com.br/artigos/436553781/citacao-e-intimacao-por-meio-eletronico-no-novo-cpc (acesso em 25/11/2020).
A regra geral ainda é a citação pelo correio, diz CPC. 2016. Disponível em: https://joseherval.jusbrasil.com.br/artigos/387787908/a-regra-geral-ainda-e-a-citacao-pelo-correio-diz-novo-cpc (acesso em: 25/11/2020)

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