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Protocolo Hemorragia Pos Parto

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Capítulo 8 
 
 Hemorragia Pós-Parto 
 Relatores: 
 Docente: Prof. Rone Peterson C. Oliveira 
 Preceptora: Dra. Claudia Margaret Smith 
 
 Validado em 08 de setembro de 2016. 
 
1.Introdução 
 
 Conceitua-se hemorragia pós-parto (HPP), todo sangramento superior a 500 ml nas 
primeiras 24 horas após parto natural e maior que 1.000ml, após parto cesareano. Na prática 
clínica, a identificação da HPP pode ser subestimada pela dificuldade de mensuração do volume 
sanguíneo eliminado pela puérpera, conceituando-se, também, HPP como qualquer perda 
sanguínea capaz de produzir instabilidade hemodinâmica. Porém, este quadro já se configura 
Choque Hipovolêmico grau III ou IV, estado de comprometimento da perfusão tecidual, com 
hipóxia celular e disfunção orgânica. A HPP ocorre em 1% das puérperas. A dramaticidade desta 
patologia deve-se pelo grande potencial de evolução para o óbito e pelo caráter evitável do 
mesmo, fazendo a qualidade da assistência imediata definidora do prognóstico materno, desde 
que o óbito geralmente ocorre dentro das primeiras 24 horas pós-parto. 
A HPP é a principal causa de mortalidade materna em países de baixa renda e a causa 
primária de quase um quarto de todas as mortes maternas a nível global. Mais de 2/3 dos óbitos 
maternos decorrentes por hemorragia ocorrem por HPP. No Brasil, 14,2% dos óbitos maternos, 
no período de 1997-2009 ocorreram por hemorragia e 41% destes por HPP. 
Destacam-se para como causas da HPP os 4 Ts: 
• Tônus (hipotonia/atonia uterina) – 70 a 80% das causas; 
• Trauma (lesões / hematomas do canal de parto) – 15 a 20% das causas; 
• Tecido (retenção de fragmentos placentários) – 10 a 15% das causas; 
• Trombina (coagulopatias) responsável por < 1% das causas. 
 
1.1. Fatores de risco: 
1.1.1. Hipotonia/atonia uterina: anestesia geral, hipotensão arterial, trabalho de parto 
prolongado ou de evolução rápida, corioamnionite, miomatose uterina e sobredistensão 
uterina (gemelar, macrossomico e polidramnio). 
1.1.2. Trauma: episiotomia, parto de fetos grandes, uso de fórceps, cicatriz uterina 
anterior e parto com manobras. 
1.1.3. Tecido: corioamnionite, placenta prévia, placenta sucenturiada, acretismo 
placentário 
 
1.1.4. Trombina (coagulopatia): história prévia de coagulopatia, uso de aspirina, 
septicemia, hipotermia e situações obstétricas tais como: S. HELLP, DPP e feto morto 
retido. 
 
1. Objetivos Assistenciais: 
 
A condução imediata e adequada é definidora do prognóstico materno, sendo a identificação 
tardia da HPP e a reposição volêmica inadequada os principais fatores responsáveis pela alta 
morbimortalidade desta patologia. Sendo assim, a assistência deve ter por objetivos: 
 Identificação imediata da HPP. 
 Reposição volêmica imediata e adequada. 
 Manutenção adequada da oxigenação tecidual. 
 Resolução da fonte do sangramento. 
 
A condução obterá sucesso apenas se, ao mesmo tempo em que estiver sendo garantida a 
estabilidade hemodinâmica pela reposição de volume de sangue perdido, seja identificada e 
resolvida a fonte do sangramento. 
 
2. Recursos Essenciais: 
 
 Espaço para observação clínica das mulheres no puerpério imediato com pessoal devidamente 
capacitado, equipamento para monitorização de dados vitais e ponto de oxigênio, 
Laboratório; 
Banco de sangue (ágil na liberação de hemoderivados); 
Agência Transfusional com bolsa de sangue total O Rh negativo no estoque, dentro da MCO; 
 Balão intrauterino; 
 Sala cirúrgica equipada 
Sala de Observação Pós-Parto- onde todas as pacientes no 4° período do parto deverão ser 
mantidas em observação 
Sala de Terapia Semi Intensiva 
 . 
3. Diagnóstico e Classificação 
 
4.1 Diagnóstico Clínico de HPP: A identificação da perda excessiva de sangue pode ser 
subestimada pelo uso apenas da observação clínica. Neste contexto, é importante termos 
 
noção de que um absorvente feminino saturado de sangue corresponde a cerca de 100 ml 
de sangue e uma cuba rim cheia corresponde a cerca 500 ml de sangue. 
 
4.2 Diagnóstico Clínico de Choque Hipovolêmico: Para estabelecer esse diagnóstico, faz-se 
necessário a monitoração dos dados vitais, nível de consciência, débito urinário e exames 
laboratoriais. O parâmetro mais precoce de alteração no choque hipovolêmico é a 
frequência cardíaca materna, quando as medidas de combate ao estado de choque já 
devem ser iniciadas. A intensidade do choque pode ser estimada de acordo com 
parâmetros abaixo descritos: 
 
 Classificação do Choque Hipovolêmico: 
 
Tabela 1 – Classificação Choque Hipovolêmico: 
 
 CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV 
Perda 
sanguínea 
(% de volemia) 
<15% 
Até 750 ml 
15-30% 
1.000-1.500ml 
30-40% 
1.500-2.000ml 
>40% 
2.000-3.000ml 
TA Sistól. 
 Diast. 
Inalterada 
Inalterada 
Normal 
Elevada 
Baixa 
Baixa 
Muito baixa 
Muito baixa 
Pulso (bpm) Leve 
taquicardia 
100-120 120 >120 
Enchimento 
capilar 
Normal Lento (>2s) Lento (>2s) Indetectável 
Freq. 
Respiratória 
(ipm) 
Normal Normal Taquipnéia 
(>20) 
Taquipnéia 
(>20) 
Fluxo urinário 
(ml/h) 
>30 20-30 10-20 1-10 
Extremidade Normais Pálidas Pálidas Pálidas 
Estado 
consciência 
Alerta Ansioso 
Agressivo 
Agressivo 
Sonolento 
Sonolento 
Inconsciente 
 *Em vermelho, os achados clínicos alterados. 
 Índice de Choque (IC): Frequência Cardíaca / TA Sistólica 
Utilizado para identificação imediata de quadro de Choque Hipovolêmico Grave 
(Classe IV) quando IC >1. 
 
4. Exames Complementares: 
 
Na sala de parto: uma amostra de sangue coletada deverá ser colocada em um tubo de 
ensaio seco e este, fixado na parede. Após 6 minutos, deverá ser identificada a retração 
do coagulo da amostra. Caso a mesma não ocorra, a probabilidade de coagulopatia 
associada ao caso estará aumentada. 
 
 
Laboratório: Hematócrito/Hemoglobina, plaquetas, fibrinogênio, TP, TPT, ureia, 
creatinina, classificação sanguínea, Fator RH e gasometria arterial. 
 
Banco de Sangue: provas cruzadas entre sangue materno e amostra de cada bolsa de 
sangue a ser transfundida. 
 
Importante: Nos casos de sangramento ativo e/ou de reposição de hemoderivados, os resultados 
laboratoriais não refletem o nível de Ht e Hb real, pois a redistribuição dos elementos figurados 
do sangue por toda a volemia ocorre somente após 2h. Por esta razão, a reposição de 
hemoderivados nos casos de sangramento ativo dever ser balizada pelos achados clínicos e não 
pelos achados laboratoriais. 
 
5. Conduta 
 
6.1 No ambulatório: 
 
6.1.1. Ação Preventiva 
 
6.1.1.1. Evitar e/ou corrigir a anemia durante a gestação, de forma a reduzir o risco de 
rápida espoliação nos casos de HPP. 
6.1.1.2. Identificar no cartão pré-natal das pacientes com fatores de risco para HPP, como 
os descritos na introdução deste texto. 
6.1.1.3. Suspender em tempo hábil medicações que predisponham a discrasia sanguínea: 
 - AAS: manter até 36 semanas; 
 -Heparina de baixo peso molecular: suspender ao menos 12h antes do parto, 
idealmente 24h antes. 
 - Heparina não fracionada: suspender ao menos 6h antes do parto. 
 
6.2 No Centro Obstétrico: 
 
6.2.1. Ação Preventiva: 
O manejo ativo do 3°período do trabalho de parto previne cerca de 2/3 das HPP (OMS 
2012 / FIGO 2011 / Cochrane 2014), sendo o elemento principal do manejo ativo, o uso 
de uterotônicos. 
 
- Uso de Ocitocina: 02 ampolas (10 UI) por via intramuscular, logo após a 
liberação do ombro anterior do recém-nascido, independente da via de parto. Em 
caso de paciente com venóclise, administrar 02ampolas diluídas no soro. A 
ocitocina não deve ser administrada em bolus EV, pelo risco de arritmia cardíaca 
e hipotensão arterial. Deve-se evitar também, o uso de dose maior que 40UI de 
 
ocitocina/dia. No caso deindisponibilidade de ocitocina, pode ser utilizada 600 
mcg de misoprostol por via retal. 
 
- Tração controlada de cordão: deve ser realizada apenas por técnico 
capacitado, não substituindo o uso de ocitócico. É considerada uma manobra de 
menor impacto para redução da HPP, podendo ter sua realização retardada ou 
omitida para que seja realizado o clampeamento de cordão após 1-3 min da saída 
do RN. 
 
 
 Figura 1 – Tração controlada de cordão. Manobra de Brandt-Andrews 
 
 
- Inspeção da placenta – avaliar a integridade das membranas e se há evidência 
de ausência de cotilédones na placenta; 
- Revisão de trajeto – com sutura de lacerações ou episiotomias; 
- Manter paciente em observação no pós-parto imediato por 1hora e 30 
min: Avaliar os dados vitais maternos, loquiações e tonicidade uterina a cada 30 
minutos após o parto. Após este período sem intercorrências, a paciente deverá 
ser encaminhada à enfermaria. 
 
6.3 Ações Terapêuticas: 
 6.3.1. Abordagem Geral – medidas ressuscitativas: 
 
- Código Vermelho: Pedir ajuda e iniciar prontamente as manobras de Reanimação Cardio 
Pulmonar (CABD), caso necessário. Para potencializar a eficiência do atendimento pela equipe é 
interessante ter definido as ações de cada componente da equipe assistencial Disparar o “Código 
Vermelho” onde os componentes da equipe desempenham suas funções específicas de formam 
sincronizada e harmônica, respeitando o tempo de ação. 
 Obtenção de dois acessos venosos periféricos de grosso calibre (16 ou 18G) e iniciar infusão 
de cristaloides (03 ml/ml de sangue perdido), sendo preferencial o uso de Ringer lactato. 
 
Manter suporte hemodinâmico com monitorização adequada da paciente, preferencialmente 
contínua ou, em caso de impossibilidade, a cada 5-15 min (registrar dados vitais, nível de 
consciência, débito urinário via sonda vesical e quantidade de sangramento); 
 Oferecer oxigênio a 100%, sob cateter nasal ou máscara 06-08l/min; 
 Aquecer a paciente; 
 Solicitar exames laboratoriais (ABO-Rh, Ht/ Hb/ Hemogasometria/ TP/ TPT/ Fibrinogênio 
/Provas cruzadas); 
 Contato com Banco de Sangue e Unidade de maior complexidade para posterior transferência, 
caso necessário. 
- Hemoterapia – Este ponto é definidor do prognóstico materno, pois não basta repor volume de 
líquidos, sendo importante repor hemácias para garantir a oxigenação dos tecidos. Assim, a 
reposição com hemoderivados é liberal, devendo ser prescrita sempre que estivermos diante de 
pacientes com Choque Classe III e Classe IV. Efetuar transfusão dos elementos hemáticos na 
proporção de 6:6:4 (06 UI de concentrados de hemácias/ 06 UI Randômicas de Plaquetas ou 1UI 
de Aférese de Plaquetas/ 04 UI de Plasma Fresco Congelado). No caso de Choque classe IV ou 
IC > 1, deve-se proceder imediatamente transfusão de 02 bolsas de Concentrado de Hemácias 
tipo O RH negativo sem aguardar o resultado de provas cruzadas dessas bolsas iniciais. 
- Manter observação: 
Após resolução do quadro a paciente deverá ser mantida em observação ainda no CO antes de 
ser encaminhada à enfermaria: 
 Paciente com resposta rápida às medidas (Tempos I/II) – 2h de observação; 
 Paciente com resposta tardia (Tempos III/IV) – 12h de observação. 
 
 6.3.2. Abordagem Específica: 
 
 Atonia uterina – Por ser responsável por 70% das causas de HPP, assim que a HPP é 
constatada deve-se iniciar massagem uterina bimanual contínua e a administração de 
agentes uterotônicos, ao mesmo tempo que as medidas ressuscitativas são iniciadas. 
Importante realizar a massagem de forma que o útero se mantenha angulado sobre seu 
próprio eixo. 
 
 
 Figura 2 – Massagem uterina bimanual. 
 
 
Drogas: 
 
 1a opção: Ocitocina: 20UI (pode variar de 10 a 40UI). 
o 10 a 20UI em 500ml de Soro Fisiológico- correr em 10 minutos 
o 10 a 20UI em 500ml de Soro Fisiológico em 250ml/hora (2 horas). 
 Dose total: 20 a 40 UI em 1.000ml de soro. Não usar em bolus EV; 
 2a opção: Maleato de Ergometrina - 0,2mg/ml IM, podendo repetir a cada 2 a 4 
horas. Não fazer venosa; 
 
 3a opção: Misoprostol – 200mcg/comp. – 04 comp (800mcg) via retal. 
 
 Ácido Tranexâmico deve ser administrado: 1g EV a cada 6 horas, por pelo menos 
4 doses. Indicações: 
 caso o sangramento não ceder apesar das manobras iniciais; 
 HPP por trauma em canal de parto 
 HPP suspeita de coagulopatia. 
 
Na persistência da atonia uterina, deverão ser tomadas condutas progressivamente mais 
invasivas: 
 Balão de tamponamento Intra-Uterino: (Balão de Bakri, Cateter 
Balão de Tamponamento Uterino - BT-CATH). O balão poderá ser mantido por 
12 a 24 horas e durante este período, deverá ser realizado antibioticoprofilaxia 
com Kefazol (01 g a cada 8 horas, EV). 
 
 
 Figura 3 – Balão Intra-Uterino. 
 
 Cirurgia Conservadora: 
o Cirurgia Compressiva – Técnica de B-Lynch (descrição da técnica cirúrgica 
em anexo) 
 
 
 
 Figura 4 – Sutura de B-Lynch 
 
 
o Ligadura das Artérias Uterinas (descrição da técnica cirúrgica em anexo); 
o 
 Figura 5- Ligadura artéria uterina 
 
 Cirurgia Radical: Histerectomia Puerperal Subtotal ou Total. Última opção, tendo 
indicação mais liberal em pacientes que tenham completado prole. 
 
 
Trauma: 
-Lacerações e Hematomas: Realizar revisão de trajeto sob anestesia e proceder ao reparo de 
lacerações sangrantes. Realizar compressão de pequenas lacerações e hematomas (< 3 cm). 
Hematomas maiores ou em expansão deve-se proceder sua drenagem com identificação e 
ligadura dos vasos sangrantes. 
- Inversão uterina: pode cursar com choque vago vagal, o volume do sangramento não 
corresponde ao quadro hemodinâmico. O tratamento envolve o uso de Atropina 0,5 mg (02 
ampolas) IV se bradicardia sintomática e pronta correção da inversão uterina (manobra de 
Johnson/ manobra de Taxe). 
 
 
 
Figura 6 – Manobra de Taxe. 
 
- Rotura Uterina: Ocorre previamente à expulsão do bebê. O sangramento exteriorizado também 
não corresponde à repercussão hemodinâmica. Tratamento: Sutura. 
 
 Retenção de Tecido: 
- Retenção Placentária- Placenta não é expulsa nos primeiros 30 minutos pós-parto. Tratamento: 
curagem identificando plano de clivagem. 
- Acretismo placentário: Pacientes com sangramento ativo com acretismo, na qual não é possível 
a identificação da zona de clivagem, a histerectomia é a opção terapêutica. 
 
 Trombina: 
Conduta: Reposição dos fatores de coagulação e plaquetas com crioprecipitados, plasma fresco 
e plaquetas propriamente ditas. 
 
6. Indicadores Assistenciais: 
-Taxa de HPP/ N° de NV; 
-Taxa de resolução da HPP com Balão Intra Uterino 
-Taxa de hemoterapia/ n° de casos de HPP; 
-Taxa de histerectomia por HPP/ n° de casos de HPP; 
-Taxa de mortalidade maternidade por HPP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
1- WHO recommendations for the prevention and treatment of postpartum haemorrhage, 
2012. 
 
2- FIGO GUIDELINES - Prevention and treatment of postpartum hemorrhage in low-
resource settings. International Journal of Gynecology and Obstetrics 117 (2012) 
108–118 
 
3- Hofmeyr GJ et al. Hipovolemic schok. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol 
2001;154:645–62. 
 
4- World Health Organization (WHO). Trends in Maternal Mortality: 1990 to 2008 
[Internet]. Geneva: WHO; 2010. 
 
5- WHO. Recommendations for prevention and treatment of postpartum haemorrhage. 
Geneva, 2014. 
 
6- Lale Say, Doris Chou, Alison Gemmill, Özge Tunçalp, Ann-Beth Moller, Jane 
Daniels, A Metin Gülmezoglu, Marleen Temmerman, Leontine Alkema . Global 
causes of maternal death: a WHO systematic analysis. Lancet Glob Health 2014; 2:e323–33 
 
7- Souza, ML; Laurenti, R; Knobel, R; Monticelli, M; Bruggemann, OM; Drake, E. 
Mortalidade Materna por hemorragia no Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 
2013;21(3):08. 
 
8- Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO). The American Academy fo Family 
Physicians, 2014 
 
9- Bose P; Regan F; Paterson-Brown S. Improving the accuracy of estimated blood loss 
at obstetric haemorrhage using clinical reconstructions. BJOG 2006; 113:919-924. 
10- AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced 
Trauma Life Suport - ATLS. 10 ed, 2012. 
 
11- Mousa HA, Blum J, Abou El Senoun G, Shakur H, Alfirevic Z. Treatment for 
primary postpartum haemorrhage. Cochrane Database of Systematic Reviews 2014. 
12- Guía de Hemorragia Pós-Parto. Protocolo Rojo. Secretaria Districtal de Salúd. 
Colombia, 2014. 
 
 
 
 
 
 
Anexo I 
 Descrição de Técnica Cirúrgica 
 
 Sutura Compressiva - Técnica de B LYNCH 
B-Lynch, Christopher ; Coker, Adeyemi ; Lawal, Adegboyega H. ; Abu, Jaf ; Cowen, Michael J. The B-Lynch 
surgical technique for the control of massive postpartum haemorrhage: an alternative to hysterectomy? Five cases 
reported. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, March 1997, Vol.104(3), pp.372-375 
A técnica preconiza que a paciente esteja sob anestesia, seja cateterizada e colocado na posição 
de Lloyd Davies para acessar a vagina e avaliar o controle de sangramento observado no campo 
cirúrgico. O abdômen é aberto por uma incisão de Pfannenstiel de tamanho apropriado ou se o 
paciente teve hemorragia após a cesariana, a mesma incisão é reaberta. Ao entrar no abdômen, 
uma incisão do segmento inferior é feita após a dissecação da bexiga ou são removidas as suturas 
de uma cesariana recente. A cavidade uterina é examinada e esvaziadaa exteriorização uterina 
seguida de compressão bimanual, no intuito de prever o sucesso da sutura através da observação 
simultânea do sangramento. Inclui também a execução de histerotomia segmentar transversa 
para retirada dos coágulos e facilitação da aplicação da sutura. A parede anterior é transfixada 3 
cm abaixo da borda inferior da histerotomia, a 3 cm da margem lateral direita do útero e emerge 
3 cm acima da borda superior da histerotomia, a 4 cm da margem lateral direita uterina. O fio 
percorre externamente o corpo do útero, no sentido longitudinal, e passa a aproximadamente 3 a 
4 cm do corno uterino direito. Na face posterior, o fio desce longitudinalmente até o nível da 
histerotomia. A parede posterior é transfixada do lado direito para o esquerdo. O fio sobe pela 
face posterior esquerda do útero, percorre externamente o trajeto inverso ao do lado direito, 
contorna 3 a 4 cm do corno uterino esquerdo e desce longitudinalmente à face anterior. 
No sentido inverso, a parede anterior é novamente transfixada 3 cm acima da borda superior da 
histerotomia, a 4 cm da margem lateral esquerda do útero, e emerge 3 cm abaixo da borda 
inferior da histerotomia, a 3 cm da margem lateral esquerda do útero. A compressão bimanual 
deve ser mantida durante todas as etapas. A sutura é finalizada com um nó duplo seguido de dois 
nós simples e histerorrafia. A recomendação é para uso do fio Categute Cromado N° 2, com 
agulha grande e romba ou Monocryl® 1 (polyglecaprone 25) montado em agulha manual 
cilíndrica de 70 mm, fabricado especificamente para o procedimento, e cujo perfil de absorção é 
de 60% da força original após 7 dias, 20% após 14 dias, 0% após 21 dias e absorção máxima 
entre 90 e 210 dias. 
 
 
Anexo II 
 EQUIPE ASSISTENCIAL PARA CÓDIGO VERMELHO 
MEMBROS DA EQUIPE FUNÇOES 
Coordenador (médico) Confirmar a HPP; 
Posicionamento: à direita da 
paciente 
Realizar massagem uterina; 
Orientar medicações e líquidos a serem administrados; 
Realizar sondagem vesical; 
Avaliar possíveis causas de HPP. 
1o Assistente Fornecer O2; 
Posicionamento: à cabeceira da 
paciente 
Explicar o que está ocorrendo e os procedimentos; 
Tranquilizar a paciente; 
Questionar sintomas; 
Aquecer (com cobertores); 
Registrar os sinais. 
2o Assistente: Obter acessos venosos; 
Posicionamento: ao lado esquerdo 
da paciente 
Coletar sangue para exame laboratorial em 03 tubos; 
Administrar fluidos e medicamentos. 
Circulante Aquecer soros a 38°C; 
 Contactar com o Banco de sangue solicitando reservas; 
Contactar laboratório; 
Contactar central de regulação para possível 
transferência; 
Circulante -Informar a família das condições da paciente de forma calma e clara. 
 
Sequência Temporal das Ações: (Abordagem Geral no HPP) 
Minuto Zero Ativação do 
Protocolo Vermelho 
- Determinar nível de Choque 
Hipovolêmico 
- Chamar equipe e pessoal de 
laboratório 
- Contactar o Banco de Sangue 
- Aquecer cristaloides 
 
Minuto 1 a 20  Reanimação 
− Oxigênio 
− Cateterizar 2 veias calibrosas (cateter 16 ou 18) 
− Colher amostras sanguíneas para exames 
laboratoriais 
− Infundir em Bolus 2.000 mL de Lactato Ringer 
morno. 
− Classificar o nível de choque hipovolêmico 
− Sondagem Vesical de permanência 
− Realizar revisão uterina. 
− Massagem Uterina Bimanual. 
− Administração de Medicações: ocitocina, 
misoprostol, methilergonovina. 
- Administração de Hemoderiv 
 
Fonte: Guía de Hemorragia Pós-Parto. Protocolo Rojo. Secretaria Districtal de Salúd. 
Colombia,2014. 
 
Anexo III 
 Folha de registro dos dados vitais e procedimentos 
 CÓDIGO VERMELHO 
Nome:_____________________________________________ Reg;_____________ 
Hora de Ativação:___________________ Hora de Término:____________________ 
Equipe Assistente: 
Médico:_________________________ Médico 2:____________________________ 
Enfermeiro:______________________ Anestesista:__________________________ 
Assistente 1:_____________________ Assistente 2:__________________________ 
 
DIAGNÓSTICO Tempo 0’ Tempo 1’-20’ Tempo 21’-60’ Tempo > 60 ‘ 
Hora da avaliação 
Nível de consciência 
Frequência cardíaca 
TA 
Enchimento Capilar 
Diurese ml/hora 1a hora 2a hora 3a hora 4a hora 
 
Grau de Choque 
Tônus Uterino 
TRATAMENTO Tempo 0’ Tempo 1’-20’ Tempo 21’-60’ Tempo > 60 ‘ 
Cristalóides 
(Quanto e Quando) 
 
Uterotônicos: 
(Quais e Quanto) 
 
Hemoderivados – 
(Quanto e Quando) 
Cc.Hemac. 
Plaquetas 
Plasma 
Crioprecp. 
Exames Laboratoriais: 
 
 
 
 
 
ABO/RH Data Hora Data Hora Data Hora Data Hora 
 
Hb / Ht 
Plaquetas 
Fibrinogênio 
TTP 
TP