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FAEL S/A - SOCIEDADE TÉCNICA EDUCACIONAL DA LAPA
PROJETO DE PESQUISA.
Tema: A importância do Ensino Religioso nas séries finais do Ensino Fundamental.
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LINHA DE PESQUISA: Pós-graduação em Educação.
ÁREA: Cultura, Tecnologia e Aprendizagem.
SUBÁREAS: Prática docente.
TEMA.	
	A importância do Ensino Religioso nas séries finais do Ensino Fundamental.
DELIMITAÇÂO DO TEMA.
A importância do ensino religioso na prática dos anos finais do Ensino Fundamental da Escola xxxxxxxxxxxxxxxxx, localizadaxxxxxxxxxxxxxxx, que oferece ensino público nas seguintes modalidades Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA.
OBJETIVOS:
OBJETIVO GERAL:
- Proporcionar ao educando novas práticas pedagógicas no Ensino Religioso, a partir dos elementos que compõe a religiosidade humana, respeitando a diversidade cultural dos alunos.
OBJETIVOS ESPECÌFICOS:
- Desenvolver novas práticas pedagógicas no ensino religioso.
- Fazer uso de recursos tecnológicos no ensino religioso.
-Efetivar uma prática de Ensino voltada para a superação de preconceito religioso.
PROBLEMA.
	Muitos educadores tem uma grande dificuldade no ato de ensinar os conteúdos de Ensino Religioso em sala de aula devido à homogeneidade dos alunos. A pluralidade e a diversidade cultural presente em nosso contexto social, nos levar a questionar a respeito de algumas premissas, tais como: Existe pluralidade religiosa em sala de aula? Como lidar com o preconceito religioso no ambiente escolar? A escola está para o dialogo inter-religioso? Nesse contexto o professor deve possuir conhecimentos bem amplos a cerca do tema em estudo, tornando a escola um espaço intercultural e social.
 
HIPÓTESE. 
	Os alunos atualmente apresentam uma grande dificuldade na contextualização dos conceitos de Ensino Religioso, visto que devido a heterogeneidade dos mesmos, as vezes no ambiente certos tratados na disciplina de Ensino Religioso se torna um pouco obscuro para uma parcela do alunado. 
JUSTIFICATIVA. 
	Vivemos em uma sociedade na qual conceitos e valores morais e éticos estão entrelaçados, e as vezes distorcidos de certos conceitos estudados e apreendidos no âmbito escolar e familiar.
É de suma importância que o professor faça o papel de mediador no uso de novas práticas pedagógicas, tornando a aprendizagem da disciplina de ensino religioso mais prazerosa.
As novas tecnologias e as mídias sociais podem ser um agente facilitador na didática pedagógica do educador. Tais estratégias visam facilitar a compreensão e aprendizagem dos alunos através do contexto escolar, familiar e social no qual o aluno está inserido.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que regulamentam quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio para garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes. Por isso, é um documento importante para a promoção da igualdade no sistema educacional, colaborando para a formação integral e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
1.1 A BNCC (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR) E O ENSINO RELIGIOSO: SOMENTE CULTURA? O QUE É DA FÉ? 
O Superior Tribunal Federal em 27 de setembro de 2017, por 6 votos a 5 julgou o Ensino Religioso de Caráter Confessional como componente curricular das escolas públicas de ensino fundamental. O Ensino Religioso está previsto na Constituição Federal no Artigo. 210, § 1 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96 em seu Artigo 33.
	
O Ensino Religioso (ER) também foi assegurado na BNCC (Base Nacional Curricular Comum) aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), como a referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais e das propostas pedagógicas das instituições escolares. Obedecendo o que determina a Constituição, o Ensino Religioso será de oferta obrigatória, no horário normal de aula, mas opcional para o aluno.
Uma preocupação não pode ser ocultada. Houve grande mobilização e discussão envolvendo as várias disciplinas para que a BNCC chegasse ao texto final. No entanto, o Ensino Religioso não foi discutido, já que o mesmo havia sido retirado do texto da BNCC; já que toda a fundamentação era de um Ensino Religioso com conteúdos determinados pelo governo. Fato que fere o princípio da liberdade Religiosa assegurado na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases. A surpresa foi que, com apenas cinco dias antes da votação da BNCC, o Ensino Religioso é reinserido pelo CNE e aprovado com a redação que anteriormente tinha sido reprovada.
Na BNCC o Ensino Religioso é apresentado e está definido como uma das cinco áreas do conhecimento. Ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental, cada área do conhecimento tem suas competências específicas que estão em consonância com as 10 Competências Gerais:
Cabe ao Ensino Religioso tratar os conhecimentos religiosos a partir de pressupostos éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção. Isso implica abordar esses conhecimentos com base nas diversas culturas e tradições religiosas, sem desconsiderar a existência de filosofias seculares de vida.
A BNCC apresenta o Ensino Religioso como uma disciplina curricular com conteúdos determinados para todo o país pelo Ministério da Educação que abordará muitos conceitos, aspectos, assuntos e manifestações, sendo compreendido até como “filosofia de vida” em uma das séries do Ensino Fundamental. Também anuncia a BNCC que este deverá ser abordado a partir de pressupostos éticos e científicos. Não há dúvida de que o Ensino Religioso promove princípios éticos e desenvolve o espírito científico, condição já comprovada pelas muitas contribuições científicas que a Igreja deixou e deixa de herança para a humanidade, inclusive pelos inúmeros Padres Cientistas. No entanto, os pressupostos de uma disciplina, que permeará a relação com o Sagrado, para além da cognição, compreender a dimensão religiosa como construção histórico-social semeia contradições que esvaziam a relação natural com a Transcendência.
1.2. A BNCC CONSIDERA OS MARCOS NORMATIVOS E, EM COFORMIDADE COM AS COMPETÊNCIAS GERAIS ESTABELECIDAS, O ENSINO RELIGOSO DEVE ATENDER OS SEGUINTES OBJETIVOS: 
a) Proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos, culturais e estéticos, a partir das manifestações religiosas percebidas na realidade dos educandos;
b) Propiciar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e de crença, no constante propósito de promoção dos direitos humanos;
c) Desenvolver competências e habilidades que contribuam para o diálogo entre perspectivas religiosas e seculares de vida, exercitando o respeito à liberdade de concepções e o pluralismo de ideias, de acordo com a Constituição Federal;
d) Contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais de vida a partir de valores, princípios éticos e da cidadania.
1.4. O COMPONENTE CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO - DEVEM GARANTIR AOS ALUNOS O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: 
1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.
3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor da vida.
4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.
5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da economia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.
6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitoshumanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz.
A BNCC na Unidade Temática Manifestações Religiosas quer proporcionar o conhecimento e a valorização e acolhida da singularidade e diversidade que envolve a condição humana “por meio da identificação e do respeito às semelhanças e diferenças e da compreensão dos símbolos e significados e da relação entre imanência e transcendência”.
Na unidade temática Crenças Religiosas e Filosofias de Vida, a BNCC quer assegurar o acesso aos tratados das diferentes tradições e movimentos religiosos e filosofias de vida, “particularmente sobre mitos, ideia(s) de divindade(s), crenças e doutrinas religiosas, tradições orais e escritas, ideias de imortalidade, princípios e valores éticos”.
O estado é laico, mas a humanidade não é! Estado laico não significa a destruição da dimensão religiosa, que é inerente à humanidade. A Congregação para a Educação Católica na Carta Circular sobre o ensino da Religião na Escola nº 10, afirma:
O ensino da religião na escola constitui uma exigência da concepção antropológica aberta à dimensão transcendental do ser humano: é um aspecto do direito à educação (conforme Catecismo, 799). Sem esta disciplina, os alunos estariam privados de um elemento essencial para a sua formação e desenvolvimento pessoal, que os ajuda a atingir uma harmonia vital entre a fé e a cultura.
A humanidade tem relação com a transcendência e essa não pode ser abolida por leis, ideologias e conceitos diversos. Romper com a dimensão religiosa é fragmentar e ferir a condição humana.
	1.5. O ENSINO RELIGOSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS NO DEBATE ATUAL. 
A imparcialidade diante dos conflitos do campo religioso é o princípio da laicidade do Estado, que corresponde à soberania popular em matéria de política e de cultura. Corretamente entendido, o Estado laico não apoia correntes religiosas, nem direta nem indiretamente, nem explícita nem implicitamente. Tampouco professa uma ideologia irreligiosa ou antirreligiosa. A laicidade do Estado é pré-condição para a liberdade de crença garantida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e pela Constituição brasileira de 1988.
Com isso, surge a pergunta: É possível que as escolas públicas tenham em seu currículo o ensino religioso? Se o ensino religioso fosse ministrado a partir dos dogmas ou da doutrina de uma única religião, isso seria inconstitucional. Em lugar disso, se as aulas forem tiverem por base a pluralidade de credos característicos de nossa tradição secular, sem privilegiar uma ou outra vertente, isso seria constitucional.
A religião faz parte da evolução do ser humano, desde os seus primórdios (litolatria, fitolatria, zoolatria, idolatria etc). Ela é parte da cultura da sociedade como um todo. Desse modo, sendo expressão do próprio ser humano, deve ser estudada porque se projeta em quase todas as áreas do planeta.
Poder-se-ia objetar: E o ateu como fica? Esse por ser, na maioria das vezes, um pensador livre, provavelmente não criará oposição a uma pesquisa séria das religiões, já que isso possibilitará o conhecimento do ser humano em sua totalidade. Seria salutar, até mesmo, incluir nos estudos o ateísmo. Ainda assim, haja vista o histórico negativo em relação à religião por causa dos sectarismos, surgirão muitos problemas para a implementação de um estudo sério das religiões, tomada em seu pluralismo, no ensino público.
Em suma, conquanto o Estado seja laico, o Ensino Religioso sério e bem fundamentado dentro de um respeito a uma pluralidade positiva, sem proselitismo, verificando-se suas causas e efeitos, acredito que possa ser realizado, sem ensejar inconstitucionalidade. Nem o Estado atrapalha a tradição religiosa, nem a religião atrapalha o que é próprio do Estado, mas há uma saudável interação. Ao contrário dos esforços de alguns teóricos da educação que querem mostrar que tudo na esfera religiosa é negativo, geralmente abordando-a pelos lamentáveis equívocos registrados na História – que são, graças a Deus, infinitamente inferiores às grandes contribuições positivas – as aulas de Ensino Religioso precisam deixar claro a identidade de cada credo, fazendo ver a riqueza plural de cada religião na construção da pessoa e da cidadania.
A oportunidade de cultivar nos estudantes o respeito pela atenta busca e escuta do mistério que os circunda, revela a sua verdade existencial, enchendo-os de otimismo e confiança no primado da pesquisa e do estudo, com todos os riscos e desafios característicos. É possível que alguns pais de alunos ou mesmo outros professores não compreendam o sentido plural do Ensino Religioso e venha a se opor a uma aula que valorize tais conteúdos. O MEC manda “repudiar toda discriminação baseada em diferenças de crença religiosa”.
Em face aos preconceitos humanistas de alguns setores responsáveis pela educação pública, principalmente nas cidades grandes, o professor de Ensino Religioso Plural tem o dever de mostrar o valor da transcendência como é vista em sua tradição religiosa. Ele não precisa ter receio de ser claro e objetivo em sua apresentação dos conteúdos religiosos, respeitando o seu credenciamento.
Um Estado Laico não pode ter medo da democracia, de reconhecer a especificidade de tantas outras instituições civis, mas deverá estender suas ideias de “pluralidade democrática” à esfera da educação religiosa nos estabelecimentos públicos de ensino, na esperança de formar nos futuros cidadãos aceitação, tolerância e harmonia entre as diferentes religiões. Do ponto de vista teológico.
Portanto, a você, católico, cristão reformado ou de religião de origem africana ou espírita, não fique de fora desse grande debate, o seu credo tem muito a dizer no processo de formação que seus filhos se submetem nas escolas públicas. 
METODOLOGIA. 	
O presente trabalho será realizado na escola Estadual de Ensino Médio Armindo Edwino Schwengber, localizada no município de Colorado do estado do Rio Grande do Sul, e visa abordar uma nova concepção no processo ensino aprendizagem da disciplina de Ensino Religioso, no âmbito educacional, buscando desde novas práticas e estratégias pedagógicas no ensino religioso no ambiente escolar com foco nos valores morais, éticos e sociais de nossos alunos. 
No desenvolvimento desse projeto será utilizados livros, uso de recursos tecnológicos (data show), vídeos, filmes, textos da internet e palestras com pessoas da comunidade, visto que os alunos não possuem o livro didático de Ensino Religioso.
A pesquisa bibliográfica é à base de qualquer trabalho científico. Essa etapa serve para reunir o conhecimento teórico já disponível. A partir daí, pode-se analisar ou explicar o objeto de estudo. Ao dominar a literatura existente, o investigador consegue definir melhor os objetivos do projeto de pesquisa. 
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
Ela possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar. A pesquisa é um processo permanentemente inacabado. Processa-se por meio de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo-nos subsídios para uma intervenção no real. A pesquisa científica é o resultado de um inquérito ou exame minucioso, realizado com o objetivo de resolver um problema, recorrendo a procedimentos científicos (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, p. 31).
O trabalho será realizado fazendo uso de pesquisa bibliografia que dará suporte teórico ao projeto com foco no processo ensino aprendizagem dos educandos.
CRONOGRAMA. 
	
	Novembro
	Dezembro
	JaneiroFevereiro
	Elaboração do projeto.
	
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	Pesquisa bibliográfica 
	
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	Apresentação do projeto.
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS. 
A BNCC e o Ensino Religioso: Somente cultura? O que é da Fé? - Disponível em https://www.a12.com/redacaoa12/brasil/a-bncc-e-o-ensino-religioso-somente-cultura-o-que-e-da-fe - acesso em 26/09/2019.
O ensino religioso nas escolas públicas no debate atual – Disponível em http://arqrio.org/formacao/detalhes/62/o-ensino-religioso-nas-escolaspublicas-no-debate-atual-iii - acesso em 26/09/2019.
O que é a BNCC - https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/o-que-e-BNCC.html - acesso em 01/03/2020.
Métodos de pesquisa http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf - acesso em 09/03/2020.
Pesquisa Bibliográfica: tudo o que você precisa saber para fazer a sua
 https://viacarreira.com/pesquisa-bibliografica/ - acesso em 09/03/2020.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. 
SILVEIRA, Denise Tolfo; CÓRDOVA, Fernanda Peixoto. A pesquisa científica. In: GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
Metodologia Cientifica - Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar Mossoró, v. 4, n. 12, Novembro/2018 – acesso em 09/03/2020.

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