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RELATÓRIO DE ESTRATIGRAFIA FINAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ - UFOPA 
INSTITUTO DE ENGENHARIA E GEOCIÊNCIAS - IEG 
GEOLOGIA - 2015 
RELATÓRIO DE CAMPO DE ESTRATIGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTRATIGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM-PARÁ, NOVEMBRO - 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMILA DA COSTA LOPES 
DAIANE XAVIER MONTELES 
ELIANA MARINHO BRANCHES FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ESTRATIGRAFIA 
 
 
 
Relatório de Campo de Estratigrafia elaborado como 
requisito para obtenção de nota parcial da disciplina de 
Estratigrafia, sob orientação da Prof.º Dr.º Anderson 
Conceição Mendes, do Curso de Geologia do Instituto de 
Engenharia e Geociências - IEG da Universidade Federal 
do Oeste do Pará - UFOPA. 
 
 
 
 
SANTARÉM-PA, NOVEMBRO DE 2015 
 
6 
 
 
 
 
 
AVALIADORES 
 
 
 
 
________________________________________ 
Prof.º Dr.º. Anderson Conceição Mendes 
Avaliador– Universidade Federal do Oeste do Pará 
 
 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Profº Dr.º Antônio Emídio Santos Junior 
Avaliador – Universidade do Sul e Sudeste do Pará 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
1.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 9 
1.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO .................................................................................... 9 
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 10 
2.1 GERAL............................................................................................................................. 10 
2.2. ESPECÍFICO ............................................................................................................ 10 
3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS ....................................................................................... 11 
4. GEOLOGIA REGIONAL ................................................................................................ 12 
4.1. BACIA DO AMAZONAS .............................................................................................. 12 
4.2. Grupo Javari .............................................................................................................. 12 
4.3. Formação Alter do Chão .......................................................................................... 13 
5. GEOMORFOLOGIA ....................................................................................................... 14 
6. GEOLOGIA ESTRUTURAL .......................................................................................... 15 
7. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 16 
7.1. PRÉ-CAMPO ................................................................................................................. 16 
7.2. CAMPO ...................................................................................................................... 16 
7.3. CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTAR .................................................................. 17 
7.4. ANÁLISE DE FÁCIES E ESTRATIGRÁFICAS .................................................. 17 
8.1. ASSOCIAÇÃO DE FÁCIES: ........................................................................................ 20 
10. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 25 
 
 
 
8 
 
LISTA DE FIGURA 
 
Figura 1: Mapa de Localização e Acesso .................................................................................... 10 
Figura 2: Delimitação da bacia do Amazonas. Fonte: SOUZA, et al (2013). ....................... 11 
Figura 3: Mapa de Caracterização Geológica da Área. ......................................................... 14 
Figura 4: Geomorfologia da área de estudo e fácies expostas da Formação Alter do Chão.
 ..................................................................................................................................................... 15 
Figura 5: Falha Normal na Formação Alter do Chão. .......................................................... 16 
Figura 6: Ilustração do perfil sedimentar na mina Binga, Santarém-PA. ......................... 19 
Figura 7: Fotomosaico, identificando os subambientes, a partir da descrição do perfil. ... 20 
Figura 8: Barra Conglomerática, indicando a associação das Fácies C e At. ...................... 22 
Figura 9: Depósitos Heterolíticos, associação das fácies Agm e Ab, caracterizando uma 
Barra em Pontal. ....................................................................................................................... 22 
Figura 10: A) Geometria Lenticular, formado por argilitos (Agm). Em vermelho marcando 
uma superfície subaérea. B) Concreções, em contato com a superfície erosiva. C) As 
concreções são constituídos por arenitos ferruginosos. ......................................................... 23 
Figura 11: A) Capa ferruginosa com um contato abrupto com Argilito maciço(Agm) e com 
arenito Laminar. B) Gretas de Contração. C) Traços Fosseis. ............................................. 24 
 
 
 
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928730
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928732
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928733
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928733
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928734
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928735
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928736
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928737
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928738
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928738
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928739
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928739
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928739
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928740
file:///C:/Users/Asus/Desktop/RELATÓRIO%20DE%20ESTRATIGRAFIA.docx%23_Toc436928740
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 APRESENTAÇÃO 
 
No dia 28 de Novembro de 2015 foi realizada a aula prática de Estratigrafia, na 
porção oeste do estado do Pará, no Município de Santarém, onde foi visitado a mina 
‘Binga’ Localizada na margem direita da Rodovia Everaldo Martins, para aprimorar 
conhecimentos teóricos adquiridos em aula, sob Orientação da Prof.º Anderson Mendes, 
Prof.º Antônio Emídio de Araújo Santos Júnior e o Técnico Livaldo Santos. 
 O presente relatório apresenta os resultados da identificação dos contatos 
Estratigráficos, ambientes sedimentares, na mina Binga, e apresentados com intuito de 
melhor caracterizar as unidades e feição geológica presente na região de Cucurunã. Nesse 
contexto, serão abordados os resultados de estudos geológicos das unidades 
estratigráficas encontrados na área. 
A regiões da comunidade de Cucurunã, Santarém - PA, alvo do presente estudo, 
é pertencente ao Grupo Javari uma das subdivisões da Formação Alter do chão, com idade 
do cretáceo superior, na qual está situada na Bacia Sedimentar do Amazonas 
(SCHALKEN, 2000). 
1.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO 
 
A região selecionada como área de estudo para a realização da Prática de Campo de 
Estratigrafia está situada na região oeste do estado do Pará, situada na folha SA 21 – 
Santarém, mais precisamente a margem direita da Rodovia Everaldo Martins, sentindo 
Santarém – Cucurunã, com as seguintes coordenadas,746959,3 e 9727206,2 em UTM, a 
aproximadamente 8 (oito) km do centro da cidade de Santarém (figura 1). Na área 
destaca-se a rodovia parcialmente pavimentada BR-163 (Rodovia Santarém-Cuiabá). A 
escolha dessa área se deve à logística para realização, e por conta da ocorrência da 
variabilidade de tipos de sistemas sedimentares. 
10 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 GERAL 
 Identificar e investigar feições estratigráficas encontrados da região do Cucurunã. 
 
2.2. ESPECÍFICO 
 
 Identificar e investigar corpos geológicos encontrados da região da mina BINGA. 
 
Individualizar principais unidades que afloram na área e caracterizar suas relações 
de contato; 
Confeccionar mapas para representação cartográfica das litologias, estruturas e 
morfologias da área. 
Realizar estudo petrográfico dos principais litotipos, com a finalidade de defini-los e 
identificá-los com base nas classificações modais e variações texturais, comparando com a 
literatura existente macroscopicamente; 

Comparar dados geológicos obtidos em campo com as unidades mapeadas pela 
CPRM; 
Colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos em aula. 
MAPA DE LOCALIZAÇÃO E ACESSO 
Figura 1: Mapa de Localização e Acesso 
11 
 
3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 
A região do município de Santarém encontra-se sob o domínio do clima equatorial úmido, 
do tipo Am (monsônico), segundo classificação proferida por Köppen. As vegetações 
predominantes abrangem formações pioneiras, floresta ombrófila densa, savana e áreas 
de refúgio ecológico. De acordo com os do Zoneamento Ecológico-Econômico em área 
sob influência da rodovia BR-163 (ZEE), os principais tipos de solos nesta área 
correspondem a Argilossolo Amarelo, Latossolo Amarelo, Neossolo Flúvico e Neossolo 
Quartzarênico. 
A bacia hidrográfica do rio Amazonas apresenta cerca de 6.110.000 km2 estendendo-se a 
países como Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Guiana e Brasil, 
correspondendo neste último, a uma contribuição média de aproximadamente 132.145 
m3/s (ANA, 2011). A região abrange as unidades morfoestruturais de Planalto Rebaixado 
da Amazônia, Planície Amazônica, Planalto Tapajós-Xingu, Planalto da Bacia 
Sedimentar do Amazonas, Planalto Dissecado do Norte da Amazônia, Planalto Dissecado 
Rio Trombetas-Rio Negro, Depressão Periférica do Norte do Pará e Pediplano rio Branco-
rio Negro (NASCIMENTO et al, 1976)(figura 2). 
 
 
Figura 2: Delimitação da bacia do Amazonas. Fonte: SOUZA, et al (2013). 
12 
 
A bacia sedimentar do Amazonas abrange uma área total de 615.600 km2 correspondendo 
205.000 km2 a superfícies de afloramento da Formação do Alter do Chão (SOUZA et al, 
2013). A bacia encontra-se delimitada pelos arcos Purus e Gurupá (oeste e leste) e 
Escudos das Guianas e do Brasil Central (norte e sul) da bacia (Figura 1) sendo constituída 
principalmente por rochas siliclásticas (CPRM, 2003). 
 
4. GEOLOGIA REGIONAL 
 
4.1. BACIA DO AMAZONAS 
A Bacia do Amazonas é caracterizada por ser uma bacia de sinéclise intracratônica que 
abrange uma área de aproximadamente 500.000 km2, com eixo maior orientado na 
direção ENE-WSW. Seus extratos sedimentares recobrem as províncias pré-cambrianas 
dos escudos das Guianas e do Brasil central (Cunha et. al. 1994), ela limita-se a oeste com 
a Bacia do Solimões pelo Arco de Purus e, a leste, com o arco de Gurupá que a separa da 
Bacia do Marajó. O embasamento que constitui seu substrato está relacionado a dois 
eventos principais do Pré-Cambriano, em que o mais antigo originou a organização dos 
terrenos grantito-greenstones e dos cinturões de alto grau metamórfico e seu arcabouço 
estratigráfico foi formado por duas megassequências de primeira ordem: uma paleozoica, 
constituída de rochas sedimentares de naturezas variadas, e uma mesozóico-cenozóica 
sedimentar. (Cunha et. al. 2007). Com o término dos esforços compressionais , no final 
do Mesozóico, teve início um novo ciclo deposicional Cretácio-Terciário registrado 
pelo Grupo Javari com as Formações (figura 3): 
 
4.2.Grupo Javari 
 São pertencentes ao Grupo Javari as Formações: Alter do chão (com arenitos fluviais) 
e Solimões, composta com rochas pelíticas contendo restos de conchas de moluscos e 
vegetais. No Neocretáceo, a bacia comportava-se como uma área subsidente. Houve 
então, um sistema fluvial de alta energia que durou até o final do Cretáceo e que foi 
responsável pela deposição de sedimentos essencialmente arenosos da Formação Alter do 
Chão. A grande disponibilidade de água para a implantação de um regime fluvial 
abundante se deu devido à mudança de clima, de árido para úmido. Com o soerguimento 
da cadeia andina houve o início do isolamento dessa bacia fluvial no Paleógeno. 
13 
 
4.3.Formação Alter do Chão 
 O município de Santarém está situado na Bacia Sedimentar do Amazonas, nos domínios 
da Formação Alter do Chão, que ocupa cerca de 70 % do espaço municipal. Essa 
formação é constituída por clásticos continentais, de idade Cretáceo Superior, 
representados por arenitos caulínicos, finos a grossos, às vezes com níveis 
conglomeráticos; localmente, ocorrem níveis ferruginosos, silicificados. Intercaladas na 
sequência arenosa, ocorrem camadas argilosas, cuja coloração varia de avermelhada a 
mosqueada, esbranquiçada, creme e lilás, geralmente pouco consolidadas, às vezes 
contendo lentes de arenito friável. A Formação Alter do Chão está bem caracterizada nas 
porções leste, sul e oeste do município de Santarém, constituindo uma morfologia típica, 
com elevações de topo plano, bordas escarpadas e fortemente ravinadas, na forma de 
platôs. No topo desses platôs, é frequente a presença de crosta ferruginosa, laterítica; às 
vezes, acha-se desmantelada, constituindo um nível concrecionário. Essas bandas ferrosas 
lateríticas indicam que o clima nessa época era úmido em alguns níveis arenosos da 
unidade e a paleodrenagem corria de leste para oeste, em direção ao Oceano Pacífico, 
geralmente, é responsável pela preservação dos platôs que caracterizam a Formação Alter 
do Chão (SCHALKEN, 2000). 
No estado do Pará, a Formação Alter do Chão ocorre desde sua fronteira com o estado do 
mazonas a oeste até a borda da bacia do Marajó a leste, abrangendo uma área de 
aproximadamente 9.870 km2, sendo aflorante nas cidades de Faro, Oriximiná, Óbidos, 
Juruti, Terra Santa, Santarém, Alenquer, Aveiro, Prainha, Brasil Novo, Vitória do Xingu, 
Senador José Porfírio e Porto de Moz. (JUNIOR e MOURÃO, 2012). 
14 
 
 
5. GEOMORFOLOGIA 
 
A Planície Amazônica ocupa a porção norte do município e constitui as áreas de várzea, 
temporariamente submetidas às inundações do rio Amazonas. Compreende depósitos 
aluviais atuais e não tão recentes, com predomínio de argilas e areias. O Planalto 
Rebaixado da Amazônia constitui uma superfície intermediária entre a planície 
supramencionada e o Planalto Tapajós-Xingu. Está bem caracterizado na porção centro-
norte do município, ao sul da sede municipal e ao norte da serra de Piquiatuba, situado 
entre as cotas de 50 e 100 metros. Representa uma superfície pediplanada, desenvolvida 
sobre as rochas da Formação Alter-do-Chão (figura 4). A cidade de Santarém está situada 
nesse domínio. O Planalto Tapajós-Xingu é a feição morfológica dominante na porção 
centro-sul do município, situada nas maiores altitudes regionais, entre 100 e 150 metros, 
em média. É caracterizado por elevações de topo plano, com encostas escarpadas e 
MAPA DE CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DA ÁREA 
Figura 3: Mapa de Caracterização Geológica da Área. 
15 
 
ravinadas, em forma de platôs, onde se desenvolve uma drenagem espaçada e profunda. 
 
 
6. GEOLOGIA ESTRUTURAL 
 
A zona de cisalhamento é uma faixa estreita e planar de paredes subparalelas onde se 
concentra a deformação com taxas variáveis, representam zonas de fraqueza e apresentam 
adelgaçamento por deformação localizada. Os reflexos de esforços tectônicos durante o 
Cenozóicona região Amazônica estão registrados em deformações nos estratos 
sedimentares da Bacia do Amazonas, que foram interpretadas por Costa (2002) como 
resultante da interação complexa dos esforços entre as placas do Caribe e Sul- Americana 
e associadas a tensões intraplacas compressivas e distensivas, correlacionadas ao binário 
dextral resultante da roto- translação da placa Sul-Americana para NW. 
 O tectonismo na bacia é essencialmente rúptil, ilustrada em escala macro pela falha 
normal encontrada na Formação Alter do Chão ( Figura 5), na Região da Comunidade de 
Cucurunã, de pouca expressão vertical, mas com deformações regionais de grande escala, 
que mantêm relações espaciais estreitas com as principais faixas orogênicas do 
embasamento, através de processos de reativação ao longo de antigas descontinuidades 
durante o Fanerozoico (Rezende & Brito 1973). De acordo com Wanderley Filho (1991), 
as principais falhas NW-SE são de transferência e seccionam quase todas as unidades 
Formação Alter do Chão Exposta 
Figura 4: Geomorfologia da área de estudo e fácies expostas da Formação Alter do Chão. 
16 
 
litológicas e deslocam os depocentros da bacia. 
 
7. MATERIAIS E MÉTODOS 
A metodologia adotada neste trabalho implicou em duas etapas: 
7.1. PRÉ-CAMPO 
a) No primeiro momento foi realizado o levantamento bibliográfico em livros, 
artigos e periódicos referentes a Formação e Grupos encontrados em campo além de 
Estratigrafia, caracterização física da área, aspectos geológico e geomorfológico. 
b) Por meio do uso de Shapes disponibilizados pelo Serviço Geológico Brasileira( 
CPRM), foram confeccionados mapas litológicos e logísticos utilizando o softwares no 
ArcGIS 10.1 e Sedlog. 
c) A atividade de campo ocorreu no dia 28 de novembro de 2015, no município de 
Santarém, comunidade de Cucurunã 
d) Durante as atividades de campo utilizou-se alguns equipamentos como o aparelho 
GPS (Global Position System), bússola, martelo, máquina fotográfica, caderneta, trena e 
lupa. 
7.2.CAMPO 
Nesta atividade foi realizado 01 perfil de uma seção panorâmica, com a prévia 
visualização geral da área, onde foi possível identificar as fácies (geometria dos corpos 
sedimentares) e as relações laterais e verticais dos corpos sedimentares para a 
interpretação e reconstituição dos ambientes e subambientes presentes na área. 
 
Figura 5: Falha Normal na Formação Alter do Chão. 
17 
 
 
 
7.3.CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTAR 
 Fácies Sedimentares 
A descrição do perfil estratigráfico detalhado da Seção-tipo da Formação Alter do chão 
mostrou que as sucessões sedimentares podem ser caracterizadas através de um conjunto 
de litofácies, descritas abaixo, modificado com base na classificação de litofáceis fluviais 
segundo MIALL, (1996) . 
 
7.4.ANÁLISE DE FÁCIES E ESTRATIGRÁFICAS 
A análise de fácies dos depósitos da formação Alter do chão, na região da comunidade de 
Cucurunã, na mina do Binga permitiu o reconhecimento de 7 fácies, a saber: 
 
Facie At (Arenito grosso/médio/tabular) 
Descrição: A litofácies At foi dividida em duas variedades na Seção-tipo da Formação 
Alter do Chão: a primeira (At1) corresponde aos arenitos grossos com estratificação 
cruzada tabular e a outra, (At2), constituída por arenitos de médio a grosso com 
estratificação cruzada tabular. 
A variedade do (At1), e caracterizada por arenito grosso, quartzoso, com 
estratificação cruzada tabular de coloração variando de amarelo a avermelhado. As 
unidades de (At2) corresponde Arenito variando de grosso na base a médio para o topo, 
com estratificação cruzada tabular. Com coloração variando de amarelo para 
avermelhado Em algumas camadas com fragmentos de argilitos sobre os forset. 
 
PERFIL 
18 
 
 Facie Agm (Argilito/maciço) 
Descrição: Está litofácies é caracterizada por argilito maciço, esbranquiçado. 
 
Facie Am (Arenito fino/maciço) 
Descrição: Arenito muito fino, maciço, como coloração esbranquiçado. 
 
 Facie C (Conglomerático/tabular) 
Descrição: São conglomerados médios com matriz arenítica grossa com estratificação 
Cruzada tabular. O arcabouço é constituído por grânulos e seixos com argila 
subangulosos a subarredondados, quartzoso feldspáticos. Com coloração variando de 
amarelo a avermelhado. 
 
Facie AHi (acamamento Heterolíticos/tabular) 
Descrição: São intercalações de arenitos finos quartzoso feldspáticos, caulinizado com 
estratificação cruzada tabular, de baixo ângulo de coloração e esbranquiçada com argilito 
maciço e esbranquiçado. Com camadas variando de 2 de 10 cm de espessura. Essas duas 
litologias caracterizam os depósitos Heterolíticos. 
 
 Facie Ab (Arenito fino/tabular) 
Descrição: São arenitos finos quartzosos feldspáticos, caulinizado com estratificação 
cruzada tabular, de baixo ângulo de coloração e esbranquiçada, com cinco camadas de 
arenito com espessuras variando de 2 de 10 cm 
 
Facie Al (Argilito/pano paralela) 
Descrição: Litofácie de Argilito com laminação plano paralela, de coloração 
esbranquiçado. 
 
19 
 
 
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20 
 
 
 
8. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
8.1. ASSOCIAÇÃO DE FÁCIES: 
Um conjunto de fácies constitui uma associação de fácies, que representa um conjunto de 
processos deposicionais que se desenvolveram em um ambiente de sedimentação. 
Através dessas associações, pode-se reconstruir o sistema deposicional, auxiliando assim, 
no entendimento da história evolutiva da bacia, como mostra a figura 7. 
Após a identificação e descrição das 7 (sete) litofácies sedimentares na área de estudo, 
bem como a interpretação dos processos de formação, podemos dizer que cada associação 
de litofácies é constituída por um ou mais elementos arquitetônicos, definidos de cordo 
com a geometria deposicional. Com base na relação genética e arquitetura foram 
agrupadas: 
 
 
 
Figura 7: Fotomosaico, identificando os subambientes, a partir da descrição do perfil. 
21 
 
 
 Associação litofaciológica A (Preenchimento de canal): 
Esta associação é constituída pelos elementos arquitetônicos de origem fluvial, como a 
barra conglomerática, macroformas arenosas e barras de acresção lateral. 
Características: 
 Associação litofaciológica B (Depósitos externos ao canal): 
 Esta associação é constituída por planície de inundação e canais abandonados. 
 
Preenchimento de canal 
A principal característica deste elemento é a base erosiva côncava para cima e ocorrem 
nas mais variadas dimensões e em qualquer sistema aluvial cortando os depósitos da 
planície de inundação (Agm) e (Al). Os constituintes que preenchem o canal são 
conglomerados (C ) e ocorrem dispostos em camadas tabulares, onde a fácie C apresenta 
uma granodecrescência ascendente marcada pelo contato com a camada de argilito. 
 
Barra conglomerática 
A barra encontrada na mina é constituída pela associação das fácies C e At. Sua geometria 
é caracterizada por corpos tabulares originados da migração de barras longitudinais ou 
transversais formadas por fragmentos da granulometria superior à areia, com camadas 
variando entre 30cm e 3,5m. Apresenta granodecrescência ascendente sugerindo a 
deposição por correntes desconfinadas a fracamente desconfinadas, efêmeras e de alta 
energia (Nemec e Postma, 1993; Nemec & Steel, 1984; Blair 2000) (figura 8). 
 
 
22 
 
 
 Barras de acresção lateral 
 Este subambiente caracteriza-se por geometria lenticular ou cuneiformes constituídos por 
sets de estratos cruzados separados por superficíes de acresção lateral. Foram 
identificadas as fácies Ahi, Ab, Agm típicos deste tipo de ambiente com 1 a 3 metros de 
espessura(figura 9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Depósitos externos ao canal 
A
t
C 
Granodecrescência 
Ascendente 
Figura 8: Barra Conglomerática, indicandoa associação das Fácies C e At. 
Agm 
Ab 
Agm 
Ag
m 
Ab 
Ab 
DEPÓSITOS 
HETEROLÍTICOS 
Figura 9: Depósitos Heterolíticos, associação das fácies Agm e Ab, caracterizando uma Barra em Pontal. 
23 
 
Canal abandonado 
Foram interpretados como canal abandonado, devido à ocorrência de uma geometria 
lenticular sendo preenchida por fácies de argilito (Agm) de espessuras de 1m, com 
estratificação cruzada tabular características estas que justificam este subambiente. Nesse 
subambiente, Skolithos, e concreções ferruginosas, caracterizando uma superfície 
subaérea (figura 10). 
 
 
 
Planície de inundação 
Caracterizado por regiões de baixo relevo, como poucas drenagens, além de baixa taxa 
de acumulação, dominada por sedimentos de granulometria muito fina. O condicionante 
clima determina a quantidade de subambiente que desenvolverão nessa região (Nanson 
&Crone, 1992;Miall, 1996). São depósitos de geometria tabular e constituídos de Al e 
Agm(figura 11). 
 
A 
C 
A B 
Figura 10: A) Geometria Lenticular, formado por argilitos (Agm). Em vermelho marcando uma superfície subaérea. B) 
Concreções, em contato com a superfície erosiva. C) As concreções são constituídos por arenitos ferruginosos. 
24 
 
9. CONCLUSÃO 
A partir da análise detalhada do perfil na seção panorâmica foi possível identificar as 
fácies, superfícies de contato e erosivas. Assim, foi possível obter três considerações 
em relação a área de estudo, a saber: 
 O reconhecimento da unidade estratigráfica Formação Alter do Chão. 
 A análise de fácies permitiu reconhecer 7(fácies) sedimentares: (At) Arenito 
grosso quatzoso com estratificação tabular, (Agm) Argilito maciço, (Am) Arenito 
maciço, (C ) Arenito conglomerático, (Ahi) Acamamentos heterolíticos de baixo 
ângulo, (Ab) Arenito tabular de baixo ângulo e (Al) Argilito com laminação plano 
paralela. Esta fácies foram associadas à quatro subambientes: Canal, Barra em 
pontal, Canal abandonado e Planície de inundação. 
 Os subambientes deposicionais identificados na Mina do Binga nos permitiu 
interpretar que estão associados a um sistema de canal meandrante. Tais 
características podem ser comparadas com o modelo deposicional fluvial de 
Miall(1996), como ilustra a figura 12 do modelo xxxxx. 
 
 
A 
Al 
C 
B 
Agm 
Figura 11: A) Capa ferruginosa com um contato abrupto com Argilito maciço(Agm) e com arenito Laminar. B) Gretas de 
Contração. C) Traços Fosseis. 
25 
 
 
 
 
 
10. REFERÊNCIAS 
 
ABINADER, H. D., NOGUEIRA, A. C., MAPES, R. W., & COLEMAN, D. S. 
Estratigrafia de Depósitos Cenozóicos da porção Centro-Oeste da Bacia do 
Amazonas. In Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário 
(ABEQUA). Vol. 11. 2007. 
 
AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS. ANA. Plano Estratégico de Recursos Hídricos 
dos Afluentes da Margem Direita do Rio Amazonas. 2011. 
 
Caputo, M.V. 1984. Stratigraphy, tectonics, paleoclimatology and paleogeography of 
northern of Brazil. Programa de Pós-Graduação em Geociências, University of 
California, Tese de Doutorado, p. 201-209. 
 
Wanderley Filho J.R. 1991. Evolução estrutural da bacia do Amazonas e sua 
correlação com o embasamento. Dissertação de Mestrado, Instituto de Geociências, 
Universidade Federal do Pará, Belém, 125 p. 
 
CUNHA, P. R. C.; GONZAGA , F. G.; COUTINHO, L. F. C. Bacia do Amazonas. 
Boletim de Geociências da Petrobras. Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 47-55., jan./mar. 
1994. 
 
C.G. 1973. Avaliação geológica da bacia paleozóica do Amazonas. In: SBG, Cong. 
Figura 12: Bloco diagrama do modelo deposicional, proposto para Formação Alter do Chão, Óbidos-PA, Mendes 
AC, 2012. Revista Brasileira de Geociências . 
26 
 
Brasil. Geol., 27, Anais, p. 227-245. 
 
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Embrapa. 
Zoneamento Ecológico-Econômico em Área sob a influência da rodovia BR-163, 
estado do Pará (ZEE BR-163). Disponível em: http://zeebr163.cpatu.embrapa.br. 
Acessado em: 12 de Novembro de 2005. 
 
NASCIMENTO, D.A. do et al. Geomorfologia da folha SA-21 Santarém. Projeto 
RADAMBRASIL, 1976 (Levantamento de Recursos Naturais, 10). 
 
SCHALKEN, Charles George P. S., 1st Joint World Congress on Groundwater, 
 
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Geologia e Recursos Minerais do Estado do 
Pará. Sistema de Informações Geográficas – SIG: Texto explicativo dos mapas 
Geológico e Tectônico e de Recursos Minerais do Estado do Pará. Organizadores, 
Marcelo Lacerda Vasquez, Lúcia Travassos da Rosa-Costa. Escala 1:1.000.000. Belém: 
CPRM, 2008. 
 
http://zeebr163.cpatu.embrapa.br/

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