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Resumo - AINEs

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AINEs 
FARMACOLOGIA DOS AINES 
A farmacologia dos antiinflamatórios não 
esteroidais, ou AINEs, é ampla e 
diversificada, mas sua função pode ser 
resumida de forma bastante precisa. 
EFEITOS PRINCIPAIS 
 Analgésico; 
 Antipiréticos; (reduz a febre) 
 Anti-inflamatórios. 
Esses três efeitos são altamente 
vantajosos no cenário clínico, já que 
muitos pacientes são acometidos por um 
ou mais desses sintomas. 
EM QUAIS CONDIÇÕES OS AINEs SÃO 
USADOS? 
 Cefaleia e enxaqueca; 
 Condições artrít icas inflamatórias 
(espondilite anquilosante, artrite 
psoriát ica); 
 Dor pós-operatória; 
 Dor nas costas; 
 Gota; 
 Dentre muitas outras... 
 
 
BREVE REVISÃO SOBRE INFLAMAÇAÕ 
A reação inflamatória está presente em 
quase todas as lesões produzidas no 
organismo humano. As manifestações 
clínicas ou os sinais do processo 
inflamatório são: 
 CALOR; 
 RUBOR (eritema/ avermelhamento); 
 EDEMA (inchaço); 
 DOR; 
 PERDA DA FUNÇÃO (limitação 
funcional). 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologicamente podemos explicar o 
processo inflamatório lembrando que 
quando uma célula sofre lesão, o 
fosfolipídio de membrana metabolizado 
pela enzima fosfolipase A2, resultando 
em ácido araquidônico. 
Por sua vez, o ácido araquidônico pode 
ser metabolizado pelas enzimas 
cicloxigenases originando os 
prostanóides (as prostaglandinas que 
são, em sua maioria, vasodilatadoras e 
os tromboxanos (TXA2) que possui ação 
trombótica e vasoconstritora. 
MECANISMOS DE AÇÃO DO AINEs 
Os AINEs - ou drogas antiinflamatórias 
não-esteroidais - compart ilham um modo 
de ação comum, que envolve a inibição 
das enzimas ciclooxigenases (enzima 
COX, daqui em diante). 
Diferentes AINEs inibem as isoenzimas 
COX - COX-1 e COX-2 - em diferentes 
extensões, e esse modo de ação 
diferencial entre os AINEs explica os 
diferentes perfis de efeitos adversos (e, 
de fato, seus perfis terapêuticos). 
A inibição da COX é vital, são as enzimas 
COX responsáveis pela geração de 
prostanoides - substâncias que consistem 
em três componentes principais: 
 Prostaglandinas - responsáveis por 
reações inflamatórias / anafilát icas; 
 Prostaciclinas - at ivas na fase de 
resolução da inflamação; 
 Tromboxanos - mediadores da 
vasoconstrição. 
É importante lembrar que o efeito 
terapêutico dos AINEs não depende 
apenas do AINE escolhido, mas também 
da dose em que o AINE é administrado. 
Tanto os efeitos terapêuticos quanto os 
efeitos adversos dos AINES são mediados 
pela inibição da produção de 
prostaglandinas, conseguida por meio 
da inibição da COX. 
QUANTO AOS EFEITOS TERAPÊUTICOS DOS 
AINEs, SÃO TRÊS OS PRINCIPAIS: 
1. Efeito Anti-inflamatório: Diminuição da 
produção de prostaglandinas 
derivadas da COX-2, levando a 
diminuição da vasodilatação, edema 
e dor; 
2. Efeito Analgésico: Diminuição da dor 
(principalmente a 
inflamatória), diminuição de 
prostaglandinas que sensibilizam 
nociceptores da DOR (PGE2 e PGI2); 
3. Efeito antipirético: reduz a 
temperatura corporal 
patologicamente elevada, e tem 
como mecanismo de ação a inibição 
da produção das prostaglandinas 
PGE2, produzida a part ir de IL-1, no 
hipotálamo. 
 
 
 
EFEITOS ADVERSOS 
A Classe dos AINEs é tão diversificada 
que leva a uma gama variada de 
potenciais efeitos adversos. Esses efeitos 
adversos variam do leve e moderado ao 
grave e absolutamente perigoso. 
 Os AINEs devem ser usados com cautela, 
por exemplo, em pacientes com história 
de problemas gastrointest inais e em 
pacientes que sofrem de síndrome do 
intest ino irritável. 
 Isso ocorre porque os AINEs estão 
associados a um risco aumentado de 
sangramento gastrointest inal e formação 
de úlcera. Aproximadamente 15% dos 
pacientes apresentam dispepsia 
administração de AINEs também. 
 Já quanto aos efeitos adversos, os 
principais e que você deve 
OBRIGATORIAMENTE saber são: 
1. Irritação gástrica: Mediada pela 
inibição da COX-1, que inibe a síntese 
de prostaglandinas que atuam na 
produção de muco, atuando como 
protetores gástricos; 
2. Fluxo renal comprometido: 
 Por inibir a PGE2 e PGI2 e por 
consequência diminuir a 
vasodilatação. 
 Efeito adverso importante para 
pacientes susceptíveis a 
insuficiência renal. 
3. Tendência a prolongar o 
sangramento: Por inibição função 
plaquetária mediada por inibição da 
COX Plaquetária. 
CLASSIFICAÇÃO DOS AINEs 
Os AINES, dividem-se em: 
 NÃO-SELETIVOS: (inibem as 2 isoformas 
da COX, ou seja, COX-1 e COX2); 
 SELETIVOS: (para COX-2). 
 INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX 
(AINE- ant i-inflamatório não esteroidal): 
Geralmente bloqueiam as duas isoformas 
da COX em diferentes graus e 
reversivelmente. São eles: 
1. SALICILATOS: 
Acido acetilsalicílico (AAS), ao contrário 
dos outros AINES promove a inibição 
irreversível das COX, sendo necessário 
fabricar novas enzimas. 
Por esse motivo (inibição da COX1, 
const itut iva e que promove agregação 
plaquetária pelo TXA2) é muito ut ilizado 
como antit rombogênico para profilaxia 
de problemas coronarianos vascular 
encefálico. 
Essa inibição irreversível da COX1 das 
plaquetas se prolonga por 
aproximadamente 10 dias, até que 
novas enzimas sejam fabricadas (esse 
longo período se deve as plaquetas não 
terem núcleo). 
Os efeitos adversos são os dos AINES em 
geral, e um que tem importância clínica 
bastante relevante é a broncoconstrição 
em pacientes asmáticos (que pode 
ocorrer com outros AINES também e que 
é abordada na aula de sistema 
respiratório). 
O AAS não é indicado para o tratamento 
de crianças de pouca idade (em 
infecções com febre), pois há uma 
hipótese de que cause a Síndrome de 
Reye (marcada por encefalopatia e 
esteatose hepática). 
2. Derivados do ácido Propiônico: 
Ibuprofeno, Naproxeno, Cetoprofeno, 
Flurbiprofeno. 
O ibuprofeno é analgésico potente 
usado no tratamento de artrites e o 
naproxeno é 20 vezes mais potente que 
o AAS e causa menos efeitos adversos 
gastrointest inais. 
3. Derivados do ácido acético: 
Indometacina, sulindaco e Etodolaco 
(indolacéticos); Diclofenaco e 
Cetocoralaco (fenilacéticos). 
Muito ut ilizados em distúrbios 
musculoesquelét icos e artrites. O 
cetocoralaco tem propriedades 
analgésicas fortes. 
4. Derivados do oxicam: Piroxicam. 
É tão eficaz quanto AAS, naproxeno e 
outros, mas é mais bem tolerado, além 
de ter ação longa podendo ser ut ilizado 
uma vez ao dia. 
5. Derivados das sulfonanilidas: 
Nimesulida. 
Causa pouca inibição sobre a COX1. 
6. Paracetamol (Acetaminofeno): 
Tecnicamente não é um AINE. 
Tem efeitos analgésicos e antipirét icos, 
mas efeito insignificante como anti- 
inflamatório. Produz um metabólito tóxico 
quando metabolizado pelas enzimas do 
citocromo P450 no fígado que 
normalmente é neutralizado pela 
glutat iona, ou seja, é potencialmente 
hepatotóxico. Intoxicações por 
paracetamol podem ser t ratadas com N-
acetilsisteína. 
7. Inibidores da COX-2: Celecoxibe, 
Meloxicam, Etoricoxibe. 
Inibem aproximadamente 100 vezes mais 
a COX2 do que a COX1. Possuem as 
mesmas propriedades anti-inflamatórias 
dos AINE, porém sem o efeito de inibição 
plaquetária. Esse detalhe tem se 
mostrado cada dia mais perigoso e 
pesquisas recentes têm descoberto que 
os coxibes podem causar t rombose, 
hipertensão e problemas cardíacos 
severos quando em ut ilização 
prolongada. 
A princípio teriam sido criados porque 
não causariam tantos problemas a 
mucosa gástrica como os AINE, mas isso 
também está em estudo e discussão e 
alguns como o rofecoxibe e o 
valdecoxibe já foram ret irados do 
mercado. 
IMPORTANTE SABER!!! 
Obs: o meloxicam e a nimesulida inibem 
preferencialmente COX-2 a COX-1, em 
especial quando administrados em doses 
terapêuticas mais baixas. Não são 
TÃO selet ivos quanto os coxibes, 
podendo ser considerado 
“preferencialmente selet ivo”. Para 
concursos: analiseas alternativas, se a 
alternativa “mais correta” incluir 
meloxicam ou nimesulida como selet ivos 
COX-2, não pense duas vezes! 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA DOS AINEs 
Atenção para interação 
medicamentosa MUITO cobrada em 
provas e na VIDA: AINES e Anti-
hipertensivos! 
Os AINES inibem a COX, o que inibe a 
formação de prostaglandinas, certo? 
Uma das prostaglandinas inibidas é a 
PGI2 que atua como vasodilatadora 
renal. 
Assim, com a COX inibida pelos AINES, há 
diminuição da vasodilatação renal, o 
que diminui a taxa de filt ração 
glomerular. Menos água é filt rada e 
como resultado há um AUMENTO da 
reabsorção de sódio e consequente 
aumento da P.A. 
OUTRAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Os AINEs interagem com drogas 
anticoagulantes - como a varfarina, já 
que os AINEs têm um efeito de 
hipocoagulabilidade. 
Interagem também com os diurét icos, 
até porque os AINEs reduzem o fluxo 
sanguíneo renal. 
 
Eles inibem a eliminação de drogas 
como o lít io e o metotrexato, reduzem o 
efeito terapêutico dos antidepressivos, 
como os ISRSs e interagem com os 
inibidores da ECA na medida em que os 
primeiros podem agravar a hipertensão 
arterial.

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