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Resumo - AINEs

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1 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva 
Anti-inflamatórios 
não esteroides (AINEs) 
 
▪ Ação anti-inflamatória, analgésica e 
antitérmica → Maioria dos AINEs 
▪ Ação analgésica: AINEs, AIEs e Opioides 
(fármacos de ação central) 
▪ Inflamação: AINES e AIEs 
▪ Antialérgicos: AIEs e Anti-histamínicos 
▪ Alguns AINEs têm ação antiagregantes 
plaquetária. 
 
Obs.: Não se recomenda o uso de anti-
inflamatórios antes de saber a causa da 
inflamação, uma vez que esses fármacos 
podem mascarar os sintomas da inflamação e 
consequentemente a doença. 
 
▪ A inflamação aguda é uma resposta inicial 
a lesão celular e tecidual 
▪ Ocorre aumento da permeabilidade 
vascular e migração de leucócitos 
(neutrófilos principalmente). 
▪ As protaglandinas são mediadores da 
inflamação que provocam aumento da 
permeabilidade capilar e atraem 
leucócitos. 
▪ Sinais cardinais da inflamação: Perda da 
função (crônica), dor, edema, rubor e calor. 
 
Na membrana das células lesionadas, a 
fosfolipase A2 degrada os fosfolipídios 
produzindo o ácido araquidônico, então a 
enzima COX age sobre esse ácido produzindo 
as prostaglandinas que estão envolvidas na 
inflamação. 
o O ácido araquidônico é substrato para 
três tipos de enzimas: 
o LOX: Produz lipoxinas e leucotrienos, 
que está envolvido na indução da 
tosse, são broncoconstritores. 
o CYP450: Produção de metabólitos 
o COX-1/2: Produção de prostaglandinas 
envolvidas na inflamação e 
tromboxanos (agregastes 
plaquetários). 
 
 
 
▪ COX-1: Constitutiva. Apresenta efeitos 
homeostásicos → Proteção gástrica, 
homeostasia renal e função plaquetária. 
o Presente na maioria das células e 
tecidos 
o Produz prostaglandinas envolvidas 
na manutenção das funções 
fisiológicas. 
 
▪ COX-2: Apresenta efeitos inflamatórios → 
Inflamação, dor e febre. 
o É induzida na inflamação pelas 
interleucinas. 
o Produz prostaglandinas envolvidas 
na inflamação. 
 
Obs.: Estudos indicam a existência da COX-3 
sendo expressa em altos níveis no SNC, no 
coração e aorta. 
 
▪ Os efeitos terapêuticos e colaterais dos 
AINEs resulta da inibição das enzimas 
COX. 
▪ Inibição periférica e central da atividade da 
enzima COX e subsequente diminuição da 
biossíntese e liberação dos mediadores da 
inflamação (prostaglandinas) 
▪ As prostaglandinas causam vasodilatação 
e favorece a formação de edema, além de 
estarem envolvidos na indução da dor e da 
febre. 
o Sensibilizam os nociceptores 
(hiperalgesia) e estimulam os centros 
da termorregulação no hipotálamo. 
o A prostaglandina I2 causa 
vasodilatação e inibição da 
adesividade plaquetária → O 
tromboxano produzido pela COX é 
responsável pela agregação 
plaquetária. 
o Leucotrienos atraem leucócitos e 
aumentam a permeabilidade vascular. 
o Histamina e bradicinina aumentam a 
permeabilidade capilar e ativam 
receptores nocigênicos. 
 
▪ A ligação dos AINEs com a COX é 
reversível → Depois de um tempo volta a 
sentir os sintomas da inflamação. 
o A aspirina é o único que se liga 
covalentemente de forma irreversível 
na COX. 
 
 
2 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva 
Obs.: Os AIE (glicocorticoides) são fármacos 
anti-inflamatórios que atuam inibindo a 
atividade da fosfolipase, inibindo a produção 
de ácido araquidônico. 
 
Obs.: Os AINEs não eliminam completamente 
os sinais da inflamação pois não inibe a via da 
LOX, que continua produzindo leucotrienos. 
 
 
 
 
▪ O inibidor seletivo de COX-1 (AAS) é 
usado como antiagregantes plaquetário → 
Usado em pacientes com risco ou que 
sofreram infartos para evitar o risco de 
formação de trombos. 
▪ Os inibidores altamente seletivos de COX-
2 são vendidos sob prescrição devido ao 
grande risco de complicações 
cardiovasculares. 
 
▪ A estrutura dessas enzimas é quem 
determina a seletividade dos 
medicamentos 
▪ O fármaco precisa entrar na enzima e 
atingir o sítio de ligação. 
▪ A COX-2 é mais larga e apresenta um 
bolsão lateral, fazendo com que mais 
fármacos consigam entrar e se ligar. 
▪ A COX-1 é mais estreita e sem bolsão, 
então o fármaco precisa ter um volume 
maior para não fazer efeito na COX-1 
▪ Os medicamentos altamente seletivos de 
COX-2 apresentam uma sulfidrila que se 
âncora em uma região da COX-2, mas isso 
também aumenta os riscos de efeitos 
colaterais. Esses medicamentos não 
conseguem penetrar completamente a 
COX-1. 
 
 
▪ São administrados principalmente por via 
oral 
▪ Absorvidos no intestino → As 
concentrações plasmáticas são de 2-3h 
para os não seletivos e de 1h para os 
seletivos de COX-2. 
▪ São ácidos orgânicos fracos e se ligam a 
albumina para transporte → Desloca 
outros fármacos, podendo causar 
toxicidade. 
▪ Possuem alta biodisponibilidade devido ao 
limitado metabolismo de primeira 
passagem. 
▪ Podem ser de ação curta (meia-vida de até 
6h) ou de ação prolongada (meia-vida de 
mais de 6h). 
▪ Excreção renal → Podem causar 
insuficiência renal não relacionado com a 
dose. 
 
Obs.: Dipirona é o único AINE que é um pró-
fármaco, logo precisa passar primeiro no 
fígado para ser metabolizado e transformado 
em fármaco ativo. 
 
▪ Anti-inflamatório: Diminuição da síntese 
de substâncias responsáveis, 
principalmente, pela vasodilatação, 
quimiotaxia e migração de leucócitos, 
edema e dor. 
 
▪ Antitérmico: Inibem os pirógenos → 
Atravessam a BHE e agem no centro 
termorregulador do hipotálamo, 
produzindo PGE. 
o Os AINEs inibem a produção de PGE2, 
baixando a temperatura. Inibem a 
liberação de prostaglandinas que 
elevam o ponto de ajuste do 
hipotálamo. 
 
▪ Analgésico: PGE2 e PGI2 sensibilizam 
nociceptores, causando dor. 
o Os AINEs diminuem a produção de 
PGI2. Diminuição da sensibilidade das 
terminações nervosas aos mediadores 
químicos. 
 
▪ Antiagregante plaquetário: Inibem a 
COX, diminuindo a ação de tromboxanos, 
prostaglandinas e prostaciclinas. 
o AAS (aspirina) é um anti-agregador 
plaquetário mais potente. 
 
3 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva 
▪ TGI: Inibição de citoproteção gástrica; 
independente da administração. Esses 
efeitos podem variar desde leve dispepsia 
até hemorragia maciça causada por úlcera 
gástrica perfurada, como resultado de 
inibição da produção de prostaciclina, que 
auxilia na produção do muco protetor. 
Misoprostol (é um análogo da 
prostaglandina envolvida na produção da 
proteção gástrica, também tem ação 
abortiva). Esses efeitos gástricos derivam 
principalmente da inibição da COX-, que 
sintetiza as prostaglandinas que 
normalmente inibem a secreção de ácido e 
protegem a mucosa. 
▪ Reações cutâneas: Ácido mefenâmico e 
sulindaco; Reações eritematosa leve, 
urticária e fotossensibilidade. 
▪ Renais: Diminuição do fluxo sanguíneo 
renal, pacientes suscetíveis (hipertensos). 
▪ Cardiovascular: Principalmente os 
inibidores específicos de COX-2 (coxibes) 
→ Alto risco de formação de trombos → 
AVC e infarto. Naproxeno tem boa 
seletividade pra cox-2 e é bem tolerado 
nesses casos. 
▪ Hipertensão: Inibição da cox-2 na mácula 
densa renal secretora de renina. 
▪ Asma: Pode causar asma em 5% da 
população. 
▪ Hematológico: Redução da função e 
adesividade das plaquetas → Maior tempo 
de sangramento. 
 
Obs.: AINEs não previne febre, apenas regula 
o aumento da temperatura. 
 
Obs.: O mecanismo de ação dos AINEs é o 
mesmo e, portanto, uma reação alérgica a 
determinado medicamento do tipo AINE pode 
também ser causado por outros tipos de 
AINEs, mesmo com eles apresentando 
estruturas químicas diferentes. 
→ Paracetamol – Ainda não se sabe de fato 
o mecanismo de ação, podendo agir em 
uma possível COX-3 ou em uma isoforma 
da COX-2, então devido a isso o 
Paracetamol pode ser usado por esses 
indivíduos alérgicos a outros AINEs já que 
o mecanismo de ação é diferente. 
 
▪ Interação AINE-IECA: Os inibidores de 
enzima conversora de angiotensina (IECA) 
evitam a degradação de cininas que 
produzem prostaglandinas 
vasodilatadoras. O uso desses dois tipos 
de medicamente, um inibe o efeito do 
outro. 
▪ Hiperpotassemia: Bradicardia e síncope 
em idosos,diabéticos, hipertensos e 
pacientes com doença cardíaca 
isquêmica. 
▪ Corticoides e ISRS: Aumento da 
frequência ou gravidade de complicações 
GI. 
▪ Varfarina: Aumenta o risco de 
sangramento. 
▪ Varfarina, sulfolinureias e Metotrexato: 
Deslocamento de proteínas plasmáticas. 
 
▪ Usada para dores leves e moderadas 
▪ Antitérmico 
▪ Usado principalmente como antiagregante 
plaquetário → Proteção cardiovascular, 
principalmente no tratamento ou profilaxia 
do IAM. 
▪ Usado no câncer colorretal 
▪ Efeitos colaterais: Dengue (risco de 
hemorragia); destrói células epiteliais. 
Edema celular e descamação; Síndrome 
de Reye (encefalopatia aguda e infiltração 
gordurosa hepática. Ocorre em crianças e 
adultos de baixo peso – alta mortalidade); 
Náuseas, vômito, irritação, pirose e 
ulcerações. Hiperventilação e 
broncoespasmos em asmáticos. 
▪ Aspirina-Varfarina: Aumenta o tempo de 
sangramento devido a inibição de TXA2. 
 
▪ Principal ação é como antitérmico 
▪ Usado para dores leves e moderadas 
▪ Ação no sistema nervoso central 
▪ Não tem boa atividade anti-inflamatória 
▪ Mecanismo de ação: Inibição de uma 
possível COX-3 e também apresenta alta 
lipossolubilidade, agindo com maior 
intensidade no SNC. 
▪ Efeito tóxico: Produz um metabólito 
hepatóxico que pode causar necrose do 
fígado e túbulos renais. Dose tóxica: 10-
 
4 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva 
15g (cerca de 20 comprimidos). Deve-se 
usar antídoto em até 12h. 
▪ Único AINE liberado para gestantes e RN 
de até 6 meses. 
 
▪ É um pró-fármaco → Gera metabólitos 
ativos que funcionam como anti-
inflamatórios. 
▪ Inibição de prostaglandinas no SNC 
▪ Dessensibilização de nociceptores 
envolvendo óxido nítrico (NO) 
▪ Efeitos colaterais: Potente alérgeno. 
Choque anafilático; hipotensão quando 
usado via endovenoso e agranulocitose 
(baixa quantidade ou ausência de 
granulócitos no sangue). 
▪ Contraindicado para crianças de até 3 
meses ou com menos de 5kg. 
 
▪ Tanto o de sódio quanto o de potássio 
apresentam os mesmos efeitos → Potente 
Inibidor da COX 
▪ Efeito colateral: Sangramento GI, 
ulcerações e perfuração renal. 
▪ Posologia: 3x ao dia 
▪ 50% de biodisponibilidade (efeito de 1ª 
passagem). 
 
▪ Ótima ação anti-inflamatória, analgésica e 
antitérmica. 
▪ Boa absorção oral e rápida ação (15min) 
▪ Efeitos adversos: Baixa toxicidade no TGI, 
cefaleia, zumbidos e tontura. 
▪ Contraindicado no 3º trimestre e deve ser 
usado com cautela na amamentação. 
▪ Ideal para o fechamento do canal arterial 
em comparação com a Indometacina. 
▪ Medicamento preferencial para regulação 
da temperatura em doenças virais como 
dengue. 
 
▪ Piroxicam, tenoxicam e Meloxicam 
▪ Alta ligação com PP e meia vida 
prolongada 
▪ Efeitos colaterais: Efeitos gástricos, 
cefaleia, zumbidos, edema, prurido, 
erupções cutâneas, função plaquetária e 
broncoconstrição. 
▪ Usado para dores crônicas, reumáticas e 
de nervo. 
 
▪ Inibidor seletivo da COX-2 
▪ Ação analgésica, anti-inflamatória e 
antitérmica. 
▪ Efeitos colaterais: Poucos efeitos com 
boa tolerância gástrica e renal. 
▪ Provoca reações adversas hepáticas em 
altas doses. 
▪ Contraindicado: menores de 12 anos, 
gravidez, aleitamento e insuficiência 
hepática. 
 
▪ Celecoxibe, etoricoxibe, parecoxibe. 
▪ São fármacos volumosos e, portanto, não 
agem na COX-1. 
▪ Efeitos colaterais: Aumenta a agregação 
plaquetária com formação de trombos. 
▪ Contraindicado para paciente com 
doenças isquêmicas cardíaca ou AVE.

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