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geologia 10 Subsistemas Terrestres

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Domínio 1: A Geologia e os seus métodos
1. A Terra e os seus subsistemas em interação
A Terra é um planeta ativo que se mantém em equilíbrio como universo que o rodeia. A atividade da Terra é da responsabilidade da energia externa (sol) e da energia emanada do interior do planeta.
Sistema: porção do Universo constituída por massa e energia, que se considera isoladamente com o objetivo de o observar e investigar. 
Parede ou limite do sistema: fronteira do sistema com o universo envolvente. 
Sistema composto: constituído por vários subsistemas.
      ISOLADO- Não há transferência de matéria e de energia
        FECHADO- Só há transferência de energia
        ABERTO- Há transferência de matéria e de energia
A Terra é considerada um sistema fechado, desde que a Terra se formou a troca de matéria entre a Terra e o Universo envolvente é insignificante (ex: queda de meteoritos). Dentro do sistema Terra encontram-se 4 subsistemas: atmosfera, hidrosfera, geosfera e biosfera.
A alteração do equilíbrio de um subsistema pode ter repercussões em todos os outros.
O facto de a Terra ser um sistema quase fechado trás implicações: Num sistema fechado os recursos são finitos, e ao ritmo a que os estamos a consumir podem não ser suficientes para as gerações futuras. Os poluentes, permanecem no interior do sistema.
ATMOSFERA_____________________________________________________
A atmosfera é constituída por uma mistura gasosa e consoante a temperatura, a pressão e a composição divide-se em 4 camadas.
	Termosfera (80-700Km)
	Atmosfera
	Mesosfera (50-80Km)
	
	Estratosfera (25-50Km) - camada de ozono (O3)
	
	Troposfera (0-25Km) - 80% da massa da atmosfera
	
Os gases que constituem a atmosfera são essencialmente o AZOTO (cerca de 78%) e o OXIGÉNIO (cerca de 21%). Os restantes gases são o dióxido de Carbono, vapor de água, ozono, hidrogénio e gases raros
Importância da atmosfera na biosfera
· A existência do oxigénio e do dióxido de carbono são fundamentais aos seres vivos, o oxigénio livre permite a respiração aeróbica e o dióxido de carbono é fundamental para a síntese de matéria orgânica.
· A camada de ozono filtra a radiação ultravioleta sem a qual não poderia existir vida.
· A atmosfera protege a Terra dos impactos meteoríticos e alguns meteoritos poderão estar na origem da extinção de espécies.
· Pelo facto da Terra ter uma atmosfera as amplitudes térmicas não são elevadas, pois ajuda a dissipar o calor durante o dia e funciona como isolador térmico durante a noite
HIDROSFERA____________________________________________________
A hidrosfera é constituída por todos os reservatórios de água existentes na Terra, como sejam os: rios, lagos, água no solo, oceanos, águas subterrâneas, glaciares e calotes de gelo (criosfera), assim como também na atmosfera e nos seres vivos.
O subsistema é caracterizado pela sucessiva mudança de estado físico da água devido às temperaturas e à ação da gravidade. Devido às caraterísticas a água e aos fatores que influenciam a água circula no ciclo hidrológico. 
Influência do subsistema hidrosfera na biosfera
É um elemento estrutural e regulador dos seres vivos, pois é o constituinte que se encontra em maior percentagem nos seres vivos e permite que as reações bioquímicas.
Distribuição da água na hidrosfera:
 GEOSFERA__________________________________________________ 
A geosfera é a parte rochosa da Terra, parte externa  (litosfera) e interna (astenosfera, manto e núcleo) e inclui o núcleo externo que está líquido.
Influência do subsistema geosfera na biosfera
· A parte externa da geosfera, a litosfera, serve de suporte à vida. É aqui que todos os seres vivos realizam as suas atividades. 
· O tipo de rocha condiciona o tipo de seres vivos existentes num determinado local.
· O homem retira os recursos metálicos e não metálicos, assim como os recursos energéticos. 
· O comportamento do homem relativamente à má utilização provoca impactos negativos ao ambiente que podem comprometer a biosfera.
 BIOSFERA_______________________________________________________
A biosfera é formada por todos os seres vivos. A vida terrestre está condicionada à superfície e a vida nos oceanos à plataforma continental onde os raios solares chegam, no entanto existem seres vivos a grandes profundidades em que o Sol não chega.
Da mesma forma que a vida está dependente das condições físico-químicas do meio, os seres vivos também influenciam o meio.
Mais uma vez, o homem e a má gestão, as atividades poluentes e a sobre exploração dos recursos biológicos compromete o equilíbrio da biosfera.
1.2.SUBSISTEMAS TERRESTRES_______________________________________________
O sistema Terra depende das interações entre os 4 subsistemas, uma alteração num deste subsistemas altera o equilíbrio do sistema Terra. Estas alterações podem originar extinções em massa.
Por exemplo: se ocorrer uma fase de vulcanismo intenso (geosfera), os materiais lançados pelos vulcões (cinzas vulcânicas) podem alterar as condições climáticas (atmosfera) e provocar inundações (hidrosfera) nuns locais e secas noutros lugares, o que irá influenciar a vida (biosfera) nos ecossistemas. Alguns gases atmosféricos precipitam com a chuva tornando-a acida contribuindo para a meteorização. 
Geosfera → Hidrosfera A água dos grandes reservatórios naturais está em permanente contacto com a superfície terrestre (geosfera). A água é o principal agente de meteorização e erosão de rochas do planeta. 
Geosfera → Biosfera A formação de rochas sedimentares de origem biogénica como os calcários e o carvão resulta do metabolismo de muitos seres vivos. Os animais e as plantas são também agentes de meteorização importantes, contribuindo dessa forma para a formação de rochas sedimentares detríticas. 
Hidrosfera → Atmosfera Estes dois subsistemas estão diretamente relacionados entre si através do ciclo da água nomeadamente nos processos de evaporação, condensação e precipitação. 
Hidrosfera → Biosfera A água é o principal constituinte dos seres vivos e permite a realização de diversas funções fisiológicas.
 Atmosfera → Biosfera A camada de ozono protege os seres vivos da radiação ultra violeta.
3. A medida do tempo geológico e a idade da Terra
3.1. IDADE RELATIVA E IDADE RADIOMÉTRICA
IDADE RELATIVA
São as rochas sedimentares que estão na base da datação relativa.
Avalia-se a idade das formações geológicas relacionando-se com outras formações tendo em conta vários princípios.
Para este método de datação, os fósseis de idade são muito importantes.
-Um fóssil de idade corresponde a seres que viveram um curto espaço de tempo geológico e que tiveram uma grande distribuição geográfica. Ex: trilobite
- Princípio de sobreposição: a camada que está por baixo é sempre mais antiga que a que está por cima desde que não haja deformações geológicas (dobras e falhas que podem causar inversões de camadas).
- Princípio da identidade paleontológica: estratos que contenham o mesmo tipo de fósseis, tiveram a sua origem em ambientes semelhantes (fóssil de fácies - carateriza o ambiente de formação da rocha). Isto porque as rochas têm a mesma idade dos fósseis que contém.
- Princípio da interceção -  Todas as estruturas que intersetam formações (intrusões magmáticas, falhas) são mais recentes.
- Princípio da inclusão- Um fragmento que incorpora num outro é mais recente.
IDADE RADIOMÉTRICA
Hoje, devido ao avanço da Ciência e à descoberta da radioatividade é possível datar as rochas em unidades de medida, normalmente milhões de anos. Enquanto que na datação relativa dizemos que uma rocha é mais antiga ou mais recente que outra, neste tipo de datação atribuímos uma idade (ex: a rocha tem 260 Ma).
A radioatividade corresponde à desintegração de um isótopo radiotivo ao longo do tempo com o intuito de ficarem mais estáveis, levando à libertação de partículas nucleares originando um outro isótopo.
Esta desintegração é independente das condições do ambiente e por esta razão podem servir para medir a idade.
Cada par de isótopo (isótopo-pai, o de origem e o isótopo-filho, o quese forma a partir do original), tem um tempo de desintegração característico. O intervalo de tempo que leva à desintegração de um par de isótopos em que a quantidade de isótopo-pai é a mesma que o do isótopo-filho designa-se por período de, semivida ou meia-vida.
A relação entre o isótopo-pai e isótopo-filho permite calcular a idade da formação da rocha, tendo em conta que no início da formação da rocha o número de isótopos-pai era de 100%. Conhecendo o período de semivida do isótopo em estudo, chega-se à idade da rocha.
3.2. MEMÓRIAS DO TEMPO GEOLÓGICO
Escala Do Tempo Geológico
A partir dos métodos de datação é possível criar uma escala de tempo geológico.
Com o método de datação relativo, apenas as rochas com fósseis (sedimentares) se pode fazer uma datação, no entanto os registos fósseis são apenas uma nona parte da idade da Terra. Com o método radiométrico é possível datar as rochas e fazer uma geocronologia expressa em Ma, permitindo ao geólogo criar a escala do tempo geológico, fazendo a  geocronologia a partir de escalas estratigráfica.
Esta escala divide a Terra em divisões: éons, períodos, andares, e outras subdivisões. Ao contrário da escala do tempo que o homem usa, o ano (365 dias), a escala geológica não está divida em períodos de tempo regulares, ou seja, cada divisão não tem o mesmo número de dias. As divisões da Terra são marcadas por acontecimentos marcantes, como aparecimento da vida, extinção em massa das espécies, proliferação e evolução de espécies.
SISMOLOGIA
Sismo: movimento vibratório de curta duração, com origem nas camadas superiores da Terra, provocado por uma libertação de energia em zonas instáveis da Terra.
Teoria do Ressalto Elástico
As forças tectónicas levam ao acumular de tensões energéticas que provocam a deformação das rochas e, quando o material atinge o seu limite de plasticidade, entra em rutura e dá-se a libertação de energia (Quando a tensão que atua no plano de falha vence o atrito entre os dois blocos de rocha divididos pela falha, estas deslocam-se e libertam energia sob a forma de calor e ondas sísmicas, originando o sismo.)
Se a rutura das rochas é acompanhada pela deslocação dos blocos rochosos denomina-se falha; Os dois lados da falha sofrem um deslocamento em sentido oposto ao das forças deformadoras – ressalto elástico.
Podem-se classificar relativamente à profundidade que se formam em: superficiais (menos de 70km -> 85%) , intermédios (entre 70 e 300 Km -> 12%) e os profundos (maiores de 300 Km -<3%).
Designa-se TERRAMOTO ao sismo cujo epicentro ocorre em crosta continental e MAREMOTO ao sismo cujo epicentro se dá em crosta oceânica. No maremoto pode-se formar uma onda a que se dá o nome de TSUNAMI.
ONDAS SÍSMICAS__________________________________________________________
As ondas sísmicas resultam da propagação da energia libertada pelo sismo. Desde a sua origem, hipocentro, propagam-se em todas as direções do espaço.
Através do estudo de um grande número de sismogramas concluiu-se que existem dois tipos principais de ondas sísmicas: 
Ondas internas: Propagam-se em profundidade no interior da terra (Ondas P e S)
Ondas externas: Formam-se na superfície da Terra, no ponto onde chegam as ondas internas (Ondas L e R)
Os sismos são medidos pelos sismógrafos, e o registo deste aparelho chama-se sismograma.
AVALIAÇÃO DOS SISMOS - Intensidade e Magnitude__________________________
Intensidade- É o grau de destruição provocado pelo sismo.
A Intensidade é expressa em graus em escalas, sendo a mais conhecida a  ESCALA DE MERCALLI MODIFICADA ou ESCALA INTERNACIONAL DE MERCALLI. Esta escala tem doze graus numerados em numeração romana.
Depois de avaliados em diferentes locais a intensidade sísmica pode-se determinar a zona epicentral através da marcação num mapa dos graus e posterior ligação entre pontos de igual intensidade sísmica, originando as ISOSSISTAS.
Magnitude- É a energia libertada através das ondas sísmicas por um sismo e é expressa pela escalda de Richter.
Magnitude foi um termo introduzido pelo Charles Richter em 1935. Na escala de Ricther cada grau de magnitude é cerca de 30 vezes maior que o grau abaixo, é uma escala logarítmica. É medida a partir do sismograma através da amplitude máxima e da distância epicentral
registo de um sismógrafo - determina-se o tempo de duração do sismo, as fases do sismo (premonitória, sismo principal e réplicas), calcula-se a distância epicentral, a amplitude e através de cálculos a magnitude.
E ainda podem ocorrer sismos intraplaca: ocorrem em zonas do interior das placas litosféricas, distantes dos seus limites, e estão, geralmente, assoiados à existência de falhas ativas
	
Contributos da sismologia – comportamento das ondas sísmicas
Contributos da Vulcanologia
	
Tema 4 _ Parte I Minerais Rochas Sedimentares
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
BONUS: 
Recursos Geológicos
Recursos minerais:
 Clark: : Quantidade média de um dado elemento na crusta
Jazida mineral: Locais onde a concentração de um determinado elemento ultrapassa, razoavelmente, a média de distribuição na crusta
 Minério: . um agregado de minerais rico em um determinado mineral ou elemento químico que é economicamente e tecnologicamente viável para extração (mineração)
 Ganga: Material que durante o processo de mineração é rejeitado, sem valor económico e que é depositado na maior parte das vezes em escombreiras.
	
	
	
Águas subterrâneas:
FIM GEOLOGIA

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