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legislacaodestacada_DELTALEGISLACAO DIA 1

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Dia 1
Constituição Federal: art. 1-4
Código Penal: art. 1° - 12
Código de Processo Penal: art. 1° - 3-F
Controle de Leitura
Constituição Federãl
CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO
SOCIOLÓGICA
Lassalle
Soma dos fatores reais de poder.
“Mera folha de papel”
Para Lassale, coexistem em um Estado
duas Constituições: uma real, efetiva,
correspondente à soma dos fatores
reais de poder que regem este país; e
outra, escrita, que consistiria apenas
numa “folha de papel”.
POLÍTICA
Schimtt
Decisão política fundamental.
Diferenciava Constituição de lei
constitucional.
Constituição: decisão política
fundamental.
Lei constitucional: pode ou não
representar a Constituição, não
dizendo respeito à decisão política
fundamental.
A Constituição seria fruto da vontade
do povo, titular do poder
constituinte ; por isso mesmo é que
essa teoria é considerada
DECISIONISTA ou VOLUNTARISTA.
JURÍDICA
Kelsen
Norma hipotética fundamental.
Sentido lógico-jurídico: fundamento
transcendental de sua validade.
Norma hipotética fundamental.
Sentido jurídico-positivo: serve de
fundamento para as demais normas.
A Constituição é o pressuposto de
validade de todas as leis 
CULTURALISTA
Michele Ainis
Fato cultural, tomando por base os
direitos fundamentais pertinentes à
cultura
ABERTA
Peter Haberle
Pode ser interpretada por qualquer
do povo, não só pelos juristas
PLURALISTA
Gustavo Zagrebelsky
Princípios universais
FORÇA NORMATIVA 
DA CONSTITUIÇÃO
Konrad Hesse
Resposta à concepção sociológica de
Lassale.
A constituição escrita, por ter um
elemento normativo, pode ordenar e
conformar a realidade política e
social, ou seja, é o resultado da
realidade, mas também interage com
esta, modificando-a, estando aí
situada a força normativa da
Constituição.
ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES
ORGÂNICO Estrutura do estado
LIMITATIVOS
Direitos fundamentais – limitam
atuação estatal
SÓCIOIDEOLÓGICO
Equilíbrio entre ideias liberais e sociais
ao longo da CF.
DE ESTABILIZAÇÃO
Asseguram solução de conflitos
institucionais e protegem a integridade
da Constituição e do Estado
FORMAIS DE
APLICABILIDADE
Interpretação e aplicação da
Constituição
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
QUANTO AO 
CONTEÚDO
Constituição material: possui
apenas conteúdo constitucional.
Constituição formal: além de
possuir matéria constitucional,
possui outros assuntos. Não im-
porta o seu conteúdo, mas a for-
ma por meio da qual foi aprovada.
QUANTO À FORMA
Constituição escrita: é um docu-
mento formal, solene. 
OBS: Todas as Constituições brasi-
leiras foram escritas.
Constituição não-escrita (costu-
meira, consuetudinária ou his-
tórica): fruto dos costumes da so-
ciedade.
QUANTO AO MODO DE
ELABORAÇÃO
Constituição dogmática: fruto de
um trabalho legislativo específico.
Reflete os dogmas de um mo-
mento específico da história. 
OBS: Todas as Constituições brasi-
leiras foram dogmáticas.
Constituição histórica: fruto de
uma lenta evolução histórica.
 QUANTO À ORIGEM
Constituição promulgada (de-
mocrática ou popular): feita pe-
los representantes do povo. 
Brasil: CF-1891, CF-1934, CF-1946
e CF-1988.
Constituição outorgada (ou car-
ta constitucional): impostas ao
povo pelo governante. 
Brasil: CF-1824 (Dom Pedro I), CF-
1937 (Getúlio Vargas), CF-1967
(regime militar).
Constituição cesarista (plebisci-
Dia 1 - 1
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
tária ou bonapartista): feita pelo
governante e submetida a apreci-
ação do povo mediante referendo.
Constituição pactuada (contra-
tual ou dualista): fruto do acordo
entre duas forças políticas de um
país.
Ex: Constituição Francesa de 1791.
QUANTO À
EXTENSÃO
Constituição sintética (breve,
sumária, sucinta, resumida, con-
cisa): trata apenas dos temas prin-
cipais. Ex: Constituição dos EUA.
Constituição analítica (longa,
volumosa, inchada, ampla, ex-
tensa, prolixa, desenvolvida, lar-
ga): entra em detalhes de certas
instituições. Ex: CF-1988.
QUANTO À 
IDEOLOGIA
Constituição ortodoxa (ou mo-
nista): fixa uma única ideologia
estatal.
Ex: Constituição chinesa, Consti-
tuição da ex-URSS.
Constituição eclética (ou com-
promissória): permite a combina-
ção de ideologias diversas.
QUANTO À FUNÇÃO
J.J.CANOTILHO
Constituição garantia (negativa
ou abstencionista): limita-se a fi-
xar os direitos e garantias funda-
mentais. É uma carta declaratória
de direitos.
Constituição dirigente (ou pro-
gramática): além de prever os di-
reitos e garantias fundamentais,
fixa metas estatais. Ex: art. 196, CF;
art. 205, CF; art. 7º, CF; art. 4º, pa-
rágrafo único, CF.
QUANTO À 
SISTEMATIZAÇÃO
Constituição unitária (codifica-
da, reduzida ou orgânica): for-
mada por um único documento.
Constituição variada (legal,
inorgânica ou esparsa): formada
por mais de um documento.
Art. 5º, § 3º, CF: Os tratados e con-
venções internacionais sobre di-
reitos humanos que forem apro-
vados, em cada Casa do Congres-
so Nacional, em 2 turnos, por 3/5
dos votos dos respectivos mem-
bros, serão equivalentes às emen-
das constitucionais.
ATENÇÃO: A CF/88 nasce como
uma Constituição unitária, mas
vem passando por um processo
de descodificação.
QUANTO AO 
SISTEMA
Constituição principiológica:
possui mais princípios do que re-
gras.
Paulo Bonavides entende que é o
caso da CF/1988.
Constituição preceitual: possui
mais regras do que princípios.
QUANTO À ESSÊNCIA
CRITÉRIO 
ONTOLÓGICO
KARL
 LOEWENSTEIN
http://www.ambito-juridico.-
com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&a
rtigo_id=7593 
Constituição semântica: é a
Constituição cujas normas foram
elaboradas para a legitimação de
práticas autoritárias de poder; ge-
ralmente decorrem da usurpação
do Poder Constituinte do povo. Ex:
CF-1937, CF-1967.
Constituição nominal (ou nomi-
nalista): quando não há uma con-
cordância, absoluta, entre as nor-
mas constitucionais e as exigên-
cias do processo político, estas
não se adaptando àquelas, isto é,
se a dinâmica do processo político
não se adaptar às normas da
Constituição, esta será nominal. É
Constituição sem valor jurídico cu-
jas normas, na maior parte, são
ineficazes.
Constituição normativa: são
aquelas, que possuem valor jurídi-
co, cujas normas dominam o pro-
cesso político, logrando submetê-
lo à observação e adaptação de
seus termos; é aquela, na qual, há
uma adequação entre o texto e a
realidade social, o seu texto traduz
os anseios de justiça dos cidadãos,
sendo condutor dos processos de
poder. 
ATENÇÃO: Pedro Lenza afirma
que a Constituição brasileira está
caminhando da Constituição no-
minal para a normativa. Contudo,
a posição majoritária é de que a
constituição brasileira é norma-
tiva.
QUANTO À ORIGEM DE
SUA DECRETAÇÃO
JORGE MIRANDA
Constituição heterônoma (ou
heteroconstituição): feita em um
país para vigorar em outro país.
Constituição autônoma (homo-
constituição ou autoconstitui-
ção): feita em um país para nele
vigorar. É a regra geral.
Ex: Constituição brasileira.
CLASSIFICAÇÃO DE
RAUL MACHADO
 HORTA
Constituição expansiva: além de
ampliar temas já tratados, trata de
novos temas.
Ex: CF-1988.
Dia 1 - 2
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
Constituição plástica: permite
sua ampliação por meio de leis in-
fraconstitucionais (segundo a lei,
nos termos da lei, etc.).
Ex: CF-1988.
QUANTO À 
ATIVIDADE 
LEGISLATIVA
Constituição-lei: a constituição é
tratada como uma lei qualquer.
Dá ampla liberdade ao legislador
ordinário.
Constituição-fundamento (cons-
tituição total ou ubiquidade
constitucional): a constituição
tenta disciplinar detalhes da vida
social. Dá uma pequena liberdade
ao legislador ordinário.
Constituição-moldura (Canoti-
lho: Constituição-quadro): como
a moldura de um quadro, a cons-
tituição fixa os limites de atuação
do legislador ordinário.
CONSTITUIÇÃO 
SIMBÓLICA
É a constituição cujo simbolismo
é maior que seus efeitos práti-
cos. Para Marcelo Neves, a CF/88
é simbólicapor ter um elevado
número de normas programáticas
e dispositivos de alto grau de abs-
tração. 
Marcelo Neves afirma que a cons-
titucionalização simbólica tem
como objetivos confirmar deter-
minados valores sociais, dese-
jando-se apenas uma vitória legis-
lativa e fortalecer a confiança do
cidadão no governo ou no Estado,
por meio da legislação álibi, por
meio da qual se esvaziam pres-
sões políticas e apresentam o Es-
tado como sensível a expectativas
dos cidadãos, porém sem efetivi-
dade. Por fim, teria como terceiro
objetivo adiar a solução de con-
flitos sociais, por meio de com-
promissos dilatórios, poster-
gando-se a verdadeira decisão
para o futuro.
QUANTO AO
CONTEÚDO 
IDEOLÓGICO
ANDRÉ RAMOS 
TAVARES
Constituição liberal: possui ape-
nas direitos individuais ou de 1a
dimensão (ex: vida, liberdade, pro-
priedade). O Estado tem o dever
principal de não fazer.
Ex: CF-1824, CF-1891.
Constituição social: além de di-
reitos individuais, prevê direitos
sociais ou de 2a dimensão (ex:
saúde, educação, moradia, alimen-
tação). O Estado tem o dever prin-
cipal de fazer.
Ex: CF-1934, CF-1946, CF-1967,
CF-1988.
SEGUNDO 
JORGE MIRANDA
Constituição provisória (ou pré-
constituição): possui duração re-
duzida, até que seja elaborada a
constituição definitiva.
Constituição definitiva: possui
prazo indeterminado de duração.
Ex: CF-1988.
CONSTITUIÇÃO 
BALANÇO OU 
REGISTRO
Periodicamente elabora-se uma
constituição, fazendo uma análise
do avanço social ocorrido nos
anos anteriores.
CONSTITUIÇÃO EM
BRANCO
Não prevê regras e limites para
o exercício do poder constituinte
derivado reformador.
QUANTO À RIGIDEZ
OU ESTABILIDADE
Constituição imutável (perma-
nente, granítica ou intocável):
não pode ser alterada, preten-
dendo-se eterna e fundando-se
na crença de que não haveria ór-
gão competente para proceder à
sua reforma. Pode estar relaciona-
da a fundamentos religiosos.
Ex: a CF-1824 foi imutável nos pri-
meiros 4 anos (limitação tempo-
ral).
Constituição rígida: possui um
processo de alteração mais rigo-
roso que o destinado às outras
leis.
Ex: CF-1988.
Constituição flexível: possui o
mesmo processo de alteração que
o destinado às outras leis. Os paí-
ses de constituição flexível não
possuem o controle de constituci-
onalidade.
Constituição transitoriamente
flexível: é a Constituição flexível
por algum período, findo o qual
se torna uma Constituição rígida.
Constituição semirrígida (ou se-
miflexível): parte dela é rígida e
parte é flexível.
Constituição fixa (ou silenciosa):
é aquela que nada prevê sobre
sua mudança formal, sendo alte-
rável somente pelo próprio poder
originário.
Constituição super-rígida: é a
Constituição rígida que possui
um núcleo imutável.
Dia 1 - 3
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
CONSTITUIÇÃO
 DÚCTIL 
(CONSTITUIÇÃO 
SUAVE)
Idealizada pelo jurista italiano
Gustavo Zagrebelsky (constituzi-
one mite).
É aquela que não define ou
impõe uma forma de vida, mas
assegura condições possíveis
para o exercício dos mais varia-
dos projetos de vida. Reflete o
pluralismo ideológico, moral, po-
lítico e econômico existente na
sociedade. 
CONSTITUIÇÃO 
UNITEXTUAL OU 
ORGÂNICA
Rechaça a ideia de existência de
um bloco de constitucionalidade,
visto que a Constituição seria dis-
posta em uma estrutura docu-
mental única.
CONSTITUIÇÃO 
SUBCONSTITUCIONAL 
Constituição subconstitucional
admite a constitucionalização
de temas excessivos e o alça-
mento de detalhes e interesses
momentâneos ao patamar cons-
titucional.
Para Uadi Lammêgo Bulos, citan-
do Hild Krüger, as constituições
só devem trazer aquilo que inte-
ressa à sociedade como um
todo, sem detalhamentos inú-
teis.  Esse excesso de temas forma
as constituições substitucionais,
que são normas que, mesmo
elevadas formalmente ao pata-
mar constitucional, não o são,
porque encontram-se limitadas
nos seus objetivos. 
 CONSTITUIÇÃO 
PROCESSUAL, 
INSTRUMENTAL OU
FORMAL 
É um "instrumento de governo
definidor de competências, re-
gulador de processos e estabe-
lecedor de limites à acção políti-
ca" (Canotilho). Seu objetivo é
definir competências, para limi-
tar a ação dos Poderes Públicos,
além de representar apenas um
instrumento pelo qual se elimi-
nam conflitos sociais. 
CONSTITUIÇÃO CHAPA
BRANCA
http://bibliotecadigital.fgv.br/
dspace/bitstream/handle/
10438/10959/Resiliencia_consti-
tucional.pdf?sequence=3&isAl-
lowed=y 
O intuito principal da Constituição
é tutelar interesses e até mesmo
privilégios tradicionalmente re-
conhecidos aos integrantes e di-
rigentes do setor público.
A Constituição é fundamental-
mente um conjunto normativo
“destinado a assegurar posições
de poder a corporações e orga-
nismos estatais ou paraestatais.
É a visão da Constituição “chapa-
branca”, no sentido de uma “Lei
Maior da organização administra-
tiva”. Apesar da retórica relaciona-
da aos direitos fundamentais e
das normas liberais e sociais, o
núcleo duro do texto preserva
interesses corporativos do setor
público e estabelece formas de 
distribuição e de apropriação
dos recursos públicos entre vá-
rios grupos. 
Leitura socialmente pessimista da
Constituição que insiste na conti-
nuidade da visão estatalista-
patrimonialista da Constituição
e na centralidade do Poder Exe-
cutivo em detrimento tanto da
promessa democrática como da
tutela judicial dos direitos indi-
viduais. 
CONSTITUIÇÃO
UBÍQUA
http://bibliotecadigital.fgv.br/
dspace/bitstream/handle/
10438/10959/Resiliencia_consti-
tucional.pdf?sequence=3&isAl-
lowed=y 
Onipresença das normas e valores
constitucionais no ordenamento
jurídico. 
Parte-se da constatação de que os
conflitos forenses e a doutrina ju-
rídica foram impregnados pelo di-
reito constitucional. A referência a
normas e valores constitucionais é
um elemento onipresente no di-
reito brasileiro pós-1988. Essa
“panconstitucionalização” deve-se
ao caráter detalhista da Constitui-
ção, que incorporou uma infinida-
de de valores substanciais, princí-
pios abstratos e normas concretas
em seu programa normativo. 
CONSTITUIÇÃO 
LIBERAL-PATRIMONIA-
LISTA
http://bibliotecadigital.fgv.br/
dspace/bitstream/handle/
10438/10959/Resiliencia_consti-
tucional.pdf?sequence=3&isAl-
lowed=y 
Objetiva preponderantemente
garantir os direitos individuais,
preservando fortes garantias ao
direito de propriedade e procu-
rando limitar a intervenção estatal
na economia. 
CONSTITUIÇÃO
 PRINCIPIOLÓGICA E
JUDICIALISTA 
http://bibliotecadigital.fgv.br/
dspace/bitstream/handle/
10438/10959/Resiliencia_consti-
tucional.pdf?sequence=3&isAl-
lowed=y 
Leitura da Constituição de 1988
com base nas seguintes caracte-
rísticas: 
1) importância crucial dos direi-
tos fundamentais, incluindo os
sociais, sendo a Constituição de
1988 um texto denso exigente, li-
mitando a liberdade do legislador
e impondo sua implementação;  
2) centralidade dos princípios
constitucionais que se multipli-
cam e adquirem relevância prática
e aplicabilidade imediata, desde
Dia 1 - 4
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
que sejam adotados métodos de
interpretação abertos, evolutivos e
desvinculados da textualidade das
regras, em particular a pondera-
ção de princípios e/ou valores;
3) importância do Poder Judiciá-
rio que se torna protagonista da
Constituição de 1988, em razão
da ampliação e da intensificação
do controle de constitucionalida-
de e da incumbência de imple-
mentar o projeto constitucional
mediante aplicação de métodos
“abertos” de interpretação. 
CONSTITUIÇÃO ORAL
É “aquela em que o chefe supre-
mo de um povo reclama, de viva
voz, o conjunto de normas que
deverão reger a vida em comuni-
dade” (BULOS, 2014, p. 108). 
CONSTITUIÇÃO
 INSTRUMENTAL
Para Uadi Lammêgo Bulos, “é
aquela em que suas normas equi-
valem a leis processuais. Seu obje-
tivo édefinir competências, para
limitar a ação dos Poderes Públi-
cos” (BULOS, 2014, p. 108). 
TRANSCONSTITUCIO-
NALISMO
é fenômeno pelo qual diversas or-
dens jurídicas de um mesmo Esta-
do, ou de Estados diferentes, se
entrelaçam para resolver proble-
mas constitucionais” (BULOS,
2014, p. 90). 
CONSTITUIÇÃO.COM
“crowdsourcing” 
“É aquela cujo projeto conta a
opinião maciça dos usuários da
internet, que, por meio de sites de
relacionamentos, externam seu
pensamento a respeito dos temas
a serem constitucionalizados. Foi a
Islândia que, pioneiramente, no
ano de 2011, fez uma ‘consti-
tuição.com’ (crowdsourcing)” (BU-
LOS, 2014, p. 112). 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
JURÍDICO/
HERMENÊUTICO
CLÁSSICO
Ernerst Fosthoff
Identidade entre Constituição e Leis.
Utiliza critérios de Savigny
TÓPICO
PROBLEMÁTICO
Theodor Viehweg
Problema-norma.
Estudo da norma através de um
problema
HERMENÊUTICO
CONCRETIZADOR
Konrad Hesse
Norma-problema.
Parte-se de pré-compreensões para
se chegar ao sentido da norma.
Interpretação concretizadora.
Constituição tem força para
compreender e alterar a realidade.
NORMATIVO
ESTRUTURANTE 
Frederic Muller
Parte-se do direito positivo para se
chegar à norma.
Colhe elementos da realidade
social para se chegar à norma
CIENTÍFICO
ESPIRITUAL
Ruldof Smend
Não utiliza-se apenas valores
consagrados na Constituição, mas
também valores extra-
constitucionais, como a realidade
social e cultura do povo.
Interpretação sistêmica.
CONCRETISTA DA
CONSTITUIÇÃO
ABERTA
Peter Haberle
Interpretação por todo o povo,
não apenas pelos juristas
COMPARAÇÃO
Peter Haberle
Comparar com as diversas
Constituições.
PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
 PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DA
CONSTITUIÇÃO
Toda interpretação constitucional se
assenta no pressuposto da
superioridade jurídica da
Constituição sobre os demais atos
normativos no âmbito do Estado.
Assim, em razão da supremacia
constitucional, nenhum ato
jurídico ou manifestação de
vontade pode subsistir
validamente se for incompatível
com a Lei Fundamental. 
Em razão da superlegalidade formal
(Constituição como fonte primária
da produção normativa,
identificando competências e
procedimentos para a elaboração
dos atos normativos inferiores) e
material da Constituição (subordina
o conteúdo de toda a atividade
normativa estatal à conformidade
com os princípios e regras da
Constituição), surge o controle de
constitucionalidade ( judicial review ) ,
que nada mais é do que uma técnica
de atuação da supremacia da
Constituição.
PRINCÍPIO DA
PRESUNÇÃO DE
CONSTITUCIONALID
ADE DAS LEIS E DOS
ATOS DO PODER
PÚBLICO
a) Não sendo evidente a
inconstitucionalidade, havendo
dúvida ou a possibilidade de
razoavelmente se considerar a
norma como válida, deve o órgão
competente abster-se da
declaração de
inconstitucionalidade.
b) Havendo alguma interpretação
Dia 1 - 5
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
possível que permita afirmar-se a
compatibilidade da norma com a
Constituição, em meio a outras que
carreavam para ela um juízo de
invalidade, deve o intérprete optar
pela interpretação legitimadora,
mantendo o preceito em vigor.
O princípio da presunção de
constitucionalidade das leis e dos
atos do Poder Público (presunção
juris tantum ) é uma decorrência do
princípio geral da separação dos
Poderes e funciona como fator de
autolimitação da atividade do
Judiciário que, em reverência à
atuação dos demais Poderes,
somente deve invalidar os atos
diante de casos de
inconstitucionalidade flagrante e
incontestável. 
PRINCÍPIO DA
INTERPRETAÇÃO
CONFORME A
CONSTITUIÇÃO
Diante de normas plurissignificativas
ou polissêmicas (que possuem mais
de uma interpretação), deve-se
preferir a exegese que mais se
aproxime da Constituição (ainda que
não seja a que mais obviamente
decorra de seu texto) e, portanto,
que não seja contrária ao texto
constitucional. 
PRINCÍPIO DA
UNIDADE DA
CONSTITUIÇÃO
A Constituição deve ser sempre
interpretada em sua globalidade,
como um todo, e, assim, as
aparentes antinomias deverão ser
afastadas.
As normas deverão ser vistas como
preceitos integrados (interpretação
sistêmica) em um sistema unitário de
regras e princípios.
PRINCÍPIO DO
EFEITO INTEGRADOR
OU DA EFICÁCIA
INTEGRADORA
Na resolução dos problemas
jurídico-constitucionais deve dar-se
primazia aos critérios ou pontos de
vista que favoreçam a integração 
política e social e o reforço da
unidade política, ou seja, as normas
constitucionais devem ser
interpretadas com o objetivo de
integrar política e socialmente o
povo de um Estado Nacional
 PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDA
DE OU
RAZOABILIDADE
Consubstancia uma pauta de
natureza axiológica que emana
diretamente das ideias de justiça,
equidade, bom senso, prudência,
moderação, justa medida, proibição
de excesso, direito justo e valores
afins; precede e condiciona a
positivação jurídica, inclusive de
âmbito constitucional; e, ainda,
enquanto princípio geral do direito,
serve de regra de interpretação para
todo o ordenamento jurídico.
Tal princípio exige a tomada de
decisões racionais, não abusivas, e
que respeitem os núcleos essenciais
de todos os direitos fundamentais.
Como parâmetro, é possível destacar
a necessidade de preenchimento de
3 importantes elementos:
a) Necessidade/exigibilidade: a
adoção da medida que possa
restringir direitos só se legitima se
indispensável para o caso concreto e
não se puder substituí-la por outra
menos gravosa.
b)Adequação/pertinência/
idoneidade: o meio escolhido deve
atingir o objetivo perquirido.
c) Proporcionalidade em sentido
estrito: sendo a medida necessária e
adequada, deve-se investigar se o
ato praticado, em termos de
realização do objetivo pretendido,
supera a restrição a outros valores
constitucionalizados. Podemos falar
em máxima efetividade e mínima
restrição.
PRINCÍPIO DA
MÁXIMA
EFETIVIDADE
Também chamado de princípio da
eficiência ou da interpretação
efetiva.
Deve ser entendido no sentido de a
norma constitucional ter a mais
ampla efetividade social. 
 PRINCÍPIO DA
FORÇA NORMATIVA
Os aplicadores da Constituição, entre
as interpretações possíveis, devem
adotar aquela que garanta maior
eficácia, aplicabilidade e
permanência das normas
constitucionais, conferindo-lhes
sentido prático e concretizador, em
clara relação com o princípio da
máxima efetividade ou eficiência.
PRINCÍPIO DA
JUSTEZA OU DA
CONFORMIDADE
(EXATIDÃO OU
CORREÇÃO)
FUNCIONAL
O STF, ao concretizar a norma
constitucional, será responsável por
estabelecer a força normativa da
Constituição, não podendo alterar a
repartição d e funções 
constitucionalmente estabelecidas
pelo constituinte originário, como
é o caso da separação de poderes,
no sentido de preservação do Estado
de Direito.
O seu intérprete final não pode
chegar a um resultado que
subverta ou perturbe o esquema
organizatório-funcional
constitucionalmente estabelecido.
Dia 1 - 6
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
PRINCÍPIO DA
CONCORDÂNCIA
PRÁTICA OU
HARMONIZAÇÃO
Partindo da ideia de unidade da
Constituição, os bens jurídicos
constitucionalizados deverão
coexistir de forma harmônica na
hipótese de eventual conflito ou
concorrência entre eles, buscando, 
assim, evitar o sacrifício (total) de um
princípio em relação a outro em
choque. O fundamento da ideia de
concordância decorre da inexistência
de hierarquia entre os princípios.
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem-
bleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Demo-
crático, destinado a assegurar o exercício dos direitos soci-
ais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade ea justiça como valores su-
premos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem pre-
conceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a se-
guinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRA-
SIL.
O preâmbulo da CR/88 NÃO PODE, por si só, servir de pa-
râmetro de controle da constitucionalidade de uma nor-
ma.
O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos
filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, dessa for-
ma, norteia a interpretação do texto constitucional.
Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se
em uma espécie de introdução ao texto constitucional,
um resumo dos direitos que permearão a textualização a
seguir, apresentando o processo que resultou na elaboração
da Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma
nação.
O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88
constitui-se no marco da ruptura com o regime anterior
e garante a instalação e asseguramento jurídico dos di-
reitos listados em seguida e até então não dotados de for-
ça normativa constitucional suficiente para serem respeita-
dos, sendo eles o exercício dos direitos sociais e individuais,
a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça.
Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se
configura como um elemento que serve de manifesto à
continuidade de todo o ordenamento jurídico ao conec-
tar os valores do passado - a situação de início que moti-
vou a colocação em marcha do processo legislativo - com o
futuro - a exposição dos fins a alcançar -, descrição da situa-
ção que se aspira a chegar.
A invocação à proteção de Deus NÃO TEM força normati-
va, NÃO sendo norma de reprodução obrigatória na
Constituição Estadual.
A invocação a Deus, presente no preâmbulo da CF/88, reflete
um sentimento religioso. Isso não faz, contudo, que o Bra-
sil deixe de ser um Estado laico.
O preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política
e reflete a posição ideológica do constituinte. Logo, não
contém relevância jurídica, não tem força normativa,
sendo mero vetor interpretativo das normas constitucio-
nais, não servindo como parâmetro para o controle de cons-
titucionalidade (STF).
N ão tem força normativa , embora provenha do mesmo
poder constituinte originário que elaborou toda a
constituição
É destituído de qualquer cogência (MS 24.645 MC/DF);
NÃO INTEGRA o bloco de constitucionalidade;
Não cria direitos nem estabelece deveres;
Seus princípios não prevalecem diante do texto expresso da
constituição;
NATUREZA JURÍDICA DO PREÂMBULO
TESE DA
IRRELEVÂNCIA
JURÍDICA
O preâmbulo situa-se no DOMÍNIO DA
POLÍTICA, sem relevância jurídica
(STF).
ATENÇÃO: apesar de o preâmbulo não
possuir força normativa, ele traz as
intenções, o sentido, a origem, as
justificativas, os objetivos, os valores e os
ideais de uma Constituição, servindo de
vetor interpretativo. Trata-se, assim, de
um referencial interpretativo-
valorativo da Constituição.
TESE DA PLENA
EFICÁCIA
O preâmbulo tem a mesma eficácia
jurídica das normas constitucionais,
sendo, porém, apresentado de forma
não articulada.
TESE DA
RELEVÂNCIA
JURÍDICA
INDIRETA
Ponto intermediário entre as duas, já
que, muito embora participe "das
características jurídicas da Constituição'',
não deve ser confundido com o
articulado
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais 
PRINCÍPIOS REGRAS
Normas mais amplas,
abstratas, genéricas.
Normas mais específicas,
delimitadas, determinadas.
Alexy: princípios são
MANDAMENTOS DE
OTIMIZAÇÃO, que devem ser
cumpridos na maior
intensidade possível.
Dworkin: princípios são
mandamentos normativos
aplicados na DIMENSÃO DE
PESO ou DE IMPORTÂNCIA. 
Alexy: são MANDADOS DE
DEFINIÇÃO.
Devem ser cumpridas
integralmente (all or
nothing).
Dia 1 - 7
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
Em caso de colisão, resolve-se
pela PONDERAÇÃO. 
Em caso de colisão, resolve-
se pela DIMENSÃO DE
VALIDADE.
Ex: dignidade da pessoa
humana.
Ex: eleição para Presidente da
República.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fede-
ral, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como FUNDAMENTOS (SO-CI-DI-VA-PLU):
I - a SOberania;
II - a CIdadania
III - a DIgnidade da pessoa humana;
IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o PLUralismo político.
Parágrafo único. TODO O PODER EMANA DO POVO, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos desta Constituição.
PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES – art. 1°, CF
PRINCÍPIO REPUBLICANO “A República”
PRINCÍPIO FEDERATIVO
“Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do
Distrito Federal”
PRINCÍPIO DO ESTADO 
DEMOCRÁTICO DE DIREITO
“constitui-se em Estado De-
mocrático de Direito”
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem OBJETIVOS fundamentais da República
Federativa do Brasil (regra do verbo):
I - CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária;
II - GARANTIR o desenvolvimento nacional;
III - ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR
as desigualdades sociais e regionais;
IV - PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de ori-
gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas rela-
ções internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da huma-
nidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a in-
tegração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade la-
tino-americana de nações.
Codigo Penãl
CONCEITO DE DIREITO PENAL
ASPECTO
FORMAL/
ESTÁTICO
Direito Penal é o conjunto de normas que
qualifica certos comportamentos humanos
como infrações penais, define os seus
agentes e fixa sanções a serem-lhes
aplicadas.
ASPECTO
MATERIAL
O Direito Penal refere-se a
comportamentos considerados altamente
reprováveis ou danosos ao organismo
social, afetando bens jurídicos
indispensáveis à própria conservação e
progresso da sociedade.
ASPECTO
SOCIOLÓGICO/
DINÂMICO
O Direito Penal é mais um instrumento de
controle social, visando assegurar a
necessária disciplina para a harmônica
convivência dos membros da sociedade.
Aprofundando o enfoque sociológico
- A manutenção da paz social demanda a
existência de normas destinadas a
estabelecer diretrizes.
- Quando violadas as regras de conduta,
surge para o Estado o dever de aplicar
sanções (civis ou penais).
- Nessa tarefa de controle social atuam
vários ramos do direito, como o Direito
Civil, Direito Administrativo, etc. O Direito
Penal é apenas um dos ramos do
controle social.
- Quando a conduta atenta contra bens
jurídicos especialmente tutelados, merece
reação mais severa por parte do Estado,
valendo-se do Direito Penal.
IMPORTANTE O que diferencia a norma
penal das demais é a espécie de
consequência jurídica, ou seja, pena
privativa de liberdade (PPL)
- O Direito Penal é norteado pelo princípio
da intervenção mínima, só atuando quando
os outros ramos do direito falham.
DIREITO PENAL CRIMINOLOGIA
(CIÊNCIA PENAL)
POLÍTICA 
CRIMINAL
(CIÊNCIA 
POLÍTICA)
Analisa os fatos
humanos indese-
jados, define quais
Ciência empírica
que estuda o cri-
me, o criminoso,
Trabalha as estraté-
gias e os meios de
controle social da
Dia 1 - 8
 DELTALEGISLACAO- 366.878.207-53
devem ser rotula-
dos como crime
ou contravenção,
anunciando as pe-
nas.
a vítima e o com-
portamento da
sociedade.
criminalidade.
Ocupa-se do crime
enquanto NOR-
MA.
Ocupa-se do cri-
me enquanto
FATO social.
Ocupa-se do crime
enquanto VALOR.
ex.: define como
crime lesão no am-
biente doméstico e
familiar.
ex.: quais fatores
contribuem para a
violência domésti-
ca e familiar
ex.: estuda como di-
minuir a violência
doméstica e familiar.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Princípios 
relacionados com
a MISSÃO 
FUNDAMENTAL
DO DIREITO
PENAL
Princípio da EXCLUSIVA PROTEÇÃO
DOS BENS JURÍDICOS
O direito penal deve servir apenas para
proteger bens jurídicos relevantes, indis-
pensáveis ao convívio da sociedade.
Decorrência do princípio da ofensivi-
dade.
Princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA
O Direito Penal só deve ser aplicado
quando estritamente necessário, de
modo que sua intervenção fica condicio-
nada ao fracasso das demais esferas
de controle (caráter subsidiário), ob-
servando somente os casos de relevan-
te lesão ou perigo de lesão ao bem ju-
rídico tutelado (caráter fragmentário).
a) PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDA-
DE (ou caráter fragmentário do Direito
Penal): estabelece que nem todos os
ilícitos configuram infrações penais, mas
apenas os que atentam contra valores
fundamentais para a manutenção e o
progresso do ser humano e da socie-
dade. Em razão de seu caráter fragmen-
tário, o Direito Penal é a última etapa de
proteção do bem jurídico. Deve ser utili-
zado no plano abstrato, para o fim de
permitir a criação de tipos penais somen-
te quando os demais ramos do Direito ti-
verem falhado na tarefa de proteção de
um bem jurídico. Refere-se, assim, à ativi-
dade legislativa.
FRAGMENTARIEDADE ÀS AVESSAS: si-
tuações em que um comportamento
inicialmente típico deixa de interessar
ao Direito Penal, sem prejuízo da sua
tutela pelos demais ramos do Direito. 
IMPORTANTE O princípio da insignifi-
cância é desdobramento lógico da frag-
mentariedade.
b) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: a
atuação do Direito Penal é cabível unica-
mente quando os outros ramos do Di-
reito e os demais meios estatais de
controle social tiverem se revelado im-
potentes para o controle da ordem pú-
blica. Assim, o Direito Penal funciona
como um executor de reserva ( ultima 
ratio ) , entrando em cena somente quan-
do outros meios estatais de proteção
mais brandos, e, portanto, menos invasi-
vos da liberdade individual não forem
suficientes para a proteção do bem ju-
rídico tutelado. Projeta-se no plano con-
creto, isto é, em sua atuação prática o
Direito Penal somente se legitima quan-
do os demais meios disponíveis já tive-
rem sido empregados, sem sucesso, para
proteção do bem jurídico. Guarda rela-
ção, portanto, com a tarefa de aplicação
da lei penal.
Princípios 
relacionados com
o FATO DO
AGENTE
Princípio da EXTERIORIZAÇÃO ou 
MATERIALIZAÇÃO DO FATO
O Estado só pode incriminar condutas
humanas voluntárias, isto é, fatos.
ATENÇÃO Veda-se o Direito Penal do
autor: consistente na punição do indiví-
duo baseada em seus pensamentos, de-
sejos e estilo de vida. Conclusão: O Di-
reito Penal Brasileiro segue Direito Pe-
nal do Fato.
RESQUÍCIOS DE DIREITO PENAL DO
AUTOR NO DIREITO BRASILEIRO: Até
2009, mendicância era contravenção pe-
nal; Vadiagem é contravenção penal.
ATENÇÃO Identifica-se a aplicação do
direito penal do autor em detrimento
ao direito penal do fato: 
- Fixação da pena
- Regime de cumprimento da pena e es-
pécies de sanção.
Princípio da LEGALIDADE
Art. 5º , II, C.F. – “ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;”
Art. 5º, XXXIX, C.F. – “não há crime sem
lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal;”
Art. 1º, C.P. - “Não há crime sem lei ante-
rior que o defina. Não há pena sem pré-
via cominação legal.”
DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE:
a) não há crime ou pena sem lei (medida
provisória não pode criar crime, nem co-
minar pena)
b) não há crime ou pena sem lei anteri-
or (princípio da anterioridade)
c) não há crime ou pena sem lei escrita
Dia 1 - 9
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
(proíbe costume incriminador)
d) não há crime ou pena sem lei estrita
(proíbe-se a utilização da analogia para
criar tipo incriminador - analogia in ma-
lam partem).
e) não há crime ou pena sem lei certa
(Princípio da Taxatividade ou da determi-
nação; Proibição de criação de tipos pe-
nais vagos e indeterminados)
f) não há crime ou pena sem lei neces-
sária (desdobramento lógico do princí-
pio da intervenção mínima)
Fundamentos do Princípio da Legali-
dade
- JURÍDICO: taxatividade, certeza ou de-
terminação.
- POLÍTICO: garantia contra a devida in-
gerência no Estado na vida particular.
- HISTÓRICO: Magna Carta (1215)
- DEMOCRÁTICO: separação dos pode-
res
Princípio da OFENSIVIDADE/
LESIVIDADE 
Exige que do fato praticado ocorra lesão
ou perigo de lesão ao bem jurídico tute-
lado.
Somente condutas que causem lesão
(efetiva/potencial) a bem jurídico, rele-
vante e de terceiro, podem estar sujeitas
ao Direito Penal.
-CRIME DE DANO: ocorre efetiva lesão
ao bem jurídico. Ex: homicídio.
-CRIME DE PERIGO: basta risco de le-
são ao bem jurídico. Ex.: embriaguez ao
volante; porte de arma.
a) Perigo abstrato: o risco de lesão é
absolutamente presumido por lei.
b) Perigo concreto:
De vítima determinada: o risco
deve ser demonstrado indicando
pessoa certa em perigo.
De vítima difusa: o risco deve ser
demonstrado dispensando vítima
determinada.
Princípios 
relacionados com
o AGENTE DO
FATO
Princípio da RESPONSABILIDADE
PESSOAL 
Proíbe-se o castigo pelo fato de outrem.
Está vedada a responsabilidade penal co-
letiva.
DESDOBRAMENTOS:
a) Obrigatoriedade da individualização
da acusação (é proibida a denúncia ge-
nérica, vaga ou evasiva). O Promotor de
Justiça deve individualizar os comporta-
mentos. OBS: Nos crimes societários, os
Tribunais Superiores flexibilizam essa
obrigatoriedade.
b) Obrigatoriedade da individualiza-
ção da pena (é mandamento constituci-
onal, evitando responsabilidade coletiva).
Princípio da RESPONSABILIDADE 
SUBJETIVA
Não basta que o fato seja materialmente
causado pelo agente, ficando a sua res-
ponsabilidade condicionada à existência
da voluntariedade (dolo/culpa). Está
proibida a responsabilidade penal ob-
jetiva, isto é, sem dolo ou culpa.
Temos doutrina anunciando CASOS DE
RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA
(autorizadas por lei):
1- Embriaguez voluntária
Crítica: a teoria da actio libera in causa
exige não somente uma análise pretérita
da imputabilidade, mas também da
consciência e vontade do agente.
2- Rixa Qualificada
Crítica: só responde pelo resultado agra-
vador quem atuou frente a ele com dolo
ou culpa, evitando-se responsabilidade
penal objetiva.
3- Responsabilidade penal da pessoa
jurídica nos crimes ambientais
Princípio da CULPABILIDADE
Postulado limitador do direito de punir.
Só pode o Estado impor sanção penal
ao agente imputável, isto é, penalmente
capaz, com potencial consciência da ilici-
tude (possibilidade de conhecer o caráter
ilícito do comportamento), quando dele
exigível conduta diversa.
Princípio da ISONOMIA
A isonomia que se garante é a isonomia
substancial. Deve-se tratar de forma igual
o que é igual, e desigualmente o que é
desigual.
Princípio da PRESUNÇÃO 
DE INOCÊNCIA
Convenção Americana de Direitos Huma-
nos - Artigo 8º .2: “Toda pessoa acusada
de um delito tem direito a que se presu-
ma sua inocência, enquanto não for le-
galmente comprovada sua culpa. Duran-
te o processo, toda pessoa tem direito,
em plena igualdade, às seguintes ga-
rantias mínimas:”
Art. 5º, LVII C.F. – “ninguém será conside-
rado culpado até o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória;”
Princípios
relacionados com
Princípio da DIGNIDADE DA 
PESSOA HUMANA
Dia 1 - 10
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
a PENA A ninguém pode ser impostapena ofen-
siva à dignidade da pessoa humana, ve-
dando-se a sanção indigna, cruel, desu-
mana e degradante.
Princípio da INDIVIDUALIZAÇÃO DA
PENA
A individualização da pena deve ser ob-
servada em 3 momentos:
1- FASE LEGISLATIVA: observada pelo
legislador no momento da definição do
crime e na cominação de sua pena. Pena
abstrata.
2- FASE JUDICIAL: observada pelo juiz
na fixação da pena. Pena concreta.
3- FASE DE EXECUÇÃO: garantindo-se a
individualização da execução penal (art.
5°, LEP).
Princípio da PROPORCIONALIDADE
Trata-se de princípio constitucional im-
plícito (desdobramento da individualiza-
ção da pena).
Curiosidade: foi durante o Iluminismo,
marcado pela obra “Dos delitos e das pe-
nas” (Beccaria) que se despertou maior
atenção para a proporcionalidade na res-
posta estatal (Beccaria propunha a retri-
buição proporcional).
RESUMO: a pena deve ajustar-se à gravi-
dade do fato, sem desconsiderar as con-
dições do agente.
Dupla face do princípio da proporcio-
nalidade (Lenio Streck):
1a Face: IMPEDIR A HIPERTROFIA DA
PUNIÇÃO; GARANTISMO NEGATIVO
(Ferrajoli); Garantia do indivíduo contra o
Estado.
2a Face: Evitar a insuficiência da inter-
venção do Estado (EVITAR PROTEÇÃO
DEFICIENTE); Imperativo de tutela; GA-
RANTISMO POSITIVO (Ferrajoli); Garan-
tia do indivíduo em ver o Estado prote-
gendo bens jurídicos com eficiência.
Princípio da PESSOALIDADE
“Artigo 5º, XLV CF – nenhuma pena pas-
sará da pessoa do condenado, podendo
a obrigação de reparar o dano e a decre-
tação do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores
e contra eles executadas, até o limite do
valor do patrimônio transferido.”
Princípio da VEDAÇÃO 
DO “BIS IN IDEM”
Veda-se segunda punição pelo mesmo
fato.
E xceção : Art. 8º - A pena cumprida no
estrangeiro atenua a pena imposta no
Brasil pelo mesmo crime, quando diver-
sas, ou nela é computada, quando
idênticas – possibilidade do sujeito ser
processado duas vezes pelo mesmo fato.
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
 Anterioridade da Lei
        Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não
há pena sem prévia cominação legal.
        Lei penal no tempo
        Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei pos-
terior deixa de considerar crime, CESSANDO em virtude dela
a EXECUÇÃO e os EFEITOS PENAIS da sentença condenatória
(abolitio criminis)
        Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em jul-
gado (retroatividade de lei penal benéfica) 
TEMPO DA 
CONDUTA
LEI POSTERIOR
(IR) 
RETROATIVIDADE
Fato atípico Fato típico Irretroatividade
Fato típico Aumento de pena,
p.ex.
Irretroatividade
Fato típico Supressão de figura
 criminosa
Retroatividade
Fato típico Diminuição de pena,
p.ex.
Retroatividade
Fato típico Migra o conteúdo cri-
minoso para outro
tipo penal
Princípio da conti-
nuidade normativo-
típica
ABOLITIO CRIMINIS CONTINUIDADE 
NORMATIVA-TÍPICO
O crime é revogado formal e
materialmente.
O crime é revogado
formalmente, mas não
materialmente.
O fato não é mais punível
(ocorre extinção da
punibilidade – art. 107, III,
do CP).
O fato continua sendo
punível (a conduta criminosa
é deslocada para outro tipo
penal).
Exemplo: crime de adultério
(art. 240 do CP), revogado.
Exemplo: crime de atentado
violento ao pudor passou a
ser tipificado no art. 213 em
conjunto com o crime de
estupro (Lei 12.015/2009).
MARTINA, Correia. Direito penal em tabelas: parte geral. Salvador: Juspodivm,
2017. 
Dia 1 - 11
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença conde-
natória, COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES a aplicação
de lei mais benigna. 
        Lei excepcional ou temporária 
        Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora de-
corrido o período de sua duração ou cessadas as circunstân-
cias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado duran-
te sua vigência (ultratividade) 
A lei excepcional ou temporária possuem duas características
essenciais:
- Autorrevogabilidade
- Ultratividade
        Tempo do crime
        Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do re-
sultado.
TEMPO DO CRIME
TEORIA DA 
ATIVIDADE
Considera-se praticado o crime no momen-
to da conduta (A/O) 
Adotada
TEORIA DO 
RESULTADO
Considera-se praticado o crime no momen-
to do resultado.
TEORIA MISTA
/ UBIQUIDADE
Considera-se praticado o crime no momen-
to da conduta (A/O) ou do resultado.
        Territorialidade
        Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con-
venções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. 
        § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como exten-
são do território nacional as embarcações e aeronaves bra-
sileiras, de natureza pública ou a serviço do governo bra-
sileiro onde quer que se encontrem, bem como as aerona-
ves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de proprie-
dade privada, que se achem, respectivamente, no espaço
aéreo correspondente ou em alto-mar. 
        § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes prati-
cados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou em voo no espaço aéreo correspon-
dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
        Lugar do crime 
        Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resulta-
do. 
LUGAR DO CRIME
TEORIA DA 
ATIVIDADE
O crime considera-se praticado no lugar da
conduta.
TEORIA DO 
RESULTADO
O crime considera-se praticado no lugar
do resultado.
TEORIA MISTA
/ UBIQUIDADE
O crime considera-se praticado no lugar da
conduta ou do resultado.
Adotada
DICA: LuTa (Lugar do crime = Ubiquidade/Tempo do
crime=Atividade)
CRIMES À DISTÂNCIA E CRIMES PLURILOCAIS
(ART. 6.º DO CP X ART. 70 DO CPP)
TEORIA DA UBIQUIDADE
(ART. 6.º DO CP)
TEORIA DO RESULTADO
(ART. 70 DO CPP)
O dispositivo aplica-se a
crimes que envolvem o
território de dois ou mais
países, ou seja, conflitos
internacionais de jurisdição.
O dispositivo aplica-se a
crimes que envolvem duas
ou mais comarcas dentro do
Brasil, ou seja, conflitos
internos de competência
local.
Nos CRIMES À DISTÂNCIA
(ou crimes de espaço
máximo), a prática do delito
envolve o território de dois
ou mais países. 
Nos CRIMES PLURILOCAIS,
a prática do delito envolve
duas ou mais comarcas/
seções judiciárias dentro do
mesmo país.
MARTINA, Correia. Direito penal em tabelas: parte geral. Salvador: Juspodivm,
2017. 
NÃO APLICAÇÃO
DA TEORIA DA
UBIQUIDADE
Crimes Conexos: não se aplica a
teoria da ubiquidade, eis que os
diversos crimes não constituem
unidade jurídica. Deve cada um deles,
portanto, ser processado e julgado no
país em que foi cometido. 
Crimes Plurilocais: aplica-se a regra
delineada pelo art. 70, caput, do
Código de Processo Penal, ou seja, a
competência será determinada pelo
lugar em que se consumar a infração
ou, no caso de tentativa, pelo local
em que for praticado o último ato de
execução. Na hipótese de crimes
dolosos contra a vida, aplica-se a
teoria da atividade, segundo pacífica
jurisprudência, em razão da
conveniência para a instrução criminal
em juízo, possibilitando a descoberta
da verdade real 
Infrações penais de menor
potencial ofensivo: teoria da
Dia 1 - 12
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
atividade - “A competência do
Juizado será determinada pelo lugar
em que foi praticada a infração penal”
(art. 63, L. 9099)
Crimes falimentares: foro do local
em que foi decretada a falência,
concedida a recuperação judicial ou
homologado o plano de recuperação
extrajudicial (art. 183 da Lei
11.101/2005)
Atos infracionais: competentea
autoridade do lugar da ação ou da
omissão (Lei 8.069/1990 – ECA, art.
147, § 1.º). 
Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1 / Cleber Masson. – 9.ª ed. rev.,
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. 
        Extraterritorialidade 
        Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometi-
dos no estrangeiro: 
        I (INCONDICIONADA)- os crimes: 
        a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repú-
blica (P. Defesa ou Real); 
        b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de em-
presa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público (P. Defesa ou Real); 
        c) contra a administração pública, por quem está a seu
serviço (P. Defesa ou Real); 
        d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou do-
miciliado no Brasil (P. Justiça Universal); 
        II ( CONDICIONADA) - os crimes:
        a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou
a reprimir (P. Justiça Universal); 
        b) praticados por brasileiro (P. Nacionalidade Ativa); 
        c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em territó-
rio estrangeiro e aí não sejam j ulgados (P. Representação).
        § 1º - Nos casos do inciso I (INCONDICIONADA), o
agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absol-
vido ou condenado no estrangeiro (possibilidade de dupla
condenação pelo mesmo fato)
        § 2º - Nos casos do inciso II (CONDICIONADA), a aplica-
ção da lei brasileira depende do concurso das seguintes con-
dições: 
        a) entrar o agente no território nacional; 
        b) ser o fato punível também no país em que foi prati-
cado; 
        c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
brasileira autoriza a extradição; 
        d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou
não ter aí cumprido a pena; 
        e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou,
por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo
a lei mais favorável. 
        § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometi-
do por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil , se, reu-
nidas as condições previstas no parágrafo anterior: (HIPER-
CONDICIONADA)
        a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
        b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
        Pena cumprida no estrangeiro 
        Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.  
        Eficácia de sentença estrangeira 
        Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da
lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para: 
        I - obrigar o condenado à reparação do dano, a resti-
tuições e a outros efeitos civis (depende de pedido da parte
interessada) 
        II - sujeitá-lo a medida de segurança. (depende da exis-
tência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de re-
quisição do ministro da justiça). 
        Contagem de prazo +C-F
        Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do pra-
zo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário co-
mum. 
        Frações não computáveis da pena 
        Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liber-
dade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na
pena de multa, as frações de cruzeiro. 
        Legislação especial 
        Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fa-
tos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de
modo diverso. 
Codigo de Proçesso Penãl
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
        Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território
brasileiro (PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE OU LEX
FORI), por este Código, ressalvados:
        I - os tratados, as convenções e regras de direito in-
ternacional;
Dia 1 - 13
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        II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da
República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com
os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constitui-
ção, arts. 86, 89, § 2o, e 100 arts. 50, § 2º; 52, I, parágrafo único;
85; 86, § 1º, II; e 102, I, b );
        III - os processos da competência da Justiça Militar
(aplicação subsidiária do CPP – art. 3°, “a”, CPPM);
        IV - os processos da competência do tribunal especial
(inciso não é mais válido) 
        V - os processos por crimes de imprensa (inciso não é
mais válido; STF não recepcionou a Lei de Imprensa).         
        Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código
aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especi-
ais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
        Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,
sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigên-
cia da lei anterior [“TEMPUS REGIT ACTUM” OU PRINCÍ-
PIO DA IMEDIATIDADE]
JDPP 1 A norma puramente processual tem eficácia a
partir da data de sua vigência, conservando-se os efei -
tos dos atos já praticados . Entende-se por norma pura-
mente processual aquela que regulamente procedimento
sem interferir na pretensão punitiva do Estado. A norma
procedimental que modifica a pretensão punitiva do
Estado deve ser considerada norma de direito material,
que pode retroagir se for mais benéfica ao acusado.
        Art. 3o  A lei processual penal ADMITIRÁ INTERPRETA-
ÇÃO EXTENSIVA E APLICAÇÃO ANALÓGICA, bem como o
suplemento dos princípios gerais de direito.
DIREITO PROCESSUAL
PENAL
DIREITO PENAL
Admite interpretação
extensiva.
Prevalece que não se admite
interpretação extensiva em
prejuízo do réu.
Admite analogia. É possível o emprego da
analogia desde que seja in
bonnan partem (em favor do
réu). O princípio da
legalidade proíbe a analogia
in mallan partem (contra o
réu).
Admite interpretação
analógica.
Admite interpretação
analógica.
Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Juiz das Garantias
STF suspendeu a eficácia da implantação do juiz das
garantias e seus consectários (Artigos 3o-A, 3o-B, 3o-C, 3o-
D, 3a-E, 3o-F, do Código de Processo Penal). MEDIDA
CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
6.298 
FUNÇÕES DO 
JUIZ DAS
GARANTIAS
Controle da legalidade da investigação
criminal 
Garantia dos direitos individuais
autorizando medidas de persecução que
estejam sujeitas à cláusula da reserva de
jurisdição, ou seja, que dependem de
prévia autorização judicial. 
Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Art. 3º-A. O processo penal terá ESTRUTURA ACUSATÓRIA,
vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
substituição da atuação probatória do órgão de acusação .
(LEI 13964/19)
Adoção do SISTEMA ACUSATÓRIO de forma expressa
SISTEMA
INQUISITORIAL 
Não há separação das funções de acu-
sar, defender e julgar, que estão concen-
tradas em uma única pessoa.
Juiz inquisidor, com ampla iniciativa acu-
satória e probatória.
Princípio da verdade real.
SISTEMA
ACUSATÓRIO
ADOTADO NO
BRASIL
Há separação das funções de acusar,
defender e julgar.
Princípio da busca da verdade.
A gestão da prova recai sobre as par-
tes. O juiz, durante a instrução processu-
al, tem certa iniciativa probatória (subsidi-
ariamente)
SISTEMA 
MISTO/
FRANCÊS
Há uma fase inquisitorial e uma fase
acusatória.
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da
legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe
especialmente: (LEI 13964/19)
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos
do inciso LXII do caput doart. 5º da Constituição Federal; (LEI
13964/19)
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle
da legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310
deste Código; (LEI 13964/19)
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo
determinar que este seja conduzido à sua presença, a
qualquer tempo; (LEI 13964/19)
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer
investigação criminal; (LEI 13964/19)
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V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou
outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste
artigo; (LEI 13964/19)
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida
cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las,
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em
audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código
ou em legislação especial pertinente; (LEI 13964/19)
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada
de provas consideradas urgentes e não repetíveis,
assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência
pública e oral; (LEI 13964/19)
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o
investigado preso, em vista das razões apresentadas pela
autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste
artigo; (LEI 13964/19)
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando
não houver fundamento razoável para sua instauração ou
prosseguimento; (LEI 13964/19)
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado
de polícia sobre o andamento da investigação;
XI - decidir sobre os requerimentos de: (LEI 13964/19)
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de
comunicação; (LEI 13964/19)
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e
telefônico; (LEI 13964/19)
c) busca e apreensão domiciliar; (LEI 13964/19)
d) acesso a informações sigilosas; (LEI 13964/19)
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos
fundamentais do investigado; (LEI 13964/19)
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do
oferecimento da denúncia; (LEI 13964/19)
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade
mental; (LEI 13964/19)
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa ,
nos termos do art. 399 deste Código; (LEI 13964/19)
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o
direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso
a todos os elementos informativos e provas produzidos no
âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne,
estritamente, às diligências em andamento; (LEI
13964/19)
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para
acompanhar a produção da perícia; (LEI 13964/19)
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não
persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
formalizados durante a investigação; (LEI 13964/19)
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas
no caput deste artigo. (LEI 13964/19)
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias
poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
duração do inquérito por até 15 dias, após o que, se ainda
assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada. (LEI 13964/19)
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas
as infrações penais, EXCETO AS DE MENOR POTENCIAL
OFENSIVO, e CESSA COM O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA
OU QUEIXA na forma do art. 399 deste Código. (LEI
13964/19)
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes
serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. (LEI
13964/19)
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias NÃO
VINCULAM o juiz da instrução e julgamento, que, após o
recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo
máximo de 10 dias. (LEI 13964/19)
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo,
à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão
apensados aos autos do processo enviados ao juiz da
instrução e julgamento, ressalvados os documentos
relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de
provas ou de antecipação de provas, que deverão ser
remetidos para apensamento em apartado. (LEI 13964/19)
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos
acautelados na secretaria do juízo das garantias. (LEI
13964/19)
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar
qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste
Código FICARÁ IMPEDIDO de funcionar no processo.
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de
magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.
(LEI 13964/19)
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. (LEI
13964/19)
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o
cumprimento das regras para o tratamento dos presos,
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade
com órgãos da imprensa para explorar a imagem da
pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade
civil, administrativa e penal. (LEI 13964/19)
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades de-
verão disciplinar, em 180 dias, o modo pelo qual as informa-
ções sobre a realização da prisão e a identidade do preso se-
rão, de modo padronizado e respeitada a programação nor-
mativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa,
assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à in-
formação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. (LEI
13964/19)
JUIZ DAS
GARANTIAS
É responsável pelo controle da legalidade
da investigação criminal e pela salvaguarda
dos direitos individuais
Dia 1 - 15
 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
A competência abrange todas as infrações
penais, EXCETO AS DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO 
A competência CESSA COM O
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU
QUEIXA
Suas decisões NÃO vinculam o juiz da
instrução e julgamento
O juiz que, na fase de investigação, praticar
qualquer ato incluído nas competências dos
arts. 4º e 5º deste Código FICARÁ
IMPEDIDO de funcionar no processo.
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 DELTALEGISLACAO - 366.878.207-53
direito constitucional
PREÂMBULO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
1. (MP/MG-2017) O preâmbulo da CR/88 não pode, por si só,
servir de parâmetro de controle da constitucionalidade de
uma normai
2. (MP/MG-2017) A invocação de Deus no preâmbulo da CR/
88 torna o Brasil um Estado confessionalii
3. (MP/MG-2017) O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os
fundamentos filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos e,
dessa forma, norteia a interpretação do texto constitucional iii
4. (LD) São fundamentos da República Federativa do Brasil a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária.iv
5. (LD) A dignidade da pessoa humana e a prevalência dos di-
reitos humanos constituem fundamentos da República Fede-
rativa do Brasilv
6. (MP/SC-2019) Dentre os objetivos fundamentais da Repú-
blica Federativa do Brasil estão promover os valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa, construir uma sociedade livre,
justa e solidária, e garantir o desenvolvimento nacionalvi.
7. (PC/PI-2018-Adaptada) A Constituição Federal de 1988 ino-
vou, ao estabelecer princípios que governam as relações inter-
nacionais, dentre eles integração econômica entre os povos,
prevalência de direitos humanos, erradicação das desigualda-
desvii.
8. (LD)A República Federativa do Brasil rege-se nas suas rela-
ções internacionaispelos seguintes princípios: independência
nacional; não-intervenção; igualdade entre os Estados; solu-
ção pacífica dos conflitos; soberaniaviii.
Direito penal
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
9. (LD) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execu-
ção e os efeitos penais e extrapenais da sentença condenató-
riaix
10. (LD) Por ser ultra-ativa, a lei penal temporária aplica-se ao
fato praticado durante a sua vigência, ainda que decorrido o
período de sua duraçãox.
11. (LD) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão
do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras,
de natureza pública onde quer que se encontrem, bem como
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no es-
paço aéreo correspondente ou em alto-marxi.
12. (MP/GO-2019) Embora cometidos no estrangeiro, ficam
sujeitos à lei brasileira os crimes contra a administração públi-
ca, por quem está a seu serviço. Portanto, ainda que absolvido
ou condenado no estrangeiro, o agente é punido segundo a
lei brasileira xii
13. (LD) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro os crimes contra a vida ou a liberdade do Presi-
dente da República e dos Ministros de Estadoxiii.
14. (LD) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil
se obrigou a reprimir, praticados por brasileiro e os praticados
em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí
não sejam julgados, desde que o agente entre em território
nacional, o fato seja punível também no país em que foi prati-
cado, o crime esteja incluído entre aqueles pelos quais a lei
brasileira autoriza a extradição, não ter sido o agente absolvi-
do no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena e não ter
sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo,
não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorá-
velxiv.
Direito PROCESSUAL penal
DO PROCESSO EM GERAL
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
15. (LD) A lei processual penal admitirá interpretação extensi-
va e aplicação analógica e aplicar-se-á desde logo, sem prejuí-
zo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anteri-
orxv.
16. (LD) A Lei 13.964/19, intitulada “pacote anticrime”, incluiu,
de modo expresso, a adoção do sistema acusatório no siste-
ma processual penal brasileiro, mas o dispositivo teve a sua
eficácia suspensa por decisão do STF, na ADI 6298xvi.
17. (LD) A Lei 13.964/19, intitulada “pacote anticrime”, intro-
duziu a figura do juiz de garantias, responsável pelo controle
da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos
direitos individuais, e cuja competência abrange todas as in-
frações penais, sem exceção, mas o STF proferiu decisão cau-
telar na ADI 6298 suspendendo a eficácia do dispositivoxvii. 
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iCERTO
iiERRADO
iiiCERTO
ivERRADO (art. 1° e art. 3°, I)
vERRADO (art. 1° e art. 4°, II)
viERRADO (art. 1°, IV e 3°, I e II)
viiERRADO (art. 4°)
viiiERRADO (art. 1°, V e art. 4°, I, III, IV e VII).
ixERRADO (art. 2°)
xCERTO (art. 3°)
xi CERTO (art. 5°, §1°)
xiiCERTO (art. 7°, I, c e § 1°)
xiiiERRADO (art. 7°, I, a)
xivCERTO (art. 7°, II e §2°)
xvCERTO (art. 2° e 3°)
xviCERTO (art. 3°-A)
xviiERRADO (art. 3°-B e 3°-C)
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