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Cinotecnia - Nutrição

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NUTRIÇÃO E MANEJO ALIMENTAR 
 
 
Há dois pontos principais a serem observados na nutrição canina: o cão e a ração. 
O cálculo da necessidade energética diária de um cão é baseado no seu peso e,                             
com base na composição da ração, podemos calcular a quantidade de alimento que                         
deverá ser fornecida a um cão. A qualidade dessa ração pode ser avaliada por seus                             
ingredientes, digestibilidade e correto equilíbrio de aminoácidos, vitaminas e minerais,                   
proporcionais ao nível energético da dieta. 
 
Porcentagens médias por porte do cão: 
 
● Cães de porte miniatura (até 3 kg): 7 a 10% ; 
● Cães de 3 a 5 kg: 5 a 6% do peso; 
● Cães de 5 a 10 kg: 4 a 6% do peso; 
● Cães de porte médio (10 a 25 kg): 4 a 5% do peso; 
● Cães de grande porte (25 a 35 kg): 4 a 5% do peso; 
● Cães acima de 35 kg: 3 a 4% do peso; 
Frequência de fornecimento de ração: 
● filhotes em desmame: pequenas quantidade de 5 a 6 vezes por dia; 
● filhotes pós desmame até 3 meses: 4 vezes ao dia; 
● dos 3 meses à idade adulta: 3 vezes ao dia; 
● cães adultos: 2 a 3 vezes ao dia. 
* Cães doentes e em tratamento podem necessitar de uma frequência de alimentação                         
diferenciada. 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DA DIETA 
Água​: representa 84% do peso em recém- nascidos e 50 a 60% do peso de um cão                                 
adulto, sendo uma substância importante para a sobrevivência em curto prazo, podendo                       
uma perda de apenas 10% da água do organismo levar à óbito. A água é essencial para a                                   
termorregulação, é meio de reações químicas para produção e queima de energia, meio                         
de excreção, entre outros. 
Proteína​: são responsáveis pelo anabolismo (construção) do corpo, síntese dos                   
ossos, músculos, nervos e outras estruturas, hormônios e anticorpos. Podem ser de                       
origem animal (carnes, ovos, farinha de carne) e vegetal (farinha de soja e trigo). Cadelas                             
em lactação necessitam de 23% de proteína na dieta, enquanto cães em mantença                         
necessitam entre 16 e 18%. 
Gorduras​: dão palatabilidade à ração, fornecem os ácidos graxos essenciais, são                     
matéria prima para produção de hormônios, óleos que protegem a pele, reservas de                         
energia, protegem as células da oxidação e ainda fornecem vitaminas lipossolúveis. 
Carboidratos​: são as fontes primárias de aporte de energia. Apesar de, muitas                       
vezes, não estar diretamente presente na dieta, a glicose é essencial ao sistema nervoso,                           
músculos e outros tecidos, sendo sintetizada a partir de outros açúcares das dietas. O                           
trato digestivo do cão é bem adaptado para a maioria dos carboidratos e açúcares, com                             
exceção do leite, que pode causar diarreia em cães adultos. 
Sais minerais​: tem diferentes funções no organismo, como estrutural (osos),                   
química (reações metabólicas, contração muscular), cofatores de enzimas (auxilia o                   
funcionamento dos sais). 
Vitaminas​: são divididas em lipossolúveis e hidrossolúveis. O cão necessita de 13                       
tipos de vitaminas, cada qual com seu papel específico no metabolismo. O excesso de                           
vitaminas pode ser perigoso, pois pode levar a intoxicação e acúmulos. 
Fibras​: não são digeridas ou absorvidas pelo organismo do cão, mas são                       
fundamentais para o equilíbrio da dieta. Elas tem um efeito regulador da motilidade                         
gastro-intestinal, contribuem para o equilíbrio da flora intestinal, dão volume ao bolo fecal                         
e evitam ressecamento das fezes, funcionando como uma “esponja” ao limpar o trato                         
digestivo. Uma ração deve ter no mínimo 5% de fibras. 
NUTRIÇÃO DE CADELAS GESTANTES E LACTANTES 
Fêmeas em bom estado corporal e fisiológico não necessitam de nutrição extra                       
antes das últimas 4 semanas de gestação, quando a exigência dietética para todos os                           
nutrientes aumenta significativamente. Durante a prenhez, o aumento do peso e das                       
necessidades nutricionais da cadela são moderados. Cadelas com grandes ninhadas                   
perdem o apetite, como resultado da atividade reduzida, nesses casos deve-se aumentar                       
a frequência da oferta de alimentos. 
Na lactação, a preocupação com a dieta deve ser constante, pois o leite é a                             
principal fonte alimentar dos filhotes após o nascimento. A dieta deve ser de boa                           
qualidade, incluindo altíssima palatabilidade para estimular a alimentação, alta                 
digestibilidade para reduzir o volume e alto teor energético, sendo administrada através                       
de várias pequenas refeições diárias. 
Alguns cuidados devem ser seguidos durante a amamentação: administrar de                   
duas a três vezes a quantidade de alimento necessário à manutenção durante a lactação                           
e reduzir lentamente a quantidade de alimentos após a quarta semana de amamentação. 
NUTRIÇÃO DE FILHOTES 
- Primeiras horas: deve receber o colostro da mãe que, além de fornecer nutrientes,                         
também transfere imunidade passiva; 
- Após 48h: a mãe para de secretar colostro e fornece somente o leite de 3 a 6 vezes                                   
por dia, seguindo por 3 semanas; 
- Após a quarta semana, a quantidade de leite ingerido diminui e alimentos sólidos                         
serão lentamente introduzidos. Esses alimentos sólidos devem ter alta                 
concentração de energia e nutrientes, devem ter preferencialmente alto teor de                     
umidade ou serem umedecidas com água ou leite, numa proporção de 5 partes                         
de alimentos para 1 parte de líquido; 
- 6 semanas: desmame completo e administração de uma ração variada ou um                       
único alimento completo. 
A alimentação ideal para o crescimento de um filhote deve fornecer nutrientes                       
adequados e energia e volumes que podem ser facilmente consumidos, pois possuem                       
uma capacidade digestiva menor, dentes menores e consomem menores quantidades                   
de alimento por refeição. 
NUTRIÇÃO DE CÃES ADULTOS 
O adulto necessita de uma dieta de manutenção, sendo esta equilibrada e capaz                         
de suprir suas necessidades diárias, o que pode ser facilmente conseguido com uma                         
ração comercial. A fim de evitar obesidade e outros problemas advindos de excesso de                           
alimentação, deve-se calcular a quantidade de alimento necessário para o cão, de acordo                         
com seu porte e idade, e fracionar a porção total em 2 a 3 refeições diárias. 
NUTRIÇÃO DE CÃES IDOSOS 
Durante o processo de envelhecimento, ocorrem alterações físicas e metabólicas                   
que podem afetar diretamente a nutrição dos animais, levando a maior tendência à                         
obesidade, como por exemplo: dificuldade em sentir o sabor do alimento, redução do                         
olfato, das secreções salivares e gastrintestinais (enzimáticas), problemas bucais que                   
podem prejudicar a mastigação do alimento. 
A nutrição de cães senis saudáveis deve ser de fácil digestão e com proteínas de                             
alta qualidade para manter sua massa muscular, pois estes apresentam uma queda na                         
taxa metabólica e redução de necessidades energéticas. Para a realização de um                       
programa nutricional eficaz para os animais idosos, é necessário classifica-losem quatro                       
grupos: os que mantêm seu peso e condição corporal ideal, aqueles propensos a ganhar                           
peso e obesos, propensos a perder peso e os animais com doença clínica já instalada. Para                               
o agrupamento de cães com doença clínica já instalada, é necessária uma avaliação                         
completa das condições de saúde, com exames físicos e laboratoriais adequados. 
Atualmente, há dietas comerciais específicas no mercado que atendem todas as                     
exigências dessa faixa etária. Se houver alguma enfermidade, uma ração terapêutica deve                       
ser fornecida. Para os idosos, a dica mais importante é: prevenir a obesidade usando um                             
programa de alimentação em quantidades controladas. Cães alimentados com uma dieta                     
completa e balanceada não precisam de suplementação de vitaminas, minerais ou de                       
carne.