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------- Controle Físico-Químico de Qualidade de Medicamentos • •• • I PREFÁCIO Observa-se um crescente direcionamento do profissional farmacêutico para áreas da farmácia clínica e de manipulação com ênfase na atenção farmacêutica, dirigindo ao paciente o foco de atenção. Essa nova abordagem incrementa a importância da qualidade dos medicamentos. As questões éticas e regulatórias implicam, por sua vez, em tendências de crescimento das exigências de qualidade. Assim , a iniciativa do organizador deste l ivro ao t razer aspectos regulatórios e de qualidade, passando por diferentes conceitos de metodologias físico-químicas, vem preencher uma importante lacuna, considerando-se a ausência de bibliografia nacional nesse segmento. A facilidade de leitura e a forma de apresentação, agregando aspectos estritamente práticos, mas trazendo respostas e embasamentos técnico-científicos, constituem diferenciais preciosos. Ainda, a gama de assuntos abordados, abrangendo aspectos de amostragem e estatística, ensaios de identificação, controle de fitoterápicos, estudo de estab ilidade, chegando à anál ise instrumental, é de interesse para diferentes setores farmacêuticos, da farmácia pública à industrial. Parabenizo o organizador, pela iniciativa, que será val iosa tanto para o acadêmico quanto para o profissional, nos desafios da sua atividade. Ora. Terezinha de Jesus Andreo/i Pinto Diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas- USP ---------------------------------- . • • I DEDICATÓRIA A todos os alunos que nos fazem sentir úteis. • •• • I SUMÁRIO PARTE I ASSUNTOS REGULATÓRJOS E SISTEMAS DE QUAliDADE LEGISLAÇÃO NA GARA'ITIA E CO'ITROLE DE QUALIDADE ......... ... ........... 17 1.1 Legislação recomendada sobre Controle de Qualidade em medicamentos .................. ................ ...... ............................................... 23 1.1.1 Leis ... ...................... .... ...... ... .. ... ..................... ........ .. .......... . .. .. ... ... .. 23 1.1.2 Decretos ... ... .. .... ... .. .. .. ... ......................... ..... .. ... ...... ........... ........... .. 24 1 .1 .3 Resoluções ...................... ...................... .. ............. ....... .. .. ...... .. ........ 24 1 .1 .4 Portarias .................... .... ...... ............................................ .. .. .. .......... 26 1 .1 .5 Resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) .......... ....... ......... 27 2 GESTÃO DE QUALIDADE .............................. ........ .. . ...................... .... .......... 29 2.1 Sistemas de qualidade ............. ......................... .. ........... ........ ....... .......... 32 2.1.1 Sistema ISO 9.000 ....... ......................... ......... ......... ......................... 36 2.2 'ormas de qualidade .................... ....... ................... ...... .. ....................... 38 2.2.1 Boas Práticas de Fabricação ............. .. ......................... ................ ..... 39 3 VALIDAÇÃO DE PROCESSOS ... ...... .............. ............ .... ....... .... ....... ...... .. ...... 43 3. 1 Procedimentos Operacionais Padrão (POP) ............. .... ... .... ....... .............. 46 3.2 Validação de métodos analíticos ................................................ .......... .. .48 3.2.1 Parâmetros analíticos de validação ................................................... 51 4 IMPLA TAÇÃO DO CO TROLE DE QUALIDADE .......................... .............. 59 4.1 Controle de Qualidade na indústria farmacêutica . ............ ..... ... ..... ...... .... 60 4.2 Controle de Qualidade na farmácia de manipulação ............................... 63 4.3 Controle de Qualidade em laboratórios analíticos ................................... 64 4.4 Cronograma de implantação de laboratório de controle de qualidade de medicamentos ............. .. .. ............ ........... .... .... ....... ... ..... ....... ... ... ............ 67 4.4.1 Especificações e padrões de referência .. .... ..... ... .... ...... .. .. ... .. ..... ... .. . 67 4.4.2 Equipamentos, reagentes e utensflios ..... .... ....... ............................. . 69 4.4.3 Espaço iísico .... .. ................................... .................................. ......... 71 PARTE 11 AMOSTRAS E ESTATÍSTICA APliCADA AO CONTROLE DE QUAliDADE 5 TÉCN ICAS DE AMOSTRAGEM .. ........................... ................... ... ................... 79 5.1 Amostragem probabilística e não-probabilística ......................... .............. 81 5.2 Estatística aplicada à amostragem .. ................. .................... ..... ... ............. 82 5.2.1 Cálculo da amostra ........ ........................ ....... .................... ................... 83 6 PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS ...... .... .. ............... .... .... .. ..... .......... .. .... ...... ...... 85 6.1 Extração líquido-líquido (LLE) ..................... ....... .... .. ............ ......... .......... 87 • •• 6.2 Extração em fase sól ida (SPE) ......... ............... ................ ......................... 88 6.3 Microextração em fase sólida (SPM E) ........ ....................................... ... .... 91 7 ESTATÍSTICA APLICADA AO CO I'. TROLE DE QUALIDADE ......... ............. ...... 95 7.1 Erros em análises quantitativas ............................................. ... .. .... ... ....... 96 7.2 Distribuição normal de dados ................................................................. 97 7.2.1 Medidas da tendência central ... ... ... ............ ..................................... 98 7.2.2 Medidas da dispersão dos dados ..... . ..... .......................................... 99 7.2.3 Distribuição dos dados em torno da média .... .. ..... ............. ..... ....... . 1 00 7.3 Estatística dos erros aleatórios ..... . ...... .. ...... . ... ...................... ......... ....... . 1 02 7.3.1 Intervalo de confiança da média .. . ....... .... ...... .... ..... .. .................... . 102 7.3.2 Propagação de erros aleatórios ................. ....... ......... ...................... 1 05 7.4 Testes de sign ificância ................. ..... ................. .................... ...... ....... ... 1 08 7.4 .1 Teste T de Student.. .... ..... .... .... .... .. ... ................ ......... .... ... ............. 11 O 7.4.2 Teste F ........................................ ... .... ..... ........... ......... .................. 114 7.4.3 Teste Chi Quadrado (x,) .......... ... ..... .... ............. ...... ..... ... ... ...... ....... 116 7.4.4 Teste Q de Dixon ........................................................................... 118 7.5 Controle estatíst ico do processo ................. ............................... ........... . 120 7.5.1 Distribuição normal .......................................................... ...... ....... 121 8 TRATAMENTO ESTATÍSTICO D E DADOS I STRUMENTAIS- REGRESSÃO E CORRELAÇÃO .. ... ... .... .... ... .. .. ... .......... .... .... ......... ..... .... ..................... ... .. .. 125 8.1 Regressão linear ..... ..... ...... ... ... ..... ...... .... .............................................. 125 8.1.1 Coeficiente de correlação produto-momento ............. ..................... 127 8.1.2 A linha de regressão de Y em X ......... .... ...... ... ............................... 131 8 .1.3 Erros nos valores da tangente e do intercepto da curva de regressão ..... .......... .. . ......... .. .... .. ..... ........... .. ... ............... ... ......... . ... 133 8.1.4 Ava liação de uma concentração ..... ................... ........ ......... .......... .. 135 8.1.5 limitesde detecção ........... ... ........ .... .............. .. ....... .. .. .... .. .... .. .. .. .. 137 8.2 O Método das adições padrão . .... ........ .... ........ .. ........ ......... .. ......... ... .... 140 8.3 Retas de regressão ponderadas .................................................. .. ......... 143 PARTE 111 ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO 9 MÉTODOS DE IDENTI FICAÇÃO ........... .. .................................................... 155 9.1 Métodos clássicos ................ ... ... .. .. ............................ .. .. ....................... 15 5 9.1.1 Reações de identificação para ânions comuns ................................. 156 9.1 .2 Reações de Identificação para cátions comuns ................................ 162 9.1 .3 Reações de Identificação para grupos orgânicos comuns ................. 164 9.1 .4 Teste de solubil idade .. .. .. .. ........ .................................. ................... 166 9.1.5 Análise o rganoléptica .. .. .. .... .... .... .... ...... ........... .. ............ ........ ........ 167 • •• 9.2 Métodos instrumentais ......................................................................... 167 9.2.1 Identificação via análise de gráficos instrumentais .. .... .. .. ...... .. ......... 168 9.2.2 Identificação via medidas de constantes físico-químicas .... .......... .. ...... 1 70 9.2.3 Identificação via aná lise de cromatogramas ........................................ 176 PARTE IV ENSAIOS DE PUREZA 1 O IMPUREZAS I'<ORGÂ 'ICAS ................ ....... .............................................. 185 10.1 Métodos gerais ........................................... .. .......... .. ...... ... ...... .. ......... 185 10.1 .1 Ensaios quantitativos ............................ .. ........... ...... ........ .. ........... 186 1 0.1.1.1 Teor de umidade (aquametria) ................. ...... .. .. .. .. ................ 186 1 0.1 .1 .2 Teor de substâncias voláteis e não-voláteis ............ ...... .... ..... .. 191 1 0.1.1.3 Teor de substâncias solúveis e insolúveis totais ........................ 191 1 0.1.1.4 Teor de cinzas ...................................................................... 191 1 0.1.1.5 Teor de cinzas sulfatadas ...................... ....................... .. ........ 191 10.1 .1 .6 Teor de cinzas insolúveis e ácido clorfdrico .. .. .. .. ........ .... ........ 192 10.1 .2 Ensaios semiquant itativos ............................... .. .. .. ...... .. .... .... ........ 193 1 0.1 .2.1 Ensaio limite para cloretos .. .. .. .. ................ .. .... .. ... ...... .. .......... 193 1 0.1 .2.2 Ensaio limite para sulfatos .................................. .. .................. 194 1 0.1 .2.3 Ensaio limite para amônia ...................................................... 195 1 0.1 .2.4 Ensaio limite para ferro ......... .......... ...... ... ......... .. ...... ..... ........ 196 1 0.1.2.5 Ensaio limite para metais pesados .......................................... 198 10.1 .2.6 Ensaio limite para arsênio ................................. .. ........ .. ......... 199 10.2 Métodos Alternativos ................................................................ .. ........ 202 11 IMPUREZAS ORGÂ ICAS ............ .. .... ...... ............ .... ........ .. ........ .. ............. 203 11 .1 Métodos instrumentais .... .. ....... ... .. .... .......... .... ................ ................... 204 11.1 .1 Métodos de separação ...................................... .. .. .. ... .. ........ ........ 204 11.1 .2 \1\étodos eletroanalíticos ....................................... .. ..................... 205 11.1.3 Outros métodos empregados na detecção de impurezas ............... 206 PARTE V ENSAIOS D E POTÊNCIA 12 MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAMENTO ............................................ 211 12.1 Métodos volumétricos ...................................................... .. .... .. ........ . 214 1 2.1.1 Aparelhos volumétricos ......................................................... ....... 214 1 2.1.2 Solução padrão ............. ........ ...................... ............. .... ............... 21 7 12.1 .3 Volumetria de neutralização ................................... .. .................... 221 12.1 .4 Volumetria em meio não-aquoso .................................................. 223 12.1.5 Volumetria de complexação ...... ..... .... .. .. ........................... ... ........ 223 12.1 .6 Volumetria de oxirredução ...... .... . ......... .. ....... ...................... ........ 224 • 111 - • • 12.1.7 Volumetria de precipitação ................. ........... .............................. 226 12.2 Métodos gravimétricos ......................................... ........... ................... 227 1 3 MÉTODOS I STRUMENTAIS DE DOSEAME'-T0 ...................................... 231 13.1 Métodos espectroscópicos .................................................................. 231 13.1.1 Espectrometria de absorção no UV-visível. .................................... 232 13.1.1.1 Leis da fotometria ......................................... ................ ........ 232 13.1.1.2 Curva de analítica ............. .............................. ...................... 235 13.1 .1.3 Outros métodos espectrométricos ......... .... ....... ....... ............... 236 13.2 Métodos eletroanalíti cos ..................... ... ...... . ...... ... ................ ............. 237 14 CÁLCU LO DE DOSEAMENT0 ......... ........ . ... .... ~ .. ..... ....... ... ... ... ..... ........ .... . 243 14 .1 Cálculo da tomada de ensaio e di luição ........................... .. ................. 245 14.1 .1 Exemplos de cálculo de tomada de ensaio .................. .................. 246 14.1.2 Exemplos de cálculo de doseamento ..................................... ....... 250 PARTE VI ENSAIOS FÍSICOS DE QUALIDADE 15 ENSAIOS DE QUALIDADE ..... ... ... .. ... ..... ....................... ............................ 267 1 5.1 Ensaios físicos aplicados a formas sólidas ................ ............ .... ............ 2 70 15.1.1 Granulometria e ângulo de repouso ...... ....................... ................. 270 15.1.2 Peso ........................ ...................... .. ............................ ............... 272 15.1.3 Dureza ............ ................ ... .. .... ....... ........... ... ..... ... ....... ............... 275 15.1.4 Friabi lidade ..................... .... ........ .. .. ...................................... ... ... 276 15.1 .5 Tempo de desin tegração .... .. ...... ... ............... ....... ...................... ... 277 15.1.5.1 Tempo de desintegração para formas plásticas .................. ...... 278 1 5. 1 .6 Ensaio de dissolução .................................... ................... ........ ... .. 279 1 5.1.7 Aspectos visuais .. .. . .. ....... .. .... ..... ............................ ............... .. ..... 282 15.1.7.1 Descrição dos defeitos em embalagens ................................. 283 15. 2 Ensaios físicos aplicados a formas semi-sólidas ........................ ............. 284 15.2.1 Aspectos visuais e sensoriais ............................. ............................ 285 15.2.2 Aspectos reológicos ...................................................................... 285 15.2.2.1 Viscosímetro de Brookfield ..... .................... ........................... 286 15.2.2.2 Determinação da consistência ............................................ ... 286 1 5.3 Ensaios físicos aplicados a formas líquidas ........................................... 287 15.3.1 Aspectos visuais e sensoriais ......................... ................................ 287 15.3.2 Aspectos reológicos ....................... ........ .... .. ..................... .. .......... 287 15.3.2.1 Viscosímetro de Ostwald ................. ...... ......... ....................... 288 15.3.3 Volume .......... ..... ... .. ... .............. ..... .......... .. .............. ........ ........ 289 15.4 Ensaios de qualidade físico-químicos .................................................. 290 PA RTE VIl CO NTROLE DE FITERÁPICOS • •• 16 CO'-TROLE DE QUALIDADE D E FITOTERÁPICOS ...................... .............. 297 16.1 Definições ..................... ..... ... ..... ... .... .... ................... ......... ................ 299 16.2 A Regulação de fitoterápicos no Brasil. ........... ........ .................... ...... .. . 300 16.3 Considerações gerais sobre controle da qual idade, boas práticas e garantia da qualidade na produção de matérias-primas vegetais e de tltoterápicos .... .. ...... ........ .. .. ... .. ..... ... .... ..... ........ .... ...... ... ... .. .... .. ... 301 16.4 Controle da qualidadede de matérias-primas vegetais e produtos fitoterápicos .. .. .... ........ ... . .. ... .. . .. .. ...... ........ .... .. ... .. ..... .. ... ...... ........ .... .. 304 16.4.1 Amostragem ........... .... ... ... ... . ........... .. .. ... ... ........... ... ....... ...... .... ... 304 16.4.2 Análise macroscópica e microscópica (análise farmacobotânica) .... 308 16.4.3 Controle físico-químico de qualidade de matérias-primas vegetais e produtos íitoterápicos ........ ... ..... ..... ............................................. 309 16.4.3.1 Ensaios de pureza ....... ........................................................... 309 16.4.3.2 Avaliação qualitativa e quantitativa de prindpios ativos, classe de componentes ou marcadores .......................... ......... 320 16.4.3.3 Outras determinações para insumos vegetais .......................... 336 16.5 Produto acabado (fitoterápicos) .......... ................................................ 337 1 6.5 .1 Padronização de matérias-primas vegetais e produtos fitoterápicos ................ .... ... .... . ... .... . ... ......... ...... ......... ................. 3 3 7 PARTE VIII ESTUDOS DE ESTABILIDADE 17 ESTAB ILIDADE DE FÁRMACOS E MEDICAM ENTOS .. .... ... ............... . .... .... 351 1 7.1 Formas líquidas .... .... ........ ... .. .. ... . .......................... . ...... .. .... .... ........ ... . 354 17.2 Formas semissólidas e sólidas .. .... ... ... ...... ... ....... .. ........ .... ........ ...... ..... . 356 18 ESTUDOS DE DEGRADAÇÃO FORÇADA EM FÁRMACOS E MEDICAMENTOS- "TESTE DE ESTRESSE" ................... .. .......................... 359 18.1 Produtos de degradação .. .... ....... .......................... ................... ........... 360 18.2 Condução do estudo de degradação acelerada ... .. ............................... 360 19 TESTE DE ESTABILIDADE E PRAZO DE VALIDADE .... ............................ .. .. 363 19.1 Estudo de estabilidade acelerada ......... ... ... ... ...................................... 366 19.2 Estudo de estabilidade de longa duração ... ........................ .... ...... ........ 367 20 C"-ÉTICA DE ESTABILIDADE E PRAZO DE VALIDADE ............. ................. 369 .. PARTE IX FUNDAMENTOS TEÓRICOS BÁSICOS EM ANÁLISES INSTRUMENTAL 21 MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS ... .. ... ...... .. ..... ......... .. ...... .... .. .. ... ..... ...... . 379 21.1 Espectrofotometria no UV-visível. .... ..... ...... ..... ..... .. .... ... ... .. ..... ... ..... ... . 381 21.1.1 Transições eletrônicas ...... ... ......... ..... .......... ..... .... ... ..... .... ... ......... 382 • 113 - • • 21.1.2 Componentes básicos de instrumentação ... ...... ......... .................... 384 21.2 Espectrometria no Infravermelho ........ ................................................ 385 21.2.1 Espectrometria de infravermelho próximo (NI R) ............................ 390 21.3 Fluorímetria .................................... ...... .. ..................................... ...... 391 21 .4 Fotometria de chama, espectrometria de absorção atômica e lcp ......... 392 21.4.1 Fotometria de chama ................ ................................................... 393 21.4.2 Absorção atômica .................................................... .................... 394 21.4.3 Espectroscopia de emissão de plasma ......... .. .......... .... .................. 395 21 .5 Refratometria ....................... ... .. ..... ......................... ... .. .. ... ................. 396 21. 6 Polarimetria ............................................ ....... ................... .. ............... 397 22 MÉTODOS TERMOANALÍTICOS .................. .. ... ... .. ............................ ....... 399 22.1 Termogravimetria ............................ ......... ................................ ..... .... 401 22.2 Aná lise térmica diferencial ................................................................ .402 22.3 Calorimetria exploratória diferencial ............. ............. ........................ 402 23 M ÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃ0 ........ ............................................. 405 23.1 Cromatografia .................................................................................... 405 23.1.1 Cromatografia Uquida de Alta Eficiência ou Alta Performance (CLAE ou HPLC) ..................... ....... .. ................ .422 23.1.2 Cromatografia gasosa ......... .. .. .. .............. .......... .... ..... .... .............. .425 23.1 .3 Cromatografia supercrítica .............. ........... .. .......................... ...... 426 23.2 Eletroforese ............... ... .. .. .. .. .. ...... ..... ............................ .. ..... .............. 427 24 MÉTODOS ELETROQUÍMICOS ...................................... ......................... 431 24.1 Potenciometria .. .. ..... .... ... ... ..... ..... ...... .... .. ... ....... ......... ...... .... .. ...... .... . 433 24. 1 .1 Eletrodos de referência .......... ................ .................. ..... .... ........... 434 24.1 .2 Eletrodos indicadores ou eletrodos de trabalho ..... .. ....... ..... .......... 438 24.1.3 Determ inação experimental de pH .......... ..................................... 443 24.1 .4 Equipamentos ..... ... ... ....... ................ .. ...... .. .................................. 446 24.2 Condutometria ................................ ...... ................ ................ ... ......... 446 24.2.1 Condutometria direta .. ...... ............ ... ........................... ................. 449 24.2 .2 Titulações condutométricas ......... .. ... ....... ......... ......... ... ...... .......... 450 24.3 Voltametria .. .. .. .... .. ........ ... .. ...... . .. .......................... ............................ 452 24.3.1 Polarografia ....... ...................... .......................................... .... ...... 454 24.3.2 Voltametria cíclica ......... ......... ..................................................... 459 24.3.3 Voltametria de pulso diferencial ......................... ................ ......... 463 24 .3.4 Voltametria de onda quadrada (VOQ) .......................................... 465 ANEXOS A- EXEMPLOS DE PROCEDIMENTOS O PERACIONAIS PADRÃO (POP ' S) ........... 475 B- EXEMPLOS DE MONOGRAFIAS FARMACOPÉICAS (ESTRUTURA GRÁFICA) .... 49 1 C- TABELAS ESTATfSTICAS ............................ ................................... ............ 507 ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE " Se você é capaz de tremer de indignação a uma injustiça, e prefere morrer em pé, a viver ajoelhado; então somos companheiros." (Ernesto "'CheN Cuevara de La Serna) LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE 1 LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE • •• GIL, E.S.; GONÇALVES, D. & FIGUEIREDO, G. Quando se estuda Garantia e/ ou Cont role de Qua lidade depara-se com uma d iscipl ina rígida e sistemática que tende, f requentemente, a causar certa repulsa. Entretanto, tamanha rigidez j ustifica-se pela inerente importância do tema - afinal qualidade, para os medicamentos, é um atributo de caráter não apenas comercial mas, também, legal, ético e moral. Assim, enquanto qualidade, para muitos produtos, é uma questão de competitividade, no campo da Saúde deve ser obrigatoriamente atendida. As especificações de qualidade conside radas imprescindíveis, se não cumpridas, podem acarretar em sérias impl icações. "Tenha, em relação às doenças, duas coisas em vista: seja útil ou, ao menos, não prejudique." HIPÓCRATES - 430 AC Nesse contexto, cabe estudar a legislação referente ao Con trole de Qualidade dos med icamentos. Para tanto é preciso, em primei ro lugar, conhecer os seguintes aspectos : A) Definição; B) Hierarquia; e C) Extensão dos atos legais pelos quais o regulamento jurídico se exprime. A) Segundo Aurélio, (1999): " lei é regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento". A lei é indistinta a toda a comunidade, ao rico e ao pobre, ao homem e à mulher, dotada de sanção. A Constitu ição Federal de 1988 é pedra angular de todo o ordenamento jurídico e fonte de val idade de todo o di reito do Estado. Todas as leis a ela devem se adaptar e reger segundo seus pri ncípios, caso contrário estão em afronta à Lei Maior, ou seja, são consideradas inconstitucionais. No art. 59 da Constituição Federal de 1988 são apontadas as chamadas espécies normativas. • PARTE I - ASSUN TOS REGULATÓ RIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE • 6) Existe hierarquia nas espécies normativas? É uma matéri a mui to discut ida, com opiniões d iversas e argumentoscontundentes em duas linhas de interpretação distintas. Um grupo afirma a inexistência da hierarquia, com exceção das emendas constitucionais, e cada espécie normativa atuará dentro de sua esfera de competência; caso contrário, será caracterizada a inconsti tucionalidade. Alguns juristas ap ontam o esca lonamento de normas em determ inados casos, como uma hie ra rq uia, por exemp lo. A le i subm ete-se à Constituição, o regulamento submete-se à le i, a instru ção do M inistro subm ete-se ao decret o, a reso lução d o Secretário de Estado se submete-se ao decreto do Governador, a portaria do chefe de seção submete-se à resolução secretaria!. 1. Emendas à Consti tuição : trabalho reformador que ai Lera o poder constituinte original, pelo acréscimo, modificação ou supressão de normas. 2. Lei Complementar : tem como função tratar de cerlas matérias que, para a Const ituição, devem ser regulamentadas por normas mais rígidas. Exemplo: Lei O rgânica da Magistratura. 3. Lei Ordinár ia : tudo q ue não for regu lamentado por Lei Complementar, sendo fruto de atividade do Poder Legislativo. Exemplo: Código Civil e Penal, Código de Defesa do Consumidor e outros. 4. Lei Delegada: é elaborada pelo Presidente da República após solicitação prévia do Congresso Nacional, informando o assunto sobre o qual irá legislar. Exemplo: mais usada em tempo de guerra. 5. Medida Provisória: norma privativa do Presidente da República, ditada em caso de relevância ou urgência, com força de lei a partir de sua publicação e vigência por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Nesse período o Congresso Nacional aprovará, rejeitará ou criará nova norma em sua substituição, podendo o Poder Executivo editar nova medida provisória, com o mesmo teor, somente na sessão legislativa do ano seguinte. Exemplo: responsabilidad~ técnica para distribuidora de medicamentos em todo o horário de funcionamento. 6. Decretos Legislativos: deliberações de uma medida qualquer, de caráter administrativo ou público, e de competência exclusiva LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE • •• do Congresso Nacional, instrumento este que referenda e aprova a decisão do Presidente da República, dando-lhe liberdade para promulgar o texto em questão por meio de decreto. 7. Resolução: é um ato firmado na própria atribuição, conferida ao órgão ou ao representante do poder público, que regulamentará as matérias de competência privativa da Câmara do Deputados e do Senado Federal. Exemplo: a Agência Nacional de Vigilância Sani tária (Anvisa) emi te resoluções que alteram o campo da fiscalização sanitária, sendo, portanto, uma norma vinda do direito público. C) A extensão territorial das leis. 1 . Leis federais, elaboradas pelo Congresso acionai; 2. Leis estaduais, elaboradas pelas Assembléias Legislativas; 3. Leis municipais, elaboradas pelas Câmaras de Vereadores. A promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 trouxe maior intervenção do Estado na área da Saúde, como a importante inserção de artigos na seção correspondente,assim traduzidos: Seção 11 Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recu peração. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de tercei ros e, também, por pessoa física ou j urídica de d ireito privado. Art. 198 ......... .......... .... .. .. [ ... ) Art. 199 .. .................. ..... .. [ ... ) Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atri buições, nos termos da lei: l- cont rol a r e fiscali za r procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e parti c i par da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos. PARTE I ·ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE 11- .... ......... [ ... ] 11 1-............ [ ... ] IV-............ [ ... ] v ..... ........ [ ... ] VI-.......... .. [ ... ] VIl- participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos. VI II- .......... [ ... ] A preocupação dos con stituintes com a qualidade dos produtos destinados à saúde foi ratificada pela Lei n2 8.080, ·de 19 de setembro 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da sa úde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde. Art.6. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): l-execução de ações: a) de vigi lância sanitária b) ........ [ ... ] c ) ........ [ ... ] d ) ........ [ ... ] 11-......... [ ... ] 111- ........ [ ... ] IV-........ [ .. . ] V- ......... [ ... ] VI- a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VIl- o contro le e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse a saúde; VI I I-.. .... [ .. . ] IX- a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e rad ioativos; Entende-se por vigi lância sanitá ria o conjunto de ações capazes de eliminar, d iminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE • •• e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrange: 1- o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, relacionam-se com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e 11-o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou i ndiretamente com a saúde. Os profissionais de Saúde, no momento em que se iniciam na carreira profissional, assumem deveres perante a sociedade como uma obrigação permanente, não mais uma quantidade de princípios que, na maioria das vezes, até então não eram observados. Com o advento da Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção ao consumidor, foram ampliados os deveres da responsabilidade técnica, assumidos pelo profissional diante da regulamentação específica da sua área de atuação: Art. 6- São direitos básicos do consumidor: 1- a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticos no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 11-[ ... ) 111-a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e servi ços, com especi ficação, correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; O profissional que trabalha diretamente com a vida e a saúde das pessoas está sujeito a legislações diversas, como a Constituição Federal, Códigos Civ il , Penal, Ético e de Defesa do Consumidor, leis, decretos, resoluções e portarias. O profissional poderá responder por seus atos ou omissões criminal, ética e civilmente. Por exemplo, pelo novo Código Civil promulgado pela Lei nº 10.406, de 11 de janeiro de 2003, aquele que causar dano a alguém tem a obrigação de indenizá-lo, podendo responder, ainda, criminal e eticamente: Art.186. Aquele que por ação ou omissão vol untária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilíci to. Art.187. Também comete ato ilfcito o titular de direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os li mites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa- fé ou pelos bons costumes. • PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE •• [ ... ] Art. 92 7. Aquele que, por ato ilfcito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. A responsabilidade do profissional de saúde no Controle de Qualidade é enorme. Não se pode alegar, em nenhum momento, desconhecer a lei, pois a ninguém é dado o desconhecimento da lei referente a sua área de atuação. Segundo o art. 121 do Código Penal, a pena para o profissional liberal é aumentada em um terço, pois caberia a ele a obrigação de prever o resultado, devido ao conhecimento técnico próprio da sua formação. A Lei nº 9.695, de 20 de agosto de 1998 inseriu a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, como crimes hediondos. O infrator estará sujeito à pena de um a 1 O anos de reclusão e os crimes serão considerados inafiançáveis, ou seja, o réu deverá cumprir a pena integralmente, em regime fechado. Dentro da estrutura organizacional do Ministério da Saúde existem autarquias, como entidades vinculadas. A Anvisa é uma dessas entidades, criada por força da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de1999, com poderes regulatórios, de fiscalização e controle de produtos e serviços que oferecem risco para a saúde. Com a publicação da Lei º 8.080/1990, o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). No campo de atuação do SUS compete ao município executar os serviços de Vigilância Sanitária (VISA), tendo as suas atividades caráter educativo e repressivo. Ao observar, por meio da fiscalização, i rregularidades de natureza sanitária, as Visa aplicarão sanções embasadas na Lei n º 6.437, de 20 de agosto 1997, e nos códigos sanitários estaduais e municipais. A infração é a desobediência ou a inobservância dos dispositivos regulamentares, sendo infrator aquele que, por ação ou omissão, causou uma infração, participou da sua prática ou dela se beneficiou. É oportuno lembrar que foi editada a Resolução CFF nº 417,de 29 de setembro de 2004, que trata do novo Cód igo de Ética da Profissão Farmacêutica, e da Resolução CFF nº 431, de 17 de fevereiro de 2005, que trata das infrações e sanções éticas e disciplinares aplicadas aos farmacêuticos. Trata-se de um código progressista, que busca preservar a identidade da área da Farmácia. O novo Código de Ética afirma, em seu preâmbulo, que: LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE • •• "O farmacêutico é um profissional da saúde, cumprindo-lhe executar todas as atividades inerentes ao âmbito profissional farmacêutico, de modo a contribuir para salvaguarda da Saúde Pública e, ainda,[ .. . ] " . Portanto, é enorme a responsabilidade ética do profissional farmacêutico. É essencial que todo profissional tenha pleno conhecimento do seu Código de Ética Profissiona l, pois no mundo globalizado de hoje com o acesso instantâneo a informações, principalmente na área da Saúde, a defesa da ética profissional passou a ser vi tal. 1.1 lEGISLAÇÃO RECOMENDADA SOBRE CONTROLE DE QUALIDADE EM MEDICAMENTOS Nos últimos anos, a legislação especificamente voltada para a Garantia e o Controle de Qualidade de med icamentos tem sofrido constantes atualizações. Várias resoluções e guias da Anvisa foram submetidos à consulta pública e então revogados. Deste modo, cabe ao leitor o cuidado de checar quais são as determinações e recomendações em vigor. É importante esclarecer que resoluções são documentos com poder de lei que devem ser obedecidas, e que guias são documentos que sugerem uma linha a ser seguida, portanto, abertos à interpretação. Os gu ias são recomendações, são intencionalmente vagos para deixar aos analistas a f lexibilidade de adaptá-los de acordo com o método a ser usado. Por outro lado, muitas leis e seus respectivos decretos, aos quais estas resoluções estão subord inadas, permanecem inalterados por vári as décadas. Assim, a vasta legislação vol tada ao setor farmacêutico pode então ser descrita por meio de leis, decretos, portarias, resoluções e guias específicos. 1.1.1 leis • Lei no 5.991 , de 17/ 12/1973. - Dispõe sobre o contro le sanitário de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. • Lei no 6.360, de 23/09/ 1976. - Dispõe sobre a v igilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e os correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. • Lei no 8.080, de 19/09/ 1990. - Tra ta da o rganização e funcionamento dos serviços de saúde. • •• PARTE I- ASSUNTOS REGULATÓ RIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE • Lei nll 9 .695, de 20/08/ 1998. - Dispõe sobre a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos medicinais como crime hediondo. • Lei nll 9.782, de 26/01 / 1999. - Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. • Lei nll 9 .787, de 10/02/1999.- Altera a lei nll 6360, de 23/09/ 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico. 1 .1 .2 Decretos • Decreto nll 3.675, 28/ 11 / 2000. - Dispõe medidas especiais relacionadas com registro de medicamentos genéricos, de que trata o art. 40 da Lei nll 9 .787, de 10/02/1999. • Decreto nll 7.9094, de 05/01 /1977.- Regulamenta a Lei nll 6.360, de 23/09/ 1976. • Decreto nll 3.961, de 10/ 10/2001 . - Altera o Decreto nll 79.094, de 05/01 /1977, que regulamenta a Lei n11 6.360, de 23/09/1976. • Decreto nll 74.174, de 10/06/1977.- Regulamenta a Lei nll 5.991, de 17/12/1973. 1.1.3 Resoluções • Resolução RDC nll 46, de 18/05/ 2000.- Normatiza os processos de produção e controle de qualidade, a aquisição e distribuição dos medicamentos hemoderivados para uso humano. • Resolução RDC nll 09, de 02/01 /2001. -Aprova o regulamento técnico de soluções parenterais de pequeno volume. • Resolução RDC nll 80, de 18/ 03/ 2002.- Regulamento técnico de registro, alterações e inclusão pós-registro e revalidação de produtos bio lógicos. • Resolução RDC nll 35, de 25/02/2003.- Determina a todos os estabelecimentos distribuidores e fracionadores de insumos farmacêuticos o cumprimento das diretrizes estabelecidas no regulamento técnico de Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos. • Resolução RDC nll 79 , de 11 / 04/ 2003. - Trata da admissibilidade de códigos farmacêuticos estrangeiros como referência no controle de qualidade de insumos e prod utos farmacêuticos. LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE • • • Resolução RDC n2 133, de 29/05/2003.- Dispõe sobre o registro de medicamentos similares e dá outras providências. • Resolução RDC n2 134, de 29/05/2003. - Dispõe sobre a adequação de medicamentos já registrados (parcialmente revogado pela RDC n2 21 O e pela RDC n2 48). • Resolução RDC no 135, de 29/05/2003. - Regulamento técnico para med icamentos genéricos. (revoga a RDC no 84, de 2002) . • Resolução RDC no 136, de 29/05/2003. - Dispõe sobre registro de medicamentos novos (alterado parcialmente pela RDC n.221 O e n.272, de 2004) . • Resolução RDC no 139, de 29/05/2003.- Dispõe sobre registro de medicamentos homeopáticos industrializados. • Resolução RE no 899, de 29/ 05/ 2003. - Determina a publicação do "Guia para validação de métodos analíticos e bioanalfticos"; fi ca revogada a Resolução RE nl1 475, de 19/03/ 2002. • Resolução RDC no 21 O, de 04/08/2003.- Determina a todos os estabelecimentos fabricantes de medicamentos o cumprimento das diretrizes estabelecidas no regulamento técnico das Boas Práticas para a Fabricação de Medicamentos. • Resolução RDC nl1 333 , de 19/ 11 /2003. - Dispõe sobre rotulagem de medicamentos e outras providências. • Resolução RDC no 186, de 27/07/2004.- Dispõe sobre a notificação de drogas ou insumos farmacêuticos com desvio de qualidade comprovado pelas empresas fabricantes de medicamentos, importadores, fracionadores, distribuidoras e farmácias. • Resolução RDC nl1 72 , de 07/04/2004. - Dispõe sobre os medicamentos importados a granel ou em suas embalagens primárias. • Resolução RE n2 88, de 16/03/2004. - Determina a publicação da " lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de fitoterápicos". • Resolução RE nl1 89, de 16/03/2004. - Determ ina a publicação da " lista de registro simplificado de fi toterápicos". • Resolução RE no 90, de 16/03/2004.- Determina a publicação da "guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos" . • Resolução RE n2 91 , de 16/04/ 2004.- Determina a publicação do guia para a realização de alteração, inclusões, notificações e cancelamentos pós-registros de fitoterápicos. • Resolução RDC no 48, de 16/04/ 2004. - Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓ RIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE • Resolução RE nQ 398, de 12/1 1/2004.- Determina a publicação do Guia para a Realização de Estudos de Estabilidade. • Resolução RDC nQ 354, de 18/ 12/ 2004. - Permite a manipulação de produtos farmacêuticos de uso interno, que contenham substâncias de baixo índ ice terapêutico, aos estabelecimentos farmacêuticos que cumprirem as condições especificadas. • Resolução RDC nQ 27, de 30/03/ 2007. - Dispõe sobre o Sistema acionai de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC, estabelece a implantação do módulo para drogarias e farmácias e dá outras providências. • Resolução RDC nQ 58, de 05/09/2007. - Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas e dá outras providências. • Resolução RDC nQ 67, de 08/10/2007. - Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias, revogando a RDC nQ 33, de 19/04/ 2000, RDC nQ 354, de 18/12/2003, e RDC nll 214, de 12/12/2006. Alterada pela RDC nQ 87, de 21 /11 / 2008. • Resolução RDC NQ 44, 1 7/08/2009- Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. 1 .1.4 Portarias • Portaria nº 344, de 12/05/1998. - Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. • Portaria nll 2.043, de 12/ 12/ 1994. - Institui o sistema de garantia de qualidade de produtos correlatos, submetidos ao regime da lei nº 6360, de 27/09/ 1975. • Portaria nº 106, de 24/06/1996. - Reconhece contrato de terceirização das atividades de controle de qualidade dos medicamentos e seus insumos com laboratórios e entidades públicas ou privadas. • Portaria nQ 19, de 16/02/ 1996. - Aprova a relação de documentos necessários à formação de processos para a sol icitação de registro de medicamentos importados. • Portaria nQ 40, de 13/01 / 1998. - Estabelece normas para nfveis de dosagens diárias de vi taminas e minerais em medicamentos. l EGISLAÇÃO NA GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE • • • Portaria n!l 802, de 08/10/1998. - Institui o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. • Portaria n2 272, de 08/04/1998. - Regulamento técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição parenteral. • Portaria n2 519, de 26/06/1998. - Aprova o Regulamento Técnico para Fi xação de Identidade e Qua lidade de "Chás - Plantas Destinadas à Preparação de Infusões ou Decocções". 1.1.5 Resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) • Resolução n!l 417, de 29/9/2004. -Aprova o Código de Ética da Profissão Farmacêutica. • Resolução n2 431 , de 17/02/2005. - Dispõe sobre as infrações e sanções éticas e disciplinares aplicáveis aos farmacêuticos. Fontes de pesquisa na Web: www.anvi sa.gov. br www.cff.org.br GESTÃO DE QUALIDADE 2 GESTÃO DE QUALIDADE • • GIL, E.S. & QUINTIN O, W.A. O conceito de qualidade, embora bastante subjetivo, pode ser definido, de modo bem simples, como um conjunto de at ri butos que se deseja para um determinado produto. A satisfação das expectativas do cliente e o cumprimento de aspectos técnicos e de performance legalmente exigidos são dois fatores determinantes para o conceito. Para definições ma is precisas de qualidade deve-se contextualizá- la a parti r de enfoques como visão transcendental, produto, cl iente, produção e valor. Na ótica transcendental, qualidade é si nônimo de excelência absoluta, com alto nível de realização e universalmente reconhecida, havendo ce rta eternização nas obras de alta qualidade. Nessa abordagem, qualquer que sej a a natureza da quali dade, existe uma dependência do entend imento das pessoas, sendo, portanto, inerentemente subjetiva. Sob a ótica do produto, o conceito de qualidade passa a ter senti do mais concreto, preciso e mensurável. As diferenças de qualidade estarão atreladas a atributos específicos ou ingredientes do produto. A abo rdagem fundamentada no usuá rio retoma a subjetividade, pois cada consumidor apresenta desejos e preferências pessoais. Ressalta-se, aqui, que focar a qualidade na satisfação do cliente nem sempre resulta em produtos com alto padrão de qualidade. Por exemp lo, as rádios mais ouvidas, em geral, não são as que tocam música de melhor qualidade, assim como a lista de liv ros, CDs ou DVDs mais vendidos não seriam os mais transcendental mente bem elaborados. Na definição fundamentada na produção a qualidade passa a se r sinônimo do cumprimen to das especificações, que em se tratando de medicamentos, são bem exigentes. Dessa forma, uma Ferrari e um Uno Mille poderiam equivaler em qualidade, desde que cumprissem as especificações. Por f im, há a ótica fundamentada no valor e nas relações custo- • PARTE I ·ASSUN TOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE •• benefício. Definir qualidade em termos de custo e preço é uma tarefa de difícil aplicação prática, pois seus limites são pouco definidos e dependem da variabil idade das necessidades de cada cliente. Mas se o conceito de qualidade pode, sob vários aspectos, ser bastante subjetivo, sua importância é irrefutável. Como demonstram alguns exemplos históricos, a importância da qualidade, bem como o seu controle e/ou a garant ia, sempre esteve associada aos processos produtivos, evoluindo de acordo com as exigências fundamentadas em aspectos econômicos e culturais. Por volta de 2.150 a.C. , o código Hamurabi demonstrava preocupação com a qualidade das habitações e determi nava a imolação de construtores que negociassem imóveis débeis. Os fenícios, por sua vez, amputavam as mãos dos fabricantes que produzissem produtos fora das especificações. Posteriormente, no J mpério Romano, foram desenvolvidos sistemas de qua lificação de produtores, bastante avançadas para a época, que controlavam toda a produção rural de seu domínio. Já na Idade Média, Luis XIV aprovou normas relacionadas com a escolha de fornecedores e controle de processos de fabricação de embarcações. A evolução dos mecanismos de controle de qualidade passou por três fases: Era da Inspeção, Era do Controle Estatístico e Era da Qualidade Total. Na Era da Inspeção os produtos eram verificados um a um, com a participação do cliente; o foco estava na detecção dos defeitos, analisando a tendência de gerar erros ou falhas. A Era do Controle Estatístico surgiu com o advento da Revolução Industrial, durante a qual se deu a produção em larga escala. essa era, os produtos eram amestrados e inspecionados por um departamento especializado; a ênfase estava na localização dos defeitos. Esta era se estendeu até o final do século XX, quando foi substituída pela Era da Qua lidade Total. Nesta, cujo lema é "faça certo desde a primeira vez" , o processo produtivo é controlado desde a etapa do projeto, visando prevenir defe itos e assegurar a qualidade. Na Era da Qualidade Total todos os membros da empresa são responsáveis pela qualidade do produto. A Garant ia da Qual idade base ia-se nos princfpios da Qualidade Tota l, sendo necessário o contro le de toda a cadeia produtiva - desde a qualificação dos fornecedores até os serviços de atendimento ao consumidor (SAC), que a partir da Lei de Defesa do Consumidor nº 8.078/1990 tornaram-se obrigatórios. 30 GESTÃO DE QUALIDADE • •• A Garantia da Qualidade é uma estratégia de diferenciação e de sobrevivência. Garantir a qualidade é primar pela prevenção de defeitos, evitando qualquer retrabalho. Deste modo, a manutenção e melhoria contínua da qualidade permeia a redução de custos, que por sua vez, é essencial em um mercado cada vez mais competit ivo. Os custos associados à qualidade, como treinamento de pessoal, qualificação de fornecedores, controle de processo, são invariavelmente menores que os custos associados à não-qualidade, tais como a rejeitos, reca/ls, reprocessos, parada ou atraso de produção, comprometimento da imagem da empresa ou, nos piores casos, custo das indenizações aos clientes. Enfim, Garantia da Qualidade é um conjun to de ações sistematizadas, necessárias e suficientes para prover a confiança em que os requisitos da qualidade de um produto ou serviço sejam atendidos. Entre essas ações está contro lar a qualidade em todas as etapas, função desempenhada pelo departamento de Controle de Qualidade. Este departamento pode ser subdivi.dido ou não, de acordo com suas funções: controle de matérias-primas, controle físico-químico, controle de processo, controle biológico, controle microbiológico, inspeção de embalagens, inspeção de equipamentos e outros. Para garantia da qualidade, essas ações devem estar harmon iosamente correlacionadas e serem geridas como um todo, originando o que hoje se conhece por Gestão da Qualidade. Gestão da Qualidade é, portanto, o conjunto de atividades gerencia is que determinam a política da qualidade, seus objetivos e responsabilidades implementados por meio do planejamento, garantia, controle e melhoria contínua da qualidade. Esse sistema organizacional está estruturado de forma a que todos os procedimentos, responsabi lidades, processos e atividades estejam fundamentados em um objetivo comum: a busca pela excelência da qualidade de produtos e serviços. Entre outros benefícios, estratégias coorporativas baseadas na gestão da qualidade viabil izam a manutenção da lealdade do cliente, melhoria de resultados, versati lidade competitiva, otim ização do uso de recursos e incremento das competências da organização, além de agregar valores à empresa e ao cliente. No setor farmacêutico, os sistemas e filosofias da qualidade foram aperfeiçoados e intensificaram-se a partir da década de 1970, depois que o Guia de Boas Práticas de Fabricação foi instituído. A partir daí, muitos processos e filosofias sobre qualidade foram criados e adotados no sentido de atender ao padrão desejado para med icamentos. • PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE Q UALIDADE •• 2.1 SISTEMAS DE Q UA LIDADE Em um Sistema de Qualidade eficiente há, invariavelmente, participação efetiva de todos os envolvidos na cadeia produtiva. Portanto, a metodologia adotada por uma empresa no gerenciamento da qualidade associa todas as atividades executadas por seus colaboradores no sentido, não apenas, de atender aos padrões legais de qua lidade, como também de satisfazer as expectativas do cl iente. Nesse contexto, o sistema de Gestão da Q ualidade trata de t rês questões fu ndamentais: o planejamento da qualidade, a manutenção da qualidade e a melhoria contínua da qualidade. - No planejamento da qualidade são estabelecidas as metas e os objetivos, desenvolvi dos os processos, providos os meios e recursos, determinados os padrões de qualidade e estabelecidas as estratégias, ações e responsabilidades. - A manutenção da qualidade traduz-se pela garantia da qualidade. essa função são realizados o acompanhamento, a supervisão e o controle para atingir os padrões de qualidade pré-estabelecidos, bem como a auto-avaliação do sistema de qualidade em exercício, com revisão/atualização dos processos, quando necessária . - Na melhoria da qualidade busca-se o aperfeiçoamento e a resolução contínua de problemas e melhoria dos processos. Independente do sistema de qualidade adotado pela empresa, esses aspectos fundamenta is se rão sempre abordados. A produção de produtos e serviços com qualidade é uma tarefa árdua que requer desenvolvimento e implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade, que sejam incorporados por todos os colaboradores da empresa, inclusive pela alta direção, de forma que haja um comprometimento comum de conquistar a excelência. Para tanto, é importante que se definam alguns conceitos fundamentais. Sistema é um con junto de partes que interagem e interdependem, formando um todo com objetivos e propósitos comuns, efetuando sinergicamente uma função . Em um Sistema da Qualidade o objetivo comum é a conquista da exce lência em qualidade. já os Programas de Qualidade são fi losofia s, procedimentos o u estratégias das q uais as partes de um sistema utilizam-se na busca da qualidade almejada.- Existem hoje vários programas gerenciais ou filosofias adotadas GESTÃO DE QUALIDADE • •• na implantação de um sistema de qualidade. Destacam-se Ciclo PDCA, Programa SS, Metodologia dos Seis Sigma, Benchmarking, além de diferentes sistemas de qualidade e logística, como }ust in time, MPR e OPT, os quais podem ser aplicados independentemente ou em associação, no sentido de atender às normas de qualidade compulsórias (ISO 9000) ou legalmente exigidas (BPF e BPM). Estes conceitos e filosofias são sinteticamente apresentados a seguir. •PDCA A filosofia do PDCA é baseada no significado dos verbos planejar (to plan), desempenhar/fazer (to do), analisar/ checar (to check) e agi r (to act). No ato de planejar é feito o planejamento das atividades, o estabelecimento das metas e elaborado um plano de ação para atingir os objetivos. No ato de desempenhar se dá a coleta de dados e a execução dos processos . Na ação de analisar/checar são conferidos os resultados obtidos e feita a avaliação da necessidade de ajuste de rota e de redefinição das ações. Finalmente entende-se por agir, neste programa, os atos voltados para a manutenção e a melhoria da qualidade, tais como padronização e ações corretivas. • Programa 5 S Baseia-se em cinco palavras japonesas relacionadas com a prática de "bons hábitos". a) Seiri: senso de utilização, se leção e descarte; b) Seiton: senso de ordenação, arrumação e organização; c) Seiso: senso de limpeza; d) Seiketsu: senso de padronização/conservação; e) Shitsuke : senso de autodisciplina, manutenção da ordem. Entre os objetivos principais do SS estão: eliminação do desperdícios com redução de custo, aumento da produtividade, conservação da energia, prevenção de acidentes, conservação ambiental, desenvolvimento de elementos básicos da qualidade. • Metodologia dos Seis Sigma Visa detectar e eliminar as causas dos erros ou fa lhas ocorridas durante os processos, focalizando resultados relevantes aos clientes. • PARTE I - ASSUNTOS REGULA TÓRIO i E SISTEMAS DE QUALIDADE • • Estratégia Benchmarking Nessa estratégia, a atualização de todos os processos baseia- se na concorrência ou em um referencial de mercado. É fundamentada em medidas práticas de desempenho tomadas por organizaçõe~, diferentes, por comparação de produtos e processos. Pode ser interna, competitiva, funcional ou genérica. • just in time UIT) É um sistema de gestão no qual a produção é regida pela demanda, de modo que em cada estágio são produzidos apenas os itens realmente necessários, nas quantidades e momento corretos. É composto de práticas gerenciais que primam pelo estoque zero, eliminação do desperdício, produção em fluxo contínuo, pelo esforço incessante na resolução de problemas e pela melhoria constante dos processos. •MPR O sistema MPR é definido pela sua sigla, Material Requirements Planning. Nesse sistema de qualidade as metas básicas são o cumprimento de prazos de entrega conforme os pedidos dos clientes, o que leva, simultaneamente, à diminuição dos estoques. O gerenciamento deste sistema conta com o auxílio de poderoso software. •OPT O sistema OPT (Optimized Production Tecnology) é uma técnica também baseada em software desenvolvida por pesquisadores israelenses. O princípio desse sistema está no fluxo de materiais que maximizam a produção, enquanto as despesas operacionais, incluindo despesas com estoque, devem ser minimizadas. Além das diver;as filosofias empregadas em sistemas voltados para a qualidade existem várias ferramentas gerenciais que visam detectar problemas e resolvê-los em busca da garantia da qualidade. Entre outras ferramentas utilizadas nos programas aplicados aos sistemas de qualidade destacam-se Brainsforming, Diagrama de Causa e Efeito "espinha de peixe", Plano SW2H e Folhas de Verificação. GESTÃO DE QUALIDADE • Brainstorming: Geração de idéias para solução de problemas. Regras básicas: • •• a) todos os membros devem opinar cabendo a um líder orientar; b) nenhuma ideia deve ser criticada; c) após análise eliminam-se as causas pouco prováveis; d ) desenvolve reuniões com objetividade, evitando discussões ou debates. • Diagrama de causa e efeito (Diagrama de lshikawa): Visa a identificar todas as possíveis causas de um determinado efeito e segue as seguintes etapas: a) estabelecer o problema; b) usar o Brainstorming; c) constru ir diagrama "espinha de peixe "; d) determinar causas básicas; e) anotar causas secundárias; e f) avaliar diagrama para determinar: f1 ) as áreas de melhoria, f2) as causas que podem ser prontamente resolvidas, f3) áreas que necessitam de estudos mais profundos. Pessoal Matérias-primas __ )- ________ ) - __________ Problema Cliente Tecnologia de Produção •Plano de ação 5W2H É fundamentado em cinco perguntas constituídas de palavras da língua inglesa que começam com W e duas com H na língua inglesa: a) What (o quê?); Who (quem?); When (q uando?); Where (onde?); Why (por quê?) b) How (como?); How much (quanto?). Neste plano são fe itas perguntas básicas relacionadas ao processo, tais como: a) O que se quer melhorar, qual o problema, e quais as metas?; b) Quem é responsável pela tarefa, e quem é o cliente?; c) Quando se quer atingir um objetivo, e quando se deve cumprir uma tarefa?; • 135 - • PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE •• d) Onde será executada ou planejada uma tarefa?; e) Por que se deseja determinado padrão de qualidade?; f) Como se pretende realizar um processo, como é avaliado o processo?; gl Por que o processo segue determinada ordem?; h) Quanto custa? • Folhas de verificação São mecanismos que permitem visualizar e controlar o processo. São instrumentos/documentos que permitem detectar a frequência de certas ocorrências durante determinado período. 2.1.1 Sistema ISO 9.000 A lnternational Organization for Standardization (ISO) é um organismo mundial de normalização sediado em Genebra, Suíça, em funcionamento oficialmente desde 23 de fevereiro de 1947. Atua lmente, conta com a participação de 1 53 países. O Brasil é um dos fundadores, tendo como seu representante a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Sua principal atividade é a elaboração de normas técnicas que visam não apenas auxiliar os fabricantes no estabe lecimento e gerenciamento de padrões técnicos, avaliação de conformidade, solução de problemas de produção e de distribuição, como também nortear o estabelecimento de regulamentações por parte dos governos e lideranças econômicas, além de contribuir para que o consumidor possa adquirir produtos e serviços de origem confiável. As normas BR ISO 9000, família ISO 9000, são algumas das mais conhecidas entre as várias normas desenvolvidas por esse organismo que é uma referência internacional para normas de gestão da qualidade. Buscam responder às exigências de qualidade do mercado com base em características e padrões pré-estabelecidos que se tornam regulamentações a serem aplicadas e obedecidas para melhoria contínua da performance do produto e da organização, promovendo a satisfação do cliente. As novas normas da séri e ISO 9000, conhecidas como ,.... 36 1• GESTÃO DE QUALIDADE • • ISO 9000:2000, promovem a adoção da abordagem de processo no desenvolvimento, implementação e melhoria dos sistemas de Gestão da Qualidade (expressão utilizada pelo fato de que as normas abordama garantia da qual idade do produto e a satisfação do cliente). Sua estrutura é formada pela ISO 9000:2000, fundamentos e vocabulário; ISO 900:2000, requ isitos- as bases do SGQ e ISO 9004:2000, diretrizes para melhoria de desempenho. Foram construídas e devem ser aplicadas tendo como apo io oito pilares: a) foco no cliente- as organizações precisam compreender as necessidades e expectativas atuais e futuras de seus clientes de modo a poder atendê-las; b) liderança - os líderes precisam estabelecer propósitos e diretrizes únicas para a organização e divulgá-las adequadamente, de modo que as pessoas que nela trabalham e que com ela se relacionam tornem-se envo lvidas; c) envolvimento de pessoas - para que se complete o envolvimento as pessoas, além de estarem conscientes dos propósitos da organização precisam, ainda, aplica r suas habilidades da melhor maneira possível, promovendo o máx imo benefício da o rganização e dos clientes; d ) abordagem de processos - os recursos existentes e as atividades relacionadas devem ser geridos como processos, com o apoio a ferramenta PDCA, já exposta anteriormente. A norma identifica processo como um conjunto de atividades inter- relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas); e) abordagem sistêmica - a organização conseguirá maior efetividade à medida que identificar, entender e gerenciar um sistema de processos inter- relacionados; f) melhoria contínua- melhorar a cada dia as atividades e os produtos oferecidos deve ser uma proposta constante; g) decisão baseada em fatos- informações e dados devem ser a base para uma tomada de decisão confiável e efetiva; h) benefício mútuo com fornecedores - a organização consegue aumentar a agregação de valor àquilo que produz quando tem o apoio dos seus fornecedores, o que ocorre quando as relações são de benefício mútuo. O Comitê Técnico (TC 176 da ISO) desenvolveu um modelo de processo que retrata os requisitos genéricos de um Sistema de Gestão da Qualidade, baseado no Plan-Do-Check-Act (PDCA), • 137 - • PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE • reproduzido na sequência da explicitação da abordagem dada ao PDCA. a) Plan (planejar): estabelecer os objetivos e os processos necessários para obter resultados de acordo com os requisitos do cliente e com a política da qualidade da organização; b) Do (fazer): implementar os processos; c) Check (checar): monitorar e medir os processos e produtos em relação à política, objetivos e requisitos para o produto, bem como comunicar os resultados; d) Act (agir): executar ações com a finalidade de melhorar continuamente o desempenho dos processos. 2.2 NoRMAS DE QuALIDADE O setor farmacêutico é regulado por leis próprias, e no que diz respeito a padrões de qualidade, apresenta exigências bastante rígidas, já que seus produtos e práticas afetam a segurança do consumidor. Os padrões de qualidade seguidos pelos fabricantes podem seguir normas divididas em duas categorias: as obrigatórias (legais) e as voluntárias (diferenciais), cabendo a este estabelecer sua própria política de qualidade. Nesse contexto, entende-se por normas de qualidade os padrões de qualidade regulamentados, os quais o setor deve obrigatoriamente, atender. O utrossim, atribui -se ao fabricante a responsabilidade pela qualidade do medicamento que produz, pois só este tem condições de evitar erros e contra-tempos, mediante a validação e o intenso controle de todos os processos. Porém, cabe ao governo de cada país a proteção de seus cidadãos, incluindo aqui o direito à saúde e a medicamentos seguros e eficazes. Desse modo, o governo deve estabe lecer e fazer serem cumpridos os padrões de qualidade considerados mínimos para a garantia da qualidade dos medicamentos. No Bras i I, o órgão responsável por fi scalizar o setor farmacêutico é a Agência acionai de Vigi lância Sanitária (Anvisa), criada em 19 de abril de 1999 pelo Ministério da Saúde. O modelo adotado segue os padrões das agências européias e norte-americanas. Com a finalidade de estabelecer uma referência para a inspeção de instalações, processos e produtos, bem como fornecer J- Jsl • GESTÃO DE QUALIDADE • •• treinamento a seus inspetores, a Anvisa publica regulamentos técnicos voltados ao setor farmacêutico. A Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007, alterada em alguns itens pela RDC nº 87, de 21 de novembro de 2008, institui as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias. A Consulta Pública nº 3 , de 12 de janeiro de 2000, regulamenta as Boas Práticas de Fabricação para os fabricantes de medicamentos. Finalmente, a Resolução do colegiado RDC 134, de 13 de junho de 2001, revogad a pela RDC 210/2003, dita os requisitos mínimos necessá rios às indústrias farmacêuticas para garantir a qualidade dos medicamentos que fabricam. 2.2.1 Boas Práticas de Fabricação O conjunto de normas obrigatórias descritas pelas Boas Práticas de Fabricação (BPF) para medicamentos e produtos afins surgiu nos EUA, em 1902, e serviu de base para as normas adotadas por quase todos os países. Em 1948 a Organização Mundial da Saúde (OMS), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), criou um conjunto de normas para as Boas Práticas de Fabricação que é adotada pelo Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Essas normas foram revisadas em 1990 com base nas normas da série ISO 9.000, tornando-se ainda mais abrangentes no que diz respeito à garantia da qualidade. As normas da série ISO complementam as obrigatórias das BPF, de modo que sua certificação dá ao fabricante posição de status. O grande diferencial do padrão de qualidade ISO em relação ao padrão BPF é que as normas ISO se preocupam não apenas com a qualidade do produto, mas com uma série de outros aspectos não abordados pelas BPF que visam à plena satisfação do cliente. Segundo a RDC 21 O, de 4 de agosto de 2003, as Boas Práticas de Fabricação determinam que: a) todos processos de fabricação devem ser claramente definidos e sistematicamente revisados, mostrando-se capazes de fabricar medicamentos dentro dos padrões de qualidade exigidos; b) as etapas críticas dos processos de fabri cação devem ser val idadas; • 139 - • PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE • c) as áreas de produção devem ser providas de toda infraestrutura necessária (pessoal qual ificado e treinado, procedimentos aprovados, espaço, instalações, equipamentos e matérias-primas, bem como armazenamento e transporte adequados); d) registros de todas etapas de produção que possibilitem fácil rastreamento e a investigação de quaisquer desvios; e) sistema de atendimento a reclamações pós-venda, bem como de recolhimento de respectivos lotes. No Quadro 1, são listados alguns requisitos da ISO 9000, que não são totalmente atendidos pelas BPF. Quadro 1: Requisitos ISO e grau de atendimento da BPF Requisitos ISO 9001 :2000 Grau de atendimento BPF Parcial Não atendido 4.2.2 Manual de qualidade X 5 .1 Compromisso da direção X 5.2 Foco no cliente X 5.3 Política da qualidade X 5.4.1 Objetivos da qualidade X 5.4.2 Plan~amento do Sistema Gestão da X Ouali ade 5.5.1 Responsabilidade e autoridade X 5.5.2 Representante da direção X 5.5.3 Comunicação interna X 5.6 Análise crítica da direção X 6.1 Provisão de recursos X 6 . 2.2 Competência, treinamento conscient ização e X 6 .3 Infraestrutura X 7.2.2 Análise crítica dos requisitos dos clientes X 7.2.3 Comunicação com cliente X 7.3 Controle de projeto X 7.5 .4 Propriedade do cliente X 8.2.1 Satisfação do cliente X 8.2 .2 Auditoria interna X 8.3 Controle de produto não conforme X 8.5. 1 Melhoria contínua X 8.5.2 Ação corretiva X 8.5.3 Ação preventiva X Entre os requisitos essenciais abordados pelas duas normas estão o controle e a validação de processos. O controle de qual idade de cada etapa da cadeia produtiva confere à empresa maior segurança, reduzindo o número de rejeitos do produto final. GESTÃO DE QUALIDADE • •• No que diz respeito à validação de processos, pode-se dizer que não existe garantia da qualidade se o sistema de qualidade não dispuser demecanismos que validem todos os processos da cadeia produtiva. • 141 r :n VALIDAÇÃO DE PROCESSOS 3 VALIDAÇÃO DE PROCESSOS • •• GIL, E.S.; MONTALVÃO, E. V. & BATISTA FILHO, R.O.P. A busca da qualidade total requer um domínio amplo de cada fase do processo produtivo. Neste caso, a validação é a ferramenta adequada para garantir a confiabilidade de instalação deste processo, bem como de componentes-chaves que incluem qualificação de equipamento, instalação, fornecedores e a validação de metodologias analíticas, seja do setor farmacêutico, seja de qualquer outra área onde a qualidade do produto fabricado é indispensável. Validar significa provar e documentar resultados que indiquem que o método é seguro dentro dos limites estabelecidos, e que com sua aplicação se conseguem os resultados desejados. Engloba revisão sistemática da cadeia produtiva, incluindo instalações e equipamentos, com o objetivo de garantir o cumprimento dos procedimentos de forma reprodutível a fim de que os produtos possam ser fabricados com a qualidade desejada. Perguntas polêmicas, como: "o quê e como validar um processo?", são frequentes. A primeira resposta seria "tudo"; já a segunda parte da questão é bem mais complexa. Alguns processos são válidos simplesmente pela eficiência da forma pela qual eles são controlados e documentados (por exemplo, programas de manutenção preventiva, procedimento de paramentação e outros). Processos como controle de umidade e temperatura dos ambientes produtivos devem necessariamente ser atrelados a programas de calibração dos equipamentos de medição, enquanto processos como compra e recebimento de matérias-primas devem ser atrelados a programas de qualificação de fornecedores. Finalmente, a validação da grande maioria dos processos diretamente ligados à produção requer, além da documentação detalhada de todas as etapas, incluindo mecanismos de controle, a qualificação dos equipamentos e estudos comprobatórios de performance. Como exemplos ilustrativos, o Quadro 2 destaca alguns processos e respectivos requisitos para validação . • 143 - • PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE • Quadro 2: Processos e requisitos técnicos para validação Processo Exemplo de Motivo Requisitos Compressão Dureza e friabilidade Resistência mecânica Limpeza e desinfecção Contagem microbiana Controlar contaminação Mistura de sólidos Teste de uniformidade Precisão de dosagem Secagem Aquametria Estabilidade e teor Por sua vez, os ensaios analíticos empregados para comprovação da eficiência de um processo devem também ser validados (a validação de métodos analíticos será discutida em detalhes na seção 3.2). Outras perguntas, não menos polêmicas, relacionadas à validação de processos, tais como: " Por onde começar a val idar? A quem compete a função de validar?", não apresentam respostas genéricas. Para tanto, as empresas se mobilizam e tendem a adotar a estratégia do Benchmarking. Na maioria dos casos é recomendável começar a validação pelos processos mais problemáticos (falhos) ou novos (desconhecidos), enquanto a função de validar pode ser atribuída a departamento interno específico, distribuída entre os diversos setores da empresa, ou à consultoria externa. Enfim, a fase de validação de processos é, no setor farmacêutico, um desafio necessário à garantia da qualidade e exigido no atendimento das BPF. Sem a validação de todos os processos não há como obter órgãos de rastreamento que assegurem a integridade, segurança e confiabi lidade dos seus produtos. Uma vez implantado o sistema de qualidade, cabe à empresa não medir esforços para a segurança e cumprimento das normas. Ressalta-se que a responsabilidade pela qualidade de um medicamento não é exclusiva da indústria farmacêutica ou farmácia de manipulação, mas também compete aos fornecedores e demais segmentos envolvidos, até o consumidor final. Existem quatro tipos de validação: a) Validação Prospectiva; b) Validação Retrospectiva; c) Validação Concorrente; e d) Revalidação. Validação Prospectiva: é um ato documentado com base na execução de um plano de testes previamente definidos, que demonstra se um novo sistema, processo, equipamento ou instrumento ainda não operante, satisfaz as especificações funcionais e expectativas de desempenho. Esse tipo de validação é realizado ainda durante o estágio de desenvolvimento do produto (planta-piloto) e viabiliza a identificação de pontos críticos antes da efetivação do processo de fabricação. VALIDAÇÃO DE PROCESSOS •li •• Validação Retrospectiva: é um ato documentado com base na revisão e análise de registros históricos, que demonstra se um sistema, processo, equipamento ou instrumento já operante satisfaz as especificações funcionais e as expectativas de desempenho. Embora não se aplique como medida de garantia de qualidade, é muito útil para estabelecer prioridades em um programa de val idação, e quando o resultado se mostra positivo, descarta-se a necessidade imediata de validação. Validação Concorrente: é um ato documentado, com base na execução de um plano de testes previamente definidos, que demonstra se um sistema, processo, equipamento ou instrumento em operação satisfaz as especificações funcionais e expectativas de desempenho. É realizado durante a produção de rotina, e os primeiros lotes devem ser monitorados da forma mais abrangente possível, avaliando-se os resultados do controle de processo e produto acabado. Revalidação: é um ato documentado que assegura as mudanças, intencionais ou não, no processo de produção, equipamentos e no ambiente. Portanto, é feita periodicamente ou em vi rtude de mudanças no processo. Independente do tipo de val idação adotado, deve-se elaborar um protocolo de validação e adotar um plano-mestre de val idação. Protocolo de Validação: é um documento que descreve as atividades a serem realizadas no processo de validação, incluindo-se os critérios de aceitação ou limites de aceitação das especificações, para a aprovação de um processo de produção ou parte dele. Plano-Mestre de Validação (PMV): deve definir os objetivos, procedimentos, prazos e responsabi lidades. Fazem parte dos processos de val idação a qualificação de fornecedores, equipamentos, operações e instalações, bem como a calibração de instrumentos de medida. Qualificação de equipamento e instalações: são operações que estabelecem se, sob condições especificadas, o equipamento apresenta o desempenho previsto e se está adequadamente instalado. A Qualificação Operacional certifica se o sistema ou subsistema apresenta o desempenho previsto em todas as faixas de operação; todos os equipamentos utilizados na execução dos testes devem ser identificados e calibrados antes de utilizados. Calibração: é um conjunto de operações que visam estabelecer relação entre os valores indicados por um instrumento de medida, sistema ou valores apresentados por um material de medida, comparados • 145 - 111• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE •• aos obtidos por um padrão de referência correspondente. Cabe ao produtor de medicamentos qualificar seus fornecedores e orientar os usuários e transportadoras quanto às condições de armazenamento, bem como, no decorrer do processo de produção, controlar de modo rigoroso e detalhista cada etapa. Assim surgem os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) ou do inglês SOP (Standard Operational Procedures). 3.1 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (PQP) Os procedimentos operacionais padrão são documentos de uso interno necessários à vali dação de todos os processos, prática necessária ao cumprimento das BPF. Em contrapartida, esses documentos compõem o manual de qualidade da empresa, constituindo a base da pirâmide da maioria dos sistemas de qualidade adotados por empresas de variados setores. Cada documento (POP) descreve
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