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03/05/2020 1 BREATH STACKING AIR STACKING Professores:Erikson Alcântara e Rozany Cristina BREATH STACKING e AIR STACKING �São técnicas de higiene brônquica e expansão pulmonar; �Através de uma máscara com válvula unidirecional com ou sem auxílio de reanimador manual; �Utilizadas em pacientes com ou sem via aérea artificial, independente do nível de cooperação; (MOURA JÚNIO; BARROS FILHO; LUSTOSA, 2013) 03/05/2020 2 �Princípio fisiológico: aumento/empilhamento do volume pulmonar; �Técnicas de empilhamento; �Efetividade na prática clínica: �Reexpansão �Auxílio à tosse �Mensuração de capacidade inspiratória (MOURA JÚNIO; BARROS FILHO; LUSTOSA, 2013) BREATH STACKING e AIR STACKING INCENTIVO À INSPIRAÇÃO PROFUNDA É importante para manter os volumes e as capacidades pulmonares próximos à normalidade Inspiração Profunda Inspiração Profunda – em níveis próximos da capacidade pulmonar total (CPT) �Reexpansão pulmonar de áreas com atelectasia �Garantir a estabilidade alveolar (MACHADO, 2018) 03/05/2020 3 BREATH STACKING • 1986: Marini e colaboradores, descreveram um método alternativo para estimara CV em indivíduos pouco cooperativos, com a utilização de uma válvula unidirecional, a partir das medidas da CI e do VRE; • 1990: Baker e colaboradores, adaptaram a técnica de Marini e demonstraram que pacientes com problemas diversos (traumas torácicos e abdominais e pós- operatórios) conseguiraminspirar volumes maiores e sustentar a inspiração por um período mais prolongado quando comparados à espirometria de incentivo (EI) convencional. BREATH STACKING (MACHADO, 2018) 03/05/2020 4 • OBJETIVOS �Manter/ aumentar os volumes e capacidades pulmonares, �Recuperar zonas pulmonares colapsadas, �Manter a integridade das trocas gasosas, �Prevenir o acúmulo de secreções brônquicas, �Favorecer o aumento da mobilidade torácica, �Manter o equilíbrio entre a ventilação e a perfusão (V/Q) BREATH STACKING (MACHADO, 2018) BREATH STACKING Utiliza de um sistema que contém uma válvula unidirecional Um ramo inspiratório Um ramo expiratório (Permanentemente ocluído) Um ramo conectado ao paciente (bocal, máscara facial ou traqueostomia) Circuito de três vias (MACHADO, 2018) 03/05/2020 5 A. Peças que compõem o equipamento: 1)Máscara facial ou 2)Bocal e nasoclipe; 3)Válvula unidirecional; 4)Ventilômetro de Wright, utilizado de maneira opcional. B. Sistema BS montado com a máscara facial. C. Sistema BS montado com o bocal. Componentes do sistema BS (MACHADO, p. 142, 2018) Durante a oclusão da via aérea Aumento progressivo dodrive respiratório Pode ser observado pelo aumento da FR O volume pulmonar aumenta gradativa e involuntariamente até atingir a maior expansão pulmonar, ou seja, a CPT. Oclusão do ramo expiratório A entrada de ar acompanhará cada esforço inspiratório + Acúmulo dos volumes inspirados no interior do sistema respiratório (MACHADO, 2018) 03/05/2020 6 (ALCÂNTARA; CORRÊA, p.115, 2016) MECANISMO FISIOLÓGICO DA BSMECANISMO FISIOLÓGICO DA BS • PaCO2 • Ocorre reação do CO2 com água • Formação de H+ • Mais íons de hidrogênio circularão na área quimiossensível Estímulo da atividade do centro respiratório Melhora da distribuição de ar por áreas pulmonares em diferentes constante de tempo + Expansão torácica (ALCÂNTARA; CORRÊA, p.116, 2016) MECANISMO FISIOLÓGICO DA BSMECANISMO FISIOLÓGICO DA BS 03/05/2020 7 Volume pulmonar máximo acarreta o aumento da pressão transpulmonar Manutenção dessa pressão elevada a pausa pós-inspiratória fornece tempo adicional para que as forças de interdependência recrutem volume Favorecendo a distribuição do ar por áreas com diferentes constantes de tempo Possibilitando aumento da pressão parcial de oxigênio (PaO2) (Provavelmente por meio do recrutamento de alvéolos colapsados) ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE BREATH STACKING 03/05/2020 8 (MACHADO, p. 144, 2018) Organograma com os passos necessários para a realização da técnica de Breath Stacking. (FONTE: Youtube: CANVent Ottawa) 03/05/2020 9 INDICAÇÕES • Pacientes com redução de volume pulmonar, que apresentam quadro álgico, dispneia, fadiga dos músculos respiratórios; • Que não compreendem outras técnicas; • Não cooperativos ou que estejam inconscientes. É indicado para paciente consciente e cooperativo, pois o BS atinge maiores volumes pulmonares e os sustenta por tempo maior quando comparado aos incentivadores inspiratórios. BREATH STACKING (MACHADO, 2018) BREATH STACKING (MACHADO, p. 145, 2018) 03/05/2020 10 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA BS �EFICÁCIA - pode ser influenciada pela sua duração, bem como pelo volume pulmonar máximo alcançado; �Manutenção do pulmão com volumes pulmonares maiores– pode melhorar a ventilação colateral e expandir áreas previamente colapsadas de maneira mais intensa do que quando se utiliza, por exemplo, a EI; �Valores próximos à CPT– permite tempo adicional para que as forças de interdependência atuem com o intuito de expandir o tecido pulmonar de maneira mais homogênea, o que não ocorre comumente durante um esforço inspiratório único; �Pode ser executada em pacientes não colaborativos, com fraqueza muscular, alterações cognitivas, dispneia e dor. (MACHADO, 2018) AIR STACKING 03/05/2020 11 �É uma forma de oferecer empilhamento de ar no sistema respiratório de crianças, adultos e idosos, conscientes e orientados; �Empilhamento do ar: atinge a capacidade máxima de insuflação; AIR STACKING OBJETIVO Aumentar o volume pulmonar antes de executar a tosse, a fim de remover secreções retidas na via aérea. (ALCÂNTARA; CORRÊA, 2016) Constitui uma das medidas necessárias para minimizar e corrigir os distúrbios ventilatórios restritivos; AIR STACKING Quando indicar? Quando se deseja aumentar a CV, para potencializar a fase inspiratória da tosse e alcançar pico de fluxo expiratório efetivo. (ALCÂNTARA; CORRÊA, 2016) Utiliza-se AMBU e máscara 03/05/2020 12 ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE AIR STACKING 1) Paciente em posição confortável, elevação da cabeceira da cama de 30 a 45°; 2) Máscara apoiada no rosto do paciente, de baixo para cima; 3) Alimentação: dieta por sonda – desligar pelo menos 1 hora antes da técnica; dieta via oral – evitar alimentos pelo mesmo tempo citado; 4) Certifique-se de que o AMBU esteja funcionando e verifique àlimpeza – a desinfecção e proteção do AMBU é integrante desta técnica; 5) Manter a válvula unidirecional do AMBU fechada – pode-se usar esparadrapo; PASSO A PASSO (ALCÂNTARA; CORRÊA, 2016) 03/05/2020 13 6) Orientação ao paciente: � Descreva a execução da técnica � Orientar a inspirar – insuflar o AMBU no momento do início da inspiração profunda, seguida de fechamento glótico; � Retirar o AMBU quando o paciente sinalizar � Se o objetivo for remover secreção: solicitar tosse, fazer expiração forçada ou compressão torácica. 7) Em média, de 3 a 6 insuflações inspiratórias, 2 a 3 vezes/dia. PASSO A PASSO Se o objetivo da técnica não for alcançada em curto tempo, interrompa o AS. Não desperdice tempo, busque outras terapias que tenha a mesma finalidade! (ALCÂNTARA; CORRÊA, 2016) (FONTE: Youtube: Erikson Alcântara) 03/05/2020 14 (FONTE: Youtube: Breath Stacking Technique for ALS - Demo by Ron) INDICAÇÃO DO AIR STACKING EM IDOSOS O sistema respiratório dos idosos sofrem alterações com o envelhecimento Existe uma redução de 25% na força diafragmática e dos músculos Intercostais. Abrangendo a caixa torácica devido a sarcopenia e atrofia muscular A CVF diminui (cerca de 25 a30 mL por ano), gerando uma queda proporcional no pico de fluxo expiratório do idoso. Neste contexto, sugere-se que esta técnica é benéfica para os idosos 03/05/2020 15 BREATH STACKING BREATH STACKING X X AIR STACKINGAIR STACKING BREATH STACKING X AIR STACKING Breath stacking �Primariamente para expansão pulmonar, �Não trocar a máscara pelo bucal, �Promove o acúmulo de volumes inspiratóriossucessivos, �Evita à expiração – impedir a saída do ar. Air stacking �Remover secreção �É utilizado para contemplar uma das fases da tosse – fase inspiratória, �Utilizado em paciente com lesão neuromuscular, �Nível intelectual e de compreensão é necessário. 03/05/2020 16 REFERÊNCIAS • ALCÂNTARA, E. C.; CORRÊA, K.S.Técnicas instrumentais para expansão pulmonar. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins, J.A.; Karsten, M. Dal Corso S, organizadoras. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 2. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p. 111-48 (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2). • MACHADO, M. R. Bases da fisioterapia respiratória: terapia intensiva e reabilitação. 2. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018. • MOURA JÚNIO, J. B.; BARROS FILHO, R. J. S.; LUSTOSA, J. B. BreathStacking e Air Stacking na prática clínica fisioterapêutica.Revista Inspirar, v. 6, n. 4, 2013. • Link dos vídeos �Vídeo 1:https://www.youtube.com/watch?v=G-9qYPiKuz4 �Vídeo 2:https://www.youtube.com/watch?v=Gp7c3aUJW6Q �Vídeo 3:https://www.youtube.com/watch?v=I3YGh6bVsQM