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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE ENGENHARIA ELÉTRICA DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS LEONARDO NOGUEIRA TAVARES JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Campina Grande 2018 DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS LEONARDO NOGUEIRA TAVARES JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de ENGENHARIA ELÉTRICA da CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE Campina Grande 2018 Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL R343 Rêgo, Josué Wagner de Carvalho. Análise de Viabilidade Econônima da Utilização da Tabela Sinapi Como Indicador Orçamentário Para a Construção Civil / Josué Wagner de Carvalho Rêgo, Daniale Cavalcante Vasconcelos, Leonardo Nogueira Tavares. - UNINASSAU CAMPINA GRANDE: Campina Grande - 2018 50 f. : il Monografia (Curso de Engenharia Civil) - Centro Universitário Maurício de Nassau - Uninassau Campina Grande - Orientador(es): M.sc. Pabllo da Silva Araujo 1. Construção. 2. Custos Unitário. 3. Indicador. 4. Sinapi. 5. Viabilidade Econômica. 6. Budgetary Inputs. 7. Construction. 8. Economic Viability. 9. Sinapi. 10. Unit Costs. I.Título II.M.sc. Pabllo da Silva Araujo UNINASSAU CAMPINA GRANDE - CAM CDU - 536.7 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE ENGENHARIA ELÉTRICA DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS LEONARDO NOGUEIRA TAVARES JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Campina Grande 2018 DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS LEONARDO NOGUEIRA TAVARES JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de ENGENHARIA ELÉTRICA da CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE Campina Grande 2018 Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL R343 Rêgo, Josué Wagner de Carvalho. Análise de Viabilidade Econônima da Utilização da Tabela Sinapi Como Indicador Orçamentário Para a Construção Civil / Josué Wagner de Carvalho Rêgo, Daniale Cavalcante Vasconcelos, Leonardo Nogueira Tavares. - UNINASSAU CAMPINA GRANDE: Campina Grande - 2018 50 f. : il Monografia (Curso de Engenharia Civil) - Centro Universitário Maurício de Nassau - Uninassau Campina Grande - Orientador(es): M.sc. Pabllo da Silva Araujo 1. Construção. 2. Custos Unitário. 3. Indicador. 4. Sinapi. 5. Viabilidade Econômica. 6. Budgetary Inputs. 7. Construction. 8. Economic Viability. 9. Sinapi. 10. Unit Costs. I.Título II.M.sc. Pabllo da Silva Araujo UNINASSAU CAMPINA GRANDE - CAM CDU - 536.7 3 DEDICATÓRIA À nossa família que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que chegássemos até esta etapa, vocês são responsáveis por esta conquista. 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, aos nossos professores por nos proporcionar todo conhecimento, em especial ao Prof. Me. Pabllo da Silva Araújo pela orientação, apoio, confiança e empenho dedicado à elaboração deste trabalho e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado. 5 RÊGO, Josué Wagner de Carvalho, TAVARES, Leonardo Nogueira, VASCONCELOS, Daniale Cavalcante. Análise de viabilidade econômica da utilização da tabela SINAPI como indicador orçamentário para a Construção Civil. 51 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharel em Engenharia Civil) – Centro Universitário Maurício de Nassau, unidade de Campina Grande, PB, 2018. RESUMO Até o ano de 2013, as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabeleciam que,na orçamentação de uma obra pública, no que tange aos custos unitários dos insumos e serviços, esses valores deveriam ser obtidos do SINAPI. Mesmo após a Lei 12.919 (LDO 2014), que não mais determina a referência desses valores, ainda é comum a utilização da SINAPI como indicador orçamentário em obras custeadas com recursos provenientes da União. Entretanto, este indicador apresenta dados de custo com base em pesquisa apenas nas capitais do Brasil, o que pode induzir divergências de valores nas demais cidades dos Estados. Este trabalho tem por objetivo analisar a viabilidade econômica na utilização da tabela SINAPI, através de um comparativo entre custos previstos, com base em valores obtidos na tabela SINAPI e com base no mercado local, e executados. Tem como estudo de caso uma obra pública referente ao Instituto Federal (IF) na cidade de Esperança-PB. A pesquisa foi realizada de forma quantitativa, restrita ao conjunto estrutural do bloco administrativo do referido objeto de estudo, analisando os custo diretos com materiais. Os custos obtidos são resultados das análises e do tratamento de dados fornecidos pela empresa responsável pela execução. Os resultados representam a realidade da região em estudo. Os valores obtidos possuem divergência relativamente insignificante aos realmente praticados, cerca de 2,65% equivalente à R$ 15.492,92 favorável aos custos com valores do Mercado Local. O presente trabalho comprova que a estimativa de custos de insumos global de uma obra de construção civil pode ser apurada por meio da utilização de dados fornecidos pela tabela SINAPI, sem a necessidade de criar uma tabela de referência local, formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal. Conclui que a utilização da tabela do SINAPI como indicador orçamentário na cidade de Esperança-PB é viável economicamente. Palavras-chave: Viabilidade Econômica. Custos Unitário. Construção Civil. SINAPI 6 ABSTRACT By 2013, as the Budget Guidelines Laws (LDOs), which created a public masterpiece, were not intended for the members of the inputs and services, which are intended to carry out the SINAPI. Even after Law No. 12,919 (LDO 2014), which is no longer determinant for the determination of values, it is still common to use SINAPI as a budget indicator in relation to the sources of resources of the Union. However, this indicator presents cost data with base in the researches only in the capitals of Brazil, what can induce divergences of values in the other cities of the States. The objective of this study was to analyze the feasibility of using the SINAPI table, through a comparison between the expected costs, based on the values obtained in the SINAPI table, and those executed from a public publication related to the Federal Institute (IF) in the city of Esperança . PB. A. It was investigated as to the quantitative form, restricted to the structural set of the investigative method, analyzing the direct costs with materials. It focuses on comparing the expected cost with a case study. The costs are the results of the analysis and data processing before the company by the execution. The results of the maps represent a reality of the region under study. The indices derived from divergence in relation to the type of interest practiced, about 2.65% are equivalent to R $ 15,492.92. The present work can be obtained through the use of global data of a civil construction work can be verified through the use of data obtained by SINAPI, without the need of a local reference table, formally or by the federal public administration. It concludes that the use of the SINAPI table as a budget indicator in the city of Esperança- PB is economically feasible. Keywords: Economic Viability. Unit Costs. Budgetary Inputs. Construction 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Etapas metodológicas utilizadas.. .............................................................. 34 Figura 2: Localização geográfica do objeto de estudo .............................................. 35 Figura 3: Escoramento das lajes ............................................................................... 35 Figura 4: Concretagem das lajes ............................................................................... 35 Figura 5: Gráfico de custos dos insumos em cada serviço executado na obra ......... 42 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Taxa de Variação /em relação ao mesmo trimestre do ano passado e Acumulado em 4 trimestres ....................................................................................... 15 Tabela 2: Discriminação Orçamentária ..................................................................... 28 Tabela 2: Discriminação Orçamentária ..................................................................... 29 Tabela 2: Discriminação Orçamentária ..................................................................... 30 Tabela 3: Etapas de serviço executado..................................................................... 37 Tabela 4: Cotação de custo de materiais no mercado local ...................................... 39 Tabela 5:Quantitativo previsto e executado no Bloco Administrativo ........................ 40 Tabela 6: Custos totais de cada serviço executado conforme a tabela SINAPI e o Mercado Local ........................................................................................................... 41 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Serviços executados na superestrutura do bloco administrativo .............. 38 Quadro 2: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.1 da superestrutura ........................................................................................................... 47 Quadro 3: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.2 da superestrutura ........................................................................................................... 47 Quadro 4:Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.3 da superestrutura ........................................................................................................... 48 Quadro 5: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.4 da superestrutura ........................................................................................................... 48 Quadro 6: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.5 da superestrutura ........................................................................................................... 49 Quadro 7:Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.6 da superestrutura ........................................................................................................... 49 Quadro 8: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.7 da superestrutura ........................................................................................................... 50 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas BDI – Benefício de Despesas Indiretas CUB – Custo Unitário Básico CUB/m² – Custo Unitário Básico por metro quadrado DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IF – Instituto Federal LDOs – Leis de Diretrizes Orçamentárias MPPR - Ministério Público do Paraná NBR – Norma Brasileira PIB – Produto Interno Bruto SICRO – Sistema de Custos Referenciais de Obras SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índice da Construção Civil TCC – Trabalho de Conclusão de Curso TCPO – Tabela de composições de preços para Orçamento TCU – Tribunal de Contas da União 11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................12 2. OBJETIVOS............................................................................................................................14 2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................14 2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................14 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................15 3.1. Cenário Atual da Construção Civil no Brasil ...........................................................15 3.2. Planejamento .................................................................................................................16 3.2.1. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE PROJETO .......................................17 3.3. Gerenciamento de Projetos na Construção Civil ...................................................18 3.4. Custos na Construção Civil ........................................................................................19 3.5. Orçamento na Construção Civil .................................................................................20 3.5.1. TIPOS DE ORÇAMENTOS ....................................................................................21 3.5.1.1. Estimativas de Custos.........................................................................................22 3.5.1.2. Orçamento Preliminar .........................................................................................22 3.5.1.3. Orçamento Analítico ............................................................................................23 3.5.2. ETAPAS DE ORÇAMENTO ...................................................................................24 3.5.3. INDICADORES DE ORÇAMENTO .......................................................................25 3.5.4. SINAPI ......................................................................................................................26 3.5.4.1. Insumos e Composições ....................................................................................27 3.5.4.2. Relatório SINAPI-João Pessoa-PB ....................................................................27 3.5.5. DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS .....................................................................27 3.5.6. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS..............................................................................30 3.5.6.1. Custos Diretos .....................................................................................................30 3.5.6.2. Composição dos Custos Unitários .....................................................................31 3.5.6.3. Levantamento dos Quantitativos........................................................................32 4. METODOLOGIA.....................................................................................................................33 4.1. Procedimento de Análise ............................................................................................33 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................37 6. CONCLUSÃO .........................................................................................................................43 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................44 ANEXOS A .....................................................................................................................................47 12 1. INTRODUÇÃO O setor da construção civil faz parte da economia dos países, onde possui parcela importante no Produto Interno Bruto (PIB), o que traz efeitos significativos na taxa de empregos de todo o país (UNIEMP, 2010). Este segmento implica gastos de valores consideráveis, tratando-se muitas vezes de um alto investimento, tanto ao empreendedor quanto ao cliente. Segundo o Diário Comércio Industria e Serviços (DCI/ 2018), a atual crise impulsionou a procura por modernização na construção civil, cujo setor ainda apresenta métodos considerados defasados. De acordo com Mattos (2007), como a orçamentação é a base de fixação de preço de um projeto, esta se torna uma das principais áreas no negócio da construção. Na elaboração do orçamento, deve-se fazer o mais detalhado possível para que não existam nenhum tipo de erro na composição do custo, nem considerações descabidas que comprometam a aproximação do modelo real de custos e projetos executivos minimizam erros de aproximação. O orçamento é a soma de todos os custos necessários à execução de uma obra. Afirmam, Marchiori e Souza (2006), que a gestão do orçamento a ser elaborado, serve apenas como custo de referência, ou seja, não objetiva determinar custo total da obra. Portanto, custo previsto e o custo real de uma obra tornam-se divergentes. Quanto mais detalhado um orçamento, mais ele se aproximará do custo real, podendo resultar em lucro ou prejuízo para a empresa quando faltam critérios técnicos e econômicos mínimos para a sua elaboração. O quantitativo de uma obra é baseado em um levantamento dos serviços que serão utilizados durante a execução. Junto ao quantitativo devem ser especificadas as definições técnicas dos insumos utilizados(tamanho, marca, cor, etc.) e as quantidades que serão utilizadas em cada etapa da execução. De posse do quantitativo é elaborada a planilha orçamentária, com base nos valores unitários de cada um dos serviços, no valor da mão-de-obra e nos valores de encargos sociais, para se obter uma referência de custo total do empreendimento(MIOTTO et al., 2014). A disparidade na produtividade prevista por meio de coeficiente é outro fator de forte impacto financeiro no custo final do serviço. 13 A principal fonte de dados de custos e composições utilizadas como referência em grande parte dos orçamentos de obras públicas no Brasil é o Sistema Nacional de Pesquisas de Custo e Índice da Construção Civil – SINAPI que comutam responsabilidade entre os órgãos públicos CAIXA, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) para obra rodoviárias. Entretanto, outros indicadores para orçamento também se fazem presentes no mercado da construção civil, são eles a Tabela de Composição de Preços para Orçamento (TCPO); Sistema de Orçamento de Obras de Sergipe (ORSE); Secretária da Infraestrutura (SEINFRA) Custo Unitário Básico por m² (CUB/m²); Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Portanto, Este trabalho visa avaliar a viabilidade econômica na utilização da tabela SINAPI como indicador para orçamento, através de um estudo comparativo entre os custos previsto e realizados na execução do bloco Administrativo do Instituto Federal localizado na cidade de Esperança – PB, à 151 km de João Pessoa-PB, capital utilizada como base de dados da tabela SINAPI do presente trabalho. No decorrer do estudo, foram identificados os possíveis causadores das discrepâncias entre os custos calculados com base no planejamento, antes do início da execução, e depois da finalização do objeto de estudo em análise. Assim, a identificação dos possíveis causadores dessas disparidades na obra analisada neste estudo deve servir de subsídio para uma melhor compreensão da realidade da construção civil e minimização de recursos humanos, materiais e financeiros. 14 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral O trabalho teve como objetivo geral avaliar a viabilidade econômica na utilização da tabela SINAPI como indicador para orçamento, realizando um estudo comparativo entre os custos previstos e realizados na execução do bloco Administrativo do Instituto Federal localizado na cidade de Esperança – PB. 2.2. Objetivos Específicos Os objetivos específicos são: Identificar as discrepâncias de custos entre os valores previsto pela tabela SINAPI e o executado conforme os custos reais do mercado local; Identificar em quais pontos as divergências custos ocorrem; Calcular a variação do custo final do empreendimento, analisando a eficiência na utilização da tabela SINAPI como indicador para orçamento. 15 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1. Cenário Atual da Construção Civil no Brasil A indústria da construção civil é um dos setores mais importantes para a economia. O desenvolvimento e a capacidade de produção do país estão relacionados diretamente com o crescimento desse setor. A construção civil é um setor que contribui para o desenvolvimento regional, pois traz uma maior oferta de empregos formais, sem necessidade de mão de obra qualificada, em parte dos casos. Implicando uma melhoria de renda para a população mais carente, por ser um dos setores que mais emprega no Brasil. Observa-se que nesse campo boa parte da empregabilidade dos indivíduos com pouco grau de instrução escolar, são trabalhadores que desempenham suas funções na construção de edificações, rodovias, edifícios, e etc. (OLIVEIRA et al., 2015). Como pode ser visto na tabela 1, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a evolução do PIB da construção civil voltou a apresentar resultados negativos no primeiro trimestre deste ano. Comparando com o mesmo trimestre de 2017, o PIB da construção civil teve queda de 2,2%, taxa superior à observada no quarto trimestre de 2017, de -1,6%, nessa mesma base de comparação. Na Tabela 1 é abordada as taxas de variação do PIB na construção civil nos últimos anos, quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado. Tabela 1: Taxa de Variação em relação ao mesmo trimestre do ano passado TRIMESTRE 1º 2º 3º 4º ACUMULADO 2010 19,6 18,0 9,3 7,4 13,1 2011 8,6 7,3 9,4 7,7 8,2 2012 8,7 1,9 2,9 -0,1 3,2 2013 1,2 7,9 5,5 3,3 4,5 2014 8,4 -2,7 -9,0 -4,2 -2,1 2015 -10,5 -11,4 -6,7 -7,3 -9,0 2016 -5,9 -3,6 -5,0 -8,0 -5,6 2017 -6,4 -7,1 -4,7 -1,6 -5,0 2018 -2,2 -1,1 - - -2,4 Fonte: adaptado do IBGE(2018) Em 2017, o PIB da construção civil caiu 5,0%, em relação ao ano anterior segundo o levantamento do IBGE. O desempenho foi o pior entre todos os sub setores da economia. Apesar do resultado negativo, a retração é menor do que a 16 apresentada nos dois anos anteriores: -5,6% em 2016 e -9,0% em 2015. O que é importante lembrar que pouco antes disso, o PIB do setor só vinha apresentando crescimentos: 4,5% em 2013, 3,2% em 2012, 8,2% em 2011 e 13,1% em 2010. De acordo com pesquisas do IBGE em 2018, dos quatro segmentos do PIB do Brasil, segundo a desagregação das Contas Nacionais Trimestrais, o desempenho da construção foi o mais fraco. Tal desempenho negativo da construção ganha ainda destaque quando se considera que a economia como um total avançou 1,2% nessa mesma base de comparação. Segundo Marocki (2014), as empresas do setor da construção civil vem atuando em um mercado cada vez mais competitivo. O constante avanço tecnológico e as transformações do ambiente fazem com que as organizações procurem novas soluções para aperfeiçoar seus processos e alcançar vantagens sobre seus concorrentes. A atual crise na construção civil agrava a expansão de investimentos no País. Na concepção de Cláudio, coordenador do Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o empresariado brasileiro vem retomando a modernização do parque produtivo, mas a recuperação da taxa de investimentos na economia não decola por conta da paralisação nas obras de infraestrutura e do receio das famílias em comprometer a renda com financiamento imobiliário, dois setores estratégicos para crescimento da construção civil – políticas de governo adequadas diante do cenário ainda complicado do mercado de trabalho (AMORIM, 2018). 3.2. Planejamento Segundo Marques (2017), o conceito de planejamento consiste no ato de criar e planejar, antecipadamente, uma ação, desenvolvendo assim, estratégias programadas para atingir determinado objetivo.Funciona como uma forma de identificar um alvo específico, com a intenção de organizar e aplicar as melhores maneiras para atingi-lo. O mercado da Construção Civil está dia a dia mais exigente, buscando qualidade nos serviços, porém sempre minimizando custos. Um empreendimento, para se ter excelência no resultado final e gerar lucro, precisa, antes de tudo, de um 17 planejamento e gerenciamento em todas as etapas, principalmente, na fase do projeto da obra (ROCHA, 2014). O planejamento e o controle precisam de uma visão geral da obra, para se ter base confiável na tomada de decisões, durante todo o processo. Por meio de análise, o planejador pode trabalhar de forma mais assertiva com as folgas das atividades e tomar decisões importantes como nivelar recursos, protelar a alocação de determinados equipamentos. O planejamento de uma obra não se esgota na preparação do cronograma. É preciso monitorar o avanço das atividades e verificar se o cronograma é obedecido ou se há variações entre o que foi previsto e o que vem sendo realizado em campo. O planejamento é uma função de apoio à coordenação das várias atividades. (ROCHA, 2014, p. 82). Na construção civil, o planejamento deve estar intimamente ligado ao gerenciamento, englobando complexos conhecimentos e informações de diversos setores. Posteriormente, importância da compatibilização de projetos para evitar erros de execução e/ou aumento de custos em itens não previstos. Tem-se que levar em conta o mercado atual e futuro, demandas e ofertas no ambiente local, o tipo de construção a ser realizada, viabilidade técnica, financeira e econômica da empresa, entre vários outros quesitos (GOLDMAN, 2004). 3.2.1. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE PROJETO De acordo com o Ministério Público do Paraná(MPPR/2018), a gestão de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto com o objetivo de alcançar os resultados esperados. São utilizados para descrever, organizar e monitorar o andamento das atividades. Esses conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas são chamados de “processos de gerenciamento de projeto” e são reconhecidos, por convenção, como “boas práticas” que, uma vez aplicadas aos projetos, podem agregar valor e utilidade. Segundo o Project Management Institute, gestão de projetos são processos pelos quais se aplicam conhecimentos, capacidades, instrumentos e técnicas às atividades do projeto de forma a satisfazer as necessidades e expectativas. O planejamento e programação que devem ser estudados para um projeto dizem respeito ao gerenciamento de seu tempo. De acordo com Carvalho (2006), os processos considerados nesse gerenciamento são: a) Definição das atividades: as atividades são todas tarefas que compõe o projeto. São como as unidades mínimas em que o trabalho pode ser dividido. Essa 18 definição de divisão depende de como o projeto foi definido em termos de recursos e métodos. b) Sequência das atividades: nesse processo são estabelecidas as relações de dependência das atividades previamente definidas. c) Estimativa dos recursos das atividades: serve para definir todos os recursos utilizados pelas atividades. d) Estimativa da duração das atividades: refere-se ao tempo de duração de cada atividade. e) Desenvolvimento do cronograma: nesse processo são reunidas e analisadas todas as informações anteriores em conjunto para se realizar a programação do projeto e seu cronograma. f) Controle do cronograma: utilizado para controlar todas as mudanças feitas no cronograma. O objetivo do planejamento é diminuir os custos junto com o tempo de execução dos projetos e as dúvidas que são relacionadas ao seu escopo. Do mesmo modo, Santos et al. ((1992), apud SANTOS e MENDES (2001)) dizem que o planejamento é um processo de tomada de decisões, em que as ações são necessárias, para que se possa transformar o projeto inicial em um empreendimento que será o estágio final de todo o planejamento construído. Segundo a Norma Brasileira (NBR) 12722 (ABNT, 1992), o planejamento do empreendimento é criado pelo estudo da viabilidade, escolha do local, estudos geotécnicos, caracterização física da edificação, escolha dos profissionais, ligação e integração com serviços públicos, entre outros. Ou seja, a partir do planejamento, para dar-se início a uma obra, é realizado todo o estudo da dimensão e proporção da mesma e da quantidade e valores gastos para a elaboração de projetos e execução da obra. Este planejamento inclui as atividades que serão feitas a médio e longo prazo, para que se possam prever todas as situações desejadas. 3.3. Gerenciamento de Projetos na Construção Civil 19 Ao longo dos anos, as técnicas de gerenciamento de projetos evoluíram no intuito de acompanharem a evolução e as mudanças do mundo moderno. Transformaram-se em poderosas ferramentas capazes de monitorar e controlar elementos fundamentais de sucesso do negócio. Mais recentemente, com a busca contínua pela melhoria da qualidade em produtos e serviços, observa-se uma evolução natural do gerenciamento de projetos e o crescimento da preocupação com os níveis de maturidade em gestão das empresas (PINTO, 2012). Com seu campo de atuação antigamente restrito às atividades relacionadas à produção do edifício, a crescente concorrência no setor da Construção Civil impulsionou as construtoras a buscar estratégias para estabelecer práticas de gestão que possibilitem acompanhar as mudanças ao ambiente, agregando valor aos negócios atuais e inovando nos novos negócios (MEDEIROS, 2012). O gerenciamento de obras consiste em uma fase integrante da parte da execução do projeto, na qual se desenvolve, simultaneamente, a execução e a gestão técnica e administrativa da implantação do projeto diretamente na obra. Esta supervisão técnica pode também ser associada às atividades relativas do gerenciamento, que consistem na administração dos contratos e serviços relacionados com a obra e permitem um rigoroso controle de todas as atividades, para que se cumpra o cronograma físico-financeiro até a quantidade e qualidade dos materiais e mão de obra empregados na obra. A gestão é extremamente importante para que se possa administrar os objetivos a serem atingidos, tanto a nível técnico administrativo e financeiro, como no realização do prazo disponível para a execução da obra (MOUTINHO e IRENE VILA, 2003). O gerenciamento permite uma avaliação correta de todas as etapas,analisando os prazos de entrega, a produtividade, os equipamentos, e, em todos os passos, esta avaliação impacta nos custos que foram orçados, fazendo, assim, com que os gastos não se percam do controle. Assim, tendo garantia de que a obra, na fase de execução, mantenha-se em um ritmo sem sair do planejado, já que está sendo gerenciada com antecedência, evitando imprevistos que sempre aparecem e aumentam os custos e acabam impactando nos prazos. 3.4. Custos na Construção Civil 20 Define-se custos na construção civil como o montante financeiro, proveniente de gastos com bens, serviços e transações financeiras, necessários à execução de um empreendimento, desde a etapa de estudo de viabilização até a sua utilização, durante um prazo pré-estabelecido (ANDRADE & SOUZA, 2003). Para se determinar o custo de um empreendimento, faz-se necessário um orçamento, elaborado com documentos de memoriais descritivos; cadernos de encargos; projetos arquitetônicos; projetos complementares, considerando-se todos os custos diretos ou indiretos, leis sociais e tudo o que pode influenciar no custo total. Segundo Limmer (1997), os custos da produção classificam-se em diretos, o qual será analisado no presente trabalho, e indiretos, sendo de suma importância a correta classificação desses custos. Define-se como custo direto os advindos dos insumos que são agregados ao produto, isto é, os que são incorporados ao mesmo; e como custo indireto o valor dos insumos necessários à produção, mas que não se agregam ao produto. Os custos diretos de produção podem ser divididos em três elementos primários: materiais, mão-de-obra e equipamentos. Já os custos indiretos de produção são aqueles que não podem ser apropriados diretamente à execução dos serviços, porém, estão inseridos no processo produtivo. São considerados indiretos pela dificuldade que apresentam de ser atribuídos aos serviços, ou seja, são de difícil mensuração. Constituem-se basicamente pelos custos originados nos departamentos de produção como, por exemplo, custos dos projetos arquitetônicos e complementares e gastos com mão-de-obra técnica. 3.5. Orçamento na Construção Civil O orçamento na construção civil consiste na determinação do custo de uma obra antes de sua realização, elaborado com base em documentos específicos, tais como projetos, memorial descritivo e encargos, considerando-se todos os custos diretos e indiretos envolvidos, as condições contratuais e demais fatores que possam influenciar no custo total. Segundo Cardoso (2009), o orçamento é um documento importante, para qualquer estudo inicial ou viabilidade. Uma obra, nas primeiras etapas, sem ser definido o custo dos recursos necessários, pode se tornar uma obra inacabada. 21 O orçamento, parte integrante dos contratos, é o documento por meio do qual o auditor acessa as mais variadas informações dos projetos de arquitetura e de engenharia, podendo ainda efetuar diversas confrontações com os documentos e relatórios de prestação de contas. (CARDOSO, 2009,p. 15). De acordo com Limmer (1997), um orçamento também pode ser definido como a determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos estes traduzidos em termos quantitativos. Para o autor, o orçamento de um projeto deve satisfazer aos seguintes objetivos: a) definir o custo de execução de cada atividade ou serviço; b) constituir-se em documento contratual, servindo de base para o faturamento da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra e para dirimir dúvidas ou omissões quanto aos pagamentos; c) servir como referência da análise dos rendimentos obtidos dos recursos empregados na execução dos projetos; d) fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto, informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando ao aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa executora do projeto no mercado. Para montar um orçamento é necessário, entre outros aspectos, conhecer os coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de materiais e consumo horário dos equipamentos utilizados nos serviços. Quanto mais especificado é um orçamento, mais útil ele se torna enquanto referência para a execução, pois o gestor da obra passa a ter informações sobre a quantidade de cada atividade que terá de implementar, facilitando, inclusive, o controle dos custos. 3.5.1. TIPOS DE ORÇAMENTOS De acordo com o Instituto de Engenharia (2011) e segundo a Norma Técnica IE - nº 01/2011, os tipos de orçamento na construção civil podem ser denominados por estimativa de custo; orçamento preliminar; orçamento analítico ou detalhado e orçamento sintético ou resumido. 22 Segundo Mattos (2007), um orçamento pode ser classificado como: a) Estimativa de custos– avaliação expedita com base em custos históricos e comparação com projetos similares; b) Orçamento Preliminar– mais detalhado do que a estimativa de custos pressupõe o levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos principais insumos e serviços; c) Orçamento analítico ou detalhado– elaborado com composição de custos e extensa pesquisa de preços dos insumos, procura chegar a um valor bem mais próximo do custo “real”. 3.5.1.1. Estimativas de Custos Utilizada normalmente na fase inicial do projeto, a estimativa de custos é elaborada de duas formas: a) a partir de indicadores formados pelos próprios projetos semelhantes já realizados pela empresa; b) utilizando Custo Unitário Básico (CUB), indicador muito usado pelas empresas construtoras quando não possui um banco de dados com obras semelhantes. Para as empresas que utilizam o CUB como indicador para a elaboração de estimativas de custos, devem utilizar os quadros elaborados pelos sindicatos de cada estado (Sinduscon), conforme coeficientes constantes na NBR 12.721. 3.5.1.2. Orçamento Preliminar Também conhecido como orçamento de anteprojeto, segundo Xavier(2008), é o orçamento onde se detalha um pouco mais que a estimativa de custo, levantando quantidades e atribuindo custos a alguns serviços. Com base em alguns indicadores úteis podem-se levantar quantitativos que ficam mais próximos de um orçamento analítico. Por exemplo: a) No volume de concreto, o indicador é a espessura média do concreto caso este fosse distribuído regularmente pela área do pavimento. Estruturas abaixo de 10pavimentos têm entre 12 a 16 cm, estruturas acima de 10 pavimentos têm entre16 a 20 cm; b) No peso da armação, verificasse que em construções prediais a taxa de aço média fica numa faixa: estruturas abaixo de 10 pavimentos têm entre 83 a 88 23 kg por m³ de concreto, estruturas acima de 10 pavimentos têm entre 88 a 100kg por m³ de concreto; c) No cálculo na área de fôrma para moldagem de um pilar, viga e laje, verifica- seque de concreto a utilização média de fôrma recai numa determinada faixa entre 12 a 14 m² por m³. 3.5.1.3. Orçamento Analítico Composto de um orçamento bem detalhado, fundamentado em custos que absorvem todas as previsões de despesas do investimento. Cada obra possui características próprias e, por isso mesmo, deve ser orçada segundo os projetos executivos, memoriais descritivos e especificações técnicas (COÊLHO, 2006). Para Mattos (2007), o orçamento analítico vale-se de uma composição de custos unitários para cada serviço da obra. Além do custo dos serviços (custo direto), são computados também os custos de manutenção do canteiro de obras, equipes técnicas, administrativa e de suporte da obra, taxas e emolumentos, etc. (custo indireto). Na maioria dos casos a empresa não chega a realizar um orçamento totalmente analítico,baseado apenas em projetos executivos. Os orçamentos mais detalhados realizados pela empresa poderiam ser classificados como intermediários entre orçamento preliminar e orçamento analítico, pois, muitos projetos já estão em fase executiva como são os casos dos projetos arquitetônicos, estruturais e paisagismo. Entretanto, ainda existem anteprojetos como os de instalações hidráulicas e instalações elétricas que não foram totalmente detalhados,impossibilitando assim a realização de um orçamento totalmente analítico. No caso da empresa analisada neste projeto de pesquisa, tratando-se de uma obra pública, todas as estimativas de custos são baseadas nos procedimento do orçamento-base indicado por TCU (TCU, 2014). O orçamento-base de uma licitação tem como objetivo servir de paradigma para a fixação dos critérios de aceitabilidade de preços – total e unitários – no edital, sendo a principal referência para a análise das propostas da empresa participante. Na elaboração do orçamento detalhado de uma obra, é preciso: conhecer os serviços necessários para a exata execução da obra, que constam dos projetos, memoriais descritivos e especificações técnicas; 24 levantar com precisão os quantitativos desses serviços; calcular o custo unitário dos serviços; calcular o custo direto da obra; estimar as despesas indiretas e a remuneração da construtora. Os custos diretos e a taxa de Benefício e Despesas Indiretas (BDI), a qual engloba os custos indiretos e o lucro, compõem o preço final estimado para a obra. A ausência ou o cálculo incorreto de um deles poderá reduzir a remuneração esperada pela empresa que vier a ser contratada ou levar ao desperdício de recursos públicos. 3.5.2. ETAPAS DE ORÇAMENTO Mattos (2007) classifica muito bem as etapas de orçamentação dividindo-as em três grandes etapas de trabalho: estudo das condicionantes (condições de contorno), composição de custos e determinação do preço. No estudo das condicionantes serão identificados os serviços da obra com suas respectivas quantidades, grau de interferência entre eles, dificuldade de realização das tarefas, etc. Ainda segundo Mattos (2007), os estudos das condicionantes de um projeto podem ser divididas em: a) leitura e interpretação do projeto e especificações técnicas; b) leitura e interpretação do edital (para o caso de licitações); c) visita técnica. Na composição de custos, considerada a etapa principal e mais trabalhosa para um engenheiro orçamentista, identificam-se os seguintes itens: a) identificação dos serviços; b) levantamento de quantitativos; c) discriminação dos custos diretos; d) discriminação dos custos indiretos; e) definição de encargos sociais e trabalhistas. Para o fechamento do orçamento Mattos (2007) divide esta etapa em: a) definição da lucratividade; 25 b) cálculo dos Benefícios e Despesas Indiretas; c) desbalanceamento da planilha de orçamento. O levantamento de quantidades a partir de um projeto inclui a elaboração de cálculos baseados nas dimensões previstas em projeto, tais como: volume de concreto, área de piso,metragem de fôrmas, quantidades de portas, área de pintura, área de telhado, etc.; bem como ao cálculo de volumes, escavação, lastros, nivelamento e apiloamento (XAVIER, 2008). 3.5.3. INDICADORES DE ORÇAMENTO Thomé (2016, p. 134) afirma que “a Construção Civil é um setor da Indústria nacional que tem grande número de empregos e responsável por grande parte da atividade econômica do país”. Dados da Câmera Brasileira de Indústria da Construção (CBIC) de 2014 informam que o setor da construção civil é responsável por cerca de 5% do PIB do Brasil. Os cinco principais indicadores de orçamento são CUB/m²; SINAPI; TCPO; Índice Fipe e Índice Ibre/FGV. Na orçamentação de uma obra pública, as composições analíticas são selecionadas com base nas especificações técnicas estabelecidas para os serviços e devem ser obtidas em sistemas de referência de preços ou em publicações técnicas. É importante salientar que, sempre que necessário, as composições devem ser adaptadas às características específicas da obra. No que tange aos custos unitários dos insumos e serviços, as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs), que dispõem sobre as diretivas para a elaboração da Lei Orçamentária Federal do ano seguinte a sua respectiva elaboração, entre os anos de 2002 e 2013, estabeleciam que esses valores deveriam ser obtidos do SINAPI. Nesse aspecto, a jurisprudência do TCU: [...] tem considerado que os preços medianos constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil–SINAPI são indicativos dos valores praticados no mercado e, portanto, há sobre preço quando o preço global está injustificadamente acima do total previsto no SINAPI. A partir de 2013, a Lei 12.919 (LDO 2014) não mais estabeleceu a origem dos valores. A definição ficou a cargo do Decreto nº 7.983 que estabelece, em seus artigos 3º e 4º, que os valores dos custos unitários deverão ser obtidos do SINAPI ou do Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO): 26 Art. 3º O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil. Art. 4º O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras – Sicro, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de infraestrutura de transportes. Em caso de inviabilidade da definição dos custos consoante o disposto nos artigos 3º e 4º do Decreto nº 7.983, a estimativa de custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal,em publicações técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado. Neste trabalho será enfatizado a tabela SINAPI como indicador de orçamento, apontando suas características e apresentando a análise de viabilidade de sua utilização em orçamento de uma obra através de um estudo de caso. 3.5.4. SINAPI De acordo com a Caixa Econômica Federal (CAIXA/2018), O SINAPI oferece uma fonte referencial de preços com o intuito de auxiliar os profissionais da área de orçamentação, dando-o respaldo judicialmente, uma vez que quaisquer falhas na documentação é responsabilidade deste profissional. Segundo a Caixa Econômica Federal (CAIXA/2018), a gestão do SINAPI é compartilhada entre CAIXA e IBGE. A Caixa é responsável pela base técnica de engenharia (especificação de insumos, composições de serviços e orçamentos de 27 referência) e pelo processamento de dados, e o IBGE, pela pesquisa mensal de preços, tratamento dos dados e formação de índices. Conforme cita Thomé (2016): A tabela do SINAPI contém vários índices de referência, como por exemplo o relatório de Preços de Insumos e Custos de Composições, Custos de Projetos – Residenciais, Comerciais, Equipamentos Comunitários, Saneamento Básico, Emprego e Renda; Conjuntura – Evolução de Custo e Indicadores da Construção Civil e Consulta Pública – Composições Analíticas com a discriminação dos insumos utilizados e das quantidades previstas por unidade de produção. A principal função dos indicadores da SINAPI é servir como orientadores para composição de custos unitários e orçamentos de obra em geral. 3.5.4.1. Insumos e Composições Os preços de insumos são coletados pelo IBGE e os valores medianos fornecidos à Caixa. Os insumos e composições têm a origem do preço identificada como coletado (C) pelo IBGE, obtido por meio do coeficiente de representatividade (CR) do insumo ou atribuído com base no preço do insumo para a localidade de São Paulo (AS). Os preços de insumos de mão de obra são divulgados considerando o acréscimo dos Encargos Sociais, Não Desonerados ou Desonerados, com percentuais para horista e mensalista informados no cabeçalho de cada relatório. Os preços de insumos e custos de composições não consideram percentual de BDI. As tabelas sem desoneração são sujeitas a recolhimento de até 20% do salário dos funcionários para contribuições para previdência e as com desoneração são passíveis de taxas por volta de 1% à 2% da receita bruta do empreendimento para as contribuições previdenciárias. As composições de Encargos Complementares adicionam ao preço do insumo de mão de obra os encargos complementares relativos ao insumo. 3.5.5. DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS Um bom plano de discriminação orçamentária é primordial ao considerar os diversos serviços a serem executados em uma obra. Neste sentido é essencial desenvolver um roteiro a fim de listar as diversas etapas e serem seguidas na execução do orçamento (AVILA et al., 2003, p.22). 28 O objetivo principal desta etapa é apresentar a relação dos serviços a serem considerados, de modo que nenhum dos serviços seja omitido durante a execução do orçamento e, posteriormente, na obra. Avila et al. (2003, p. 24) recomendam que a obra seja subdividida nas diversas etapas construtivas e, então, cada item deve ser estudado e possivelmente detalhado mais profundamente, sempre que necessário. Essa listagem deve considerar a ordem cronológica de execução dos serviços. A NBR 12721 (ABNT, 2005) apresenta os nove principais serviços a serem considerados na elaboração de um orçamento de uma obra de engenharia. Cada subitem está devidamente detalhado em seus pormenores na literatura original, como mostrado na Tabela 2. Tabela 2: Discriminação Orçamentária 1. Discriminação – Modelo 1.1. Serviços iniciais 1.1.1. Serviços técnicos 1.1.2. Serviços preliminares 1.1.3. Instalações provisórias 1.1.4. Maquinas e ferramentas 1.1.5. Administração da obra e despesas gerais 1.1.6. Limpeza da obra 1.1.7. Transporte 1.1.8. Trabalhos em terra 1.1.9. Diversos 1.2. Infraestrutura e obras complementares 1.3. Superestrutura 1.4. Paredes e painéis 1.4.1. Alvenarias e divisórias 1.4.2. Esquadrias e ferragens 1.4.3. Vidros Fonte: adaptado da NBR 12721 (ABNT, 2005) 29 Tabela 2: Discriminação Orçamentária 1.4.4. Elementos de composição e proteção fachadas 1.5. Coberturas e proteções 1.5.1. Cobertura 1.5.2. Impermeabilizações 1.5.3. Tratamentos especiais 1.6. Revestimentos, forros, marcenaria e serralheria, pinturas e tratamentos especiais 1.6.1. Revestimentos (interno e externo) 1.6.2. Forros e elementos decorativos 1.6.3. Marcenaria e serralheria 1.6.4. Pintura 1.6.5. Tratamentos especiais internos 1.7. Pavimentações 1.7.1. Pavimentações 1.7.2. Rodapés, soleiras 1.8. Instalações e aparelhos 1.8.1. Aparelhos e metais 1.8.2. Instalações elétricas 1.8.3. Instalações hidráulicas, sanitárias e gás 1.8.4. Prevenção e combate a incêndio 1.8.5. Ar condicionado 1.8.6. Instalações mecânicas 1.8.7. Outras instalações 1.9. Complementação da obra 1.9.1. Calafete e limpeza Fonte: adaptado da NBR 12721 (ABNT, 2005) 30 Tabela 2: Discriminação Orçamentária 1.9.2. Complementação da obra 1.9.3. Obras complementares 1.9.4. Ligação definitiva e certidões 1.9.5. Recebimento da obra 1.9.6. Despesas eventuais Fonte: adaptado da NBR 12721 (ABNT, 2005) É importante salientar que cada obra apresenta características particulares. Dessa forma, é recomendado adaptar a discriminação orçamentária para cada obra, a fim de atender as especificidades de cada empreendimento (ABNT, 2005, p. 49). 3.5.6. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS O custo total de uma obra é a soma dos valores individuas orçados para cada um dos serviços a serem executados. Portanto, a sua perfeição está aliada à identificação de todos os serviços necessários requeridos. Nesse processo, decompõe-se o produto, serviço ou atividade a fim de identificar todos os insumos necessários para o seu cumprimento (MATTOS 2006, p. 24; LIMMER, 1996, p. 87). A composição de custos objetiva nortear o empreiteiro sobre o valor futuro da obra. Essa etapa é a base utilizada pelas empresas para definir o preço do produto final (MATTOS, 2006, p. 62). 3.5.6.1. Custos Diretos Custos diretos são os custos apropriados diretamente na execução da obra, tais como, custos com materiais, mão-de-obra direta e equipamentos, incluindo também as despesas com a infraestrutura necessária para o bom andamento da obra, utilizados diretamente no canteiro (TISAKA, 2006, p. 39). É importante entender bem o conceito de custos diretos para poder diferenciar dos custos indiretos durante a orçamentação. Segundo Martins (2010, p. 63), se diferem pela facilidade de apropriação aos produtos e atividades de produção. Pode-se citar como exemplo de um custo direto a utilização de cimento para a execução de um elemento estrutural. O custo do concreto é facilmente 31 atribuído a esse serviço realizado no canteiro, sendo assim um custo direto da obra. Os custos indiretos serão detalhados e exemplificados no tópico BDI. Conforme TCU (2013, p. 25) as despesas relativas à administração local, instalação, mobilização, manutenção e desmobilização do canteiro, por se tratarem de serviços inerentes à obra, podendo ser mensurados e facilmente discriminados pela simples contabilização de seus componentes, devem constar na planilha orçamentária da obra como custo direto. O custo direto total da obra é obtido pelo somatório do produto “quantitativo vezes custo unitário” de cada um dos serviços necessários para a execução do empreendimento (TCU, 2013, p. 23). 3.5.6.2. Composição dos Custos Unitários O custo unitário corresponde a uma unidade de serviço a ser executado. Como, por exemplo, um m² de taco de madeira, uma unidade de janela de PVC de 1,20m x 1,20m ou um m³ de tubulão. Normalmente representado em forma de tabela, a composição dos custos unitários deve revelar todos os insumos indispensáveis para execução apropriada de uma unidade do serviço, acompanhada do consumo necessário (MATTOS, 2006, p. 62). O índice de consumo é obtido nas publicações técnicas, como por exemplo, o TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos da PINI e pode também, ser ponderado pela experiência e conhecimento técnico do orçamentista. Os custos unitários podem ser obtidos por meio de várias fontes. A tabela Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), desenvolvida e mantida pela Caixa Econômica Federal e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) é preconizada pelo TCU na orçamentação de obras públicas. A SINAPI apresenta valores válidos em todo território nacional, porém, em alguns casos, não representa a realidade de determinadas regiões do país. Alguns valores são incoerentes aos realmente praticados e a atualização não ocorre com a frequência necessária. Jungles e Santos (2001 apud FORMOSO, 2008, p. 88) afirmam que as cotações de preços variam em média 15%, visto que existem diferenças nos custos em função da região do país. 32 No que tange à mão de obra, conforme destaca o TCU (2013, p. 23), deve-se incluir nos seus custos os encargos sociais (atendendo também ao preconizado pelas leis sociais), os quais são calculados em função do local de execução dos serviços. 3.5.6.3. Levantamento dos Quantitativos De acordo com Mattos (2006, p. 44), além de ser necessário conhecer todos os serviços que compõem uma obra, antes de iniciar sua orçamentação deve-se saber, também, quanto deverá ser executado. Caso o projetista não forneça o levantamento de quantitativos detalhadamente, este se torna uma das principais tarefas do orçamento. O processo inclui cálculos baseados em dimensões precisas fornecidas no projeto ou em alguma estimativa (MATTOS, 2006, p. 28). O levantamento do quantitativo das etapas da obra deve ser feito por atividades, seguindo a lógica de execução dos serviços (JUNGLES e SANTOS, 2008, p. 88). O levantamento quantitativo exige muito do orçamentista por depender de leitura de projeto, cálculos de áreas e volumes, consulta à tabelas de engenharia, etc., o profissional deve sempre deixar uma memória de cálculo fácil de ser atualizada e conferida por outra pessoa, para que qualquer alteração de características ou dimensões do projeto não ocasione um novo levantamento completo. Por este motivo, as empresas utilizam seus próprios formulários padronizados (MATTOS, 2006, p. 44). 33 4. METODOLOGIA Nesse tópico será discriminado todas as informações consideradas importantes para a compreensão dos resultados obtidos nesta pesquisa. Informações gerais das obras e como está elaborado o orçamento. Elaboração dos bancos de dados e análises de custos. Onde foi levado em consideração valores da tabela SINAPI em comparativo com valores obtidos através de pesquisas no mercado local do município de estudo abordado. Para atingir aos objetivos propostos por este trabalho foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa descritiva do tipo estudo de caso, realizada junto a uma das obras executada por uma construtora paraibana. O estudo de caso deste trabalho foi desenvolvido junto à obra de um bloco administrativo do Instituto Federal, realizada no município de Esperança - PB, analisando de forma específica a sua superestrutura. Para tanto, foi analisado o orçamento juntamente com o quantitativo, desenvolvidos pela empresa responsável por executar a obra e realizados anteriormente ao início da mesma. Todos os serviços necessários para executar a superestrutura do bloco foram desmembrados conforme as especificações da tabela TCPO, sendo filtrado apenas os insumos necessários para execução de cada serviço. De posse dos dados de quantitativos de insumos necessários fornecidos pela empresa, aplicou-se os custos conforme a referência prevista na tabela SINAPI e os custos realmente desembolsados pela construtora, sendo estes resultantes do mercado local. Posteriormente, foram feitas comparações entre os valores orçados e os realmente utilizados para sua execução, os quais foram documentados pela empresa. As divergências foram identificadas e estudadas, sendo feita uma análise de todos os insumos da superestrutura neste empreendimento a fim de encontrar os maiores responsáveis pelas disparidades de custos e destacar os fatores que acarretaram na alteração do seu orçamento. 4.1. Procedimento de Análise A seguir, é apresentados a sequência de análises realizadas no decorrer do trabalho: 34 Figura 1: Etapas metodológicas utilizadas. A Figura 2 identifica a localização do objeto conforme os dados obtidos do Google Earth. Objeto de estudo (Superestrutura do Bloco Administrativo) Identificação dos serviços executados Cálculo de custos executados (Mercado Local) Cálculo de custo de cada serviço referente aos insumos Cálculo de custos previstos (SINAPI) Comparativo entre custos previsto e executado Desmembramento dos serviços Coleta de dados dos insumos Fonte: Autor. 35 Figura 2: Localização geográfica do objeto de estudo Fonte: Autor. Seguindo o fluxograma da Figura 1, foi identificado os serviços necessários para execução, para este estudo os serviços se refere somente ao executado na superestrutura do bloco administrativo do empreendimento. As Figuras 3 e 4 ilustram os serviços de escoramento e concretagem das lajes, respectivamente. Figura 3: Escoramento das lajes Figura 4: Concretagem das lajes Fonte: Autor. Fonte: Autor. 36 Após identificar os serviços, estes foram desmembrados descrevendo os itens de insumos necessários em cada serviço, conforme a tabela TCPO. Cada item foi precificado conforme os valores da tabela SINAPI e do Mercado Local, sendo o último resultado de coleta de dados em duas empresas locais. Por último, foi realizado o tratamento dos dados obtidos obtendo o comparativo de custos entre as duas fontes de custos. O relatório do SINAPI a ser utilizado na pesquisa tem data de emissão no dia 20/08/2018, e tomou como base de dados a cidade de João Pessoa-PB. Os insumos e custos de composições apresentam taxas de Encargos Sociais Desonerados de 86,95% (hora) e 48,79% (mês). 37 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na avaliação dos quantitativos e custos previstos apresentados pelo projeto, os serviços executados no bloco administrativo estão dispostos nas seguintes etapas conforme apresenta a Tabela 3: Tabela 3: Etapas de serviço executado ETAPAS DE SERVIÇOS 1.0 SERVICOS PRELIMINARES/TÉCNICOS 2.0 SERVIÇOS EM TERRA 3.0 FUNDAÇÕES E SONDAGENS 4.0 SUPERESTRUTURA 5.0 ALVENARIA E VEDAÇÕES 6.0 IMPERMEABILIZAÇÃO 7.0 COBERTURA E PROTEÇÕES 8.0 ESQUADRIAS METÁLICAS 9.0 ESQUADRIAS DE MADEIRA 10.0 VIDROS 11.0 FORROS 12.0 REVESTIMENTO 13.0 PAVIMENTAÇÃO 14.0 INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 15.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 16.0 SISTEMAS CONTRA DESCARGA ATMOSFERICA 17.0 INSTALAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO 18.0 CABEAMENTO ESTRUTURADO E TELEFÔNICO 19.0 INSTALAÇÕES DE CLIMATIZAÇÃO 20.0 INSTALAÇÕES DE SOM, CFTV E ALARME 21.0 PINTURA 22.0 BANCADAS, LOUÇAS, METAIS E ACESSÓRIOS 23.0 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 24.0 INSTALAÇÃO DE GÁS Fonte: próprio autor 38 Inicialmente, foi identificado todos os serviços referente a execução da superestrutura do bloco administrativo em estudo, sendo estes representados pelo Quadro 1. Quadro 1: Serviços executados na superestrutura do bloco administrativo 4.0 SUPERESTRUTURA 4.1 FORMA EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA 12 MM, PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO REAPR. 8X (CORTE/ MONTAGEM/ ESCORAMENTO/ DESFORMA). 4.2 ARMACAO ACO CA-50/60 -FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO 4.3 CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=30MPA PARA ESTRUTURAS, LANÇADO E ADENSADO INCLUSIVE CONTROLE TECNOLÓGICO 4.4 FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE TELA AÇO SOLDADA CA-60, Q-61, MALHA 15X15CM, FERRO 3.4MM (0.97 KG/M2), PAINEL 2,45X6,0M 4.5 LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, H=16CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=12CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL 4.6 LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, H=21CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=16CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL 4.7 CONCRETO ARMADO FCK=21,0MPA, ADENSADO E LANÇADO, PARA VERGAS, CONTRA-VERGAS, PILARETES E CINTAS, COM FORMAS PLANAS EM COMPENSADO RESINADO 12MM (05 USOS) Em seguida, todos os serviços citados acima foram desmembrados em itens correspondentes aos insumos e mão de obra, conforme a tabela TCPO da 13ª edição, emitida no ano de 2010. Foram coletados os dados apenas do itens de insumos, sendo estes precificados conforme os custos unitários do SINAPI e do mercado local. Os custos unitários do mercado local utilizados no trabalho são provenientes de um estudo de mercado. O estudo se deu através de uma pesquisa nos dois principais estabelecimentos comerciais localizado na cidade de Esperança-PB, sede da obra. De posse das cotações de preços, foram coletados os dados seguindo o critério de menor preço. Após a cotação, estes custos foram aplicados aos quantitativos de insumos executados nos serviços da superestrutura. A Tabela 4 representa a cotação de preços das duas empresas. 39 Tabela 4: Cotação de custo de materiais no mercado local ITEM UNID. EMPRESA 1 EMPRESA 2 AÇO 10.0 CA-50 VERGALHÃO kg 4,43 5,80 AÇO 12.5 CA-50 VERGALHÃO kg 4,22 5,45 AÇO 5.0 CA-60 VERGALHÃO kg 4,74 6,49 AÇO 6.3 CA-50 VERGALHÃO kg 4,55 5,95 AÇO 8.0 CA-50 VERGALHÃO kg 4,55 5,90 ARAME RECOZIDO (DIÂMETRO DO FIO: 1,25MM / BITOLA: 18BWG) kg 7,48 7,14 AREIA MÉDIA LAVADA m³ 32,31 30,77 CHAPA COMPENSADA RESINADA (E=12MM) m² 30,99 22,31 CIMENTO PORTLAND CP II-E-32 kg 0,42 0,432 DESMOLDANTE DE FORMAS PARA CONCRETO l 10,72 11,94 EPS (33X100X12)CM un 10,00 11,50 EPS (33X100X8)CM un 6,15 8,00 ESPAÇADOR CIRCULAR DE PLÁSTICO (C.:30MM) un. 0,16 0,22 PEDRA BRITADA 1 m³ 62,5 56,66 PONTALETE:3’’X3’’ CONSTRUÇÃO (TIPO DE MADEIRA: CEDRO) m 9,45 8,00 PREGO 15X15 COM CABEÇA (C.:34,5MM/D.:2,4MM) kg 12,00 11,00 PREGO 17X21 COM CABEÇA (C.:48,3MM/D.:3MM) kg 11,50 11,00 PREGO 17X27 COM CABEÇA DUPLA (C.:62,1MM/D.:3MM) kg 9,50 11,00 PREGO 18X27 COM CABEÇA (C.:62,1MM/D.:3,4MM) kg 8,60 6,81 SARRAFO 1’’X4’’ (ALTURA: 100MM/ LARGURA:25MM) m 5,35 7,50 TÁBUA 1’’X12’’ (ALTURA:25MM/ LARGURA:300MM) m 16,50 30,00 TÁBUA 1’’X6’’ (ALTURA:25MM/ LARGURA:150MM) m 18,00 16,00 TÁBUA 1’’X8’’ (ALTURA:25MM/ LARGURA:200MM) m 24,00 23,99 TELA DE AÇO CA-60 SOLDADA (D: 4,20 MM/DIMENSÕES 150MM X 150MM) kg 5,87 5,96 TRELIÇA TR08634 m 3,90 3,83 TRELIÇA TR12645 m 5,83 6,45 Fonte: próprio autor Após a cotação de preços, cada insumo foi selecionado conforme menor preço em cada fornecedor. De posse dos dados coletados até aqui, os custos dos serviços por unidade consumida foram elaborados e encontram-se disponíveis no Anexo A. Após a obtenção de custos dos serviços, o estudo prosseguiu com a análise de quantitativos executados disponibilizados pela construtora. Os dados de custos dos insumos conforme valores da tabela SINAPI e do Mercado Local, aplicado aos consumos indicados pela tabela TCPO, também estão apresentados na Tabelas 5. 40 Tabela 5:Quantitativo previsto e executado no Bloco Administrativo ITEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE CUSTOS (R$) UN EXECUTADA SINAPI MERCADO LOCAL 4.0 SUPERESTRUTURA 4.1 FORMA EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA 12 MM, PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO REAPR. 8X (CORTE/ MONTAGEM/ ESCORAMENTO/ DESFORMA). m² 2.653,57 R$ 22,14 R$ 19,55 4.2 ARMACAO ACO CA-50/60 - FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO kg 16.897,48 R$ 26,03 R$ 26,48 4.3 CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=30MPA PARA ESTRUTURAS, LANÇADO E ADENSADO INCLUSIVE CONTROLE TECNOLÓGICO m³ 150,10 R$ 272,12 R$ 246,34 4.4 FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE TELA AÇO SOLDADA CA-60, Q- 61, MALHA 15X15CM, FERRO 3.4MM (0.97 KG/M2), PAINEL 2,45X6,0M m² 429,03 R$ 8,18 R$ 6,12 4.5 LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, H=12CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=8CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM MADEIRA, CAPEAMENTO 4CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL m² 467,05 R$ 83,79 R$64,01 4.6 LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, H=16CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=12CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM MADEIRA, CAPEAMENTO 4CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL m² 61,81 R$ 109,25 R$87,89 4.7 CONCRETO ARMADO FCK=21,0MPA, ADENSADO E LANÇADO, PARA VERGAS, CONTRA-VERGAS, PILARETES E CINTAS, COM FORMAS PLANAS EM COMPENSADO RESINADO 12MM (05 USOS) m³ 7,99 R$ 1.183,58 R$ 1.069,44 Fonte: próprio autor De posse do dados apresentados na tabela acima, foi possível aplicar os custos de cada serviço em seus respectivos quantitativos. Após aplicar tais custos, a Tabela 6, apresenta o resultado da operação indicando a variação de custo entre o valores da tabela SINAPI e os valores obtidos no Mercado Local. 41 Tabela 6: Custos totais de cada serviço executado conforme a tabela SINAPI e o Mercado Local ITEM DISCRIMINAÇÃO CUSTO TOTAL (R$) VARIAÇÃO SINAPI MERCADO LOCAL % 4.0 SUPERESTRUTURA 4.1 FORMA EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA 12 MM, PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO REAPR. 8X (CORTE/ MONTAGEM/ ESCORAMENTO/ DESFORMA). R$ 58.750,04 R$ 51.877,29 13,25 4.2 ARMACAO ACO CA-50/60 - FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO R$ 439.841,40 R$ 447.445,27 -1,70 4.3 CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=30MPA PARA ESTRUTURAS, LANÇADO E ADENSADO INCLUSIVE CONTROLE TECNOLÓGICO R$ 40.845,21 R$ 36.975,63 10,46 4.4 FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE TELA AÇO SOLDADA CA-60, Q-61, MALHA 15X15CM, FERRO 3.4MM (0.97 KG/M2), PAINEL 2,45X6,0M R$ 3.509,63 R$ 2.625,66 33,66 4.5 LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, H=16CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=12CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL R$ 39.134,12 R$ 29.895,87 30,90 4.6 LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, H=21CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=16CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL R$ 6.752,74 R$ 5.432,48 24,30 4.7 CONCRETO ARMADO FCK=21,0MPA, ADENSADO E LANÇADO, PARA VERGAS, CONTRA-VERGAS, PILARETES E CINTAS, COM FORMAS PLANAS EM COMPENSADO RESINADO 12MM (05 USOS) R$ 9.456,80 R$ 8.544,82 10,67 598.289,94 582.797,02 2,65 Fonte: próprio autor É Possível observar que todos os serviço tiveram um custo menor ao utilizar- se dos valores do Mercado Local, exceto os custos com armação de aço CA-50/60. Tal exceção pode ser justificada pela maior facilidade de acesso entre as fábricas de aço e a cidade de João Pessoa, capital base de estudo da tabela SINAPI da Paraíba, que reduz custos do insumo nesta cidade. Tratando se um serviço que possui maior parcela de custos na Superestrutura, por menor que seja a taxa de variação quando comparado ao custo do Mercado Local, representa uma grande 42 redução do impacto dos custos favoráveis ao mesmo, podendo ser visivelmente observado na Figura 5. Entretanto, ainda se mantém um menor custo aos valores do Mercado Local. Figura 5: Gráfico de custos dos insumos em cada serviço executado na obra Fonte: próprio autor Ao final do estudo, observou-se uma economia de R$ 15.492,92 ao optar pelos valores do Mercado Local, cerca de 2,65% de diferença quando comparado aos custos obtidos pela tabela SINAPI. A princípio, tal diferença é relativamente desprezível. Tratando-se de um estudo limitado aos custos unitários de insumos da superestrutura, sem considerar os serviços de mão de obra, pode-se dizer que a tabela SINAPI é viável economicamente para ser utilizada como base de cotação orçamentário de insumos em obras de engenharia civil. Entretanto, é necessário que seja avaliado os custo com os serviços de mão de obra, devido a sua grande influência nos orçamentos, no qual é notado no nível A das curvas ABC de grande parte dos orçamentos de obras de engenharia. 0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000 400000 450000 500000 CHAPA DE MADEIRA ARMAÇÃO AÇO CONCRETO USINADO TELA DE AÇO LAJE H=12CM LAJE H=16CM CONCRETO ARMADO SINAPI X MERCADO LOCAL M. Local SINAPI 43 6. CONCLUSÃO O presente trabalho comprova que a estimativa de custo global de uma obra de construção civil, no que refere aos custos unitários de insumos, na cidade de Esperança-PB, pode ser apurada por meio da utilização da tabela SINAPI, cuja fonte de dados para cidades deste Estado é a capital João Pessoa-PB. De acordo com os dados extraídos do trabalho, não há uma necessidade de criação de uma tabela de referência local, formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal. O estudo mostrou uma variação favorável à opção por dados de custos obtidos pelos valores do Mercado Local. Tal variação indica uma economia relativamente insignificante ao optar por este indicador, quando comparado aos custos obtidos pela tabela SINAPI. Conclui-se que a utilização da tabela do SINAPI como indicador orçamentário dos custos de insumos na cidade de Esperança-PB é viável economicamente. A diferença de custos de insumos apresentados no trabalho é consideravelmente aceitável. Entretanto, cabe ressaltar que se trata de um estudo inicial, no qual se restringe aos custo unitários de insumos somente da superestrutura, não considerando os custo de serviços. É recomendável para estudos futuros uma avaliação de custos de serviços obtidos da tabela SINAPI comparando-a com os valores obtidos no Mercado Local, uma vez que tais serviços representam grande parcela de contribuição no custo global da obra. Além dos custos de serviços, itens de grande impacto no orçamento global da obra como o acabamento e instalações prediais, também são impreteríveis objetos de estudos em avaliações de custos. 44 REFERÊNCIAS DCI, DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS. Crise estimula busca por inovações da indústria na área da construção civil – Conjuntura. São Paulo, 2018. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721: Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para a incorporação de edifícios em condomínio– Procedimento. Rio de Janeiro, 2005. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12722: Discriminação de Serviços para a Construção Civil – Procedimento. Rio de Janeiro, 1992. AMORIM, Daniela.Crise prolongada na construção civil trava expansão de investimentos no País. Folha de São Paulo, São Paulo, 26 set. 2018. ANDRADE, A. C. e SOUZA U. E. L.. Críticas ao processo orçamentário tradicional e recomendações para a confecção de um orçamento integrado ao processo de produção de um empreendimento. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GESTÃO E EOCNOMIA DA CONSTRUÇÃO, 3., 2003, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar: ENTAC, 2003. 1 CD-ROM. CARDOSO, R. S. Orçamento de obras em foco: um novo olhar sobre a engenharia de custos. São Paulo: Pini, 2009. GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira. 4. ed. São Paulo: Editora PINI, 2004. INSTITUTO DE ENGENHARIA, Norma técnica para elaboração de orçamento deobras de construção civil, [s.l.] 2011. Disponível: <http://sinaenco.com.br>. Acessoem: 21 de outubro, 2017. JUNGLES, A. E.; SANTOS, A. de P. L. Como gerenciar as compras de materiais na construção civil: diretrizes para implantação da compra pró-ativa. 1. ed. São Paulo: Editora PINI, 2008. LIMMER, CARL V. Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1997. 45 MARCHIORI, F.; SOUZA, U. A interação do orçamento com o departamento de suprimentos em empresas de construção. Florianópolis, SC. 2006. 10 p. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 11. Anais. 2006, Florianópolis. MAROCKI, P. F.Análise do ambiente competitivo do setor da construção civil baseado no modelo de porter. Trabalho de conclusão de curso (TCC) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2014. MARQUES, José Roberto.Conceito de planejamento: o que é e como funciona. 19 dez. 2017.Disponível: <https://www.jrmcoaching.com.br/sobre/>. Acesso em: 02 de novembro, 2018. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Editora Atlas, 2010. MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obra: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. 1. Ed. (3ª tiragem) São Paulo: Pini, 2006 (tiragem 2007). MEDEIROS, M. 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Estudo da percepção dos profissionais de engenharia e arquitetura quanto à importância do gerenciamento de projetos para a construção civil. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, 2012. ROCHA, ARIANE ARAUJO. A Importância do Planejamento na Construção Civil, 2014. Disponível: < http://www.techoje.com.br>. Acesso em: 21 de outubro, 2018. SANTOS, A.P.L. MENDES, R. Planejando um conjunto de 77 residências utilizando a linha de balanceamento e lastplanner. In: II Simpósio Brasileiro de Gestão da Qualidade e Organização do trabalho no Ambiente Construído II SIBRAGEQ. Fortaleza, 04 – 06 set. 2001. ANTAC Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Anais em CD-ROM, Fortaleza, UFC, 2001. TCU: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Obras públicas: recomendações básicas para a contratação e fiscalização de obras de edificações públicas. 3. ed. Brasília, 2013. TCU: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. 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LOCAL Chapa compensada resinada (e=12mm) m² 0,156 27,87 22,31 4.35 3,48 Prego 17x21 com cabeça (c.:48,3mm/d.:3mm) kg 0,025 12,20 11,00 0,31 0,27 Pontalete:3’’x3’’(altura:75mm/largura:75 mm) m 0,75 10,88 8,00 8,16 6,00 Sarrafo 1’’x4’’ (altura:75mm/ largura:25mm) m 1,031 6,30 5,35 6,50 5,52 Tábua 1’’x8’’ (altura:25mm/ largura:200mm) m 0,065 5,82 23,99 0,38 1,56 Tábua 1’’x6’’ (altura:25mm/ largura:150mm) m 0,063 5,82 16,00 0,37 1,00 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,02 6,95 10,72 0,14 0,22 Prego 17x27 com cabeça dupla (c.:62,1mm/d.:3mm) kg 0,10 12,44 9,50 1,25 0,95 Prego 15x15 com cabeça (c.:34,5mm/d.:2,4mm) kg 0,05 13,51 11,00 0,68 0,55 CUSTO TOTAL R$22,14 R$19,55 Fonte: próprio autor Quadro 3: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.2 da superestrutura TCPO Nº 03210.8.1.4 Unidade: kg ARMACAO ACO CA-50/60 -FORNECIMENTO/ CORTE (PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO COMPONENTE UN. CONSUMO PREÇO (R$) SINAPI (R$) M. LOCAL SINAPI M. LOCAL Espaçador circular de plástico para pilares, fundo e laterais de vigas, lajes e pisos e estacas (c.:30mm) un 11,40 0,12 0,16 1,37 1,83 Barra de aço CA-60 (bitola:5,00) kg 1,10 4,30 4,75 4,73 5,22 Barra de aço CA-50 (bitola:6,30) kg 1,10 4,54 4,55 5,00 5,00 Barra de aço CA-50 (bitola:8,00) kg 1,10 5,10 4,55 5,61 5,00 Barra de aço CA-50 kg 1,05 4,34 4,43 4,56 4,65 48 (bitola:10,00) Barra de aço CA-50 (bitola:12,50) kg 1,10