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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE
ENGENHARIA ELÉTRICA
DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS
LEONARDO NOGUEIRA TAVARES
JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR
ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Campina Grande
2018
DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS
LEONARDO NOGUEIRA TAVARES
JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR
ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para conclusão do curso de ENGENHARIA
ELÉTRICA da CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE
NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE
Campina Grande
2018
Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL
R343
Rêgo, Josué Wagner de Carvalho. 
 Análise de Viabilidade Econônima da Utilização da Tabela
Sinapi Como Indicador Orçamentário Para a Construção
Civil / Josué Wagner de Carvalho Rêgo, Daniale Cavalcante
Vasconcelos, Leonardo Nogueira Tavares. - UNINASSAU
CAMPINA GRANDE: Campina Grande - 2018
 50 f. : il
 Monografia (Curso de Engenharia Civil) - Centro
Universitário Maurício de Nassau - Uninassau Campina
Grande - Orientador(es): M.sc. Pabllo da Silva Araujo
 1. Construção. 2. Custos Unitário. 3. Indicador. 4. Sinapi.
5. Viabilidade Econômica. 6. Budgetary Inputs. 7.
Construction. 8. Economic Viability. 9. Sinapi. 10. Unit Costs.
I.Título 
II.M.sc. Pabllo da Silva Araujo
UNINASSAU CAMPINA GRANDE - CAM CDU - 536.7
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE
ENGENHARIA ELÉTRICA
DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS
LEONARDO NOGUEIRA TAVARES
JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR
ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Campina Grande
2018
DANIALE CAVALCANTE VASCONCELOS
LEONARDO NOGUEIRA TAVARES
JOSUÉ WAGNER DE CARVALHO RÊGO
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔNIMA DA UTILIZAÇÃO DA TABELA SINAPI COMO INDICADOR
ORÇAMENTÁRIO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para conclusão do curso de ENGENHARIA
ELÉTRICA da CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE
NASSAU - UNINASSAU CAMPINA GRANDE
Campina Grande
2018
Ficha catalográfica gerada pelo Sistema de Bibliotecas do REPOSITORIVM do Grupo SER EDUCACIONAL
R343
Rêgo, Josué Wagner de Carvalho. 
 Análise de Viabilidade Econônima da Utilização da Tabela
Sinapi Como Indicador Orçamentário Para a Construção
Civil / Josué Wagner de Carvalho Rêgo, Daniale Cavalcante
Vasconcelos, Leonardo Nogueira Tavares. - UNINASSAU
CAMPINA GRANDE: Campina Grande - 2018
 50 f. : il
 Monografia (Curso de Engenharia Civil) - Centro
Universitário Maurício de Nassau - Uninassau Campina
Grande - Orientador(es): M.sc. Pabllo da Silva Araujo
 1. Construção. 2. Custos Unitário. 3. Indicador. 4. Sinapi.
5. Viabilidade Econômica. 6. Budgetary Inputs. 7.
Construction. 8. Economic Viability. 9. Sinapi. 10. Unit Costs.
I.Título 
II.M.sc. Pabllo da Silva Araujo
UNINASSAU CAMPINA GRANDE - CAM CDU - 536.7
 
3 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À nossa família que, com muito carinho e 
apoio, não mediram esforços para que 
chegássemos até esta etapa, vocês são 
responsáveis por esta conquista. 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, aos nossos 
professores por nos proporcionar todo conhecimento, em especial ao Prof. Me. 
Pabllo da Silva Araújo pela orientação, apoio, confiança e empenho dedicado à 
elaboração deste trabalho e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da 
nossa formação, o nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
RÊGO, Josué Wagner de Carvalho, TAVARES, Leonardo Nogueira, VASCONCELOS, 
Daniale Cavalcante. Análise de viabilidade econômica da utilização da tabela 
SINAPI como indicador orçamentário para a Construção Civil. 51 f. Trabalho de 
conclusão de curso (Bacharel em Engenharia Civil) – Centro Universitário Maurício de 
Nassau, unidade de Campina Grande, PB, 2018. 
 
 
RESUMO 
 
 
Até o ano de 2013, as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabeleciam que,na 
orçamentação de uma obra pública, no que tange aos custos unitários dos insumos e 
serviços, esses valores deveriam ser obtidos do SINAPI. Mesmo após a Lei 12.919 
(LDO 2014), que não mais determina a referência desses valores, ainda é comum a 
utilização da SINAPI como indicador orçamentário em obras custeadas com recursos 
provenientes da União. Entretanto, este indicador apresenta dados de custo com base 
em pesquisa apenas nas capitais do Brasil, o que pode induzir divergências de valores 
nas demais cidades dos Estados. Este trabalho tem por objetivo analisar a viabilidade 
econômica na utilização da tabela SINAPI, através de um comparativo entre custos 
previstos, com base em valores obtidos na tabela SINAPI e com base no mercado local, 
e executados. Tem como estudo de caso uma obra pública referente ao Instituto Federal 
(IF) na cidade de Esperança-PB. A pesquisa foi realizada de forma quantitativa, restrita 
ao conjunto estrutural do bloco administrativo do referido objeto de estudo, analisando 
os custo diretos com materiais. Os custos obtidos são resultados das análises e do 
tratamento de dados fornecidos pela empresa responsável pela execução. Os 
resultados representam a realidade da região em estudo. Os valores obtidos possuem 
divergência relativamente insignificante aos realmente praticados, cerca de 2,65% 
equivalente à R$ 15.492,92 favorável aos custos com valores do Mercado Local. O 
presente trabalho comprova que a estimativa de custos de insumos global de uma obra 
de construção civil pode ser apurada por meio da utilização de dados fornecidos pela 
tabela SINAPI, sem a necessidade de criar uma tabela de referência local, formalmente 
aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal. Conclui que a 
utilização da tabela do SINAPI como indicador orçamentário na cidade de Esperança-PB 
é viável economicamente. 
 
Palavras-chave: Viabilidade Econômica. Custos Unitário. Construção Civil. SINAPI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
 
 
By 2013, as the Budget Guidelines Laws (LDOs), which created a public masterpiece, 
were not intended for the members of the inputs and services, which are intended to 
carry out the SINAPI. Even after Law No. 12,919 (LDO 2014), which is no longer 
determinant for the determination of values, it is still common to use SINAPI as a budget 
indicator in relation to the sources of resources of the Union. However, this indicator 
presents cost data with base in the researches only in the capitals of Brazil, what can 
induce divergences of values in the other cities of the States. The objective of this study 
was to analyze the feasibility of using the SINAPI table, through a comparison between 
the expected costs, based on the values obtained in the SINAPI table, and those 
executed from a public publication related to the Federal Institute (IF) in the city of 
Esperança . PB. A. It was investigated as to the quantitative form, restricted to the 
structural set of the investigative method, analyzing the direct costs with materials. It 
focuses on comparing the expected cost with a case study. The costs are the results of 
the analysis and data processing before the company by the execution. The results of 
the maps represent a reality of the region under study. The indices derived from 
divergence in relation to the type of interest practiced, about 2.65% are equivalent to R $ 
15,492.92. The present work can be obtained through the use of global data of a civil 
construction work can be verified through the use of data obtained by SINAPI, without 
the need of
a local reference table, formally or by the federal public administration. It 
concludes that the use of the SINAPI table as a budget indicator in the city of Esperança-
PB is economically feasible. 
 
Keywords: Economic Viability. Unit Costs. Budgetary Inputs. Construction 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Etapas metodológicas utilizadas.. .............................................................. 34 
Figura 2: Localização geográfica do objeto de estudo .............................................. 35 
Figura 3: Escoramento das lajes ............................................................................... 35 
Figura 4: Concretagem das lajes ............................................................................... 35 
Figura 5: Gráfico de custos dos insumos em cada serviço executado na obra ......... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Taxa de Variação /em relação ao mesmo trimestre do ano passado e 
Acumulado em 4 trimestres ....................................................................................... 15 
Tabela 2: Discriminação Orçamentária ..................................................................... 28 
Tabela 2: Discriminação Orçamentária ..................................................................... 29 
Tabela 2: Discriminação Orçamentária ..................................................................... 30 
Tabela 3: Etapas de serviço executado..................................................................... 37 
Tabela 4: Cotação de custo de materiais no mercado local ...................................... 39 
Tabela 5:Quantitativo previsto e executado no Bloco Administrativo ........................ 40 
Tabela 6: Custos totais de cada serviço executado conforme a tabela SINAPI e o 
Mercado Local ........................................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Serviços executados na superestrutura do bloco administrativo .............. 38 
Quadro 2: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.1 da 
superestrutura ........................................................................................................... 47 
Quadro 3: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.2 da 
superestrutura ........................................................................................................... 47 
Quadro 4:Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.3 da 
superestrutura ........................................................................................................... 48 
Quadro 5: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.4 da 
superestrutura ........................................................................................................... 48 
Quadro 6: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.5 da 
superestrutura ........................................................................................................... 49 
Quadro 7:Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.6 da 
superestrutura ........................................................................................................... 49 
Quadro 8: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.7 da 
superestrutura ........................................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
BDI – Benefício de Despesas Indiretas 
CUB – Custo Unitário Básico 
CUB/m² – Custo Unitário Básico por metro quadrado 
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes 
FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IF – Instituto Federal 
LDOs – Leis de Diretrizes Orçamentárias 
MPPR - Ministério Público do Paraná 
NBR – Norma Brasileira 
PIB – Produto Interno Bruto 
SICRO – Sistema de Custos Referenciais de Obras 
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índice da Construção Civil 
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso 
TCPO – Tabela de composições de preços para Orçamento 
TCU – Tribunal de Contas da União 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................12 
2. OBJETIVOS............................................................................................................................14 
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................14 
2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................14 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................15 
3.1. Cenário Atual da Construção Civil no Brasil ...........................................................15 
3.2. Planejamento .................................................................................................................16 
3.2.1. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE PROJETO .......................................17 
3.3. Gerenciamento de Projetos na Construção Civil ...................................................18 
3.4. Custos na Construção Civil ........................................................................................19 
3.5. Orçamento na Construção Civil .................................................................................20 
3.5.1. TIPOS DE ORÇAMENTOS ....................................................................................21 
3.5.1.1. Estimativas de Custos.........................................................................................22 
3.5.1.2. Orçamento Preliminar .........................................................................................22 
3.5.1.3. Orçamento Analítico ............................................................................................23 
3.5.2. ETAPAS DE ORÇAMENTO ...................................................................................24 
3.5.3. INDICADORES DE ORÇAMENTO .......................................................................25 
3.5.4. SINAPI ......................................................................................................................26 
3.5.4.1. Insumos e Composições ....................................................................................27 
3.5.4.2. Relatório SINAPI-João Pessoa-PB ....................................................................27 
3.5.5. DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS .....................................................................27 
3.5.6. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS..............................................................................30 
3.5.6.1. Custos Diretos .....................................................................................................30 
3.5.6.2. Composição dos Custos Unitários .....................................................................31 
3.5.6.3. Levantamento dos Quantitativos........................................................................32 
4. METODOLOGIA.....................................................................................................................33 
4.1. Procedimento de Análise ............................................................................................33 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................37 
6. CONCLUSÃO .........................................................................................................................43
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................44 
ANEXOS A .....................................................................................................................................47 
 
 
12 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O setor da construção civil faz parte da economia dos países, onde possui 
parcela importante no Produto Interno Bruto (PIB), o que traz efeitos significativos na 
taxa de empregos de todo o país (UNIEMP, 2010). Este segmento implica gastos de 
valores consideráveis, tratando-se muitas vezes de um alto investimento, tanto ao 
empreendedor quanto ao cliente. Segundo o Diário Comércio Industria e Serviços 
(DCI/ 2018), a atual crise impulsionou a procura por modernização na construção 
civil, cujo setor ainda apresenta métodos considerados defasados. 
De acordo com Mattos (2007), como a orçamentação é a base de fixação de 
preço de um projeto, esta se torna uma das principais áreas no negócio da 
construção. Na elaboração do orçamento, deve-se fazer o mais detalhado possível 
para que não existam nenhum tipo de erro na composição do custo, nem 
considerações descabidas que comprometam a aproximação do modelo real de 
custos e projetos executivos minimizam erros de aproximação. 
O orçamento é a soma de todos os custos necessários à execução de uma 
obra. Afirmam, Marchiori e Souza (2006), que a gestão do orçamento a ser 
elaborado, serve apenas como custo de referência, ou seja, não objetiva determinar 
custo total da obra. Portanto, custo previsto e o custo real de uma obra tornam-se 
divergentes. Quanto mais detalhado um orçamento, mais ele se aproximará do custo 
real, podendo resultar em lucro ou prejuízo para a empresa quando faltam critérios 
técnicos e econômicos mínimos para a sua elaboração. 
O quantitativo de uma obra é baseado em um levantamento dos serviços que 
serão utilizados durante a execução. Junto ao quantitativo devem ser especificadas 
as definições técnicas dos insumos utilizados(tamanho, marca, cor, etc.) e as 
quantidades que serão utilizadas em cada etapa da execução. De posse do 
quantitativo é elaborada a planilha orçamentária, com base nos valores unitários de 
cada um dos serviços, no valor da mão-de-obra e nos valores de encargos sociais, 
para se obter uma referência de custo total do empreendimento(MIOTTO et al., 
2014). 
A disparidade na produtividade prevista por meio de coeficiente é outro fator 
de forte impacto financeiro no custo final do serviço. 
13 
 
 
A principal fonte de dados de custos e composições utilizadas como 
referência em grande parte dos orçamentos de obras públicas no Brasil é o Sistema 
Nacional de Pesquisas de Custo e Índice da Construção Civil – SINAPI que 
comutam responsabilidade entre os órgãos públicos CAIXA, o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) e Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) 
para obra rodoviárias. Entretanto, outros indicadores para orçamento também se 
fazem presentes no mercado da construção civil, são eles a Tabela de Composição 
de Preços para Orçamento (TCPO); Sistema de Orçamento de Obras de Sergipe 
(ORSE); Secretária da Infraestrutura (SEINFRA) Custo Unitário Básico por m² 
(CUB/m²); Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). 
Portanto, Este trabalho visa avaliar a viabilidade econômica na utilização da 
tabela SINAPI como indicador para orçamento, através de um estudo comparativo 
entre os custos previsto e realizados na execução do bloco Administrativo do 
Instituto Federal localizado na cidade de Esperança – PB, à 151 km de João 
Pessoa-PB, capital utilizada como base de dados da tabela SINAPI do presente 
trabalho. No decorrer do estudo, foram identificados os possíveis causadores das 
discrepâncias entre os custos calculados com base no planejamento, antes do início 
da execução, e depois da finalização do objeto de estudo em análise. Assim, a 
identificação dos possíveis causadores dessas disparidades na obra analisada neste 
estudo deve servir de subsídio para uma melhor compreensão da realidade da 
construção civil e minimização de recursos humanos, materiais e financeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
2. OBJETIVOS 
2.1. Objetivo Geral 
O trabalho teve como objetivo geral avaliar a viabilidade econômica na utilização 
da tabela SINAPI como indicador para orçamento, realizando um estudo 
comparativo entre os custos previstos e realizados na execução do bloco 
Administrativo do Instituto Federal localizado na cidade de Esperança – PB. 
2.2. Objetivos Específicos 
Os objetivos específicos são: 
 Identificar as discrepâncias de custos entre os valores previsto pela tabela 
SINAPI e o executado conforme os custos reais do mercado local; 
 Identificar em quais pontos as divergências custos ocorrem; 
 Calcular a variação do custo final do empreendimento, analisando a 
eficiência na utilização da tabela SINAPI como indicador para orçamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
3.1. Cenário Atual da Construção Civil no Brasil 
A indústria da construção civil é um dos setores mais importantes para a 
economia. O desenvolvimento e a capacidade de produção do país estão 
relacionados diretamente com o crescimento desse setor. A construção civil é um 
setor que contribui para o desenvolvimento regional, pois traz uma maior oferta de 
empregos formais, sem necessidade de mão de obra qualificada, em parte dos 
casos. Implicando uma melhoria de renda para a população mais carente, por ser 
um dos setores que mais emprega no Brasil. Observa-se que nesse campo boa 
parte da empregabilidade dos indivíduos com pouco grau de instrução escolar, são 
trabalhadores que desempenham suas funções na construção de edificações, 
rodovias, edifícios, e etc. (OLIVEIRA et al., 2015). 
Como pode ser visto na tabela 1, de acordo com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatísticas (IBGE), a evolução do PIB da construção civil voltou a 
apresentar resultados negativos no primeiro trimestre deste ano. Comparando com o 
mesmo trimestre de 2017, o PIB da construção civil teve queda de 2,2%, taxa 
superior à observada no quarto trimestre de 2017, de -1,6%, nessa mesma base de 
comparação. Na Tabela 1 é abordada as taxas de variação do PIB na construção 
civil nos últimos anos, quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado. 
Tabela 1: Taxa de Variação em relação ao mesmo trimestre do ano passado 
TRIMESTRE 1º 2º 3º 4º ACUMULADO 
2010 19,6 18,0 9,3 7,4 13,1 
2011 8,6 7,3 9,4 7,7 8,2 
2012 8,7 1,9 2,9 -0,1 3,2 
2013 1,2 7,9 5,5 3,3 4,5 
2014 8,4 -2,7 -9,0 -4,2 -2,1 
2015 -10,5 -11,4 -6,7 -7,3 -9,0 
2016 -5,9 -3,6 -5,0 -8,0 -5,6 
2017 -6,4 -7,1 -4,7 -1,6 -5,0 
2018 -2,2 -1,1 - - -2,4 
Fonte: adaptado do IBGE(2018) 
Em 2017, o PIB da construção civil caiu 5,0%, em relação ao ano anterior 
segundo o levantamento do IBGE. O desempenho foi o pior entre todos os sub 
setores da economia. Apesar do resultado negativo, a retração é menor do que a 
16 
 
 
apresentada nos dois anos anteriores: -5,6% em 2016 e -9,0% em 2015. O que é 
importante lembrar que pouco antes disso, o PIB do setor só vinha apresentando 
crescimentos: 4,5% em 2013, 3,2% em 2012, 8,2% em 2011 e 13,1% em 2010. 
De acordo com pesquisas do IBGE em 2018, dos quatro segmentos do PIB 
do Brasil, segundo a desagregação das Contas Nacionais Trimestrais, o 
desempenho da construção foi o mais fraco. Tal desempenho negativo da 
construção ganha ainda destaque quando se considera que a economia como um 
total avançou 1,2% nessa mesma base de comparação. 
Segundo Marocki (2014), as empresas do setor da construção civil vem 
atuando em um mercado cada vez mais competitivo. O constante avanço 
tecnológico e as transformações do ambiente fazem com que as organizações 
procurem novas soluções para aperfeiçoar seus processos
e alcançar vantagens 
sobre seus concorrentes. 
A atual crise na construção civil agrava a expansão de investimentos no País. 
Na concepção de Cláudio, coordenador do Monitor do PIB da Fundação Getúlio 
Vargas (FGV), o empresariado brasileiro vem retomando a modernização do parque 
produtivo, mas a recuperação da taxa de investimentos na economia não decola por 
conta da paralisação nas obras de infraestrutura e do receio das famílias em 
comprometer a renda com financiamento imobiliário, dois setores estratégicos para 
crescimento da construção civil – políticas de governo adequadas diante do cenário 
ainda complicado do mercado de trabalho (AMORIM, 2018). 
3.2. Planejamento 
Segundo Marques (2017), o conceito de planejamento consiste no ato de criar 
e planejar, antecipadamente, uma ação, desenvolvendo assim, estratégias 
programadas para atingir determinado objetivo.Funciona como uma forma de 
identificar um alvo específico, com a intenção de organizar e aplicar as melhores 
maneiras para atingi-lo. 
O mercado da Construção Civil está dia a dia mais exigente, buscando 
qualidade nos serviços, porém sempre minimizando custos. Um empreendimento, 
para se ter excelência no resultado final e gerar lucro, precisa, antes de tudo, de um 
17 
 
 
planejamento e gerenciamento em todas as etapas, principalmente, na fase do 
projeto da obra (ROCHA, 2014). 
O planejamento e o controle precisam de uma visão geral da obra, para se ter 
base confiável na tomada de decisões, durante todo o processo. 
Por meio de análise, o planejador pode trabalhar de forma mais assertiva com as 
folgas das atividades e tomar decisões importantes como nivelar recursos, protelar a 
alocação de determinados equipamentos. O planejamento de uma obra não se 
esgota na preparação do cronograma. É preciso monitorar o avanço das atividades 
e verificar se o cronograma é obedecido ou se há variações entre o que foi previsto e 
o que vem sendo realizado em campo. O planejamento é uma função de apoio à 
coordenação das várias atividades. (ROCHA, 2014, p. 82). 
Na construção civil, o planejamento deve estar intimamente ligado ao 
gerenciamento, englobando complexos conhecimentos e informações de diversos 
setores. Posteriormente, importância da compatibilização de projetos para evitar 
erros de execução e/ou aumento de custos em itens não previstos. Tem-se que levar 
em conta o mercado atual e futuro, demandas e ofertas no ambiente local, o tipo de 
construção a ser realizada, viabilidade técnica, financeira e econômica da empresa, 
entre vários outros quesitos (GOLDMAN, 2004). 
3.2.1. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE PROJETO 
De acordo com o Ministério Público do Paraná(MPPR/2018), a gestão de 
projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas 
atividades do projeto com o objetivo de alcançar os resultados esperados. São 
utilizados para descrever, organizar e monitorar o andamento das atividades. Esses 
conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas são chamados de “processos de 
gerenciamento de projeto” e são reconhecidos, por convenção, como “boas práticas” 
que, uma vez aplicadas aos projetos, podem agregar valor e utilidade. 
Segundo o Project Management Institute, gestão de projetos são processos 
pelos quais se aplicam conhecimentos, capacidades, instrumentos e técnicas às 
atividades do projeto de forma a satisfazer as necessidades e expectativas. 
O planejamento e programação que devem ser estudados para um projeto 
dizem respeito ao gerenciamento de seu tempo. De acordo com Carvalho (2006), os 
processos considerados nesse gerenciamento são: 
a) Definição das atividades: as atividades são todas tarefas que compõe o 
projeto. São como as unidades mínimas em que o trabalho pode ser dividido. Essa 
18 
 
 
definição de divisão depende de como o projeto foi definido em termos de recursos e 
métodos. 
b) Sequência das atividades: nesse processo são estabelecidas as relações de 
dependência das atividades previamente definidas. 
c) Estimativa dos recursos das atividades: serve para definir todos os recursos 
utilizados pelas atividades. 
d) Estimativa da duração das atividades: refere-se ao tempo de duração de cada 
atividade. 
e) Desenvolvimento do cronograma: nesse processo são reunidas e analisadas 
todas as informações anteriores em conjunto para se realizar a programação do 
projeto e seu cronograma. 
f) Controle do cronograma: utilizado para controlar todas as mudanças feitas no 
cronograma. 
O objetivo do planejamento é diminuir os custos junto com o tempo de 
execução dos projetos e as dúvidas que são relacionadas ao seu escopo. Do 
mesmo modo, Santos et al. ((1992), apud SANTOS e MENDES (2001)) dizem que o 
planejamento é um processo de tomada de decisões, em que as ações são 
necessárias, para que se possa transformar o projeto inicial em um empreendimento 
que será o estágio final de todo o planejamento construído. 
 
Segundo a Norma Brasileira (NBR) 12722 (ABNT, 1992), o planejamento do 
empreendimento é criado pelo estudo da viabilidade, escolha do local, estudos 
geotécnicos, caracterização física da edificação, escolha dos profissionais, ligação e 
integração com serviços públicos, entre outros. Ou seja, a partir do planejamento, 
para dar-se início a uma obra, é realizado todo o estudo da dimensão e proporção 
da mesma e da quantidade e valores gastos para a elaboração de projetos e 
execução da obra. Este planejamento inclui as atividades que serão feitas a médio e 
longo prazo, para que se possam prever todas as situações desejadas. 
 
3.3. Gerenciamento de Projetos na Construção Civil 
19 
 
 
Ao longo dos anos, as técnicas de gerenciamento de projetos evoluíram no 
intuito de acompanharem a evolução e as mudanças do mundo moderno. 
Transformaram-se em poderosas ferramentas capazes de monitorar e controlar 
elementos fundamentais de sucesso do negócio. Mais recentemente, com a busca 
contínua pela melhoria da qualidade em produtos e serviços, observa-se uma 
evolução natural do gerenciamento de projetos e o crescimento da preocupação 
com os níveis de maturidade em gestão das empresas (PINTO, 2012). 
Com seu campo de atuação antigamente restrito às atividades relacionadas à 
produção do edifício, a crescente concorrência no setor da Construção Civil 
impulsionou as construtoras a buscar estratégias para estabelecer práticas de 
gestão que possibilitem acompanhar as mudanças ao ambiente, agregando valor 
aos negócios atuais e inovando nos novos negócios (MEDEIROS, 2012). 
O gerenciamento de obras consiste em uma fase integrante da parte da 
execução do projeto, na qual se desenvolve, simultaneamente, a execução e a 
gestão técnica e administrativa da implantação do projeto diretamente na obra. Esta 
supervisão técnica pode também ser associada às atividades relativas do 
gerenciamento, que consistem na administração dos contratos e serviços 
relacionados com a obra e permitem um rigoroso controle de todas as atividades, 
para que se cumpra o cronograma físico-financeiro até a quantidade e qualidade dos 
materiais e mão de obra empregados na obra. A gestão é extremamente importante 
para que se possa administrar os objetivos a serem atingidos, tanto a nível técnico 
administrativo e financeiro, como no realização do prazo disponível para a execução 
da obra (MOUTINHO e IRENE VILA, 2003). 
O gerenciamento permite uma avaliação correta de todas as 
etapas,analisando os prazos de entrega, a produtividade, os equipamentos, e, em 
todos os passos, esta avaliação impacta nos custos que foram orçados, fazendo, 
assim, com que os gastos não se percam do controle. Assim, tendo garantia de que 
a obra, na fase de execução, mantenha-se em um ritmo sem sair do planejado, já 
que está sendo gerenciada com antecedência, evitando imprevistos que sempre 
aparecem e aumentam os custos e acabam impactando nos prazos. 
 
3.4. Custos na Construção Civil 
20 
 
 
Define-se
custos na construção civil como o montante financeiro, proveniente 
de gastos com bens, serviços e transações financeiras, necessários à execução de 
um empreendimento, desde a etapa de estudo de viabilização até a sua utilização, 
durante um prazo pré-estabelecido (ANDRADE & SOUZA, 2003). 
Para se determinar o custo de um empreendimento, faz-se necessário um 
orçamento, elaborado com documentos de memoriais descritivos; cadernos de 
encargos; projetos arquitetônicos; projetos complementares, considerando-se todos 
os custos diretos ou indiretos, leis sociais e tudo o que pode influenciar no custo 
total. 
Segundo Limmer (1997), os custos da produção classificam-se em diretos, o 
qual será analisado no presente trabalho, e indiretos, sendo de suma importância a 
correta classificação desses custos. Define-se como custo direto os advindos dos 
insumos que são agregados ao produto, isto é, os que são incorporados ao mesmo; 
e como custo indireto o valor dos insumos necessários à produção, mas que não se 
agregam ao produto. Os custos diretos de produção podem ser divididos em três 
elementos primários: materiais, mão-de-obra e equipamentos. Já os custos indiretos 
de produção são aqueles que não podem ser apropriados diretamente à execução 
dos serviços, porém, estão inseridos no processo produtivo. São considerados 
indiretos pela dificuldade que apresentam de ser atribuídos aos serviços, ou seja, 
são de difícil mensuração. Constituem-se basicamente pelos custos originados nos 
departamentos de produção como, por exemplo, custos dos projetos arquitetônicos e 
complementares e gastos com mão-de-obra técnica. 
 
3.5. Orçamento na Construção Civil 
O orçamento na construção civil consiste na determinação do custo de uma 
obra antes de sua realização, elaborado com base em documentos específicos, tais 
como projetos, memorial descritivo e encargos, considerando-se todos os custos 
diretos e indiretos envolvidos, as condições contratuais e demais fatores que 
possam influenciar no custo total. 
Segundo Cardoso (2009), o orçamento é um documento importante, para 
qualquer estudo inicial ou viabilidade. Uma obra, nas primeiras etapas, sem ser 
definido o custo dos recursos necessários, pode se tornar uma obra inacabada. 
 
21 
 
 
O orçamento, parte integrante dos contratos, é o documento por meio do 
qual o auditor acessa as mais variadas informações dos projetos de 
arquitetura e de engenharia, podendo ainda efetuar diversas confrontações 
com os documentos e relatórios de prestação de contas. (CARDOSO, 
2009,p. 15). 
 
De acordo com Limmer (1997), um orçamento também pode ser definido 
como a determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de 
acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos estes 
traduzidos em termos quantitativos. Para o autor, o orçamento de um projeto deve 
satisfazer aos seguintes objetivos: 
a) definir o custo de execução de cada atividade ou serviço; 
b) constituir-se em documento contratual, servindo de base para o faturamento 
da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra e para dirimir 
dúvidas ou omissões quanto aos pagamentos; 
c) servir como referência da análise dos rendimentos obtidos dos recursos 
empregados na execução dos projetos; 
d) fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto, informações 
para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando ao 
aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa 
executora do projeto no mercado. 
Para montar um orçamento é necessário, entre outros aspectos, conhecer os 
coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de materiais e consumo 
horário dos equipamentos utilizados nos serviços. Quanto mais especificado é um 
orçamento, mais útil ele se torna enquanto referência para a execução, pois o gestor 
da obra passa a ter informações sobre a quantidade de cada atividade que terá de 
implementar, facilitando, inclusive, o controle dos custos. 
 
3.5.1. TIPOS DE ORÇAMENTOS 
De acordo com o Instituto de Engenharia (2011) e segundo a Norma Técnica 
IE - nº 01/2011, os tipos de orçamento na construção civil podem ser denominados 
por estimativa de custo; orçamento preliminar; orçamento analítico ou detalhado e 
orçamento sintético ou resumido. 
 
 
22 
 
 
Segundo Mattos (2007), um orçamento pode ser classificado como: 
a) Estimativa de custos– avaliação expedita com base em custos históricos e 
comparação com projetos similares; 
b) Orçamento Preliminar– mais detalhado do que a estimativa de custos 
pressupõe o levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos 
principais insumos e serviços; 
c) Orçamento analítico ou detalhado– elaborado com composição de custos e 
extensa pesquisa de preços dos insumos, procura chegar a um valor bem 
mais próximo do custo “real”. 
 
3.5.1.1. Estimativas de Custos 
Utilizada normalmente na fase inicial do projeto, a estimativa de custos é 
elaborada de duas formas: 
a) a partir de indicadores formados pelos próprios projetos semelhantes já realizados 
pela empresa; 
b) utilizando Custo Unitário Básico (CUB), indicador muito usado pelas empresas 
construtoras quando não possui um banco de dados com obras semelhantes. 
Para as empresas que utilizam o CUB como indicador para a elaboração de 
estimativas de custos, devem utilizar os quadros elaborados pelos sindicatos de 
cada estado (Sinduscon), conforme coeficientes constantes na NBR 12.721. 
 
3.5.1.2. Orçamento Preliminar 
Também conhecido como orçamento de anteprojeto, segundo Xavier(2008), é 
o orçamento onde se detalha um pouco mais que a estimativa de custo, levantando 
quantidades e atribuindo custos a alguns serviços. Com base em alguns indicadores 
úteis podem-se levantar quantitativos que ficam mais próximos de um orçamento 
analítico. Por exemplo: 
 
a) No volume de concreto, o indicador é a espessura média do concreto caso 
este fosse distribuído regularmente pela área do pavimento. Estruturas abaixo 
de 10pavimentos têm entre 12 a 16 cm, estruturas acima de 10 pavimentos 
têm entre16 a 20 cm; 
b) No peso da armação, verificasse que em construções prediais a taxa de aço 
média fica numa faixa: estruturas abaixo de 10 pavimentos têm entre 83 a 88 
23 
 
 
kg por m³ de concreto, estruturas acima de 10 pavimentos têm entre 88 a 
100kg por m³ de concreto; 
c) No cálculo na área de fôrma para moldagem de um pilar, viga e laje, verifica-
seque de concreto a utilização média de fôrma recai numa determinada faixa 
entre 12 a 14 m² por m³. 
 
3.5.1.3. Orçamento Analítico 
Composto de um orçamento bem detalhado, fundamentado em custos que 
absorvem todas as previsões de despesas do investimento. Cada obra possui 
características próprias e, por isso mesmo, deve ser orçada segundo os projetos 
executivos, memoriais descritivos e especificações técnicas (COÊLHO, 2006). 
Para Mattos (2007), o orçamento analítico vale-se de uma composição de 
custos unitários para cada serviço da obra. Além do custo dos serviços (custo 
direto), são computados também os custos de manutenção do canteiro de obras, 
equipes técnicas, administrativa e de suporte da obra, taxas e emolumentos, etc. 
(custo indireto). 
Na maioria dos casos a empresa não chega a realizar um orçamento 
totalmente analítico,baseado apenas em projetos executivos. Os orçamentos mais 
detalhados realizados pela empresa poderiam ser classificados como intermediários 
entre orçamento preliminar e orçamento analítico, pois, muitos projetos já estão em 
fase executiva como são os casos dos projetos arquitetônicos, estruturais e 
paisagismo. Entretanto, ainda existem anteprojetos como os de instalações 
hidráulicas e instalações elétricas que não foram totalmente 
detalhados,impossibilitando assim a realização de um orçamento totalmente 
analítico. 
No caso da empresa analisada neste projeto de pesquisa, tratando-se de uma 
obra pública, todas as
estimativas de custos são baseadas nos procedimento do 
orçamento-base indicado por TCU (TCU, 2014). O orçamento-base de uma licitação 
tem como objetivo servir de paradigma para a fixação dos critérios de aceitabilidade 
de preços – total e unitários – no edital, sendo a principal referência para a análise 
das propostas da empresa participante. 
Na elaboração do orçamento detalhado de uma obra, é preciso: 
 conhecer os serviços necessários para a exata execução da obra, que 
constam dos projetos, memoriais descritivos e especificações técnicas; 
24 
 
 
 levantar com precisão os quantitativos desses serviços; 
 calcular o custo unitário dos serviços; 
 calcular o custo direto da obra; 
 estimar as despesas indiretas e a remuneração da construtora. 
 
Os custos diretos e a taxa de Benefício e Despesas Indiretas (BDI), a qual 
engloba os custos indiretos e o lucro, compõem o preço final estimado para a obra. 
A ausência ou o cálculo incorreto de um deles poderá reduzir a remuneração 
esperada pela empresa que vier a ser contratada ou levar ao desperdício de 
recursos públicos. 
 
3.5.2. ETAPAS DE ORÇAMENTO 
Mattos (2007) classifica muito bem as etapas de orçamentação dividindo-as 
em três grandes etapas de trabalho: estudo das condicionantes (condições de 
contorno), composição de custos e determinação do preço. 
No estudo das condicionantes serão identificados os serviços da obra com 
suas respectivas quantidades, grau de interferência entre eles, dificuldade de 
realização das tarefas, etc. 
Ainda segundo Mattos (2007), os estudos das condicionantes de um projeto 
podem ser divididas em: 
a) leitura e interpretação do projeto e especificações técnicas; 
b) leitura e interpretação do edital (para o caso de licitações); 
c) visita técnica. 
 
Na composição de custos, considerada a etapa principal e mais trabalhosa 
para um engenheiro orçamentista, identificam-se os seguintes itens: 
a) identificação dos serviços; 
b) levantamento de quantitativos; 
c) discriminação dos custos diretos; 
d) discriminação dos custos indiretos; 
e) definição de encargos sociais e trabalhistas. 
 
Para o fechamento do orçamento Mattos (2007) divide esta etapa em: 
a) definição da lucratividade; 
25 
 
 
b) cálculo dos Benefícios e Despesas Indiretas; 
c) desbalanceamento da planilha de orçamento. 
 
O levantamento de quantidades a partir de um projeto inclui a elaboração de 
cálculos baseados nas dimensões previstas em projeto, tais como: volume de 
concreto, área de piso,metragem de fôrmas, quantidades de portas, área de pintura, 
área de telhado, etc.; bem como ao cálculo de volumes, escavação, lastros, 
nivelamento e apiloamento (XAVIER, 2008). 
 
3.5.3. INDICADORES DE ORÇAMENTO 
Thomé (2016, p. 134) afirma que “a Construção Civil é um setor da Indústria 
nacional que tem grande número de empregos e responsável por grande parte da 
atividade econômica do país”. Dados da Câmera Brasileira de Indústria da 
Construção (CBIC) de 2014 informam que o setor da construção civil é responsável 
por cerca de 5% do PIB do Brasil. Os cinco principais indicadores de orçamento são 
CUB/m²; SINAPI; TCPO; Índice Fipe e Índice Ibre/FGV. 
Na orçamentação de uma obra pública, as composições analíticas são 
selecionadas com base nas especificações técnicas estabelecidas para os serviços 
e devem ser obtidas em sistemas de referência de preços ou em publicações 
técnicas. É importante salientar que, sempre que necessário, as composições 
devem ser adaptadas às características específicas da obra. 
No que tange aos custos unitários dos insumos e serviços, as Leis de 
Diretrizes Orçamentárias (LDOs), que dispõem sobre as diretivas para a elaboração 
da Lei Orçamentária Federal do ano seguinte a sua respectiva elaboração, entre os 
anos de 2002 e 2013, estabeleciam que esses valores deveriam ser obtidos do 
SINAPI. Nesse aspecto, a jurisprudência do TCU: 
[...] tem considerado que os preços medianos constantes do Sistema 
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil–SINAPI são 
indicativos dos valores praticados no mercado e, portanto, há sobre preço 
quando o preço global está injustificadamente acima do total previsto no 
SINAPI. 
 
A partir de 2013, a Lei 12.919 (LDO 2014) não mais estabeleceu a origem dos 
valores. A definição ficou a cargo do Decreto nº 7.983 que estabelece, em seus 
artigos 3º e 4º, que os valores dos custos unitários deverão ser obtidos do SINAPI 
ou do Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO): 
26 
 
 
Art. 3º O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, 
exceto os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a 
partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra 
o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes 
nos custos unitários de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de 
Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi, excetuados os itens 
caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser 
considerados como de construção civil. 
Art. 4º O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de 
transportes será obtido a partir das composições dos custos unitários 
previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais aos 
seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de 
Custos Referenciais de Obras – Sicro, cuja manutenção e divulgação 
caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, 
excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não 
possam ser considerados como de infraestrutura de transportes. 
 
Em caso de inviabilidade da definição dos custos consoante o disposto nos 
artigos 3º e 4º do Decreto nº 7.983, a estimativa de custo global poderá ser apurada 
por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente 
aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal,em publicações 
técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em 
pesquisa de mercado. 
Neste trabalho será enfatizado a tabela SINAPI como indicador de orçamento, 
apontando suas características e apresentando a análise de viabilidade de sua 
utilização em orçamento de uma obra através de um estudo de caso. 
 
3.5.4. SINAPI 
De acordo com a Caixa Econômica Federal (CAIXA/2018), O SINAPI oferece 
uma fonte referencial de preços com o intuito de auxiliar os profissionais da área de 
orçamentação, dando-o respaldo judicialmente, uma vez que quaisquer falhas na 
documentação é responsabilidade deste profissional. 
Segundo a Caixa Econômica Federal (CAIXA/2018), a gestão do SINAPI é 
compartilhada entre CAIXA e IBGE. A Caixa é responsável pela base técnica de 
engenharia (especificação de insumos, composições de serviços e orçamentos de 
27 
 
 
referência) e pelo processamento de dados, e o IBGE, pela pesquisa mensal de 
preços, tratamento dos dados e formação de índices. 
Conforme cita Thomé (2016): 
 
A tabela do SINAPI contém vários índices de referência, como por exemplo 
o relatório de Preços de Insumos e Custos de Composições, Custos de 
Projetos – Residenciais, Comerciais, Equipamentos Comunitários, 
Saneamento Básico, Emprego e Renda; Conjuntura – Evolução de Custo e 
Indicadores da Construção Civil e Consulta Pública – Composições 
Analíticas com a discriminação dos insumos utilizados e das quantidades 
previstas por unidade de produção. A principal função dos indicadores da 
SINAPI é servir como orientadores para composição de custos unitários e 
orçamentos de obra em geral. 
 
3.5.4.1. Insumos e Composições 
Os preços de insumos são coletados pelo IBGE e os valores medianos 
fornecidos à Caixa. Os insumos e composições têm a origem do preço identificada 
como coletado (C) pelo IBGE, obtido por meio do coeficiente de representatividade 
(CR) do insumo ou atribuído com base no preço do insumo para a localidade
de São 
Paulo (AS). 
 Os preços de insumos de mão de obra são divulgados considerando o 
acréscimo dos Encargos Sociais, Não Desonerados ou Desonerados, com 
percentuais para horista e mensalista informados no cabeçalho de cada relatório. Os 
preços de insumos e custos de composições não consideram percentual de BDI. 
 As tabelas sem desoneração são sujeitas a recolhimento de até 20% do 
salário dos funcionários para contribuições para previdência e as com desoneração 
são passíveis de taxas por volta de 1% à 2% da receita bruta do empreendimento 
para as contribuições previdenciárias. 
As composições de Encargos Complementares adicionam ao preço do 
insumo de mão de obra os encargos complementares relativos ao insumo. 
3.5.5. DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS 
Um bom plano de discriminação orçamentária é primordial ao considerar os 
diversos serviços a serem executados em uma obra. Neste sentido é essencial 
desenvolver um roteiro a fim de listar as diversas etapas e serem seguidas na 
execução do orçamento (AVILA et al., 2003, p.22). 
28 
 
 
O objetivo principal desta etapa é apresentar a relação dos serviços a serem 
considerados, de modo que nenhum dos serviços seja omitido durante a execução 
do orçamento e, posteriormente, na obra. 
Avila et al. (2003, p. 24) recomendam que a obra seja subdividida nas 
diversas etapas construtivas e, então, cada item deve ser estudado e possivelmente 
detalhado mais profundamente, sempre que necessário. Essa listagem deve 
considerar a ordem cronológica de execução dos serviços. 
A NBR 12721 (ABNT, 2005) apresenta os nove principais serviços a serem 
considerados na elaboração de um orçamento de uma obra de engenharia. Cada 
subitem está devidamente detalhado em seus pormenores na literatura original, 
como mostrado na Tabela 2. 
Tabela 2: Discriminação Orçamentária 
1. Discriminação – Modelo 
1.1. Serviços iniciais 
1.1.1. Serviços técnicos 
1.1.2. Serviços preliminares 
1.1.3. Instalações provisórias 
1.1.4. Maquinas e ferramentas 
1.1.5. Administração da obra e despesas gerais 
1.1.6. Limpeza da obra 
1.1.7. Transporte 
1.1.8. Trabalhos em terra 
1.1.9. Diversos 
1.2. Infraestrutura e obras complementares 
1.3. Superestrutura 
1.4. Paredes e painéis 
1.4.1. Alvenarias e divisórias 
1.4.2. Esquadrias e ferragens 
1.4.3. Vidros 
Fonte: adaptado da NBR 12721 (ABNT, 2005) 
29 
 
 
Tabela 2: Discriminação Orçamentária 
1.4.4. Elementos de composição e proteção fachadas 
1.5. Coberturas e proteções 
1.5.1. Cobertura 
1.5.2. Impermeabilizações 
1.5.3. Tratamentos especiais 
1.6. Revestimentos, forros, marcenaria e serralheria, pinturas e tratamentos 
especiais 
1.6.1. Revestimentos (interno e externo) 
1.6.2. Forros e elementos decorativos 
1.6.3. Marcenaria e serralheria 
1.6.4. Pintura 
1.6.5. Tratamentos especiais internos 
1.7. Pavimentações 
1.7.1. Pavimentações 
1.7.2. Rodapés, soleiras 
1.8. Instalações e aparelhos 
1.8.1. Aparelhos e metais 
1.8.2. Instalações elétricas 
1.8.3. Instalações hidráulicas, sanitárias e gás 
1.8.4. Prevenção e combate a incêndio 
1.8.5. Ar condicionado 
1.8.6. Instalações mecânicas 
1.8.7. Outras instalações 
1.9. Complementação da obra 
1.9.1. Calafete e limpeza 
Fonte: adaptado da NBR 12721 (ABNT, 2005) 
30 
 
 
Tabela 2: Discriminação Orçamentária 
1.9.2. Complementação da obra 
1.9.3. Obras complementares 
1.9.4. Ligação definitiva e certidões 
1.9.5. Recebimento da obra 
1.9.6. Despesas eventuais 
Fonte: adaptado da NBR 12721 (ABNT, 2005) 
 
É importante salientar que cada obra apresenta características particulares. 
Dessa forma, é recomendado adaptar a discriminação orçamentária para cada obra, 
a fim de atender as especificidades de cada empreendimento (ABNT, 2005, p. 49). 
 
3.5.6. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS 
O custo total de uma obra é a soma dos valores individuas orçados para cada 
um dos serviços a serem executados. Portanto, a sua perfeição está aliada à 
identificação de todos os serviços necessários requeridos. Nesse processo, 
decompõe-se o produto, serviço ou atividade a fim de identificar todos os insumos 
necessários para o seu cumprimento (MATTOS 2006, p. 24; LIMMER, 1996, p. 87). 
A composição de custos objetiva nortear o empreiteiro sobre o valor futuro da 
obra. Essa etapa é a base utilizada pelas empresas para definir o preço do produto 
final (MATTOS, 2006, p. 62). 
 
3.5.6.1. Custos Diretos 
Custos diretos são os custos apropriados diretamente na execução da obra, 
tais como, custos com materiais, mão-de-obra direta e equipamentos, incluindo 
também as despesas com a infraestrutura necessária para o bom andamento da 
obra, utilizados diretamente no canteiro (TISAKA, 2006, p. 39). 
É importante entender bem o conceito de custos diretos para poder 
diferenciar dos custos indiretos durante a orçamentação. Segundo Martins (2010, p. 
63), se diferem pela facilidade de apropriação aos produtos e atividades de 
produção. Pode-se citar como exemplo de um custo direto a utilização de cimento 
para a execução de um elemento estrutural. O custo do concreto é facilmente 
31 
 
 
atribuído a esse serviço realizado no canteiro, sendo assim um custo direto da obra. 
Os custos indiretos serão detalhados e exemplificados no tópico BDI. 
Conforme TCU (2013, p. 25) as despesas relativas à administração local, 
instalação, mobilização, manutenção e desmobilização do canteiro, por se tratarem 
de serviços inerentes à obra, podendo ser mensurados e facilmente discriminados 
pela simples contabilização de seus componentes, devem constar na planilha 
orçamentária da obra como custo direto. 
O custo direto total da obra é obtido pelo somatório do produto “quantitativo 
vezes custo unitário” de cada um dos serviços necessários para a execução do 
empreendimento (TCU, 2013, p. 23). 
 
3.5.6.2. Composição dos Custos Unitários 
O custo unitário corresponde a uma unidade de serviço a ser executado. 
Como, por exemplo, um m² de taco de madeira, uma unidade de janela de PVC de 
1,20m x 1,20m ou um m³ de tubulão. 
Normalmente representado em forma de tabela, a composição dos custos 
unitários deve revelar todos os insumos indispensáveis para execução apropriada de 
uma unidade do serviço, acompanhada do consumo necessário (MATTOS, 2006, p. 
62). 
O índice de consumo é obtido nas publicações técnicas, como por exemplo, o 
TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos da PINI e pode 
também, ser ponderado pela experiência e conhecimento técnico do orçamentista. 
Os custos unitários podem ser obtidos por meio de várias fontes. A tabela 
Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), 
desenvolvida e mantida pela Caixa Econômica Federal e pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística(IBGE) é preconizada pelo TCU na orçamentação de obras 
públicas. A SINAPI apresenta valores válidos em todo território nacional, porém, em 
alguns casos, não representa a realidade de determinadas regiões do país. Alguns 
valores são incoerentes aos realmente praticados e a atualização não ocorre com a 
frequência necessária. 
Jungles e Santos (2001 apud FORMOSO, 2008, p. 88) afirmam que as 
cotações de preços variam em média 15%, visto que existem diferenças nos custos 
em função da região do país. 
32 
 
 
No que tange à mão de obra, conforme destaca o TCU (2013, p. 23), deve-se 
incluir nos seus custos os encargos sociais (atendendo também ao preconizado 
pelas leis sociais), os quais são calculados em função do local de execução dos 
serviços. 
 
3.5.6.3. Levantamento dos Quantitativos 
De acordo com Mattos (2006, p. 44), além de ser necessário conhecer todos 
os serviços que compõem uma obra, antes de iniciar sua orçamentação deve-se 
saber, também, quanto deverá ser executado. 
Caso o projetista não forneça o levantamento de quantitativos 
detalhadamente, este se torna uma das principais
tarefas do orçamento. O processo 
inclui cálculos baseados em dimensões precisas fornecidas no projeto ou em alguma 
estimativa (MATTOS, 2006, p. 28). 
O levantamento do quantitativo das etapas da obra deve ser feito por 
atividades, seguindo a lógica de execução dos serviços (JUNGLES e SANTOS, 
2008, p. 88). 
O levantamento quantitativo exige muito do orçamentista por depender de 
leitura de projeto, cálculos de áreas e volumes, consulta à tabelas de engenharia, 
etc., o profissional deve sempre deixar uma memória de cálculo fácil de ser 
atualizada e conferida por outra pessoa, para que qualquer alteração de 
características ou dimensões do projeto não ocasione um novo levantamento 
completo. Por este motivo, as empresas utilizam seus próprios formulários 
padronizados (MATTOS, 2006, p. 44). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
4. METODOLOGIA 
 
 
Nesse tópico será discriminado todas as informações consideradas 
importantes para a compreensão dos resultados obtidos nesta pesquisa. 
Informações gerais das obras e como está elaborado o orçamento. Elaboração dos 
bancos de dados e análises de custos. Onde foi levado em consideração valores da 
tabela SINAPI em comparativo com valores obtidos através de pesquisas no 
mercado local do município de estudo abordado. 
Para atingir aos objetivos propostos por este trabalho foi desenvolvida uma 
pesquisa quantitativa descritiva do tipo estudo de caso, realizada junto a uma das 
obras executada por uma construtora paraibana. 
O estudo de caso deste trabalho foi desenvolvido junto à obra de um bloco 
administrativo do Instituto Federal, realizada no município de Esperança - PB, 
analisando de forma específica a sua superestrutura. Para tanto, foi analisado o 
orçamento juntamente com o quantitativo, desenvolvidos pela empresa responsável 
por executar a obra e realizados anteriormente ao início da mesma. Todos os 
serviços necessários para executar a superestrutura do bloco foram desmembrados 
conforme as especificações da tabela TCPO, sendo filtrado apenas os insumos 
necessários para execução de cada serviço. De posse dos dados de quantitativos 
de insumos necessários fornecidos pela empresa, aplicou-se os custos conforme a 
referência prevista na tabela SINAPI e os custos realmente desembolsados pela 
construtora, sendo estes resultantes do mercado local. Posteriormente, foram feitas 
comparações entre os valores orçados e os realmente utilizados para sua execução, 
os quais foram documentados pela empresa. As divergências foram identificadas e 
estudadas, sendo feita uma análise de todos os insumos da superestrutura neste 
empreendimento a fim de encontrar os maiores responsáveis pelas disparidades de 
custos e destacar os fatores que acarretaram na alteração do seu orçamento. 
4.1. Procedimento de Análise 
A seguir, é apresentados a sequência de análises realizadas no decorrer do 
trabalho: 
 
 
34 
 
 
 Figura 1: Etapas metodológicas utilizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Figura 2 identifica a localização do objeto conforme os dados obtidos do 
Google Earth. 
Objeto de estudo (Superestrutura 
do Bloco Administrativo) 
Identificação dos 
serviços executados 
 
Cálculo de custos 
executados (Mercado Local) 
 
Cálculo de custo de cada serviço 
referente aos insumos 
Cálculo de custos previstos 
(SINAPI) 
 
Comparativo entre custos previsto 
e executado 
Desmembramento 
dos serviços 
 
Coleta de dados dos 
insumos 
 
Fonte: Autor. 
35 
 
 
Figura 2: Localização geográfica do objeto de estudo 
 
Fonte: Autor. 
Seguindo o fluxograma da Figura 1, foi identificado os serviços necessários 
para execução, para este estudo os serviços se refere somente ao executado na 
superestrutura do bloco administrativo do empreendimento. As Figuras 3 e 4 ilustram 
os serviços de escoramento e concretagem das lajes, respectivamente. 
Figura 3: Escoramento das lajes Figura 4: Concretagem das lajes 
 
 Fonte: Autor. Fonte: Autor. 
 
 
36 
 
 
Após identificar os serviços, estes foram desmembrados descrevendo os itens 
de insumos necessários em cada serviço, conforme a tabela TCPO. Cada item foi 
precificado conforme os valores da tabela SINAPI e do Mercado Local, sendo o 
último resultado de coleta de dados em duas empresas locais. Por último, foi 
realizado o tratamento dos dados obtidos obtendo o comparativo de custos entre as 
duas fontes de custos. 
O relatório do SINAPI a ser utilizado na pesquisa tem data de emissão no dia 
20/08/2018, e tomou como base de dados a cidade de João Pessoa-PB. 
Os insumos e custos de composições apresentam taxas de Encargos Sociais 
Desonerados de 86,95% (hora) e 48,79% (mês). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Na avaliação dos quantitativos e custos previstos apresentados pelo projeto, 
os serviços executados no bloco administrativo estão dispostos nas seguintes 
etapas conforme apresenta a Tabela 3: 
Tabela 3: Etapas de serviço executado 
ETAPAS DE SERVIÇOS 
1.0 SERVICOS PRELIMINARES/TÉCNICOS 
2.0 SERVIÇOS EM TERRA 
3.0 FUNDAÇÕES E SONDAGENS 
4.0 SUPERESTRUTURA 
5.0 ALVENARIA E VEDAÇÕES 
6.0 IMPERMEABILIZAÇÃO 
7.0 COBERTURA E PROTEÇÕES 
8.0 ESQUADRIAS METÁLICAS 
9.0 ESQUADRIAS DE MADEIRA 
10.0 VIDROS 
11.0 FORROS 
12.0 REVESTIMENTO 
13.0 PAVIMENTAÇÃO 
14.0 INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 
15.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
16.0 SISTEMAS CONTRA DESCARGA ATMOSFERICA 
17.0 INSTALAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO E 
PÂNICO 
18.0 CABEAMENTO ESTRUTURADO E TELEFÔNICO 
19.0 INSTALAÇÕES DE CLIMATIZAÇÃO 
20.0 INSTALAÇÕES DE SOM, CFTV E ALARME 
21.0 PINTURA 
22.0 BANCADAS, LOUÇAS, METAIS E ACESSÓRIOS 
23.0 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 
24.0 INSTALAÇÃO DE GÁS 
Fonte: próprio autor 
 
 
38 
 
 
Inicialmente, foi identificado todos os serviços referente a execução da 
superestrutura do bloco administrativo em estudo, sendo estes representados pelo 
Quadro 1. 
Quadro 1: Serviços executados na superestrutura do bloco administrativo 
4.0 SUPERESTRUTURA 
4.1 
FORMA EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA 12 MM, PARA 
ESTRUTURAS DE CONCRETO REAPR. 8X (CORTE/ MONTAGEM/ ESCORAMENTO/ 
DESFORMA). 
4.2 
ARMACAO ACO CA-50/60 -FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / 
COLOCAÇÃO 
4.3 
CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=30MPA PARA ESTRUTURAS, LANÇADO E 
ADENSADO INCLUSIVE CONTROLE TECNOLÓGICO 
4.4 
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE TELA AÇO SOLDADA CA-60, Q-61, MALHA 
15X15CM, FERRO 3.4MM (0.97 KG/M2), PAINEL 2,45X6,0M 
4.5 
LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, 
H=16CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=12CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM 
MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL 
4.6 
LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, 
H=21CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS H=16CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM 
MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL 
4.7 
CONCRETO ARMADO FCK=21,0MPA, ADENSADO E LANÇADO, PARA VERGAS, 
CONTRA-VERGAS, PILARETES E CINTAS, COM FORMAS PLANAS EM 
COMPENSADO RESINADO 12MM (05 USOS) 
 
Em seguida, todos os serviços citados acima foram desmembrados em itens 
correspondentes aos insumos e mão de obra, conforme a tabela TCPO da 13ª 
edição, emitida no ano de 2010. Foram coletados os dados apenas do itens de 
insumos, sendo estes precificados conforme os custos unitários do SINAPI e do 
mercado local. 
Os custos unitários do mercado local utilizados no trabalho são provenientes 
de um estudo de mercado. O estudo se deu através de uma pesquisa nos dois 
principais estabelecimentos comerciais localizado na cidade de Esperança-PB, sede 
da obra. De posse das cotações de preços, foram coletados os dados seguindo o 
critério de menor preço. Após a cotação, estes custos foram aplicados aos 
quantitativos de insumos executados nos serviços da superestrutura. A Tabela 4 
representa a cotação de preços
das duas empresas. 
 
 
39 
 
 
Tabela 4: Cotação de custo de materiais no mercado local 
ITEM UNID. 
EMPRESA 
1 
EMPRESA 
2 
AÇO 10.0 CA-50 VERGALHÃO kg 4,43 5,80 
AÇO 12.5 CA-50 VERGALHÃO kg 4,22 5,45 
AÇO 5.0 CA-60 VERGALHÃO kg 4,74 6,49 
AÇO 6.3 CA-50 VERGALHÃO kg 4,55 5,95 
AÇO 8.0 CA-50 VERGALHÃO kg 4,55 5,90 
ARAME RECOZIDO (DIÂMETRO DO FIO: 1,25MM / BITOLA: 18BWG) kg 7,48 7,14 
AREIA MÉDIA LAVADA m³ 32,31 30,77 
CHAPA COMPENSADA RESINADA (E=12MM) m² 30,99 22,31 
CIMENTO PORTLAND CP II-E-32 kg 0,42 0,432 
DESMOLDANTE DE FORMAS PARA CONCRETO l 10,72 11,94 
EPS (33X100X12)CM un 10,00 11,50 
EPS (33X100X8)CM un 6,15 8,00 
ESPAÇADOR CIRCULAR DE PLÁSTICO (C.:30MM) un. 0,16 0,22 
PEDRA BRITADA 1 m³ 62,5 56,66 
PONTALETE:3’’X3’’ CONSTRUÇÃO (TIPO DE MADEIRA: CEDRO) m 9,45 8,00 
PREGO 15X15 COM CABEÇA (C.:34,5MM/D.:2,4MM) kg 12,00 11,00 
PREGO 17X21 COM CABEÇA (C.:48,3MM/D.:3MM) kg 11,50 11,00 
PREGO 17X27 COM CABEÇA DUPLA (C.:62,1MM/D.:3MM) kg 9,50 11,00 
PREGO 18X27 COM CABEÇA (C.:62,1MM/D.:3,4MM) kg 8,60 6,81 
SARRAFO 1’’X4’’ (ALTURA: 100MM/ LARGURA:25MM) m 5,35 7,50 
TÁBUA 1’’X12’’ (ALTURA:25MM/ LARGURA:300MM) m 16,50 30,00 
TÁBUA 1’’X6’’ (ALTURA:25MM/ LARGURA:150MM) m 18,00 16,00 
TÁBUA 1’’X8’’ (ALTURA:25MM/ LARGURA:200MM) m 24,00 23,99 
TELA DE AÇO CA-60 SOLDADA (D: 4,20 MM/DIMENSÕES 150MM X 
150MM) 
kg 5,87 5,96 
TRELIÇA TR08634 m 3,90 3,83 
TRELIÇA TR12645 m 5,83 6,45 
Fonte: próprio autor 
 
Após a cotação de preços, cada insumo foi selecionado conforme menor 
preço em cada fornecedor. De posse dos dados coletados até aqui, os custos dos 
serviços por unidade consumida foram elaborados e encontram-se disponíveis no 
Anexo A. 
Após a obtenção de custos dos serviços, o estudo prosseguiu com a análise 
de quantitativos executados disponibilizados pela construtora. Os dados de custos 
dos insumos conforme valores da tabela SINAPI e do Mercado Local, aplicado aos 
consumos indicados pela tabela TCPO, também estão apresentados na Tabelas 5. 
 
 
40 
 
 
Tabela 5:Quantitativo previsto e executado no Bloco Administrativo 
ITEM DISCRIMINAÇÃO 
QUANTIDADE CUSTOS (R$) 
UN EXECUTADA SINAPI 
MERCADO 
LOCAL 
4.0 SUPERESTRUTURA 
4.1 
FORMA EM CHAPA DE MADEIRA 
COMPENSADA RESINADA 12 MM, 
PARA ESTRUTURAS DE 
CONCRETO REAPR. 8X (CORTE/ 
MONTAGEM/ ESCORAMENTO/ 
DESFORMA). 
m² 2.653,57 R$ 22,14 R$ 19,55 
4.2 
ARMACAO ACO CA-50/60 -
FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA 
DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO 
kg 16.897,48 R$ 26,03 R$ 26,48 
4.3 
CONCRETO USINADO BOMBEADO 
FCK=30MPA PARA ESTRUTURAS, 
LANÇADO E ADENSADO 
INCLUSIVE CONTROLE 
TECNOLÓGICO 
m³ 150,10 R$ 272,12 R$ 246,34 
4.4 
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 
DE TELA AÇO SOLDADA CA-60, Q-
61, MALHA 15X15CM, FERRO 
3.4MM (0.97 KG/M2), PAINEL 
2,45X6,0M 
m² 429,03 R$ 8,18 R$ 6,12 
4.5 
LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA 
PARA PISO OU COBERTURA, 
INTEREIXO 38CM, H=12CM, EL. 
ENCHIMENTO EM EPS H=8CM, 
INCLUSIVE ESCORAMENTO EM 
MADEIRA, CAPEAMENTO 4CM, 
ARMADURA NEGATIVA E 
ADICIONAL 
m² 467,05 R$ 83,79 R$64,01 
4.6 
LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA 
PARA PISO OU COBERTURA, 
INTEREIXO 38CM, H=16CM, EL. 
ENCHIMENTO EM EPS H=12CM, 
INCLUSIVE ESCORAMENTO EM 
MADEIRA, CAPEAMENTO 4CM, 
ARMADURA NEGATIVA E 
ADICIONAL 
m² 61,81 R$ 109,25 R$87,89 
4.7 
CONCRETO ARMADO 
FCK=21,0MPA, ADENSADO E 
LANÇADO, PARA VERGAS, 
CONTRA-VERGAS, PILARETES E 
CINTAS, COM FORMAS PLANAS 
EM COMPENSADO RESINADO 
12MM (05 USOS) 
m³ 7,99 R$ 1.183,58 R$ 1.069,44 
Fonte: próprio autor 
 
De posse do dados apresentados na tabela acima, foi possível aplicar os 
custos de cada serviço em seus respectivos quantitativos. Após aplicar tais custos, a 
Tabela 6, apresenta o resultado da operação indicando a variação de custo entre o 
valores da tabela SINAPI e os valores obtidos no Mercado Local. 
41 
 
 
Tabela 6: Custos totais de cada serviço executado conforme a tabela SINAPI e o Mercado Local 
ITEM DISCRIMINAÇÃO 
CUSTO TOTAL (R$) VARIAÇÃO 
SINAPI 
MERCADO 
LOCAL 
% 
4.0 SUPERESTRUTURA 
 
 
4.1 
FORMA EM CHAPA DE MADEIRA 
COMPENSADA RESINADA 12 MM, PARA 
ESTRUTURAS DE CONCRETO REAPR. 8X 
(CORTE/ MONTAGEM/ ESCORAMENTO/ 
DESFORMA). 
R$ 58.750,04 R$ 51.877,29 13,25 
4.2 
ARMACAO ACO CA-50/60 -
FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 
10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO 
R$ 439.841,40 R$ 447.445,27 -1,70 
4.3 
CONCRETO USINADO BOMBEADO 
FCK=30MPA PARA ESTRUTURAS, 
LANÇADO E ADENSADO INCLUSIVE 
CONTROLE TECNOLÓGICO 
R$ 40.845,21 R$ 36.975,63 10,46 
4.4 
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE 
TELA AÇO SOLDADA CA-60, Q-61, MALHA 
15X15CM, FERRO 3.4MM (0.97 KG/M2), 
PAINEL 2,45X6,0M 
R$ 3.509,63 R$ 2.625,66 33,66 
4.5 
LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA 
PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, 
H=16CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS 
H=12CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM 
MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, 
ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL 
R$ 39.134,12 R$ 29.895,87 30,90 
4.6 
LAJE PRÉ-FABRICADA TRELIÇADA PARA 
PISO OU COBERTURA, INTEREIXO 38CM, 
H=21CM, EL. ENCHIMENTO EM EPS 
H=16CM, INCLUSIVE ESCORAMENTO EM 
MADEIRA, CAPEAMENTO 5CM, 
ARMADURA NEGATIVA E ADICIONAL 
R$ 6.752,74 R$ 5.432,48 24,30 
4.7 
CONCRETO ARMADO FCK=21,0MPA, 
ADENSADO E LANÇADO, PARA VERGAS, 
CONTRA-VERGAS, PILARETES E CINTAS, 
COM FORMAS PLANAS EM 
COMPENSADO RESINADO 12MM (05 
USOS) 
R$ 9.456,80 R$ 8.544,82 10,67 
 598.289,94 582.797,02 2,65 
Fonte: próprio autor 
 
É Possível observar que todos os serviço tiveram um custo menor ao utilizar-
se dos valores do Mercado Local, exceto os custos com armação de aço CA-50/60. 
Tal exceção pode ser justificada pela maior facilidade de acesso entre as fábricas de 
aço e a cidade de João Pessoa, capital base de estudo da tabela SINAPI da 
Paraíba, que reduz custos do insumo nesta cidade. Tratando se um serviço que 
possui maior parcela de custos na Superestrutura, por menor que seja a taxa de 
variação quando comparado ao custo do Mercado Local, representa uma grande 
42 
 
 
redução do impacto dos custos favoráveis ao mesmo, podendo ser visivelmente 
observado na Figura 5. Entretanto, ainda se mantém um menor custo aos valores do 
Mercado Local. 
Figura 5: Gráfico de custos dos insumos em cada serviço executado na obra 
 
Fonte: próprio autor 
 
Ao final do estudo, observou-se uma economia de R$ 15.492,92 ao optar 
pelos valores do Mercado Local, cerca de 2,65% de diferença quando comparado 
aos custos obtidos pela tabela SINAPI. A princípio, tal diferença é relativamente 
desprezível. Tratando-se de um estudo limitado aos custos unitários de insumos da 
superestrutura, sem considerar os serviços de mão de obra, pode-se dizer que a 
tabela SINAPI é viável economicamente para ser utilizada como base de cotação 
orçamentário de insumos em obras de engenharia civil. Entretanto, é necessário que 
seja avaliado os custo com os serviços de mão de obra, devido a sua grande 
influência nos orçamentos, no qual é notado no nível A das curvas ABC de grande 
parte dos orçamentos de obras de engenharia. 
 
 
 
0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000 400000 450000 500000
CHAPA DE MADEIRA
ARMAÇÃO AÇO
CONCRETO USINADO
TELA DE AÇO
LAJE H=12CM
LAJE H=16CM
CONCRETO ARMADO
SINAPI X MERCADO LOCAL
M. Local SINAPI
43 
 
 
6. CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho comprova que a estimativa de custo global de uma obra 
de construção civil, no que refere aos custos unitários de insumos, na cidade de 
Esperança-PB, pode ser apurada por meio da utilização da tabela SINAPI, cuja fonte 
de dados para cidades deste Estado é a capital João Pessoa-PB. De acordo com os 
dados extraídos do trabalho, não há uma necessidade de criação de uma tabela de 
referência local, formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração 
pública federal. 
O estudo mostrou uma variação favorável à opção por dados de custos 
obtidos pelos valores do Mercado Local. Tal variação indica uma economia 
relativamente insignificante ao optar por este indicador, quando comparado aos 
custos obtidos pela tabela SINAPI. Conclui-se que a utilização
da tabela do SINAPI 
como indicador orçamentário dos custos de insumos na cidade de Esperança-PB é 
viável economicamente. 
A diferença de custos de insumos apresentados no trabalho é 
consideravelmente aceitável. Entretanto, cabe ressaltar que se trata de um estudo 
inicial, no qual se restringe aos custo unitários de insumos somente da 
superestrutura, não considerando os custo de serviços. É recomendável para 
estudos futuros uma avaliação de custos de serviços obtidos da tabela SINAPI 
comparando-a com os valores obtidos no Mercado Local, uma vez que tais serviços 
representam grande parcela de contribuição no custo global da obra. 
Além dos custos de serviços, itens de grande impacto no orçamento global da 
obra como o acabamento e instalações prediais, também são impreteríveis objetos 
de estudos em avaliações de custos. 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
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47 
 
 
ANEXOS A 
 
Quadro 2: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.1 da superestrutura 
TCPO Nº 03110.8.2._ Unidade: m² 
FORMA EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA 12 MM, PARA 
ESTRUTURAS DE CONCRETO REAPR. 8X (CORTE/ MONTAGEM/ 
ESCORAMENTO/ DESFORMA). 
COMPONENTE UN. CONSUMO 
PREÇO 
(R$) 
SINAPI 
(R$) M. 
LOCAL SINAPI 
M. 
LOCAL 
 Chapa compensada resinada (e=12mm) m² 0,156 27,87 22,31 4.35 3,48 
 Prego 17x21 com cabeça 
(c.:48,3mm/d.:3mm) 
kg 0,025 12,20 11,00 0,31 0,27 
 Pontalete:3’’x3’’(altura:75mm/largura:75
mm) 
 m 0,75 10,88 8,00 8,16 6,00 
 Sarrafo 1’’x4’’ (altura:75mm/ 
largura:25mm) 
 m 1,031 6,30 5,35 6,50 5,52 
 Tábua 1’’x8’’ (altura:25mm/ 
largura:200mm) 
 m 0,065 5,82 23,99 0,38 1,56 
 Tábua 1’’x6’’ (altura:25mm/ 
largura:150mm) 
 m 0,063 5,82 16,00 0,37 1,00 
 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,02 6,95 10,72 0,14 0,22 
 Prego 17x27 com cabeça dupla 
(c.:62,1mm/d.:3mm) 
 kg 0,10 12,44 9,50 1,25 0,95 
Prego 15x15 com cabeça 
(c.:34,5mm/d.:2,4mm) 
kg 0,05 13,51 11,00 0,68 0,55 
 
CUSTO 
TOTAL 
R$22,14 R$19,55 
 Fonte: próprio autor 
Quadro 3: Descrição dos insumos do serviço executado no item 4.2 da superestrutura 
TCPO Nº 03210.8.1.4 Unidade: kg 
ARMACAO ACO CA-50/60 -FORNECIMENTO/ CORTE (PERDA DE 10%) / 
DOBRA / COLOCAÇÃO 
COMPONENTE UN. CONSUMO 
PREÇO 
(R$) SINAPI 
(R$) M. 
LOCAL SINAPI 
M. 
LOCAL 
Espaçador circular de 
plástico para pilares, fundo 
e laterais de vigas, lajes e 
pisos e estacas (c.:30mm) 
un 11,40 0,12 0,16 1,37 1,83 
 Barra de aço CA-60 
(bitola:5,00) 
kg 1,10 4,30 4,75 4,73 5,22 
 Barra de aço CA-50 
(bitola:6,30) 
 kg 1,10 4,54 4,55 5,00 5,00 
 Barra de aço CA-50 
(bitola:8,00) 
kg 1,10 5,10 4,55 5,61 5,00 
 Barra de aço CA-50 kg 1,05 4,34 4,43 4,56 4,65 
48 
 
 
(bitola:10,00) 
 Barra de aço CA-50 
(bitola:12,50) 
 kg 1,10

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