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Uma aprendizagem baseada em problema concreto envolvendo Micologia (Profa. Floris- valda Santos/IHAC-CFCAm) Objetivos: usar situações problemas da vida real para estimular o desenvolvimento do pensa- mento crítico e das habilidades na solução de problemas, bem como adquirir conceitos fundamen- tais da Micologia. A aprendizagem baseada em problema (PBL - Problem-Based Learning) concreto, além de estra- tégia para estimular o processo de ensino e aprendizagem dos/as estudantes, possibilita-lhes res- ponsabilidades e postura ativa e participativa na aquisição de novos conhecimentos. O problema proposto tem o propósito de iniciar, motivar e focar a construção de conhecimentos, desenvolven- do estudos autônomos e trabalhos em grupos enquanto o/a estudante adquire habilidades na so- lução do problema. O problema é apoiado em conteúdos previsto na ementa do componente curricular e será desen- volvido ao longo de 5 (cinco) semanas, com a culminância da discussão na última. Aulas teóricas e práticas apresentarão os conteúdos, a metodologia da PBL, a dinâmica do grupo tutorial (sete passos) e a avaliação. O problema encontra-se descrito ao final deste documento, bem como a bibliografia recomendada. O Grupo Tutorial: O grupo é constituído por Líder, Secretário/a e demais membros. A função do/a líder do grupo tutorial é coordenar o tutorial. Ele/a é escolhido/a no início da ativida- de pelo grupo ou pela professora/tutora quando nenhuma estudante manifestar interesse em exercer esta função. Seu papel é: - Orientar os colegas na discussão do problema1 segundo a metodologia dos 7 passos, favore- cendo a participação de todos e mantendo o foco das discussões no problema; - Favorecer a participação de todos, desestimulando a monopolização ou a polarização das dis- cussões entre poucos membros do grupo; - Apoiar as atividades do/a secretário/a; - Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões pelos colegas; - Respeitar posições individuais e garantir que estas sejam discutidas pelo grupo com seriedade, e que tenham representação nos objetivos de aprendizagem, sempre que o grupo não conse- guir refutá-las adequadamente; - Resumir as discussões quando pertinente; - Exigir que os objetivos de aprendizagem sejam específicos, formulados pelo grupo de forma objetiva e compreensível para todos; - Solicitar auxílio da tutora quando pertinente; - Estar atento às orientações da tutora, quando estas forem oferecidas espontaneamente. A função do/a secretário/a do grupo tutorial é anotar, de forma compreensível, todas as discus- sões e os eventos ocorridos no grupo tutorial. Ele/a é escolhido/a no início da atividade pelo grupo ou pela tutora quando nenhum/a estudante manifestar interesse em exercer esta função. Seu pa- pel é: - Ser fiel às discussões ocorridas, sendo conciso/a em suas anotações - para isso solicitar a aju- da do/a líder e da tutora; - Respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias opiniões ou as opiniões com as quais concorde; - Deve anotar com rigor os objetivos de aprendizagem apontados pelo grupo; - Orientar a discussão. Dinâmica do grupo tutorial (sete passos) - Os sete passos são apenas uma maneira de facilitar o aprendizado baseado em problema concreto. 1. Ler atentamente o problema e esclarecer os termos desconhecidos. Identifique pala- vras, expressões, termos técnicos, enfim, qualquer coisa que não entenda no problema. Pergunte ao grupo se alguém conhece o significado do termo difícil encontrado. Se todos concordarem que o significado foi esclarecido, tudo bem, passem para o próximo, senão incluam o termo entre os objetivos de aprendizado. 2. Identificar (listar) as questões (problemas) propostas pelo enunciado. 3. Discussão dos problemas de forma a oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento prévio que o grupo tem sobre o assunto. A primeira sessão tu- torial visa trazer para discussão os conhecimentos prévios do grupo. Todo mundo tem co- nhecimentos prévios, e alguns se lembram de coisas que os outros esqueceram Trabalhar em grupo é muito importante, principalmente saber respeitar a opinião dos outros, e fazer da discussão mais uma oportunidade de aprender 4. Resumir a discussão, relembrando os problemas listados, as hipóteses levantadas, e as con- tribuições dos conhecimentos prévios. 5. Estabelecer objetivos de aprendizagem que levem o/a estudante ao aprofundamento e complementação destas explicações. Diante do problema identificado, e após a primeira discussão, com base nos conhecimentos prévios, identificam-se pontos (assuntos) que pre- cisam ser estudados, para resolver o(s) problema(s). O ideal é ser objetivo, isto é, formular os objetivos com base no problema, sem tentar estudar tudo sobre o assunto, pois o tempo não vai ser suficiente. O grupo deve decidir o que é importante estudar. 6. Estudo individual respeitando os objetivos levantados (busca de informações). Reco- mendam-se livros textos clássicos, opiniões de especialistas, buscas em bases de dados. O me- lhor é buscar informações em mais de uma fonte, e ter como um dos objetivos trocar essas infor- mações, de fontes diversificadas, na discussão em grupo. 7. Rediscussão no grupo tutorial dos avanços de conhecimento obtidos pelo grupo an- tes de socializar o aprendizado. O sistema de avaliação da PBL consistirá de: - Avaliação interpares (feita pelos demais membros do grupo, separando o relacionamento pes- soal com o colega ao lhe atribuir uma nota na contribuição para o processo de aprendizagem. A nota do grupo será dividida entre os membros do grupo). - Avaliação pela professora (nota do grupo pelo desempenho nos tutoriais). O desempenho do grupo envolve: a) Desenvolvimento na resolução do problema. b) Demonstração colaborativa dos membros no tutorial. c) Nível de embasamento nos conceitos e aspectos que envolvem o problema (Abrangência da pesquisa realizada). d) Capacidade de argumentação do grupo quando arguidos. e) Qualidade do relatório do tutorial Problema Micologia 2020.1 Um produtor de adubo orgânico deseja incrementar sua produção. Para isso, resolveu selecionar fungos mais eficientes na biodegração da matéria orgânica utilizada na compostagem (restos de podas de árvores, cascas de café, grama podada, fibras de coco, restos de alimentos de origem vegetal coletados na feira livre). MATERIAL DE CONSULTA E BIBLIOGRAFIA RECOMENDADOS: ALEXOPOULOS, C.J., MIMS, C.W.; BLACKWELL, M. Introductory mycology. New York: Wiley & Sons, 1996. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cap. 12. SOARES, M.M.S.R.; RIBEIRO, M.C. Microbiologia prática: roteiro e manual: bactérias e fungos. São Paulo: Atheneu, 2002. RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Cap. 14. MAIA, C.L.; CARVALHO JÚNIOR, A.A.C. Os fungos do Brasil. IN.: Rafaela Campostrini Forzza et al. (ORG). Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. P. 44-49.
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