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Fratura Transcondilar úmero Fisioterapia Músculo-esquelética INCIDÊNCIA Frequentemente em idosos com osteopenia Raramente em crianças, no entanto hoje é tida como constante, raro seu diagnóstico inicial. Inclui fraturas que atravessam os dois côndilos, mas estão dentro da cápsula articular MECANISMO DE LESÃO Queda sobre a mão espalmada com ou sem abdução ou adução Força aplicada ao cotovelo em flexão AVALIAÇÃO CLÍNICA Cotovelo mantido em flexão com crepitação e instabilidade grosseira Avaliação neurovascular: compartimental e compressão na fossa cubital EXAME FÍSICO O exame físico inclui a observação do local e extensão do edema de partes moles, descartando qualquer lesão neurovascular, especificamente o nervo interósseo anterior ou evidencia de síndrome compartimental. RADIOLOGIA RX AP e lateral do cotovelo - Fratura geralmente passa proximal à superfície articular, na linha epifisária antiga, atravessando a fossa do olécrano e o coroide - Fratura de posadas: fratura transcondilar com desvio anterior do fragmento distal, acompanhada de deslocamento da cabeça radial e da ulna proximal TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO fratura não desviada ou minimamente desviadas goteira posteiror por 3 a 5 semanas, seguido de ganho de ADM Tratamento cirúrgico fraturas abertas, instáveis ou desviadas Fratura com desvio grosseiro deve ser reduzida na emergência, com colocação de goteria posterior para estabilização provisória para reduzir o risco de lesão neurovascular Ângulo condilar diafisário de 45º deve ser restabelecido para manter arco funcional do cotovelo Fixação do fragmento articular distal pode ser difícil ou impossível. Artroplastia de cotovelo pode ser considerada nos idosos com bom estado funcional pré lesão em que a fixação adequada não pode ser obtida OBJETIVO FISIOTERAPEUTICO Controle do quadro álgico Promover cicatrização Restaurar a amplitude de movimento (ADM) Restaurar a capacidade funcional do cotovelo Condicionamento das atividades diárias FASE AGUDA Objetivos: Reduzir a dor e o edema pós-operatório Recuperar a ADM articular CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA Reabilitação 1 a 4 semanas: Orientar (explicar) Protocolo PRICE, para paciente realizar em domicilio. PRICE (5x ao dia) Avaliação da dor em todos os estágios Proteção com tipóia ou aparelho ortopédico: Proteção enquanto ocorre a cicatrização CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA Ultrassom – Modo Pulsado (1MHz a 1,5W/cm2 para 10 minutos) – (baixa intensidade). Mobilização articular do cotovelo. Provocar movimento e/ou inibição da dor e contribuir na recuperação da amplitude de movimento. Alongamento passivo de punho e antebraço: Ganho de ADM Extensão e supinação para alonga os flexores e pronadores do membro superior distal. Flexão e pronação de punho para alongar os extensores Readquirir a Abdução - Escala de dedos – paciente usa dedos para caminhar com a mão, subindo a parede. CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA TENS – BURTS (Largura de pulso – 150us, Frequência 2HZ, estimulo forte e tolerável) Obs: 2 à 3 semanas desmame da tipóia FASE INTERMEDIÁRIA: Objetivo: Iniciar programa de treinamento de força Destacar a ADM completa do cotovelo CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA Exercícios Ativos e ativos-assistidos: Recuperar a ADM articular Deslizamento posterior da articulação unoumeral Drible com bola, utilizando uma bola de exercícios para promover a rápida contração da musculatura de resistência orientada. Rotação medial isométrica/rotação lateral isométrica – paciente deitado na maca decúbito dorsal, braço fora da maca em abdução e flexão de cotovelo 90 graus, paciente exerce rotação medial/lateral e fisioterapeuta coloca pressão (leve) contra o movimento. Serra – paciente moce o braço para frente e para trás, como se tivesse executando um movimento de serrar – fisioterapeuta posicionado atrás do paciente fazendo pressão contra o movimento exercido. FASE AVANÇADA Objetivo: Avanço na progressão de fortalecimento do membro superior Preparação do paciente para retorno à atividade funcional CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA Exercícios isocinético utilizando os padrões de movimento de flexão/extensão de punho e pronação/supinação de antebraço. Exercícios pliométricos de membros superior Realizar teste isocinético para avaliar formalmente a força distal Exercícios oscilatórios utilizando a barra de flexão (Theraband), oscilações no plano direcional sagital e frontal, para ativação de um grupo muscular especifico. Exercícios de remada sentada utilizado para estabilização proximal e força total do braço Treinamento de defesa para prevenir possíveis novas lesões CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA Pressão sobre a parede – Fisioterapeuta fica em pé atrás do paciente e empurra em direção a parede. Paciente desacelera as forças, pressionando a parede imediatamente. Exercícios de controle neuromuscular – cintura escapular e cotovelo. (KABAT) Exercícios em uma prancha deslizante, movimento para frente e para trás, movimento circular (passar cera/lustrar). Facilita a contração dos músculos envolvidos. Flexão com palmas paciente pressiona o chão com as palmas das mãos bate palmas e sustenta o corpo enquanto desacelera. COMPLICAÇÕES Fratura fica na fossa do olécrano e coronóide: produção excessiva de calor redução da ADM Deslocamento do rádio e da ulna do fragmento articular pode resultar em pseudoartrose ou anquilose Referências VOIGHT, Michael L; HOOGENBOOM, Barbara J; PRENTICE, William E. Técnicas de Exercícios Teraêeuticos: Estratégia de Intervenção Musculoesquelética. Barueri/SP: Manole, 2014. 928 p. O’SULLIVAN, Susan B; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia Avaliação e Treinamento. 5. ed. Barueri/SP: Manole, 2010. 1506 p.
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